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Área de concentração:
Lavra de Minas
CDU: 621.926
Catalogação: sisbin@sisbin.ufop.br
Dedicatória
Resumo
Abstract
The conventional mining methods employed in most iron ore mines around
the world are based in truck haulage. Starting in 1977, Samarco S/A has
successfully introduced an innovative mining method in its iron ore mine located in
Mariana, MG, Brazil.
Samarco’s mining method, known as “belt conveyor-based mining”, has
replaced haul trucks for belt conveyors on the benches, with the front-end loaders
feeding the ore directly into the conveyor system through a ore-transfer silo. This
method has been used successfully ever since, delivering operational costs
significantly lower than those of conventional mining methods.
The present research describes a technological innovation effort focused on
the challenge of further reducing the mining costs of the belt-conveyor-based
mining method. The main objective is to validate the feasibility of the “in-pit” self-
propelled crusher method against the conventional mining method using haul
trucks, and against the current “belt conveyor-based mining”.
The approach is based on the comparison of the operational and economic
indicators achieved after the implementation of the “in-pit” crusher method against
the forecasts on the original feasibility study. The results have shown that the “in-
pit” crusher method is highly competitive in comparison to the other methods
analyzed. The cost savings estimated in the original feasibility study have been
validated and were considered appropriate in relation to the international case-
studies evaluated as part of the research.
Sumário
1 Introdução ................................................................................... 1
2 Objetivo ....................................................................................... 2
2.1 Objetivo geral ................................................................................ 2
2.2 Objetivos Específicos .................................................................... 2
2.3 Justificativa .................................................................................... 2
3 Apresentando a Samarco Mineração S/A ................................. 3
4 Revisão bibliográfica.................................................................. 4
4.1 Histórico ........................................................................................ 4
4.2 Métodos de Lavra analisados........................................................ 6
4.2.1 Método de Lavra convencional por caminhões ......................... 6
4.2.2 Vantagens da lavra convencional: .......................................... 11
4.2.3 Desvantagens da lavra convencional: ..................................... 12
4.3 Método de Lavra por sistema de correias ................................... 13
4.3.1 A classificação das correias transportadoras aplicadas nas
Minas da Samarco mineração S/A, divide-se em: ............................. 17
4.3.2 Estudo dos tempos e movimentos .......................................... 20
4.3.3 Distribuição dos custos operacionais ...................................... 23
4.3.4 Vantagens da Lavra por sistema de correias transportadoras 24
4.3.5 Desvantagens da Lavra por correias. ..................................... 25
4.4 Lavra por sistema de britagem móvel “in Pit” .............................. 26
4.4.1 Classificação das britagens “in pit”.......................................... 27
4.4.2 Desenvolvimento e planejamento do método de britagem
móvel. ................................................................................................ 30
4.4.3 Sistema de britagem móvel auto propelido. ............................ 35
4.4.4 Vantagens da Britagem móvel “in pit” auto propelida.............. 38
4.4.5 Desvantagens da britagem móvel “in pit” auto propelida ........ 39
4.5 Estudo de viabilidade econômica ................................................ 40
4.5.1 Estudo de caso 01 .................................................................. 40
4.5.2 Estudo de caso 02 .................................................................. 42
4.5.3 Estudo de caso 03 .................................................................. 43
iv
6 Conclusões ............................................................................... 87
7 Sugestões para estudos futuros ............................................. 88
8 Referências Bibliográficas ....................................................... 89
vi
Lista de figuras
Lista de Tabelas
1 Introdução
2 Objetivo
2.3 Justificativa
4 Revisão bibliográfica
4.1 Histórico
32%
Perfuração e
Desmonte
Carregamento
52%
Transporte
16%
Descarga
Transporte
Retorno
Desmonte
Carregamento
Estrutura de custos
operacionais
5%
30%
Perfuração e
Desmonte
Carregamento
Transporte
50%
Britagem Primária
15%
Manutenção
48,5% 51,5%
Operação
Figura 10: Vista das correias transportadoras CV26 e CV001, que alimentam as
Usinas I e II, respectivamente.
Figura 11: Vista da pulha pulmão 01 sendo alimentada por duas correias coletoras
CV 01 e CV24.
9% Desmonte
Mecânico
Carregamento
41%
Transporte
50% Correias
Uma unidade mais recente foi montada para a Shougang Mining na China,
figura 22.
O maior desafio por parte das operações mineiras é o plano para se ajustar
às limitações do sistema de correias móveis por ser menos flexível. Deve-se levar
em consideração o tamanho máximo de blocos possíveis de alimentação do
sistema de britagem para a detonação adequada. Além disso, é preciso
considerar a distância de segurança exigida para a detonação. A figura 30
apresenta a sequência de atividades para a execução segura da detonação nas
frentes de lavra em operação.
38
Resultados alcançados
Figura 31: Gráfico comparativo dos custos específicos, estudo de caso 01.
Conclusões
Os custos específicos USD/t, apresentaram uma diferença de 50% entre a
lavra convencional e a britagem móvel, reduzindo de 1.20 USD/t para 0.60 USD/t.
Parcialmente a maior diferença está no transporte: a lavra convencional por
caminhões representa um custo 4,76 vezes maior que a britagem móvel.
42
Resultados alcançados:
Figura 32: Gráfico comparativo dos custos específicos, estudo de caso 02.
43
Conclusões
Os custos específicos USD/t, apresentaram uma diferença de 64% entre a
lavra convencional em operação e a britagem móvel em estudo.
4.5.3 Estudo de caso 03
Estudo apresentado por Trueman, 2001. Empresa Metso, fabricante do sistema
de britagem móvel.
Massa de Material Movimentado Anual ---------- 2.000.000 toneladas
Produção por hora ------------------------------------------- 1.000 toneladas
Vida útil da mina ------------------------------------------------------- 30 anos
Alternativas estudadas:
Alternativa A – lavra convencional por caminhões
Alternativa B – Lavra por britagem móvel “in pit” e correias transportadoras
LOCOTRACK modelo LT 160 alimentado por escavadeira
Alternativa C - Lavra por britagem móvel “in pit” e correias transportadoras
LOCOTRACK modelo LT 140 alimentado por escavadeira
Alternativa C - Lavra por britagem móvel “in pit” e correias transportadoras
LOCOTRACK modelo LT 160 e MAF( alimentador móvel de sapatas) alimentado
por carregadeiras pneumáticas
Arranjo dos equipamentos requeridos
Resultados alcançados
Figura 33: Gráfico comparativo dos custos específicos, estudo de caso 03.
Conclusões
Os custos específicos USD/t apresentaram uma diferença de 38% entre a
lavra convencional (alternativa A) e a britagem móvel (alternativa B), reduzindo de
0.53 USD/t para 0.33 USD/t. As alternativas C e D são melhores que a alternativa
A, porém possuindo um custo maior que a alternativa B. Observa-se que a
alternativa B, possui um número total de equipamentos menor, porém de porte
superior as alternativas C e D.
Resultados alcançados:
Figura 34: Gráfico comparativo dos custos específicos, estudo de caso 04.
Conclusões
Os custos específicos USD/t, apresentaram uma diferença de 49% entre a
lavra convencional e a britagem móvel, reduzindo de 0.69 USD/t para 0.35 USD/t.
Parcialmente a maior diferença está no transporte. A lavra convencional por
caminhões representa um custo 3,36 vezes maior que a britagem móvel.
4.6 Análise dos estudos de casos:
Figura 35: Gráfico comparativo dos custos específicos dos casos analisados.
5 Desenvolvimento
CA
CR
HP
AP
GV
CR CA
CT
Legenda
CT
AP – Alimentador de Placas
CA – Caminhão Fora de Estrada
CR – Carregadeira
CT – Correias Transportadoras
GV – Grelha Vibratória PP PE
HP – Hopper
PE – Pilha de Estéril
PP – Pilha Pulmão (Produto da Mina) Usina de Beneficiamento
CR GH
CR
AP
CS
GV
CR CA
CT
Legenda CT
AP – Alimentador de Placas
CA – Caminhão Fora de Estrada
CR – Carregadeira
CT – Correias Transportadoras
CS – Carregador Simples PP PE
GH – Grelha Horizontal
GV – Grelha Vibratória
PE – Pilha de Estéril Usina de Beneficiamento
PP – Pilha Pulmão (Produto da Mina)
BM
GV
ES
AP
LL LL LL
LK CT
CT
Legenda
AP – Alimentador Principal
BM – Britador de Mandíbula
CT – Correias Transportadoras
ES – Escavadeira PP
GV – Grelha Vibratória
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas Usina de Beneficiamento
PP – Pilha Pulmão (Produto da Mina)
Alternativa 02 - LCT X X X X X
Alternativa 03 - LBM X X X
52
Carregadores
1,0 4.636 1.475 - - - - - -
Hopper
Carregadores
- - - 1,3 6.408 1.067 - - -
Simples
Britagem
- - - - - - 0,8 5.039 1.323
Móvel
Correias
Transportadoras 1,0 4.636 1.475 4,0 19.225 1.040 4,0 15.117 1.323
Móveis
59
CAR. SIMPLES - - - - - -
BRITAGEM MÓVEL - - - - - -
CORREIAS
TRANSPORTADORAS
1,00 90% 61% 55% 4.636 1.438
CAR. HOPPER - - - - - -
BRITAGEM MÓVEL - - - - - -
CORREIAS
TRANSPORTADORAS
4,00 90% 61% 55%
19.225 1.040
CAR. HOPPER - - - - - -
CAR. SIMPLES - - - - - -
3,25
3,00
0,33
0,00
L/TMN KWH/TMN
1.800
1.474
1.323
1,11 1.200
1,00
1.074
0,81
600
Alternativa 03 - LBM Alternativa 02 - LCT Alternativa 01 - LCC
100%
37% 33%
42%
75%
Operação
50% Manutenção
44% 47% Aquisição
40%
25%
1,36
1,50
1,20
0,67 1,00 Operação
0,50 Manutenção
1,00
Aquisição
0,33
Total Operacional
0,60
0,64 0,60
0,50
0,47
(0,50)
Alternativa 01 - LCC
Alternativa 02 - LCT
(1,00) Alternativa 03 - LBM
(1,00) (1,00)
(2,00)
1 2
CT
LL
CT
LK
LL
CT
ES
ES
LK Legenda
CT – Correias Transportadoras
ES – Escavadeira
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
3 4
CT
CT
LL
LL
LK
Legenda LK
CT – Correias Transportadoras
ES
ES – Escavadeira
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
5 6
CT CT
LL
LL
LK
LK
ES
ES
Legenda
CT – Correias Transportadoras
ES – Escavadeira
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
Caso sejam alimentados blocos pela escavadeira com tamanho maior que
900 mm, capacidade do britador, o mesmo será fracionado por meio de um
rompedor hidráulico montado no conjunto da britagem móvel.
Para obtenção da capacidade máxima de produtividade do conjunto
escavadeira e britagem móvel é necessário que o sincronismo entre operação de
escavação e alimentação sejam equilibrados de forma a garantir melhor eficiência
de peneiramento. A figura 57 apresenta a condição ideal em comparação com a
incorreta.
1 2
LE
Empilhamento Empilhamento
LE
incorreto LP
correto
LP Legenda
AP – Alimentador Principal
BM – Britador de Mandíbula
GV GV GV – Grelha Vibratória
LE – Linha de Empilhamento
LP – Linha de Peneiramento.
BM BM
AP AP
Legenda
CT – Correias Transportadoras
LK LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
LL 01 22 ° RD – Rodeiro de Pneus
MT – Moega de Transferência
RD
LL 03
22 °
CT
MT
O limite para uma operação segura é de 22° conforme a figura 58. Ângulos
menores podem ocasionar uma força resultante, com o movimento da britagem,
forçando a moega de transferência e desalinhando o sistema de alimentação da
correia transportadora.
A movimentação da correia pneumática LL03 (figura 58) deve
obrigatoriamente ser radial. Para tanto é necessário que o rodeiro seja posicionado
no sentido transversal da correia. A correia LL01 (figura 58) não possui rodeiro,
ficando apoiada na britagem móvel e na correia LL03 figura 58, sendo chamada de
73
LK RD
LL 01
RD LL 02
LL 03
Legenda
CT – Correias Transportadoras
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
RD – Rodeiro de Pneus
MT – Moega de Transferência
CT
MT
LK RD
LL 01
LL 02
Legenda LL 03
CT – Correias Transportadoras
LK – Britagem Móvel
RD
LL – Correias Pneumáticas
RD – Rodeiro de Pneus
CT
MT – Moega de Transferência
MT
Após a acoplagem das correias LL02 (figura 60) com a correia LL03,
desloca-se a correia LL02 de encontro à correia LL 01 finalizando a operação.
LK
LL 01
RD
LL 02
RD
Legenda
CT – Correias Transportadoras LL 03
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
RD – Rodeiro de Pneus
CT
MT – Moega de Transferência
MT
1 2 3
ES
LK
LL
LK
LL
ES
LL
CTM
LK
CTO
CTO
CTO
ES
Legenda CTO
CTO
CTM – Correias Transportadoras Montagem CTO
CTO – Correias Transportadoras Operação
ES – Escavadeira
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
4 5
ES
LK
LL
CTM
LL CTO CTM
LK
CTO
ES
CTO
Legenda
CTM – Correias Transportadoras Montagem
CTO – Correias Transportadoras Operação
ES – Escavadeira
LK – Britagem Móvel CTO
LL – Correias Pneumáticas
6 7
CTM
LL
LK ES
CTO
CTO
CTO
LK
ES
CTO
LL
Legenda
CTM – Correias Transportadoras Montagem
CTO – Correias Transportadoras Operação
ES – Escavadeira
LK – Britagem Móvel
LL – Correias Pneumáticas
Tabela 19: Estatística básica das produtividades reais dos equipamentos móveis.
ESTATÍSTICA DE PRODUTIVIDADE TMN/H
Período de julho/2009 a fev/2010
MI-CR 231 dia 801 1.081 1.187 1.367 1.762 1.224 204
992GHL
MI-CA 136 dia 996 1.379 1.541 1.686 2.130 1.530 233
Min 2397 Viagem 357 501 581 680 849 592 121
789C
Est 792 Viagem 198 414 512 607 798 510 132
RH90-C MI-LKT 173 dia 872 1.287 1.483 1.674 2.351 1.508 318
100%
26%
38%
75% 46%
Operação
50% Manutenção
57%
42% Aquisição
35%
25%
Figura 65: Gráfico de distribuição dos custos operacionais anuais, dados reais.
Carregadores
0,9 4.470 1.530 - - - - - -
Hopper
Carregadores
- - - 1,2 5.586 1.224 - - -
Simples
Britagem
- - - - - - 0,7 4.422 1.508
Móvel
Correias
Transportadoras 1,0 4.470 1.491 4,0 16.757 1.193 4,0 13.265 1.508
Móveis
3,00
2,33
Alternativa 01 - LCC
2,00 Alternativa 02 - LCT
Alternativa 03 - LBM
1,00 1,00
1,00 0,80
0,36
0,00
L/TMN KWH/TMN
Esta diferença é explicada pelo fato do aumento das horas improdutivas das
frotas de equipamentos móveis, visto que as produtividades obtiveram resultados
acima daqueles previstos na fase de projeto, figura 66.
As horas improdutivas da alternativa 01 foram acrescidas em 7% das horas
totais operadas, na alternativa 02 em 14% e na alternativa 03 em 11%.
Considerando a totalidade das horas operadas dos equipamentos móveis por
alternativa fica evidenciado o aumento do custo específico de combustível.
O consumo específico de energia elétrica demonstrado nos dados reais
ficou abaixo do previsto, estando diretamente ligado ao aumento de produtividade
dos equipamentos industriais, resultando na redução de horas operadas dos
sistemas.
1.800
1.508 1.523
1.226 1.200
1,00 1,01
0,81
600
Alternativa 03 - LBM Alternativa 02 - LCT Alternativa 01 - LCC
(1,48) (1,48)
(1,80)
1,50 1,26
1,20
1,00 Operação
0,68 Manutenção
1,00 0,48
Aquisição
0,26
Total Operacional
0,60
0,50 0,52 0,53 0,57
2,50
2,00
1,50
1,00
1,63 1,59
1,39 1,36
1,10
0,50 1,00
0,00
MÍNIMO Q1 MEDIANA Q3 MÁXIMO MÉDIA PROJETO
Figura 70: Gráfico comparativo dos custos específicos totais das alternativas,
dados reais.
3,00
2,50
2,00
1,50
0,00
MÍNIMO Q1 MEDIANA Q3 MÁXIMO MÉDIA PROJETO
Figura 71: Gráfico comparativo dos custos específicos operacional, dados reais.
6 Conclusões
8 Referências Bibliográficas