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Outra coisa importante a ser observada que, estabelecido o tom de uma msica, ela
pode conter alguns tons secundrios, pequenas modulaes que, provisoriamente,
se estabelecem e se comportam como se fossem o tom principal. Vamos aprender a
reconhec-las e indic-las atravs da cifragem analtica.
Afinando:
R: IIm7 V7 I7M I7M
Observe que onde comea a se estabelecer o novo tom (no compasso 5) colocamos uma indi-
cao: D: . A partir dessa indicao, a anlise funcional se refere a essa tonalidade provisria.
Logo, na terceira linha, um novo movimento II - V, composto pelos acordes Cm7 - F7, estabelece
outro tom provisrio: Si bemol, devidamente indicado no compasso 9 atravs da indicao Sib: .
No entanto, precisamos refletir sobre o fato de que o fazer musical o resultado de uma
arte de criar, misturar, recriar, alterar, etc.
Assim, podemos nos perguntar: a composio vem antes ou depois do estudo da teoria?
A teorizao resulta da tentativa de organizar e entender o fenmeno musical entendido
como linguagem?
Vamos fazer uma considerao um pouco diferente: quem nasce primeiro, uma lingua ou
a sua gramtica? preciso conhecer a gramtica da lngua portuguesa para escrevermos
poesias? E, ao escrevermos poesias, possvel quebrar, de propsito e cientemente, as
regras da gramtica, isto , modificar, "torcer" a gramtica para "criar arte"?
Acredito que seja importante aprendermos as regras da gramtica musical, mas espero
que possamos sempre utiliz-las, na hora de nossas composies, com certa liberdade.