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XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO

Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil


João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

ANÁLISE DOS ACIDENTES DE


TRABALHO NA INDÚSTRIA
PETROLÍFERA NO RIO GRANDE DO
NORTE
Cleyse Katryna Tertulino de Almeida (UNP )
cleyse_katryna@hotmail.com
Emanuely Paskally Medeiros Sousa (UFERSA )
paskally_medeiros_@hotmail.com

Considerando-se a inexistência de estudos regionais e a pouca


informação sobre os acidentes de trabalho na indústria de Petróleo e
Gás no Rio Grande do Norte, o objetivo desta pesquisa foi descrever a
quantidade de acidentes de trabalho rellacionados a este setor, com
foco nos dados de acidentes fornecidos pelos setores de SMS das
empresas do ramo, para avaliar a situação da indústria da construção
civil no estado. Quanto aos objetivos, a pesquisa caracteriza-se como
descritiva, pois realizou a quantificação de acidentes de trabalho
ocorridos no ano de 2014, especificamente na indústria de extração de
Petróleo e Gás civil no estado do RN. Conclui-se que na indústria de
Petróleo e Gás, apesar no foco em Segurança no trabalho, ocorrem
acidentes principalmente nas plataformas, geralmente ocasionados por
empregados jovens e/ou inexperientes, as principais regiões do corpo
afetadas pelos acidentes são a face e as mãos e em grande maioria os
acidentes são com afastamento.

Palavras-chave: Acidentes no trabalho, indústria do Petróleo,


terceirização
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1. Introdução

O petróleo começou a ser utilizado na antiguidade na construção de barcos e palácios dentre


outros objetivos. Sendo um recurso que necessita de pesquisas de elevado custo, muitos
estudos e que possui muita probabilidade de acidentes (DUARTE et al., 2012).

Segundo Fiorencio et al. (2012), a indústria petrolífera brasileira começou a se desenvolver a


partir de 1950 com o surgimento da Petrobras, mas, mesmo assim, essa continua
concentrando funções de exploração, produção, refino de petróleo, comercialização e
distribuição de seus derivados.

No ano de 1995 foi criado a Emenda Constitucional nº. 9 que abriu o mercado brasileiro no
que se refere a criação de industrias petrolíferas que poderiam ser privadas ou estrangeiras e
assim, criou-se a conhecida “Lei do Petróleo” onde foi promulgada da Lei 9.478 de 1997 que
decretou o fim da produção petrolífera efetuada somente pela Petrobras. Durante esse período,
a ANP (Agência Nacional do Petróleo), promoveu licitações primeiramente voltadas para
atrair empresas privadas internacionais apresentando uma produção de maior porte para que
as empresas de médio e pequeno porte não tivessem condições de atender a essa demanda,
porém, com o passar o tempo a procura pelas empresas de maior porte foi diminuindo e a
ANP teve que criar uma nova estratégia de produção (RODRIGUES et al., 2007).

Durante esse processo de criação de métodos e estudos voltados para esse ramo, no ano de
1939 foi descoberto o primeiro poço de Petróleo localizado no Recôncavo Baiano. Nesse
período o Brasil não tinha estrutura para efetuar a extração total dessa produção, porém, o
governo começou a voltar seus recursos para exploração petrolífera e assim, evitar a idéia de
que empresas estrangeiras deveriam participar das pesquisas voltadas para essas operações
(IVO et al., 2009).

A partir de 2000, em consequência do novo modelo de organização gerencial que setorizou a


empresa em áreas de negócio, de apoio e de unidades corporativas, foi gerada maior
autonomia das subáreas de contratação de serviços e fornecimento de equipamentos por
empresas especializadas e, assim, gerou-se maior expansão da terceirização das etapas do
processo produtivo (FIGUEIREDO et al., 2007).

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A terceirização se torna necessária devido ao grande número de funções altamente


especializadas, natureza sequencial de muitas atividades e realização de operações em áreas
de conhecimento distantes, tendo a indústria petrolífera que fazer parcerias com empresas de
ramos especializados como a Halliburton para a função de cimentação, Baker Hughes para
prestar serviços com brocas convencionais e Schlumberg para tratar de sondagens de poços
(FIGUEIREDO et al., 2007), por exemplo.

Algumas empresas são criadas somente para ganhar a licitação e, muitas vezes, as mesmas
não trabalham de forma correta: não oferece aos seus empregados a devida segurança que os
mesmos devem ter durante todo o período que a contratante permaneça prestando serviço
(FIGUEIREDO et al., 2007).

Com o passar do tempo, com os estudos avançados para que fosse possível conseguir
melhorias técnicas para realização segura das operações petrolíferas, a Petrobras, depois de
vários acontecimentos marcantes durante sua trajetória, vem aumentando cada vez mais seus
investimentos ligados à criação de boas práticas a fim de elucidar seus funcionários diretos e
indiretos a necessidade de melhor capacitação e maior rigor em suas regras corretivas e
preventivas (DUARTE et al., 2012).

Quanto às situações críticas, foram criados planos de emergência na Petrobras para atender
diversas especificações de acidente, principalmente os acidentes de maior porte e assim,
podendo avaliar e acompanhar os diferentes setores e os riscos que neles podem existir
sempre seguindo as exigências dos órgãos regulamentadores como, por exemplo, pela ANP
(Agência Nacional do Petróleo) (DUARTE et al., 2012).

2. Revisão Bibliográfica

2.1 Acidentes de trabalho

Conforme dispõe o artigo 19 da lei 8.813/1991, acidentes de trabalho são os que ocorrem pelo
exercício do trabalho a serviço de uma empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause morte, ou a perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade
para o trabalho (BRASIL, 1991, art. 29).

De acordo com o Ministério da Previdência Social (2016), os acidentes caracterizam-se por


típicos, de trajeto e doença do trabalho:

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 Acidentes Típicos: são os acidentes decorrentes da característica da atividade


profissional desempenhada pelo segurado acidentado;

 Acidentes de Trajeto: são os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o local


de trabalho do segurado e vice-versa;

 Doença do trabalho: são as doenças profissionais, aquelas produzidas ou


desencadeadas pelo exercício do trabalho.

No ano de 2013, no Rio Grande do Norte, segundo dados estatísticos oficiais da Previdência
Social, aconteceram 6.816 acidentes, dos quais 3.222 foram registrados como acidentes
típicos, 1.136 como acidentes de trajeto, 217 como doença do trabalho e os 2.241 restantes
não foram registrados em nenhuma das três categorias.

Conforme dados do Ministério da Previdência Social (2016), no setor de extração de Petróleo


e Gás Natural, em 2013, foram registrados 95 acidentes típicos, 9 acidentes de trajeto, 2
doenças de trabalho e 2 não foram registrados em nenhuma categoria.

3. Metodologia

A pesquisa documental de natureza quantitativa foi elaborada a partir do levantamento de


relatos de ocorrências durante operações efetuadas por empresas que prestam serviços no
setor petrolífero no estado do Rio Grande do Norte, principalmente na cidade de Mossoró.

A amostra da pesquisa trata dos acidentes que ocorreram entre os meses de janeiro e outubro
do ano 2014.

A análise estatística buscou associar a frequência de ocorrência dos acidentes as seguintes


variáveis: local de instalação, mês e horário de ocorrência, idade e escolaridade do
trabalhador, local e tipo de lesão, se houve afastamento ou não, período de restrição ao
trabalho, ocorrência no período de embarque ou não, função do trabalho, tempo que o
trabalhador desempenhava tal função e turno no qual ocorreu o acidente.

A técnica estatística que suportou a análise foi a estatística descritiva para traçar e descrever o
perfil dos acidentes envolvendo as variáveis citadas anteriormente.

4. Resultados e discussões

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Quanto aos locais de instalação, verifica-se na Erro! Fonte de referência não encontrada.
que 37% dos acidentes de trabalho na indústria petrolífera ocorreram nas plataformas das
sondas, seguido por locações (16%). Esse resultado da plataforma pode ser explicado pelo
fato de que o maior número de trabalhadores encontra-se nessa área e por ser nesse local que
são realizadas as atividades de maior risco.

Figura 1 - Porcentagem de acidentes por locais de instalação no ano de 2014

Fonte: Autores (2016)

Na Erro! Fonte de referência não encontrada., podem-se acompanhar os acidentes que


ocorreram por mês e observar que em junho foi o período de maior índice de acidente (16%).
Este fato deve-se, muito provavelmente, aos festejos juninos que acontecem nas cidades do
estado, e consequentemente, ingestão de bebidas alcóolicas e poucas horas de sono.

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Figura 2 - Porcentagem de acidentes por mês

Fonte: Autores (2016)

Diferente do esperado, o período de maior acidente aconteceu no intervalo entre 13:00 e 18:00
horas de acordo com Erro! Fonte de referência não encontrada., apesar de que não há
grande diferença entre esse período e o de 07:00 às 12:00. O caso da existência de menores
taxas de acidentes nos horários de 19:00 às 00:00 e de 01:00 às 06:00 deve-se aos
trabalhadores desse turno terem mais atenção ao exercer suas funções por se tratar de um
período noturno e por isso, mais propício a acidentes.

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Figura 3 - Porcentagem de acidentes por horário

Fonte: Autores (2016)

Observou-se, na Erro! Fonte de referência não encontrada., que com o aumento da idade
houve diminuição da porcentagem de trabalho, sendo a porcentagem de acidentes de trabalho
para a idade de 20 anos que representa 40% dos casos ocorridos, valor aproximado pela taxa
de acidentes de trabalho por idade do Instituto Nacional de Seguridade Social, 2009, que é de
34,8%. Os acidentes acontecem em maior proporção com os mais jovens devido a esses serem
mais confiantes e menos atentos que pessoas de maior idade.

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Figura 4 - Porcentagem de acidentes por idade

Fonte: Autores (2016)

Na Figura 5, a quantidade de acidentes foi maior com pessoas que possuem grau de
escolaridade de nível médio completo (73%). As empresas que efetuam operações de
exploração de petróleo exigem como critério na contratação o nível médio completo para os
funcionários que iram exercer funções nas plataformas de trabalho. Como a quantidade de
funcionários com ensino médio completo é prevalente, houve maiores taxas de acidentes com
pessoas desse nível de escolaridade.

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Figura 5 - Porcentagem de acidentes por grau de escolaridade

Fonte: Autores (2016)

Analisa-se na Erro! Fonte de referência não encontrada. que a maior parte das lesões
acontece na mão (48%), seguido por acidentes na face (14%). A maior parte dessas lesões
aconteceu devido a não utilização do EPI fornecido pela empresa, já que, muitos
trabalhadores relatam que é difícil realizar algumas atividades com esses equipamentos.

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Figura 6 - Porcentagem de local de lesão por acidente

Fonte: Autores (2016)

Vê-se pela Erro! Fonte de referência não encontrada. que a maior parte dos acidentes
(77%) ocasiona afastamento ou restrição das atividades profissionais.

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Figura 7 - Porcentagem de acidentes com e sem afastamento

Fonte: Autores (2016)

Mais da metade (54%) dos acidentes não ocasionaram restrição de funções aos acidentados,
enquanto 20% ocasionaram 10 dias de restrição de funções aos acidentados, Erro! Fonte de
referência não encontrada., sendo poucos acidentes responsáveis por reserva a atividades
profissionais acima de 30 dias (15%).

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Figura 8 - Porcentagem de restrição ao trabalho ocasionado por acidentes

Fonte: Autores (2016)

Notou-se que 84% dos acidentes ocorridos nas plataformas em Mossoró no período
pesquisado aconteceram com pessoas que estavam embarcadas, Erro! Fonte de referência
não encontrada..

Figura 9 - Porcentagem de acidentes por embarque

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Fonte: Autores (2016)

Foi observado que quase metade dos acidentes (43%) aconteceu com profissionais nas
funções de plataformista, seguido pela função de torrista (12%).

Figura 10 - Porcentagem de acidentes por função

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Fonte: Autores (2016)

Na Erro! Fonte de referência não encontrada., percebe-se que nos dois primeiros anos de
exercício da função o índice de acidente tem maior proporção com 51% dos casos, esse fato
pode ser justificado pelo fato observado na Erro! Fonte de referência não encontrada. de
que o maior índice de acidentes ser ocasionado em pessoas mais jovens, normalmente, com
menor tempo de trabalho na função e, por serem jovens, serem menos experientes.

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Figura 11 - Porcentagem de acidentes por ano desempenhando função

Fonte: Autores (2016)

Diante do regime de embarque que são efetuados pelas empresas prestadoras de serviço, há
uma variação na quantidade de horas trabalhadas por turno, sendo esperado maior índice de
acidente quanto maior o número de horas de função, pelos funcionários estarem com corpo e
mente cansado, mas de acordo com Erro! Fonte de referência não encontrada., vê-se que a
quantidade de acidentes por turno é bastante variável, não sendo encontrada explicação para
tal fato.

Figura 12 - Porcentagem de acidentes por ano desempenhando função

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Fonte: Autores (2016)

Nota-se que 22% dos acidentes ocorridos causaram ferimentos, segundo Erro! Fonte de
referência não encontrada. e 50% dessa fraturas aconteceram na mão, levando os
profissionais se afastarem de 15 a 30 dias de suas funções (71,4%).

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Figura 13 - Porcentagem de tipo de lesões mais frequentes em acidentes

Fonte: Autores (2016)

5. Considerações finais

Através das análises, conclui-se que mais da metade dos acidentes, mais precisamente 53%,
ocorrem nas locações das sondas de perfuração/produção e nas plataformas. Destes, 30%
ocorrem no período da tarde, entre as 13 e 18 horas. Quase 80% das vítimas das ocorrências
possuem idade entre 20 e 30 anos e 60% possuem o nível médio completo.

Quanto às lesões, 62% ocorrem nas regiões da mão e face, 22% nas pernas e pés e os 16%
restantes nas outras partes do corpo. Os tipos de lesões mais frequentes são ferimento (22%),
esmagamento (15%) e cortes (13%).

Em 2014, foram registrados 77% de ocorrências com afastamento e em 23% dos casos não
houve afastamento. Quanto aos dias de restrição ao trabalho, em 54% das ocorrências não
houve restrição, 20% ocasionaram até 10 dias de restrição ao trabalho, 25% entre 20 e 60 dias
e 1% ocasionou óbito da vítima do acidente.

A frequência de acidentes durante o período de embarque do empregado chega a 84% dos


casos. Dos quais 55% ocorreram com empregados que desempenhavam as funções de

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plataformista e torrista. As funções que apresentam o menor número de acidentes, chegando a


1% das ocorrências cada são: operador, homem de área, ASG, engenheiro, técnico de
perfuração, motorista e assistente de sondador. Metade da quantidade efetiva de ocorrências
de acidentes ocorrem até os 2 primeiros anos do empregado a serviço da empresa.

Percebe-se que vários devem ser os cuidados para que as atividades sejam executadas de
forma segura, não importando grau de risco da mesma.

Como medidas preventivas, devem-se implantar métodos de orientação sobre acidentes como
manuais de segurança, reuniões, divulgações de acidentes anteriores e como evita-los, além de
cursos de capacitação e qualificação dos empregados tanto na área de SMS quanto da
atividade principal que executam tanto para aqueles que estejam iniciando carreira na empresa
como reciclagem para os empregados mais antigos, visando mitigar ou eliminar a ocorrência
de atos inseguros.

Notou-se que os acidentes mais frequentes são aqueles que envolvem as mãos e face, portanto
deve-se aumentar a fiscalização no uso dos EPI’S, principalmente aqueles cuja função é
proteger essas áreas como as luvas, capacetes e afins. É necessário também verificar se as
plataformas e locações apresentam condições seguras a operação que será efetuada pelos
empregados. Essas e outras ações em conjunto irão contribuir para a redução do número de
acidentes com e sem afastamento, e no caso dos com afastamento, contribuíram também para
a redução do tempo de afastamento.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei 8.213 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá
outras providências. Disponível em http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1991/8213.htm. Acesso em
07 mar. 2016.

DUARTE, Alex Santana et al. Acidentes na plataforma de Petróleo. Cadernos de Graduação: Ciências exatas
e tecnológicas, Sergipe, v. 1, n. 15, p.53-58, out. 2012.

FIGUEIREDO, Marcelo et al. Reestruturação produtiva, terceirização e relações de trabalho na indústria


petrolífera offshore da Bacia de Campos (RJ). Revista Gestão e Produção. São Carlos, p. 55-68. abr. 2007.

FIORENCIO, Luiza et al. Análise de investimentos na cadeia de suprimentos downstream da indústria


petrolífera: proposta de um modelo de programação linear inteira mista. In: CONGRESSO LATINO-
IBEROAMERICANO DE INVESTIGACIÓN OPERATIVA, 2012, Rio de Janeiro. Anais... . Rio de Janeiro:
2012. p. 1832 - 1843.

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<http://www.previdencia.gov.br/estatisticas/aeps-2009-secao-iv-acidentes-do-trabalho-tabelas/>. Acesso em: 22
nov. 2014.

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IVO, Alex de Souza. O trabalho na indústria do petróleo: hierarquias sociais, moradia e nacionalismo. Revista
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RODRIGUES, Felipe Rachid. Desenvolvimento das Companhias de Petróleo Independentes no Brasil:


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Pesquisa em Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.

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