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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR – Campus Paranaguá

Licenciatura em História
Turma: 3. Ano Disciplina: História do Brasil III
Professor: Marco Antônio Pereira Lima
Acadêmico: Emerson Cordeiro de Lima; Edicelson; Danilo Marques, Dheizon

Atividade Avaliativa do 4. Bimestre – Análise dos Jornais “A Plebe” e “A Voz do


Trabalhador” – Reflexões sobre o movimento operário durante a Primeira República

Proposta de Atividade

1 – A partir da leitura dos textos do historiador Cláudio Batalha e dos artigos do jornal “A
Voz do Trabalhador cite e comente as principais reivindicações das correntes políticas do
movimento operário na Primeira República.

No seu texto O movimento operário na Primeira República Cláudio Batalha nos dá


evidências de todo um histórico do movimento operário durante esse período, enfatizando, de
acordo com o próprio autor, as distinções do movimento em termos de suas distinções, setores
de produção, cultura, identidade, dinâmicas regionais e formas de organização ideológicas
(BATALHA, 2000).
O autor nos dá um panorama geral das condições da classe operária durante a Primeira
República, ressaltando os altos índices de exploração do trabalho durante esse período.
Não só homens e mulheres trabalhavam, mas também crianças, assim como não haviam
políticas públicas que dessem assistência aos trabalhadores em casos de doenças, incapacidades,
ou problemas familiares; as condições de renda eram extremamente baixas, as jornadas de
trabalho extremamente longas, o acesso a moradia extremamente precário e os trabalhadores
quase não tinham possibilidades de lazer.
O direito a voz e a manifestação dos operários também eram tolhidos pelo
Estadoatravés do exercício da repressão, efetuando prisões arbitrárias, espancamentos,
aprisionamentos na Amazônia e assassinatos dentro das próprias manifestações de integrantes
da classe operária. Trabalhadores estrangeiros também sofriam com esse processo, sujeitando-se
a trabalharem no campo em ofícios de caráter abusivo, em vista de sua falta de instrução, e
cujos quais os trabalhadores brasileiros (em sua maioria ex-escravos) recusavam-se a aceitar. Os
estrangeiros eram normalmente identificados através do estereótipo de “fora da lei” anarquista,
sendo muitas vezes expulsos do país sem processo regular (idem).
É em vista desse contexto alta exploração por parte do Estado que a classe operária
começa a organizar-se em associações de apoio ao trabalhador, sindicatos, frentes de oposição
de esquerda, principalmente de cunho anarquista, reivindicando os seus direitos através de
impressos como o jornal A voz do trabalhador e dentre outros meios de comunicação.
Na edição do dia primeiro de Julho de 1908, o jornal A voz do trabalhador já revela que
a sua intenção consiste em “[...] reunir as associações que tenham uma orientação uitidamente
revolucionaria, e com um programa claro e preciso [...]” (TRABALHADOR, A voz do. N.1,
1908). Sendo assim, o periódico já nos ajuda a identificar que já nesse período, organizações
operárias estavam refletindo e organizando-se em resistência ao processo de exploração do
trabalho, ressaltado por Batalha nos primeiros capítulos da obra O movimento operário na
Primeira República, acerca do que discorremos nos parágrafos acima.
O periódico ressalta um desejo de inconformismo por parte da classe operária em
relação a situação miserável e deprimente que lhe era imposta através da negligência do Estado,
em relação as suas condições, e chama a atenção para a necessidade de uma unificação do
proletariado em forças para com que pudessem as suas reivindicações serem atendidas.
Dentre as principais reivindicações as quais são feitas referências no periódico, e que
conversam perfeitamente com o texto de Cláudio Batalha, estão a busca pela conquista de uma
jornada de trabalho de 8 horas, e portanto, reduzida; e “[...] a emancipação dos trabalhadores
das tiranias da exploração capitalista [...]” (idem), em vista de um “[...] regime que permita o
desenvolvimento de organizações de produtores-consumidores, cuja célula inicial está no
sindicato de resistência ao patronato” (idem).
Portanto, essas são reivindicações que vão na contramão das ações do Estado em
relação ao proletariado, principalmente em temos de exploração do trabalhador, através das
longas jornadas de trabalho de 14 e 16 horas, dependendo da região do país, e também da
repressão do Estado (ressaltadas por Batalha), em relação ao exercício da democracia por parte
dos trabalhadores, em termos de reivindicação dos seus direitos, quando reagia a isso através de
espancamentos, assassinatos, prisões arbitrárias e dentre outras circunstâncias já citadas,
provocando o tolhimento de ações sindicais, manifestações e também da veiculação de
periódicos e mídias impressas pelo país.
Outras reivindicações secundárias também consistiram na superação da concorrência
entre as próprias classes operárias, em vista de que está não se tornasse desunida, em nome do
que eram os interesses do Estado; na igualdade de direitos entre patrões e trabalhadores e
também no reconhecimento dos direitos trabalhistas sobre a produção, reflexo do esforço de sua
mão de obra.
Os primeiros anos do século XX no Rio de Janeiro fora marcados por inúmeras inquietações
caracterizando a época, sobretudo, a vinda do ideal anarquista para o Brasil, contudo, “A voz do
Trabalhador”, era o mecanismo mais eficiente que os anarquistas tinham para transpassar suas
ideias aos trabalhadores. Levando por meio da imprensa (alternativa) um grande esforço para
organizar e conscientizar o movimento operário, com textos e imagens libertárias, como por
exemplo, a representação do Primeiro de Maio, que antes fora “palco de comemoração” para
trabalhadores, esta vertente ideológica buscava subterfúgio desta relação para resignificar à
comemoração desta data, como “símbolo de luta ou luto”.
Inicialmente no Brasil as comemorações do Primeiro de maio apresentava um caráter
festivo, as instituições ligadas aos operários, realizavam festas para homenagear o trabalhador,
no entanto, imigrantes europeus que traziam para o país ideologias “negadoras”, o anarquismo e
o socialismo.
Segundo, BATALHA, “o mito do imigrante militante, que traz da Europa experiências
sindical e política”, difusor de ideologias, é visto com crescente reserva na medida em que os
estudos sobre a imigração se aprofundam, mostrando que a maioria dos imigrantes provinha do
campo e, na maioria das vezes não tinha qualquer experiência prévia de engajamento sindical ou
político. Porém, isso não quer dizer que não existissem imigrantes com experiência sindical
prévia nos seus países de origem, ou então aqueles cuja escolha pela emigração não seu deu por
razões de ordem econômica e sim por problemas políticos.
O jornal, nas edições referentes ao Primeiro de Maio, convocava todos os trabalhadores
a saírem às ruas e “engrossar as filas do exército proletário”, pois somente com sua união, o
“polvo social que cravando seus tentáculos no lar operário”, deixando semeadas a miséria, a
tuberculose, a prostituição e a ruína, pode ser derrotado, defendendo ainda a necessidade de que
os operários demonstrassem o seu descontentamento por toda a miséria que invadia seus lares.
E a principal reivindicação deste jornal era algo já conhecido, desde 1883 – a redução da
jornada de trabalho para oito horas.

2 - Após a leitura dos artigos do jornal “A Plebe”, elabora um texto dissertativo a respeito
do significado e da importância da greve geral de junho de 1917 para a classe operária.

A Greve Geral de 1917 teve uma importância simbólica para a população brasileira,
principalmente em vista da mesma ter consistido no maior levante de intuito revolucionário
organizado pela população, desde a instituição da Primeira República no Brasil, contra as
injustiças das antigas burguesias que se mantinham no poder durante o período em questão.
A Plebe, logo no início de sua edição número, faz referência a Greve Geral como uma
arma do proletariado para a afirmação de seus direitos, discorrendo a posteriori sobre o
desespero que vivia a população arrasada pela fome, pelas péssimas condições de moradia, a
falta de assistência por parte do Estado e os baixos salários.
A Greve, de acordo com os redatores do jornal, foi considerada como o maior
movimento popular de protesto, organizado pela população, em nome da reivindicação de seus
direitos e contra as ditas medidas de negligência do Estado, em relação a classe trabalhadora,
em questão. Sendo considerada importante, em vista de ter sido capaz de fazer frente aos
determinismos socioeconômicos nacionais e “[...] encher de pavor aqueles que vivem roubando
e oprimindo o povo” (A PLEBE. N.1, 1917).
A movimentação pode ser também considerada de extrema importância, em vista de ter
abalado as estruturas da burguesia brasileira, e também por ter reunido pela primeira vez na
história do país, operários de todas as classes trabalhistas, em reivindicação de suas pautas e
direitos, desde Carroceiros, Operários, Obreiros e até soldados militares, que também foram
convocados a ingressar na luta ao lado da população.
É importante pensar que a partir desse momento os operários passaram a manter-se cada
vez mais em alerta em relação a qualquer foco de novas manifestações, estando sempre prontos
a lutar em nome da revolução operária. O que fica claro no seguinte trecho: “Os operários que
voltam ao trabalho comprometem-se ao primeiro chamado do Comité, a reencetar e intensificar
a agitação, se dentro do mais breve prazo indispensável” (Idem). Nesse sentido, a criação do
Comité de Defesa Proletária, consistiu em uma das mais importantes ações da greve, pois o
mesmo consistiu não só em um importante instrumento de unificação dos trabalhadores, mas
também em um espaço que possibilitava a construção de novas estratégias de luta pelos direitos
da classe operária, ainda que se duvidasse de sua total sinceridade de causa.
Por fim, é importante se pensar no caráter simbólico de resistência política e de
unificação trabalhista que teve a Greve Geral de 1917, principalmente em vista dos diferentes
braços que o acontecimento em questão veio abrir para futuras manifestações políticas da classe
trabalhadora no país e também em termos de organização de uma classe social até então
desunida, e sem perspectivas claras de mudanças em relação a sua situação, em termos de
conjuntura política e social.
O jornal a “Plebe” é um dos jornais que surgem no período de tensões políticas no “Brasil da
Primeira República” que antecede o período da primeira Greve Geral do Brasil no ano de 1917.
Além de estarem conectadas as questões externas, como a influencia da Primeira Guerra
Mundial, No entanto, o jornal “A Plebe” mostra sua importância junto à classe operaria.
Sob comando de Edgard Leunroth tipógrafo anarquista, cria-se em 1917, o jornal “A Plebe”
mostra importância e força junto à classe dos trabalhadores. Criando edições semanais de quatro
paginas publicadas aos sábados. Entre temas abordados nas paginas de “A Plebe” estão
informações sobre greves que aconteceram antes e depois da Greve Geral, inicialmente formada
na Capital paulista e chegando a outras regiões do Brasil, como frente de organização operaria.
Considera frente de noticias do movimento anarquista;depois da greve, o jornal assume função
de “fiscal” do cumprimento de acordos, alertando quando este era infringido ou a sua pratica
postergada, alem disso o jornal trazia poesia, artigos de cunho pedagógico sobre a exploração do
“capital”, abuso dos patrões e da burguesia.
Neste momento, o objetivo central é manter viva a agenda publica a ideia de organização dos
trabalhadores e da greve como instrumento de luta. Assim o Jornal “A Plebe”, sustenta a ideia
da informação do jornalismo como ferramenta de conscientização “operária” e grevista.

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