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Teoria Gramatical
Análise do Discurso
Prof. Sidney Facundes
Adriana Oliveira
Betânia Sousa
Cyntia de Sousa Godinho
Giselda da Rocha Fagundes
Mariane da Cruz da Silva
Análise do Discurso
Conforme Maingueneua a linguística está dividida
em um núcleo rígido que se dedica ao estudo da língua,
no sentido saussuriano, a uma rede de propriedades
formais, e em uma periferia cujos contornos instáveis
estão em contato com as disciplinas vizinhas (sociologia,
psicologia, história, filosofia, etc.), esta se refere a
linguagem apenas a medida que esta faz sentido para os
sujeitos inscritos em estratégias de interlocução, em
posições sociais ou em conjunturas históricas.
É nesta periferia que se encontra a Análise do
discurso,sendo esta de base transdisciplinar.
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Anos 60
Outros autores:
Mikhail Bakhtin
Michel Foucault
Dominique Maingueneau
No Brasil:
Eni Orlandi
Sírio Possenti
José Luiz Fiorin
Valdemir Miotello
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A definição do objeto
Inicialmente a AD explorou somente a análise de
discursos mais “estabilizados”, no sentido de serem
pouco polêmicos, (...) devido a um maior
silenciamento do outro.
Em um segundo momento, a AD teve como objeto
discursos menos “estabilizados”, logo, menos
homogêneos.
Atualmente na AD qualquer evento discursivo (fala
ou escrita) pode ser objeto de estudo, pois todo o
discurso se constitui de enunciados e de condições de
produção.
Conceito de sujeito
. Na primeira fase da AD o sujeito não poderia
ser concebido como um indivíduo que fala como
fonte do próprio discurso; é assujeitado.
2. Na segunda fase da AD o sujeito passa a ser
concebido como aquele que desempenha
diferentes papeis de acordo com as várias
posições que ocupa.
3. Na terceira fase da AD tem-se um sujeito
essencialmente heterogêneo, clivado e dividido.
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Conceito de sujeito
“[...] o sujeito do discurso não poderia ser
considerado como aquele que decide os sentidos e as
possibilidades enunciativas do próprio discurso, mas
como aquele que ocupa um lugar social e a partir dele
enuncia, sempre inserido no processo histórico que
lhe permite determinadas inserções e não outras. Em
outras palavras, o sujeito não é livre para dizer o que
quer, mas é levado, sem que tenha consciência disso,
a ocupar seu lugar em determinada formação social e
enunciar o que lhe é possível a partir do lugar que
ocupa.”(Mussalim, 2006:110)
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Formação Discursiva
Memória Discursiva
“Espaço de memória como condição do
funcionamento discursivo constitui um corpo-
sócio-histórico-cultural. Os discursos
exprimem uma memória coletiva na qual os
sujeitos estão inscritos. Trata-se de
acontecimentos exteriores e anteriores ao
texto, e de uma interdiscursividade, refletindo
materialidades que intervêm na sua
construção”. (Fernandes, 2007:65)
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Exemplo:
Sem-Terra x Fazendeiros
Ocupação x Invasão
Exemplo 1:
“Ônibus lotado
Povo apertado
Será que na vida
Tudo é passageiro
Um calor danado
Povo sem dinheiro
Tenho lá minhas dúvidas
Se Deus é brasileiro.”
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Exemplo 2:
Sabe o que o passarinho disse
para a passarinha?
- Não.
- Qué danoninho?
Considerações
A análise do discurso decorre, principalmente, do
inter-cruzamento entre:
1. O materialismo histórico, compreendido como
teoria das formações e transformações sociais;
2. A teoria do discurso, que refere-se à produção dos
sentidos decorrentes dos fenômenos históricos; e
3. A linguística, tomada como teoria dos
mecanismos sintáticos e dos processos de
enunciação.
Segundo Fernandes (2007) a Análise do Discurso de
vertente anglo-saxã é a mais utilizada no Brasil .
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Referências
• BRANDÃO, Maria Helena Nagamine. Introdução a análise
do discurso. ed. 7ª. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1998.
• FERNANDES, Cleudemar Alves. Análise do discurso:
reflexões introdutórias. São Paulo: Claraluz, 2007.
• MUSSALIM, Fernanda. Análise do Discurso. In
MUSSALIM, Fernanda e BENTES, Anna Cristina (org.)
Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo:
Cortez, 2006. Volume 2. p. 101 – 142.
• POSSENTI, Sìrio. Teoria do discurso: um caso de múltiplas
rupturas. In MUSSALIM, Fernanda e BENTES, Anna Cristina
(org.). Introdução à linguística : fundamentos
epistemológicos. São Paulo: Cortez, 2007. Volume 3. p. 353 –
392.
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