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Se você deseja um exemplo impressionante de como este compromisso subtil
nos colocou ao nível do mundo que nos rodeia, faça um inquérito nas praias
públicas mais populares, em Julho e Agosto. Milhares de adventistas do sétimo
dia estarão misturados com a multidão comum. E, a propósito, você não terá
nenhum modo de identificá-los entre os ateus, prostitutas e ladrões semi-nus
que frequentam esses lugares.
Outros têm racionalizado que como toda a gente está na mesma condição de
nudez, ninguém está permitindo que um grande mau pensamento entre na sua
cabeça. Também estão tão acostumados a ver-se uns aos outros semi-nus que
isso já não provoca nenhum efeito neles. Estes argumentos não somente são
levianos como também são falsos. Se fossem verdadeiros, teríamos um grande
motivo para nos unirmos à colónia nudista.
Naquele momento decidi que se este era o efeito dos banhos mistos, eu iria
tomar posição contra eles. Durante os 30 anos seguintes, não vi nada que
tenha mudado meus sentimentos acerca da sua má influência.
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Há alguns meses pediram-me que apresentasse estes princípios de modéstia
no vestir num acampamento. Depois da reunião, que tinha durado duas horas,
no auditório principal, cinco jovens estavam esperando para falar comigo. As
três raparigas e dois rapazes, todos de idade universitária, estavam
tremendamente perturbados por aquilo que eu disse. A bonita moça que
parecia falar por todos os demais, estava especialmente veemente. Disse:
“Como pode você dizer que a natação mista é incorrecta? Nós passamos todo
este verão com uma equipa de evangelismo numa praia da cidade de Ocean
City. Passámos a maior parte do tempo em fato de banho, dando estudos
bíblicos a outros jovens à beira-mar. E este é o Tom que conhecemos ali; ele
será baptizado no próximo sábado. Como pode você dizer que fizemos mal
quando conseguimos ganhá-lo para Cristo na praia?”
Eu expressei a minha alegria por esse jovem que estava para baptizar-se e
felicitei-as por tê-lo guiado a Cristo. Então fiz a seguinte pergunta ao Tom:
“Tom, em sua associação com estas moças na praia, em seus fatos de banho,
você teve alguma vez pensamentos maus ou impuros por causa da maneira
como elas estavam vestidas?” Tom inclinou sua cabeça por um momento e
logo respondeu: “Sim, é claro que tive.” Imediatamente as moças expressaram
em coro seu assombro. “Então por que não nos disseste nada?”, perguntou
uma das jovens. Pareciam genuinamente surpreendidas de que os rapazes
não tivessem ido ter com elas na praia a dizer-lhes que seu traje era
provocante.
Foram-se embora naquele dia com mais conhecimento que antes. Mas, pensa
você que elas abandonaram imediatamente esse costume de banhar-se
juntamente com membros do sexo oposto? Pude verificar, que na maioria dos
casos, as senhoras não mudam seu estilo de vestir nem mesmo depois de
compreender quão prejudicial é sua influência. A odiosa moda é uma
governante tirana e poucos são suficientemente consagrados para abandonar
suas caprichosas exigências, especialmente quando o traje agrada a própria
natureza.
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“Na edição da “Ministry” de Janeiro de 1970, um dos nossos ministros escreveu
acerca do assunto da modéstia. Ele afirmou que nossa crítica à minissaia não
parecia ser coerente com a nossa despreocupação total em relação ao banho
misto. Ele, juntamente com os editores, pediu que outros expressassem sua
opinião sobre esse assunto, no entanto seguiu-se um estranho silêncio.
Não será que nós intuitivamente saibamos que o banho misto não é
apropriado, mas, como é tão universalmente praticado pela igreja, parece ser
melhor ignorar a situação? Se assim é, não será esta uma solução estilo
avestruz, que para não fazer frente ao perigo, enterra a cabeça na areia? Não
importa quão universal possa ser uma coisa imprópria, ainda assim teremos
que dar contas individualmente no dia do juízo.
Talvez houvesse alguns que estivessem convictos, mas sentiram que não seria
conveniente expressar a sua opinião. Ouvi uma vez um presidente de
associação rebaixar um determinado pastor porque “ele é um verdadeiro
fanático, não concorda com o banho misto”.
Até há poucos anos atrás, uma pessoa que saía de uma praia pública em fato
de banho e caminhava um quarteirão até uma zona comercial, corria o risco de
ser detida por „exposição indecente‟. Não é um pouquinho estranho que o que
o mundo chama indecente, a igreja ache aceitável?
Alguns têm perguntado se Ellen G. White falou sobre o tema do banho misto.
De acordo com o Centro White não há nenhum registo de tal conselho.
Obviamente, o uso de biquínis e fatos de banho que expõem o corpo, não eram
problema no ambiente Vitoriano de meados do séc. XVIII. Quando escrevi
pedindo informação sobre o assunto ao Centro White, enviaram-me a cópia de
uma carta que tinha sido escrita a alguém que solicitou a mesma informação. A
secretária do Centro White escreveu a carta em 8 de Dezembro de 1953:
“A questão do banho misto acerca do qual você escreveu faz algum tempo, é
certamente um assunto difícil de tratar nas condições actuais. Infelizmente não
temos nem uma só declaração nos escritos de Ellen G. White, na qual se
mencione directamente o assunto. As conclusões devem ser baseadas nos
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princípios registados na Bíblia e no Espírito de Profecia, mais que em algum
trecho específico de instrução. É claro, isto é certo com respeito a muitos
outros assuntos em relação aos quais temos que tomar decisões regularmente.
Você perguntou acerca das minhas convicções sobre este assunto, assim
apresentá-las-ei com algumas citações dos princípios envolvidos para chegar a
conclusões.
Pode ser que lhe interesse saber que o Concílio Consultor dos Missionários
Voluntários em seu conselho que precedeu justamente ao recente Concílio
outonal, reafirmou enfaticamente sua primeira posição, que não deveríamos
fomentar o banho misto. Apesar do conselho não especificar todas as
situações que possam apresentar-se, a discussão estava centrada na igreja e
na Sociedade M.V., a escola e o campo. Os homens pensaram que as
circunstâncias justificavam uma forte reafirmação neste ponto de vista. Sua
observação foi que os que não têm seguido este curso de acção obtiveram os
mais infelizes resultados.
Você mencionou que nossos jovens estão longe de ficar escandalizados pelo
que possam ver ao participarem em recreações nas piscinas. Creio que isto
pode ser assim com alguns deles. Uma das minhas maiores perguntas é se,
como dirigentes da igreja, deveríamos apoiar coisas que somente servirão para
fomentar esta tendência de ser „à prova de choque.‟ Devemos admitir que
repetidas exposições a influências amortecedoras da consciência trouxeram
nossa juventude até à condição na qual se encontra hoje. Acaso não é nossa
responsabilidade fazer o melhor que pudermos para evitar na medida do
possível que se continuem exercendo estas influências? Ao invés de existirem
hoje mais razões para prosseguir com os banhos mistos do que no passado,
parece que com o aumento da liberdade de associação e quase completa falta
de inibição da parte da juventude, as razões para se evitar mais liberdade
estão-se multiplicando.
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Enquanto muitos recusam admiti-lo, estar em estreita associação com
raparigas e senhoras em estado de quase total nudez, tal como o estimulam os
modernos fatos de banho, é uma fonte muito real de tentação para os rapazes
e homens adultos. Basta dar uma olhada em alguns lugares de propaganda de
fatos de banho de mulheres para descobrir que, é propósito estudado dos
fabricantes, enfocar a atenção dos homens nas formas das mulheres. Animar
uma associação sobre estas bases, não é para a igreja um esforço para ganhar
almas.
Tudo isto pode parecer como se eu fora uma dessas pessoas ridiculamente
fora da realidade, das quais falam os jovens. Asseguro-lhe que não é assim. É
precisamente porque vivi com a juventude cada dia, por muitos anos, que
cheguei a aperceber-me completamente dos resultados quando cedemos a
algumas de suas exigências destituídas de sabedoria. Nos tempos actuais
necessitamos colocar diante de nossos jovens todo o incentivo para que
pensem e actuem correctamente. Os banhos mistos não são tais incentivos. “A
natação é um dos melhores exercícios e certamente é uma das mais
apropriadas actividades físicas para os cristãos quando é praticada com
moderação e sob circunstâncias apropriadas.
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que a decisão quanto a esta questão deve ser tomada pelas famílias. Se
alguns pais consagrados decidem acompanhar os seus filhos como família ou
como grupo de famílias, certamente não devemos condená-los; mas que a
igreja fomente banhos mistos é um assunto inteiramente diferente.”