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LIDERES
Liderados por Antnio Vinagre, os rebeldes (ndios tapuios, cabanos e negros) tomaram de assalto o quartel e o
palcio do governo de Belm, nomeando Flix Antonio Clemente Malcher presidente do Gro-Par. Os cabanos,
em menos de um dia, atacaram e conquistaram a cidade de Belm, assassinando o presidente Lobo de Souza e
o Comandante das Armas, apoderando-se de uma grande quantidade de material blico. No dia 7 de janeiro,
Clemente Malcher foi libertado e escolhido como presidente da provncia e Francisco Pedro Vinagre para
Comandante das Armas. O governo cabano no durou muito tempo, pois o novo presidente, Flix Malcher -
tenente-coronel, latifundirio e dono de engenhos de acar - era mais identificado com os interesses do grupo
dominante derrotado, sendo deposto em 19 de fevereiro de 1835, com o apoio das classes dominantes, que
pretendiam manter a provncia unida ao Imprio do Brasil.[7]
Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e os cabanos pretendiam se separar. O rompimento aconteceu quando
Malcher mandou prender Angelim. As tropas dos dois lados entraram em conflito, saindo vitoriosas as de
Francisco Vinagre. Clemente Malcher, assassinado, teve o seu cadver arrastado pelas ruas de Belm. Assumiu
Francisco Vinagre como o primeiro governador Cabano que participara ativamente da conquista de Belm.
CAUSAS E OBJETIVOS
Embora por causas diferentes, os cabanos (ndios e mestios, na maioria) e os integrantes da elite local
(comerciantes e fazendeiros) se uniram contra o governo regencial nesta revolta. O objetivo principal era a
conquista da independncia da provncia do Gro-Par.
Os cabanos pretendiam obter melhores condies de vida (trabalho, moradia, comida). J os fazendeiros e
comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participao nas decises administrativas e
polticas da provncia.
CONSEQNCIAS
Embora a perseguio tenha sido violenta, alguns revolucionrios conseguiram escapar e fugiram para a
floresta, o que permitiu a sobrevivncia dos ideais da cabanagem mesmo aps sua derrota.
A Cabanagem deixou uma carnificina de mais de trinta mil mortos quase 30 a 40% de uma populao da
provncia. Dizimou populaes ribeirinhas, quilombolas, indgenas, bem como membros da elite local.
Tambm desorganizou o trfico de escravos e os quilombos se multiplicaram na regio.