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PROCEDIMENTOS DE ENSINO
OBJETIVOS-
1. Distinguir os tipos de recursos didáticos;
Reconhecer a relevância dos fundamentos da educação, e não,
necessariamente, dos recursos didáticos, da técnica em si adotada de forma
isolada e sem contexto;
2. Identificar a forma como o professor trabalha o conhecimento, que
dependerá de sua concepção de educação e que se refletirá no tipo de
formação oferecida ao educando;
3. Reconhecer que a educação tanto pode ser considerada instrumento de
opressão bem como de transformação e libertação.
INTRODUÇÃO
Boa tarde, Jean!
Faz-se necessária a contextualização do processo de aprendizagem,
sobretudo, quando respaldamos a prática em perspectivas progressistas da
educação.
Não temos a pretensão de esgotarmos a temática em questão, sendo
importante mencionar que a didática se faz ao caminhar. Porém,
acrescentamos que não deve ser uma ação qualquer, mas uma ação pensada,
refletida e consciente.
A partir das diversas literaturas especializadas sobre o assunto em pauta, cabe
ao professor, fazer a apropriação crítica, a sua leitura própria, (re)significando
os modelos de ensino apresentados por estudiosos e praticantes da educação.
VS
Segundo a referida professora, na hora em que preparava a aula a partir das
determinações da escola, pensou em como iria apresentar o termo dinning room
(sala de jantar), quando a maior parte de seus alunos, segundo seu depoimento
em fóruns da disciplina de didática, comiam na cozinha ou sentados no chão da
sala e, com sorte, num sofá.
A professora Regina teve que pensar num mini-discurso para falar de diferenças
de mundo, da “farsa” das ilustrações dos livros, da ideologia dominante por trás
daquilo tudo e acrescentou que parecia até “novela das oito” com aquelas mesas
com 12 lugares e aquele café da manhã de hotel 5 estrelas.
Ao tratar desse assunto em um dos fóruns de didática, ela fez o seguinte
questionamento:
“Agora, imagine só se eu tentasse apresentar o termo sem ter tido essa
preocupação? O que passaria pela cabeça dos meus alunos? Eu falando inglês
fluentemente, em cima do meu salto alto, dizendo que o “normal” é a pessoa
jantar no seu ‘dinning room’ e os alunos comendo no chão?” Entretanto, apesar
da contradição entre teoria e prática, entre conhecimento científico, escolarizado
e conhecimento popular, não significa dizer que a professora não deveria ensinar
os termos, o vocabulário sofisticado, pois, de outra forma, como contribuir para
a libertação da condição de opressão? Como contribuir para transformar
realidades sociais?
Sendo assim, ao compreendermos a educação como instrumento de mudança
social, cabe ao professor, sim, partir das realidades dos educandos, mostrar as
contradições e instigá-los ao desejo de intervenção social, pois ele não
transforma quando acredita que tudo está determinado e que não há mais nada
a fazer.
ANEXO PDF
Saiba mais
A possibilidade de um novo método de ensino, o interdisciplinar, pois, na aula de
matemática, podemos fazer um levantamento estatístico do índice de jovens que
contraíram HIV no último ano. As possibilidades são infinitas e dependerão, claro, da
criatividade do professor, de sua curiosidade e ânsia pelo conhecimento, visando oferecer
aos alunos condições de pesquisa, de produção de conhecimentos. Esperamos que, a partir
dos resultados da aula, se debata sobre esses mesmos resultados, no sentido de
conscientização e contribuição social, o que nem sempre é tarefa fácil, pois, mais uma
vez, estamos lidando com seres humanos. Fazer pesquisas sobre DSTs – doenças
sexualmente transmissíveis também não oferece garantias de que os jovens envolvidos
no estudo em questão não adotarão mais atitudes irresponsáveis e impensadas, de modo
que fiquem protegidos contra os males das doenças. Retornando à proposta desse item,
de apresentar o método da produção de conhecimentos; trata-se de abrirmos um espaço
para o debate, indagando os alunos sobre o que poderiam dizer sobre o assunto, mediando
os saberes deles, refletindo sobre suas falas, comparando ao conhecimento científico,
buscando novas informações, gerando a dúvida e o senso de inquietação e coletividade.
A descoberta de um aluno poderá contribuir para todos os sujeitos envolvidos no processo
formativo. Cabe ao professor falar com os alunos, questioná-los, fazer a escuta trabalhada
que, segundo Paulo Freire, trata-se de partirmos do óbvio, da realidade do educando, de
seu saber e devolver de forma sistematizada, científica. Enquanto os alunos debatem
sobre o assunto, mediados pelo professor, produzem-se conhecimentos, sem a pretensão
de que se encontrou a resposta definitiva para o objeto de estudos em questão. A postura
de alunos e professores se modifica, pois rompe-se com o modelo linear de ensino, do
professor para o aluno, na medida em que o conhecimento é tratado interativamente, em
forma de rede.
FIM DO ANEXO PDF
A seguir, podemos comparar, através dos desenhos, dois estilos de sala de aula:
O primeiro, o modelo de uma aula tradicional; O segundo, o modelo interativo,
em forma de rede, em que não sabemos mais onde começa o processo de
aprendizagem e onde termina, se é que termina.
Vamos refletir sobre os modelos de sala de aula A e B expostos a seguir?
Modelo A
Nesse caso, o professor faz um monólogo e sequer se dá conta das
necessidades especiais de seus alunos. Ele é distante, formal e determina o
conhecimento como verdade absoluta. Não há produção de conhecimentos,
produção de saberes.
Modelo B
Já no modelo de sala de aula B, é difícil precisar em que ponto se iniciou o
processo de aprendizagem; se iniciou no professor ou no aluno a, b ou c, pois,
a ênfase é na coletividade, na participação democrática, na interação social, na
dialética.
Com o exemplo citado, fica evidente que o professor da língua portuguesa não
foi preparado para trabalhar de forma interdisciplinar.
Ele perde a oportunidade de construir conhecimentos com seu próprio aluno,
buscando informação sobre o conceito ou significado do termo “Teoremas de
Pitágoras”, o que poderia contribuir para o aprendizado do aluno na própria
disciplina de matemática.
Denominação de método
Para Santos e Grumbach (2005), o método pode ser denominado de:
Analógico- É aquele que faz a integração dos outros dois).
Dedutivo- É aquele que vai do geral para o particular.
Indutivo- É aquele que vai do particular para o geral.
Ao se referirem ao geral, os autores estão sinalizando para o conceito abstrato,
universal, para o conhecimento científico. Ao se referirem ao particular, eles
sinalizam para casos concretos, específicos, reais.
Cabe ao professor dialogar com essas duas lógicas, articulando-as
dialeticamente e apresentando suas próprias respostas, sobretudo, quando
respalda a prática em perspectivas progressistas, crítica da educação.
A construção do saber
O espaço cibernético está se tornando um lugar essencial para a construção do
saber, uma vez que abre infinitas possibilidades. Surge, então, uma nova cultura
de aprendizagem com a emergência de uma nova inteligência, a inteligência
coletiva (Levy, 1994) ― tudo isso graças a essa nova forma de cooperação e
coordenação em tempo real.
Sobre esse fenômeno da plasticidade da informação, reflexos já se fazem sentir
no campo da educação e todos, em especial, professores e alunos, poderão se
beneficiar.
Porém, faz-se necessária a atualização docente, visando atender às demandas
sociais atuais, sob risco de os professores ficarem na contramão da história.
Não há mais como evitar essa realidade no campo educacional, o que requer do
educador novas posturas para planejar o cenário pedagógico, levando em conta
que cada vez mais pessoas se tornam usuárias e navegam com intensa
facilidade no espaço virtual.
Inclusão digital
Marco Silva (2003) se refere à infoexclusão, afirmando que deve ser combatida.
Para esse estudioso, não basta ter acesso à informação digitalizada:
Se não houver investimento na formação dos usuários para que a tecnologia não
seja subutilizada, não haverá inclusão digital de fato, e a internet perderá a
perspectiva democratizante.
É preciso qualificar comunidades excluídas dotando-as de competências para
participar na era digital, na cybercultura, na sociedade da informação. Softwares
educativos devem ser concebidos para “potenciar a aprendizagem e o trabalho
do professor (Ibid., p. 262), e não para servir como mero instrumental.
Computadores ligados à internet disponíveis aos alunos não implicam aulas
interativas capazes de promover o desenvolvimento da autonomia e visão crítica
de mundo dos estudantes.
Saiba +
Cybercultura é uma metodologia de ensino fechada, sem a possibilidade de
estabelecer relações de reciprocidade entre educador e educando no universo
cibernético, não permite a colaboração na manipulação das informações, que
ganham sentido através das ações de cada indivíduo, o qual deixa de ser mero
receptor para tornar-se também emissor da informação (Ibid.).
Diante disso, é preciso estimular os alunos a uma nova atitude frente à
cybercultura, tendo em vista os modelos tradicionais, conservadores enraizados
e presentes, ainda hoje, início do século XXI, nas escolas e universidades.
Silva (2010, p. 27-45) propõe que a sala de aula seja interativa e considerada
um ambiente em que:
[...] o professor interrompe a tradição de falar/ditar, deixando de identificar-se
com o contador de histórias, e adotar uma postura semelhante a do designer de
software interativo.
Ele constrói um conjunto de territórios a serem explorados pelos alunos e
disponibiliza co-autoria de múltiplas conexões, permitindo que o aluno também
faça por si mesmo [...] uma possibilidade libertadora da autoria do usuário sobre
sua ação de conhecer.
O educando assumirá, então, o papel de conduzir seu próprio saber e será não
mais aquele que se submete à emissão do professor, mas aquele que (re)inventa
a mensagem, salta de um ponto a outro fazendo o seu próprio roteiro, não
seguindo mais as páginas do livro de modo unitário e contínuo (Silva, 2010, p.
85).
Atividades Propostas
1) A partir dos termos destacados, produza um texto de 10 linhas, tomando como
referência a pedagogia progressista:
Prática pedagógica;
Conhecimento.
2) Faça um fichamento do artigo intitulado “EaD: desafios à docência” publicado
por Ana Maria Conde Pinto e Therezinha de Jesus Conde Pinto na Revista La
Salle, Conhecimento e Diversidade, disponível em:
http://www.revistas.unilasalle.edu.br/index.php/conhecimento_diversidade/articl
e/viewFile/527/388. Acesso em 28 jan. 2016.
Resumo
Este artigo trata da educação à distância como desafio à docência, considerando que se faz
necessário construir uma nova cultura de aprendizagem, tendo em vista as demandas sociais
atuais, marcadas pela globalização da economia. Acrescenta-se, ainda, que essa era requer do
educador avançar além de práticas pedagógicas em que o conhecimento é tratado de forma
verticalizada e transmitido linearmente como verdade absoluta, não contribuindo para a
formação de uma geração autônoma, crítica e reflexiva. Levando em conta que as TICS –
Tecnologias de Informação e Comunicação – cada vez mais estão presentes na vida das pessoas,
especialmente dos jovens, não há como negar essa realidade no contexto educacional, que
requer diálogo e mudança de atitude de alunos e professores, na construção do conhecimento.
Porém, não é suficiente sofisticar apenas os recursos didáticos e a tecnologia. É preciso
incrementar a formação docente continuada, com estudos que auxiliem a atender às
solicitações para lidar com a sociedade contemporânea. É oportuno, portanto, que as
instituições educacionais considerem as contribuições da Educação à Distância. Palavras-chave:
Educação à distância; Tecnologias; Docência; Construção do conhecimento; Aprendizagem.
Resumo do Conteúdo
Explore +
Para maior aprofundamento sobre os métodos de ensino, leia o artigo “O método
Paulo Freire” acessando o site:
http://educampoparaense.org/site/media/biblioteca/pdf/18O_METODO_PAULO
_FREIRE.pdf Link inativo
http://www.revistas.unilasalle.edu.br/index.php/conhecimento_diversidade/articl
e/viewFile/527/388. Acesso em 28 jan. 2016.
Conheça mais sobre MOOCs no site disponível em:
https://www.institutoclaro.org.br/blog/conheca-plataformas-mooc-novo-conceito-
de-educacao-a-distancia/. Acesso em 28 jan. 2016.