Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
A B B É DE S A I N T - P I E R R E
PERPÉTUA A
PAZ NA EUROPA
I r R I
A refle x ão sobre a tcm át ica da s rcl acõc s internacion ais e stá presente desd e os
pensadores d a a ntigüid ade g reg :I, como é o caso d e Tucfd ides. lgu almcru c ,
o b ras co mo a Utop ia . de 1110mas More , e os esoitos d e Maq uiave l, Hobbe« e
Mo nresq u ie u requerem, para sua melhor com p reens ão, uma leitura soh a
<'> tica mais a m p la das re!ac,;(x:s e ntre es tados e po vos . No mund o mex lcrno,
como é sa bid o , a dis ciplina l<elal;/ )e S Internacionais su rgiu ap()s a Primeira
Gue rra Mundi al e , desde ent ão , experime nto u notável desenvolvimento, trans
formando-se e m matéria indispe nsável para o entendiment o d o ce ná rio a
rual, Assim se ndo, as rc lac õcs inte rnacio na is co ns tituem áre.t essenc ia l d o
con hecimento q ue é. ao mes mo tempo , an tiga, mexlerna e conte mporâ nea.
N<) Bra sil, a pes a r d e) cresce nte intere sse no s mei os acadêmico, político , em
p rcsarial , sind ical e jorna lístico pelos ass u ntos de rclav'x:s exteriores e políti
G l interna cional. consta ta-se e norme ca rê nci a hihliog rálk a ne ssa matéria.
I'\ess e sentido, o Instituto d e Pesqu isa d e Rela ções Institucionais - lPHI, a
Editora Un iversid ade de Bras ília e a Impre nsa Oficial d o Estado de S âo Pau
lo esrabclccc raru parceria IXll:1 viabilizar a edi ção sistemá tica, sob a 1<m na de
colec ào, de Ohl: IS lxisicas para o es tudo das rcla<,:(x:s imcm aciona is, Algumas
das obras incluídas na colcc ào nunca fo rum tradu zíd as pa ra o portugu ês ,
como () f)ircito da Paz c da Guerra de Ilugo Grotius , enq uanto o utros títulos.
a pesar de n ào serem iné d itos em língu a portu guesa , e nco ntra m-se esgotad os,
se ndo d e di fíci l acesso. Desse m odo , a colec ào CUslJ('()\II 'N! tem po r obj c
tivo bcilitar ao público interessad e) o acess<) a ol )ras e<msidcra da» fundamen
tais pa ra o e stud o d as relacocs int erna ciona is em seus aspectos hist órico ,
co nce itual c rc órico.
1,)n'Ul~H
ITII\II(UI ),1. :,<1 SIX:·IIV
u .G> ~
,4
I r R I
ABBÉ DE SAINT-PIERRE
PERPÉTUA A
PAZ NA EUROPA
Traduccto de
Sérgio Duarte
Prefácio.
Ricardo Seitenfus
A presente edi(:[o foi teita em forma cooperativa da Editora I 'nivcrsidadc de Brasília com
o Instituto de Pesquisa de Rdlc.;óes lntcrnacionaix OP/{//FllNAG) e a Imprensa Oficial do
Estado de S:[O Paulo. Todos os direitos reselvados conforme a lei. Nenhuma parte desta
publicaoto pode 1':1 ser armazenada ou reproduzida por qualquer meio sem autorizacúo
por escrito (Lt Editora Universidade de Ikasília.
Sa int-Picrrc, Ahlx: de
Projeto para Tornar Perpétua a Paz na Europa / Ahhó de Saint
Picrrc (Charles Irinó« Castcl de Saint-Picrrc. IÓ')H-ITi5); prd:lcio de Ricardo
Seitenfus; rraducào de Sé'rgio Duarte (I". edi<,)o no Brasil); Brasília: Editora
Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisa de Rela<...·óes Internacionais;
S. Paulo: Imprensa Oficial do Estado de S:[O Paulo, 2005.
LlI. ()9/j. p. ,2,'1 cru (Cl:lssicos IPRI, H)
Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional. (Lei 11" lRZ"i. de 2()!I2/l <)()7).
Sumário e
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Oportunidade da obra 3
Fontes de divisão IH
dos vizinhos 2H
Guerras externas......................................................................... 34
Conclusão do discurso..................................................................... 42
Conclusão 74
Conclusão HH
TFI{CEII{O DISClI({S()
a Paz , 10H
prudência 312
restituições 314
a Guerra 317
armadilha 341
S(:TIMO DISCl']{SO
Al'I igos ú (eis
lI. Considerarão. Vantagem do Comércio """""" ... " ... "",, ...... ,,"" 455
Terceira fonte de divergências. Ofensas a reparar """" ...... " .." 465
XI. Considcraçào. A nâo-arbirragcm reduz a liberdade " .."." .... " .. 492
de nacào 493
Ministros 532
Política 554
Justiça 557
Finanças 55H
Comércio 560
Ligas 564
venezianos 573
holandeses 593
111. Observação. Ele não sofrerá injustiças C01110 mais fraco '593
IV. Observação. Ele não sofrerá prejuízos pela grande distância
vizinhos 603
Objeção 607
Objeção 609
-' N;10 se trata do mesmo sentido utilizado atualmente, pois a expressao pacifismo l'
cunhada por f:mile Arnaud somente no início do sl'CLilo xx. Cf. Faguct. L, fe t'aciftsmc,
< Kant, lmmanuel, Projetofilosofico de paz peI1}('tIW, 179'), que faz parte da presente
colcçao Obras Clássicas sobre Rclacocs Internacionais, com prefácio e apresentação
de Carlos Henrique Cardim,
Prefácio XXVII
"Ax primeiras organi/:I(,'r'll'S p~lcirislas surgem,;onwnle no scculo XIX: :I.'; Pcacc Socictv
fist.is estendem-se ~IOS p:líses germ~lnicos, Finahucuu-. em IW)(). l' instituído o Prl'mio
I" in Goumy. L. lit ncles sur la t-ic e! les ccrits de IAIJIJ(' dI' Sa int-Ptcrrc. C;cnchra.
l\)I 2. p. I 2·+.
XXXIV
I.i Seitcnfus , R, Mal/lia! das orga ulzacoes internacionais, Porto Alegre, Livraria do
Advog.uk: Editora, 2000, 2° cdicão. .'1(l7 p.
Prefácio xxxv
BJl3UOGNAflA
Obscrv.uions gl'nérales dl' M. 1':lhhl' de S.-P. sur un livre qui :1 pour titrc
Tr.ritc de Li ve-nte e!L'." i 111 11l1'U hlcs. Mcrcurc. janeiro de 1727, p.I-1 I.
l'rojct pour pcrfcctionncr lcduc.uion. avcc un discourx sur Li gr:lndeur ct Li
saintcté des h0I11I111'S, 172H, in-12, 517 p.
I)rojet pOlir r.mdrc Ics scrmons plus utilcs. 1):ll"is, Briusson. 172H, in-l2.
Ahrl'gl' clu projct de pa ix perpl'tuelle invente par lc roi l lcnri lc Granel
.ipprouvc par 1:1 reine í~lis:dK,th, par lc roi ./acques It' son succl'ssl'ur,
par Ies rópuhliquc« l't par di\'LTS .unrcs potcnt.us. Approprió ;1 r{:Ut
prcsc nr dl's allairl's gl'nl'r;lles ele ll.uropc. clcmontrc inlin i mc nt
avantagcux pour tous Ies hommcs nl's l't :1 naitrc cn gl'nlT;d et cn
p.uticulicr pours tous les souvcr.uns ct Ies m.iison souvcraincs. Rotcr
e];l, Daniel lsc-m.m. 1729. in-S", V[-227 p.
Projct pOlir pcrfcctionru-r loriographc dl's bngul's de lEuropc, Paris, Briaxxon.
1750, in-x". 2()() p.
Nouvcau projct dunc tuillc rccllc, pour l'intcrct dl' r{:Ut ct Il' soulagc-mcnt
eles pcuplcs, s.l.n.d .. in-W.L-) p.
Fautl'uil dl' poste. in Mcrcurc ell' Francl', dl'zl'l11hro dl' 175:L
Obscrv.itions sur Li sobrict«, I)aris, 175-=), in-12, -=)K p.
Prcmicrc repense dl' M. lablx- dl' S.-P. ;'1 Li qu.uricm« k-ttrc du Sicur Pcllctic-r,
ch.moinc dl' Rcims, sur Li comlllllnicltion avcc: Ies j.mscnistcs. s.l.
175-=), i n-S °.
Sl'condl' répon-«. ele M. I':lhhl' de S.-I). :'1 Li quatriómc lcttrc clu Sicur Pcllctic-r,
chanoinc de Ikil11S, sur Li conuuunication a\'l'C Il's .J;lI1sl'nistl's, s.l.
175-=), in-x".
Dclcnsc de Li foi catholiquc .ipostoliqu« ct roma inc contrc un lil x-lk: intitulc
: Ll'S illuxions dl's communicantx, ;Ielrl'ssl' ;'1 lautcur par M. I':lhhl' de
S.-I)., s.1. 17:)(), in-S".
Discours sur Li vcrit.rbk- gr.mdcur ct xur la dilTérl'ncl' qui csr entre le grand
hOI11I11l' l't lhorumc illustrc. 1\1l'l11oirl's de Trl'\'OlIX, [a nciro dl' 175C>
(estl' texto encontra-se iguall11l'ntl' no início da Histoirc dEpaminondas.
P;lris, Didot. 17.-)l),
l'rojct dl' Li ta illc t.uificc ct Supplcmcru. Rotcrd.t. 1k'111:ln, 1757, in-S" (estl'
volume l' o 5" t0l110 do Projc-t c!c t.ullc t.uificc. publicado em 17.~l),
Tcst.uucnt politiqu« du Cardinal de Richc-licu. premie-r ministre de Fr.mcc
sous lc rl'gne de l.ouis XIII. a\'l'C dcs ohserv;ltions poiitiques, Al11ster
el;L Jlnssons, \Xlaesherge, 175H, 2 \'01., in-l2..
[\ioU\'l';IU pLII1 de gOU\'lTnel11ent dl'S (:Uts souverail1s, l\otLTeU, Ikl11an, 175H,
in-12, :)()H p.
Projet ele uille Uril'il'C. 2" l'lli~';io, l\oterd;i, Ikl11an e I)aris. Briasson, 5 vol.,
in-12.
XXXVIII ABl~(: DE SAINT-PIEI{!{E
Projet pour multiplier lcs colleges de filles, nova ecliçao por V. Dcvelay,
Paris, Acadcrnic de Bihliophilcs, in-.12.
1ltilité de se guérir de la présomption pour rcndre cerre prcmiere vic plus
hcurcusc, in-12.
Prefácio XXXIX
c. Correspondência
VIII. Projct pour rcndrc lcs livres cr nutres monumcnts plus horiorublcs
pour k-s aurcurs futurs ct plus utiles pour la porstcritc.
Toxio III : Roterdã. lscman ct Paris, Briasson, 1755. Contem : Projct pour
pcrfcctionncr IL' gouvL'rt1L'mL'nt eles États.
Toxio IV : Rotcrdàrn, Bcman ct Paris, Briasson, 1755. Contem :
I. Projct pour rcndrc lL's chcmins pr.uicahlcs cn hivcr.
11. ProjL'l pour rcnfcrrncr lcs mcndi.mrs.
111. Explication dunc apparition.
IV, AvantagL's dcs confcrc-nccs politiqucs.
V. Agr.mdisscmcnt ele la cupirulc.
VI. Projct pour rcndrc lAcadcmic eles bons 0crivains plus urilc.
VII. Ohscrvations sur k-s vics des hornmcs illustrcs.
VIII. Projct pour lcs rentes cn lxmquc.
IX. ProjL'l pour ctahlir dcs annalistcs de I'í~tat.
X. lltilité' eles dcnombrcmcnts.
XI. Projct pour multiplicr lcs coll0gL's de filies.
TO,\IO V : Rotcrda. Bcman, 1755. Contém :
I. Projct pour pcrfcctionncr la mcclccinc.
11. Projet pour render les ctahlisscments dL's rL'ligieux plus parfaits.
II I. Discours contrc k: mahomctismc.
C~t/XA 1
Ohsc-rv.itions sur lcsscnticl de la rcIigion ( t. XI).
C~/XA 11
I{l'glc pour discernir Ic clroit du torto
Ir, Esu lista foi cl.iboradn por .!e;Il1-,I;Il'<IUL'S I{OUSSL';IU l' encontra-se- no Munuscrit lle
r.
NL'uch;1tel. 1\1..; 7~1(). 7, v- ~ \. Tal inventário soma cinco caix;ls cujos ck xumonto-;
co!>rL'm o pcrócxlo de INF ;1 [711. Alguns destes manuscritos foram publicados no
Ounages de politiquv L' moralc. I\esse caso. eles s;lo indicados cru rc: parC'ntL'sL',..;.
'SUO!Ss"ssod P suo!sln/\lJ().) S"')I,xldc S"!Pl~I];lll S,,] .uruo.i SJql~;\.1,'S,).ld
'lLI,'U1,ISSq.l.'I\V 'S·'II~.1Olll SLIOP,:;/U0~1
'(I IX '1) .uxu] !OH 'ot' ,'I,)P.lV
'(IIX '1) (S!O,J.) ,,! "nh ",) J; ,]lU,'llIjnC) S"S.1"i\!P S",)SLI"d
'SU"l[j;\n, , .11~d S,'PUOlll S"p ,)l!I'~.lII[d I~I "p 1)c.llx:1
,;/SSIUd "p !O.l np !o.~ ,)[) UO!SS,'J0.ld
"'![1clIlIV lU];S!1 uo ·",)1)]1~1.10UlUl!.] .1I1S s",)SU,'d
'].'\I~!l[,)l~fAJ-pUV,1 .IIIS SLI()!X"IJ.)~I
"Inhq!lod 1~1 .Ip s,:.1j().\d ,,[ ll~l,] LIn SlI1~p .1,1.111.)( ud "[1 li ,,/\0 1"1
'(()Lç
'd '1"IlO.lCI 'P::l 's.,Ilhq!l0el S"I'~UUV U! cpl~')!I<.jlld) (óÇLI uro I~PCS!A.,.1
: S-ZH ,}[ 'S"II~Uoql~u S.',\llj.1.1V) ;\IX S!IlO'1 1,1 Al !.IU,'l I .'.IIU.' UOS!C.lCdlUO:)
'SU!l:lllO}1 S,1P .1'(11~SIl s"p .'·1.\!1 .Ti
XIX °I:J1JJ d Jd
XLVI Alm(: DF SAINT-PIElmE
Frngmcnts de me)r:I1c.
Ohscrv.uions SUl' l.: forme eles conscils de l.ouis XIV (I. IX)'
C/t/XA V
Obscrvations sur lcs quatre prinripnux dcfauts dAnglctcrrc (I. IX).
( [Ló I 'C.lq,/u,/~) ",/U!)[)C[S rod I~[W)!P'/'/.I) 'd Zçç 'IA 'ÓSHI "'/ll,/l(,WII :sPI~d
·,/s'/.L ',/.I.1,/fd-1U!CS ,/p ,jqqc.[ ,/p S)!.U,j s,/[ ).I ,/!A I~[ .rns s,/pn)~J '~I 'Àf;\Ij 10~)
'[
OlUO,L 'OOLI s!'l(bp S).I0111 ,/!lU,jPC,)V.[ ,/p S,/.Iqlll,/lU s,/p ,/.I!O)sq I 'TITIN~LLNCH
'SLZ-ÓSZ
'd 'ÇÇÓl-t'ZÓI 'IIXX '71.1l10q.l,/ln ,/p 010poS I~[ ,/p ,/.I!Olll,jl;\f ',/.I.1'/!d-)U!CS
,/p ,jqqc,[ ,/p ru.nunuoiu np U0!1C.II171nl~U!,[ c ,j,)UOUO.I<I S.lI1(),)S!CI '~I~IIAV:I
'()OI - I L 'd 'O I () I 'UI~')IV :S!.II~d 'u0!ln[o/\,j~1 C[ ,/p s,/.I,!d s,/'I .I" '~WHV:I
'Z LS-()SS
'<I 'z I () I 'i;' 's,/pUO[;\f xn,/c I s,/p ,/IH'/~1 .,/·I.I·/!d -)lqCS ,/p ,jqql~,'1 '~I ',L~I11 ~)V:I
'd O(H 'UO!dlllCln
:SPI~d 'II[A '"H ',/s'/,L ·,/.L\n,/o,[ ),/ ,/llllUOlL[ :,/.I.1'/!d-)U!I~S ,/p ,jq([I~:1 'I" ',L~lj n[CI
'Ót'f'
-It+' d 'ILHI 'z ',/U71C).).IH ,/p ,/nA·/~1 './,Ll'/fd-)U!'~S ,/p ,jqqc,'1 ',/p'V 'À:)~Ill0:)
·z LÇ-SSÇ 'd '( OÇL I ) [11 OlllO,L :UI 'S,/lqpCq ].I s,/sn,/!.I,jS S,/.I)),/'I ',LVSllf;\1V:)
'HZ-SZ 'd '«)SÓ I ) AXX
'71.lnoq.l,/lU ,/p ,j),jf,)OS C[ ,/p S,/.IlOlll,jf;\l ·,/·I.I'/!d-1 U!CS ,/p 0qqC:I 'ln '.LNVH [Vml
'szt,-s l y 'd 'ÇZ oU 'SSÓl 's,/pUOf;\l xn'/CI
s,/p ,/IH'/~I ',/·I.I'/!d-llqcS ,/p ,jq([I~.[ ,/p ,/.qCU,/lU,/,) ,/lU,!!S!O.l) C'I 'lO ',LNVHIVml
'(se) I - I SI '<I 'I OÓ I -OOÓ I 'u,/no~1 ,/p ,/!lll,jpC,)V SP,j.ld)
'd Lt 'ZOÓI 'u,/no~1 ·s.lI1(),)S!CI ·,/.I.1'/!d-)U!CS ,/p ,jqql~.'1 ',/p .~) '~WIVd~nI11V~HI
'ç I ()-ÇO<) 'd 'zoó I 'u,/c:) ·llln.lOUUI~llI.10N ,/I~U'/l()V
'.1:1 U!1.1I~f;\I :uI ·,/·I.I,/!d-)U!CS ,/p ,jqqc '[,/)Sl~:) '1 'lO 'À 'À.LN~I~) ~.I:1 '~INN~IWi 10H
'ISZ:-ILI 'd 'A '[();\ 'LHLI
'S!.ICd ',/S!I~,)UC.I:I ,/!lU,jPC,)V.[ ,/p S,/.IqlU,/lll s,/p ,/.qolsq I ',(I 'I" ',UI~HIf;\I~nV
'Zt- I Z 'd 'HOÓ I 'spcd
',/[,),!!S ,,JIIAX ru: ,/S!C,)lJr.l.I ,/.In)c.I,j))!1 c'l .u] ·,/.I.1.1'd-)lI!,~S ,/p ,jqqc:I 'd ',uI~I~nv
'1 Ló I 'O.l,/!su'/d ,/ C)!A 'OUCpf;\l ·,/.I.1'/!d-)U!CS ,/p ,jqqV.II'/P
uru.xlrod ,/,wd lP ol1,/!o.I<I I! :1~U.I,/pOlU r)'/,J['/p unu ,/ !llI,/[qo.Id 'V 'INONNV
IIA'IX °P~Jd.Id
XLVIII
P!1/: [>/;'/wkn /1
BACZKO. Ih. L'histoirc commc pretexto ~'l lutopic: 1'~lhhé' de Saint-Pierre: in:
l.umicrcs de lutopic. Payot , 197H, p. I 7·f- 192.
BARNI. J. l.'a hlx: de Saint-Pierre: in: l l isto irc des idl'l's morales c-r
philosophiqucs cn Francc .ru XVI\I'sic'c1e. Vol. I. P~tris, IH()'), p, 49-104.
BLANCIIET. A.lJn pacifistL' sous l.ouis XV. La Socié,tl:' dcs Nut ions de lubbc
de Saint-Pierre. Múccm. 1917,20 p.
BONNARD. L.-c. Essai sur la conccption dunc Société' des Nutions ava nt lc
XX'sic'c1e. Tese. Paris, 1921, 149 p.
BOI{I\IER, Wilhelm, Das Weltsta~ltsproiekt des Ahh0s von Saint-Pic-rrc. Tese,
Bonn, 19 l:), VII I-HO p.
BROlJSSONS,j.-j. La Soci0t0 des Nations cst-clle filie de lAcadcmic Irancaise?
Nouvcllcs littcraircs..11/ 10/ 195(),
CLí~MENT, 11. l ln .mcctrc du p.rcifismc. Reforme xocia k-, LXVI, 1915. p. 5()2
5(19.
DELVAILLE,.J. Essai sur lhistoirc de lidc« de progrcs. Paris. 1910.
DEI{OCQl JE, G. Lc projct de paix pcrpótuc-lk: de l'ablx. de S~tint-Picrre
compare au pacte de la SociL't0 des Nations. Tese. Paris, 1929, 207 p.
DESFONTAINES. Obscrv.uions sur lcs 0crits rnodcrncs (obras de S.unr-Pk-rre),
111, 173'), p. 26')-2HO e p. 557-:')4').
Prefácio XLIX
DIEI{ZE, Er. Ch. Ahhé de Saint-Piorrc- Wirken im Dicnste der Aufklãrung. mit
dcsonclcrer Bcrücksichtigung scincr pjdagogischen Ansichtcn. Tese.
Leipzig, 1914, IX, 162 p.
I IENI{IOT. E. Lcs id(Ts de I'ahhé de Saint-Picrrc. In: Livres ct portruits. Paris.
192'). vol. 11, p. <)9-10').
IIIVEI{ DE BEAl iVOm, A. Des livres décric». L'uhlx- de SuintPicrrc, Boullcrin
bouquinistc, 1H,)H, p. 273-277 c p. 2<)9-30I.
JOL)'. Discours au sujct du Traité de LI pcsanrcurs universelk- des corps et
des obscrvations g('n('ralcs de M. lahbé de Saint-Picrn-. Mcrcurv, abril
de 172'), p. ()()<)-()<)'); maio de 172'), p. H,)7-H7().
LANZAC I)F LABOI{IE, L. L'upôtrc de la pa ix perpetuvllc. L'ahhé de x.unt
Picrrc, Revuc hclxlomadairc, <. 1919, p. ·1')1-47C>.
IIOI1VFNS POSTo I I. La Société des Nations ct Llhh(' de Saint-Picrrc, Ams
tcrclà. 193').
LA BI{l'yf·:RE. l.c s ca rn ct c rv s . I()HH. lc p o rt ru it de Mo psc ,
chap. l l, 3H.
LACI{OIX, L. 11n aptltre de LI Puix, LII )hc' de Saint-Pierre, Grande Rcvuc, I,
1919, p.IIH-15H.
l.l. t'vlAITHE (A.-M.), Rcflcx ions philosophiqucs SUl' k- projct de I'ahh(' Suint
Picrrc. 1):lris, 17()0, 2i p.
LEMOI\INIElt Ch. LI p.iix pcrpétucllc. L'ablx. de Suint-Picrrc. Rcvuc des
cours littvru ircx, IV, 1:-i()()-(l7, p. ')<)2-(lO I.
MEl{CIEH, Ch. l.c projct de paix pcrpctuclle de lahlx- de Saint-Pierre. Doe.
vi« inrvllcctucIk-. V, 1930, p. 7+H2.
MAIUUOTT, .J. A. R. Commonwcalrh OI' .marchy? A survcy of projccts of
peace írom th« XVI to thc XX century. Nova York, I ():)<) , 22H p.
MEI{LE, M. l)acifisnK' ct intcrn.n ion.rlisrnc. XVII'-XX' sicclc. Paris, A.Colin,
I 9(l() , p. 72-77.
MONTESQl'IEll. lx-tt rcs pcrsancs. 1721, I.cure 15:-i (sobre a I)o\ysynmjjc).
NOBLET, A.l:ahhc' de Saint-Pierre ct 1:1 pa ix pcrpétullc. Chcrbourg. 1<)32,2,)
p.
MEYEI{, F. l:ahh(' de Saint-Pic-rrc. .J.-J Rousscuu ct Briand-Kellog. (~rande
Rcvuc, CXXVII. I 92:-i. p.I03-1 15.
PAl'LTIU~, Ch. La "t.rillc t.irificc" de 1':lhh(' ele Suint-Picrrc d ladministr.uion
de la uille. Tese, 1903, XI-2()0 p.
PEIU\.II\S, Mcrk- L. I )ocumentation oI' xaint-Picrrcs projct de puix pcrpétuclk-.
Moderno Llnguage Ouart, VI, 19')'), p. 210-217.
PEIU\.INS, Mcrk. L. Civil thcology in thc 'Vritings of rhc :lhl1c' de S:lint-Picrre.
J n. i<-Ieas, XCII, 1<)')7, p. 2-i2-2')3.
PEI{l\.Ií\iS, Mede L. T\1l' moral .md political philosophy of th« .rhl x: de Saint
'9 TZ-60Z 'd 'Ot61 'xx "I,),Il~d lU<U .1.111 11~.101WI .111 .111i\,I?1 '.11·1':ls
,)IIIAX 111~ .1.u.ll,ll7lllV 1I.1 .1.U.I!d-lll~CS ;)11 ,/qqc,1 .111 ,IUI1).10,~ I~I ,lIlS '[;\f 'SVT[VA\
'19L 1 ,111 ounu ,111 o I ,111 ;)l1h~I1./dopÁ..lu,1 J1~U.1IH>r :U! '.1((.111 1./d.1.xl
xmd .111 1.I!0.1d 1111 UO!sc,/,10,1 I; .)LI!lJ:) cl .111 .1Il.I.I.Xllll:':I,1 .111 )!.I.1S,I}[
'X [XXX OlllOl U! '<)SL I .111 olso~C
.111 OZ .111 ./ 'AXXX OIUO) :1I! 'RÇL I o.rqoi.x: I ç 1.1 Oç s.111 s.I.111.I'[
'X[XX OlUOl 'l1uC]O[;\f 'I1~I '.I,I.I,I!d-lll!I~S
.111 ./qqr.1 .111 S'l l1h!l![Od S,I(CUlIV S.I( .uruo» A[X s!l1( YI ,111 ,ISU.I}/(] '~n1IV,L'[OA
'S~'-Sç 'd 't'961 'SPI~d 'S,I.lll.I'[-S.I!I.IH '("961 ,111 uo!!([
r
,111 S;~U7lllo:J 1111 S,I)./V TlI~.ISSI10a '1'-' ,111 J1~pos W.llU< U ,/1 I1S S.ll1l1rJ :1I[
r
'.I.I.I.I!d-)U!'~S ,111 ./qql~,( r p O I1 11I~,ISSI1()?1 . 1'-' ouh .1:) 's '(uivr I:)[[;\f-~)N[TI:I,LS
'S06 [
'spcd '.IS,I.L 'lur>I .111 ).1 lUI~IJlll.IH .111 'A[ PU,I[ [ ,111 ),1 .I.I.1,I!d-)U!CS .111
0qqc.[ ,111 .11[·11110d.1.x] xuxl .111 sP!OJd s.111 ./sodx~[ ':) '.U[ 110:)N [~)V,11 x: l(m~[S
'ROZ-Z6 [ 'd 'I S61
'.IS!I~,)L1C,1J .1.lI1WI,/llH C( SUCI1 .1.ll,].1d lIoq .1'1 :U[ '.I.I.I.I!d-1Ll!I~S ,/11 ,/qql~:[ 'd '~[~)VS
'RRS-Z LS 'd 'RS61
.u ld :sl.ll~d '.lllIS!I'~L10!lI~L1.1,I)U!.( ,111 S.ljl~Lq.lnOI1 S.I.1.1110S s,I'1 'lJ,L 'N:[SSAl U[
'( .II1C!·/ld 'sPI~d '111 olllo.L
'111~,ISSI10}[ .111 SC1'lldlllo:) SI~.IqO srl1 Or,)!!1'1 1~L1 ,IS-lllC.11Ll<UlI,1 sOlx.l) S.I)S~[)
'.I.I.I.I!d-)L1!1~S ,/11 ,/qql~,1 .1IlS S.110Ll 1.1 SlLl.lllI~l~.I:[
'.I.I.I.I!d-lLI!CS ,111 ,/qqc,[ .IIlS .1~C.L\1l0 1I1l r u0!l.1IlP0.llU!,11 1.I!O.ld-----
'([[')
'IlC,ISSIlO?[ '1'-'1' S.IIClIlIV '.I1l0JIl([) .1!POLl;\S;\IOd C] .1IlS slu.lllI;;C.I:l
"I!I1OU;\S;\I Od I~'I------
'( 110.l;\,ld
11(1 1,1 llo11llo[;\f '11./) ZRL[ ',II1,II1)./d.1.xl xmd C[ rns )L1'11lI'17l111
'0961
'.1.1.I.I!d-lll!S 'IP ./qql~,1 '~\J .IP .I!I.11l10d.1.xl xmd .111 p!o.ld 1111 l!C.llX:1
:,I.I.I.I!d-lLI!CS .IP ./qql~,1 .1IlS S)!.I.1:[ 'f-'r 'llV:ISSI io»
'd <)ç I 'S061 '.llJl1.1sJ.lC)[ 'l~lI.1.1H '.IS.I,L '~").I,II1L1Ill[.lll't
II[AX S.IP LUOU0>J~J[I~L10!lI~N U!.I ';).I.1.I!d-)L1!1~S 'IP ./q([I~ ,1,1([ '~I '}[:{[~)NnI
'r
'ZM: 'd 'SL() T 'z 'A[ OlLlO,L 'lll!.I11,L ',llcpoS .1 .llJ,1!1lI0UO,1,1 ,ll[.1!lHod
.I,IP! .I!I.IP C!.lO)S :U[ 'qS!U!lllllll! !J7l.lp <uq!l0d O.1,I!sLI.xl I[ '~) 'I.LV}I:Id; 1:)n1
llll,p S,)!.\!IlS 'zLL I u.inbsn] Ç()L I S!Il<.\,)P s,)sscd IUOS ,)S !Ilh SIU,)lll,)U,).\,)
S.I,).\!P ,II1S S,)llb!.jos0l!l[d S,),)su,xl 110 S,)I,?.J.),)S S,)11hq!l0d S,)SIlI;:) '()[\lJ~()NV
·~tLI ·,)lj.)lJlIlV, [ ,)P ,)\1,),) I,) ,),)lWI:1 ,)P UOS!];~\I q ,).I11J,) ,).I<.[!I!Ilb,),[ ,)P
,)lll,?ISAs IlC ,)[<'[1;.I,)J).Id "XIO,lIl:1.\ ,)P ,)lll,?lS/\S Ill;,)\1l0U Ull,p p!O.ld '()~\lI\J(Y'JV
'~ÇLI
'Olll!S,)P,)lll I')P 1;]S!l1bu(),) ];1 !SS,) !P 1;.11 ,).I')P!'\!P .iod ,) !lll;qS!.Il[:) !d!,)U!.Id
!,)P CZlI')!IXXI<.[O,IIC (),)S,)lj.).IIl,L ()J,Xlllll.! ,),l.lIlP!.1 .iod Oll,)7l0.lcl '~) 'INO~I:I~nV
'()I LI ")!I<.[Il<.l W>.Ip IIp uoqlll!IU!,1 ,II1S S,IIl<),)S!(1 ',I) 'llV:-ISS:-II E)V
'~()L I '~;p.I,)]SlllV
rI ()Pl/JdJd
'HSLJ 'rp.l,I)SllIV 'LlIll!1 U,I'õ' p ,11~.IrllrU S!.1Il! s,luoqrllqsUJ
'HrL! -m'L [ 'S,ILlI
-rqo,\ H ').lIl)jUI~.l,[ 'LlIllll~),IC.1).I;)d 1~')!JqU,I!.)S oPOlIl,lll1 .nurnuu sn]' 'LI:) ':l:rJOJX.\
'HSL [ '1,1)~LPIl,IN 'SUW 1,1,\IlOS S,IP ),1 SUO!)1~U S,IP S,I.1!I~.IF XIII~ ),1 ;))!11 PU(),)
I~I I: s,:llh!lddl~ ,111,I.1llll~U !Ol q ;)P s.xh.iuud 110 SU,I'õ' S,IP )!O.lP ,YJ 'TLL.LVi\
'HHL I 'l~U,lli\ 'U.l,IP.l,10,PH IIZ .l,lpU,II~·J .I,lp
"\1.),IIlI~) PUIl ILJOi\\ SI~p LLIn U,I)r.l IlZ 1I,I)S.l,IIl:[ U,ISS0.1'õ' U,IP )S! SCJX\. '~[~rJCINJI ns
'LSLJ 'rp.l,11SLlIV ',I,).I,lllll1l0,) IIp ,111~.I,:U,:'õ' ,:lJ,lqq CI ).1 'S,I!UOI(),) S,11
surp ,llqC.lllp ),1 ,IP!IOS xu.d ,IUIl .IHql~),:,p SlI,II\Olll S,11 ,InS 'IN ,lp S,I.1)),I'J
IlO \lllhp,:llIV,1 ,lp S,I.1!lJJ1~ S,IP iuos.ud )1~1':,I,InS ,lllh!)!I0d UI~1lI0~1 '([~[V,LN[VS
'HHL[
\111,1111,:)(1.1,1([ x!,~d ,lp 1,I!O.ld ,II.l11S !,~SS,1 1,1.\IlO,\! 'V 'NIVt;\j~I~E)-,LN[VS:1(1 ~[:II'[Od
'HSL [ '.II~lllS!JX\. 1,1 )jO)SO~[
TdO,In:J U! SlI,lp,IP:1 U,lpLUIl[l~,Ii\\.I,ll111ll! S,ll1!,1 1"l,I!O.ld ':[ 'r '( UO,\) N~J1 LL'lVd
'C1HL J
'U,I'õ'Uq)~?~) ',1([om~1.1 ,11) ,IU.I,IPOlll SU,I'õ' S,IP W).IP IIp SP,:.Id '.I,J ,lp 'SN:I.U[VIN
'()SL I 'O'õ'.lllqllll~11
'SUO!1Cllldod S,IP ':1!Ll,L 110 S,llllLLIOII S,IP !llIV,'J '(.1p S,)llh.ll~lll) j1V:JHV~I[í"J
.LSL [ '1~!I~11 's,:1!I~.I1 s,11 ,InS ,:pu0.l ,1([(),In~1.I ,lp ,)!Iqlld
W).IP U,1 uoq,)IlP0.l1ULP .I[,\.I,IS .rnod suoql~!10'õ'.:u S,IP sx[!,)u!.Id s,ICI 'XHlVIN
'LiLl '1sumls)1~c1S .I,IU!,1 JIIM.\1U:1 'W '(UO;\) N~I(n 'r
'L<)LT ''õ'!zd!,y[ ';)PU~)q,I~)-S)1~I~)S S,IIl,IN '(UO;\) ([T[:[N:[[']rJ
'<)<)L [ 'S!.II~d
'x!,~d q ,lp S,I'õ'I~)UI~j\l~ S,IP ),1 ,I.1DIl'õ' I~I ,lp S.In,IL[[l~llI S,I( I ',lp ':1-' r '~[d~[VI [V'J
'LSLI TPD)SlllV 'jC.I,:u0'õ' uO!1C,)!Jl,)cd ,lp ),I!O.Id 110 \1;\,:.1)
,11l'õ'UOI ,IUIl,p ,11!IlS q 1:,Il[) .1!lql~),:,S 11lX[ ou ,1([O,In:1.I ,lp X!I~d C'I 'V '~IV(1110~)
'9LL J ',I.1ll1C,1 I:
UIl,j)U,llll,I;\!)1~I;).1 s0.1,:Plsu<),) )U,11l1,ll1.1,I,\1l0'õ' ,1\),1 o.uounuo.. ,I'] ':)VTIICINO:)
'LLLI
'sU()!lI~U s,11 ,I.11U,1 o.uounuoo ,lp s':1!I~.I1 S,IP S,I!.100 l LI. 'llll~W 'CIl1VI Dl ]OH
A P AZ NA EUROPA
ABBf~ DE SAINT-PIEI{RE
PROJETO
A PAZ NA EUROPA
EM UTI{ECHT
Nl'gociante de Livros
MDCCXIII
SCI11 contudo afasur-sc dcmaxind.rmcnt« <Ia lorm.r uS;lda pelo ~IUtOr. mantendo-se.
por exe-mplo. as iniciais CI11 letras IlUillSCuL1S CI11 alguns substantivos C0l110 Soherano,
Tratado c Sisicma dc Arbitragem.
./
PREFACIO
lxir os demais, seja e111 suas possessões internas, seja e111 seu
Comércio exterior.
No segundo esboço, o Projeto englobaria todos os Estados
da Terra. Meus amigos observaram que, ainda que no correr
dos séculos a maior parte dos Soberanos da Ásia e da África
solicitasse ingressar na UnLl0, essa possibilidade parecia tào re
mora e cheia de dificuldades, que conferia a todo o Projeto urna
aparência, um ar de impossibilidade capaz de revoltar a todos
os leitores. Isso levou alguns a pensar que 111eS1110 restrito ~1
Europa cristã, sua execução ainda seria impossível. Rendi-me
de b0111 grado ~l opinião deles, no sentido de que a Uni~10 da
Europa é bastante para que este continente se conserve se111pre
e111 Paz, e de que ela ser.i suficicntcmcntc poderosa para man
ter suas fronteiras e seu Comércio apesar daqueles que os quises
se111 interromper. () Conselho Geral que a Europa poderia estabe
lecer nas Índias se tom.u.i facilmente o árbitro para os Soberanos
daqueles países, e por sua autoridade os impedirá de pegar e111
armas: o crédito da Uni~10 ser.i tanto maior entre eles quando
compreenderem que ela deseja apenas segurança para seu
Comer-cio, que esse Comercio somente lhes poderia ser vanta
joso, que ela n.ío busca conquistas e que somente consideraria
como seus inimigos os inimigos da Paz.
Se o leitor deseja estar e111 condicoes de julgar de forma
isenta esta obra, parece-me necessário que se detenha ao final
de cada Discurso e que pe(,'a contas a si próprio do efeito das
provas que apresento para demonstrar a veracidade da propo
sicào. Se as considerar suficientes, poderá passar adiante; 111as
e111 caso contrario, é possível que isso resulte de que ainda
encontre dificuldades ou de que n~10 tenha lido certas passa
gens C0111 suficiente atcncào. Nada é mais normal que 111eS1110
os leitores mais atentos de vez e111 quando se distraiam. No
primeiro caso, bastará que tornem nota de suas dificuldades a
fi111 de verificar se no segu imento da obra, sobretudo nas respos
tas ~lS objeções, possa111 encontrar os esclarecimentos neces
Prefácio
PN/Jlh'/N" l PNO/JOS/ç-i O
/1 DhHONSiUAN
Sh'GlINIX) IN(X)N~'h'Nlh'N'f/:'
Q'IINTO INCON\'hNlhNTh'
Rh'FLh'XÀ ()
Rl~'l:U~'X()l~'S
s I ift c i e ut e nt e ut e lo r I e
A DhiHONS'f'NAR
PNIA1h'IRA VAN1AGhil1
Sh'GlINDA VAN1/1GhM
TJ~RCHIRA VANiAGnH
Ql fARTA VAN1AGhM
Ql flN1A VAN1AGhM
PNIAIHINA PNOI)OSIÇ-:40
A Dh'1V10NS77(AN
C0111 seus deputados nas Dietas era muito mais fácil do que o
que teriam os Soberanos da Europa C0111 seus deputados nas
nsscmblcias, na cidade e111 que se celebrar o congresso. Po
rem, primeiro é preciso recordar que nos últimos seiscentos
anos as estradas se tornaram 111Uito melhores e mais curtas,
tanto, e111 conseqüência dos pavimentos quanto das pontes e
da abertura das florestas. Estabeleceram-se postos que facili
ta111 111Uito o comercio. e é claro que os antigos Soberanos da
Alemanha, privados dessas facilidades, tinham tanta dificul
dade no contato C0111 seus deputados quanto os Soheranos de
hoje C0111 os seus, ainda que estejam mais distantes. Segundo,
é possível melhorar ainda mais as estradas e aparelhar os pos
tos melhor. Terceiro, quando os Soberanos se tiverem posto
de acordo quanto a seus limites e quanto aos artigos relativos
ao comércio. quando tiverem estabelecido Câmaras de comer
cio para resolver as divergências dos súditos de diferentes Prín
cipes, as disputas serão muito poucas, e as que houver nào
serão ne111 111Uito importantes. ne111 muito urgentes, de forma a
exigir que os deputados rcccham instrucocs precisas e reajam
prontamente. Assim, quanto a isso, nào haverá maior dificul
dade para executar e manter o Estabelecimento Europeu do
que havia h.i seiscentos anos para o cstabclccirncnto e m.mutcn
\'~10 do Esrabelecimento Gcrmânico.
Veja1110s se para formar sua lnstituicuo eles terào cmpre
gado meios que nós n~10 possa1110S e111pregar para formar a
nOSS~I, e se poderemos encontrar alguns que eles não poSSUía111,
e empregar meios mais cômodos do que os deles.
lbid .
. Ibid .. p;'lg. 22.
Pág.'1.
P:tg. 141.
Segundo Discurso 79
P(lg. '::;(H.
P;"lg. '::;()1.
P;íg . .::;().::;.
?iO
P;íg, ')()].
P;íg, ')()l).
1)0:...' fatos
C()NSHQ(i/~'NCIAS
Proposição a demonstrar
PRIMHIRA VAN7AGhM
A idéia de que (X·; taroes da casa de Fra nça sub:... tituant o atual
TJ~RCh'lRA VAN7AGhiV!
Q[fAInA VAN1ACr'H;1,1
Sistema da Paz.
Sh77MA VANTAGhiV1
NONA VAN'JACr'h'Al
Df'CIAIA VAN7/1c;hil1
M()77VAÇ'àHS PAR17Cl!!ARES
Dos SOBERANOS Mt:NOS PODb'R.OSOS
M011VAÇXJt'S PANTICllJANhS
DAS RhP(;J3JJCAS
gum dia entre eles, eln seguida com os Príncipes menos pode
rosos, e pouco a pouco C0111 todos C0111 os potentados da Euro
pa, U111a confederação semelhante.
Sendo essas vantagens t~10 grandes e tão evidentes, não é
necessário ser demasiadamente sábio ou razoável para preferir
assinar U111 Tratado tão vantajoso para todas as partes, qualquer
que seja o ângulo do qual examinado. Será necessário ter um
espírito tão sublime, urna razão tào isenta de paixoes? Ao con
trário, esse Sistema está de acordo C0111 as paixões mais co
muns, Todos nós te1110S grandes temores, grandes e be111 funda
das esperanças. Não suponho a existência de Soberanos perfeitos,
mas se o forem , tanto melhor, pois o bem público e o zelo pela
justiça o farão concordar conosco; se não for o Soberano perfei
to, e até IneS1110 se for injusto, também estará de acordo, caso
deseje aumentar seus rendimentos, e deseje que sua Casa per
maneça por 111Uito tempo sobre o trono. Se for amante da glória,
sonhará e111 ser o Benfeitor dos Povos e de todas as Na(,'()es, e111
lugar de ser o flagelo do gênero humano; se amar a magnificênciu
dos móveis, dos palácios e dos adornos, também estará de acor
do conosco. Se for devoto da virtude ou entregue aos prazeres,
igualmente concordará conosco, pois esse Sistema possui as
características necessárias para contentar todos os ternperamen
tos, e se111 a Paz nenhum temperamento poderá jamais estar
próximo do contentamento.
Que n~10 se nos diga mais, portanto, que é impossível recu
perar os motivos que convenceram os alemães a formar a Socie
dade Germânica; que n~10 se nos diga mais, portanto, que é
impossível recuperar os motivos que convenceram Henrique, o
Grande, a Rainha Elizabeth e dezesseis ou dezessete outros Po
tentados do século passado a desejar formar a Sociedade Euro
péia. Feliz111ente, já encontramos todos esses motivos; mas se
alguém nos quiser dizer alguma coisa, que diga agora se esses
motivos n~10 serão suficientes para convencer os Soberanos de
nosso século a preferir o Sistema da Paz.
Terceiro discurso 1~1
AR17GOS Fi !Nf)AA1h'NTA/5;
AVIl(;() 11
EW~'fAN.I/(~·llll:·,V'l'()
AR'J'lc;() 111
E~'CLARh'CIMl:'NT( )
Auttc.o IV
ESCLARhCIMFN7t)
ce-rne melhor para a Europa que seja u111a Casa europcia e111
vez de urna Casa asiática, e que seja a mais antiga das que rei
na111 hoje sobre a Terra.
(3) Se111 a cess~10 mútua e o abandono das pretensões recí
procas sobre outros Estados livres, é evidente que jamais haverá
nada fixo. 1. Alguém deseja fazer valer U111 direito dl' ')0 anos,
enquanto que outros pretenderiam um direito de 200 anos.
2. Alguém pretenderia C0111pl'nSar U111a exigência certa com U111
direito mais importante, porem incerto, que ele faria reviver
após cinco ou seis anos de interrupcào. A prescrição é U111a lei
muito sensata, destinada a conservar a tranqüilidade da famílias.
Felizmente para eles. os particulares esrào submetidos a ela,
mas os soberanos até agora n~10 consentiram e111 submeter-se a
ela, e o que é mais importante, até hoje n~10 deram qualquer
seguranca sobre ~I dur.icào de seu consentime-nto. Assim, essa
lei não te111 vigência para eles. 5. Ao alegar os Tratados, poderá
haver tcrgivcrsaçao sobre Sl'US termos, e aparcccrào outros C0111
cláusulas opostas. 4. Se os ter1110S s~10 suficienrcrncntc- claros
para evitar qualquer pretexto de chicana, e se n~10 existem ou
tros Tratados a opor, pode-se dizer que foram extorquidos 111e
diante ~1I11ea<,'a, que o mais forte obteve a assinatura por violên
cia, de armas na mão: portanto, n~10 tê'I11 validade, por n~10 terem
sido feitos livremente. '). Se não for possível alegar a violência,
pode-se alegar o dolo, a fraude, a ignorância de fatos essenciais,
que s~10 todos argumentos especiosos. 6. Se forem alegados
juramentos, dir-se-{l que Ior.un obtidos por cocrcào, e além dis
so a forca de Ul11 juramento desaparece C01l1 a pessoa que o fez.
7. Se for verificada a história dl' cada possuidor, examinando-se
a fonte do direito do último possuidor através de seus diferentes
sucessores, ver-se-á que a maior parte dos Estados da Europa e
da Ásia s~10 simplesmente clesrncmbramcntos do Império l{o111~1
no, isto é, usurpacoes muito ~lntigas feitas contru usurpadores
ainda mais antigos. Digo isso, porque considero C01110 tais nào
somente os lmperadorcs que usurparam, ou que lhes suce
170 Almí~ DE SA1NT-P1FHI~I~
AN'l'/(;O V
AR77GO VII
ANllC;() VIII
E~'CIARh'Clll,JnV7'()
1. Fran<,'a.
2. Espanha.
:3 Inglaterra.
4. Holanda.
=;. Savoia.
6. Portugal.
7. Baviera e associados.
H. Veneza.
9. Gênova e associados.
10. Florença e associados.
11. Suí<,'a e associados.
12. Lorena e associados.
13. Suécia.
14. Dinamarca.
1=;. Polônia.
16. Papa.
17. Moscóvia.
1H. Áustria.
19. Curlândia e associados, C01110 Dantzig, Hamburgo,
Lubeck e Rostok.
20. Prússia.
21. Saxônia.
22. Palatino e associados.
2,1. JIanover e associados.
24. Arcebispos Eleitores e associados.
AH71(;() IX
h\CL'1 Nh'Clit1h'NI'()
Aunc.o X
E~'C1,Ata«: HhNJ'()
ANn(/() XI
E)'C'J..ANIX~'/J11:Nlr)
AN7'I(;() XII
Auncos IIV1PON1ANTI:S
Aunao I
AR'fl(X) 11
}j~)'C'LARh'C'JMhNrc)
ANllGO 111
A\'CIA N!:el.lI!:', \7 ( )
Atrnco IV
o refugiado possuía e111 seu país, para que possa escolher d0111i
cílio e111 outro lugar.
Dentre os principais Ministros ou oficiais inimigos que n~10
se retirem para países estrangeiros no começo da Guerra, 200
serão entregues à União e punidos C0111 a 11101te ou prisão perpé
tua, C01110 perturbadores da Paz da pátria C0111U111.
AltJJ(;() V
Autico 'v11
Atatc.o VI11
E\'CLAIWCIMhN7'()
Proposição a demonstrar
Repositório de diversas
objeções
An VhR71~'NCIA
1. OIYHÇ'ÀO
11. OBJEÇÃO
111. OB./h'ÇÀO
Ri,,'SPOSTA
IV OIYh'Ç'À()
R/~'SIJ()Si/1
1(). A dependência na qual o Soberano se coloca ao entrar
para a união geral se reSU111e a submete-r-se ao julgamento dos
demais Soberanos que ele reconheceu C01110 árbitros, e111 caso
de controvérsias a serem dirimidas: ora, C01110 as suas contro
vérsias serão sempre C0111 seus vizinhos ou C0111 os súditos rehel
des a suas ordens, e C01110 por U111 dos artigos fundamentais a
Uni~10 somente pode tratar das controvérsias C0111 os súditos
para dar ao Soberano socorro decisivo contra os rebeldes, é
claro que, se ele não tiver durante a vida nenhuma controvérsia
C0111 seus vizinhos a ser julgada, nào terá durante a vida ncnhu
ma ocasião de depender da União.
No que toca aos súditos reheldes, há urna consideracào
decisiva: o maior número de membros da Uni~10 é de Reis ou
Príncipes absolutos, que tê111 todo o interesse em conservar U111
poder absoluto e perfeitamente independente sobre seus súdi
tos, e que terão o cuidado de instruir seus Deputados para que
suas opiniões esteja111 confonnes corn a autoridade despótica. f~
verdade que o Parlame-nto da Inglaterra, a Dieta da Polônia e os
Estados da Alemanha podem conseguir que a Ul1i~10 lhes mante
nha o poder de participar da elaboração de novas leis e os
proteja na observância dos pacta conventa, do Tratado de
Westfália, das Capitulacoes Imperiais etc. Essas, no entanto, sào
exceçües que nào interessam aos demais Monarcas; eles senti
rào melhor seu poder sobre seus súditos, ao ver que o de al
guns Soberanos vizinhos é menor do que o seu.
2V . Se esse Soberano reconhece outros Soberanos C01110
juízes e superiores no que respeita aos processos, eles também
o reconhecem C01110 juiz e111 seus processos, de forma que o
que ele cede de U111 lado adquire de outro. Se cede aos demais
U111a espécie de superioridade sobre si, se se coloca e111 U111a
espécie de dependência grande ou pequena, e111 caso de proces
sos contra si, cada U111 dos outros Soheranos lhe cede também
idêntica superioridade, no caso de teren1 processos ou diver
gências C0111 seus vizinhos a sere111 julgadas, e se colocam e111
dependência semelhante e111 relação a ele. Assim, até aí tudo é
igual para ele no Sistema da Arbitragem, ou melhor, no Sistema
da Paz Perpétua.
3 v . Essa dependência e111 relação aos árbitros será maior
ou menor, na medida da importância do terna deferido ~l arbi
tragcm. Ora, corno por um dos artigos fundamentais fica acor
Sexto discurso
VI. OIHh'Ç'ÀO
RrstJ( )Sl /1
VIl. OIHh·ÇÀO
Rh·SP()STA
VIII. OIHFÇÀJJ
Rl:'SIJ()SlA
IX. OlHFÇ/lO
X. OlHh'Ç'ÀO
Rh'SPOSTA
XI. OIYh'Ç'ÀO
XII. OIHh'Ç'ÀO
XIII. OIHh'(,'ÃO
XIV OlHHÇ'ÀO
Rh'SPOS7/t
XV OlHh'Ç'ÀO
Rh'SlJ()S7A
XVI. OIHh'Ç'ÀO
Rh'SPOS1.i1
XVII. OIYh'C/l()
XVIII. OIHh'ÇÀO
XIX. OIHh'Ç'À()
Rh'SI}( )S'JA
XX. OI3]h'Ç'ÀO
RJ,,'5P05TA
XXI OIHFÇ/i()
Rt.;SPOSTA
XXII. OBJEÇÃO
Rt.;SPOSTA
XXIII. OlHHÇ'ÀO
REr;;POSTA
XXIV OBJEÇÃO
&'SPOSTA
XXV OIHh'Ç'ÀO
Rr:SPOSTA
XXVI. OBJHÇÀO
RESPCJc.,'TA
XXVII. OlHEÇ'ÀO
RrSPOSTA
CONS1D~'RAÇÀO
XXVIII. OlHh'ÇÀO
RESPOSTA
XXIX. OBJEÇÃO
RESPOSTA
XXX. OBJEÇÃO
RESPOSTA
XXXI. OIHHÇ'ÀO
RE~l>()STA
XXXII. OlJ]h'ÇÀO
!?hSPOSTA
Essa idéia 111e havia ocorrido, 111as não 111e detive sobre ela:
1º. Porque necessitando aproveitar as opiniões de diversas
pessoas hábeis, de diversos ra1110S de atividade e tempera
mentos diferentes, jamais 111e seria possível ocultar meu nOI11e
ao público.
2º. Não será por dizer-se imparcial que alguém poderá
convencer os demais de que não tem mais simpatia por uma
nação do que por outra, e, sim, propondo efetivamente coisas
que sejam intrinsecamente equânimes e que agradem igual
Sexto discurso 299
XXXIII. OBjh'ÇÀO
RESPOSTA
XXXIV OBJEÇÃO
&SPOSTA
.xxxv OIHHÇ'ÀO
RtSPOSTA
.xxxVI. OIHh'Ç'ÀO
XXXVII. OBJEÇ'ÀO
RESPOSTA
XXXVIII OlHh'ÇÀO
XXXIX. OBJh'Ç'ÀO
XL. OIH/~ÇÀ()
RESPOSTA
XLI. OIHEÇÀO
RESPOS7.:4
XLII. OlHEÇ'ÀO
RESPOSTA
XLIII. OIHEÇ'ÀO
Rh'.~iJ( )STA
XLIV OB.lh'Ç'ÀO
RH5iJ()STA
XLV OBJHÇ'ÀO
XLVI. OIHh'Ç'À()
XLVII. OIYFÇ'ÀO
Uma Paz demasiado longa, urna Paz que terá durado dois
ou três séculos na Europa, terá apagado de tal forma todas as
lembranças das desgraças da Guerra, que tudo o que for conta
do a respeito dela já não fará quase nenhuma impressão sohre
os espíritos; as pessoas estarão de tal forma acostumadas aos
bens abundantes na Europa, que já ninguém prestará atenção
ao grande número ou vulto desses bens, e tampouco à verda
deira fonte de onde eles provêm, que são a união e a Paz.
Assim, não será surpresa que idéias loucas de ambição tornem
conta da maioria dos espíritos.
RFSPOSTA
gistro exato de tudo o que foi feito de útil durante cada reinado:
regulamentos, instituicóes, canais, portos, edifícios e pagarnen
to de dívidas; e que a cada dez anos cada Soberano remeta à
Cidade da Paz a atualização desses dados.
XLVIII. Ol~fh'ÇÀ()
RE~'P()STA
XLIX.OlJ./HÇ'ÀO
RE~'POSTA
L.OIHEÇ'ÀO
RESPOSTA
LI. OINEÇÀO
RESPOSTA
L1I. OBJEÇ'À O
RESPOSTA
L11I. OBJEÇÃO
RHS]J()STA
L/V OBJEÇÃO
RJ~'SPOSTA
LV OIHEÇÀO
RESP()STA
LVI. OBJEÇÀ ()
RES/J()STA
LVII. OlHh'Ç'ÀO
LVIII. OBJEÇ'ÀO
RESPOSTA
LIX. O/Sj/:{/1c)
LX. OlHh'ÇÀ ()
RESPOSTA
LXI. OlHHÇ'ÀO
RHSPOSTA
LXI1. 013]RÇ'À o
RESPOSTA
LXIII. OlYHÇ'ÀO
Rl~'Sl}()S7A
LXIV OlNh'ÇÀO
Rh'SPOSTA
LXV OBJEÇÃO
RESPOSTA
LXVI. OIHt'Ç'Ào
RHSPOSTA
LXVII. OBJEÇÀO
&'5POSTA
LXVIII. OBJEÇÃO
RJ~'SPOSTA
LXIX. 01Yl;'Ç'ÀO
RESPOSTA
LXX. OBJEÇÃO
RES'POSTA
Artigos úteis
MOTIVAÇÕES PARTICULARES
l&X/íPITlILA çÀ()
ARTIGOS PROPOSTOS
1. ARnG()
11. AN77(;()
Generalissimo da União
ESCLARECIM8N1tJ
111. AR1JGO
IV. AN77GU
V ARTIGO
VI. ARTIGO
AR77GO VII
Memhros da Unido
Associados da União
Turquia, quatro milhões e quinhentas 111il libras.
Marrocos, seiscentas 111il libras.
Argélia e Associados, trezentas mil libras.
o
total das vinte e sete contribuíçóes é de vinte e cinco
milhões; a fi111 de estimar o montante da despesa do início de
funcionamento da União, será útil calculá-la C01110 se todos os
Soberanos da Europa participassem, e em seguida será fácil abater
as despesas que a União já n~10 terá quando estiver completa
mente formada.
Calculo vinte Câmaras de Fronteira, dez pequenas e dez
grandes, as pequenas C0111 dez Juízes e as grandes com vinte,
com Oficiais subalternos, que custarão U111 terço; se cada Juiz
tiver dez mil libras de honorários, cada Câmara pequena custará,
Sétimo discurso 373
AR71GO VIII
Unido Asiática
E"CIARECl1HhNTO
ACNRsCIMO
Interesse da Polônia
°
soh estandarte dos ministros, que darão a impressão de zelar
pelo serviço do Rei e pelos interesses do Estado. Uma das princi
pais desgraças que podem acontecer a UIn Reino é a formação
de dois partidos cuja igualdade seja duradoura.
Mas, se houver perigo para a pessoa do Rei menor e para
as leis, a quem poderiam recorrer os hons cidadãos? E quem
dentre eles, ao queixar-se do governo, poderia esperar ter sua
vida e sua fortuna e111 segurança? Ora, se ninguém puder quei
xar-se COIn justiça, sem ser aniquilado, se ninguém puder procu
rar defender os interesses e a vida do Rei menor, se111 ser puni
do C01110 criminoso, quem ousará manifestar-se? E no entanto,
se ninguém falar, que remédio se poderia esperar para as extre
mas desgraças que poderão ameaçar o reino? Mas, ainda que
seja possível queixar-se impunemente, de que servem as quei
xas que não têm a quem dirigir-se, a quem tenha o poder e
vontade de reparar o mal, recolocar as coisas ern ordem e fazer
executar por meio do próprio Regente, sob penas fortes e inevi
táveis, os artigos essenciais do sábio testarnentoArtigo?
Não adianta procurar e revirar por todos os lados: não é
possível encontrar outro poder, a não ser o da Sociedade Euro
péia, que seja capaz de proporcionar segurança suficiente do
cumprimento exato dos artigos de tal testamento e suplementar
o que possa haver sido omitido, seja para a segurança do Rei
menor, seja para a tranqüilidade e felicidade do Estado. Para
isso, a Sociedade terá certamente poder suficiente, pois será
composta de forças de toda a Europa, e certamente terá o dese
jo de que tudo seja bem executado, já que não haverá nenhum
Soberano que não esteja vivamente interessado em obter, por
meio de UIn exemplo impactante, urna proteção da qual sua
Casa poderá necessitar na primeira oportunidade em caso se
melhante.
Parece-me que U111 Rei zeloso da preservacão de seu suces
sor e da tranqüilidade do Regente e do Conselho de Regência, e
preocupado C0111 a prosperidade de seu Reino, não poderá ja
5HO ABBí~ DE SAINT-PIERRF
mais fazer coisa mais sábia, a fim de estar seguro de que seu
testamento será bem executado e de que o Estado será bem
governado após sua morte, do que conseguir que a União Euro
péia aceite ser executora de seu testamento e Tutora do Rei, e
que nomeie dois Comissários expressamente para assistir o Con
selho de Regência, a fim de relatar ao Senado Europeu tudo o
que ocorrer de importante nesse Conselho contra as disposi
çôes do testamento. É evidente, assim, que esse Rei não poderia
fazer nada mais sábio e mais glorioso do que trabalhar o resto
de sua vida em prol do estabelecimento dessa união, se não
estiver ela já instituída.
comercio floreca e111 suas províncias. Para isso, ele possui gran
des vantagens naturais: o país é cortado por grandes rios, exis
tern portos no oceano, no mar Báltico, no mar Negro e no mar
Cáspio; o terreno é muito fértil em urna infinidade de lugares, o
povo é numeroso. Para aperfeiçoar-se nas manufaturas e nas
artes, falta-lhe apenas o comércio freqüente e perpétuo corn as
nações mais organizadas. Ora, ele acaba de ver pela experiên
cia o quanto a guerra afasta a possibilidade de realização dos
belos projetos que tinha a esse respeito. Assi111, é muito possível
que, logo tenha conhecimento de um projeto que tornará perpé
tua a paz entre os cristãos, procure com empenho todos os
meios para que tenha êxito.
quem não acredite ser essa urna grande falta, a de n~10 impedir
Ul11a infinidade de crimes podendo fazê-lo, e que tal pecado é
daqueles que levam à perdição eterna.
Irei mais longe, afirmando que IneSl110 entre os maometanos
não existirá um h0l11el11 versado nas leis que n~10 tenha a mes
ma opinião, pois basta n~10 haver perdido inteiramente o juízo
natural e possuir ainda alguma idéia do bem e do mal, do que
é justo ou injusto, para saber que Deus, que é a própria justiça,
não recompensa os Soberanos perversos e os castiga na
proporção de sua perversidade, e que é extremamente perverso
poder impedir Ul11 grande número de desgraças e de grandes
crimes, assinando U111 Tratado cheio de equanimidade, e resistir
obstinadamente a assiná-lo.
Isso bastará, e o pouco que disse servirá para que os Sobe
ranos lhe dediquem atenção. Basta isso para que os ministros
conscientes vejam sua obrigação de apresentar-lhes a verdade.
Aliás, essa nova consideração poderá ser vista C01110 inútil para
o estabelecilnento da União entre os Príncipes cristãos; mas se
puder ser útil, ninguém poderá reprovar-me por haver procu
rado trazê-la ~l baila e por ter demonstrado que a esperança de
urna felicidade atual e o receio aos Inales temporais s~10 motiva
çoes tanto mais poderosas quando estejam ligadas ~l esperança
da felicidade futura e ao temor salutar ~lS desgraças eternas.
Mes1110 que U111 reino esteja afastado das guerras civis sob o
reinado de Ul11 Monarca de caráter firme, constante e de autori
dade absoluta, estará sempre próximo a cair no precipício, sob
UI11a Regência em que a autoridade é dividida entre o Regente e
o Conselho de Regência.
Quando os homens têm algo a partilhar, é impossível que
mantenham suas pretensôes nos limites da eqüidade e ~l justiça,
e que Ul11 não exija mais do que o outro está disposto a conce
Sétimo discurso
RfX.'APT{ I/AÇ-i1()
procas para gozar e111 paz de seus bens, pois não tê111 segurança
de sua execucâo. Os mais fracos organizam-se e111 v~10 e111 confe
deracõcs para garantir-se contra a violência dos mais fortes, de
nada vale tentarem mantê-los divididos e estabelecer U111a espé
cie de equilíbrio entre eles; todas essas precaucoes sào inúteis,
enquanto não houver entre eles U111a Sociedade permanente sufi
cientemente poderosa e suficientemente interessada e111 punir as
infrações. f~ fácil notar a diferença entre nossas vidas e as deles.
Nós dependemos verdadeiramente das leis, mas já nào depen
de1110s uns dos outros, nào S01110S mais inimigos mortais. n~10
SOl110S, corno eles, animais ferozes uns eI11 relacào aos outros,
nossas convenções s~10 observadas, porque n~10 podemos infrin
gi-las impunemente. Te1110s também as artes e o comércio e C0111
o auxílio delas te1110S toda a segurançl, toda a certeza, todas as
comodidades e satist~l<,'ôes da vida. Quem seria t~10 extravagante
a ponto de preferir a vida dos selvagens, C0111 sua independência
de todas as leis, juntamente C0111 a dura e perpétua dependência
uns dos outros, à vida que levamos, e111 U111a perfeita indepen
dência uns dos outros, porem na dependência das leis? Que111
seria tào insensato a ponto de preferir a desgraca deles a nossa
felicidade, ou os mais ricos dentre eles aos mais ricos dentre nós?
Ora, demonstrei, creio que C0111 bastante evidência, que os Sobe
ranos da Europa, por falta de leis, de convenções, por falta de
Sociedade permanente entre si, permanecerão para sempre inimi
gos e e111 UI11a terrível dependência uns dos outros. Assim, o
leitor pode constatar que se algum dia vierem a formar U111~l Socie
dade permanente, e111 vinte anos sua felicidade aumentaria na
mesma proporção e111 que a felicidade de UI11a família selvagem
aumentaria em período igual, se a pudéssemos transportar do
fundo de UI11a floresta do Canadá para alguma cidade rica e be111
organizada da Europa.
No primeiro discurso, Vi1110S a inutilidade dos tratados para
evitar a guerra na Europa, a inutilidade do Sistema do Equilíbrio
para a conservação dos Estados e do comércio. Existirá outro
396 ABB~: DE SAINT-PIERRE
Digo que o preconceito era mais forte contra ele do que contra
mim, pois não havia nenhuma sociedade permanente existente
entre Soberanos que pudesse ser oposta a esse preconceito, e
eu tenho a Sociedade Gennânica. No entanto, felizmente para o
projeto, nem todos o julgaram pelo rótulo. Algu111 Soberano,
mais sábio do que outros, desejou aprofundar-se, e encontrou
solidez, encontrou forma de fazer C0111 que algum de seus vizi
nhos concordasse, e pouco a pouco puseram-se a examiná-lo,
outros se juntaram a eles, e estes atraíram mais alguns; enfim,
COll1 o tempo os obstáculos desapareceram, e apesar de todos
esses poderosos preconceitos formou-se a Sociedade Germânica.
Esse é o primeiro pressuposto que oponho aos precon
ceitos em contrário. Que poderia eu fazer de melhor a fÜ11 de
provar que é possível concluir um tratado de sociedade, senão
mostrar que em caso semelhante Partes semelhantes celebraram
tratado semelhante, que os satisfaz tanto, que ele ainda subsiste
depois de sete ou oito séculos, apesar de seus grandes defeitos,
e que lhes proporciona garantias adequadas?
Examinei os motivos que os Soheranos alemães poderiam
haver tido durante esses primeiros tempos para concordar C0111
esse tratado de Sociedade permanente. Não encontrei U111 só
que não pudessem ter nossos Soberanos para assinar tratado
semelhanre: cada qual deseja conservar integralmente seus Esta
dos, tais COll10 os possuem atualmente; cada qual deseja obter
por meio da Sociedade Ul11a proteção segura e suficiente, para
garantir a si próprio e a seus descendentes menores contra
qualquer conspiração, qualquer revolta, qualquer guerra civil,
qualquer guerra externa; cada qual deseja da Sociedade garan
tia suficiente do cumprimento de tratados futuros; cada qual
deseja libertar-se das despesas e desgraças da guerra, cada qual
deseja manter o comércio entre os respectivos súditos. Ora, aque
les Soberanos tinham as mesmas motivacoes. Vimos que COl110
a Sociedade Européia será muito mais poderosa do que a Socie
dade Germânica, jamais se poderá recear que algum membro
39H ABBf: DE SAINT-PIERRE
rIM
Ad di rigen dos pedes no,.. i. tros in viam Pacis.
Sétimo discurso 413
CARTA DO AUTOR
AM.
SEGUNJJA CARTA
TERC~IRA CARTA
cerarn com sua opinião, alguns nào puderam crer que U111a pes
soa a respeito da qual tinham opinião tão favorável pudesse ter
sido tào afortunado a ponto de imaginar U111 projeto que seria
coisa muito bela se fosse praticável, e assim não apenas o Autor
é desprezado, mais ainda por cima odiado ou invejado por es
sas mesmas pessoas; C01110 poderia ele esperar fazê-las mudar
de opinião a respeito de algo que lhe traria grande reputação?
Sabe1110s que nessas ocasiões nada é mais C0111U111 do que o
espírito iludir o coração.
Alguns leram os primeiros eshoços, onde as provas eram
he111 menos fortes e onde eu n~10 havia ainda respondido a
novas objeções e nào havia respondido he111 às antigas, onde
havia muitas coisas que era preciso abreviar, onde as matérias
estavam 111al digeridas, mal organizadas, onde os raciocínios n~10
estavam he111 conectados. Assim, n~10 admira que hajam decla
rado em alta voz a impossibilidade do Projeto, e essa preven
<,'ào, causada por 111it11 lneS1110, fez C0111 que diversos nem se
quer quisessem ler o terceiro esboço, o qual, comparado C0111
os primeiros, é por assim dizer U111a obra cornpletamente nova.
Houve alguns, mas e111 pequeno número, que permane
ceram de boa fé e111 sua prevenção inicial contra ~I possibilidade
da Sociedade Européia. Talvez mudassem de idéia se se dessem
ao trabalho de C0111e<,'ar a escrever contra essa possibilidade,
usando minhas objeçôes C01110 provas suas e minhas provas
C01110 suas objeções, e comparando e111 seguida o interesse em
assinar o Tratado da Sociedade com o interesse em nào o assi
nar. Que escrevam, e verão que antes de escreverem muitas
páginas a simples comparação entre os dois interesses fará com
que a pena lhes caia da mâo; e digo isso porque experiência
semelhante aconteceu com um h0111em de espírito.
No que toca aos da segunda categoria, suas dúvidas po
dern provir de quatro origens. 1 - Freqüentemente, há falta de
hábito de discutir e penetrar as coisas do raciocínio. 2 - Pode
ser falta de conhecimento. 3 - Às vezes é falta de memória,
Sétimo discurso 419
Ora, por um lado não se pode dizer que o tema não seja aqui
extremamente importante, e por outro entendo que as pessoas
se queixem daquilo que é demasiadamente profundo.
Enfim, os que acreditam que é possível que o Tratado de
Sociedade permanente venha a ser assinado algum dia são de
dois tipos: uns o acreditam muito difícil e duvidam que possa
ser assinado neste século; outros não o acham tão difícil, pen
sam ao contrário que se esta obra for impressa e publicada em
língua vulgar em todas as Cortes e em todas as capitais da Euro
pa, será difícil que dois Estados republicanos, como a Holanda
e Veneza, não comecem por assinar dois anos depois uma
convenção para trabalhar concertadamente sobre os artigos de
um Tratado capaz de estabelecer pouco a pouco nos Estados
Cristãos uma Sociedade permanente suficientemente sólida para
tornar perpétua a paz na Europa, e que será ainda mais difícil
que uma vez assinada essa convenção, os cantões suíços, Gêno
va e diversos Príncipes alemães e italianos não a subscrevam, e
que estando assim subscrita por alguns, e por eles proposta ora
a um Soberano, ora a outro, não seja ela subscrita dez anos
depois por todo o restante dos Soberanos da Europa, uns após
os outros.
Eis todos os tipos de julgamentos feitos sobre o esboço
precedente e que aparentemente serão feitos sobre este, até
que alguma Potência comece a agitar-se para lançar os funda
mentos da Sociedade Européia.
de 15 de uooembro de 1712
A PAZ
ENTRE
OS SOBERANOS
CRISTÃOS,
Rei de França
EM UTRECHT
Livreiro
M. DCC. XV 11
AO REGENTE(*)
Senhor,
Ii Luis XIV
42R ABBf: DE SAINT- PIERRE
DO LIVREIRO
AO LEITOR
EXCERTO DO JORNAL
DF TRFVOUX
HENRIQUE) O GRANDE)
PARA TORNAR
PERPÉTIJA A PAZ
NA EUROPA
PRIMEIRA PARTE
Repositório de
Novas Objeções
PRIMEIRA OB/EÇÀO
PRIMrJRO AR71GO
Redução de liherdade
lI. AR71GO
111. ARTIGO
IV. AI07GO
VART1GO
PRIMEiRA CONSIDERAÇÀO
11. CONSIIJh'NAÇ'ÀO
111. CON5IDERAÇ40
Bens a partilhar
Promessas a cu mprir
Cfensas a reparar
IV CONS/IJERAÇ'ÀO
V CONSIDERAÇÃO
VI. C()N51J)~RAÇÀ()
VIl. C()NS1J)~1<AÇÀO
VIII. CONSIDERAÇÀO
muitos inimigos, n~10 poderá evitar seu ódio mortal e sua vin
gan-ça cruel sen1 a autoridade de um árbitro. Portanto, a Arbi
tragem é 111UitO vantajosa, IneS1110 para o mais forte.
4. É bem verdade que seus inimigos unidos não se conten
tarào em retornar, mediante superioridade de forças, enquanto
estiverem unidos, aquilo que o mais forte houver retirado a
cada U111 deles separadamente, por obra de sua superioridade
no período e111 que os outros não estavam unidos. Isso, porque,
C01110 dissemos, seria 111Uito perigoso para eles ofendê-lo e deixá
lo e111 condicoes de poder vingar-se, ao poupar-lhe a vida. Ele
perderia, assim, 111Uito mais do que o que lhes terá retirado.
'S. É certo, segundo as considerações 3 e 4, que se111 Arbi
tragem permanente não pode haver Sociedade permanente e
comercio permanente; é portanto evidente que n~10 adianta a
U111 hOll1e111 ser o mais forte entre seus vizinhos, porque eles não
permaneceriam vizinhos se111 Arbitragem, pois se veriam e111 hreve
na necessidade de fugir uns dos outros ou se entre-degolar; as
Si111, ne111 o mais forte nem o mais fraco poderá gozar das vanta
gens do comércio. e recairá nos horrores da vida solitária.
De tudo isso resulta que a Arbitragem, longe de ser
desvantajosa para o mais forte, é ao contrário muito vantajosa
para ele, que era o que eu tinha a demonstrar.
IX. CONS!JJhRAÇ'ÀO
X. CON51J)ERAÇ'ÀO
XI. CONWDHRAÇ'ÀO
XII. C()NSIDhRAÇÀ()
Diminuiçáo de liherdade
custas deles, e impede que ele próprio seja destruído por aque
les a que1l1 pretendia despojar.
Demonstramos, enfim, a vantagem imensa para todos os
Soberanos em concordar na renúncia mútua a tornar alguma
coisa aos outros pela força. Demonstramos ao meS1110 tempo
que essas renúncias mútuas, esse pretensos entraves, são o
fundamento da maior felicidade dos Soberanos. Ora, é tolice
chamar de entrave urna convencão tão sábia, tão sensata, tão
útil a todos os interessados e tão gloriosa para a razão humana.
3. O Czar, que estudou o comércio, viu C0111 seus próprios
olhos na Holanda e na Inglaterra que ele pode enriquecer U111
Soberano mais facilmente do que as conquistas, que cinqüenta
milhões empregados na promoção do comércio o farão lucrar
muito mais do que o sucesso de U1l1a campanha militar be111
sucedida, que esse lucro será muito mais sólido e isento de
perigos, e que a glória de superar em sabedoria seus pares,
tornando seu povo opulento e feliz, sem causar mal a ninguém,
é hem maior do que a glória que S0111ente se adquire causando
muita infelicidade e provocando a 1110rte e a ruína de U111a infini
dade de pessoas.
4. Dizer que se coloca em tutela ou e111 curatela é abusar
dos ter1110S. Con10 se pode dizer que o Czar, colocando-se soh
Arbitragem, estaria se colocando em tutela ou curatela? Poderia
dizer-se que os prirneiros Chefes de fa111 íl ia , ao colocar-se sob a
Arbitragem, colocaram-se sob tutela ou curatela? Dá-se tutores
ãs crianças, curadores aos imbecis, e impede-se que dispo
nharn de seus bens, a não ser por meio do conselho de uma
pessoa sábia interessada na felicidade deles; 111as não se dá tuto
res e curadores aos maiores, aos que não se tornaram imbecis.
A Arbitragem não impedia esses primeiros Chefes de família de
dispor de seus bens C01110 desejassem, e a Arbitragem Européia
não impedirá a qualquer Soberano, pequeno ou grande, de dis
por de suas rendas e bens, tal C01110 fazia antes do estabeleci
mento da Arbitragem.
')16 ABBÉ DE SAINT-PIERRE
SEGUNDA OBJEÇÃO
Rh'SPOSTA
TERCEIRA OB.!EÇÀO
RESPOSTA
QUARTA OBJEÇÃO
Rr;SPOS1A
QUINTA OBJEÇÃO
SEXTA OBIEÇÀO
RESPOSTA
Sf'TIMA Ol~lh'ÇÀO
RF5;/ J( )STA
PRh'FÁCI0
dos Príncipes, uns eln relação aos outros. Uma terceira edição,
aparecida em 1712 também diferia muito da de 1690 em vários
aspectos, pois em vinte e dois anos os assuntos gerais já haviam
mudado, se se fizesse UITIa quarta edição, seriam necessárias
novas e consideráveis modificações.
Corno as guerras externas e as guerras civis freqüentemente
CaUSaITI revoluções gerais, ou pelo menos grande mudanças nos
assuntos dos Príncipes, seria preciso haver a cada dez anos um
novo projeto para interpretar com justiça os interesses dos Prínci
pes, a menos que mediante o estabelecimento de U111a organi
zação durável, de uma arbitragem permanente, fosse possível
encontrar urn meio de tornar mais firme a fortuna dos Sobe
ranos, acordando limites imutáveis para os Estados. Essa idéia
de urna Organização geral, de U111a Arbitragem Européia, é uma
visão completamente nova do interesse dos Príncipes. Cada qual
observará facilmente, a seguir, o que esses outros planos têm de
COITIUm e de diferente em relação a este.
O Duque de Rohan inicia assim seu discurso: Os Príncipes
comandam os povos e os interesses comandam os Príncipes:
qual é esse interesse que comanda tão soberanamente os Sobe
ranos, e ao qual eles obedecem COIn tanta exatidão e urgência?
De UIn lado é o te1110r de estar pior, e do outro é o desejo de es
tar melhor; mas nesse sentido o interesse não comanda igual
mente todos os homens, e não se pode dizer que comande os
Príncipes por comandar todos os homens.
Adoto sem problemas a máxima do Duque de Rohan, e
corno ele suponho que os Soberanos obedeçam de bom grado
a seu interesse demonstrado: para dizer a verdade, foi nessa
suposição que ITIe esforcei para demonstrar-lhes que é de seu
interesse, isto é, que o interesse os manda assinar entre si um
Tratado de Organização geral, de Arbitragem permanente, um
Compromisso perpétuo, UITI contrato de Sociedade e de prote
ção recíproca e perpétua: 1. A fim de resolver sem guerra, e
COITI o máximo de equidade possível aos homens, suas diver
Interesse dos soberanos =)39
AR71GOS F[ INDAMf-NTAIS
ANTIGO I
AR17GO II
AR17GO III
AN17GO IV
AN17GO V
ARllGO VI
ARllGO VII
OBSERVAÇÀO
ARJ7G() IX
ARJ7GO XI
ARTIGO XII
ARTIGO XIII
OBShRVAÇ/ÍO
AR17GO XIV
ANTIGO XV
AN17G() XVI
ANllG() XVII
Aurtco XVIII
AR77GO XIX
AR77GO XX
AR71GoXXI
ARl1GO XXII
ARl1GO XXIII
ARTIGO XXIV
Soberanos
em estabelecer entre si
uma Organização
durável
VÚNhZA
Proposição a demonstrar
POLÍTICA
.[usnc»
FINANÇAS
CO!VtARe/o
1. E111 relação ao lucro que ela poderia obter C0111 eles por
meio do comercio terrestre ou InarÍti1110 em tempos de paz, ou
melhor, e111 tempos de trégua;
2. E111 relação ~ls ligas de proteção mútua que ela poderia
fazer C0111 alguns deles, para a conservação comum:
3. E111 rclacào ~ls conquistas que os inimigos possan1 fazer
de parte de seu território;
4. En1 relacáo às conquistas que ela possa fazer no terri
tório de seus inimigos;
.::;. EIn relação ~l manutenção de tropas e outras precauções
que ela possa t0111ar contra U111 inimigo poderoso, pérfido e
irreconciliável:
Ó. Enfim, em relaçào C0111 a dependência ou independência
em que se encontre a República quanto aos vizinhos, e os vizi
nhos quanto a ela.
Eis todos os aspectos segundo os quais podemos consi
derar a República, em rclnçao ao exterior. Ora, sustento, e é
f.icil demonstrá-lo, que quanto aos dois primeiros e aos dois
últimos itens, a Arhitragern, longe de retirar-lhe algo, propor
cionar-lhe-ia vantagens consideráveis. Quanto ao quarto item ,
seu estalx-lccimcnto lhe retira algo ao retirar-lhe a esperança de
conquistar, 111as lhe restitui algo semelhante, e mesmo mais valio
so no terceiro item, ao livrá-la para sempre de qualquer temor
de ser invadida. Vejamos isso com mais detalhe.
Comércio exterior
Ligas
RFFLh'XÀO
se por mais tempo e obter uma paz vantajosa, ela procure come
çar a propor urna liga, urna associação geral aos cristãos; e pode
ria jamais propor alguma que fosse mais vantajosa a cada socie
dade do que o Tratado e111 apreço? A proposta também nào
poderia ser feita e111 época mais favorável, pois a guerra não
dividiria os mais poderosos. Haveria negociação mais impor
tante e mais urgente do que buscar U111 socorro todo-poderoso
que não custará nada? Haveria negociação de êxito mais fácil do
que esta, que traria a cada aliado urna enorme vantagem, pois
produziria para eles uma Sociedade permanente, segurança e
proteção recíprocas, ausência perpétua de guerras e conseqüen
ternente U111 comércio que jamais será interrompido?
Se durante a paz ela recear uma guerra próxima, nada será
mais urgente do que negociar U111 Tratado que a protegeria
compleramente de tal temor. Portanto, ne111 durante a paz e
ne111 durante a guerra este Tratado deixará de parecer suficien
telnente urgente ou importante para merecer o exame dos minis
tros da República ou daqueles que estarão no Senado. Escrevi
esta parte antes da guerra dos turcos contra os venezianos e
fiquei sabendo que a República j{l perdeu a Moréia.
TJ~"NCh'IRA OBJh'Ç'ÀO
Rt'5P05TA
An l'hR77~NCIA
CONCL{ ISÀO
HOlANDA
PROPOSIÇÃO A DfMONSTRAR
PRIMflRA OBSERVAÇÃO
SEGUNDA OBS~ERVAÇÀO
T}<''RCElRA OBS}<''RVAÇ'ÀO
QUARTA OB5'ERVAÇ'ÀO
QUINTA OBSERVAÇÃO
ShXTA OBSERVAÇÃO
Sfnlil1A OBSERVAÇÃO
NONA OBSERVAÇÃO
DEcIMA OBSERVAÇÃO
COI110 o Estado e111 geral teria imenso lucro C0111 esse Trata
do, e para que tenha êxito é importante que ninguém trabalhe
contra ele, e que ao contrário todos os que possam contribuir
C0111 maior energia estejam pessoalmente interessados e111 seu
sucesso, minha opinião seria: 1. Que todos os Oficiais militares
que compraram as patentes fossem reembolsados. 2. Que as
remunerações e pensões lhes fossem mantidas, tanto para eles
quanto para os que não compraram as patentes. 3. Que as
rcmunercóes e pensões dos ministros, embaixadores e de todos
os conselheiros de Estado fossem dobradas durante suas vidas.
4. Que para os principais ministros haja alguma marca exterior
de honra e distinção e111 suas vestimentas, por exemplo o direi
to de usar a medalha que será cunhada por ocasião do estabe
lecimcnto da Arbitragem Européia, a qual passará perpetuamente
ao mais idoso do ra1110 mais idoso de seus descendentes. Isso se
aplicaria a Veneza e todos os demais Estados, tanto Republi
canos quanto monárquicos.
PRIMEIRA OIHh'Ç'ÀO
RHSPOSTA
CONCL[/SÀ O
PORTUGAL
PROPOSIÇÃO A Df.MONSTRAR
PRIMhiRA OB5;hRl/AÇ'À()
PRIMEIRA OB./HÇÀO
1?h'SPOSTA
SEGUNDA 013Sh'RVAÇ'ÀO
TJ~'RChlRA OBSERVAÇ'ÀO
QUARTA OBSERVAÇ'ÀO
QUINTA OBSE1?VAÇ'ÀO
SEGUNDA OB.1EÇÀO
RESPOSTA
TERCEIRA OBJEÇÃO
RESPOS7A
QUARTA OBJHÇ'ÀO
RESPOSTA
QUINTA OBIEÇ'ÀO
RESPOSTA
CONCLUSÃO
Não há queln não veja que essas Repúblicas, que são me
nos poderosas, têm ainda maior interesse no estabelecimento
da Arbitragem do que as Repúblicas mais poderosas; elas tê111
vizinhos muito poderosos que têm pretensões sobre seus terri
tórios, e temem que urna divisão entre seus cidadãos seja o
caminho de sua ruina.
Os genoveses tê111 ainda U111 interesse particular, o de que
muitos dentre eles possuem bens e SOl11as consideráveis e111
países estrangeiros. Ora, enquanto a paz não for mais sólida do
que na não-Arbitragem, enquanto houver na realidade somente
tréguas entre os Soberanos, esse tipo de bem tampouco terá
solidez e seu valor será muito menor.
Aliás, essas Repúblicas são 111UitO incomodadas pelos corsá
rios, e na não-Arbitragem seu comércio diminui muito, enquan
to que na Arbitragem não teriam que temer os corsários.
ô02
SÍCIUA
PRIMhlRA OB.Io,'hRVAÇ'ÀO
SEGUNDA OBSERVAÇ'ÀO
ThHCl:JNA O13Sh'RVA çA ()
QUARTA 013SFNVAÇAo
Q[ !/NTA 013Sh'RVAÇ'ÀO
SbXTA OBSERVAÇÀO
CONCLUSÀ O
PRllvJ.f.1RA OBSf.'RVAÇ'ÀO
SEGUNDA OBSERVAÇÃO
TERCh1RA OBSh'RVAÇÃO
OBJEÇ'ÀO
RE~P()STA
atuais com base nos mais recentes Tratados, pelos quais cada
UIU dos aliados solicita garantias mútuas.
2. Essa Liga não é uma liga parcial de uma parte da Europa
contra outra parte. É uma Liga total, para a qual todos estão
convidados e para a qual todos têm grande interesse em entrar.
Longe de ser feita para atacar alguém, seu objetivo, ao contrá
rio, é unicamente impedir que algum deles jamais seja atacado.
3. Todos sabem que esse projeto não é novo e que não é
contrário aos interesses dos Reis de França, porque seu primei
ro promotor foi um Rei de França, e um dos mais poderosos,
mais valorosos e mais sábios reis que jamais governaram esse
Reino.
4. As vantagens de todos os Reis de França ern assinar es
ses Artigos fundamentais são tão grande e evidentes, como vere
mos a seguir, que o Duque de Lorena nada arrisca ao declarar
publicamente, ao assinar o Tratado, que se obriga a dar conhe
cimento de suas vantagens ao Regente que hoje governa.
5. O Duque de Lorena jamais terá oportunidade tão boa
COIUO a atual para fazer COIU que toda Europa concorde com o
projeto. Por um lado, o Regente de França é seu cunhado, mais
capaz do que ninguém para participar de um projeto do Rei seu
bisavô, e por outro lado o Imperador é seu primo irmão, e
foram criados juntos. O Imperador conhece perfeitamente seus
interesses, e o estabelecimento de urna organização geral é
evidentemente muito vantajosa para ele e para todas as casas
Soberanas.
OBJEÇÃO
RESPOSTA
PRIMEIRA OBSbRVAÇ'ÀO
Sf;C;UNDA OBShRVAÇ'ÀO
OBSERVAÇÃO
REI DA PR{;SSIA
&1 DA DINAMARCA
POLÔNIA E SAXE
PRIMhlRA OBSERVAÇÃO
Sh'GlINIJA OBSh'RVAÇAo
T~'RC~lRA OBS~l(VAÇÀO
CONCLUSÀ O
INGLAll,:RRA H HANOVER
SEGUNDA OBS1',1?VAÇÀO
ll'.,'RC'h1RA OBSl:RVAÇÀ O
OB]h'Ç'ÀO
RESPOSTA
CONCLlISÀO
IMPERADOR
1. Aumento de rendimentos.
2. Aumento da tranqüilidade
3. Aumento da reputação
Ora, demonstrarei que e111 relação a essas três fontes de
satisfação humana, o estabelecimento da organização européia,
longe de diminuir as vantagens que ele possui ou espera ainda
possuir, aumentá-las-ia todas infinitamente.
Se restrinjo no momento minha prova a essas três fontes,
não é porque sejam as únicas; a saúde, a idade, a nobreza, o
espírito, o humor e muitas outras coisas são também fontes de
aumento de nossa felicidade. Além de ser igualmente fácil apli
car-lhes minha prova e mostrar que o Imperador nada perderia,
acreditei que seria melhor limitar-me a pouco e escolher as que
se apresentam mais facilmente ao espírito e que dependem um
pouco mais de nosso trabalho do que da natureza e da sorte.
PRIMh1RA CONS1Df<-RAÇ'ÀO
SEGUNDA CON51Dr.RAÇ'ÀO
Aumento da tranquilidade
Aumento da reputação
OBJEÇÃO
RESPOSTA
CONCll1SÀ ()
PN1MFINA OnshRvAçÀO
SEGUNDA OBSERVAÇ'ÀO
CONCLUSÃO
ESPANHA
PRIMhlRA 0135h'RVAÇ'ÀO
SEGUNDA OBSh'RVAÇÀO
Th'RChlRA OBSh'RVAÇ'ÀO
CONCLUSÀ O
REI DA SUÉCIA
OBSERVAÇÀO
PRIMtlRA OlHEÇÀO
RESPOSTA
SEGUNDA OIHHÇ'ÀO
Rt'SI J( )SlA
RESPOSTA
QUARTA OBJEÇÀO
RESPOSTA
mérito que lhe cabe pela invenção de U111 projeto tão vantajoso
para todo o mundo?
QUINTA OBJEÇÀO
R};SPOSTA
CONCL[IS-A O
&1 DE FRANÇA
PRIMfj1RA OBJEÇÃO
&'5?OSTA
maior dos Regentes, além de seu amor pelo povo, poderá facil
mente suprir nesse aspecto aquele que perdemos.
SEGUNDA OBJEÇÃO
RESPOSTA
ADVE'RTÊNCIA
Página 42
Páginas 45 e 46.
Página 48
COMhNTÁRIOS
Página 171
COMENTÁRIOS
OBSERVAÇÃO
Página 130
Página 138
Artigo 1
COMhNTÁRJO
Artigo VI
C(JitlANTÂRIO
COMENTÁRIO
Artigo XIV
COMENTÁRIO
COMENTÁRIO
COMhNTÁRIO
COMENTÁRIO
COJl;!ENTÁRIO
Não se pode esperar ter urna Liga perpétua se ela não abar
car universalmente todos os vizinhos; uma Liga parcial não será
durável.
Página 407
COMENTÁRIO
COMtNTÁRIO
COMENTÁRIO
Página 410.
COMENTÁRIO
Página 419.
COMh'NTÁRIO
COMJ<.NTÁRIO
COMENTÁRIO
COMt.NTÁRIO
o Marquês de Burgaux
Estes seis tinham interesse na sucessão de Cleves e J uliers.
O Eleitor de Colônia
O Eleitor de Trêves
O Duque da Baviera
O Duque de Würtenherg
O Duque de Brunswick
O Duque de Lunehurgo
O Duque de Mekelhurgo
O Duque de Lavemburgo
O Landgrave de Hesse
O Príncipe de Anhalt
O Príncipe de Anshach
O Príncipe de Dourlac
O Príncipe de Bade
Cidades Imperiais Católicas
Cidades Imperiais Protestantes
Senhores da Boêmia
Senhores da Hungria
O Duque de Savoia
O Papa
O Rei da Inglaterra
O Rei da Dinamarca
O Rei da Suécia
Os holandeses
Os venezianos
Os suíços
A Polônia.
OBSERVAÇÀO
velmente ouvido, com mais forte razão esse projeto deve ser
facilmente aprovado quando propõe somente manter os mais
recentes Tratados de paz e conservar para sempre os Estados
tais como são. Há mesmo hoje em dia uma grande facilidade a
mais para negociar, que não existia antes: como já não se trata
de organizar Ligas ofensivas, mas unicamente de tornar perpé
tua a paz, por meio de uma Liga, de urna Sociedade total, nin
guérn mais necessita ocultar suas negociações e ao contrário
cada qual poderá ter a honra de solicitar abertamente sellle
lhante Tratado.
Página 68
OBShl?VAÇ'ÀO
Página 79.
Páginas 80 e 81
COMENTÁRIO
PáRina 84
COMENTÁRIO
Página 91.
COMENTÁRIO
Página t Ot
Majestade,
Sendo os desígnios de Vossa Majestade tào elevados e
magnânimos que aqueles que nâo possuam espírito vivo, julga
mento sólido e a necessária experiência, ou que nâo hajam medi
tado longa e suficientemente sobre eles e nem tenham sido
amplamente informados das ordens, métodos, expedientes e
meios por ela preparados para facilitar sua execução, os conside
rarào extravagantes, e até mesmo de todo impossíveis. Ao contrá
rio, eu nào duvido de que todos aqueles que possuam maturi
dade de julgamento e tenham absorvido seu completo
conhecilnento e entendimento os apreciarão e louvarão como
merecem, e não considerarào estranho que Vossa Majestade haja
meditado durante dez anos sobre eles e haja feito participantes
todos os Estados e Príncipes que possam juntar-se a sua
Associação.
COMENTÁRIO
COl'vfh'NTÁRJO
OBSERVAÇÃO
ADVERTÊNCIA
Sobre esse tema, nada pude descobrir a não ser essas nego
ciações de M. Canaye. Se aqueles que possuem as comuni
cações dos Senhores Bongars, de Bousise e dos demais nego
ciadores desse projeto as quiserem comunicar a mim, eu pode
ria fazer algo útil para () público.
AD Vh'RTfNCIA
Vantagens da empresa
facilidade da empresa
Glória da empresa
PRIMEIRA CONCLUSÃO
SEGUNDA CONCLU.SÀO
PRIMhlRA PROVA
SEGUNDA PROVA
nada servem para o crescimento dos corpos dos vivos, mas isso
não acontece C0111 os espíritos, que comunicam por meio da
palavra, da escrita e sobretudo pela invenção da imprensa os
conhecimentos que cada um adquiriu por suas leituras, suas
reflexões ou suas experiências. O que está impresso é cornuni
cada a um número muito maior do que o dos que lêem pouco
ou nada lêeln, e eis como se aperfeiçoa continuamente o espí
rito dos sábios e até mesmo o do povo.
Os próprios métodos de ensino se abreviam e aperfei
çoarn, as ciências especulativas e de raciocínio, o conhecimento
dos fatos e das artes portanto aumentam necessariamente tanto
quanto possível, e quando se chega a conhecer o que sabem os
mais sábios e a fazer o que fazem os mais hábeis que nos deixa
ram modelos, é impossível que a longo prazo eles não sejam
ultrapassados pelos que caminham em direção ao objetivo, a
menos que as artes e as ciências tenham limites, coisa que ainda
não encontramos.
A ciência da organizaçào humana, que trata dos mais
importantes interesses dos homens e à qual tantos se dedicam
certamente aumentará e se aperfeiçoará selnpre, e esse aperfei
çoamento S0111ente é possível mediante a reflexão sobre a gran
de utilidade das arbitragens particulares para os chefes de famí
lia, e ao fazer tais reflexões é impossível que não percebam
claramente as vantagens imensas que os chefes de nações obte
riam C0111U111a Arbitragem Geral, uma organização geral e perma
nente de chefe a chefe, de nação a nação. E ao percebê-lo
claramente, é impossível que não o façam ver aos demais ho
mens de espírito, C0111 clareza semelhante, e é impossível que
quando todas as pessoas de espírito perceberem claramente essas
imensas vantagens também os ministros, que sempre são esco
lhidos entre pessoas de espírito, não as hajam percebido antes
mesmo de chegar ao ministério; e não seria possível que entre
tantos ministros, homens de bem e zelosos do interesse de seus
Senhores, não haja diversos que os aconselhem a aproveitar
692 ABBÉ DE SAINT-PIERRE
Tf-7?CElRA PRO VA
... - - -
ADVl!-1?TÊNCIA
que seus Tratados de paz, tanto que esses Príncipes não toma
ram medidas para sair do funesto estado de desorganização em
que ainda se encontram. Ora, essas mudanças que ocorrerão de
tempos em tempos nas Casas Soberanas e nas Soberanias exigi
rão também de quando em quando novas modificações em uma
obra na qual sou obrigado a fazer suposições sobre as condi
ções atuais dos Soberanos. Porém, com o auxílio dos princípios
gerais que estão claramente explicados e solidamente estabele
cidos, e que em si mesmos são perfeitamente imutáveis, será
fácil aos leitores inteligentes suprir as modificações necessárias
e corrigir, após cada acontecimento, aquilo que eu próprio pode
ria haver corrigido se escrevesse após essas evoluções.