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26 de julho de 2010

Ensino Superior
Estudo traça quadro difícil na formação de engenheiros: número
é pequeno, cai relativamente, com perda nas áreas tradicionais

Mônica Teixeira e Janaína Simões

No dia 16 de julho, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), divulgou o


estudo "A Formação de Engenheiros no Brasil: Desafio ao Crescimento e à Inovação". O documento
reúne dados nacionais e internacionais sobre formação no ensino superior e formação nas
engenharias, chama a atenção para a ausência de planejamento governamental quando se trata da
formação de recursos humanos e, especialmente, alerta sobre as consequências da diminuição da
participação relativa da formação de engenheiros para o desenvolvimento do País.

Ensino Superior resume pontos do documento e Inovação deixa a íntegra do estudo disponível em
formato PDF.

Inovação, qualificação de mão de obra e engenharia

O primeiro ponto do estudo busca situar a posição central dos engenheiros para o desenvolvimento
tecnológico, com base no perfil dos profissionais empregados em atividades de pesquisa e
desenvolvimento nos Estados Unidos. Dados dos Indicadores de Ciência e Engenharia 2010,
publicados pela National Science Foundation, agência de financiamento à pesquisa do país, mostram
que são engenheiros 36% dos graduados em ciências e engenharia trabalhando em P&D. Além de
chamar atenção para a relevância dos engenheiros, a Carta do IEDI lembra que outros profissionais
com educação superior são também crescentemente importantes — com formação em ciências
naturais, mas também em administração, direito e ciencias sociais. A necessidade de formação
profissionalizante em áreas técnicas no Ensino Médio é também destacada como necessária para a
inovação. Neste aspecto, diz o documento, há também escassez no Brasil, exceção feita ao Estado de
São Paulo, com o crescimento do Centro Paula Souza, e da iniciativa recente do Ministério da
Educação para o fortalecimento das antigas Escolas Técnicas Federais.

Escolaridade superior no Brasil

A situação brasileira é bastante desfavorável quando comparada à de outros países, mostra o estudo
do IEDI. A taxa de escolaridade superior entre jovens de 20 a 24 anos, no ano de 2007, é a mais
baixa entre países selecionados, o que diminui a capacidade do País de concorrer com outros
emergentes. A tabela abaixo, reproduzida do estudo, e elaborada com base em dados da OCDE,
2010, fala por si:

http://www.inovacao.unicamp.br/report/noticias/index.php?cod=772 15/8/2010
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Fonte: Carta IEDI 424, OCDE 2010

A situação da escolaridade em nosso País, observa o texto, compara-se à China e à India, por
exemplo. Mas o texto coteja os números absolutos da formação superior da população brasileira: 14
milhões de estudantes no ensino superior indiano (2005-2006), 20 milhões na China (2008), 5,2
milhões no Brasil (2007, OCDE).

A formação em Engenharia no Brasil: o perfil dos egressos; comparação internacional

O estudo enfatiza que o déficit na formação de engenheiros é "consequência direta da baixa


escolaridade superior", embora não se explique "apenas" por isso.

Pouca gente frequenta o ensino superior; e as áreas de concentração das matrículas é em Educação,
Ciências Sociais, Direito, Economia e Administração, de acordo com o estudo. No ano de 2007,
aponta o documento, entre o total de alunos egressos em cursos superiores no Brasil, apenas 5,1%
estavam nas Engenharias, ante 6,1%, nos EUA; 14,2% no México; na Espanha, 14,5%; no Japão,
19,4%; na Coréia do Sul, 25%; e na China, 35,6%.

De acordo com os números levantados pelo IEDI, 5,6% dos egressos na educação superior no Brasil
no ano 2000 estavam nas áreas das Engenharias. Já 26,6% dos estudantes estavam nas Ciências
Sociais e em Direito naquele ano, e 13,2% nos cursos de Economia e Administração. No ano de 2008,
eram 5,1% do total os egressos nas Engenharias; Ciências Sociais e Direito registravam 27,3%; e
13,7% estavam em Economia e Administração. "Mais grave é que estes percentuais de egressos em

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Ciências e Engenharia, além de baixos, são decrescentes. O número absoluto de egressos tem
crescido, mas seu percentual no total da formação superior tem se reduzido sistematicamente",
aponta o estudo.

Os dados apresentados também evidenciam a perda de peso relativo das áreas tradicionais da
Engenharia na formação geral de engenheiros, em que ganham peso a Engenharia de Produção,
Logística, Pesquisa Operacional; Qualidade; Engenharia do Trabalho, Econômica e Ambiental;
Engenharia de Alimentos e Mineração ante as áreas como Engenharia Elétrica, Eletrônica, Mecânica,
Química e Engenharia Civil. A tabela abaixo, reproduzida do estudo, mostra o perfil dos concluintes
entre 1999 e 2008:

O IEDI registra que as matrículas e o número de egressos cresceram a taxas relativamente elevadas
nos últimos anos. A expansão está calcada na participação crescente do setor privado, o que é parte
da explicação para o decréscimo das Engenharias e também explica parcialmente a mudança do perfil
dessa área. As tradicionais Engenharia Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Química e Civil são cursos que
exigem maior infraestrutura e investimentos mais elevados, observa o documento; essa é uma das
causas apontadas para essa perda de espaço.

Em relação ao total de egressos com cursos de Engenharia dentro do quadro geral do ensino superior,
em comparação a países selecionados, Ensino Superior reproduz outro quadro que faz parte do
estudo, para 2007, com base em dados da OCDE:

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O estudo também observa que o Brasil está melhor na comparação internacional quando se trata dos
doutores em Engenharia. O percentual de doutores em Engenharia em relação ao total de doutores,
no Brasil, é de 11,8%, similar ao percentual do Chile, Estonia, Portugal, Suíça e França; mas muito
inferior ao da China, a campeã internacional, com 34,9%, ou o da Coreia do Sul, com 24,8%. Os
dados são de recente estudo divulgado pela OCDE, "Measuring Innovation: a New Perspective".

A demanda por profissionais de Engenharia no Brasil

Nessa seção, o estudo do IEDI dialoga com outro, "Escassez de Engenheiros: realmente um
risco?", também destacado por Inovação, e publicado em Radar, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada. Há uma discussão da metodologia utilizada pelo estudo do Ipea, que tentou
mensurar a demanda por engenheiros no Brasil diante do atual quadro de formação desses
profissionais e das projeções de crescimento do País. O Ipea considerou apenas as ocupações típicas
das Engenharias da Classificação Brasileira de Ocupações, o que excluiu as de gerência e direção,
onde há um número expressivo de engenheiros empregados, segundo o IEDI. "Independente da
forma de projetar a demanda ou de estimar o tamanho do mercado de trabalho de Engenharia no
Brasil há um fato: diversas empresas têm relatado a enorme dificuldade em contratar engenheiros.
Dada a disseminação destes profissionais pelo conjunto do mercado de trabalho esta 'escassez'
relativa acaba tendo impacto generalizado", aponta o IEDI.

Segundo o estudo do instituto de São Paulo, cerca de 30% dos engenheiros empregados em funções
típicas das Engenharias estão na indústria de transformação e 17% trabalham no setor de construção
civil. O ritmo de expansão das atividades típicas de Engenharia foi muito alto nos últimos anos.

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Destaque nesse crescimento para os setores da indústria extrativa, dos serviços técnicos profissionais
e da indústria de transformação. Em termos de sub-área de formação, o grupo de engenheiros de
formação geral, seguido pela Química, Mecânica e pela Engenharia Civil foram os mais empregados
pelo mercado.

Alertas para o País

Na abertura, à guisa de resumo executivo, é onde o documento argumenta sobre a necessidade de


um planejamento mais ativo do setor público, em parceria com o setor privado, na estruturação de
um plano de graduação de Engenharia e de Ciências que não busque apenas a solução no curto
prazo, que seria ampliar a formação de engenheiros de forma indiscriminada. Esse planejamento
deve levar em consideração que o esforço na formação é um investimento que dará resultados no
longo prazo — é preciso pelo menos cinco anos para se formar um engenheiro — e ser compatível
com as áreas estratégicas para o desenvolvimento do País.

A abertura também argumenta que será muito difícil o Brasil melhorar sua renda per capita como fez
no século XX se a taxa de escolaridade continuar baixa como é hoje, e se persistir o quadro de baixa
ênfase na formação e qualificação de recursos humanos.

Essa trajetória só foi possível no século passado, de acordo com o estudo, porque a industrialização
brasileira foi baseada na substituição de importações e na forte presença de subsidiárias de empresas
estrangeiras, ou seja, em tecnologia desenvolvida, basicamente, fora do País. "Os requisitos de
crescimento de produtividade no Brasil que possam garantir a sustentabilidade, no longo prazo, da
melhoria da renda e de seu perfil distributivo pressupõem uma estratégia diferente da que prevaleceu
no século XX", diz o estudo. Para o IEDI, "nem mesmo o subsistema de subsidiárias estrangeiras
conseguirá manter um ritmo forte de investimento no Brasil sem maior produtividade e melhor
qualificação da mão de obra" local.

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