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Este documento é o acórdão do Superior Tribunal de Justiça sobre um pedido de habeas corpus. O Tribunal decidiu não conhecer o pedido por entender que o recurso especial era a via processual adequada e não o habeas corpus. Manteve a condenação do paciente por porte ilegal de arma de fogo.
Descriere originală:
Posicionamento STJ porte arma policial aposentado
Titlu original
1_STJ_HC 267.058 Porte Arma Policial Civil Aposentado Impossibilidade
Este documento é o acórdão do Superior Tribunal de Justiça sobre um pedido de habeas corpus. O Tribunal decidiu não conhecer o pedido por entender que o recurso especial era a via processual adequada e não o habeas corpus. Manteve a condenação do paciente por porte ilegal de arma de fogo.
Este documento é o acórdão do Superior Tribunal de Justiça sobre um pedido de habeas corpus. O Tribunal decidiu não conhecer o pedido por entender que o recurso especial era a via processual adequada e não o habeas corpus. Manteve a condenação do paciente por porte ilegal de arma de fogo.
IMPETRANTE : LENITA ESPINDULA IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO PACIENTE : PAULO OLAVO PEREIRA EMENTA
HABEAS CORPUS . IMPETRAO ORIGINRIA.
SUBSTITUIO AO RECURSO ESPECIAL CABVEL. IMPOSSIBILIDADE. RESPEITO AO SISTEMA RECURSAL PREVISTO NA CARTA MAGNA. NO CONHECIMENTO. 1. Com o intuito de homenagear o sistema criado pelo Poder Constituinte Originrio para a impugnao das decises judiciais, necessria a racionalizao da utilizao do habeas corpus , que no deve ser admitido para contestar deciso contra a qual exista previso de recurso especfico no ordenamento jurdico. 2. Tendo em vista que a impetrao aponta como ato coator acrdo proferido por ocasio do julgamento de apelao criminal, contra o qual foi interposto recurso especial - no admitido -, depara-se com flagrante utilizao inadequada da via eleita, circunstncia que impede o seu conhecimento. 3. O constrangimento apontado na inicial ser analisado, a fim de que se verifique a existncia de flagrante ilegalidade que justifique a atuao de ofcio por este Superior Tribunal de Justia. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO E DE USO RESTRITO. INPCIA DA DENNCIA. PEA INAUGURAL QUE ATENDE AOS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS E DESCREVE CRIME EM TESE. AMPLA DEFESA GARANTIDA. EIVA NO EVIDENCIADA. 1. No pode ser acoimada de inepta a denncia formulada em obedincia aos requisitos traados no artigo 41 do Cdigo de Processo Penal, descrevendo perfeitamente as condutas tpicas, cuja autoria atribuda ao recorrente devidamente qualificado, circunstncias que permitem o exerccio da ampla defesa no seio da persecuo penal, na qual se observar o devido processo legal. ARMAMENTO APREENDIDO FISICAMENTE DISTANTE DO CORPO DO ACUSADO. IRRELEVNCIA. DESCRIO DE CONDUTAS QUE SE ENQUADRAM NOS TIPOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 14 E 16 DA LEI 10.826/2003. INEXISTNCIA DE ABOLITIO CRIMINIS TEMPORRIA. INCIDNCIA SOMENTE PARA POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NO CARACTERIZADO. 1. Os tipos penais cuja violao se atribui ao paciente so mistos alternativos, motivo pelo qual o fato de as armas haverem sido apreendidas fisicamente longe do seu corpo no impede a configurao dos crimes em questo, j que neles tambm se prev as condutas de deter, transportar e ter em depsito, todas Documento: 42266922 - EMENTA / ACORDO - Site certificado - DJe: 15/12/2014 Pgina 1 de 2 Superior Tribunal de Justia elas devidamente narradas na denncia. 2. Revelando-se invivel a desclassificao pretendida pela impetrante, impossvel o exame da aventada ocorrncia de abolitio criminis prevista nos artigos 30, 31 e 32 da Lei 10.826/2003, j que entendimento desta Corte Superior de Justia que somente as condutas delituosas relacionadas posse de arma de fogo foram por ela abarcadas, no sendo possvel estender o benefcio para o crime de porte ilegal de arma de fogo, seja de uso permitido, seja de uso restrito. BUSCA E APREENSO SEM PRVIA ORDEM JUDICIAL. CRIMES DE NATUREZA PERMANENTE. DESNECESSIDADE. MCULA INEXISTENTE. 1. dispensvel o mandado de busca e apreenso quando se trata de flagrante de crime permanente, podendo-se realizar a priso sem que se fale em ilicitude das provas obtidas. Doutrina e jurisprudncia. POLICIAL CIVIL APOSENTADO. INEXISTNCIA DE DIREITO AO PORTE DE ARMA. INTELIGNCIA DO ARTIGO 36 DO DECRETO FEDERAL 5.123/2004. AUSNCIA DE PROVAS DE QUE O PACIENTE ESTARIA AUTORIZADO A PORTAR ARMAMENTO FORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. COAO ILEGAL NO EVIDENCIADA. 1. De acordo com o artigo 33 do Decreto Federal 5.123/2004, que regulamentou o artigo 6 da Lei 10.826/2003, o porte de arma de fogo est condicionado ao efetivo exerccio das funes institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual no se estende aos aposentados. 2. Habeas corpus no conhecido.
ACRDO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justia, na conformidade dos votos e das notas taquigrficas a seguir, por unanimidade, no conhecer do pedido. Os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Newton Trisotto (Desembargador convocado do TJ/SC), Walter de Almeida Guilherme (Desembargador convocado do TJ/SP) e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator.
Braslia (DF), 04 de dezembro de 2014(Data do Julgamento)
MINISTRO JORGE MUSSI
Relator
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