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RAMOS, Francisco Rgis Lopes. Museu, ensino de histria e sociedade de consumo.

IN:
Trajetos. Revista de Histria UFC. Fortaleza, vol. 1, no. 1, 2001. Pg. 109-134.

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Na sua prpria definio, o museu sempre teve um carter pedaggico inteno nem
sempre confessada, de defender e transmitir certa articulao de idias, seja o nacionalismo,
o regionalismo, o elogio a certas personalidades, o conhecimento sobre certo perodo
histrico ou a chamada conscincia crtica. Qualquer museu um lugar onde se expem
objetos e isso engendra processos comunicativos que, necessariamente, implicam na
seleo de peas que devem ir para o acervo e no modo de ordenar as exposies. Tudo isso
sempre se orienta por determinada postura terica, que pode ir dos modelos de doutrinao
at parmetros que estimulam o ato de reflexo. Como lembra Paulo Freire, to
impossvel negar a natureza poltica do processo educativo quanto negar o carter educativo
do ato poltico.

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Ningum vai a uma exposio de relgios antigos para saber as horas. No espao
expositivo, o objeto perde seu valor de uso: a cadeira no serve para sentar assim como a
arma no usada para disparar. Se abdicam suas funes originais, tais objetos passam a ter
outros valores. Na perspectiva tradicional, o que merecia ficar no museu era, em geral, a
memria da elite: a farda do general, o retrato do governante, a cadeira do poltico, a caneta
do escritor, o anel do bispo... Tudo isso compunha o discurso figurativo de glorificao da
histria de heris e indivduos de destaque.
Atualmente, os debates sobre o papel educativo do museu afirmam que o objeto no mais
a celebrao e sim a reflexo crtica. Se antes os objetos so contemplados, agora devem
ser analisados. O museu coloca-se, ento, como o lugar onde os objetos so expostos para
compor um discurso crtico.

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