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“Sócrates - diz a acusação - comete crime corrompendo

os jovens e não considerando como deuses os deuses


que a cidade considera, porém outras divindades
novas”.
Platão, Apologia de Sócrates.

Defesa
O atual CV da FFCLRP (Casa 36) está ocupado. Dos motivos que nos levaram a
permanecer na casa - regulamento do nosso novo CV, Normativa sobre festas no Campus e
punições – reconhecemos que a decisão sobre o regulamento do nosso CV não depende
apenas das instâncias de nosso campus, assim sendo, admitimos os limites de nossa pressão
sobre tais instâncias. No entanto, a normativa e as punições podem ser revogadas por
colegiados de Ribeirão Preto, o que justifica a nossa permanência em uma casa que pertence
à Coordenadoria do Campus de tal cidade.
Tratemos das duas pautas que nos restam para ocupação.
Afinal, por que corremos o risco de sermos punidos? No dia 19 de agosto foi realizada
uma festa no estacionamento da FFCLRP. As pessoas que se responsabilizaram por essa
festa estão recebendo notificações sobre possíveis punições. E por que realizamos uma festa
se estava claramente proibido tal ato? E ainda, por que assinamos nossos nomes e revelamos
nossos números USP em uma lista de responsáveis?
O motivo é simples. A normativa aprovada no Conselho Gestor do Campus (CGRP)
não só proíbe as festas com consumo de bebidas alcoólicas como qualquer ato de
confraternização entre os estudantes. Além disso, coloca as entidades estudantis em posição
de fiscalizadoras dos alunos. Nossa primeira tentativa de conversa com o CGRP foi frustrada
com a resposta de que nada mudaria. A festa foi realizada justamente com o objetivo de
chamar a atenção para as regras absurdas que estavam sendo impostas ao Campus.
Obtivemos sucesso. Os Centros Acadêmicos e Atléticas se reuniram e foi marcada um reunião
com o CGRP.
Na reunião das entidades estudantis com o CGRP nos foi proposto discutir a atual
normativa e talvez alterar alguns pontos que sejam considerados inadequados pelo Conselho
Gestor.
Sem dúvida alterar a normativa é um avanço. No entanto, admitir apenas essa reforma
é se omitir diante do real problema que aqui se deflagra. Essas regras, definidas por um
experiente advogado como “meio” fascistas, foram elaboradas e aprovadas graças a uma
estrutura de poder extremamente antidemocrática. Tal estrutura permite que um mínimo grupo
da comunidade uspiana delibere sobre a vida de todos nós. Por essa razão nossa reivindicação
é que toda a normativa seja revogada, dado que consideramos a forma como ela foi elaborada
e aprovada absolutamente inadequada. Essas normas devem ser repensadas em um fórum no
qual as três categorias (docentes, funcionários técnico-administrativos e estudantes) tenham
igual poder de voz e voto.
Estamos sendo punidos por realizar um evento com o objetivo de agregar forças para
questionar, de forma geral, a maneira como as decisões são tomadas dentro de nossa
universidade e, especificamente, a normativa resultado de tal organização. Ou seja, estamos
sendo acusados de corromper a juventude e não considerar legítimos os deuses da USP
(professores titulares). De fato essas acusações são reais.
Além das acusações acima, somos culpados ainda por outra: propomos novas
divindades. Convidamos os três segmentos do Campus de Ribeirão Preto da Universidade de
São Paulo para construir o I Conselho Paritário da USP de Ribeirão Preto (I CPRP). Propomos
que nessa primeira reunião o conselho seja formado por três representantes de cada unidade
do nosso Campus (um estudante, um funcionário e um docente de cada uma) com direito a voz
e voto. As pautas propostas pelo movimento estudantil serão: Normativa, punições e
organização e composição do próprio Conselho Paritário.
Sabemos que o fórum que propomos não será reconhecido pelo Estatuto da
Universidade. No entanto, consideramos que as decisões do CPRP terão legitimidade política
para que exijamos que sejam acatadas pelo CGRP.
Quanto à resposta as nossas acusações, concordamos com as palavras atribuídas ao
filósofo grego e as repetimos aos nossos “Anitos1”:

“Por isso vos direi, cidadãos atenienses, que secundado Anito ou não, absolvendo-me
ou não, não farei outra coisa, nem que tenha de morrer muitas vezes”

1
Acusador de Sócrates

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