El Shincal de Quimivil Quill Ay y Los Co

ARQUEOLOGÍA Y PALEONTOLOGÍA
DE LA PROVINCIA DE CATAMARCA
ISBN 978-987-3781-14-8
ARQUEOLOGÍA Y PALEONTOLOGÍA
DE LA PROVINCIA DE CATAMARCA
--------- COORDINACION GENERAL --------
Lic. Rita del Valle Rodríguez
--------- EDITOR Y COMPILADOR-----------
Lic. Mónica Alejandra López
COLABORACION
Mgter. Sergio Antonio Alvarez

Ing. Gustavo Ariel del Viso
Srta. M ariana Deolinda Barrionuevo
SUMARIO
10 P R Ó L O G O : P R IM E R A S J O R N A D A S D E A C T U A L IZ A C IÓ N Y
D I V U L G A C I Ó N D E A R Q U E O L O G ÍA Y P A L E O N T O L O G ÍA D E C A TA M A R C A
ARQUEOLOGÍA
15 IN T R O D U C C IÓ N A LA A R Q U E O L O G ÍA D E C A T A M A R C A : PU EBLO S,
P A IS A JE S E H IS T O R IA
Daniel Olivera
17 C A P Í T U L O 1. EL S IT IO EL S H IN C A L D E Q U IM IV IL Y EL M U N D O VEGETAL
Aylen Capparelli, Rodolfo A. Raffino, Darío Iturriza, L. Anahi lácona, Reinaldo A. Moralejo, María G. Couso, Juan D. Gobbo,
Paula Espósito, Milagros A. Morettl, María A. Ochoa.
29 C A P Í T U L O 2. V ID A , G U E R R A Y M U E R T E EN H U A L F IN PR E H IS P A N IC O
Bárbara Balesta, Nora Zagorodny, Federico Wynveldt, Marina Flores, Emilia lucci, Celeste Valencia.
41 C A P Í T U L O 3. LA C O N S T R U C C IÓ N D E LA H IS T O R IA C U LTU R A L
P R E H IS P Á N IC A D E L VALLE D E H U A L F ÍN
María C. Sempé, Luis Dulout, Marta I Baldini, Lidia Baldini.
53 C A P Í T U L O 4. L O S A N T IG U O S P O B L A D O R E S D E LA Q U E B R A D A DEL VALLE
D E L C A JO N
María C. Scattolin, María F. Bugliani, Domingorena L. Pereyra, Leticia I. Cortés, Marisa Lazzari, Cristina M. Calo, Andrés D.
Izeta.
65 C A P Í T U L O 5. L A S S O C IE D A D E S D E L V IE N T O : A R Q U E O L O G IA D E
A N T O F A G A S T A D E LA SIE R R A , P U N A M E R ID IO N A L A R G E N T IN A .
Daniel Olivera, Alejandra Elias, Patricia Escola, Michael Glascock, Lorena Grana, Jennifer Grant, Violeta Killian, Cecilia
Laprida, Nora I. Maidana, Paula Miranda, Héctor Panarello, Susana Pérez, Martina Pérez, Cecilia Raíces Montero, María del
C. Reigadas, Pedro Salminci, Pablo Tchilinguirián.
81 C A P Í T U L O 6. EL E N T IE R R O D E N IÑ O S Y A D U L T O S E N U R N A S
ANDALGALÁ
David A. Alvarez Candal.
89 C A P Í T U L O 7. C O N T IN U ID A D E N L O S M O D O S D E H A C E R Y V IV IR D E U N A
U N ID A D H A B IT A C IO N A L E N PU E B L O P E R D ID O D E LA Q U E B R A D A . (VALLE
D E CATAM ARCA)
Ezequiel Fonseca, Cristian Melián, Claudio Caraffini.
99 C A P Í T U L O 8. M O D O S D E V ID A D U R A N T E EL P E R IO D O T A R D IO E N EL
VALLE D E L C A JÓ N : C O N O C IE N D O EL P O B L A D O L O M A L 'Á N T IG O Y O T R O S
S IT IO S C E R C A N O S .
María F. Bugliani.
109 C A P ÍT U L O 9 . 30 A Ñ O S DE IN V E S T IG A C IO N E S EN EL S H IN C A L D E
Q U IM IV IL (CA TA M A RCA , A R G E N T IN A ) C A PIT A L A D M IN IS T R A T IV A Y
C EN TR O C ER EM O N IA L IN K A AL SU R DEL K O LLA SU Y U .
María G. Causo, Rodolfo A. Raffino. L. Anahl lacona, Juan D. Gobbo, Reinaldo A. Moralejo, Aylen Capparelli, Darío Iturriza,
Analfa Quaranta, Laura R. Giambelluca. Julia Gianelli, Milagros Aventín Moretti, María A. Ochoa, Paula Espósito. Julieta
Pellizzari.
119 C A P ÍT U L O 10. D E VALLES, C U M B R E S Y Y U N G A S IN V E S T IG A C IO N E S

A R Q U E O L Ó G IC A S EN LO S D E P A R T A M E N T O S D E A M B A T O Y EL A LTO ,
CATA M A RCA .
Inés Gordillo, Maria de Hoyos, José M. Vaquer, Héctor Buono, Eva A. Calomino, Luciana Eguia, Verónica Zuccarelli, Liliana
Milani, Bruno Vindrola, Carolina Prieto, Sebastián Bocelli, Laura Pey.
127 C A P ÍT U L O 11. LA V ID A EN EL VALLE D E H U A L F ÍN , C A T A M A R C A , A N TE S

D E LA LLEG A D A E S PA Ñ O LA .
Julieta Lynch.
137 C A P Í T U L O 12. El S H IN C A L D E Q U IM IV IL , L O S C O L O R A D O S Y QUILLAY.

U N A V EN T A N A PA R A E N T E N D E R EL M U N D O IN K A EN LA R E G IÓ N
C EN TR A L D E C A TA M A R C A .
Marco A Giovannetti, Gustavo Corrado, Gregoria Cochero, Edgardo Ferraris, Josefina Spina, Camila Salama, Lucía Aljanati,
Mariana Valderrama.
153 C A P Í T U L O 13. A R Q U E O L O G ÍA E H IS T O R IA D E L O S PA ISA JE S

CU LTU R A LES D E LA S S E R R A N ÍA S D E EL A L T O -A N C A S T I.
Lucas I. Gheco, Ana S. Meléndez, Marcos N. Quesada, Maria G. Granizo, Marcos R. Gastaldi.
165 C A P Í T U L O 14. SE IS P E R S O N A JE S C U E N T A N SU S H IS T O R IA S EN EL AR TE
R U PESTR E F O R M A T IV O D EL VALLE D EL C A JÓ N , D E P A R T A M E N T O DE
SA N T A M A R ÍA
María de Hoyos.
177 C A P Í T U L O 15. A R Q U E O L O G IA D EL VALLE D EL B O L S Ó N

Mariana Maloberti, Alejandra Korstanje, Marcos Quesada, Julio Kulemeyer, Patricia Cuenya.
187 C A P Í T U L O 16. LA A R Q U E O L O G IA D E L O S S IS T E M A S D E P R O D U C C IÓ N
A G R ÍC O L A D E LA R E G IÓ N D E FIA M B A L Á - T IN O G A S T A -C A T A M A R C A -
A R G E N T IN A .
Martín Orgaz, Norma Ratto, Luis Coll.
199 C A P Í T U L O 17. IN V E S T IG A C IO N E S A R Q U E O L Ó G IC A S EN EL VALLE DE

S A N T A M A R ÍA , C A T A M A R C A .
Myriam Tarragó, Valeria Palamarczuk, Sonia Lanzelotti
213 C A P Í T U L O 18. E L P R O Y E C T O A R Q U E O L O G I C O C H A S C H U I L -
A B A U C A N :L A C O M P R E N S I O N D E L P A S A D O D E S D E EL P R E S E N T E .
Norma Ratto, Martin Orgaz, Anabel Feely, Mara Basile, Irene Lantos, Luis Coll, Juan P. Miyano, Dolores Carniglia, Roxana
Boixadós.
225 C A P ÍT U L O 19. T R A S LAS HUELLA S DE LO S A N T IG U O S PO B LA D O R ES DE
LA PU N A CA TA M A R Q U EÑ A .
Patricia Escola, Natalia Sentinelli, Leticia Gasparotti, Lorena Grana. Alejandra. Elias. Salomón. Hocsman. Alvaro
Martel, Sara M López Campeny. Gabriela Aguirre, Jennifer. Grant, Violeta Killian Galván, Paula Miranda, Daniel Olivera,
María del P. Babot, Pablo Tchilinguirian.
237 C A P ÍT U L O 20. LO N D R ES... P A SA D O Y PRESENTE: C O N S T R U Y E N D O EL

PA T R IM O N IO CULTURAL.
Reinaldo A. Moralejo, María G. Couso, Juan D. Gobbo, Laura R. Giambelluca, Julia Gianelli, Lidia A. lácona, Rodolfo A.
Raffino, Aylen Capparelli, Milagros Aventin Moretti, Maria A. Ocboa, Gisela A. Quaranla.
249 C A P ÍT U L O 21. A R Q U E O A S T R O N O M IA EN EL S H IN C A L DE Q U IM IV IL :
A N A L IS IS P R E L IM IN A R DE U N S IT IO IN C A EN LA FR A N JA DEL
L U N IS T IC IO M AYOR AL SUR.
Ricardo Moyano, Martin Gustavo Díaz, lan Farrington, Reinaldo Moralejo, Guillermina Couso, Rodolfo Raffino.
261 C A P Í T U L O 22. C A R D Ó N M O C H O : C EM EN TE R IO IN D IG E N A A N T IG U O
EN EL VALLE D E H U A LFÍN .
Bárbara Desántolo, Guillermo Lamenza, Hilton Drube, Luis Dulout, Beatriz Guicbón, Horacio Calandra, Susana Salceda,
Carlota Sempé.
269 C A P Í T U L O 23. LA T U N IT A . C O L O R Y R IT U A L ID A D EN LAS CUEVAS DE

U N B O SQ U E SA G R A D O .
Domingo Carlos Nazar.
PALEONTOLOGÍA
281 IN T R O D U C C IO N A LA PA L EO N T O L O G IA DE CATAM ARCA.

Graciela Esteban
283 C A P Í T U L O 24. TR A S LO S PA SO S DE CABRERA

Ricardo Bonini, Adriana M. Candela, Marcelo Reguero
297 C A P Í T U L O 25. U N A M IR A D A PA L E O N T O L Ó G IC A AL PA SA D O
P R O F U N D O DE LA P U N A DE CATA M A RCA .
María J. Babot, Daniel Garcia-López
ANEXO
307 D IR E C C IO N P R O V IN C IA L D E A N T R O P O L O G IA : U N A IN S T IT U C IÓ N
E N C O N T IN U O C R E C IM IE N T O
Mónica A. López y Sergio A. Alvarez
Arqueología y Paleontología de la Provincia de Catamarca
CAPíTULO
El SHINCAL DE QUIMIVIL, QUILLAY
y LOS COLORADOS. UNA VENTANA
12 PARA ENTENDER EL MUNDO INKA EN

LA REGIÓN CENTRAL DE CATAMARCA
Marco A Giovannetti1,2, Gustavo Corrado2,3, Gregoria Cochero2, Edgardo Ferraris2, Josefina Spina2,
Camila Salama2, Lucía Aljanati2 y Mariana Valderrama2
CONICET. 2FCNyM (UNLP). 3Dirección de Vialidad de la prov. de Bs. As.

1
Exponemos en este artículo nuestras interpretaciones surgidas de

los estudios sobre los sitios arqueológicos El Shincal de Quimivil,
Los Colorados y Quillay, todos relacionados a la instalación inka
en la actual provincia de Catamarca. Intentaremos mostrar como la
organización de grandes reuniones colectivas, incorporadas en el
calendario festivo y ritual, movilizaba la organización del Tawantin-
suyu (Estado Inka) en regiones lejanas del Cusco. El mismo sitio El
Shincal fue planificado para la realización de estas prácticas al mismo
tiempo que incorporaba elementos de una geografía y paisajística
sacralizadas. Los sitios de producción como Los Colorados y Quillay
se articulaban en este esquema.
Introducción nen que ver con las transformaciones que

impusieron los inkas cuando desplegaban
¿Cuántas son las ciudades, palacios, cen- el mapa del Tawantinsuyu, a veces por la
tros ceremoniales o postas construidas por fuerza de la conquista militar y otras veces
los inkas durante su gobierno desde el siglo por la persuasión diplomática no exenta de
XIII hasta 1532? Aún es un misterio que la dones y regalos para los kuraka (jefes) de
arqueología debe revelar poco a poco. Pero los pueblos anexados. Pero ¿Cuándo pensa-
sí conocemos muchas construcciones fan- mos en un asentamiento inka debemos ima-
tásticas por su calidad, destreza arquitectó- ginarnos una ciudad abarrotada de cons-
nica y ubicación paisajística. En Catamarca trucciones, plazas y densas poblaciones?
no menos de cien sitios arqueológicos tie- No siempre. Las ciudades más populosas se
El SHINCAL DE QUIMIVIL, LOS COLORADOS Y QUILLAY. UNA VENTANA PARA CAPíTULO 12 137
ENTENDER EL MUNDO INKA EN LA REGIÓN CENTRAL DE CATAMARCA
138 CAPíTULO 12 El SHINCAL DE QUIMIVIL, LOS COLORADOS Y QUILLAY. UNA VENTANA PARA
Figura 1. Mapa actualizado de El Shincal de Quimivil.

Autores: M. Giovannetti y G. Corrado.
ubicaban en lo que se conoce como Andes

Centrales, mayormente Perú y luego Bolivia
y Ecuador. Las regiones más lejanas, como
aquellas que hoy se encuentran dentro de
territorio chileno o argentino, presentaban
poblaciones no tan densamente pobladas
aunque no exentas de complejidades. Por
ejemplo, previo a los inkas en Argentina
ya existían poblados como Quilmes o Tas-
til (Tucumán y Salta respectivamente) que
concentraban algunos miles de personas
viviendo aglomeradamente pero nunca al-
canzando los niveles demográficos de los
Andes Centrales. Y que sucedió con la lle-
gada de los Inkas. No comenzó una era de
grandes ciudades pero sí, indudablemente,
se transformó el paisaje andino del sur. Los
sitios Inka pueden clasificarse según su ta-
maño, ubicación paisajística, función e im-
portancia. Por ejemplo, existen los tanphu
(o tambos según reprodujeron los cronistas
españoles) que en lengua quechua signifi-
can paradas o postas para el descanso de
los viajeros que transitaban el qhapaq ñan o
camino del inka. Los arqueólogos usamos
estos apelativos para identificar sitios inka.
Pero aplicamos otros nombres a sitios de
mayor importancia que provienen de meras
generalizaciones. Es el caso de los “centros
administrativos”. Muchos sitios han sido
clasificados bajo este rótulo suponiéndose
que allí se administran prácticas conspicuas
de la cultura y organización inka. Pero po-
cas veces nos hemos preguntado que, es-
pecíficamente, es lo que se administra ¿la
economía? ¿La política? ¿La religión? ¿Todo
junto en un mismo lugar? Es momento de
que seamos críticos con estos rótulos para
no caer en estas generalizaciones originadas
desde una visión occidental del mundo e
intentar acercarnos mejor a otras miradas
que sean más representativas de los ojos an-
dinos. A través de nuestros estudios en El
Shincal de Quimivil pretendemos mostrar
como este imponente asentamiento inka en El Shincal de Quimivil,

Catamarca fue mucho más que un centro una capital ceremonial
administrativo Inka. Sin ser una ciudad en del Tawantinsuyu
términos estrictos nos invita a descubrir as-
pectos fascinantes y a la vez desconocidos Nuestros estudios desarrollados desde
del mundo espiritual de sus constructores. el año 2004 han dado cuenta de una buena
Nos habla de la integración del espacio y el cantidad de datos nuevos que se sumaron
tiempo, pachamama, en una arquitectura y a aquellos producidos desde la década del
paisajística sacralizadas, abundantes en seres `90 por Rodolfo Raffino y sus colaboradores.
humanos y no humanos que interactuaban Muchos de estos datos nos han servido para
permanentemente en un mundo complejo y nuestras interpretaciones mientras que otros
ancestral, heterogéneo y cambiante que fue han sido revisados, reforzados o reinterpre-
inevitablemente desarticulado y sometido tados a la luz de nuestras propias inferencias
con la llegada de los españoles. y evidencias. Es a partir de esto que propo-
nemos una lectura que va mucho más allá de
pensar a la instalación de El Shincal de Qui-
Figura 2. Reconstrucción 3D y plano del Complejo 20, un lugar de residencia y ritualidad de las elites. Autores: M. Giovannetti
y G. Corrado.
mivil como una residencia para las elites, un nes lejanos cuando el calendario ritual inka
centro administrativo y una representación de disponía celebraciones y ceremonias impor-
la arquitectura del poder. Fue, según nuestra tantes. El Shincal de Quimivil funcionaba de
óptica un espacio, especialmente preparado forma parecida pero en el otro extremo del
para la realización de enormes congregacio- mapa, en el Qollasuyu ¿Cuál es la evidencia
nes festivas cargadas de simbolismo sagrado, con la que contamos hasta el momento para
rituales, ceremonias y manifestaciones políti- proponer estas ideas? La más evidente, la
cas de poder. Este tipo de manifestaciones de arquitectura, tanto desde los tipos y magni-
la instalación inka en territorios conquistados tudes de los edificios construidos, como su
no es exclusiva de esta región. Existen otros disposición en el espacio. El Shincal de Qui-
ejemplos, algunos de mayor expresión, como mivil posee una de las plazas más grandes
el sitio Huánuco Pampa en la zona norte pe- conocidas en la región sureña, un cuadrado
ruana, uno de los asentamientos más impo- casi perfecto de más de 30600 m2 con entra-
nentes del Chinchaysuyu (sector norte de las das que marcan figuras en zig-zag, eviden-
cuatro divisiones del Tawantinsuyu). ciando la búsqueda de un especial cambio
Poseía cientos de construcciones y la plaza de estado al traspasar desde fuera hacia
abierta más grande conocida. Pero poca po- adentro y viceversa. Casi al centro del gran
blación vivía permanentemente allí. En cam- espacio abierto se ubica una plataforma
bio desbordaba de gente llegada desde rinco- ceremonial, llamada ushnu, de dos metros
de alto y 16 metros de longitud a cada uno perfecta dirección norte-sur que pareciera es-
de sus lados (Fig. 3B). Su entrada es prece- tablecer un espacio simbólico para acceder a
dida por una escalinata de nueve peldaños, la plaza y al mismo tiempo una línea de re-
un número simbólicamente importante en ferencia meridional desde donde medir con
la cosmología del espacio inka. La ubicación precisión los movimientos del sol a través de
es casi cardinal. En el interior de la platafor- la proyección de sus luces y sombras.
ma excavaciones de Raffino y otras recientes Dos cerritos bajos ubicados a este y oeste
nuestras han demostrado la preeminencia de de la plaza, jugaron un rol trascendental en
los ceremoniales y ritos donde se enterraban las prácticas rituales inka (Fig. 3 C y D). En
y quemaban distintos elementos, entre ellos ambos casos un admirable trabajo de cientos
comidas, objetos de cerámica, hueso y metal. de hombres culminó en ambas cimas apla-
También en una ocupación posterior a los nadas artificialmente con imponentes muros
inkas, donde los grupos diaguitas volvieron de contención a los costados y muy extensas
brevemente a este lugar, se realizaron ritos escalinatas para acceder a lo alto. En ambos
donde se enterraron fragmentos de objetos casos la idea de subir por el oeste es evidente
españoles, semillas y frutos de Castilla como ya que fue buscado ubicar ambas escaleras en
trigo, cebada y duraznos. Nosotros creemos esa dirección, al igual que en el ushnu. Los ce-
que el ushnu poseía varios emplazamientos rritos son diferentes comparados uno a uno.
donde se acumularon montículos de rodados El del este es piramidal con la escalinata recta
de río de tamaño relativamente chico. y ningún elemento destacable en la cima. El
En muchos ushnus se han encontrado pilas del oeste, en cambio, serpentea al subir, su
de piedra cuya función era recibir la chicha muro perimetral rodea todo el cerro y presen-
que era volcada por los gobernantes y sacer- ta varias rocas sagradas. Un conjunto de blo-
dotes, y permitiera que se infiltrara hacia la ques se muestran como las típicas rocas waka
tierra. Otro de estos libaderos (espacio para inka, veneradas por su propio poder y por su
libar, arrojar el líquido) ubicamos en el patio conexión con los antepasados. Están alinea-
del complejo 20, otro sector importante del das de manera que exponen eventos astronó-
sitio. micos como la salida del sol en el solsticio de
Dentro de la plaza se encuentra otro edifi- diciembre. Sobre el muro perimetral una roca
cio de importancia pública, la kallanka (Fig. mas pequeña fue tallada ovoidemente cons-
3A). Se trataba de elongados edificios de te- truyéndose una especie de altar adherido al
chos a dos aguas muy altos y empinados. Allí muro perimetral. A los pies de esta elevación
se producían reuniones importantes donde se ubica una pequeña representación de an-
se discutían cuestiones estatales y públicas denes de cultivo, posiblemente usado para
a la manera de asambleas pero fuertemente cultivar una cantidad reservada de productos
reglamentadas y disciplinadas, ya sea para la agrícolas especiales. Son atravesados por un
ubicación de los grupos en el espacio como canal estrecho que trae agua desde una ver-
de los turnos de oratoria. La chicha y la co- tiente a 2 km de distancia, atravesando el sitio
mida pasaban de mano en mano dado que e introduciéndose a la plaza por el oeste para
cualquier reunión política no podía estar seguir en dirección del ushnu. Las vertientes
exenta de la ingesta de alcohol como forma eran consideradas lugares especiales donde
de demostrar el comensalismo y la unión de brotaba la vida desde las entrañas de la mon-
los presentes. También se celebraban rituales taña.
y es probable que fuera usado como lugar de Ya por fuera de la plaza varias otras cons-
actividades diversas cuando no había fiestas. trucciones funcionaron como recintos templo
Una tercera construcción se destaca en la como por ejemplo el complejo 17. Una úni-
plaza, un portal de 69 metros de largo con ca habitación sin techo en el medio de otra
cuatro vanos. Se trata solo de una pared en estructura mayor de forma trapezoidal fun-
Figura 3. Sectores
de El Shincal de
Quimivil. A) Gran
kallanka dentro
de la plaza; B)
Entrada del ushnu;
C) Plaza, ushnu y
Cerro Aterrazado
Oriental al fondo;
D) Cerro Aterrazado
Occidental, vista
desde el oeste.
Se observan
al frente los
andenes de cultivo
ceremoniales.
Autores: M.
Giovannetti y
Camila Salama.
cionaba como espacio de culto para volcar rían en el sitio de forma permanente. Serían
líquidos a la tierra y compartir comidas con los custodios del lugar, sacerdotes y gober-
las deidades. Pero también en las inmedia- nantes todo parte de una elite inka que con-
ciones de la plaza se ubican la mayoría de las tarían también con un número importante
construcciones que sirvieron de habitación a de personas de menor rango que harían los
las doscientas o trescientas personas que vivi- trabajos cotidianos.
Sobre los cerros que rodean el sitio ubi- distancia. En la base se encuentra un sitio
camos cerca de setenta almacenes (qolqa) de Inka llamado Tambillo Viejo ya prospectado
forma circular preservándose en la actuali- por Raffino tiempo atrás.
dad las bases de piedra ya que por encima Estos indicios son de suma importancia
de la superficie se construían en barro las para evaluar el grado de integración de los
paredes y paja las techumbres. Esta canti- paisajes locales dentro de la cosmovisión
dad de almacenes qolqa se explica en fun- inka. Parte del control territorial consistía en
ción de la necesidad de almacenar cultivos dominar las fuerzas que emanaban de cada
para fabricar la chicha y cocinar las comidas geografía particular con sus correspondien-
consumidas en las fiestas. tes waka (espacios sagrados dotados de po-
deres) que podían materializarse como ro-
cas, montañas o ríos. Los arquitectos de El
La arquitectura y su Shincal no dejaron librada al azar la ubica-
orientación espacial, ción de los recintos, especialmente aquellos
un mapa de la con fuertes connotaciones religiosas.
cosmología inka
Hemos descubierto que el ushnu, no sola- La chicha

mente se muestra como la representación de y las fiestas inka
un escenario de ritos y ceremonias durante
los eventos importantes. Es al mismo tiem- En la antropología y la arqueología des-
po el eje espacial que marca alineamientos de hace tiempo se sabe que uno de los ele-
hacia puntos que seguramente jugaron un mentos más importantes en las festividades
rol fundamental en el paisaje sagrado. Co- llevadas adelante por diversas sociedades a
menzando por la entrada, su desviación lo largo del mundo era la ingesta de gran-
de 7º respecto de los ejes cardinales no es des cantidades de alcohol. En el mundo an-
casual. La entrada tiene una coincidencia dino la más valorada bebida alcohólica era
exacta con la dirección de uno de los picos la chicha de maíz, aunque no la única por
montañosos más altos de América, el monte supuesto. Por ejemplo, en nuestras latitudes
Pissis antiguamente conocido en quechua era muy famosa y preciada la aloja, bebida
como Pillan Huasi distante a poco más de preparada a base de algarroba fermentada.
150 km al oeste sobre la cordillera. Pero no Pero necesitamos exponer las evidencias
es la única línea importante. Hacia el sur tie- que nos permitieron conectar la práctica
ne exacta coincidencia con la Loma Larga, de beber alcohol en cantidades, como suele
un llamativo cerrito isla, que tiene evidencia darse en las fiestas, y lo sucedido en tiem-
muy antigua de ceremoniales, posiblemen- pos de los inkas en El Shincal de Quimivil.
te pre inkas. Una cueva Salamanca se ubica El primer elemento fue el hallazgo de una
sobre su base. sorprendente cantidad de fragmentos de
Las líneas diagonales que conectan cada botellones conocidos como aríbalos inka to-
esquina también tienen sus sorpresas. Aque- dos en un mismo sector que denominamos
lla NO-SE se dirige exactamente a la Piedra “zona de descarte”. Restos cerámicos de ta-
Raja, complejo especial para el agua como maños considerables pertenecientes a estos
veremos más adelante. La diagonal opuesta botellones de gran porte junto a otros más
NE-SO atraviesa un lugar paisajísticamente pequeños nos condujeron a la inferencia di-
especial, un cerro con una formación rocosa recta de un consumo masivo de bebidas al-
morfológicamente poco común dado que cohólicas cuyos recipientes luego eran arro-
presenta un gran bloque cuadrangular co- jados todos en un mismo lugar como una
ronando la cima aunque visible a mucha especie de ritual de cierre o abandono. No
Figura 4. Diferentes morteros múltiples cercanos a El Shincal. A) Conjunto Formas Raras; B) Conjunto Albá; C)
Conjunto EGP; D) Conjunto Piedra Volcada. Autores. M. Giovannetti, Gregoria Cochero y Josefina Spina.
es común encontrar estos contextos con tan y usados en época inka. La excavación a los
alta cantidad de aríbalos por lo que nuestra costados de dos de estas enormes rocas (uno
suposición de su uso en las fiestas multitu- llamado EGP con 61 agujeros y otro Ruinas
dinarias parecería bien encaminada. con 16) produjo evidencia de grandes fo-
Pero fue el hallazgo y estudio de los es- gones, muchas ollas para cocinar, restos de
pacios que funcionarían como las factorías aríbalos inka y una asombrosa cantidad de
de chicha lo que dio el golpe definitivo para desechos vegetales quemados, restos de la
sostener esta idea. Estos espacios singulares cocción de la chicha de algarroba y de maíz.
se relacionaban con el emplazamiento de Calculamos que en total podrían haber tra-
grandes rocas tapizadas de morteros comu- bajado más de 170 personas en simultáneo
nales. La chicha requiere, como paso previo lo que impone la perspectiva de una enorme
a su cocción, la molienda de los productos factoría para producir cientos de litros de
vegetales con los que se confecciona. Du- bebidas y grandes cantidades de comidas.
rante los años de investigación uno a uno Pero la evidencia ofreció información acerca
fueron descubriéndose 24 rocas con muchas de cómo se trabajaba preparando la chicha.
unidades de molienda que suman más de Creemos que se trataba de mujeres ya que
350 morteritos en total. Se los encuentra en se encontraron también objetos asociados
el mismo perímetro de las ruinas como has- a labores femeninas. Por ejemplo, la tarea
ta 3 km de distancia dispersos por todo el del hilado, identificándose contrapesos de
cono aluvial. Nuestros estudios demostra- husos confeccionados sobre cerámica local
ron que fueron contemporáneos, fabricados y otros del valle de Santa María. Agregamos
que, de por sí, es común en el mundo an- sonas, la mayoría mujeres, molerían muchos
dino que la molienda de granos sea un tra- vegetales diferentes, aunque predominante-
bajo femenino. Como cerca de los morteros mente maíz y vainas de algarroba. Cocina-
no existen residencias suponemos que a los rían el mismo en grandes ollas durante ho-
morteros se acudía a cumplir con el tributo ras y volcarían la bebida en recipientes para
en trabajo que exigía la ley inkaica ¿de que su almacenamiento y posterior servido.
se trataba esto? En palabras sencillas, la or-
ganización del trabajo durante el Tawantin-
suyu se conformaba de turnos rotativos que Piedra Raja, la
debía cumplir cada comunidad en diferentes combinación sagrada
labores como la agricultura, la producción Roca-Agua
de objetos (textiles, cerámica, bronce etc.) o
como proponemos nosotros, la preparación Las evidencias de la sacralidad del sitio
festiva. En este sentido es importante desta- El Shincal no se encuentran circunscritas al
car que no solo pudimos identificar restos perímetro de las ruinas actuales. Todo el
de la preparación de comidas y bebidas para cono aluvial del Quimivil presenta reliquias
las fiestas sino que también restos de comi- inkaicas e incluso anteriores dispersas por
da producto de la propia alimentación de una amplia zona que probablemente con-
los trabajadores mientras cumplían su turno formara todo un paisaje ritual. Una de estas
laboral. Las palomitas de maíz, pochoclo, es la denominada “Piedra Raja” (Fig. 5), un
fueron parte de esa dieta conjuntamente con complejo para el pasaje de agua de magni-
comidas que habrían incluido carne de ani- tudes sorprendentes donde se combinaron
males silvestres. También sabemos a partir la maestría en conocimientos arquitectóni-
del hallazgo de silbatos y boquillas de ins- cos, hidráulicos y la capacidad de movili-
trumentos musicales de viento que la música zación de mucha fuerza laboral. Se trata de
debe haber amenizado la monótona tarea de un canal tallado en la roca madre granítica
moler. Se conoce por las crónicas españolas de un pequeño cerrito a 3 km de El Shincal
que los turnos de trabajo eran acompañados en dirección SE. Su particularidad radica no
por momentos de danza y música como una solo en la perfecta forma rectangular que
forma de festejar la reunión social. dieron al conducto de aproximadamente
Sabemos entonces, a partir del estudio de un metro de espesor, sino que buscaron la
vestigios vegetales con técnicas que recu- distribución del agua a partir de la bifurca-
peran evidencia microscópica que se molió ción en tres direcciones cada una con cierta
maíz, algarroba, papa, poroto y algunos espectacularidad. El agua proviene desde el
otros elementos. Todo esto fue corroborado sector SO probablemente como resultado de
a su vez, por la evidencia arqueobotánica un intrincado sistemas de canales que irri-
macroscópica que añadió restos de chañar gaba todo el cono aluvial con aguas del río
y también granos de un tiempo histórico Quimivil. Desde esa dirección continuaba
posterior ya dentro de la conquista españo- en sentido NE culminando en una caída de
la. Sabemos que estos grandes morteros si- sólo un metro de altura. Lamentablemente
guieron usándose durante el período que los el actual campo de nogales ha dejado pocos
arqueólogos llamamos “Hispano-Indígena” vestigios más allá del canal tallado en la roca
porque se identificaron algunos granos de pero suponemos que la estructura se conti-
trigo, cebada e incluso un par de semillas de nuaría en canales cavados en la tierra y recu-
uva. Pero más importante fueron los morte- biertos en piedra.
ros durante el período inka donde en algu- Con las desviaciones perpendiculares rea-
nos momentos del año, concordando con las lizaron dos artilugios imponentes. Por un
fechas festivas un flujo permanente de per- lado para dirigir agua en dirección NO cons-
Figura 5. Complejo
Piedra Raja. A) Canal
tallado en la roca,
dirección SO-NE. Al
costado rampa de 45º;
B) Abertura pasadizo
sobre el cerro para el
pasaje de agua; C)
Pasadizo por dentro.
Autor: M. Giovannetti.
truyeron una rampa tallada en la roca de 45º plejo distribuidor de agua de riego para
de pendiente. Para el SE se expone el detalle abastecer campos agrícolas. Sabemos por
más espectacular. Abrieron una grieta en el otros sitios donde se usó el sistema de tallar
cerro mismo con paredes de 4 a 5 metros de la roca madre para la distribución de agua
alto a lo largo de casi 20 metros (Fig. 5 B y C). que este tipo de tecnología era usada. Pen-
En ese estrecho pasadizo de 30 a 40 centíme- samos, por ejemplo, en los extensos canales
tros, hacían fluir el agua posiblemente con agrícolas del valle de Iglesia en la provincia
un efecto sonoro imponente. Las paredes se de San Juan atribuidos a un período previo
encuentran perfectamente talladas y pulidas a los inkas y mejorado luego por estos Pero
dando un efecto de roca cortada industrial- luego verificamos que el espacio recortado
mente aunque sabemos que el trabajo se al cerro para realizar tan magníficos canales
hizo solo con cinceles de cuarzo, bronce y era mínimo comparado a los cientos de me-
pulidores de rodados de río. tros donde el problema de la distribución fue
Nuestros estudios nos llevaron a pensar solucionado sencillamente con menos inver-
en un comienzo que se trataba de un com- sión de esfuerzo a través de los canales en la
tierra tapizados con roca. El complejo Piedra lativamente amplias de sectores limpios de
Raja aparece como un punto único con “ex- rocas que perturbaran la tierra agrícola con
travagancias” para nada útiles pensando en algunos muros de contención y marcación.
la simple distribución del regadío. A partir Los segundos son los trabajos realizados
de aquí surgieron las ideas sobre su signi- sobre las laderas de empinadas pendientes
ficado especial que superara la utilización donde andenes tapizaban todo el espacio
agrícola que, por otra parte, no la descarta- (Fig. 6). Se construyeron mediante muros
mos. Es sabido que en la cosmovisión inka de contención de pirca rellenos con tierra
la montaña -y por ende su expresión menor, fértil buscando largas y angostas superficies
la roca- tiene un vínculo especial con el agua llanas que recorrieran la topografía de la
al ser ambas materializaciones de entidades montaña. Sabemos que se trata de un lugar
sagradas donde residen, y en muchos casos muy antiguo que se remonta hasta periodos
son en sí mismos, espíritus poderosos carga- formativos, es decir el comienzo de las pri-
dos de muchos poderes. El agua purifica y meras aldeas agrícolas pocos siglos antes de
la roca contiene y despierta la memoria an- la era cristiana. Siguió funcionando duran-
tigua, saberes y conocimientos ancestrales. te siglos y fue apropiado y expandido por
Los peregrinajes hacia lugares sagrados eran los inkas para que las poblaciones locales lo
interceptados por puntos especiales donde trabajaran como forma de pagar su tributo
el viajero purificaba su cuerpo a través del de trabajo. El producto agrícola se enviaba
agua, eran los llamados paqcha. Pensamos a los almacenes qolqa de El Shincal para ser
que la Piedra Raja pudo haber cumplido un consumidos en su mayoría en las reuniones
rol especial como punto de purificación an- festivas.
tes de llegar al sitio sagrado en cuestión, o
sea el Shincal para participar de las ceremo-
nias, ritos y las fiestas. Lo imponente de pre- Quillay, la alquimia
sencia a pocos kilómetros del sitio nos indica de transformar la roca
su vínculo con estas prácticas. en metal
El otro sitio importante que se encuentra

Los Colorados, los bajo la órbita de nuestro proyecto es Qui-
campos agrícolas llay. Un asentamiento pequeño en el valle
de Hualfín que no destaca por sus recintos
Otro sitio conectado con El Shincal de habitacionales sino por sus magníficos y
Quimivil a poco más de 16 kilómetros ha- únicos hornos de fundición mineral. Once
cia el NO es el enorme complejo agrícola recintos de piedra bocha (rodados de río)
de Los Colorados. Un camino antiguo con desplegados de una forma particular en
tramos de roca y señales rupestres conecta una línea norte-sur habrían sido habitacio-
ambos sitios, lo que demuestra el importan- nes de hospedaje de trabajadores del metal
te vínculo entre ambos lugares. Decíamos que fundían en decenas de hornos (hemos
previamente que para las masivas fiestas en ubicado una treintena por el momento), el
El Shincal se consumían grandes cantidades mineral cúprico atrapado en su roca natu-
de comidas y bebidas preparadas en base a ral. Posiblemente era traído de Andalgalá,
recursos cultivados. Pues entonces la ma- más al este. Los hornos presentan una fiso-
yor extensión de los campos agrícolas que nomía no conocida hasta el momento con
abastecían se encontraban aquí donde por dos cámaras, una inferior y otra superior
el momento hemos relevado más de tres- de importantes dimensiones conectadas por
cientas hectáreas de canchones y andenes agujeros comunicantes (Fig. 7). El mineral
de cultivo. Los primeros son extensiones re- molido se colocaba arriba mientras que aba-
Figura 6. Andenes de cultivo sobre la ladera en el sitio Los Colorados. A) Varios andenes uno por encima
de otro; B) Detalle de un muro de contención de un andén. Era común utilizar grandes rocas que se
encontraban previamente. Autores: M. Giovannetti y Gregoria Cochero.
Figura 7. Hornos de fundición metalúrgica de Quillay. A) Ejemplar excavado exponiendo ambas cámaras, superior e
inferior; B) Cámara superior de un ejemplar no excavado. Autora: Josefina Spina.
jo el gran fuego que alimentaba con calor. era deber de los hombres, los inkas, servir
También en la parte inferior se recibían las a todas estas entidades pidiendo, al mismo
chorreaduras de material fundido para ser tiempo que agradeciendo y devolviendo re-
colectado y extraído del horno. cíprocamente, buenaventura, favores o pro-
Este asentamiento formaba parte del com- tección. Sitios como El Shincal son la mate-
plejo de producción metalúrgica inkaica rialización espacial y arquitectónica de estas
aunque supieron aprovechar muy bien los prácticas que en general se realizaban ante
conocimientos especializados de las pobla- la presencia multitudinaria de contingentes
ciones locales que se encuentran entre los arribados desde muy lejos a participar de
más avanzados para su época. los ceremoniales. Las fiestas eran parte de
esto y el poder generoso de un Estado que
debía reciprocidad para quienes trabajaban
Conclusión. Un mundo por el mismo, se demostraba en todo su lujo
organizado de vínculos y esplendor. En Los Colorados toneladas de
sagrados, jerarquías y productos agrícolas se cosechaban para ir
demostración de poder. a parar a los almacenes qolqa de El Shincal.
Luego a su momento se trasladaban a los
Brevemente dimos un pantallazo de los moteros para producir la preciada chicha y
estudios que llevamos adelante en los si- los manjares que agasajarían a los invitados.
tios El Shincal de Quimivil, Los Colorados Sacerdotes y gobernantes oficiarían los ritos
y Quillay desde hace más de diez años. En desde el ushnu o los cerros aterrazados para
el primer caso se cuenta con varios años así dar continuidad a los ciclos del tejido so-
de investigaciones previas pero nuestras cial del Tawantinsuyu donde año tras año se
propuestas incorporan nuevos enfoques y renovaban los compromisos con los grupos
revisiones. Para Quillay los estudios eran locales conquistados, quienes a su vez paga-
demasiado superficiales por lo que se espera ban con su fuerza laboral como por ejemplo,
mucho más de este sitio que recién comienza en los hornos de Quillay, en la preparación
su época de investigaciones sistemáticas. Y de las fiestas o en las tierras agrícolas de Los
finalmente para Los Colorados es un pano- Colorados. Y así se reproducía la esencia del
rama nuevo con estudios de base ¿Qué he- Tawantinsuyu.
mos podido establecer con nuestras investi-
gaciones? En primer lugar siguiendo la idea
ya propuesta por Raffino, Farrington y A. R. Lecturas sugeridas
González se corrobora permanentemente la
importancia del El Shincal de Quimivil den- Farrington, I. 1999. El Shincal: un Cusco del Ko-
tro del esquema sociopolítico del Tawantin- llasuyu. En Diez Marín, C. (Ed.) Actas del
suyu en su expansión conquistadora. Pero XII Congreso Nacional de Arqueología Ar-
aparte de esto se nos presentan los vestigios gentina. Tomo I. Pp: 53-62. La Plata.
de un complejo mundo que muchas veces Giovannetti, M., Cochero C. , Espósito P. y
Spina, J. 2010. Excavación y análisis de un
nos es difícil comprender en muchos aspec-
mortero múltiple a través de la diversidad
tos. Un mundo de poder político y guerrero,
de su registro y su relación con la eviden-
de jerarquías sociales bien marcadas y de cia cerámica. En Bárcena y Chiavazza (Eds.)
contingentes laborales trasladados de aquí Arqueología Argentina en el bicentenario
para allá conviviendo con toda clase de seres, de la Revolución de Mayo. FFyL , UNCu–
para nosotros sobrenaturales, dentro de una INCIHUSA. Pp: 163-168. Mendoza.
naturaleza cargada de vida en las rocas, los Giovannetti, M. y Raffino, R. 2011. Piedra Raja.
ríos, las montañas y los bosques. Ese mun- La arquitectura hidráulica inka de escala
do se encontraba en permanente conexión y monumental en El Shincal de Quimivil. Es-
tudios Atacameños nro. 42:33-52. Lynch, J., Giovannetti, M. y Páez, M. 2013. Ush-
Giovannetti M., Spina J., Cochero G., Corrado nus of the Inca provincial region: An analy-
G., Aljanati L., Valderrama M. 2012. Nuevos sis of two ceremonial platforms from Inca
estudios en el sector “Casa del Kuraka” del sites in Catamarca (Argentina). Journal of
sitio El Shincal de Quimivil (Dpto. Belen, Anthropological Archaeology. 32:97-108.
prov. Catamarca, Argentina). Revista Inka Elsevier.
Llaqta Nro. 3: 161-190. Raffino, R. 2004. El Shincal de Quimivil. Edi-
Giovannetti, M; Spina J; Páez M. C; Cochero torial Sarquís. San Fernando del Valle de
G; Rossi A. y Espósito P. 2013. En busca de Catamarca.
las festividades del Tawantinsuyu. Análisis Raffino, R. 2007. Poblaciones Indígenas en Ar-
de los tiestos de un sector de descarte de El gentina. Urbanismo y proceso social preco-
Shincal de Quimivil. Intersecciones en An- lombino. Emecé Editores. Buenos Aires.
tropología 14: 67-82. Pino Matos, J. 2013. El ushnu de Huánuco Pam-
González, A. R. 1966. Las Ruinas del Shincal. pa: una plataforma ceremonial Inca como
Primer Congreso de Historia de Catamarca. lugar de libaciones y eje de planificación de
Tomo Tercero. Junta de Estudios Históricas un centro administrativo religioso en los
de Catamarca. Pp: 15-28. Catamarca. Andes Centrales. Arqueología y Sociedad
Nº 26: 249-264.

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ARQUEOLOGÍA Y PALEONTOLOGÍA

--------- COORDINACION GENERAL --------

Lic. Rita del Valle Rodríguez

--------- EDITOR Y COMPILADOR-----------

Lic. Mónica Alejandra López

Mgter. Sergio Antonio Alvarez

119 C A P ÍT U L O 10. D E VALLES, C U M B R E S Y Y U N G A S IN V E S T IG A C IO N E S

127 C A P ÍT U L O 11. LA V ID A EN EL VALLE D E H U A L F ÍN , C A T A M A R C A , A N TE S

137 C A P Í T U L O 12. El S H IN C A L D E Q U IM IV IL , L O S C O L O R A D O S Y QUILLAY.

153 C A P Í T U L O 13. A R Q U E O L O G ÍA E H IS T O R IA D E L O S PA ISA JE S

177 C A P Í T U L O 15. A R Q U E O L O G IA D EL VALLE D EL B O L S Ó N

199 C A P Í T U L O 17. IN V E S T IG A C IO N E S A R Q U E O L Ó G IC A S EN EL VALLE DE

237 C A P ÍT U L O 20. LO N D R ES... P A SA D O Y PRESENTE: C O N S T R U Y E N D O EL

269 C A P Í T U L O 23. LA T U N IT A . C O L O R Y R IT U A L ID A D EN LAS CUEVAS DE

281 IN T R O D U C C IO N A LA PA L EO N T O L O G IA DE CATAM ARCA.

283 C A P Í T U L O 24. TR A S LO S PA SO S DE CABRERA

12 PARA ENTENDER EL MUNDO INKA EN

CONICET. 2FCNyM (UNLP). 3Dirección de Vialidad de la prov. de Bs. As.

Exponemos en este artículo nuestras interpretaciones surgidas de

Introducción nen que ver con las transformaciones que

Figura 1. Mapa actualizado de El Shincal de Quimivil.

ubicaban en lo que se conoce como Andes

como este imponente asentamiento inka en El Shincal de Quimivil,

Hemos descubierto que el ushnu, no sola- La chicha

El otro sitio importante que se encuentra

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