Sunteți pe pagina 1din 127

ATENÇÃO PROFESSOR

Esta apostila está editada em arquivo PDF de BAIXA RESOLUÇÃO, isto é, as


figuras, imagens, fotos e grafismos foram transformados para 72 pixel por polegada e
isto significa que o impresso decorrente dele não terá qualidade mínima de
leitura, além da consequente deterioração da imagem do SENAI aos nossos alunos,
professores e clientela em geral.
O arquivo está protegido para que não possa ser impresso, copiadas partes dele,
modificado parcial ou por completo. Porém, sabemos que há programas que podem
destravar essa segurança. Não o destrave, há neste site, em CONTEÚDO, arquivo da
apostila completa com alta resolução para uma boa impressão, também dos capítulos
individualmente em PDF e em DOC para novas edições ou organização de novos
materiais didáticos.
Se isto não lhe convier, contate-nos para avaliarmos suas necessidades.

MEIOS EDUCACIONAIS
da GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO, da DIRETORIA TÉCNICA, do SENAI-SP.
Alameda Barão de Limeira, 539
Fone (11)3273-5072
meiosedu@sp.senai.br
Célio Torrecilha
Gilvan Lima Da Silva
Eletroeletrônica
Instrumentação e sensores
Instrumentação e sensores

© SENAI-SP, 2009

2a edição.

Avaliação dos capítulos assinalados no cabeçalho da primeira página do capítulo por Comitê Técnico. O
crédito aos avaliadores encontra-se na última página do capítulo.

Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva

1a edição, 2005.

Trabalho organizado e atualizado a partir de conteúdos extraídos da Intranet por Meios Educacionais da
Gerência de Educação e CFPs 1.01, 1.13, 1.18, 2.01, 3.02, 6.02 e 6.03 da Diretoria Técnica do SENAI-SP.

Coordenação Airton Almeida de Moraes


Seleção de conteúdos Vanderlei Meireles
Elaboração de ensaios Vanderlei Meireles
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César
São Paulo – SP
CEP 01311-923

Telefone (0XX11) 3146-7000


Telefax (0XX11) 3146-7230
SENAI on-line 0800-55-1000

E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
Instrumentação e sensores

Sumário

Unidade I: Teoria
Instrumentos de medidas elétricas 7
Sistema de construção 8
Multímetros 13
Multímetros 13
Multímetro digital 14
Multímetro analógico 16
Medição de resistência elétrica 17
Megôhmetro 21
Funcionamento 22
Resistência de isolação 23
Regra para instalações elétricas 24
Regra para máquinas 24
Regra para transformadores 26
Medição do cabo 28
Ponte wheatstone 31
Medição de condutores sólidos 33
Medição de condutores líquidos 34
Dicas de uso 35
Precauções para o uso da ponte de Wheatstone 35
Wattímetro 37
Sistema para carga equilibrada 40
Sistema para medição com um wattímetro monofásico em carga trifásica
equilibrada, com neutro acessível 40
Sistema para medição com um wattímetro monofásico com reator para ponto
neutro artificial 41
Sistema para medição com wattímetro trifásico de dois sistemas 41
Sistema para medição com carga equilibrada ou não, utilizando-se dois
wattímetros monofásicos 41
Sistema de medidas trifásico com cargas equilibradas ou não utilizando-se
dois wattímetros monofásicos 42
SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Fasímetros 43
Medições elétricas 47
Sensoriamento 53
Exemplos de aplicações 53
Sistema de controle 56
Malha fechada e malha aberta 57
Sensores e aplicações industriais de alta tecnologia 57
Sensores analógicos e digitais 58
Sensores e segurança no trabalho 59
Tipos de sensores 60
Sensores 67
Sensores de proximidade 67
Distância de comutação efetiva 69
Configuração elétrica de alimentação e saídas dos sensores 69
Sensor fotoelétrico com fibra ótica 77
Sensores "Pick up" 79
Aplicações dos sensores 80
Sensores fotoelétricos 83
Sensores de temperatura 93
Aplicações dos termistores 95
Sensores de posição 97
Encoder rotativo incremental 98
Encoder Absoluto 100
Encoder Linear 102
Resolveres 103

Unidade II: Ensaios


Verificar o funcionamento de instrumento ferro móvel 107
Verificar o funcionamento de instrumento de bobina móvel 109
Verificar o funcionamento de instrumento eletrodinâmico 113
Verificar o funcionamento de instrumentos especiais 117
Ligar sensores indutivos 119
Ligar sensores capacitivos 121
Ligar sensores ópticos 123
Referências 125

SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Instrumentos de
medidas elétricas

O amperímetro, o voltímetro e o ohmímetro são instrumentos para medidas elétricas de


uso freqüente nas atividades do eletricista de manutenção. Observe, nas figuras, as
características de cada um desses instrumentos.

Amperímetro
O amperímetro serve para medir a intensidade da corrente elétrica. Esse amperímetro
registra correntes superiores a 1 ampère. As divisões de escala são heterogêneas; é
um instrumento do sistema ferro móvel. É indicado para trabalhos normais, de menor
precisão de medidas.

Voltímetro
O voltímetro serve para medir a tensão elétrica. Nesse voltímetro, as divisões da
escala são homogêneas, do início ao fim, com deslocamento linear proporcional; é um
instrumento do sistema bobina móvel.

SENAI-SP – INTRANET 7
CT079-09
Instrumentação e sensores

É indicado para trabalhos de laboratório, com grande precisão. Possui um espelho,


logo após a escala graduada, para evitar erros do efeito de paralaxe.

Ohmímetro
O ohmímetro serve para medir resistência elétrica. As divisões da escala são
heterogêneas: as distâncias aumentam até o centro da escala, depois diminuem até se
concentrar no final; é um instrumento do sistema bobinas cruzadas.

Escalas
Além da escala principal, os painéis desses instrumentos indicam, por meio de
símbolos, outras informações importantes. Observe, no painel do wattímetro, por
exemplo, a localização desses outros símbolos. Em alguns instrumentos essa ordem
poderá estar alterada.

Veja a seguir o que significa cada símbolo.

Sistema de construção

Neste espaço é indicado o símbolo do princípio pelo qual foi construído o instrumento.

8 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Os princípios podem ser como se vê a seguir.

1. Corrente
Neste espaço é indicada a precisão do instrumento conforme o uso, ou seja,
instrumentos de serviço para fins normais e instrumentos de precisão para laboratório;
é indicado também para o tipo de corrente do instrumento.

Os tipos de corrente são indicados assim:

Acompanhe este exemplo. Uma medição de tensão indica 120 volts em um voltímetro
de serviço de classe de precisão de 1,5, cuja escala graduada é de 0-300V. O campo
de variação desta tensão será:

300 . 1,5 450


4,5V
100 100
SENAI-SP – INTRANET 9
CT079-09
Instrumentação e sensores

A tensão será de 120V r 4,5V, ou seja, poderá variar de 115,5V a 124,5V.

Você poderá encontrar outros símbolos para representar o tipo de corrente:


AC - para corrente alternada
DC - para corrente contínua
- - - - para ambas as correntes.

2. Posição
Neste espaço é indicada a posição adequada ao funcionamento do instrumento.

Um aparelho pode funcionar nas seguintes posições:

x Posição vertical

x Posição reclinada

x Posição horizontal

10 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

3. Tensão
Neste espaço é indicada a tensão de isolação do instrumento, isto é, a tensão máxima
em que pode ser operado o instrumento sem pôr em risco o operador e o próprio
instrumento.

A seleção do instrumento está relacionada ao tipo de serviço a ser realizado. O


dimensionamento das escalas depende da grandeza que se quer medir. Selecione
sempre da maior para a menor, evitando trabalhar com as extremidades das escalas,
onde a precisão é menor.

Preste muita atenção às conexões próprias de cada instrumento; acostuma-se a


sempre conferir as ligações, os níveis de tensão e os possíveis retornos dos circuitos,
para não pôr em risco pessoas e instrumentos.

Conservação
x Evite choques mecânicos; não deixe os instrumentos junto a outras ferramentas;
x Devem ser guardados em armários próprios. Longe do calor e umidade.
x Todas as recomendações técnicas, dadas através de simbologia impressa em suas
escalas, devem ser seguidas, para se obter a precisão das medidas.

SENAI-SP – INTRANET 11
CT079-09
Instrumentação e sensores

12 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Multímetros

Estudando os capítulos anteriores, você aprendeu o que é corrente, o que é tensão e o


que é resistência. Por isso, você já sabe que corrente, tensão e resistência são
grandezas elétricas e que, como tal, podem ser medidas.

Existem vários instrumentos para medições dessas grandezas elétricas mas, neste
capítulo, estudaremos apenas o multímetro digital e o volt-amperímetro alicate.

Multímetros

O multímetro digital e o volt-amperímetro alicate são instrumentos dotados de


múltiplas funções: com eles é possível fazer medições de tensão, corrente,
resistência. Com alguns de seus modelos pode-se, também, testar componentes
eletrônicos, e até mesmo medir outros tipos de grandezas.

A figura que segue, ilustra um modelo de multímetro digital e um modelo de volt-


amperímetro alicate digital.

SENAI-SP – INTRANET 13
CT079-09
Instrumentação e sensores

Multímetro digital

Com a utilização do multímetro digital, a leitura dos valores observados é de fácil


execução, pois eles aparecem no visor digital, sem a necessidade de interpretação de
valores como ocorre com os instrumentos analógicos, ou seja, que têm um mostrador
com um ponteiro.

Antes de se efetuar qualquer medição, deve-se ajustar o seletor de funções na função


correta, isto é, na grandeza a ser medida (tensão, ou corrente, ou resistência) e a
escala no valor superior ao ponto observado. Quando não se tem idéia do valor a ser
medido, inicia-se pela escala de maior valor, e de acordo com o valor observado,
diminui-se a escala até um valor ideal.

Observação
Nunca se deve mudar de escala ou função quando o instrumento de medição estiver
conectado a um circuito ligado, porque isso poderá causar a queima do instrumento.
Para a mudança de escala, deve-se desligar antes o circuito. Para a mudança de
função, deve-se desligar o circuito, desligar as pontas de prova, e selecionar a função
e escala apropriadas antes da ligação e conexão das pontas de prova no circuito.

14 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Para a medição de tensão elétrica, as pontas de prova do instrumento devem ser


conectadas aos pontos a serem medidos, ou seja, em paralelo.

pilha

Nas medições da corrente elétrica, o circuito deve ser interrompido e o instrumento


inserido nesta parte do circuito, para que os elétrons que estão circulando por ele
passem também pelo instrumento e este possa informar o valor dessa corrente. Desse
modo, o instrumento deve ser ligado em série com o circuito.

50

Para a medição de resistência elétrica, o resistor desconhecido deve estar


desconectado do circuito. Se isto não for feito, o valor encontrado não será verdadeiro,
pois o restante do circuito funcionará como uma resistência. Além disso, se o circuito
estiver energizado poderá ocorrer a queima do instrumento.

SENAI-SP – INTRANET 15
CT079-09
Instrumentação e sensores

Multímetro analógico

O multímetro analógico é um instrumento dotado de múltiplas funções: com ele é


possível fazer medições de tensão, corrente, resistência. Com alguns modelos de
multímetros pode-se, também, medir outros tipos de grandezas e até mesmo testar
componentes eletrônicos.

A figura que segue ilustra alguns modelos de multímetros analógicos.

O multímetro analógico normalmente é composto por escalas graduadas de leitura,


ponteiro, parafuso de ajuste do ponteiro, chave seletora de função, bornes de
conexões, escalas das funções e botão de ajuste de zero ohm.

16 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Antes de efetuar qualquer medição, deve-se ajustar a chave seletora de funções na


função correta, ou seja, na grandeza a ser medida seja ela tensão, corrente ou
resistência. Ajusta-se, também, a escala de função, no valor superior ao ponto
observado. Quando não se tem idéia do valor a ser medido, inicia-se pela escala de
maior valor e, de acordo com o valor observado, diminui-se a escala até um valor ideal.

Nunca se deve mudar a chave seletora de funções quando o multímetro estiver


conectado a um circuito ligado, porque isso poderá causar danos ao instrumento. Para
a mudança da chave seletora, deve-se desligar o circuito, retirar as pontas de prova, e
selecionar a função e escala apropriadas antes da ligação e conexão das pontas de
prova no circuito.

Medição de resistência elétrica

Para a medição de resistência elétrica, o resistor desconhecido deve estar


desconectado do circuito. Se isto não for feito, o valor encontrado não será verdadeiro,
pois o restante do circuito funcionará como uma resistência. Além disso, se o circuito
estiver energizado poderão ocorrer danos no instrumento.

Antes de efetuar qualquer medição de resistência elétrica, o ponteiro deve ser ajustado
através do botão de ajuste de zero.

Para fazer o ajuste do zero, a chave seletora deve estar na função resistência e na
escala apropriada (x1,x10 ,x1 k ou x10 k). As pontas de prova devem ser curto-
circuitadas e o ponteiro ajustado no valor 0 :, por meio do botão de ajuste do zero.
Para cada escala selecionada deve-se fazer o ajuste de zero.

SENAI-SP – INTRANET 17
CT079-09
Instrumentação e sensores

O instrumento possui várias escalas graduadas de indicação. Normalmente apenas


uma escala é de indicação de valores de resistência, e se posiciona acima de todas
escalas de leitura.

Para medir uma resistência, deve-se selecionar na escala de funções uma das quatro
escalas sugeridas; x1, x10, x1K, ou x10K.

Ao selecionar a escala x1, o valor indicado pelo ponteiro é, exatamente, o valor da


resistência em medição. Se a chave seletora estiver na escala x100, o valor indicado
deve ser multiplicado por 100, e o mesmo ocorre com as escalas x1K e x10K, ou seja,
multiplica-se o valor indicado por 1000 e 10000.

Medições de corrente e tensão


Para medições de corrente e tensão, deve-se observar a equivalência entre a escala
selecionada no seletor de funções com a escala de leitura. Para cada escala
selecionada no seletor de funções, a leitura deve ser feita em uma determinada escala
graduada de leitura.

Por exemplo, se a chave seletora está posicionada na função AC V (medição de


tensão alternada), ao se efetuar a medição de uma tensão elétrica alternada na escala
de valor 12, a escala de leitura a ser observada será aquela que tem como indicação
máxima 12 AC.
18 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Para medições de tensões, as pontas de prova devem ser conectadas em paralelo


com o ponto em análise e, para medições de corrente, em série com o circuito.

Antes de utilizar qualquer instrumento de medição, é necessário consultar o manual do


instrumento, no qual são descritas particularidades e formas de utilização, pois de um
instrumento para outro ocorrem diferenças significativas.

Volt-amperímetro alicate
Para a medição de tensão e resistência com o
volt-amperímetro alicate deve-se seguir os
mesmos procedimentos empregados na
utilização do multímetro.

SENAI-SP – INTRANET 19
CT079-09
Instrumentação e sensores

Na medição de corrente elétrica, o manuseio do volt-amperímetro alicate difere do


manuseio do multímetro, pois com ele não é necessário interromper o circuito para
colocá-lo em série. Basta abraçar o condutor a ser medido com a garra do alicate.

condutor

O volt-amperímetro alicate é indispensável em instalações industriais, para medições


da corrente elétrica de motores, transformadores, cabos alimentadores de painéis. No
entanto, com este instrumento só é possível medir corrente elétrica alternada, pois seu
funcionamento se baseia no princípio da indução eletromagnética.

Antes de utilizar qualquer instrumento de medida, é necessário que se consulte o


manual do instrumento, no qual são descritas particularidades e formas de utilização,
pois de um instrumento para outro ocorrem diferenças significativas.

20 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Megôhmetro

O megôhmetro é um instrumento portátil utilizado para medir a resistência de isolação


das instalações elétricas, motores, geradores, transformadores.

Ele é constituído basicamente por um instrumento de medição, com a escala graduada


em megohms e um pequeno gerador de corrente contínua girado por meio de uma
manivela.

Na parte externa, possui dois bornes de conexão e um botão para ajustar o instrumen-
to no momento de se efetuar a medição.

Veja nas figuras abaixo alguns modelos de megôhmetro.

Existem megôhmetros sem esse botão, nos quais a tensão do gerador se mantém
constante, independentemente da velocidade do giro da manivela.

Na parte interna, o megôhmetro possui os seguintes componentes:


x A - galvanômetro com bobinas cruzadas;
x B e B1 - bobinas móveis cruzadas;
x C - gerador manual de CC de 500 ou 1.000V

SENAI-SP – INTRANET 21
CT079-09
Instrumentação e sensores

x D - regulador de tensão;
x E - ponteiro
x F - Escala graduada
x L e T - bornes para conexões externas
x R e R1 - resistores de amortecimento

Os megôhmetros são construídos com diferentes faixas de medição e um gerador de


tensão com o valor adequado a cada aplicação. Os mais comuns são os que permitem
medir até 50 megohms com uma tensão de 500V.

Quando a instalação elétrica ou o aparelho que se está testando destina-se a trabalhar


com alta tensão, deve-se utilizar megôhmetros de maior alcance, de 1.000 ou 10.000
megohms, cujo gerador proporciona uma tensão de 2.500 ou 5.000V.

Funcionamento

O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio eletrodinâmico com bobinas


cruzadas, tendo como pólo fixo um ímã permanente e, como pólos móveis, as bobinas
B e B1.

22 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Quando a manivela do gerador de CC (componente C) é girada, obtém-se uma tensão


de valor variável de acordo com a velocidade que esteja sendo imprimida à manivela.

Essa tensão é enviada ao regulador de tensão D, que a estabiliza em 500 V, sendo


enviada em seguida aos bornes L e T.

Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente somente pela bo-


bina B, que, por sua vez, receberá tensão através do resistor de amortecimento R.

O campo magnético criado pela bobina (B) provocará um deslocamento do conjunto de


bobinas móveis, levando o ponteiro E para o ponto "infinito" da escala graduada F.

Resistência de isolação

A resistência de isolação é medida pelos megôhmetros e existem vários fatores que


interferem na medição a saber:
x Temperatura ambiente e da máquina;
x Tipo de construção, potência e tensão;
x Umidade do ar e do meio envolvente;
x Condições da máquina, ou seja, se é nova, recuperada, estocada;
x Qualidade dos materiais usados e seus estados.

Em virtude desses fatores, é difícil formular regras fixas para se determinar com preci-
são o valor da resistência de isolação para cada máquina. Por isso, é necessário usar
o bom senso baseado em experiências e anotações anteriores.

SENAI-SP – INTRANET 23
CT079-09
Instrumentação e sensores

Há, em todo caso, algumas regras que podem ser utilizadas e que são descritas a se-
guir.

Regra para instalações elétricas

O Instituto Americano dos Engenheiros Eletricistas (AIEE) sugere que a resistência de


isolação seja calculada pela fórmula:

Tensão de funcioname nto da máquina


Resistência de isolação (em M:).
1.000

Com esta fórmula deduz-se que para cada volt deveremos ter 1.000: de isolação,
admitindo porém que as resistências de isolação para circuitos, mesmo quando cal-
culadas, não podem ser menores que 1M:, devido a problemas de corrente de fu-
ga.

Mínimo exigido entre a parte


Tensão Calculado
ativa e a carcaça
220V 0,2M: 1M:
440V 0,4M: 1M:
550V 0,5M: 1M:
1.000V 1M: 1M:

Este sistema, embora muito aceito, fica restrito a instalações elétricas, pois deixa a
desejar em termos de precisão técnica.

Regra para máquinas

Esta regra, muito utilizada para máquinas rotativas, precisa de uma resistência de iso-
lação para máquina limpa e seca, numa temperatura de 40q C, quando for aplicada a
tensão de ensaio (do megôhmetro) durante um minuto.

Assim, Rm = En + 1

Nessa igualdade Rm é a resistência de isolação mínima recomendada em M: com


enrolamento a 40qC, e En é a tensão nominal da máquina (enrolamento em kV).

24 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Observações
x Quando a medição for feita a temperatura diferente de 40qC, será necessário corri-
gir o seu valor através da fórmula R40qC = Rt ˜ Kt40qC, para satisfazer o valor de
Rm. Veja a curva no gráfico a seguir.

SENAI-SP – INTRANET 25
CT079-09
Instrumentação e sensores

x Quando não se dispõe dessa curva, pode-se fazer o levantamento de uma nova
curva para que sejam estabelecidos parâmetros específicos para determinada má-
quina.
x A cada 10qC de temperatura diminuída no enrolamento, resistência de isolação
praticamente dobra.
x Máquinas novas poderão fornecer valores de resistência de isolação menores que
as mais antigas, devido a secagens incompletas dos solventes dos vernizes.
x Quedas bruscas na resistência de isolação indicam que o sistema está comprome-
tido. Se a resistência medida, após a correção, for menor que a indicada pela fór-
mula e tabela, é indício de que esse motor deverá ser submetido a um processo de
recuperação do sistema de isolação.

Regra para transformadores

Transformador parado Transformador em funcionamento


30 En En
Risol = Risol =
kVA kVA
30qC f 80qC f

Risol = Resistência de isolação, em megohms e a 30q C;


30 = Constante quando a temperatura for de 30q C;
kVA = Potência aparente;
f = Freqüência, em Hz;
En = Tensão nominal em kV - primária/secundária.

Exemplo
Num transformador de 10 kVA – 3.200/220V - 60Hz, quais devem ser suas resistências
de isolação?
a. Com temperatura a 30q C:
30 Enp 30 ˜ 3,2 96
Risol = 240M:
kVA 10 0,4
f 60

30 Ens 30 ˜ 0,22 6,6


Risol = 16,5M:
kVA 10 0,4
f 60

26 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

b. Com temperatura a 80q C:


Enp 3,2 3,2
Risol = 8M:
kVA 10 0,4
f 60

Enp 0,22 0,22


Risol = 0,55M:
kVA 10 0,4
f 60

Observações
x Corrente de fuga é a corrente que, por deficiência do meio isolante, flui à terra.
x Com o aumento de temperatura, a resistência de isolação diminui.
x As medições com o megôhmetro devem ser feitas tomando-se medida durante 1
minuto.
x Essas regras são gerais. Para casos específicos, consulte as normas específicas
da ABTN.

Teste de isolação com o megôhmetro


x Verifique se o equipamento a ser testado encontra-se totalmente desligado de fon-
tes de energia elétrica.
x Ligue, por meio de um condutor, o borne T do instrumento à massa do aparelho
sob teste.
x Ligue o borne L a um dos extremos do circuito que se deseja testar.
x Acione a manivela e faça a leitura.

Teste de isolação entre os enrolamentos e a carcaça de um motor.

SENAI-SP – INTRANET 27
CT079-09
Instrumentação e sensores

Medição da isolação entre tanque e secundário de um transformador.

Medição da isolação entre tanque e primário de


um transformador.

x Se a resistência de isolação for muito eleva-


da é conveniente que as conexões L e T se-
jam feitas com condutores separados e sufi-
cientemente isolados.

Medição de cabo

Quando, na medição de um cabo, a isolação está muito próxima da proteção metálica,


é preciso eliminar as correntes superficiais que provocam erros na medição. Isso é
conseguido conectando-se o borne G do aparelho à capa isolante.

Observe as figuras a seguir.

Isolação entre os enrolamentos da fase 2 e da fase 3.

28 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Isolação do cabo entre os condutores 1 e 2 e a massa.

Isolação do cabo entre o condutor e a massa.

Isolação do cabo entre o condutor 1 e seus demais elementos.

Isolação do cabo entre os condutores 1, 2 e 3 e a massa.

SENAI-SP – INTRANET 29
CT079-09
Instrumentação e sensores

30 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Ponte wheatstone

A ponte de Wheatstone é um instrumento usado na medição da resistência dos


condutores quando se faz necessário grande precisão de medidas.

O princípio de funcionamento está baseado no circuito apresentado abaixo.

Para os elementos do circuito, quando o galvanômetro indica ser nula a diferença de


potencial entre os pontos “c” e "d", isto é, o ponteiro do galvanômetro está no zero,
Ra
vale a seguinte equação: Rx Rp
Rb

SENAI-SP – INTRANET 31
CT079-09
Instrumentação e sensores

Observe na figura a seguir um modelo com chaves seletoras para vários campos de
medição.

1. Terminais para medida x


2. Ajuste do zero do galvanômetro

3. Galvanômetro
4. Controle do galvanômetro

5. Entrada para uso de tensão externa


6. Tomada para fones de ouvido
7. Dial ou mostrador

8. Seletor de escalas

Veja, agora, o diagrama esquemático da ponte.

O modelo apresentado é o R1, um modelo portátil completo.

Os componentes, o indicador do galvanômetro e a bateria de 4,5V estão contidos em


uma única caixa de plástico moldado.

Esse modelo R1 pode ser provido com conexão para cigarra de 800Hz e adaptador
para fones.

32 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Para substituir a bateria, remova o parafuso do fundo da caixa, retire a bateria e


coloque uma nova, observando o sinal +. Para um perfeito contato elétrico, examine se
os contatos estão corretamente encaixados,.

É possível, também, utilizar bateria externa com tensão de 4 a 6V, mas nunca superior
a 8V.

Caso seja necessário, observe os sinais de polaridade, na parte externa, na lateral


esquerda do aparelho.

Medição de condutores sólidos

1. Ajuste o galvanômetro no parafuso 2, se necessário, fechando os contatos x com


cabo de ligação.

2. Conecte a resistência desconhecida nos terminais x.

3. Ajuste suavemente o dial na posição da escala; parta sempre do ponto 3 da escala A.

4. Pressione a chave do galvanômetro; o equilíbrio é conseguido girando-se o dial


para a esquerda ou direita.
x Se o equilíbrio for conseguido na extremidade da escala A, selecione outra
escala B.
x O valor da resistência x será calculado pela fórmula x = A.B.

SENAI-SP – INTRANET 33
CT079-09
Instrumentação e sensores

x Quando não for possível a correção de x diretamente, sempre será necessário


deduzir o valor da resistência da linha.

Medição de condutores líquidos

1. Ajuste o galvanômetro no parafuso 2, fechando os contatos x com cabos de


ligação, se necessário.

2. Conecte a resistência desconhecida nos terminais x com a célula da


condutibilidade.

3. Ajuste o alcance da chave seletora B para corresponder aproximadamente à


magnitude do valor esperado para resistência x.

4. Ajuste suavemente o dial na posição da escala, partindo sempre do ponto 3 da


escala A.

5. Ajuste a chave para cigarra girando suavemente o parafuso 7 até conseguir nos
fones um som puro.
x O equilíbrio é obtido girando-se o dial; a tonalidade dos fones de ouvido deve
desaparecer ou se reduzir para o mínimo.
x Se não estiver usando o galvanômetro, não ligue a sua chave. O valor da
resistência x é calculado pela formula: x = A ˜ B.
x Nunca use este aparelho em rede energizada.

34 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Dicas de uso

É importante que conhecer essas dicas que o auxiliarão no uso de ponte de


Wheatstone.
x Nas medições de resistência em bobinados a uma temperatura t pode-se converter
a medida para uma temperatura t 2 empregando-se a fórmula:
K t2
R = ˜ R1
K  t1
x R1 = Resistência medida à temperatura t1, em graus Celsius;
x R2 = Resistência medida à temperatura t2, em graus Celsius;
x K = Constante para cobre eletrolítico 234,5;
x K = Constante para alumínio 225.

As resistências são medidas normalmente através de dois métodos:


x Método de tensão e corrente, que consiste em aplicar CC sem ondulação nos
bobinados, usando aparelhos de medição com precisão, descontando-se as perdas
internas dos instrumentos;
x Método de comparação das pontes, mais rápido e seguro, pois trabalha com
instrumentos especialmente desenvolvidos para tal situação.
x Recomenda-se o método da ponte de Wheatstone para medição de resistências de
5: a 10.000:. Para medições de resistências 100P: a 5:, obtém-se maior
precisão usando a dupla ponte de Kelvin (Thompson), que elimina os erros
provenientes da resistência de contato.
x Se possível, leia o manual do fabricante para obter maior eficiência no uso do
aparelho.

Precauções para o uso da ponte de Wheatstone

x Todos os bornes e contatos devem estar, sem exceção, em boas condições


mecânicas e elétricas; caso contrário, introduzirão resistências no circuito,
alterando a medição.
x É necessário excepcional cuidado com a polarização da bateria.
x Em princípio deve-se trabalhar com os braços de proporção no centro, isto é,
Ra = Rb.
x Em algumas pontes, ao se iniciar a medição, o galvanômetro deve ser protegido
por um shunt que será retirado quando o sistema estiver quase equilibrado e se
necessitar de maior sensibilidade do instrumento.

SENAI-SP – INTRANET 35
CT079-09
Instrumentação e sensores

x A ponte deve ficar ligada o mínimo possível, a fim de ser evitado o aquecimento
dos elementos do circuito e conseqüente oscilação dos valores.
x Quando for necessário usar fios entre os bornes de Rx e a própria Rx, deve-se
determinar a resistência dos fios.
x Quando o instrumento não for usado por longo tempo, remova a bateria ou as
pilhas.
x Nunca use a ponte em rede energizada.
x Trabalhe com muita atenção e tome muito cuidado ao manusear instrumentos de
medições elétricas.

36 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Wattímetro

É um instrumento para medir potências elétricas. O funcionamento do wattímetro é


baseado no princípio eletrodinâmico simples. É constituído basicamente pelos
seguintes componentes:

1. Bobina de campo fixa

2. Bobina móvel

3. Ponteiro
4. Escala graduada

A potência é baseada no produto da tensão pela corrente. Nos wattímetros, uma das
bobinas (bobina ampermétrica) é constituída de poucas espiras de fio grosso e recebe
a corrente do circuito; a outra bobina (bobina voltimétrica) é constituída de muitas
espiras de fio fino e recebe a tensão. O wattímetro indica o produto desses dois
valores, ou seja, a potência elétrica do circuito.

Essa potência indicada pelo wattímetro, tanto em corrente contínua quanto em


corrente alternada, é a potência ativa (em watts), isto é, a potência realmente capaz de
produzir trabalho.

SENAI-SP – INTRANET 37
CT079-09
Instrumentação e sensores

O wattímetro possui um resistor de amortecimento ligado em série com sua bobina


voltimétrica. Por isso está preparado para ser utilizado na medição de potência com
tensões de diferentes valores, como por exemplo, 110 e 220 volts.

As escalas do wattímetro apresentam-se de duas formas: com uma só graduação e


com duas graduações.

Escala com uma só graduação Escala com duas graduações

Quando a escala tem apenas uma graduação e o borne que está sendo utilizado é
para tensão menor, a leitura deve ser direta.

Nesse caso, se o ponteiro está indicando o número 400, lêem-se 400 watts.

Quando o borne utilizado é para tensão maior, a leitura do instrumento deve ser feita
multiplicando-se por dois o valor indicado para compensar a tensão retida pelo resistor
de amortecimento.

38 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

A escala de duas graduações tem uma graduação que corresponde ao dobro da outra
e o procedimento para leitura é o seguinte:
x Tensão menor
- leitura direta na escala inferior;
x Tensão maior
- leitura direta na escala superior.

Os wattímetros podem ser monofásicos ou trifásicos. Podem ser ligados diretamente à


carga ou através de transformadores de corrente (TC) e transformadores de tensão
(TP).

Veja alguns tipos de wattímetros empregados em várias situações de medição:

Wattímetro monofásico com


transformadores de corrente (TC) e
tensão (TP).

Wattímetro para medir carga trifásica


arbitrária (equilibrada ou não).

Wattímetro para medir carga


polifásica arbitrária (equilibrada ou
não).

SENAI-SP – INTRANET 39
CT079-09
Instrumentação e sensores

A medições de potências ativas (watts) nos sistemas trifásicos requerem muito cuidado
na seleção adequada dos aparelhos para as respectivas cargas a serem medidas.

Atente, agora, para as medições de potências trifásicas.

Sistema para carga equilibrada

Nesse sistema, o wattímetro indica a potência de uma fase Wf, sendo a carga do
sistema igual a 3 vezes Wf. Os dois resistores R devem ter a mesma resistência da
bobina de tensão.

Sistema para medição com um wattímetro monofásico em carga trifásica


equilibrada, com neutro acessível

A potência do sistema será igual a Wf vezes 3.

40 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Sistema para medição com um wattímetro monofásico com reator para ponto
neutro artificial

Nesse sistema, a medição se efetua fase


por fase da parte amperimétrica,
substituindo-se, em cada fase, o fusível
preparado com fio flexível. A potência do
sistema será a soma de cada medida feita.
Uma estrela de resistência pode substituir o
reator.

Sistema para medição com wattímetro trifásico de dois sistemas

Nesse sistema, a potência será indicada pelo ponteiro.

Sistema para medição com carga equilibrada ou não, utilizando-se dois


wattímetros monofásicos

SENAI-SP – INTRANET 41
CT079-09
Instrumentação e sensores

Sistema de medidas trifásico com cargas equilibradas ou não utilizando-se dois


wattímetros monofásicos

A potência absorvida da rede será a soma ou a diferença dada pela fórmula W30 = W1 r
W2, dependendo de como está a carga no momento da medida: com o fator de
potência acima de 0,5, será a soma W30 = W1 + W2. Com o fator de potência abaixo de
0,5, será a subtração W30 = W1 - W2. Para saber se o cos M está maior ou menor que
0,5, pode-se acrescentar uma carga 30 adicional e observar nos ponteiros dos
wattímetros:

a) Se os dois ponteiros dos wattímetros se deslocam na mesma direção é sinal de


que cos M 0,5;
b) Se um dos ponteiros dos wattímetros se deslocar para a esquerda é sinal de que
cos M 0,5.

Exemplo
W1 = 500W
W2 = 300W

Então:
a) cos M 0,5
W30 = W1 + W2
W30 = 500 + 300 = 800W

b) cos M 0,5
W30 = W1 - W2
W30 = 500 - 300 = 200 W

Para fornecermos o resultado final, obrigatoriamente temos que conhecer o fator de


potência.

42 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Fasímetros

São instrumentos que servem para medir fator de potência. O fator de potência é a
razão entre a potência real e a potência aparente.

A fórmula é:

Potência real P
Fator de potência ou, na sua forma abreviada, Cos M .
Potência aparente Pa

Os fasímetros podem medir o fator de potência de um circuito reativo indutivo ou


reativo capacitivo.

O funcionamento dos fasímetros baseia-se no princípio eletrodinâmico entre bobinas


fixas e bobinas cruzadas.

SENAI-SP – INTRANET 43
CT079-09
Instrumentação e sensores

Veja abaixo, o símbolo usado para se identificar um fasímetro num circuito.

O fator de potência representa a defasagem existente entre a tensão e a corrente do


circuito logo, o fasímetro nos fornece essa defasagem. Observe, na figuras abaixo, um
exemplo de defasagem num circuito reativo indutivo e outro num circuito reativo
capacitivo.

Veja agora a representação da tela de leituras de um fasímetro.

Observe que a medida do fator de potência num circuito reativo capacitivo é feita do
centro para a direita em ordem decrescente. Se o circuito for reativo indutivo, a
medição é feita do centro para a esquerda, também em ordem decrescente. Veja
também que, na figura, o fasímetro aponta cos M = 0,9.

44 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Os fasímetros podem ser monofásicos ou trifásicos. Vamos examinar agora as


características de cada um desses dois tipos de fasímetros.

Veja abaixo, o esquema das ligações internas de um fasímetro monofásico.

A1 e A2 são bobinas amperimétricas fixas.


B1 e B2 são bobinas voltimétricas móveis
L é um indutor.
R é um resistor.
P é o ponteiro.
E é uma escala graduada.

As bobinas amperimétricas fixas A1 e A2 são


ligadas em série com o circuito. Portanto,
são percorridas pela mesma corrente do
circuito. Como a corrente do circuito é
alternada, elas produzem um campo
magnético alternado. Veja a figura abaixo.

As bobina voltimétricas móveis B1 e B2 são ligadas em paralelo com o circuito.


Portanto, são submetidas à mesma tensão aplicada ao circuito. Observe a figura
abaixo.

SENAI-SP – INTRANET 45
CT079-09
Instrumentação e sensores

Veja, a seguir, o esquema das ligações internas de um fasímetro trifásico.

V1, V2 e V3 são bobinas voltimétricas móveis.


A é uma bobina amperimétrica fixa.

R1, R2 e R3 são resistores de amortecimento.

P é o ponteiro.

E é uma escala graduada.

Vamos agora analisar o funcionamento desse fasímetro. Veja a figura a seguir.

As bobinas voltimétricas V1, V2 e V3 são enroladas num núcleo de ferro e ligadas em


estrela com resistores iguais. Esses resistores possuem resistência de alto valor. A
bobina amperimétrica fixa A fica situada no interior do núcleo de ferro.

Ao serem alimentadas pela tensão da rede, as bobinas criam, em seu interior, um


campo magnético rotativo. Entre o campo rotativo do núcleo e a bobina amperimétrica
ocorre um deslocamento. Esse deslocamento faz com que núcleo de ferro arraste o
ponteiro P que está acoplado ao núcleo. O ponteiro pode deslocar-se para a direita ou
para a esquerda, dependendo do tipo de circuito.

46 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Medições elétricas

Vamos analisar, a seguir, algumas características técnicas de instrumentos de medição


elétrica.

A tabela abaixo nos fornece dados técnicos de um instrumento.

Tensão de prova 2kV


Gama de freqüência Circuito monofásico, 50 ou 60Hz
Circuito trifásico, 15...60...100Hz
Forma de onda Senoidal
Classe de exatidão 1,5
Fator de aferição Entre 0,5 e 1,2
Sobrecarga permanente 1,20m. 1,2Un
Tensão e corrente mínima
de trabalho para 85% de Un, 40% de In
fasímetros
Consumo Wattímetro e varímetro
x Circuito de corrente:1VA
x Circuito de tensão: 2,5VA
Fasímetro
x Circuito de corrente: 2VA
x Circuito de tensão: monofásico, 10VA;
trifásico, 5VA

Veja agora os esquemas das ligações internas.

Observação
Os pólos 1 e 3, 4 e 6 e 7 e 9 são partes amperimétricas. Os pólos 2, 4 e 8 são partes
voltimétricas.

SENAI-SP – INTRANET 47
CT079-09
Instrumentação e sensores

O transformador de potencial, ou TP, serve para diminuir a tensão, adequando-a ao


instrumento. Veja a seguir o esquema da ligação interna de um TP.

O transformador de corrente, ou TC, serve para diminuir a corrente, adequando-a ao


instrumento. Veja o esquema de ligação interna d um TC.

A seguir, você vai ver esquemas de conexão de fasímetros, de wattímetros e de


varímetros. Você deve analisá-los detidamente, com o auxílio do professor.

48 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Circuito monofásico
W : Wattímetro
VAR : Varímetro
COS : fasímetro

Observe as figuras abaixo.

SENAI-SP – INTRANET 49
CT079-09
Instrumentação e sensores

Circuito trifásico equilibrado Circuito trifásico equilibrado


W : Wattímetro VAR : Varímetro
COS : Fasímetro

50 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Circuito trifásico desequilibrado Circuito trifásico desequilibrado


W : Wattímetro com neutro
VAR : Varímetro W : Wattímetro
VAR : Varímetro

SENAI-SP – INTRANET 51
CT079-09
Instrumentação e sensores

52 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Sensoriamento

Atualmente, é muito comum nos deparar-mos com situações em que devemos nos
preocupar com a segurança pessoal e de nossos bens e propriedades. Daí decorre a
necessidade de adquirir dispositivos e equipamentos de segurança, como os sistemas
de alarme.

Esses sistemas de alarme são basicamente equipamentos destinados a sinalizar que


alguém está tentando violar alguma entrada, forçando portas ou janelas.

Um síndico de um prédio apresentou aos condôminos o orçamento de algumas


empresas de segurança, para implantação de um sistema de alarme no condomínio.

Os diversos orçamentos variavam bastante em termos de custos, e todas as propostas


sugeriam a instalação de uma central de alarme, diferindo fundamentalmente quanto
aos pontos de colocação dos sensores e aos seus modelos e tipos.

Como pode ser observado em tal situação, seleciona-se cada sensor de acordo com
sua possível localização e com o tipo de função a realizar.

Os condôminos, além de analisarem o valor das propostas, tiveram de estudar a


adequação dos sensores propostos, a fim de evitar gastos desnecessários com
manutenção e trocas devidas à especificação inadequada.

Exemplos de aplicações

O sistema de alarme é um exemplo típico e atual de utilização de sensores. Mas há


uma variedade de áreas em que os sensores encontram aplicação.

SENAI-SP – INTRANET 53
CT079-09
Instrumentação e sensores

Num automóvel, por exemplo, identificamos várias dessas aplicações:


x O sistema de indicação do volume de combustível no tanque;
x O sistema de indicação do nível de óleo no cárter;
x O sistema de freios;
x os sistemas mais modernos que indicam que as portas estão abertas e que o cinto
de segurança não está sendo utilizado.

Podemos afirmar que todos os sistemas que necessitam de algum tipo de controle
requerem sensores, para fornecer informações ao controle.

Nesses exemplos, pode-se observar que a função do sensor é indicar o valor ou a


condição de uma grandeza física, ou seja, sensoriá-la para que se possa exercer
controle sobre ela.

No caso do tanque de gasolina, o sensor funciona como indicador para o motorista


abastecer o reservatório com combustível.

Princípio de funcionamento
O sensor é um dispositivo capaz de monitorar a variação de uma grandeza física e
transmitir esta informação a um sistema de indicação que seja inteligível para o
elemento de controle do sistema.

Sensor: dispositivo de entrada que converte um sinal de qualquer espécie em outro


sinal que possa ser transmitido ao elemento indicador, para que este mostre o valor da
grandeza que está sendo medida.

54 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

O termômetro é um sistema de indicação que tem como elemento sensor o mercúrio. A


grandeza física a ser medida é a temperatura e a grandeza física do elemento sensor,
que varia proporcionalmente com a variação da temperatura, é o seu volume, pois o
mercúrio se dilata com o aumento da temperatura.

Conhecendo a proporção dessas variações, podemos identificar e medir o valor da


temperatura, observando o comprimento da coluna de mercúrio.

O sensor é utilizado com base nas variações de grandezas.

Todos os elementos sensores são denominados transdutores.

Transdutor
É todo dispositivo que recebe um sinal de entrada em forma de uma grandeza física e
fornece uma resposta de saída, da mesma espécie ou diferente, que reproduz certas
características do sinal de entrada, a partir de uma relação definida.

A maior parte dos sensores são transdutores elétricos, pois convertem a grandeza de
entrada para uma grandeza elétrica, que pode ser medida e indicada por um circuito
eletroeletrônico denominado medidor.

A maior parte dos medidores, como os de painéis de automóveis, barcos e aviões,


registra uma grandeza elétrica proporcional à variação da grandeza que está sendo
indicada pelo sensor - a grandeza controlada.
SENAI-SP – INTRANET 55
CT079-09
Instrumentação e sensores

Observe a figura.

As grandezas elétricas que apresentam variações proporcionais às grandezas que


estão sendo “sentidas” e indicadas pelos sensores são: corrente elétrica, tensão
elétrica e resistência elétrica.

Essas grandezas são utilizadas normalmente, pois a maioria dos medidores e


elementos de controle que utilizam estas informações são capazes de ler os sinais sem
dificuldade.

Sistema de controle

Os sensores estão vinculados aos sistemas de controle.

O sistema de controle é um processo acionado por um dispositivo de controle, que


determina o resultado desejado e, ao longo do tempo, indica o resultado obtido e
corrige sua ação para atingir, o mais rápido possível, o valor desejado.

Para que o controle ocorra, são acoplados sensores ao sistema. Os sensores


registram os resultados e grandezas do processo, fornecendo ao dispositivo de
controle informações sobre o valor desejado.

56 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Existem diversos exemplos de sistemas de controle no nosso dia-a-dia. Uma


caminhada para um determinado lugar, por exemplo, pode ser considerada como um
sistema de controle. O processo é a caminhada. O dispositivo de controle é o nosso
cérebro. Os atuadores são nossas pernas e pés.

O dispositivo de controle estimula os atuadores a alcançarem o objetivo desejado.

O processo da caminhada é dinâmico, ou seja, o controle sobre os atuadores (nossos


pés e pernas) ocorre constantemente, de forma que o cérebro nos orienta a andar mais
rápido ou mais lentamente, virar para a esquerda, para a direita ou andar em frente.

Malha fechada e malha aberta

Malha fechada é um sistema de controle que usa sensores para identificar a distância
do resultado desejado e corrigir suas ações para alcançá-lo.

Malha aberta é um sistema em que o controle ocorre sem que haja uma amostragem
do resultado ao longo do processo, ou seja, sem utilização de sensores; é como se
caminhássemos com os olhos fechados, acreditando já conhecer o caminho.

É cada vez menor o número de sistemas em malha aberta, em função da crescente


necessidade de se atingir resultados mais precisos e rápidos, e também devido ao
desenvolvimento de elementos sensores bastante precisos e adequados às mais
diversas aplicações.

Sensores e aplicações industriais de alta tecnologia

A seguir, alguns exemplos de aplicações de sensores em equipamentos e sistemas


mais nobres.

Os robôs, que são equipamentos de última geração tecnológica, têm seu


funcionamento respaldado por diversos sensores, colocados em pontos estratégicos
de seu mecanismo e na sua área de atuação.

SENAI-SP – INTRANET 57
CT079-09
Instrumentação e sensores

Observe a figura.

O processo de usinagem é também um exemplo de aplicação de sensores,


principalmente se o processo de usinagem for automático (controlado por computador).

No processo de usinagem manual, os sensores são os olhos do operador, que


coordena a produção controlando a máquina de usinagem (fresadora ou torno) por
meio de instrumentos de medida, como paquímetros e micrômetros.

Na produção automatizada pelo computador, os sensores indicam ao computador o


que já foi usinado do material em produção, de forma que o computador possa
controlar a velocidade de operação dos mecanismos.

Sensores analógicos e digitais

Como existem sinais analógicos e sinais digitais a serem controlados num sistema, os
sensores também devem indicar variações de grandezas analógicas e digitais.

Sinal analógico: sinal cuja informação pode identificar todos os valores de uma faixa
dada.

Sinal digital: sinal quantificado que indica a existência ou não de um evento.

Para um sistema de alarme, qualquer condição que não seja fechada será entendida
como aberta e deve fazer o alarme disparar. Neste caso, a grandeza é digital e o
sensor deve ser digital.

58 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Por exemplo, uma microchave fica em posição fechada quando a entrada está fechada
e se abre quando a entrada é violada.

No caso do controle de movimento do robô, a grandeza que se está controlando é


analógica, pois o mecanismo do robô pode ocupar qualquer posição no espaço durante
o deslocamento, desde a posição de partida até a posição final.

Sensores e segurança no trabalho

Ainda no caso do robô, podemos também utilizar um sensor digital para indicar se o
trabalhador está ou não numa área perigosa. Um dos sensores mais utilizados nesta
aplicação é o sensor óptico.

Muitos equipamentos, instrumentos e máquinas devem apresentar dispositivos


sensores de segurança. Quanto mais automáticas são as ações desses mecanismos,
maior a segurança.

As máquinas injetoras de plástico automáticas apresentam dispositivos de segurança


nas suas aberturas de acesso aos pontos de colocação dos moldes. Se uma das
portas de segurança se abrir, os sensores indicam o fato ao controle da máquina e, no
mesmo instante, ela pára.

O mesmo ocorre com prensas de estampo, que só atuam se perceberem por meio de
uma cortina de sensores ópticos que não existe nenhum obstáculo em seu campo de
ação. Além disso, o operador deve acionar dois sensores em pontos distintos, com
suas duas mãos simultaneamente, o que significa para o controlador da prensa: “se o

SENAI-SP – INTRANET 59
CT079-09
Instrumentação e sensores

operador acionou os dois dispositivos simultaneamente, as mãos dele estão em


posições de segurança”, e então a prensa pode ser acionada.

A legislação trabalhista e a normalização vêm garantindo cada vez mais a implantação


de sistemas de segurança de operação em equipamentos, automatizados ou não.

Tipos de sensores

A variedade de sensores é grande. O mercado tem sensores especificados para cada


aplicação.

Strain gauge são sensores que medem deformação superficial de peças. Eles
transformam o valor da deformação em sinais elétricos.

Aderidos ao corpo de prova (peça a ter as forças ensaiadas sensores)

60 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Potenciométrico é um sensor bastante simples, com elemento resistivo que pode ser
um fio bobinado ou um filme de carbono ou de matéria plástica resistiva.

Synchro e resolvers (sensores de deslocamento angular) são sensores que se


compõem de um transmissor e um receptor.

Nesses sensores, o rotor do motor se desloca proporcionalmente ao deslocamento do


rotor do gerador.

SENAI-SP – INTRANET 61
CT079-09
Instrumentação e sensores

O rotor do transmissor é alimentado em corrente alternada e gira solidário à peça da


qual se pretende medir o deslocamento angular.

Encoder óptico é um sensor que se vale da interrupção de um feixe de luz, visível ou


não, entre um transmissor e um receptor para gerar um trem de pulsos proporcional ao
deslocamento do dispositivo que está acoplado ao disco - encoder rotacional - ou à
régua - encoder linear.

O encoder linear permite medir um deslocamento ao longo de um eixo; o encoder


rotacional proporciona a indicação de um deslocamento angular ao redor de um eixo.

Ultra-som é um sensor eletrostático que emite impulsos periodicamente e capta seus


ecos, resultantes do choque das emissões com objetos situados no campo de ação. A
distância do objeto é calculada por meio do tempo de atraso do eco em relação ao
momento da emissão do sinal.

62 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Veja ilustração abaixo.

De proximidade (indutivos e capacitivos) são sensores que se valem das leis de


indução eletromagnética de cargas para indicar a presença de algum tipo de material
que corresponda a certa característica.

Piezoelétricos são sensores que se valem das características que certos materiais têm
de gerar uma tensão elétrica proporcional à deformação física a que são submetidos.

SENAI-SP – INTRANET 63
CT079-09
Instrumentação e sensores

Normalmente são constituídos de lâminas de quartzo ou de material cerâmico,


recobertas por um filme metálico condutor. A lâmina, ao ser submetida a uma tensão
externa (força), produz uma tensão elétrica.

O uso de câmeras de visão artificial no chão das fábricas tem aumentado rapidamente,
contribuindo para garantir a qualidade final do produto.

Os sensores do sistema de visão artificial são as câmeras, que captam a imagem. A


capacidade que a câmera tem de converter o sinal óptico em sinal elétrico é muito
importante nesse tipo de aplicação.

Matriciais (pele artificial) são sensores formados pela associação de sensores


analógicos ou digitais em forma de matriz, dispostos lado a lado.

64 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Cabe ressaltar que a resolução é dada pelo espaçamento entre os elementos que
compõem a matriz, e que esse tipo de sensor ainda se encontra em fase de
desenvolvimento. Portanto, ainda não é totalmente confiável.

SENAI-SP – INTRANET 65
CT079-09
Instrumentação e sensores

66 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Sensores

Os sofisticados comandos de processos de automatização e robotização de máquinas


industriais exigem confiabilidade nas informações do posicionamento mecânico da
máquina que são enviadas ao painel de comando, seja ele eletrônico tradicional ou
microprocessador.

Para fornecer esse tipo de informação, utilizam-se ou chaves fim de curso ou sensores
de proximidade que atuam por aproximação e proporcionam qualidade, precisão e
confiabilidade pois não possuem contatos mecânicos e atuadores desgastáveis.

Neste capítulo, estudaremos os sensores de proximidade mais utilizados nos


processos de automatização.

Sensores de proximidade

O sensor de proximidade é uma chave eletrônica semelhante a uma chave fim de


curso mecânica com a vantagem de não possuir nem contatos nem atuadores
mecânicos. Além de terem comutação estática, esses sensores apresentam precisão
milimétrica de acionamento e podem ser usados em máquinas operatrizes onde se
exige precisão na repetição do ponto de acionamento e deslizamento.

Os sensores de proximidade podem ser: indutivos, capacitivos e óticos.

Sensores indutivos
Sensores indutivos são sensores que efetuam uma comutação eletrônica quando um
objeto metálico entra dentro de um campo eletromagnético de alta freqüência
produzido por um oscilador eletrônico direcionado para fora do campo do sensor.

SENAI-SP – INTRANET 67
CT079-09
Instrumentação e sensores

A bobina do oscilador situa-se na região denominada face sensível onde estão


montados os elementos sensíveis do sensor. Veja representação esquemática a seguir.

Quando o corpo metálico está diante da face sensível, dentro da faixa denominada
distância de comutação, este amortece a oscilação, provocando, através de diversos
estágios eletrônicos, a comutação, ou seja, a mudança do estágio lógico do sensor.

Observação
Distância de comutação (S) é a distância registrada quando ocorre uma comutação ao
se aproximar o atuador padrão (elemento que determina a distância de comutação de
um sensor) da face sensível do sensor.

Sensores capacitivos
Sensores capacitivos são sensores que efetuam a comutação eletrônica quando
qualquer tipo de material corta a face sensível do sensor.

Dentre os materiais que alteram as condições físicas da face sensível de um sensor


capacitivo podem ser citados o vidro, a madeira, grãos, pós e líquidos.

Um objeto qualquer, ao ser aproximado da face sensível, altera a capacitância de um


capacitor de placas que é colocado na face sensível do sensor. A alteração da
capacitância é sentida por um circuito eletrônico que efetuará a comutação eletrônica,
ou seja, mudará o estado lógico do sensor.

68 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

O diagrama a seguir é a representação esquemática da construção básica deste tipo


de sensor.

Observação
Nos sensores capacitivos (e nos indutivos) o atuador padrão é constituído por uma
placa de aço de 1mm de espessura de formato quadrado com um lado igual a três
vezes a distância de comutação.

Distância de comutação efetiva

Pelo fato de os sensores capacitivos funcionarem pela alteração da capacitância de um


capacitor, a distância efetiva de comutação depende do tipo de material bem como da
massa a ser detectada.

Assim, é necessário considerar fatores de redução para diversos tipos de materiais como
por exemplo: PVC . AS = 0,4 x SN; madeira . AS = 0,5 x SN; cobre . AS = 1,0 x SN.

Devido a tais características, os sensores capacitivos podem ser utilizados para


detectar certos materiais através de outros como por exemplo, água dentro de um tubo
de PVC.

Configuração elétrica de alimentação e saídas dos sensores

Os sensores podem ser alimentados em CA ou CC. Podem ser interligados em série


ou em paralelo.

SENAI-SP – INTRANET 69
CT079-09
Instrumentação e sensores

Os sensores com alimentação CC são classificados quanto ao tipo de saída, ou seja:


x Chave PNP, nesse tipo de saída existe um transistor PNP e a carga é ligada ao
pólo negativo.

x Chave NPN, nesse tipo de saída existe um transistor NPN e a carga é ligada ao
pólo positivo.

x Chave NPN e PNP, nesse tipo de saída existem dois transistores, um NPN e um
PNP. Assim, uma saída é positiva e a outra é negativa.

Os sensores de proximidade com alimentação CA com saída a dois fios devem ser
ligados em série com a carga, como uma chave fim de curso mecânica e sua
alimentação se dá através da carga.

70 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Podem ser de dois tipos:


x Chave NF nesse tipo de chave, a saída permanece em alta impedância e a carga
fica ligada. Ao ser atuada, passa para alta impedância e a carga se desliga.

x Chave NA, nesse tipo de chave, a saída permanece em baixa impedância, a carga
fica desligada. Quando é atuada, passa para baixa impedância e liga a carga.

Para a utilização dessas chaves, aconselha-se o emprego de fusível de ação rápida.

Observação
Uma pequena corrente flui através da carga para alimentar o sensor com alimentação
CA quando este está na condição aberto (tiristor bloqueado). Esta corrente, porém, não
é suficiente para energizar a carga.

SENAI-SP – INTRANET 71
CT079-09
Instrumentação e sensores

Na condição fechado (tiristor em condução), ocorre uma pequena queda de tensão no


sensor. A diferença entre a alimentação e esta queda de tensão fica sobre a carga.

Os sensores com alimentação CA com saída a três ou quatro fios apresenta


funcionamento e aplicações semelhantes ao modelo de dois fios. Porém, nesses tipos
de sensores a alimentação é feita independentemente da carga.

Assim, quando a chave está aberta, a corrente pela carga é nula e quando a chave
está fechada, a tensão sobre a carga é praticamente a tensão de alimentação.

A figura a seguir mostra os três tipos de configuração dos sensores CA de três e quatro
fios.
a) Sensor CA com contato NA

b) Sensor CA com contato NF

Sensor CA com saídas complementares (contatos NA e NF)

Método de ligação dos sensores


A ligação dos sensores pode ser de dois tipos: série e paralela.

72 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Ligação série dos sensores CC


Quando o sensor é acionado, ocorre uma pequena queda de tensão. Assim, a tensão
na carga será reduzida de um valor dependente do número de sensores ligados em
série.

A figura a seguir mostra a ligação em série de sensores NPN e PNP.

Observação
O primeiro sensor deve ter capacidade de corrente para alimentar os demais sensores
bem como a carga.

Ligação paralela dos sensores CC


Os sensores CC recebem alimentação independente, por isso não oferecem restrições
à ligação em paralelo. O único cuidado a ser tomado é a colocação de um diodo em
cada saída para evitar que os sensores sejam realimentados pela saída.

A figura a seguir mostra a ligação em paralelo de sensores NPN e PNP.

SENAI-SP – INTRANET 73
CT079-09
Instrumentação e sensores

Ligação série dos sensores CA


Assim como nos sensores CC, também ocorre uma queda de tensão nos sensores CA.

Assim, só poderão ser ligados em série dois ou três desse tipo de sensores.

A figura a seguir mostra a representação esquemática desse tipo de ligação para


sensores CA de dois, três ou quatro fios.

Observação
Não é aconselhável a ligação de sensores CA de dois fios em paralelo. Quando isso se
tornar necessário, deve-se utilizar os sensores de três ou quatro fios.

Ligação em paralelo de sensores AC de três ou quatro fios


Os sensores AC de três ou quatro fios recebem alimentação independente, por isso
não oferecem restrições para ligação em paralelo. Veja representação esquemática a
seguir.

Sensores óticos
Os sensores óticos são fabricados tendo como princípio de funcionamento a emissão e
recepção de irradiação infravermelha modulada.

74 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Podem ser classificados em três tipos:


x Sensor ótico por barreira;
x Sensor ótico por difusão;
x Sensor ótico por reflexão.

Sensor ótico por barreira


No sensor ótico por barreira, o elemento transmissor de irradiações infravermelhas
deve ser alinhado frontalmente a um elemento receptor a uma distância pré-
determinada e especificada para cada tipo sensor (distância de comutação).

Quando ocorrer a interrupção da irradiação por qualquer objeto, esta deixará de atingir
o elemento receptor e ocorre o chaveamento.

Veja a seguir a representação esquemática do princípio de funcionamento do sensor


ótico por barreira.

Os sensores óticos por barreira conseguem atuar em grandes distâncias, alguns


chegando até 30m.

Sensor ótico por difusão


No sensor ótico por difusão, os elementos de emissão e reflexão infravermelha estão
montados juntos em um mesmo conjunto.

Os raios infravermelhos emitidos pelo transmissor refletem sobre a superfície do objeto


e retornam ao receptor provocando o chaveamento eletrônico.

A superfície do objeto não pode ser totalmente fosca para que possa haver a reflexão.

SENAI-SP – INTRANET 75
CT079-09
Instrumentação e sensores

A distância de comutação deste tipo de sensor é pequena e é alterada conforme a cor,


a tonalidade e tipo de superfície do objeto a ser detectado. Veja na ilustração a seguir,
a representação desse tipo de sensor.

Sensor ótico por reflexão


O sensor ótico por reflexão possui características idênticas ao do sensor ótico por
difusão, diferindo apenas no sistema ótico.

No sistema por reflexão, os raios infravermelhos emitidos refletem somente em um


espelho prismático especial colocado frontalmente à face sensível do sensor e
retornam em direção ao receptor.

O chaveamento eletrônico é conseguido quando se retira o espelho ou quando um


objeto de qualquer natureza interrompe a barreira de raios infravermelhos entre o
sensor e o espelho.

A distância entre a sensor e o espelho determinada como distância de comutação


depende da característica do sensor, da intensidade de reflexão e dimensão do
espelho. Veja a seguir a representação esquemática do sensor ótico de reflexão.

Observação
Papéis refletivos tipo "scotch" modelo "grau técnico" ou alta intensidade (honey comb)
também podem ser utilizados no lugar do espelho.

76 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Independentemente do sensor ótico usado, ele é totalmente imune à iluminação


ambiente natural ou artificial pelo fato do receptor ser sintonizado na mesma
freqüência de modulação do emissor.

Sensor fotoelétrico com fibra ótica

As fibras óticas apresentam a vantagem de detectar objetos com dimensões reduzidas,


tais como: terminais de componentes eletrônicos, furos de centralização em placas,
marcas em materiais de embalagens, etc. Podem ser também aplicadas em locais
onde fisicamente seria impossível alojar um sensor fotoelétrico comum, ou ainda, em
locais onde a temperatura de operação não permite a instalação dos fotoelétricos.

A fibra ótica consiste de um guia de luz formado por um ou mais fios de fibra de vidro
de alta intensidade ótica encapados com material de baixa intensidade, transformando
o conjunto em "condutor" de luz infravermelha.

A fibra ótica pode ser aplicada em dois sistemas:


a. Por barreira, ou seja, a fibra ótica é composta de dois "cabos" dos quais um é o
transmissor e o outro o receptor de luz. O objeto é detectado quando interrompe o
feixe de luz.

SENAI-SP – INTRANET 77
CT079-09
Instrumentação e sensores

b. Por difusão, ou seja, o "cabo" é composto por dois "condutores" dos quais um é
procedente do transmissor e o outro do receptor de luz. A detecção acontece
quando o objeto é aproximado da ponta sensora.

Sensores magnéticos
Sensores magnéticos são sensores que efetuam um chaveamento eletrônico mediante
a presença de um campo magnético externo proveniente, na maioria das vezes, de um
ímã permanente. O sensor efetua o chaveamento quando o ímã se aproxima da face
sensível.

Esses sensores podem ser sensíveis aos dois pólos (norte e sul) ou a apenas um
deles.

São muito utilizados em cilindros pneumáticos dotados de êmbolos magnéticos. A


figura a seguir mostra um pistão dotado de dois sensores magnéticos.

Observação
Os sensores magnéticos são sensíveis a campos magnéticos externos e isso pode
causar alterações na medida final que está sendo realizada. Assim, aconselha-se a
utilização de cabos blindados para a ligação do sensor ao instrumento.

78 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Comparação entre sensores magnéticos e indutivos


Para efeito de aplicações como "captador" de pulsos em conjunto com acionadores do
tipo roda dentada, são apresentados a seguir dados comparativos entre sensores
magnéticos e indutivos.

Características Indutivo Magnético


Resposta de freqüência mínima (pulsos/min) 0 +100
Resposta de freqüência máxima
+30 x 10 +400 x 10
(pulsos/min)
Faixa de temperatura de operação 20qC a +70qC -20qC a 10qC
Metal do elemento acionador Qualquer Ferro
Forma do sinal de saída Onda quadrada Senoidal
Função da tensão de
Função da velocidade e
Amplitude do sinal de saída alimentação do
da distância
acionador
Função do diâmetro do Função do diâmetro do
Distância entre dentes do acionador
sensor "pólo sensor"

Sensores "Pick up"

Sensores "pick up" são sensores geradores de tensão que funcionam baseados no
princípio da auto-indução. Eles são constituídos por uma bobina com núcleo de ímã
permanente.

A geração de tensão se dá quando um material ferroso em movimento passa diante da


face sensível, o campo magnético do ímã é variado induzindo então uma tensão nos
terminais da bobina. Veja a representação esquemática desse sensor a seguir.

Se o sensor for submetido a atuações consecutivas, teremos na bobina uma tensão


alternada de freqüência dependente da velocidade com a qual o sensor está sendo

SENAI-SP – INTRANET 79
CT079-09
Instrumentação e sensores

atuado. Da mesma forma, a amplitude dependerá da distância na qual o sensor está


sendo atuado. Isso significa que o sensor "pick up" é um elemento passivo.

Os sensores do tipo "pick up" são utilizados para enviar sinais para contadores,
tacômetros, velocímetros, controladores de velocidade, motores estacionários e outras
aplicações sob condições adversas de temperatura.

Aplicações dos sensores

As ilustrações a seguir mostram a utilização de diversos tipos de sensores.

Aplicação de sensores indutivos, registrando posição:


1) Sensores indutivos detectando o encaixe de peça feito por braço mecânico.

2) Sensor ótico por reflexão através de espelhos prismáticos para detecção do


produto sobre a esteira.

80 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

3) Sensores óticos por difusão, utilizando fibras óticas para detecção de pequenas
peças.

4) Sensores capacitivos detectando presença de embalagem sobre a esteira.

SENAI-SP – INTRANET 81
CT079-09
Instrumentação e sensores

82 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Sensores fotoelétricos

Para as área de eletricidade e eletrônica, o termo sensor se aplica a todo o dispositivo


ou componente capaz de transformar uma grandeza física (ou sua variação) em uma
grandeza elétrica.

Assim, por exemplo, é denominada de sensor de luminosidade um componente capaz


de transformar uma variação de intensidade luminosa em variação de resistência
elétrica. Existem realmente componentes eletrônicos que são sensíveis à luz. Estes
componentes são ditos “Fotoelétricos ou Fotossensíveis”.

Sendo sensíveis à luz, os componentes fotoelétricos podem ser utilizados como


sensores de:
x Existência ou não-existência de luz:
- utilizando principalmente para a contagem de objetos;
x Nível de iluminamento:
- utilizado em fotômetro para os processos fotográficos;
x Variação de iluminamento:
- utilizado, por exemplo, para o controle automático da iluminação em rodovias,
para a detecção de objetos pela sua cor, etc...

Entre os componentes fotoelétricos citam-se:


x LDR
x Fotodiodo
x Fototransistor

Onde:
O LDR ou resistor depende da luz (do inglês Light Dependent Resistor) é um
componente constituído à base de material semicondutor que se caracteriza por
apresentar uma resistência variável em função da intensidade da luz incidente.

SENAI-SP – INTRANET 83
CT079-09
Instrumentação e sensores

LDR, Resistência elétrica dependente da intensidade da luz incandescente.

Talvez por ser um dos componentes sensíveis à luz mais antigos, o LDR é conhecido
por uma série de designações, dentre as quais mais usuais são: fotoresistor, fotocélula,
célula fotoelétrica.

As figuras a seguir mostram o formato construtivo típico de uma fotocélula e os


símbolos usados usualmente para representá-la.

Os LDRs apresentam uma resistência elevada quando colocados no escuro e sofrem


uma redução de resistência a medida que a incidência de luz sobre o componente
aumenta.

Os valores de resistência dos LDR no escuro e no claro variam de tipo para tipo, com
variações típicas que vão desde alguns Megaohms no escuro até algumas centenas
de ohms quando em ambientes com grande intensidade de luz.

Um aspecto importante é que a variação de resistência de um LDR em função da luz


não é linear, conforme mostra a curva característica típica da figura a seguir.

84 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

As figuras a seguir mostram as curvas de sensibilidade espectral dos fotoresistores de


sulfito de cádmio e de sulfito de chumbo, comparando com a faixa de radiação visível
(curvas tracejadas).

O LDR pode ser utilizado em um divisor de tensão de forma que o resultado seria uma
tensão de saída dependente da intensidade luminosa.

SENAI-SP – INTRANET 85
CT079-09
Instrumentação e sensores

Este divisor associado, por exemplo, a um disparador Schmitt poderia ser utilizado
para comandar uma lâmpada que só acenderia à noite.

Embora a tensão de entrada varie vagarosamente à medida que o ambiente escurece


ou clareia, o disparador Schmitt se encarrega de chavear corretamente o relé que
aciona a lâmpada.

Uma das vantagens do LDR em relação aos outros sensores sensíveis à luz reside no
fato de que, apesar de ser semicondutor, não tem junções PN de forma que pode ser
utilizado em CA.

Outra vantagem é a sua sensibilidade que a torna particularmente interessante em


locais onde o nível de iluminação é baixo. Sua maior desvantagem reside no tempo de
resposta.

O LDR apresenta um tipo de “memória luminosa” que retarda a variação de resistência


do componente sempre que a célula estiver exposta a uma certa quantidade de luz por
algum tempo. Isto limita a faixa de funcionamento em freqüência a, no máximo,
algumas centenas de Hertz.

Fotodiodo
É um diodo fabricado em encapsulamento especial que
permita a incidência de luz sobre a junção PN.
Geralmente o encapsulamento é metálico e possui uma
lente para a concentração da luz sobre a junção.

86 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

A indicação do anodo ou catodo varia de tipo para tipo, de forma que a maneira mais
prática de identificar os terminais é através do catálogo do fabricante ou de teste com o
multímetro.

O fotodiodo é utilizado normalmente com polarização inversa. Nesta situação a


corrente circulante é uma corrente de fuga.

A aplicação de luz no fotodiodo provoca a liberação de portadores nos cristais,


ocasionado um aumento na corrente reversa.

Fotodiodo, Corrente reserva proporcional a intensidade luminosa incidente no


componente.

A figura a seguir mostra a curva característica típica de um fotodiodo (apenas na região


de utilização com polarização inversa).

SENAI-SP – INTRANET 87
CT079-09
Instrumentação e sensores

Nesta curva característica está representada a corrente circulante no fotodiodo sem a


presença de luz. Esta corrente, denominada de corrente de escuro, é muito pequena,
mas sempre existe.

Para verificar o comportamento do fotodiodo perante a variação da intensidade


luminosa pode-se traçar uma perpendicular sobre a curva característica, passando por
um determinado valor de tensão reversa.

Conforme mostram as linhas tracejadas, a aplicação de uma tensão de 15V reversos


resulta em uma corrente reversa de:
x 45PA para 400 lux de intensidade luminosa (ponto A no gráfico).
x 85PA para 800 lux de intensidade luminosa (ponto B).
x 170PA para 1600 lux de intensidade luminosa (ponto C).

É importante observar que a variação da corrente reversa se situa na faixa dos


microampères.

Para que esta pequena variação de corrente possa


dar origem a variações de tensão apreciáveis
costuma-se utilizar o fotodiodo em série com
resistores de valor elevado (na faixa das dezenas a
centenas de K:).

88 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Um aspecto importante a considerar é que a corrente de fuga também depende da


temperatura do diodo, o que pode causar problemas quando um fotodiodo é utilizado
em locais onde a variação de temperatura é muito ampla.

A figura a seguir mostra a curva de sensibilidade espectral de um fotodiodo de


germânio, comparada com a faixa visível (linha tracejada).

Os fotodiodos têm maior sensibilidade em relação a outros dispositivos opto-


eletrônicos sendo muito utilizado em aplicações em que a intensidade luminosa seja
muito variável e podem alcançar freqüência de corte da ordem de 50KHz.

A maior desvantagem dos fotodiodos reside na pequena corrente de saída, mesmo


quando sujeito a uma grande taxa de iluminação.

Fototransistor
Os fototransistores são transistores que apresentam um encapsulamento que permite
a incidência de luz sobre os cristais semicondutores.

A figura a seguir mostra dois tipos de encapsulamento típicos para fototransistores.

Conforme mostra esta figura, a construção e os terminais de um fototransistor são


similares a de um transistor convencional.

SENAI-SP – INTRANET 89
CT079-09
Instrumentação e sensores

O símbolo de um fototransistor é o mesmo de um transistor convencional, acrescido


das setas que indicam a sensibilidade à luz.

O funcionamento do fototransistor tem como base o fato da junção base-coletor, que


sempre é polarizada inversamente, se comportar como um fotodiodo.

A incidência de luz sobre o “fotodiodo base-coletor” dá origem a uma corrente reversa


(semelhante a ICBO) que é amplificada beta (E) vezes no coletor.

Esta corrente é proporcional a intensidade luminosa à qual o transistor está sujeito.


Portanto, pode-se dizer:

A corrente de coletor do fototransistor é proporcional às variações de intensidade


luminosa sobre o componente.

A figura a seguir mostra a curva característica de um fototransistor típico.

90 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Nestas curvas a corrente de base (dos transistores convencionais) foi substituída pelo
iluminamento.

Apesar de possuir o terminal-base como qualquer outro transistor este raramente é


utilizado, sendo mais comum a excitação somente através da luz.

Caso seja necessário, no entanto, alterar a tensão de coletor para um determinado


iluminamento, é possível polarizar a base da mesma forma que um transistor
convencional.

Este método, contudo, reduz a sensibilidade do circuito. Os fototransistores têm


freqüência de corte mais baixa que os fotodiodos, situando-se tipicamente em alguns
quilohertz.

Existem fototransistores fabricados especialmente para trabalhar em conjunto com


diodos emissores de luz (LED). O transistor e o diodo formam um par casado em que o
comprimento de onda emitido pelo diodo é o ideal para o funcionamento do
fototransistor.
SENAI-SP – INTRANET 91
CT079-09
Instrumentação e sensores

Este tipo de utilização tornou-se tão popular que foram criados os opto-acopladores
que são constituídos por um diodo LED e um fototransistor em um encapsulamento
tipo circuito integrado.

Devido a alta isolação elétrica existente entre o LED e o fototransistor (acoplamento


apenas por luz), os opto-acopladores são muito utilizados como elo de ligação entre os
estágios onde existem CC e CA.

92 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Sensores de temperatura

Sensores de temperatura são componentes semicondutores cuja resistência elétrica


varia com a temperatura. São utilizados toda a vez que se necessitar transformar uma
variação de temperatura em um sinal elétrico. Dentre eles, temos os termistores,
termopares, termoresistências ou infravermelho.

Dependendo da forma como a resistência se altera com a temperatura, os termistores


podem ser do tipo PTC ou NTC.

A figura a seguir mostra o aspecto típico destes componentes e os símbolos.

Os termistores podem ser utilizados tanto em CC quanto em CA.

Termistor PTC
x Aumenta a temperatura
x Aumenta a resistência

Termistor PTC
É um termistor com coeficiente de temperatura positivo (Positive Temperature
Coeficiente), ou seja, a resistência aumenta com a elevação da temperatura.

SENAI-SP – INTRANET 93
CT079-09
Instrumentação e sensores

A figura a seguir ilustra o comportamento de um termistor PTC. Observa-se entre 70º e


100º comportamento típico do PTC.

Cada PTC tem uma faixa de temperatura onde existe grande variação de resistência
em função das variações de temperatura. É nesta faixa que se situa a aplicação ideal
do termistor.

Termistor NTC
x Aumenta a temperatura
x Diminui a resistência

Termistor NTC
É um termistor com coeficiente de temperatura negativo (Negative Temperature
Coeficient), ou seja, a resistência diminui com o aumento de temperatura.

A figura mostra o gráfico típico de um


NTC ilustrando a variação de resistência
em função da temperatura.

94 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Aplicações dos termistores

Os termistores, tanto NTC como PTC, podem ser utilizados de duas formas distintas:
Atuando como sensores, se comportando de acordo com a temperatura do
equipamento;

Atuando sobre o equipamento, de acordo com as condições de tensão ou corrente do


mesmo.

Como sensores de temperatura, os termistores são utilizados, por exemplo, para a


manutenção do ponto de operação de transistores.

Neste circuito um aumento de temperatura tende a provocar um aumento na corrente


de coletor (devido a ICBO). Entretanto, o aumento na temperatura provoca uma redução
na resistência do NTC, reduzindo o VBE do transistor e corrigindo o ponto de operação.

Outro exemplo de aplicação dos termistores é o controle de temperatura.

SENAI-SP – INTRANET 95
CT079-09
Instrumentação e sensores

A variação na temperatura do termistor (NTC ou PTC) provoca uma variação na tensão


aplicada à entrada do disparador Schmitt. Através do relé acoplado ao disparador
pode-se comandar resistências de aquecimento ou aparelhos de refrigeração.

A outra forma de utilização geralmente utiliza o termistor em série com a carga, de


forma que a corrente de carga (ou parte dela) circule através do termistor. Neste tipo
de aplicação a própria dissipação de potência no termistor provoca o seu aquecimento,
fazendo variar a sua resistência.

Nos aparelhos de TV a cores existe uma bobina paras a desmagnetização do tubo. Ao


ligar o aparelho, esta bobina deve produzir por alguns segundos um campo magnético
intenso que depois deve praticamente desaparecer.

Para que isto aconteça, a bobina de desmagnetização é conectada em série com um


PTC.

Ao ligar a alimentação, o PTC está frio e com baixa resistência. A corrente circulante é
intensa, produzindo o campo desmagnetizante.

A corrente da bobina circula através do PCT provocando uma dissipação que eleva a
temperatura do componente. Com a elevação da temperatura, a resistência do PTC
aumenta, reduzindo a corrente circulante na bobina.

Após alguns segundos, o sistema atinge o equilíbrio com o PTC em alta resistência,
que o praticamente elimina o campo desmagnetizante que já cumpriu a sua função.

96 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores Avaliado pelo Comitê Técnico de
Eletricidade/2007.

Sensores de posição

Aqui nós vamos estudar o princípio de funcionamento de sensores especiais, entre


eles, os encoders e resolver, dispositivos usados para servoposicionamento. São eles
que fornecem os dados de posição para o controle de acionamento dos motores.

Um encoder é um dispositivo eletromecânico que pode monitorar movimento ou


posição.

Um típico encoder usa sensores óticos para fornecer uma série de pulsos que podem
ser traduzidos em movimento, posição ou direção.

SENAI-SP – INTRANET 97
CT079-09
Instrumentação e sensores

O disco do diagrama é bem fino e um Led fixo é montado para que sua luz seja
continuamente focada através das fendas do disco. Um fototransístor é montado do
outro lado do disco para detectar a luz do Led. O disco é montado no eixo do motor ou
outro dispositivo que terá sua posição medida. Quando o eixo girar, o disco girará
também.

A luz do Led focada no fototransístor irá produzir um trem-de-pulsos. Este tipo de disco
foi usado no princípio das aplicações, mas o tamanho das fendas no disco metálico
limitou a quantidade de precisão que poderia ser obtida. Se mais buracos forem feitos
no disco ele se tornará muito frágil para uso industrial.

Encoder rotativo incremental

Um encoder com um set de pulsos não seria útil se não pudesse indicar a direção de
rotação.

A maioria dos encoders incrementais possuem um segundo set de pulsos que é


defasado do primeiro set de pulsos, e um único pulso para indicar cada vez que o
encoder fez uma volta completa.

Desde que os dois sets de pulso estão fora de fase, é possível determinar em que
direção o eixo está girando através da quantidade de deslocamento de fase entre o
primeiro e o segundo set de pulsos. O primeiro set é chamado de A e o segundo set de
B. Uma terceira fonte de luz é usada para detectar o pulso único que aparece após
uma volta. Este pulso é chamado pulso de comando. Ele é usado para contar
revoluções do eixo onde o encoder estiver conectado.

98 SENAI-SP – INTRANET
CT079-09
Instrumentação e sensores

Desde que um encoder incremental somente fornece um trem-de-pulsos, um home


switch deve ser usado com este tipo de encoder para garantir que o encoder seja
calibrado para o atual home position (ou ponto de referência). Os primeiros discos de
encoder, que eram feitos de metal, não eram tão úteis quando uma resolução maior
era exigida. Hoje os discos de encoder são feitos de vidro com segmentos opacos
(barras) gravados neles.

Assim que o disco do encoder gira, os segmentos opacos bloqueiam a luz e, onde o
vidro é limpo, a luz é deixada passar. Isto fornece um trem-de-pulsos similar ao disco
de encoder que possui furos. Encoders típicos de vidro possuem de 100 a 6.000
segmentos. Isto significa que estes encoders podem fornecer 3,6q de resolução, para o
encoder de 100 segmentos, a 0,06q de resolução para o encoder para o encoder com
6000 segmentos.

Se o eixo do encoder é conectado a um eixo de acionamento de um motor que por sua


vez é conectado a um fuso de esferas ou uma engrenagem de redução, o número de
graus de resolução pode ser convertido em posição linear.

Seria impossível fazer centenas de furos no disco de encoder para se ter uma alta
resolução. Esta é a razão dos encoders modernos com alta resolução usarem discos
de vidro gravados com segmentos opacos alternados.

O segundo trem-de-pulsos é desenvolvido neste tipo de encoder colocando-se uma


segunda fonte de luz e um segundo sensor a um ângulo diferente do primeiro set.
Como a posição da segunda fonte de luz é diferente da primeira, o segundo trem-de-
pulsos será deslocado do primeiro como se existissem dois sets de furos. Isto permite
ao disco do encoder fornecer ambas as informações de incremento e de rotação com
um único set de barras opacas gravadas.

SENAI-SP – INTRANET 99
CT079-09
Instrumentação e sensores

O segundo trem-de-pulsos é usado para determinar a direção de rotação para o disco


de encoder.

Encoder Absoluto

Uma das maiores desvantagens do encoder incremental é que o número de pulsos que
é contado é armazenado em um buffer ou contador externo. Se uma falta de energia
ocorre, a contagem será perdida. Isto significa que, se uma máquina com um encoder
tem sua alimentação elétrica interrompida à noite ou para manutenção, o encoder não
mais saberá sua exata posição quando a energia for restaurada.

O encoder necessita de um switch de referência (home position switch ou home I) para


indicar a posição correta da máquina. O encoder incremental usa uma rotina de
referência (ou home routine) que força o motor a se mover até que um switch de
referência (home position switch) seja ativado. Quando o home limit switch é acionado,
o buffer ou contador é zerado e o sistema sabe onde está com relação a pontos fixos
de posição.

100 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

O encoder absoluto é projetado para corrigir este problema de tal modo que a máquina
sempre saberá sua posição.

Construção interna de um encoder óptico absoluto

Este tipo de encoder possui segmentos opacos e transparentes como o encoder


incremental. Estes segmentos formam múltiplos grupos em círculos concêntricos no
disco do encoder semelhante a um alvo.

Os círculos concêntricos começam no meio do disco do encoder e, à medida que se


dirigem de dentro para fora, cada círculo passa a ter o dobro do número de segmentos
que o círculo interno anterior. O primeiro anel, que é o mais interno, tem um segmento
opaco e outro transparente. O segundo anel tem dois segmentos opacos e dois
transparentes, o terceiro tem quatro de cada segmento e assim por diante. Se o
encoder tem 10 anéis, seu anel mais externo terá 512 segmentos, se forem 16 anéis
terá 32.767 segmentos.

2n = no. de segmentos (n = no. de anéis)

SENAI-SP – INTRANET 101


CT079-09
Instrumentação e sensores

Desde que cada anel do encoder absoluto tem o dobro do número de segmentos do
anel anterior, os valores formam números para um sistema de contagem binária.

Neste tipo de encoder haverá uma fonte de luz e um receptor para cada anel no disco
do encoder. Isto significa que o encoder com 10 anéis tem 10 sets de fontes luminosas
e receptores e o encoder com 16 anéis também 16 fontes de luz e receptores.

A vantagem do encoder absoluto é que ele pode fazer a contagem decrescente de


modo que o disco faça uma revolução durante o completo trajeto da máquina. Se o
comprimento do trajeto da máquina é 200mm e o encoder tem 16 bits de resolução, a
resolução será 200/65536, que é 0,00305mm. Se o trajeto para a máquina é maior,
assim como 200cm, usamos um encoder para cobrir cada centímetro do trajeto e um
segundo para cobrir posições dentro de 1cm. Isto significa que um encoder contará
uma volta completa para a distância de 200cm enquanto o outro contará uma volta
completa para a distância de 1cm.

Desde que o encoder absoluto produz somente um número distinto ou bit padrão para
cada posição dentro de seu range, ele sabe onde está em cada ponto dentro de
extremos de seu trajeto. Por isso, não necessita ser deslocado para o home position da
máquina a cada vez que a energia elétrica é desligada.

Encoder Linear

Este tipo de encoder tem operação similar ao encoder absoluto rotativo. O encoder
linear tem duas peças idênticas de vidro retangular que são gravadas com segmentos
opacos e transparentes.

Uma das peças de vidro é fixada e a outra se move por um braço deslizante que é
preso à parte móvel de uma máquina ou robô. Quando a máquina ou robô se move, o
braço move a peça deslizante de vidro diante da peça fixa. A cada ponto ao longo de
seu movimento, os segmentos opacos e transparentes de vidro criarão um único
padrão de luz (segmentos on/off) que serão decodificados em um número binário que
indicará a posição.

A principal vantagem deste tipo de encoder é que o tamanho das placas de vidro será
o mesmo da distância total do trajeto da máquina. Isto garante que a máquina saberá
exatamente onde ela está a cada ponto ao longo da trajetória, mesmo que a
alimentação elétrica da máquina tenha sido desligada e ligada.

102 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

A figura abaixo mostra um encoder que tem resolução abaixo de 0,000 000 1 in ou 0,1
micron.

Da figura, você pode ver que este tipo de encoder é especificamente projetado mais
para trajeto lineares que rotativos.

Estes encoders são necessários para usinagem de precisão, solda ou aplicações que
usem lasers. A última tecnologia requer superfícies altamente polidas ou acabadas que
devem estar dentro de rigorosas tolerâncias e as tecnologia mais antigas não podem
fornecer a quantidade de resolução exigida.

Resolveres

Um resólver é um transdutor que usa um enrolamento de estator e um de rotor para


produzir formas de onda para a medida do ângulo de um eixo.
O termo genérico para todos estes tipos de transdutores é sincro.

SENAI-SP – INTRANET 103


CT079-09
Instrumentação e sensores

A figura acima mostra um exemplo de um resólver com o rotor removido do estator (a).
Em (b) podemos ver que o estator usa três bobinas conectadas em Y e o rotor usa
uma bobina simples. Em (c) vemos que o estator tem duas bobinas separadas que são
montadas com 90° de diferença uma da outra. Se o transdutor usa três bobinas
conectadas em Y, é geralmente denominado um sincro e se o estator tem dois
enrolamentos é geralmente denominado um resolver.

Na operação do resolver, o rotor é excitado com uma tensão AC. O estator e o rotor
funcionarão como um gerador e uma tensão será produzida entre os enrolamentos S1
e S 3 e outra tensão, defasada de 90°, será produzida entre os enrolamentos S2 e S 4 .

Cada forma de onda representa uma revolução completa do eixo do rotor (360°).

Uma das primeiras aplicações de resolveres foi para indicar o posicionamento de


canhões em destróieres. Nestes primeiros resolveres, a soma de duas tensões era
enviada a um amplificador cuja saída era conectada diretamente ao motor.

Nesta configuração, uma tensão de setpoint também era enviada ao amplificador e o


motor começaria o movimentar as armas. Isto giraria o eixo do resolver até que a
tensão de saída do resolver fornecesse uma quantidade de tensão igual a do set point.

Desde que a tensão de setpoint e a tensão do resolver estão fora de fase, as duas
tensões se cancelariam quando fossem iguais o que significaria que a tensão
resultante enviada ao motor seria zero e o motor pararia de se mover. Foi importante
também nesta primeira aplicação que o suporte (plataforma) do canhão pudesse fazer
somente uma revolução.

104 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Estes primeiros resolveres não foram muito úteis, sem modificações, em aplicações
onde o eixo do motor dava várias voltas.

O resólver pode determinar a posição do rotor dentro de 1 grau qualquer em uma


revolução.

Uma vez que o resolver é preso ao eixo do motor para determinar sua posição, ele
pode ser conectado diretamente ou através de um conjunto de engrenagens. Se
engrenagens são usadas, um resólver menos preciso e um mais preciso podem ser
usados para determinar o posicionamento do eixo em qualquer lugar ao longo do
movimento inteiro.

O encoder menos preciso é montado (engrenado) para fazer somente uma revolução
sobre o range inteiro do trajeto e o resólver mais preciso é engrenado para fazer uma
revolução a cada 200 cm, por exemplo.

Resolveres são tipicamente usados em aplicações robóticas e máquinas-ferramentas


onde a posição do eixo de um robô ou máquina deve ser determinada continuamente.

Um outro avanço na tecnologia de resolveres ocorreu quando amplificadores


operacionais (ao) se tornaram mais refinados.

O a.o. tem a capacidade de comparar a tensão entre as duas formas de onda dos
estatores e determinar a posição exata do eixo de rotação dentro de 0,001 graus.
O a.o. pode também ser usado para detectar que forma de onda está adiantada ou
atrasada com relação à outra. Isto indica se a rotação do eixo é no sentido horário ou
anti-horário.

Problemas com um resólver são simples porque ele atua como um gerador, e seus
enrolamentos como um transformador. O teste mais simples para o resolver é aplicar
uma tensão de excitação CA nos terminais R2 e R4 do rotor.

Se a tensão de excitação está presente, a tensão deve estar presente entre os


terminais S1-S3 e S2 -S4 do estator porque a relação entre os enrolamentos do rotor e
do estator é essencialmente a mesma entre os enrolamentos do primário e secundário
de um transformador. Esta relação estará presente se o eixo do rotor estiver girando ou
não.

SENAI-SP – INTRANET 105


CT079-09
Instrumentação e sensores

Quando o resólver está girando, a forma de onda da tensão do estator será uma
senóide, como a de um alternador CA, que pode ser medida em um osciloscópio. Se
uma tensão de excitação está presente mas uma ou ambas as tensões do estator não
estão presentes, os enrolamentos do rotor ou do estator estarão abertos. Pode-se
desconectar o resólver e testar ambos os enrolamentos do rotor ou estator quanto à
continuidade. Se qualquer um dos enrolamentos estiver aberto, o resólver deve ser
substituído.

O segundo tipo de problema que ocorre com o resólver é em função dos fios que ligam
os enrolamentos do estator e rotor ao circuito de controle do resólver que podem estar
abertos. Visto que o resólver deve ser montado próximo ao eixo do motor e o circuito
de detecção é mostrado próximo aos controles, a quantidade de fios entre os dois
pode ser significativa e pode haver dois ou mais terminais de conexão entre eles.

Os fios podem começar a ficar soltos em qualquer um destes conectores ou eles


podem estar interrompidos em qualquer lugar entre eles. Você pode determinar se a
fiação tem algum problema pelo teste da tensão de excitação na fonte (circuito de
controle de resólver) e no resólver.

Se houver tensão na saída do circuito, um dos dois fios pode estar interrompido. O
circuito do estator pode ser testado de maneira similar, exceto se a tensão é
desenvolvida no estator e ele usa os fios para chegar ao controlador. Isto significa que
a tensão deve ser testada no estator e então no controlador. Se a tensão estiver
presente no estator mas não no controlador, deve haver uma interrupção no fio.

Créditos Comitê Técnico de Eletricidade/2007


SENAI-SP André Gustavo Sacardo
Augusto Lins de Albuquerque Neto
Cláudio Correia
Douglas Airoldi
Edvaldo Freire Cabral
Roberto Sanches Cazado
Ronaldo Gomes Figueira
Sergio Machado Bello

106 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Verificar o funcionamento de
instrumento ferro móvel

Esse ensaio tem como objetivo, demonstrar o funcionamento de instrumento de


medidas elétricas de ferro móvel para medições de corrente e tensão elétrica.

Procedimentos
1. Montar o instrumento de medida de ferro móvel conforme figura abaixo.

Medição de corrente:
2. Ajuste os balanços do ponteiro do sistema de ferro móvel, de forma que o ponteiro
indique um pouco à esquerda do zero da escala.

SENAI-SP – INTRANET 107


CT079-09
Instrumentação e sensores

3. Faça as ligações conforme a figura abaixo com o reostato no máximo de


resistência.

4. Feche o circuito aplicando 30 Volts C.A., avance o cursor do reostato anotando 5


valores da escala, anote os respectivos valores da corrente.

5. Repita os itens 3 e 4 com corrente contínua.

Medição de tensão:
6. Faça as ligações conforme a figura abaixo com o reostato ligado em paralelo na
rede como potenciômetro.

7. Ajuste os contrapesos do ponteiro, alinhando-os com zero da escala.

8. Aplique 35V C.CC., avance passo a passo o cursor do reostato e anote


respectivamente 4 ou 5 valores da escala e a tensão. Desligue.

9. Repita o ítem 8 com C.A.

108 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Verificar o funcionamento de
instrumento de bobina móvel

Esse ensaio tem como objetivo, demonstrar o funcionamento de instrumento de


medidas elétricas de bobina móvel para medição de corrente e tensão elétrica.

Procedimentos
1. Montar o instrumento de medida de bobina móvel conforme figura abaixo.

SENAI-SP – INTRANET 109


CT079-09
Instrumentação e sensores

2. Posicione os pesos de balanço do ponteiro do sistema de bobina móvel, para que o


ponteiro indique um pouco à esquerda da marca zero da escala, como a figura
abaixo.

Medição de corrente:
3. Monte o circuito conforme a figura abaixo

4. Note que a bobina de medição, o reostato, o amperímetro e a chave, são todos


ligados em série.

110 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

5. Posicione o cursor do reostato.

6. Posicione os pesos de balanço do ponteiro para que ele alinhe com o zero da
escala.

7. Ligue a fonte de C.C.

8. Posicione o cursor do reostato para que o ponteiro indique 3, 6 e 9 e assim por


diante.

9. No papel milimetrado, trace uma curva “I” para os vários pontos da escala C.C:

Medição de tensão:
10. Monte o circuito conforme a figura abaixo

11. Note que neste circuito o reostato é ligado como potenciômetro (Divisor de
Tensão).

12. Observe que o voltímetro deve registrar a tensão aplicada às bobinas.

13. Proceda como nos itens 6, 7 e 8.

14. Anote a voltagem. Desligue.

15. Das informações obtidas acima, trace no papel milimetrado uma curva de tensão
“E”, para os vários pontos da escala C.C.

SENAI-SP – INTRANET 111


CT079-09
Instrumentação e sensores

112 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Verificar o funcionamento de
instrumento eletrodinâmico

Esse ensaio tem como objetivo, demonstrar o funcionamento de instrumento de


medidas elétricas eletrodinâmico para medições de grandezas elétricas.

Procedimentos
1. Monte o parelho conforme a figura abaixo.

SENAI-SP – INTRANET 113


CT079-09
Instrumentação e sensores

2. Ajuste o ponteiro na escala, usando os pesos no balanço do ponteiro como mostra


a figura abaixo.

3. Ligue o circuito conforme a figura abaixo.

4. Regule a fonte de alimentação alternada, para que o instrumento eletrodinâmico,


ligado através do resistor, indique inicialmente a primeira divisão grande da escala.

114 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

5. Anote as leituras de tensão e corrente.

6. Aumente a tensão na fonte, ate o instrumento indicar a segunda divisão grande da


escala.

7. Anote as leituras de tensão e corrente.

8. Aumente a tensão na fonte e anote as leituras de tensão e de corrente, para todas


as restantes divisões grandes da escala. Desligue a fonte

9. Repita os itens 4, 5, 6, 7, 8, com uma fonte de corrente contínua.

10. Calcule os valores de potência para cada medição.

SENAI-SP – INTRANET 115


CT079-09
Instrumentação e sensores

116 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Verificar o funcionamento de
instrumentos especiais

Esse ensaio tem como objetivo, apresentar ao aluno o funcionamento e a forma de


ligação e leitura de instrumentos especiais; megôhmetro, ponte de weatstone,
wattímetro e fasímetro.

Procedimentos
1. Utilizar o meghômetro:
a) Medir a resistência de isolação de um motor elétrico utilizando um meghômetro.

2. Utilizar a ponte de weatstone:


a) Medir a resistência elétrica das bobinas de um transformador utilizando a ponte
de weatstone.

3. Utilizar o wattímetro:
a) Montar o circuito abaixo:

b) Acionar as chaves S1, S2 e verificar a variação dos valores de potência


indicados pelo wattímetro.

SENAI-SP – INTRANET 117


CT079-09
Instrumentação e sensores

118 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Ligar sensores indutivos

Nesse ensaio o aluno vai verificar o funcionamento de sensores e tipos de ligações


possíveis

Procedimentos
1. Montar o circuito abaixo com os sensores em paralelo.

2. Aproximar aos sensores diversos tipos de materiais e observar o que ocorre.

SENAI-SP – INTRANET 119


CT079-09
Instrumentação e sensores

3. Montar o circuito abaixo, com os sensores em série.

4. Aproximar aos sensores diversos tipos de materiais e observar o que ocorre.

120 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Ligar sensores capacitivos

Nesse ensaio o aluno vai verificar o funcionamento de sensores capacitivos e tipos de


ligação possíveis.

Procedimentos
1. Montar o circuito abaixo com os sensores em paralelo.

2. Aproximar aos sensores diversos tipos de materiais e observar o que ocorre.

SENAI-SP – INTRANET 121


CT079-09
Instrumentação e sensores

3. Montar o circuito abaixo, com os sensores em série.

4. Aproximar aos sensores diversos tipos de materiais e observar o que ocorre.

122 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Ligar sensores ópticos

Nesse ensaio o aluno vai verificar o funcionamento de sensores ópticos e tipos de


ligações possíveis.

Procedimentos
1. Montar o circuito abaixo com os sensores em paralelo.

2. Interromper a incidência de luz no pólo sensor e observar o que ocorre

SENAI-SP – INTRANET 123


CT079-09
Instrumentação e sensores

3. Montar o circuito abaixo, com os sensores em série.

4. Interromper a incidência de luz no pólo sensor e observar o que ocorre

124 SENAI-SP – INTRANET


CT079-09
Instrumentação e sensores

Referências

SENAI-SP. Eletricista de manutenção Ill - Comandos eletroeletrônicos. Por Aurélio


Ribeiro, Irandi Dutra, José Geraldo Belato, José Roberto Nunes do Espírito Santo e
Regina Célia Roland Novaes. São Paulo, 1994.

SENAI-SP. Eletricista de manutenção - Bobinagem de motor monofásico de fase


auxiliar. Por Antônio da Conceição Vieira, Antônio Moreno Neto, Francisco de Assis
Costa e Silva, Hernani Rossi Contrucci e José Carlos de Souza. São Paulo, 1986.

SENAI-SP. Reparador de equipamentos eletrônicos ll - Eletrotécnica. Por Irandi


Dutra, José Geraldo Belato e Regina Célia Roland Novaes,. São Paulo, 1990.

SENAI-SP. Técnico em mecatrônica - Robótica. Por Júlio César de Almeida Freitas e


Paulo Bueno Santos. São Paulo, 2000.

SENAI-SP. Eletricista e mecânico de refrigeração. Por Reinaldo José Vicelli e Sérgio


Nobre Franco. São Paulo, 1986.

SENAI-SP – INTRANET 125


CT079-09
126

S-ar putea să vă placă și