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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PLANTONISTA DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS.

Autos no 1005048-35.2017.4.01.3500

URGÊNCIA PERECIMENTO DE DIREITO.

O MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DE GOIÁS, já


qualificados nos autos, por suas procuradoras regularmente
constituídas, vem à respeitável presença de Vossa Excelência,
apresentar,

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO:

Em face da decisão proferida as folhas..., nos termos


abaixo:

Vistos etc.,
“Cuida-se de ação sob o rito ordinário ajuizada
pelo Município de Santa Cruz de Goiás em
desfavor da União, objetivando, em sede de tutela
de urgência, provimento jurisdicional que
determine “(...) à UNIÃO FEDERAL que suspenda a
negativação do nome do Município de Santa Cruz
de Goiás no SIAFI e CAUC, referente ao Convênio
nº 816307/2007 -Fundo Nacional De
Desenvolvimento Da
Educação 27/12/2007 (Número do Convênio
SIAFI:601339), até o julgamento final da presente
ação”.

No mérito, requer a procedência da ação para


cancelar a negativação do nome do município no
CAUC e SIAFI e, de forma subsidiária, pugna “(...)
que seja declarado o município autor desobrigado 1
de apresentar o documento CAUC/SIAFI
especificamente para assinatura dos convênios
que o mesmo está tentando firmar junto à União
Federal, bem como convênios com o Estado de
Goiás”.
[....]
Assim, por falta de previsão legal, os convênios de
fomento ao turismo e à cultura (itens 2 e 8 – cavalhadas
e reforma de orla) devem respeitar as limitações legais,
os quais poderão ser celebrados somente após a
regularização do município.

“Transcrevo as propostas de convênios listadas pelo


autor:
[...]
2- CULTURA-EXTRATO - Proposta -Cavalhadas – no
valor de R$ 99.800.00 – 2017;
8- Turismo – Extrato-Proposta - Revitalização da Orla do
Rio do Peixe (distrito de Rio de Peixe), no valor de R$
487.500,00.
[...]
Referidos repasses, em virtude da evidente natureza
social, não podem esperar eventual regularização da
municipalidade. Há aqui verdadeira ponderação de
princípios, de um lado a responsabilidade com a coisa
pública e de outro a necessidade de implementação de
políticas sociais de grande relevância, devendo
prevalecer esta última.

Do exposto, defiro em parte o pedido de antecipação


dos efeitos da tutela para assegurar que as inscrições
de débitos do Município de Santa Cruz de Goiás no
CAUC/SIAFI/SICONFI não sejam tomadas como óbices
à celebração dos seguintes convênios:
1) proposta de convênio n. 092642/2017 (aquisição de
caminhão com caçamba basculante para manutenção
de estradas vicinais de terra do município);
2) proposta de convênio n. 066907/2017 (aquisição de
2 veículos automotor básico de passeio para transporte
de equipe e usuários da rede de proteção social);
3) proposta de convênio n. 066768/2017 – Objeto:
Construção de unidade pública de proteção social
2
básica “Centro Público de Convivência“ referenciado ao
CRAS Cantinho de Apoio, melhorando a estrutura de
oferta e atendimento A crianças, adolescentes, jovens,
adultos e idosos promovendo o fortalecimento de
vínculos sociais e familiares entre, por meio de
atividades de convivência, esportivas, culturais e de
integração familiar;
4) proposta de convênio n. 066503/2017 – objeto:
construção definitiva do Centro de Referência de
Assistência Social - “CRAS Cantinho de Apoio” no
município de Santa Cruz de Goiás melhorando a
estrutura de oferta e atendimento do PAIF - Atenção
Integral à Família em caráter continuado;
5) proposta de convênio n. 911549/17-001 (reforma de
unidade de saúde);
6) proposta de convênio n. 11549.446000/1170-01
(aquisição de equipamento/material permanente para
o centro de saúde, posto de saúde e secretaria
municipal de saúde, todos de Santa Cruz de Goiás).

Intimem-se. Cite-se.
Goiânia, 18 de dezembro de 2017.

(assinado digitalmente)
Carlos Augusto Tôrres Nobre
Juiz Federal

Parte dessa r. decisão não deve prosperar, senão


vejamos motivos técnicos jurídicos a serem considerados.

INADIMPLENCIA DO EX- GESTOR E PROVIDENCIAS LEGAIS JÁ


TOMADAS PELOS SUCESSORES DO EX- ALCAIDE.

Como bem pontuamos na inicial, no ano de 2012, o


então Chefe do Poder Executivo Municipal, e ordenador de despesas,
não fez as devidas prestações de contas, tais como: entrega de
balancetes, ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás-
TCM/GO, bem como não prestou informações ao Sistema de
Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro –
SICONFI.

3
Além da falta de prestações de contas (entrega de
balancetes do ano de 2012) que citamos acima e na inicial, o mesmo
Gestor também não prestou contas do Convênio do Projeto de Educação
Especial – PTA/Especial NÚMERO DO CONVÊNIO original nº
816307/2007, LIBERADO EM 17 DE JANEIRO DE 2008, - PROJETO
NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – PNAE, ANO EXERCÍCIO
2007, Convênio-SIAFI nº 601339.

A conduta do Ex Gestor, já foi denuncia no Ministério


Público Federal Processo n.º 0006103-38.2017.4.01.35.00, em trâmite
perante da 11ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás,
bem como foi objeto de Ação Civil Pública, Processo no
5428626.22.2017.8.09.0141, que encontra-se em andamento na
Justiça Estadual, assim a Atual Administração tomou todas as
providências cabíveis para punir o Ex Gestor, e repara os danos
causado ao Erário, não podendo a administração e a população ser
penalizada por atos praticados pelo ex Prefeito.

Desta feita, pela falta de lisura do ex-gestor com o


dinheiro público o nome do Município encontra-se negativado no
sistema CAUC - Sistema Auxiliar de Informações para
Transferências, deste modo a falta das entregas dos balancetes, bem
como a falta de prestação de contas de convênios ao FNDE o Município
ficou inadimplente junto ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais
do Setor Público Brasileiro – Siconfi, e, SIAFI/Subsistema
Transferências conforme pode ser verificado pelos documentos em
anexo, e no site: https://sti.tesouro.gov.br/cauc/index.jsf

Os desvios e a conduta improba do ex-gestor lhe


rendeu a cassação dos seus direitos políticos até 2022, documento
anexo.
Nobre Julgador, a população não pode ser privada
novamente dos benefícios a que tem direito, tendo em vista, que foi
segregada por anos do mínimo que merecem.

Esse esclarecimento foi necessário para demonstrar a


Vossa Excelência que uma cidade que foi a primeira capital do
Estado, não pode sofrer pelos desmandos dos ex gestores.

4
MOTIVOS JURÍDICOS PARA RECONSIDERAÇÃO – PREVALÊNCIA DE
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS e DIREITO LÍQUIDO E CERTO DE
EXCLUSÃO DO CAUC/SIAFI/SICONFI – SINAL DO BOM DIREITO E
PERIGO DA DEMORA.

Primeiramente, vamos comprovar a plausibilidade


jurídico do pedido principal, conforme decisão Plenária do Supremo
Tribunal Federal já decidiu e vem reiteradamente se posicionando via
liminar em casos análogos:

“REFERENDO NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO


CAUTELAR – INSCRIÇÃO DE ESTADO-MEMBRO NO
SERVIÇO AUXILIAR DE INFORMAÇÕES PARA
TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS – CAUC –
SUSPENSÃO DOS REGISTROS DE INADIMPLÊNCIA –
MEDIDA LIMINAR E PEDIDO DE EXTENSÃO
DEFERIDOS – REFERENDO – 1- O Supremo Tribunal
Federal tem reconhecido conflito federativo em
situações nas quais a União, valendo-se de registros de
pretensas inadimplências dos Estados no Serviço
Auxiliar de Informações para Transferências
Voluntárias CAUC, impossibilita a emissão do
Certificado de Regularidade Previdenciária, o repasse
de verbas federais e a celebração de convênios. 2- O
registro da entidade federada, por alegada
inadimplência, nesse cadastro federal pode sujeitá-la a
efeitos gravosos, com desdobramentos para a
transferência de recursos. 3- Em cognição primária e
precária, estão presentes o sinal do bom direito e o
perigo da demora. 4- Medida liminar referendada. (STF
– MC-ACaut 3.775 – Distrito Federal – Plen. – Relª
Minª Cármen Lúcia – J. 07.10.2015)

O Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a


ocorrência de conflito federativo em situações nas quais a União,
valendo-se de registros de supostas inadimplências dos Estados e
Municípios no Sistema Integrado da Administração Financeira - SIAFi
5 e
no CAUC - Cadastro Único de Exigências para Transferências
Voluntárias, impossibilita sejam firmados acordos de cooperação,
convênios e operações de crédito entre eles e entidades federais e
Municipais. Em cognição primária e precária, estão presentes o fumus
boni juris e o periculum in mora Precedentes (1) (STF – MC-ACaut 2.657
– Relª Minª Cármen Lúcia – DJe 06.12.2010 – p. 21); (STF – MC-
ACaut 1915 – TP – Relª Min. Cármen Lúcia – DJ 01.07.2010); (STF –
Proc. 3.718 – Tocantins – Plen. – Relª Minª Cármen Lúcia – J.
19.11.2014); (STF – MC-ACaut 3.790 – Distrito Federal – Plen. – Relª
Minª Cármen Lúcia – J. 07.10.2015). No mesmo sentido o STJ: AgInt
no REsp 1375826 / CE, Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, DJe
28/11/2017

O princípio da intranscendência subjetiva veda a


aplicação de sanções ou restrições que invada a estrita dimensão da
pessoa do infrator e afetem outros que não tenham sido os causadores
das irregularidades, ou seja, a restrição, quando regularmente aplicada,
deve ficar adstrita à figura do gestor público e não a cargo da população
(STF, 1ª T., AC 2614/PE, AC 781/PI e AC 2946/PI, julgados aos
23.06.2015).

REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA LIMINAR CONFIGURADOS:

Está comprovado nos autos que o convenio de no 02 –


Ministério do Turismo (cavalhadas) e 08 com a Caixa Econômica
Federal (Revitalização da Orla do Rio do Peixe (distrito de Rio de
Peixe) em anexo, - recursos já assegurados e empenhados– vencerá o
prazo para ser assinado com o Poder Público – aqui o Município de
Santa Cruz de Goiás o prazo máxima para concluir a contratação da
operação junto a caixa é até o dia 29.12.2017. Veja cópia na íntegra o
ofício remetido pela Superintendência da Caixa no Estado de Goiás:

1
O registro da entidade federada, por suposta inadimplência, nesses cadastros federais pode sujeitá-la a
efeitos gravosos, com desdobramentos para a transferência de recursos. 3- Em cognição primária e
precária, estão presentes o fumus boni juris e o periculum in mora. 4- Medida liminar referendada. (STF
– MC-ACaut 2.657 – Relª Minª Cármen Lúcia – DJe 06.12.2010 – p. 21) 6
(...)De: Mateus Lopes <mateusfelixlopes@gmail.com>
Enviado: quinta-feira, 21 de dezembro de 2017 18:49
Para: Paula Carolina Cardoso
Assunto: Fwd: Seleções 2017 - Orientações Gerais

--------- Mensagem encaminhada ---------


De: gigovgo@caixa.gov.br <gigovgo@caixa.gov.br>
Data: qui, 21 de dez de 2017 às 17:12
Assunto: Seleções 2017 - Orientações Gerais
Para: pedro.santos@gmail.com <pedro.santos@gmail.com>, pedrohseng@gmail.com <pedrohseng@gmail.com>
, prefeitura.santacruz@gmail.com <prefeitura.santacruz@gmail.com>,prefsantacruz@hotmail.com <prefsantacru
z@hotmail.com>, mateusfelixlopes@gmail.com <mateusfelixlopes@gmail.com>, francisco@sempreconvenios.co
m.br<francisco@sempreconvenios.com.br>, mateus_felixlopes@gmail.com <mateus_felixlopes@gmail.com>, ilde
ujr@gmail.com <ildeujr@gmail.com>
Cc: sr2634go@caixa.gov.br <sr2634go@caixa.gov.br>, gigovgo01@caixa.gov.br <gigovgo01@caixa.gov.br>, gi
govgo05@caixa.gov.br <gigovgo05@caixa.gov.br>, gigovgo06@caixa.gov.br<gigovgo06@caixa.gov.br>, gigovg
o10@caixa.gov.br <gigovgo10@caixa.gov.br>

À
Prefeitura Municipal de Santa Cruz de Goiás

Senhor(a) Prefeito(a) Municipal,

Reiteramos providenciar a documentação solicitada na comunicação abaixo, sendo que está deverá ser
protocolada nesta GIGOV impreterivelmente até 26/12/2017.
Alertamos que as propostas poderão ser aprovadas e enviadas a CAIXA pelos ministérios gestores até o
29/12/2017, sendo este também o último dia para contratação.
Lembramos que esse tomador deverá acompanhar a situação da proposta no SICONV, bem como observar o
atendimento a todos dos requisitos necessários para contratação, sob pena de ter seu empenho cancelado e não
efetivação da contratação.

Atenciosamente

Marcos Alberto Rocha Augusto


Gerente de Filial
Gerência Executiva Governo Goiânia/GO

Marise Fernandes de Araujo


Superintendente Regional
Superintendência Sul de Goiás/GO
CAIXA(...)grifamos e anexamos aos autos original.
=================================================================================
==========================================================

É cediço em direito público-processual o “Perigo na


demora decorrente da restrição a transferências voluntárias, sem as quais
o Estado-membro enfrentaria dificuldades para manter suas políticas
públicas. 3- Agravo regimental a que se nega provimento. (STF – AgRg-

7
TA-ACOr 2.632 – Minas Gerais – 1ª T. – Rel. Min. Roberto Barroso –
J. 27.10.2015).

Nobre Julgador, todos os convênios são de suma


importância, em especial o convênio para revitalização da Orla do Rio(
distrito do Rio do Peixe) está na fase final de habilitação jurídica, tendo o
prazo impreterível até 29/12/2017, ou seja, se este não for assinado
até esta data o Município perderá o Recurso proposta nº 062567/2017,
no valor de r$ 487.500,00(quatrocentos e oitenta e sete mil e
quinhentos reais), oriundo do Ministério do Turismo, conforme prova o
documento em anexo.

“Não é juridicamente adequada, tampouco razoável, a


imposição de restrições de ordem orçamentária a municípios inscritos em
cadastros de inadimplentes por irregularidades imputadas à
administração anterior na hipótese em que a atual gestão municipal
comprova a adoção das providências tendentes ao ressarcimento ao
Erário e à responsabilização do administrador faltoso. Precedentes do
STF, do STJ e desta Corte’”.(TRF 1ª R., Apelação Cível nº 0009175-
54.2013.4.01.3700, Rel. Des. Fed. Jirair Aram Meguerian, DJF1 de
10.10.2014).

A Instrução Normativa STN nº 01, de 15 de janeiro de


1997, que disciplina a celebração de convênios de natureza financeira
que tenham por objeto a execução de projetos ou realização de eventos,
estabelece, em seu art. 5º, § 2º, a suspensão das restrições previstas na
hipótese em que a nova gestão administrativa promova medidas
pertinentes à responsabilização e restituição dos danos causados ao
erário em razão das irregularidades apuradas durante a execução do
convênio.

Ademais, ressaltamos que caso a Liminar não seja


deferida o recurso proveniente do Convênio proposta nº 062567/2017,
no valor de r$ 487.500,00(quatrocentos e oitenta e sete mil e
quinhentos reais, RETORNARÁ aos cofres da União, causando sérios
contratempos
8
O CPC 2015 ao disciplinar as tutelas de urgência
consignou que:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

Perfeitamente possível no caso em tela a suspensão da


inscrição do nome do Município Requerente no SIAFI, e, SICONFI-CAUC,
considerando que tomou as providências cabíveis. Processando o Ex-
Alcaide em ressarcimento (indenização).

Já o fundado receio de dano se transformou em


efetivo dano, porque com a negativação no SIAFI, e, SICONFI-
CAUC, o Município fica impedido de firmar Convênios em benefício
de sua população local e distritos, o que compromete de forma
considerável a sua administração a favor do “Social” (art. 6º, da
CF/88).

Ademais, a presença dos requisitos que a doutrina


jurídica convencionou nominar “fomus boni juris” e “periculum in mora”,
estão presentes na presente lide.

No caso em tela, quanto ao “ fomus boni juris”, ou


seja, a plausibilidade do direito restou demonstrada, que o Município
autor comprova que atende as exigências legais previstas na Lei
Complementar 101/2000 para receber as transferências voluntárias,
ainda porque trata-se de ação governamental na área da educação,
saúde e assistência social que constitui exceção as exigências legais
para repasse de recursos pela União Federal, acrescentado pelas Ações
de Ressarcimento laborado em face do Ex-Alcaide, não podendo o
município sofrer restrição quanto aos repasses para atender sua
população que depende do Poder Público.

No tocante ao “periculum in mora”, certa a sua


ocorrência pois, a não concessão da Tutela de Urgência, causará
9
prejuízos irreparáveis ao Poder Executivo, e em especial a população,
que serão privados dos benefícios que poderiam ter com o repasse
relativos aos convênios.

Assim, a suspensão da inscrição do nome do


Município de Santa Cruz de Goiás no SIAFI e SICONFI-CAUC, referente
à falta de Prestação de Contas do nº 816307/2007 - Fundo Nacional
De Desenvolvimento Da Educação 27/12/2007 (Número do Convênio
SIAFI:601339), e a falta de informações ao Sistema de Informações
Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – Siconfi, pelo ex gestor
se impõe como medida sensata e prudente, até o julgamento final da
presente ação.

Ademais, o Município de Santa Cruz de Goiás, não


poderá sofrer os prejuízos em decorrência da má gestão do Ex Prefeito
que deixou de prestar contas e informações aos órgãos de controle,
tendo em vista, que esta medida de manutenção do nome do Munícipio
no cadastro de inadimplentes no SIAFI, e, SICONFI- CAUC está
acarretando prejuízos irreparáveis ao autor, bem como principalmente à
população local que ficara prejudicada na qualidade dos serviços
públicos essências aos cidadãos.

Enfim, o TRF1 em julgado recente, datado de 2017,


entende na contramão do nobre e culto Juiz antecessor vez que: “A
celebração do convênio e o recebimento do crédito foram efetivados na
gestão precedente, tendo o atual prefeito demonstrado ter tomado todas
as medidas necessárias com a finalidade de regularizar a inadimplência
bem como responsabilizar seu antecessor. 10. A determinação de
restrições orçamentárias a município inscrito em cadastro de
inadimplentes por conta de irregularidades atribuídas à administração
antecedente, quando comprovada a adoção das providências necessárias
ao ressarcimento ao erário e à responsabilização do prefeito anterior pela
atual gestão municipal não se mostra razoável. Precedentes do STJ. 11.
Apelações da União e da Funasa e remessa necessária considerada
existente improvidas.” (TRF 2ª R. – AC 0000629-56.2010.4.02.5003 –
6ª T.Esp. – Rel. Des. Fed. Alcides Martins – DJe 09.08.2017 – p. 800)
10
O artigo 6o, da Carta Magna tem sua interpretação
ampliada no aspecto “ABRANGÊNCIA DO TERMO “AÇÕES SOCIAIS”,
mostrando os ensinamentos recentes emanados do STJ, conforme
paradigma abaixo que o caso posto, ora requerido suspensão da
inscrição do Município no CAUC/SIAF/SICONFI é alargada e pacificada
no âmbito do STJ, senão vejamos:

"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. REPASSE DE


VERBA PELA UNIÃO. RESTRIÇÃO CADASTRAL NO CAUC E
NO SIAFI. SUSPENSÃO DOS EFEITOS APENAS QUANTO AOS
REPASSES QUE VISEM À EXECUÇÃO DE AÇÕES SOCIAIS
OU EM FAIXA DEFRONTEIRA. ART. 26 DA LEI
10.522/2002. ABRANGÊNCIA DO TERMO 'AÇÕES SOCIAIS'
[…]O termo 'ação social' presente na mencionada lei diz respeito
às ações que objetivam o atendimento dos direitos sociais
assegurados aos cidadãos, cuja realização é obrigatória por
parte do Poder Público, como aquelas mencionadas na
Constituição Federal, nos artigos 6º, 193, 194, 196, 201, 203,
205, 215 e 217 (alimentação, moradia, segurança, proteção
à maternidade e à infância, assistência aos
desamparados, ordem social, seguridade social, saúde,
previdência social, assistência social, educação, cultura e
desporto). V. Na hipótese em exame, o acórdão recorrido
conclui que "o repasse das verbas federais destina-se a
operações ligadas ao Ministério das Cidades, mais
especificamente, à construção de quarenta unidades
habitacionais para a população de baixa renda (...)
denotando ação de natureza de ação social, dada a
enorme repercussão social causada por qualquer melhora
na estrutura física de uma pequena cidade". V Assim,
estando o acórdão recorrido em consonância com a
jurisprudência sedimentada nesta Corte, merece ser mantida a
decisão ora agravada, em face do disposto no enunciado da
Súmula 568 do STJ. VI. Agravo interno improvido. AgInt no
REsp 1375826 / CE, Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, DJe
28/11/2017 11
Por outro lado, tendo a gestão atual do Município
comprovado que estão sendo tomadas providências atinentes à
instauração de procedimentos Judiciais contra o gestor faltoso para
responsabilização do mesmo, com vistas à reparação dos danos
causados pela má-administração dos recursos oriundos de convênio,
não existe inércia na tomada de providências relacionadas à situação de
inadimplência que culminou na inscrição do Município-autor perante o
Cauc.

Isto, com fundamento no o § 3º do art. 25 da Lei de


Responsabilidade Fiscal, e o art. 26 da Lei nº 10.522/2002 em harmonia
com a Instrução Normativa do STN nº 01, de 15 de janeiro de 1997, bem
como fundamentado em recentes precedentes advindos do TRF1, onde
se comprovou que o gestor processou o Ex-Alcaide, com o fim de
ressarcimento ao erário, não deve o Município – Entidade de Direito
Público Interno – pequena municipalidade ficar castrada/restrita de
obter novos recursos conseguido com entes públicos pelo novel Prefeito
Médico, Dr. Mateus Felix Lopes a favor do MUNICÍPIO E SUA
POPULAÇÃO E POVOADOS, convênio/contrato de no 08 dos autos
(Revitalização da Orla do Rio do Peixe (distrito de Rio de Peixe), no
valor de R$ 487.500,00) junto a Caixa Econômica Federal e,
convênio/contrato de no 02 dos autos – Cultura-Extrato Proposta-
Carvalhadas no valor R$ 99.800.00.

DOS PEDIDOS

Isto posto, requer seja complementada/reconsiderada


em parte o r. decisum para:

a) o fim de obter a concessão da Tutela de Urgência e


evidência, nos termos do art. 300 do CPC, para determinar à UNIÃO
FEDERAL que suspenda a negativação do nome do Município de Santa
Cruz de Goiás no SIAFI-CAUC, e, SICONFI-CAUC, tendo em vista, os
convênios enumerados sob o no 02 e 08;

12
b) se entender diferente, que seja declarado o
município autor desobrigado de apresentar o documento SIAFI e
SICONFI especificamente para assinatura dos convênios, já citado de
nos autos como de no 02 e 08, (no r.decisum) que o mesmo está
tentando firmar junto à União Federal, (FNS) bem como convênio
denominado de no 08, especificamente com a Caixa Econômica
Federal, conforme ofício acima da Superintendência da Caixa, sob
pena da pendência do Ex-Alcaide, ora sub-judice, excluir o contrato
com a Caixa.

c) que seja determinado à UNIÃO FEDERAL que


cancele a negativação do nome do Município de Santa Cruz de Goiás
no SIAFI,e, SICONFI- CAUC, referente ao Convênio nº 816307/2007 -
Fundo Nacional De Desenvolvimento Da Educação 27/12/2007
(Número do Convênio SIAFI:601339), E, no SICONFI, ( Declaração de
Contas Anuais do ano de 2012 (DCA).

Termos em que pede deferimento.

Goiânia – GO, 22 de dezembro de 2017

MARINALVA RODRIGUES DOS SANTOS


OAB/GO nº 39.697

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