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4 partir da politica de valorizagao social do Bumba-meu-boi, nas le 40 © 60, ana a0 patriménio histérico, enfocando as trajetdrias ¢ inst Percepsio da nogao de preservaco e mercadologia do patriméni A selegao dos artigos para este volume espera fortalecer o inter- cambio entre estudiosos. Convidamos oleitor a compartilhar da reflexto realiza. da pelos autores. Sao Luis, Dezembro de 2005 Comite tor = ARTIGOS, GEORG SIMMEL E 0 CONFLITO SOCIAL apresentada e los de sua obra izagdo. Nesta reflexdo apresento uma série de referéncias empiricas que podem ser observadas neste laborado, entre outros, por Simmel. Faz-se uma reflexdo acerca do conceito em Palavras-chave: conflito social Neste artigo farei uma excursto reflexiva sobre o conceito de con- Alito social formulado por Georg 9). A relevaincia da pondera- ho dar-se-a e rages pertinentes, ficar tragos exem- de con- Karl Marx © Max Weber entre outros. Contanto, izada por Simmel, Curso de Graduagao em Ciénci as Sociais/UFMA.Doutorado em Cin Programa de Pés- Sociais/PUC-SP, Caderno Pés Sociais - So Luis, v.2, n.3, jan/jun. 2005 7 que ordinariamente verificarmos que, o concei ito social esta associa- do € correlacionado, tio somente, aos aspectos negativos da vida social: Por outro lado, constata-se a sua regularidade nas mais varindas interagdes ¢ relic $0es sociais reproduzidas na sociedade. los negativos. Se este problema imol6gico da palavra conffito, diriamos que a versto Gm portugues seria simplificada e estreita, Portanto, pode-se aferir a traduglo uma intervengao sobre o conceito, Nesta diregio, para conflito desenvolvido por Simm calves A frase do poema resume, um pouco, a acepgiio que poderiamos adequar ao conceito de conflito & nossa lingua. Na vida social somos remetides 4s lutas efémeras ou duradouras ¢ estas so partes da luta mais geral da vida | parte da premissa de que o conflito reproduz-se jun- ‘ou seja, em todas aquelas produzidas iniciarei esta digresstio apontando a 1983, p.122):“Admite-se que o conflito produ- Za ou modifique grupos de interesse, uma forma de sociaga conflito pode b tuigdes, es- ‘ais. E um tempo sociale inadas formas soci Nesta perspes mente importantes, Sao aseme- thangs de um palco teatral, espago onde as partes podem encontrar-se em ura 8 Caderno Pés Ciéneias Sociais - SAo Luis, v.2, n. 3, jan./jun, 2005 mesmo plano situacional e, desta maneira, impde-se um nivelamento. Uma con- digo necessairia para que as partes, as vezes, asperas e dispares possam, de fato, efetuar a trama que ele encerra. E um ato estipulador que, em outro: antes, permitiré a propria superagdo das dissimi ibuida residiria no fato de superar os hiatos e os socialmente estabelecidos pelos intervalos dicotomizados, ou mesmo as desigualdades sociais produzidas e estruturadas pelos resultados dos entrelaga- mentos ocorridos na sociedade. Para Simmel, o conflito ¢ a substancia existente nas mais diversas relagSes entre o: iduos na sociedade, Ni diversas formas de vi sumindo uma importan. significativo ¢ 10 € um elemento dos mais corr emo, um componente lado em consonéncia a sua relevancia, Assim, destaco a importiincia do conflito como um elemento integrante das interagdes sociais. ‘Vejamos a seguinte ponderagao de Simmel Setoda interagao entre os homens € uma sociagao, 0 c interagdes ‘com a capacidade de produzir resultados e, em vi considerado como algo socialmente construtivo, na medida em que: © préprio conflito resolve a tensa Essa natureza aparece de modo m: preende que ambas as formas de convergente — so fundamen sociais dinai Caderno Pés Ciei modos adotados por uma sociedade, O conflito impde um passo além do agora construido. Ele é uma agao desencadeadora de reviravol constituindo-se num componente regular do proprio coti vimentos efetuados pelas mudaneas nas relagdes huma- tente nos diversos A relevancia conceptual simmeliana do conflito social pode ser vis- igulo da superago, na medida em que, aponta-se como sendo, to im momento negativo, Por outro lado, aco tituida seria dada pela capa nas relagdes entre os seres so. responsiveis por prod . um elemento de fusdo nas interagdes soci ir diversas formas de relagdes sociais. intervencii icada com 0 socialmente esta- belecido. Ao constituir-se num contetido, pode chegar a alterar e criar condigdes A existéncia social. Ele pode gestar novas formas sociais. Os frutos resultantes dos seus embates sio formas ¢ moldagens que se reorganizam com os resulta dos proporcionados por eles. Eo conflito um fato sui gener tode unidade t ima vez que 0 confi ‘@ negagiio da unidade. (SIMMEL, 1983,p. 123). tervencdo construtiva, podendo diferenciados. Ao se mul acordo com o tempo histérico no qual esteja inserido, ele forma novos arranjos teracionais, os quais silo criados a partir das miltiplas decorrente desta forma de interagio social. Simmél sugere que devemos observar a relagdo resultante entre as forgas e as formas cristalizadas socialmente resultantes dos conflitos, Ele é um fator de transmutagSes ¢ reordenagdes histéricas, ao se constituir numa Parte aderente & sociedade. A unio ou a desunido resultantes do conflito é um instante em que as partes se enfrentam e nao se identifica enquanto semelhan- tes, Mas, o interessante, € que 0 conflito ¢ uma dimensao que estipula circunscreve espagos, ao crivar 0 singular e o desigual das partes const das sociagies. Se levassemos as iiltimas conseqiigncias as anilises de $i Poderiamos apostar na criagdo de duas subdisciplinas so conflictugrafia ¢ conflicuudogia (SANTOS, 1999). A primeira teria a tarefa de catalogar e descrever as diversas for- mas de conflitos, uma abordagem historica. A segunda, pre ia, ao estudo sistematico dos resultados produzidos pela primeira sub. .Elas poderiam 1 Caderno Pos Ciéncias Sociais - So Luis, v. 2, n. 3 jan.jjun. 2008 ixa até a0 confronto nuclear. ¢ sociolégiea enquanto tarefa lades, Neste sentido, detecta outros aspectos junto & nocdo de unidade. Ha uma rica questo sociolé- gica superando a simples compreensdo restritiva, até entao hegeménica, que se tinha sobre a nogao de unidade, como aqueles pr Iturais ¢ sociais asso- ci dimensio. O seu avan- ma compreensio mais abrangente e uma uni- dade contida em um contexto, O conflito estimula os elos dos momentos desen- volvidos pelas relagdes soci “Toda unanimidade € burra”. A oragao rodriguiana estabelecida como u entagiio apreciativa do lado qualitativo e benéfico hor compreender-se a nogdo de unidade. Ou seja, a do conflito precisaria ser compreendida como >, €aberto € ao mesmo tempo mével? . Ou seja, o confflito é vel pelas novas formas, criadas pelos seus embates, no seu contato is Formas e, assim como um meio interacional existente socialmen- n eixo explicativo mais is negativos, talvez estejamos ida *visdo social de mund 0 aos provessos decorre hecendo que ele é um dos componentes do processo igns ou novas estruturas ele (re)eria novas formas, ou, as mantém sob determinadas cor ser percebida a partir de icoldgica. E, ela sugeriria a dimensiio: arazao psi 10 que para isto, fosse necessario apel social do egotismo dentro do contexto soci ia para os estudos do conflito nos dias modemos. Aqui enfatizo o aspecto mais amplo daquilo que encerraria 0 con- ceito. Assim, nd mais se trata da “luta” no seu s Mas, a demonstragao de que 0 con contém um rico cabedal de elementos, a ira vista psicolégicos, mas que a sociologia passaria para um outro lado, hum certo desprezo, enquanto uma dimensdo regular na vida social. Portanto, deixando de encarar esta dimensio como algo vinculado a substancia predomi- ante nas relagdes € interagdes soci as e, assim, uma regularidade deste trago social ‘Simmel parte da visio de que este é um meio (des)integrador: nos pequenos e nos grandes grupos. No grupo de pequi i5es, 0 conflito é uma forga substantiva, No caso das grandes instituigdes interferiria & determinagao Caderno Pés Ciéneias Soci 2, n. 3, janJjjun. 2005 1 Sho Lu dos espagos e das formas, que thes dio di divisdes sao bastante visiveis. Nos pequenos grupos o desentendime: grandes grupos o elemento seria a controvérsia, na medida em que ela é uma forma avangada de se conduzir os elementos do conflito de uma forma mais social. Enfim, os exemplos de conflitos intemos e externos se configurariam, deste modo, nos préprios elementos constitutivos e mantenedores destes mes. 0s grupos, Lukas comparou Simmel ao pintor impressionista Monet*, ou seja, cle teria a capacidade de construir explicagées através do estudo day formas sociais, a partir da decomposigao das partes que forma o socialmente estabele. cido. Quando se faz esta analogia das formas sociais, a semelhanga do que Scorreu nas artes plisticas do periodo mencionado, pretende-se comparar as is formas de se analisar os quadros sociais, as partes e as impressdes subjetivas. Neste jogo de comparagsi plos que atestam a sua capacidade de Os elementos - pequenos € os comuns - de composigdo, nas suas intensidades ¢ nas suas peculiaridades, como, por exemplo, os tratados flito social, em suas diversas nuangas. Simmel sugere¢ i tais como: repulsa, oposigto e aversio. Para cada uma de Conflituosas, remete-se a uma preocupagao central da sti de pergunta: “como é possivel a sociedade ? sua aproximagao tedrica com Kant, e, as Neste sentido, viria o prini no da vida co - Ele pinga ipio kantiano atender ao esforgo 'vo acerca das formas e dos conteiidos das forgas de integragio e desin. ‘egragdo nos conjuntos sociais. Na anélise simmeliana, as formas de sociagao estarao prenhes de erfergias, entre essas aquelas consideradas ‘energias de repulsa’ que, em contato com as ‘forcas de cooperagao, afeicio, éncias de imteresses’ (SIMMEL, 1983, p.126-127) prod \eSes grupais, Essas criam estruturas, propore {36es sociais, por exemplo, os confinamentos: espagos soci tidades sd ivas das sociedad sob esta condigai. Ha “[..] uma matriz formal de tenses” estabelecendo os cédi- terior das prOprias relacdes sociais. Um molde é esta belecido e propiciado pelas atitudes de miitua estranhez P.127) e, acrescentariamos até a guerra, como exempl substdncia & atual vida social, Seriam Para que a unio prevalega, enqu: R Caderno Pés Ciéncias Sociais - So Luis, v. 2, n. 3, jan./jun, 2005 ria uma pré-condigio, a de acoplada aos elementos ag! O empreendimento floresceria ao adotar uma est as diferengas ¢ as semelhaneas, sendo, assim, um cri ‘cess0s sociais como um enriquecimento da vida social Para Ernst Bloch, Simmel era um intelectual atorios, dariam génese as novas for de unit, preserv ‘menos sociais médios abordados. ‘Ao considerar os fendmenos sociolégicos « ‘mos, assim, uma hierarquia de relagdes. (..]. Os se ‘acompanhamos as agdes das vontades individuais elas es (SIMMEL, 1983, p.132). Os diversos arranjos sociais surgem como produtos sociais, confi- gurados em razio das maltiplas formas estabelecidas nas intera iversos tipos de embates, esta ios que formam a sociagao. ‘A discussao concei ‘que, através dela, poderemos sis certas séri- ‘mente, junto aos micro-conflitos existentes, em parte, existentes na ro idade, Ao identificar este componente como constante da dindmica que se processa nas relagdes sociais, Como referéncia, aponto uma forma bastante elementar de cor {0, no caso a aversio. A aversio é muito utilizada como uma forma de proteg Vejamos a ponderagao de Simmel (1983, p. 128, grifo nosso) sobre 0 jento de aversio: porgio ‘Sem tal aversio, no poderiamos imaginar que forma pode- ria ter a vida urbana modema, que coloca cada pessoa ei nesses elem orientagio das ros proporcionariam a existéncia do atual modo de vida, con: mentos balizadores nas condutas sociais do nosso dia-a-d formas conflituosas nas sociedades contemporineas, exercitadas sob os moldes, ds vezes, conti ide, questo que \s pritieas sociais sto 10808, no cotidiano, o que pode gerar i tratar em uma outra oportunidade imas consideragdes acerea do con- ndo outro fragmento que, incorporaria junto ao lo tedrico em aprego. Em Metropole e vida menial, Simmel (1979) aponta algumas das Posturas que servem como anteparos adotadas para nao se cultivar 08 conflitos cotidianamente, como sendo uma estratégia que po: olamento e, esse como expressio padrao e regular nas nossas convivéncias. Dentro deste con- texto, os alicerces interacio dio assentados por cédigos relacionais conflituosos. Assim, teremos | pista rumo & compreensio das for- mas ¢ do contetido gestados p s € prevalecentes na sociedade. Os contetidos e as formas contTituosos foram indicados como parte integrante das estruturas ord ior da propria vida cotidiana. Deste modo, quando investiguei aa sociabilidade dos passageiros de énibus* , descrevo uma ordem social produzida, a partir das regularidades definidas a partir desta realidade das cidades Neste sentido, as contribuigdes acerca do conceito aqui utilizado io partes integrantes de um campo reflexivo, tanto para os estudos, as analises sociolégicas, como na pers t0s sociais existentes na sociedade hodierna. “GEORG SIMMEL AND: JESOCIAL CONFLICT ABSTRACT ‘The article accomplishes a discussion on the concept of social conflict developed by Georg Simmel, One considers the visions of the common sense and the presented and dctailed conceptual notion for the theoretical German, one of the chapters of your capital wor ity. In this teflection I present a series of empitic references that they can be observed iborated concept, among, ot by Simmel, A refle made concerning the concept If Keywords: Social conflict u Caderno Pés Ciéneias Sociais - So Luis, v. 2, n. 3, jan./jun. 2008 Notas DIAS, 1997,p.141 2FREUND, 1980, 216. SLEFEBVRE, [19] 4 LUKACS, 1993, p. 204; apud In: Si id, pig 2002. 6 MORAES FILHO, 1983, p.20. 7 Emmest Bloch apud MORES FILHO, 1983, p.13, 8 ALCANTARA JUNIOR. J.O. 2001: passim, REFERENCIAS ALCANTARA JUNIOR, J. O. Algumas formas de sociabilidade dos pas- sageiros de énibus. 2001. Tese ( Doutorado). Pontificia Universidade Catolica de S20 Paulo, Sao Paulo, 2001 DIAS, Gongalves. Poemas, Rio de Janeiro: Ediouro; Sao Paulo, Publifolha, 1997, FREUND, Julien; SIMMEL, Georg. (Orgs. ). Tom Bottmore ¢ Robert Nisbet. ‘io de Janeiro : Zahar Editores, 1980. LEFEBVRE, Henry. A nogdo conceitual de dialética{s.ls.: s.n}, [19]. LUKACS, Georg. Posfacio. A meméria de G. Simmel. In: Simmel, Georg. 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