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Funções
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Composição química e estrutura
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Os lipídeos distribuem-se assimetricamente nas duas monocamadas
lipídicas e estão em constante movimentação. Eles movem-se ao
longo do seu próprio eixo, num movimento chamado rotacional e
movem-se lateralmente ao longo da extensão da camada. Estes dois
movimentos não representam qualquer alteração `a termodinâmica
natural da membrana e, portanto, ocorrem constantemente. Um outro
movimento chamado flip-flop, que consiste em mudar de uma
monocamada `a outra, é menos frequente, pois envolve a passagem
da cabeça polar (hidrofílica) dentro da região apolar
(hidrofóbica) da bicamada.
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Inúmeras funções são desempenhadas pelas proteínas de
membrana: elas comunicam célula e meio extracelular, servindo
como poros e canais, controlam o transporte iônico, servem como
transportadoras, realizam atividade enzimática e ainda podem ser
antigênicas, elicitando respostas imunes.
Transporte
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transportes ativos.
O endereço abaixo mostra de forma simples e elegante uma série de
figuras compreensivas sobre transportes celulares.
http://personal.tmlp.com/jimr57/textbook/chapter3/cmf1.htm
Especializações
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A função principal da Zônula de Adesão é a de proporcinar a
coesão entre as células tornando a camada epitelial mais resistente
ao atrito, trações e pressões. Além disso, participa do
estabelecimento e manutenção da polaridade celular em associação com
a Zônula de Oclusão .
Os Desmossomas (“grampos”) formam regiões pontuais de
adesão entre as células e estão ancorados ao citoesqueleto de
filamentos intermediários através de moléculas com a desmoplaquina, a
desmina entre outras. Os desmossomas estão relacionados à forma e ao
padrão de distribuição das organelas na célula. Conferem resistência à
tração e à pressão. As Caderinas são as moléculas responsáveis pelas
ligações homeotípicas (entre moléculas da mesma família) entre as
células.
Os Hemi-desmossomas são regiões de união pontual entre células
e a lâmina ou membrana basal. São responsáveis pela adesão do tecido
epitelial ao tecido conjuntivo subjacente. A estrutura intracelular dos
hemidesmossomas é semelhante á dos desmossomas, mas as proteínas
transmembranares que ligam a célula às proteinas que formam a lâmina
basal são as integrinas e não as caderinas.
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Diferenciação celular e interações celulares
Para o estabelecimento dos metazoários, um dos eventos mais
importantes foi a organização de folhas epiteliais que separam
compartimentos externos e internos. A possibilidade de adesão e
comunicação entre as células através de junções e a polarização celular
em regiões basal e apical, parecem ser os principais requisitos para a
multicelularidade. Os epitélios são tecidos especializados que vedam
espaços e selecionam a passagem de substâncias entre diferentes
compartimentos. Além disso, eles participam da proteção dos
organismos contra forças mecânicas, a desidratação, alterações da
microbiota, ação enzimática, extremos de pH e agentes patogênicos.
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umas com as outras e com a matriz extracelular, formando diferentes
tecidos e órgãos. A manutenção de células indiferenciadas (células
tronco ou precursoras) é de fundamental importância para a renovação
dos tecidos, cada qual com sua capacidade de regeneração e reposição.
Os epitélios e as células sangüíneas são os tecidos com maior taxa de
renovação e possuem células tronco bastante estudadas.
Exemplos:
Células Mesenquimais (Tecido Conjuntivo, Adiposo, Cartilaginoso,
Ósseo)
Células Tronco Hematopoiéticas (Precursoras de eritrócitos, monócitos,
linfócitos, basófilos, neutrófilos, eosinófilos e megacariócitos)
Células Tronco Epiteliais (intestino e pele)
Células Tronco Germinativas (dos testículos no macho adulto e no ovário
embrionário)
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Processo de diferenciação
Falta muito para que possamos compreender este processo. É consenso
que para que ocorra a diferenciação a célula deve parar de proliferar. A
diferenciação depende de sinais provenientes de hormônios, da matriz
extracelular, de contato entre células e de fatores de diferenciação
chamados genericamente de citocinas. A orquestração dos sinais
recebidos pela célula resulta então na repressão de certos genes e
ativação de outros. Esse fenômeno pode alterar a forma da célula, seus
produtos para exportação e para sua própria estrutura e as moléculas
de sua superfície. Essas alterações refletirão no modo com que essa
célula interage com outras células e com a matriz extracelular. Ela pode
permanecer no lugar, proliferar ou migrar para outros tecidos ou outras
regiões do tecido. Como exemplo, veja o processo de queratinização do
epitélio.
Dados recentes das experiências com clonagem, mostram que os
núcleos de células adultas apresentam modificações permanentes
(imprinting) que refletem, de alguma maneira, a história dessa célula.
Marcadores de diferenciação
Durante a diferenciação celular, algumas proteínas são expressas
transitoriamente e podem ser detectadas através de anticorpos
específicos produzidos em animais imunizados com essas proteínas.
Esses anticorpos são ferramentas importantes para o estudo da
diferenciação celular e no diagnóstico de leucemias e outros tipos de
câncer. Em alguns tumores, proteínas expressas apenas no estágio
embrionário voltam a ser expressas no adulto. Ex: A alfa-fetoproteína é
expressa principalmente no período fetal em contraposição à expressão
da albumina que ocorre principalmente após o nascimento. No câncer
hepático, a alfa-fetoproteína passa a ser expressa em grandes
quantidades, podendo ser detectada no soro.
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No desenvolvimento de linfócitos, vários marcadores são conhecidos por
exemplo o CD4, importante na interação linfocitária e também na
infecção pelo HIV.
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Ex. E-caderina nos epitélios. Associam-se ao citoesqueleto.
São moléculas importantes na adesão das células à lâmina
basal e demais componentes da matriz extracelular, assim
Integrinas como na interação linfocitária. Diferentes integrinas são
expressas em tecidos diferentes, que possuem matriz e tipos
celulares diferentes.Ex: a4b1 nas mucosas
InterCelular Adhesion Molecules. Pertencem à superfamília das
ICAMs imunoglobulinas. Ex: V-CAM vascular, E-CAM endotélio, N-
CAM no tecido nervoso
Citoesqueleto
O Citoesqueleto das células eucariontes é composto de complexos
protéicos fibrilares, formados pela polimerização de proteínas
globulares. Sua pricincipal função é coordenar a distribuição de
organelas na célula e orientar sua forma geral.
Ele é responsável pelas alterações de forma e da distribuição de
organelas desencadeadas por interações entre a célula e seu meio e
entre células diferentes. É também responsável pela sustentação e
resistência da célula.
O Citoesqueleto é composto por Microfilamentos, Filamentos Espessos,
Filamentos Intermediários e Microtúbulos. Esses componentes se
associam entre si, formando uma complexa rede citoplasmática.
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despolimerização.
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A Junções de Oclusão são contínuas em torno da célula nos pontos de
contato com as células vizinhas e vedam compartimentos. São formadas
por proteínas transmembranares, associadas internamente ao
citesqueleto de microfilamentos de actina. Ex: Lume Intestinal, bexiga,
vias respiratórias.
As junções de adesão podem ser contínuas como a Zona de Adesão, ou
pontuais como os desmossomas e hemidesmossomas. A Zona de
Adesão associa-se aos microfilamentos de actina da malha próxima à
membrana plasmática. Os desmossomas e hemidesmossomas se
associam a filamentos intermediários. Ver: Junções
Microfilamentos:
Produtos de fungos como as citocalasinas e as faloidinas interferem com
a dinâmica de polimerização e despolimerização da actina, interferindo
com o movimento celular. As citocalasinas se ligam à actina impedindo a
polimerização, enquanto as faloidinas se ligam lateralmente aos
microfilamentos estabilizando-os. Filamentos intermediários - A
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disposição dos filamentos intermediários depende da presença de
microtúbulos.
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Eletromicrografia de Intestino delgado de rato, mostrando
mitocôndrias.
Foto elaborada pelo aluno de mestrado Ramon Lamar de
Oliveira Junior. ICB-UFMG.
Cadeia Respiratória
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Genoma Mitocondrial
Síntese Protéica
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protéica mitocondrial consiste em polipeptídeos que precisam associar-
se à subunidades produzidas pela célula. O transporte destas
subunidades ocorre através de sítios de adesão entre as membranas
mitocondriais interna e externa, denominados sítios de contato.
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grande semelhança entre o funcionamento e constituição das
mitocôndrias e bactérias.
AUTODUPLICAÇÃO
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O número de mitocôndrias pode ser ainda regulado de forma
adaptativa; o músculo esquelético submetido a esforço prolongado, por
exemplo, possui 5 a 10 vezes mais mitocôndrias.
O DNA mitocondrial se duplica durante a intérfase, mas não só neste
período, e em tempos diferentes se comparadas as mitocôndrias de uma
mesma célula. A duplicação se assemelha àquela observada nas
bactérias.
HERANÇA GENÉTICA
Em seres inferiores, como as leveduras, a herança do DNA mitocondrial
é biparental, ou seja, proveniente dos dois organismos formadores.
Já nos seres onde ocorre maior especialização do sistema reprodutor, a
herança mitocondrial encontra-se sempre no óvulo, e nunca no
espermatozóide; isso implica que a herança é uniparental, ou mais
especificamente materna.
Especificidade Tecidual
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Espermatozóide O dispêndio de energia nos espermatozóides é, basicamente,
com o seu movimento flagelar. O movimento flagelar é
alimentado por proteínas motoras chamadas dineínas que
utilizam a energia proveniente do ATP para o deslizamento
dos microtúbulos. As mitocôndrias, neste caso, concentram-se
na porção anterior da cauda, onde o ATP é necessário,
fomando um ``espiral´´ em torno do segmento de flagelo.
No músculo estriado esquelético, as mitocôndrias são
Músculo Estriado
alongadas e ramificadas para maximizar a fosforilação
Esquelético
oxidativa, minimizando a distância que o ATP percorre por
difusão. Podem ser vistas nesta formação em corte transversal;
em corte longitudinal, as mitocôndrias são visualizadas aos
pares na altura das bandas I do espaço interfibrilar. As
mitocôndrias do músculo estriado esquelético são ricas em
fosfocreatina. A fosfocreatina pode reagir com o ADP,
formando ATP e creatina, ou seja, produz energia na ausência
de oxigênio. Se a necessidade de oxigênio não é suprida
Clique na foto para maior aumento rapidamente, o estoque de fosfocreatina é consumido e a
Mitocôndrias de célula célula muscular não consegue realizar as etapas
muscular intramitocondriais do ciclo de degradação da glicose,
acumulando ácido láctico. O excesso de ácido láctico
intracelular pode baixar o pH celular para até 6,34 o que
origina dor e fadiga, sintomas da cãimbra.
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