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O que é a PEC 241?

A PEC 241 propõe que, a partir de 2017, as despesas primárias da União fiquem limitadas ao que foi gasto no ano
anterior corrigido pela inflação. Ou seja, em 2017, a despesa em termos reais (isto é, descontada a inflação ocorrida
em 2016) ficará igual à realizada em 2016. Por sua vez, em 2018, o limite anual será o teto de 2017 acrescido da
inflação, em 2017. E assim por diante, enquanto a PEC estiver em vigor.

O objetivo é conter a expansão da despesa pública primária que, no período 2008-2015, cresceu, anualmente, em
média, 6% acima da inflação. O controle da expansão da despesa primária é fundamental para reduzir a despesa
financeira, pois permite ao governo financiar sua dívida com uma taxa de juro menor. De fato, ao buscar adequar
suas despesas às receitas auferidas, o governo sinaliza para os detentores de títulos públicos que os valores
contratualmente estipulados nesses títulos serão honrados, possibilitando menores taxas na negociação de novos
títulos públicos.

PEC 241
O governo Temer sustenta que a PEC é necessária para controlar gastos públicos, que estariam em uma trajetória
insustentável de crescimento. Segundo dados do Tesouro Nacional e do IBGE, entre 1997 e 2015 as despesas do
Governo Federal cresceram de R$ 133 bilhões para R$ 1,15 trilhão, um crescimento de mais de 864%. No mesmo
período, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), do IBGE, subiu 306%. Ou seja, os gastos
reais do governo cresceram em ritmo acelerado ao longo de quase duas décadas. Esse crescimento de gastos deve-
se em grande parte a regras da nossa legislação que garantem reajustes acima da inflação para várias áreas do
orçamento público.

Esse aumento dos gastos não era visto como um problema ao longo da década passada, já que o governo também
arrecadou mais receitas,graças ao crescimento econômico na década de 2000. Mas com a crise econômica que o
país vivencia desde 2015, essa questão voltou a receber atenção. O problema é que, enquanto os gastos continuam
a subir, a arrecadação de tributos desacelerou muito, junto com o resto da economia. Em 2015, o governo
arrecadou 5,62% menos recursos do que em 2014, em valores reais.

Antecipando a grave situação da política fiscal, o governo de Dilma planejou um ajuste no início de 2015, que não
incluía a ideia de teto, mas procurava evitar um rombo nas contas públicas. As principais medidas eram cortar gastos
e aumentar impostos. O ajuste não saiu da forma como a equipe econômica de Dilma esperava. Em 2016, com o
afastamento dela e a chegada de Temer à presidência, foram escolhidos um novo ministro da Fazenda e auxiliares,
que têm procurado solucionar a questão fiscal através do controle das despesas.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES DO TETO DE DESPESAS?

Caso o teto de gastos seja aprovado, a tendência é que dentro de alguns anos o Estado brasileiro tenha uma
participação menor na economia e que sejam limitados os recursos que financiam serviços públicos, tais
como educação e saúde.

Por lei, o governo deve destinar um percentual de suas receitas para essas áreas. Você pode aprender melhor sobre
isso no nosso post sobre quanto o governo investe em saúde e educação. Entre 2003 e 2015, os gastos para tais
serviços públicos, considerados muito importantes para o desenvolvimento e melhoria de qualidade de vida do país,
cresceram em média 6,25% ao ano acima da inflação. Saúde e educação serão incluídas na regra do teto, mas devem
sempre crescer pelo menos o equivalente à inflação, ou então mais, se o governo conseguir cortar gastos em outras
áreas. Além disso, o governo estuda aumentar o percentual mínimo de investimento em saúde previsto em lei, o que
garantiria R$ 10 bilhões a mais a partir de 2017. Com crescimento controlado das despesas nessas áreas, pode
haver menos recursos disponíveis, o que pode afetá-las negativamente.
PEC 241 E O SALÁRIO MÍNIMO

A PEC 241 prevê que, se o limite de gastos for desrespeitado pelo poder público, o salário mínimo não poderá ser
reajustado acima da inflação. Por isso, haverá uma grande relação entre o congelamento dos gastos públicos e
o valor do salário mínimo nos próximos anos. O Jornal Estadão realizou um cálculo, por meio de um sistema de
notícias em tempo real da Agência Estado, que conclui: o salário mínimo seria de R$400,00 hoje, se a PEC estivesse
em vigor desde 1998. Essa conta foi realizada pelo economista Bráulio Borges, pesquisador associado do
Departamento de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

De 1998 para 2016, o salário teve aumento médio de 4,2% ao ano. Se aprovada a proposta, seria muito provável
que ele crescesse junto à inflação, e questões como a diminuição da desigualdade social e o crescimento do poder
aquisitivo de classes mais baixas não teriam ocorrido.

PEC 241 E A PREVIDÊNCIA

O governo afirma que a PEC 241 não terá efeito se outras medidas não forem tomadas, especialmente a reforma da
Previdência. Isso porque a Previdência Social é despesa obrigatória que representa mais de 40% dos gastos do
governo (excluindo juros da dívida pública). E a tendência é que os gastos com Previdência aumentem cada vez mais
nos próximos anos. Como a PEC 241 impõe o congelamento, o crescimento real de gastos previdenciários implicaria
diminuição de despesas não obrigatórias, como apontaram especialistas consultados pelo G1.

TETO DE GASTOS: EXPERIÊNCIA DE OUTROS PAÍSES

Segundo a Agência Pública, outros países chegaram a adotar limites de gastos públicos. Alguns exemplos
são Holanda, Finlândia e Suécia. Entretanto, nenhum deles chegou a impor um teto com as condições da PEC 241.
Na maior parte dos casos, as condições do limite de gastos são revistas depois de quatro ou cinco anos. O teto
proposto pelo governo Temer duraria 20 anos, com possibilidade de revisão a partir de dez. Além disso, muitos
países não limitaram o crescimento das despesas apenas à inflação. A Dinamarca, por exemplo, limitava o
crescimento real a 0,5% ao ano. Por fim, nenhum país chegou a incluir a norma de congelamento de gastos na
Constituição.

OPINIÕES DE QUEM É CONTRA E A FAVOR DA PEC 241

A favor da PEC 241

 O governo afirma que a austeridade seria o único caminho para recuperar a economia. Alterando as leis que
regem as contas públicas, elas melhorariam e seria recuperada a competitividade da economia por meio de
redução de salários e gastos públicos;

 Necessidade de contenção de gastos para diminuir a dívida pública, que está em trajetória crescente;

 Produzirá efeitos de restabelecimento da economia em longo prazo.

Contra a PEC 241

 A diminuição do gasto afetaria políticas públicas que beneficiam diretamente classes sociais mais baixas – as
mais dependentes dos serviços oferecidos pelo Estado -, o que tende a piorar sua qualidade de vida e
retroceder o quadro de desigualdade social no país, que melhorou nos últimos anos;

 Apesar de a política de valorização acima da inflação ter onerado as contas do governo, por outro lado
ajudou a reduzir a desigualdade e a movimentar a atividade econômica, ressaltam especialistas;

 A oposição argumenta que o pagamento com juros da dívida pública não é atingido pela PEC.

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