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A Medida Provisória apresentada nesta quinta-feira (22) pelo governo reorganiza o ensino médio e torna algumas disciplinas optativas.
Especialistas ouvidos pelo Estadão observam que a mudança proposta pelo MEC não tem consenso e será de difícil adoção.
Uma das principais críticas dos educadores é a falta de debates em torno da reforma. O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo
Direito à Educação, Daniel Cara, ouvido pelo jornal, diz que uma reforma dessa dimensão deveria ser debatida extensamente pela
sociedade, em vez de ser apresentada por Medida Provisória, “que coíbe o debate, necessário até mesmo para que ela funcione”.
Priscila Cruz, do Movimento Todos pela Educação, concorda que o melhor caminho seria um projeto de lei, mas opina que as
prioridades do Congresso Nacional impediriam a aprovação da reforma “no tempo necessário”, referindo-se ao “desastre do ensino
médio no Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”.
Veja como é a estrutura atual do ensino médio e como ficará após a reforma (com dados do Estadão):
Como é hoje
Linguagens: 35%
• Língua Portuguesa: 15%
• Língua Estrangeira Obrigatória: 6%
• Educação Física: 5%
• Arte: 5%
• Língua estrangeira Optativa: 4%
Matemática: 14%
• Matemática: 14%
Como ficará
Na segunda metade do ensino médio, a grade será flexível. O aluno poderá escolher um dos cinco percursos formativos abaixo. A
montagem de cada um desses caminhos ficará a critério das redes de ensino. O aluno poderá trocar de área, mas não será possível
cursar mais de uma ao mesmo tempo.
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