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ENG01140 – Turma C (Prof.

Alexandre Pacheco) 39

13 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS

Os ensaios de tração e compressão


Estes ensaios são provavelmente uns dos mais comuns a serem usados em
engenharia. Eles são empregados com o intuito de se determinar as propriedades
mecânicas dos materiais ensaiados como, por exemplo, a tensão de falha, σfalha, ou a
deformação específica de falha, εfalha, dos materiais. Outra determinação bastante comum é
a obtenção do comportamento mecânico do material ensaiado em gráficos tensão-
deformação específica (σ x ε), de onde se pode obter, entre outros parâmetros, o módulo de
elasticidade, E, do material.
O procedimento a ser usado nestes ensaios deve estar atrelado a uma normalização
vigente. No Brasil, o conjunto de normas técnicas a ser seguido é preconizado pela ABNT.
Abaixo, se ilustra, a título de exemplo, os corpos-de-prova de concreto (basicamente,
cimento + areia + pedra britada + água) para ensaios de compressão e tração segundo a
ABNT (situação “A”) e, para comparação, segundo a ASTM (situação “B”), que preconiza
o conjunto de normas adotado nos EUA.

30 cm
A

φ 15 cm

6 in.
6 in.
12 in. B

φ 6 in.
30 in.

O Diagrama Tensão – Deformação Específica


A seguir, é apresentado um esquema do diagrama tensão versus deformação
específica para um corpo-de-prova de aço com baixa percentagem de carbono (aço doce,
por exemplo) ao ser submetido a um ensaio de tração. Neste diagrama, as tensões
observadas no ensaio se desenvolvem ao longo do eixo das abscissas, enquanto que suas
deformações específicas correspondentes crescem no eixo horizontal das ordenadas. As
tensões (normais) são calculadas dividindo-se os valores de carga, P, pela área da seção
transversal do corpo-de-prova, Ao, medida antes do ensaio. As deformações específicas
correspondentes a cada valor de tensão são calculadas dividindo-se os elongamentos, δ,
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observados ao longo do ensaio, pelo comprimento, Lo, do corpo de prova, medido antes do
ensaio.

σ = P/Ao

Curva “verdadeira”

σu
σR
Estricção e
Descarga Ruptura ruptura do
corpo-de-prova
σY
σP
Patamar de
Escoamento
tg α = E

α α

εY εu εR ε = δ/Lo
Região Escoamento Endurecimento Estricção
Elástica
Região Plástica

Duas regiões completamente distintas em termos de comportamento mecânico são


evidenciadas neste gráfico: a região elástica, definida pela tensão e deformação específica
de escoamento do material, σY e εY, e a região plástica, definida a partir do fim da região
elástica até a ruptura do material, caracterizada por σR e εR. O comportamento mecânico
do material durante o desenvolvimento das tensões num regime elástico permite o retorno
do corpo-de-prova à sua forma e dimensões originais, quando da ausência de carga
aplicada. Este processo de carga e descarga, portanto, poderia se prolongar por inúmeras
vezes sem que deformações residuais ocorressem no corpo-de-prova. Já na região plástica,
este comportamento não ocorre, e o material, depois de aliviado de suas tensões,
permaneceria com deformações residuais importantes. A curva de descarga, no entanto, se
processaria numa inclinação paralela à reta observada na região elástica, como é
exemplificado na ilustração. Assim, a tangente à reta da região elástica ou as tangentes às
retas de descarga definem uma propriedade intrínseca do material: o módulo de
elasticidade longitudinal ou módulo de Young, E.
A região plástica, por sua vez, pode estar dividida em três regiões bem
diferenciadas: uma região caracterizada por um patamar de escoamento, onde as
deformações se processariam sem incremento das tensões; uma região de endurecimento
do material; e uma região caracterizada por um estrangulamento localizado ou estricção da
seção transversal do corpo-de-prova, principalmente após a ocorrência de uma tensão
máxima ou última, σu. Desde que, em engenharia, as tensões normais do corpo-de-prova
em questão são calculadas em função da área original de seção transversal, haveria uma
diferença bastante grande, devido principalmente à estricção, entre estas tensões e as
tensões “verdadeiras”, calculadas com atualização de área. Esta diferença também é
ilustrada no gráfico. Uma outra simplificação adotada é que as tensões σY, σP (tensão de
proporcionalidade) e aquela referente ao patamar de escoamento, na prática, são tomadas
todas como um único ponto, já que normalmente ocorrem muito próximas umas das outras.
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O Diagrama σ versus ε para materiais dúcteis e frágeis


Em termos de comportamento mecânico, os materiais são comumente classificados
em dois grandes grupos: os dúcteis e os frágeis. Os materiais dúcteis, via de regra,
experimentam grandes deformações antes de sofrerem ruptura ao passo que os frágeis
evidenciam deformações muito menores, pouco ou nenhum escoamento e, muito
importante, apresentam uma resistência muito maior quando submetidos à compressão do
que quando à tração. Assim, os materiais frágeis, ao contrário dos dúcteis, tendem a sofrer
rupturas bastante bruscas, sem qualquer “aviso”, chegando até mesmo a romperem com
uma certa violência (ruptura explosiva) quando sob altas tensões de compressão.
Abaixo se apresentam alguns exemplos de gráficos tensão versus deformação
específica para materiais dúcteis com e sem patamar de escoamento (aço doce e alumínio),
assim como para um material frágil (concreto). No caso do aço doce, a presença do
patamar de escoamento permite uma fácil identificação da tensão de escoamento. Para o
alumínio, esta tensão só é identificada graças a uma deformação específica residual
convencional de 0,2% (ou 2 por mil).

σ (MPa) σ (MPa)

σY = 345

σY = 250
Alumínio
Aço doce

ε (%) ε (%)
0,3 0,2 εY = 5

σ (MPa)

3
ε (%)

Concreto

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Lei de Hooke
A lei de Hooke unidimensional estipula que as deformações específicas
longitudinais que ocorrem numa barra, por exemplo, são diretamente proporcionais às
tensões normais longitudinais aplicadas, ou seja:

σ = E ε,
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onde E é o módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young que, para o aço doce,
é normalmente tomado como sendo igual a 29 ksi ou 200 GPa. Para comparação, o
alumínio teria um E igual a 70 GPa, enquanto que o concreto teria um E igual a 20 GPa.
O gráfico abaixo mostra curvas σ versus ε para diferentes tipos de aço, todas
superpostas. Nota-se que, mesmo com o aumento da tensão de escoamento de cada um
dos aços (todos sem patamar de escoamento definido), o módulo de elasticidade
permanece sempre o mesmo, ou seja: E = 240 MPa / 0,0012 m/m = 200 GPa, conforme a
lei de Hooke.
σ (MPa)

1100 Aço para mola (1% C)

Aço duro (0,6% C + tratamento térmico)


690

480 Aço para máquina (06% C)

275 Aço estrutural (0,2% C)

Aço macio (0,1% C)


240

ε (m/m)
0,0012

Coeficiente de Poisson
Este coeficiente, que caracteriza uma propriedade mecânica intrínseca dos
materiais, pode ser encontrado quando se faz a razão entre as deformações específicas
transversais e longitudinais quando uma barra é submetida a um carregamento axial, como
ilustrado abaixo. O sinal negativo na expressão que define o coeficiente de Poisson, ν, é
adotado porque as deformações transversais e longitudinais tendem a ter sinais contrários.

δ/2
δ´/2
L εlong = δ
L εtrans
P δ/2 ν=– εlong
δ´/2 εtrans = δ´/2 = δ´
φ r φ

r
P

Diagrama Tensão-Deformação Específica por Cisalhamento


A lei de Hooke pode também ser escrita para tensões e deformações específicas de
cisalhamento apenas substituindo-se a constante de proporcionalidade:

τ=Gγ

Esta constante, G, é chamada de módulo de elasticidade transversal, estando relacionada ao


módulo de elasticidade longitudinal pela seguinte expressão: G = E / [2(1+ν)].
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Relacionando as Tensões com as Deformações Específicas


Se um ponto do material está sujeito a um estado de tensões triaxial, serão
desenvolvidas deformações específicas normais associadas. As tensões podem então ser
relacionadas às deformações utilizando-se o Princípio da Superposição de Efeitos, o
coeficiente de Poisson e a Lei de Hooke para problemas unidimensionais.

σz

σz εy
σx

σy σy
σy
= + +
εz
σx
σx
εx
σz

Quando σx é aplicada, tem-se, pela Lei de Hooke, que:

σx
εx =
E

que causa as seguintes deformações específicas transversais:

σy σz
ε x = −νε y = −ν ; ε x = −νε z = −ν
E E

Assim, pelo Princípio da Superposição de Efeitos, tem-se que:

σx σy σz
εx = −ν −ν
E E E

ou ainda que:

εx =
1
E
[
σ x −ν (σ y + σ z ) ]
O mesmo pode ser feito para as outras direções, resultando em:

εy =
1
E
[ ]
σ y −ν (σ x + σ z ) ; εz =
1
E
[ ]
σ z −ν (σ x + σ y )

O conjunto destas três expressões é conhecido como a Equação de Hooke Generalizada,


dada, no caso, para deformações específicas. As expressões, no entanto, podem ser
invertidas de forma a fornecerem tensões, dados os valores de deformações específicas.

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