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(On Self-Denial)
Baixo a este princípio você tem que fazer todo seu dever a seu
próximo, seja aos seus corpos ou a suas almas, negando todos os
desejos e tendências mundanas que poderiam entrar em conflito com
teu dever, fazendo de Jesus Cristo mesmo teu modelo e que sua
expressa vontade seja tua regra perpétua de conduta.
Muitos vão perguntar-se: Por que exige Cristo de nós este negar-se a
si mesmo?
Seria porque Deus quer ver que nos mortificamos, por que tem prazer
em que crucifiquemos nossa sensibilidade ao gozo, que ele mesmo
nos deu? De nenhuma maneira. A verdadeira resposta tem que ser
encontrada no fato de que Ele nos fez seres morais e racionais:
nossas faculdades racionais estão planejadas para controlar nossas
atividades voluntárias, e nossa natureza moral para fazer-nos
responsáveis do controle de nós mesmos ao que Deus requer. Nas
ordens inferiores da criação que nos rodeia, vemos animais isentos de
responsabilidade moral, porque são irracionais e incapazes de ação
moral responsável. Para eles, a tendência natural é a lei, porque não
conhecem outra. Mas nós temos uma lei mais elevada para obedecer.
O maior bem dos animais é proporcionado por sua obediência a mera
lei física; mas não é assim com nós. Nossos sentidos são cegos
moralmente e portanto Deus nunca quis que regessem nossa vida.
Para proporcionar-nos uma regra apropriada, Deus nos deu a
inteligência e a consciência. O apetite, portanto, não pode ser nossa
regra, entretanto é e tem que ser a regra de todos os animais.
Até que me converti nunca soube que tinha afetos religiosos. Não
sabia, inclusive, que tinha alguma capacidade para emoções
espontâneas, profundas, que fluiriam a Deus. Isto era uma ignorância
escura e pavorosa, e é fácil supor que conhecia muito pouco gozo real
enquanto que minha alma estava em perfeita ignorância da mesma
idéia de gozo espiritual real. Mas vejo que esta ausência de idéias
corretas sobre Deus não é rara. Se buscamos encontraremos que esta
é a experiência comum das pessoas não convertidas.
Agora temos que considerar bem que este lado espiritual de nossa
natureza pode ser desenvolvido e satisfeito só por meio de uma
benevolente negação ou contrariedade de nossos apetites, um
contrariar os apetites baixo às exigências da benevolência real a
nossos próximos e a Deus. Este deve ser nosso objetivo; porque se
fazemos de nossa felicidade pessoal nosso objetivo, nunca vamos
alcançar o gozo exaltado da verdadeira comunhão com Deus.
Este ponto explica muitos dos fatos da experiência cristã que de outro
modo parecem estranhos. Aqui temos um homem que não pode orar
diante de sua família. Inquire mais profundamente em seu caso e
provavelmente encontrarás que não pode gozar em nenhum de seus
deveres religiosos. Inquire mais na causa e encontrarás que não se
nega a nada a si mesmo, que sua vida está regida pelas leis da auto-
satisfação. Como pode este homem agradar a Deus assim.
Conclusão
Tua utilidade como cristão dependerá de que leves tua cruz e de tua
firmeza neste curso da vida; porque teu conhecimento das coisas
espirituais, tua vitalidade espiritual, tua comunhão com Deus, e numa
palavra, tua ajuda do Espírito Santo, dependerá da fidelidade com
que te negues a si mesmo.
Os que estão ainda em seus pecados não têm idéia de como podem
gozar de Deus, e não podem imaginar como pode o coração aderir-se
a Deus, e chamá-lo por mil nomes carinhosos, e derramar vosso
coração em amor a Jesus, permita-me que os peça que considereis
que uma comunhão assim com Deus existe, que há um gozo assim
em sua presença, e que podem tê-lo ao preço de negar-se a vocês
mesmos e de uma devoção total e íntegra a Jesus; não de outra
maneira. E por que não fazem esta decisão? Já dizem: Toda a taça de
prazer mundano está vazia, seca, inútil. Deixe-a pois, solte-a.
Desprendam-se do mundo e elejam um gozo mais puro, melhor e que
permanece para sempre.
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