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A TRADIÇÃO E O ESOTERISMO DE NOSSO TEMPO

A tradição, termo sobre o qual discorremos mais adiante, faz referência a


quatro Eras: Era de Ouro, de Prata, de Bronze e de Ferro, segundo os mitos
gregos; ou Krita Yuga, Tetrâ Yuga, Dvâpara Yuga e Kali Yuga, conforme
diz o ensinamento Hindu. Outras Mitologias fazem também referência a
esse processo involutivo da humanidade.

A era de ouro caracteriza-se por ser um período de paz, harmonia e


juventude eternas; na de prata surgem as estações, a agricultura os
excessos, o envelhecimento; na de bronze surgem as armas, as guerras, a
mortalidade; na idade de ferro agrava-se a decadência, perversões, vícios,
angústias e toda sorte de males.

Relativamente ao conhecimento esotérico, acreditamos ser possível traçar


um paralelo entre cada uma das épocas e a disseminação do mesmo. É
lícito supor que na Era de Ouro o conhecimento era pleno para todos os
seres da humanidade, daí a paz e a harmonia; um período de tanta luz, que
os conhecimentos sagrados mais elevados, que hoje são ensinados nos altos
graus da iniciação, eram ensinados na pré-escola para as crianças.

Na era de prata tornando-se os seres humanos mais densos, impôs-se os


primeiros véus de segredo, de sorte que gradativamente o saber passou a
ser reservado; na era de bronze, em decorrência da materialização e
corrupção dos humanos, somente Sacerdotes, reis, homens santos e
guerreiros de caráter ímpar lograram realizar a sabedoria.

Finalmente, na idade do ferro, que é a nossa, vive-se uma situação


paradoxal. Há uma proliferação de “mestres”, escolas; informações por
variados meios, que fazem crer num retorno à idade dourada, mas ao
observador atento tal crença revela-se ilusória. Pois as igrejas querem
dinheiro, se uniram aos governos que desejam poder e dominação sobre o
povo, e tais governos atendem ao interesse de magos negros, seres que
desejam o mal da humanidade.

Um rápido olhar sobre as fontes do saber esotérico de nosso tempo nos


mostra:

Na literatura – Existem vastas e disseminadas fontes literárias sobre os


mistérios, seja através de livros, seja através de revistas, seja por meio da
internet. O material disponível, na grande maioria dessas fontes, busca
validades em pesquisas nem sempre bem fundadas, suposições baseadas na

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pseudo-história; vemos canalizações duvidosas, pessoas que se dizem
íntimas dos Mestres e que deles recebem instruções diretas.

Ainda na literatura esotérica atual, seus autores nem sempre demonstram


vivência, ou terem recebido revelações de fonte segura, ou mesmo que
tenham alcançado a iluminação. Destaca-se especialmente aquele tipo de
literatura que interpreta a bel prazer, ou simplesmente especula sobre os
mistérios; outras literaturas ofertam fórmulas capazes de tornar o indivíduo
iluminado, ou ensinam práticas que dizem ser a razão do sucesso de
grandes homens do passado e do presente.

Fiquemos atentos, pois os meios de comunicação e imprensa tem sido


usado como grande colaboradora destes falsários do saber e curiosos do
conhecimento ilusório.

Nos Espaços esotéricos – Escolas Místicas e Mestres-Gurus se proliferam


em toda parte. Cuidado com os Gurus, e com escolas que prometem
poderes e sabedorias a partir de pequenas contribuições financeiras.
Cuidado com quem ensina esoterismo atrelado às ciências do mundo.

A verdadeira Tradição mostra-nos que sempre foi necessário, para ser


admitido numa Escola ou Círculo íntimo de algum Mestre verdadeiro, o
interessado nos Mistérios deveria dar provas de pureza, sinceridade,
perseverança, humildade, simplicidade e submeter-se às exigências
requeridas por aquela Escola ou Mestre, e assim, evoluir na senda.

As escolas e igrejas não exigem nada hoje em dia, não possuem critérios,
abstinências, aceitam a todos, sob um falso véu de democracia, alegam que
todos têm direito de receber iniciações, pois todos são filhos de Deus. E
sabemos que não é bem assim.

Nos tempos atuais, as Ordens e Escolas é que procuram os candidatos à


iluminação e criam facilidades, tais como, iniciações à distância, pelos
correios, até por telefone alguns já foram “iniciados”. E claro que tudo isso
ocorre a preços módicos.

Estejam atentos, pois a iniciação é que deve ser buscada, por isso, divulgar
institutos, universidades místicas, esotéricas ou grupos de fachada visando
encontrar tais buscadores é algo lícito, mas deve ser feito com calma,
discrição e muita responsabilidade. A seguir, caso algum buscador nos
encontre, devemos trata-lo com zelo, carinho, mas sem exceções, sem
concessões, pois o buscador é que precisa moldar sua vida e caráter às

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regras da iniciação, e não o contrário. Outro detalhe, jamais poderemos
cobrar dinheiro por iniciações, nem mensalidades, jamais.

Nos Centros de Cura – Outro modismo atual está nos serviços


adivinhatórios, e nos harmonizadores e terapêuticos. Todos estão
amplamente disseminados.

A oferta de serviços para quem deseja buscar a saúde, a paz, a harmonia e a


felicidade, sem que seja necessário qualquer sacrifício ou reforma pessoal
está à disposição de todos. A ilusão destas pessoas diz que basta seguir as
orientações e submeter-se às práticas do profissional destes serviços, e tudo
ficará bem. Ledo engano.

O que na Tradição sempre ocorreu de forma sigilosa, discreta e gratuita,


hodiernamente ocorre de forma frívola, propagandista, comercial e
arrogante.

Terapeutas prometem curar o câncer, curar a Aids, reprogramar o Karma,


como se tudo isso fosse possível partindo de terceiros. Os centros de Cura,
baseados em “passes magnéticos”, águas magnetizadas ou ionizadas,
pílulas sagradas, ou ainda, baseados em pessoas teoricamente médiuns
incorporadores de espíritos curandeiros, tudo isso gerou um grande atrativo
para a dissimulação, interdependência psíquica, falsários e comerciantes da
medicina, pseudo-gurus holísticos e, por fim, gerou uma massa de ricos e
bem sucedidos proprietários de Universidades e Casas Terapêuticas, além
de outra massa, aquela formada pelo povo carente e alienado de espírito,
mas que pode gastar muito dinheiro em busca de uma cura que sempre
esteve dentro da própria pessoa.

O Esoterismo significa Mistério, e todo Mistério deve ser desvelado.


Porém, o desvelo não ocorre pela busca em si, mas pelo mérito daquele que
busca a Revelação.

A definição de esoterismo tem sido amplamente disseminada. Abaixo


transcrevemos a mais comum:

“Esoterismo. [Do fr. ésotérisme] S.m.1 Filos. Doutrina ou atitude de


espírito que preconiza que o ensinamento da verdade (cientifica, filosófica
ou religiosa) deve reservar-se a número restrito de iniciados, escolhidos por
sua inteligência ou valor moral. 2. Designação que abrange um complexo
conjunto de doutrinas práticas e ensinamentos de teor religioso e
espiritualista, em que se confundem influências de religiões orientais e
ciências ocultas, associadas a técnicas terapêuticas, e que, supostamente,

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mobilizam energias não integrantes da ciência e que visam a iniciar o
individuo nos caminhos do autoconhecimento, da paz espiritual, da
sabedoria, da saúde, da imortalidade, etc.”

O Esoterismo significa “fechado”, ou ainda “para poucos”, “reservado aos


mais capacitados”.

Já o Exoterismo, escrito com a letra “x” significa “aberto”, “popular”,


“para todos”, “disponível a quem desejar”.

Assim, temos que o dinheiro é algo EXOTÉRICO, pois está disponível


para todos, está em todo lugar, está sempre à mostra. Porém, seu poder, sua
quantidade, seu acúmulo e riqueza estão no campo ESOTÉRICO, pois
mostra-se disponível para poucos, apenas aos mais capacitados, que se
tornaram ricos graças ao seu trabalho, heranças ou corrupção.

Seja como for, a riqueza é algo esotérico, enquanto o papel usado na


fabricação do dinheiro é algo exotérico.

De igual modo está a Iniciação, a Verdade, a Cura, o Conhecimento


Sagrado, que estão amplamente divulgados na internet e nos livros
públicos, de forma EXOTÉRICA. Mas que protegem e escondem os
verdadeiros significados, que apenas os mais capacitados e preparados
poderão acessar de forma ESOTÉRICA.

Segundo dizia Confúcio: “A água em si está disponível a todos, na poça, na


lama, nas chuvas. Mas a água pura, limpa e saudável está protegida nas
montanhas, disponível apenas aos mais esforçados.”

O QUE É O SEGREDO?

Para entendermos o que é o “Segredo”, precisamos ler um antigo texto


entalhado numa placa de Mármore que foi encontrada na Ilha de ítalos, na
Magna Grécia, datada com mais de 03 mil anos. Nela estava escrito:

“O que é esse poder eu não posso dizer, tudo o que posso falar é que ele existe e
funciona. O Segredo é uma Lei Universal da atração magnética. Nossa parte
não é descobrir o “como” ele funciona, nem o “por que” ele existe, mas usufruir
dessa força do universo. Essa força de atração magnética onde cada

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pensamento nosso emite uma onda que atrairá sua forma correspondente.
Você pensa e este ato gera uma causa e o universo atrai um efeito. Essa é a
verdadeira energia, proclamada por tantos e tantos profetas e visionários dos
tempos antigos. Este é o começo da tão sonhada Nova Era de Ouro, o momento
em que cada ser humano reconhece que a sua felicidade depende única e
exclusivamente dele mesmo, dele, dos seus pensamentos e ações. ”

Torna-se espantoso o fato de que os antigos gregos já falavam em


magnetismo, pois a história oficial alega que tal conhecimento só se tornou
possível na idade moderna.

Alguns sonhadores e desavisados alegam que esta nossa época atual está
mais bem informada, mais civilizada e muito mais evoluída do que as Eras
e povos do passado. Enfim, que é uma nova era dourada.

Para nós isso está longe de ser verdade. Vivemos em trevas, nunca a
humanidade esteve tão alienada, escravizada e enganada como hoje.

As ciências mentem, os governos omitem e se corrompem, as pessoas caem


em narcisismo e apegos mundanos.

As religiões se deixaram levar pela cultura do comodismo e da boa


convivência com o mundo profano, ou seja, evitam polêmicas, as religiões
ensinam seus fieis, sejam eles católicos, budistas, evangélicos ou hare
krishnas, a não enfrentar o sistema, a obedecer aos governos, a servir o
mundo, e seguem cegamente o que a ciência diz.

As escolas de iniciação possuem um vasto material informativo sobre


esoterismo, alimentam a proliferação de mestres, escolas e gurus,
demonstrando quão longe estão da verdade.

Em nenhuma época se permitiu tanta barbárie, falsidade e discórdia.


Vivemos num período onde as pessoas, em grande maioria, se dedicam ao
trabalho escravo e alienante, almejam uma felicidade material, qual seja:
um carro, uma bela casa, férias na praia, turismo, roupas elegantes, boa
aparência física e todo tipo de status possível.

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Disse certa vez o sábio Platão, adepto do fisiculturismo: “Quero ser forte,
de boa aparência, com músculos evidentes, para ter saúde, ou para que os
outros vejam e me elogiem ou invejem? Aqui está a diferença entre o sábio
e o tolo”.

E por outro lado, as pessoas que percebem a ilusão da matéria e a perda de


tempo que é a busca pelo acúmulo de riquezas materiais e aparências
exteriores, acabam se dirigindo para o mundo do esoterismo e misticismo, e
caem nas mãos das falsas Escolas de Iniciação, dos falsos gurus e das
duvidosas teologias místicas.

Um renomado pesquisador e professor, Arthur Powell, escreveu:

“Em nosso mundo atual, não há paz nem harmonia. Envelhece-se


precocemente, a infância e a juventude são gastos na construção de
conhecimentos para sobrevivência; os jovens perdem a infância e
adolescência nas escolas que alienam e nos tornam robôs; há guerras e
não há códigos de honra; a verdadeira Sabedoria difundida pelas
inúmeras Ordens e Escolas é na maioria dos casos, ilusória. Em
matéria de conhecimento esotérico, os verdadeiros Iniciados são
taxados de retrógrados e fora de mora, fora do Zeitgeist, quando
decidem resgatar e vivenciar com rigor a preservação de valores,
rituais, costumes e posturas eternamente valorizadas pela autêntica
Tradição”.

O mesmo renomado professor e premiado estudioso da Antropologia,


Arthur Powell, também diz que:

“Um traço peculiar de nossa época é a enorme importância que se dá,


não apenas em política, mas agora até mesmo na religião, à
ponderação de se algo está de acordo ou não com o espírito deste nosso
Século. O culto de nosso século, que na verdade é o culto narcisista e
inconsciente a nós mesmos, produz um estado de ânimo geral
absolutamente desfavorável à religiosidade verdadeira, uma inflação
da alma que é incompatível com a verdadeira inteligência, e ainda mais
com a espiritualidade libertadora.”

Para encerrar sua afirmação, o professor Powell destaca que:

“Em nosso tempo, as pessoas não querem “Deus”, elas querem “um
Deus”, que seja um fantoche delas mesmas, isto é, que as permita viver
como querem e depois ainda as premiem com bênçãos e favores
materiais. Querem um Deus que as abençoe na matéria, com riquezas e

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posses. Desejam viver na luxúria, na promiscuidade, na mentira e na
vaidade, e que por fim, este “Deus” lhes perdoe ou lhes aprove. Outro
ponto percebido é que as pessoas não querem “a religião”, mas sim,
querem “uma religião”, que não lhes diga o que não podem fazer, e
que jamais as façam perceber o quão erradas estão em suas atitudes.
Querem “uma religião” permissiva, sem regras que vão contra seus
achismos e desejos pecaminosos. Aqui surge um nicho perfeito para os
falsos gurus e falsas Doutrinas, que apenas dizem aquilo que as pessoas
querem ouvir, e permitem que elas façam de tudo, sem qualquer receio
ou remorso. Afinal, como elas gostam de dizer e se iludir, ‘o meu deus
me ama e me quer feliz’. Como se o verdadeiro Deus, sendo Sumo Bem
e Suma Verdade, almejasse algo em contrário. Todo o Universo segue
Leis e Regras, e isso gera a sua bela e inefável harmonia. Leis e Regras,
eis a libertação do homem.”

Ao falarmos em Tradição, percebemos o quanto esta palavra vem perdendo


o seu verdadeiro sentido e significado.

O sentido da palavra Tradição ficou corrompido, bem como seus os reais


propósitos. Tudo isso fez com que determinados conhecimentos fossem
tornados secretos. Assim, convém discorrer sobre o entendimento que os
buscadores sinceros têm dos termos: Tradição e Esoterismo.

A palavra Tradição, significa:

“1. Ato de Transmitir ou Entregar ; 2. Transmissão oral de lendas,


fatos, etc., de idade em idade, geração em geração. 3. Transmissão de
valores espirituais através de gerações.

Vulgarmente, porém, o termo Tradição ficou vinculado com a palavra dela


derivada, que é a palavra “Tradicionalismo”, cujo significado é:

“1. Aferro, apego, amor às tradições ou usos antigos. 2. Sistema de


crença baseado na tradição. 3. Conservadorismo.”

Já o termo “Esoterismo”, que em nosso tempo sofreu grande degradação,


conforme a definição e prática geral, pode conduzir às agruras referidas na
obra “O Asno de Ouro”, uma sátira escrita no século 2 d.C. pelo poeta
latino Lúcio Apuléio, à qual citamos um trecho:

“Conta-se que Lúcius viajou à Tessália em busca da Iniciação, e ali


encontrou uma Sacerdotisa que se comprometeu a ensiná-lo; lhe disse
que, para receber a sabedoria esotérica, teria que tomar a forma de

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um pássaro; em consequência, para tal, lhe deu uma bebida, que, ao
tomá-la, em vez de converter Apuleio em um pássaro, foi transformado
em burro (...).”

A sátira narra que Lucius conseguiu reverter a situação, mas que isto
somente foi possível em função das provas pelas quais ele passou e venceu.

Em nosso tempo, quem tem determinação, paciência e humildade para


submeter-se a provas?

As pessoas que se dizem “esotéricas” e “espiritualizadas”, “buscadoras


sinceras”, quando insatisfeitas com alguém ou com algo, quando
contrariadas em seus achismos e crendices, abandonam o caminho e vagam
de um mestre a outro, de escola em escola; de espaço a espaço, sendo
carregados (assim como o burro de Apuleio), de centenas de informações
livrescas e vivências esotéricas, e isso causará grandes riscos para a sua
sanidade do corpo e da alma.

Para nós, a melhor definição da palavra “Esoterismo” está contida num


documento antigo, chamado de Papiro de Thot, atualmente arquivado no
Museu do Cairo, Egito, escrito pelo Sacerdote Ormuz, oriundo de
Alexandria, onde diz:

“O esoterismo é o Caminho reservado aos adeptos, é o sentido interior


de toda coisa, que pode ser percebido por meio da intuição. É também
a atitude do espírito que se questiona sobre o mistério e ao próprio
mistério.”

Este trecho, contido no Papiro, destaca o Esoterismo como o aspecto


interior de todas as coisas. Destaca também a intuição. Com efeito, essa
qualidade é marcadamente um atributo necessário à percepção do sagrado e
demanda dedicação e disciplina. Sem isto, não se faz Iniciação.

Por último, ressaltamos outra sabedoria contida no Papiro de Thot, onde


destaca o ato de “questionar-se e questionar o próprio mistério”. O Iniciado
é um estudioso por excelência, não fica estagnado, esperando receber a
verdade. Ela a busca com amor, perseverança e assiduidade. Sua fé não é
cega, pois como um questionador ele torna-se conhecedor, e por isso, sua
Fé é esclarecida, coerente e forte como um rochedo.

Para evitar que nos alonguemos nessa análise, entendemos que o poema a
seguir traduz magistralmente tudo o que se pode dizer sobre o Esoterismo,
a Tradição e a Iniciação.

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Vejamos.

Discípulo!
Arma-te com a tocha dos Mistérios,
E na noite terrestre
Descobrirás
O teu Duplo Luminoso,
A Tua Alma Celeste
Segue o Teu Guia Divino
E que ele seja o Teu Gênio,
Pois ele tem a chave das tuas existências
Passadas e Futuras
Escutai em vós Mesmos
E Olhai o Infinito
Do Espaço e do Tempo
Aí ouve-se o canto dos Astros,
A voz dos Números,
A Harmonia das Esferas.
Cada Sol
É um Pensamento de Deus, e cada Planeta
Um modo deste Pensamento.
Conhecer o Pensamento Divino, ó Almas!
É a Razão pela qual vós desceis
E subis penosamente
O caminho dos céus.
Ó, Almas perdidas ou salvas!
Eles dizem,
Eles cantam,
Eles rolam os vossos destinos!”.

Hermes Trismegistos

A Verdadeira Literatura Esotérica

A verdadeira Escola de Iniciação e a verdadeira Literatura Esotérica estão


baseadas na Tradição. E conforme dissemos a Tradição não é
conservadorismo, nem apego aos costumes arcaicos, mas sim, a
preservação do que é sagrado, bom, harmônico e verdadeiro.

A verdadeira Escola de Iniciação e a verdadeira Literatura Esotérica só


poderão ser desveladas através de uma linguagem simbólica, secreta e
enigmática. As Chaves necessárias para este desvelamento exigirão que a

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pessoa receba uma Iniciação Autêntica, séria e incorrupta, recebida de um
Iniciador ou Escola verdadeira.

Esta Iniciação Autêntica contém advertências para afastar os curiosos e


corruptores das coisas sagradas. Isso fica claro nos seguintes dizeres:

“Através do véu de todas as alegorias hieráticas e místicas dos antigos


dogmas, através das trevas e provas bizarras de todas as iniciações, sob
o selo de todas as escrituras sagradas, nas ruínas de Nínive ou Tebas,
sobre as pedras carcomidas dos antigos templos e na face escurecida
das esfinges da Assíria e do Egito, nas pinturas monstruosas ou
maravilhosas que produzem para o crente da Índia as páginas
sagradas dos Vedas, nos emblemas estranhos dos nossos velhos livros
de alquimia, encontram-se os traços de uma Doutrina Sagrada que em
toda parte é a mesma e em toda parte está escondida cuidadosamente.”

No Templo de Saqqara, no Egito, antigo centro mundial de Iniciações


durante a Era de Ouro, ainda está gravado em suas paredes o seguinte
aviso:

“Simples curiosos e vós, que procurais o poder brutal e o domínio


sobre o próximo! Tu que procurais nestes estudos iniciáticos o meio de
saciar as vossas paixões, ódios, amores, ambições e rancores! Tu que
procurais o ganho material vindo até este sagrado Templo! Tu és um
desgraçado que tendes sofrido e não tendes sabido perdoar! Aqui
temos um livro, mas que não é para vós.”

As verdadeiras Escolas iniciáticas e os verdadeiros Mestres não eram


acessíveis aos apressados, ávidos de prestígio e por poderes. Nas
verdadeiras Escolas, os Mestres eram ocultos, apenas alguns poucos
membros se davam a conhecer. Os Neófitos não conheciam seus superiores
nem mantinham contato pessoal com os Mestres, somente recebiam as
instruções através de um mediador, que era o único a dar-se a conhecer.

Se você é um Buscador, ou Buscadora, e se cansou das vaidades do mundo,


saiba que sempre existiu uma “Confraria” de seres que “habitam de forma
visível e invisível” as cidades dos homens.

Nosso Criador YAOHU os cobriu com uma nuvem para protegê-los da


malvadeza de seus inimigos. Por isso, na Suméria, no Egito, em Jerusalém,
depois na Espanha, e mais tarde na França, estes seres foram chamados de
Alumbrados e depois de os “Invisíveis” — fato este que deve estar
relacionado com o ser transcendente dessas personalidades enigmáticas.

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Esta Confraria era conhecida como a Escola da Serpente, depois ficou
conhecida como Escola de Mistérios do Olho de Hórus, passando a receber
o nome de o Caminho Essênio, posteriormente recebeu a alcunha de
Cavalaria Templária de Cristo e por fim, de Sagrada Ordem do Silêncio, ou
ainda, “Confraria Arcana dos Irmãos do Silêncio”.

O trabalho oculto desta Confraria sempre visou a paz, o amor, a lealdade e


a felicidade de toda a humanidade.

Alguns nomes também foram utilizados como forma de proteção e zelo


pela Tradição, tais como Cátaros, Gnósticos, Rosacruzes, Maçons e
Martinistas.

Seja lá qual nome esta Confraria ficou conhecida ou permitiu-se conhecer,


todos estes nomes são apenas uma máscara e uma capa exterior de
proteção. Pois o verdadeiro nome desta Confraria só é revelado no último
grau da Iniciação.

Um antigo Mestre e Alquimista, chamado de Martinez de Pasqually


escreveu:

“(...) sempre houve uma assembleia interior, a Sociedade dos Eleitos, a


sociedade daqueles que tinham o maior número de aptidões para pro-
curar e receber a Verdadeira Luz. E esta sociedade interior era
chamada de o Santuário Interior ou Igreja Interior. Ela recebeu o
depósito primitivo de todas as revelações e mistérios, a chave da
verdadeira ciência, tanto divina quanto natural (...)!”

Para total pena e degradação do homem contemporâneo, o que vemos


atualmente é um Esoterismo fraudulento e uma Iniciação ilusória, uma
simples acumulação de informações, irreligiosidade e uma fábrica de
titulação e diplomação de pseudos mestres, pseudos-gurus e pseudos-
iniciados.

“Sem a correspondente transformação interior do próprio homem e


sem a menor evidência de Sabedoria a ela inerente, toda e qualquer
Iniciação é falha.” (Martinez de Pasqually)

O que vemos no século XX e XXI é a vulgarização de ensinamentos,


práticas, vivências que acabam por afastar o homem, mais do que
aproximá-lo do Sagrado. Numa palavra, ilusionamento.

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O que temos atualmente não é Iniciação, mas sim, um Ilusionamento.

Iludido, o sujeito pensa superar problemas pessoais e existenciais, sem o


correspondente esforço de autotransformação, que só acontece mediante
submissão às provas da vida, da convivência e da própria Iniciação a que
todos devemos nos submeter a fim de que possamos almejar o sonhado
título de Filhos da Luz.

Essa é a razão pela qual estamos vinculados à Iniciação Oculta e Silenciosa


e por ela nos velamos.

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