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1
GOMES, Luiz Flávio. Controle de convencionalidade: STF revolucionou nossa pirâmide jurídica.
Disponível em http://www.lfg.com.br. Acesso em 13 de março de 2009.
2
ESTRELLA, André Luiz Carvalho. Normas constitucionais inconstitucionais. Disponível em
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5021. Acesso em 13 de março de 2009.
pelos aplicadores do Direito. Porém, como já dito, não dão conta da complexidade das
causas do mundo contemporâneo. Atualmente, porém, há causas em que a solução dedutiva
é impossível ou simplesmente não existe no ordenamento.
Os princípios constitucionais, portanto, tornam-se boas soluções no caso de lacunas,
já que abrangem uma gama muito ampla e diversa de situações e não há que questionar-
lhes a validade. Daí a crescente importância que o regramento constitucional adquiriu na
vida contemporânea, visto que as leis específicas nem sempre dão conta das rápidas
mudanças sociais.
Nesse contexto, tratando-se de constituições que não sejam flexíveis, a
hermenêutica se torna um fator de renovação da ordem constitucional, segundo Paulo
Bonavides. E o método dedutivo ou sistêmico de interpretação torna-se insuficiente para
responder a todos os problemas que se apresentam aos juízes. Um dos problemas que
escapam ao silogismo jurídico ocorre quando cada parte de uma demanda invoca um
princípio fundamental distinto – e aplicável. Nesse caso, o princípio da proporcionalidade
se alinha ao método hermenêutico tópico, que consiste em analisar diversos pontos de vista
(topoi) para decidir qual o mais adequado. Em geral esse método envolve concessões
recíprocas, mas quando é preciso “escolher” um dentre os princípios invocados, torna-se
necessário testar hipoteticamente as soluções possíveis para se decidir pela mais apropriada.
O magistrado atual participa do próprio processo de criação do direito e, para isso, precisa
lançar mão de ferramentas que deixariam os positivistas loucos: criatividade e
sensibilidade.