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Aula 06

Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professor: Fábio Dutra

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AULA 06: Legislação Tributária

SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Legislação Tributária 02
Vigência da Legislação Tributária 33
Aplicação da Legislação Tributária 44
Interpretação da Legislação Tributária 53
Integração da Legislação Tributária 61
Lista das Questões Comentadas em Aula 73
Gabarito da Questões Comentadas em Aula 89

Observações sobre a Aula

Olá amigo(a), tudo bem?

Hoje estudaremos os temas “Legislação Tributária”, estando incluídos


neste tema o estudo da vigência, aplicação, interpretação e integração da
legislação tributária.

Será uma aula em que teremos oportunidade de apreciar diversas


questões da ESAF e constatar o grau de dificuldade da banca na disciplina de
Direito Tributário!

Vamos começar então!


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1 – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

O Código Tributário Nacional inicia o seu Livro Segundo a partir do art.


96, tratando do tema “Legislação Tributária”. Mas o que vem a ser
Legislação Tributária?

Muitos candidatos desconhecem quais são as fontes do Direito Tributário.


Tais fontes são divididas pelo ilustre Vittorio Cassone (2003) em materiais e
formais.

As fontes materiais (ou reais) representam os fatos que justificam a


tributação, como, por exemplo, o patrimônio, os serviços, a importação, a
exportação a transmissão de propriedade etc.

Contudo, as fontes materiais por si só não são capazes de fazer surgir a


obrigação tributária, pois é necessário que elas (as fontes materiais) tomem
uma forma. Tal forma diz respeito ao processo de elaboração de atos
normativos, como as leis ou medidas provisórias, capazes de estabelecer uma
relação jurídico-tributária entre o sujeito ativo (União, por exemplo) e o
contribuinte.

Como consequência desse processo legislativo, por assim dizer, temos as


denominadas fontes formais, que foram rotuladas no art. 96 do CTN como
legislação tributária, nos seguintes termos:

Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os


tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.

“Professor, então quer dizer que as fontes formais do Direito Tributário


são as leis, tratados internacionais, decretos e as normas complementares?
Exatamente!

Guarde isso: todas as normas que versem sobre


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tributos e relações jurídicas a eles pertinentes (matéria


tributária de um modo geral) integram a legislação
tributária!

Até mesmo a CF/88 integra a legislação tributária


(sendo fonte do Direito Tributário), sendo esta a
base de todas as outras!

Nesse contexto, é importante ter em mente o conceito de ato


normativo. Trata-se de hipóteses normativas que são aplicadas às pessoas de
um modo geral e às diversas situações fáticas. Em síntese, são dotados de
generalidade e abstração.

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Imaginemos, a título de exemplo, uma lei municipal que institui o IPTU


em um determinado Município. Essa lei é dotada de generalidade, pois não
possui um destinatário específico, incidindo sobre a todas as pessoas que
praticarem o fato gerador do IPTU (possuir imóvel em território urbano). Além
disso, o fato de a lei apenas estabelecer hipóteses de incidências abstratas
(que podem vir ou não a ocorrer no mundo concreto), faz com que a doutrina
caracterize tais atos normativos como dotados de abstração.

Diferentemente do que foi visto acima, os atos concretos são de caráter


individual, incidindo sobre pessoa determinada, bem como relativo a situações
ocorridas no mundo concreto. Assim, por exemplo, quando um Auditor-Fiscal
da Receita Federal, durante procedimento de fiscalização, detecta que o
contribuinte auferiu rendimentos e deixou de pagar o IR devido, faz-se um
lançamento de ofício, que é, por essência, um ato concreto.

Observação: A generalidade e a abstração são características comuns a


todos os atos normativos.

No entanto, nem todos os atos normativos possuem a mesma “força”


jurídica. Assim, podemos definir os atos normativos como primários e
secundários.

Os atos normativos primários, assim denominados por buscarem seus


fundamentos diretamente da Constituição Federal, são capazes de inovar no
ordenamento jurídico, criando novos direitos e obrigações.

Por outro lado, os atos normativos secundários, quais sejam aqueles


cujo fundamento de validade é uma norma infraconstitucional (leis, por
exemplo), não têm o condão de inovar no ordenamento jurídico.

Atos normativos primários em desacordo com o seu


fundamento de validade são inconstitucionais.

Atos normativos secundários em desacordo com o seu


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fundamento de validade são ilegais.

Retornando nossos olhares ao art. 96 do CTN, podemos dizer que a são


fontes formais principais do Direito Tributário: Constituição Federal e
Emendas à Constituição, Leis Complementares e Ordinárias, Leis
Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções.

Quanto às fontes formais secundárias, são elas: os decretos e as


normas complementares. Não se preocupe, pois tudo isso será visto a
seguir.

Observação: A doutrina e a jurisprudência não são consideradas fontes


formais do Direito Tributário.

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Em suma, o que eu quero que você entenda até o momento é quais são
as fontes do Direito Tributário, bem como a diferença entre o grau hierárquico
dos atos normativos primários e secundários, lembrando-se que ambos são
abstratos.

1.1 - Constituição Federal e Emendas à Constituição

A Constituição Federal é a base de todo o Sistema Tributário Nacional.


Afinal de contas, é dela que os entes recebem a competência tributária para
instituir tributos.

Além disso, como Lei Maior, traz os princípios norteadores do Direito


Tributário que, juntamente com as imunidades tributárias, constituem as
limitações ao poder de tributar.

A CF também é responsável por disciplinar o processo legislativo, isto é,


o processo de criação das principais normas tributárias (leis complementares,
leis ordinárias etc.).

No que se refere à modificação da CF/88, há que se destacar que isso


somente se faz possível, por meio das denominadas emendas à
Constituição. Tal processo pode resultar na alteração das regras do jogo, ou
melhor, das regras norteadoras do todo o sistema tributário, já que, após
aprovadas, as normas das emendas à Constituição passam a ter a mesma
hierarquia desta.

No entanto, cabe relembrar o que foi dito na aula inicial a respeito das
cláusulas pétreas. Tais normas são previstas como uma espécie de
blindagem, para que a Constituição não sofra sucessivas emendas que a
desvirtue dos princípios que foram nela consolidados quando houve sua
promulgação.

Portanto, a título de exemplo, uma emenda à Constituição que traga em


seu texto regra que reduza a eficácia do princípio da anterioridade (já
reconhecido pelo STF como cláusula pétrea), estará, na realidade, abolindo os
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direitos e garantias individuais, conforme art. 60, § 4º, IV, da CF/88.

1.2 – Leis Complementares

A lei complementar é ato normativo cujo processo de aprovação é


mais dificultoso do que o rito comum das leis ordinárias. Sendo assim, o
legislador constituinte delegou a esse instrumento normativo importantes
papéis, tendo em vista seu maior grau de estabilidade (é mais difícil de alterar
uma lei complementar, pois exige “maioria absoluta” para aprovação de uma
LC).

Em matéria tributária, vários aspectos foram submetidos à lei


complementar, inclusive a instituição de alguns tributos. Os alunos sempre

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sentem necessidade de saber quais são os assuntos sujeitos à lei


complementar. Eu diria que o contato com a disciplina (leitura do nosso
curso + leitura da CF/88 + resolução de questões) fará com que você
memorize naturalmente.

De acordo com a jurisprudência do STF, não há


hierarquia entre lei complementar e lei ordinária!

Contudo, vamos citar abaixo os casos de lei complementar!

Em relação à instituição de tributos, estão submetidos à lei


complementar:

•! Empréstimo Compulsório (EC);


•! Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF);
•! Impostos Residuais (I.Res.);
•! Contribuições Sociais Residuais (CSR).

Em regulação à regulamentação específica de alguns tributos, fica a


lei complementar responsável pelas seguintes funções:

•! ITCMD: em casos relacionados ao exterior (ler art. 155, § 1º, III, “a” e
“b”);
•! ICMS: como dito na aula anterior (se necessário, retorne e leia), temas que
possam gerar conflitos entre os Estados, situações peculiares ao ICMS e
base de cálculo e contribuintes (ler art. 155, § 2º, XII, “a” a “i”);
•! ISS: define serviços tributáveis pelo ISS, fixa alíquotas mínimas e
máximas, exclui sua incidência sobre as exportações de serviços e regula a
forma como os benefícios fiscais são concedidos (ler art. 156, III, c/c art.
156, § 3º, I, II, e III);
•! Contribuições Sociais: fixa limites para a concessão de isenção ou anistia
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de algumas contribuições sociais (art. 195, § 11).

Além do que já foi visto, a CF/88 também concedeu três importantes


funções para a lei complementar, quais sejam:

•! Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária;


•! Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
•! Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.

Observação: As limitações ao poder de tributar, embora sejam reguladas por


lei complementar, somente podem ser criadas pelo texto constitucional.

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No que se refere especificamente às normas gerais em Direito


Tributário (ou legislação tributária, não faz diferença nesse momento), a
CF/88 discriminou o que deve ser disciplinado nas leis complementares. Você
vai perceber que alguns casos já foram estudados no nosso curso, outros, não:

Art. 146. Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,


especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação


aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência


tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas


sociedades cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as


microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art.
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da
contribuição a que se refere o art. 239.

A alínea “d” refere-se ao Simples Nacional. Sobre tal


regime, é importante consideramos o seguinte (CF/88,
art. 146, par. único):

I - será opcional para o contribuinte;

II - poderão ser estabelecidas condições de


enquadramento diferenciadas por Estado;
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III - o recolhimento será unificado e centralizado e a


distribuição da parcela de recursos pertencentes aos
respectivos entes federados será imediata, vedada
qualquer retenção ou condicionamento;

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão


ser compartilhadas pelos entes federados, adotado
cadastro nacional único de contribuintes.

Dando continuidade ao estudo dos papéis da lei complementar, vejamos


ainda a importante função deste diploma normativo, definida no art. 146-A, da
CF/88:

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Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais


de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da
concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei,
estabelecer normas de igual objetivo.

Observação: Trata-se de previsão para a edição de lei complementar


estabelecer critérios especiais de tributação (o que não se confunde com
instituição de novos tributos), podendo a lei ordinária federal estabelecer
outros critérios adicionais, além dos que tiverem sido definidos em lei
complementar.

Não se preocupe, por não conhecer alguns conceitos acima descritos.


Como eu disse, é estudando que se vai consolidando o conhecimento e, ao
final, tudo vai se encaixar!

Então, a grosso modo, podemos resumir as atribuições da lei


complementar em matéria tributária da seguinte forma:

Instituição alguns tributos EC/IGF/I.Resid./CSR

Regulamentação de alguns tributos ITCMD/ICMS/ISS/CS

Conflitos de Competência
Lei
Complementar
Limitações ao Poder de Tributar

Normas Gerais em Matéria Tributária


Prevenir desequilíbrios
Critérios especiais de tributação da concorrência

1.3 – Leis Ordinárias

Em nosso sistema tributário, as leis ordinárias são a regra, quando o


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assunto é instituição de tributos. Vimos no tópico anterior que há alguns


tributos cuja instituição fica a cargo da lei complementar. Contudo, trata-se de
exceções pontuais.

Assim, é a lei ordinária municipal, estadual ou federal que institui, por


exemplo, as taxas e as contribuições de melhoria.

Observação: O fato de os entes federados gozarem de autonomia faz com


que não haja hierarquia entre as leis federais, estaduais e municipais.

O art. 97 enumera situações que estão restritas ao princípio da


legalidade (ou reserva legal). Senão, vejamos:

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Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto


nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal,


ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito
passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo,


ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias


a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

Seguindo a linha de raciocínio desse dispositivo, somente a lei pode


instituir os tributos, como também somente a lei pode extingui-los.

Do mesmo modo, embora haja algumas exceções (exceções ao princípio


da legalidade), somente as leis podem majorar ou reduzir os tributos.

No que se refere à definição do fato gerador, da fixação da alíquota e da


base de cálculo dos tributos, você deve saber que isso se refere ao momento
de instituição dos tributos. Ou seja, quando se está instituindo um
determinado tributo, a lei deve prever tais elementos!

Essa regra não se confunde com a exigência de que a lei complementar


defina os fatos geradores, base de cálculo e contribuintes dos impostos
previstos na CF/88 (art. 146, III, a), já que, neste caso, a lei se refere
apenas às normas gerais.

Como exemplo, temos o fato gerador do IPI. No CTN, foi definido que o
IPI poderia incidir sobre a arrematação de produtos apreendidos ou 05313630822

abandonados e levados em leilão. Correto? No entanto, no momento da


instituição do IPI, o legislador optou por não incluir a referida situação como
hipótese de incidência do tributo.

Portanto, de um lado temos a lei complementar que disciplina os fatos


que podem ser tributados pelos impostos; de outro, os fatos geradores
definidos na lei instituidora.

Lembre-se também que a restrição do art. 146, III, a, é aplicável


apenas aos impostos. Logo, não é necessário que haja definição de fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes de outras espécies tributárias em
lei complementar.

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Observação: Por ora, guarde apenas que obrigação tributária principal


representa as multas e os tributos.

Por último, destacamos ainda a necessidade de que as multas


(cominação de penalidades) sejam estabelecidas apenas mediante lei.
Nesse sentido, atos infralegais (como os decretos, por exemplo) não possuem
competência para criar penalidades.

1.4 – Medidas Provisórias

Como esse assunto já foi estudado em aula anterior, cabe-nos apenas


relembrar que as medidas provisórias são atos normativos temporários
com força de lei, expedidos pelo Chefe do Poder Executivo, que podem vir ou
não a ser convertidos em lei.

Deve-se saber que as MPs podem tratar sim de matéria tributária


bem como instituir tributos, inclusive isso consta na Magna Carta (art. 62, §
2°), quando esta dispõe sobre a instituição e majoração de impostos por meio
de MP, e que, além disso, esse tem sido o entendimento do STF.

1.5 – Leis Delegadas

Semelhantemente às medidas provisórias, as leis delegadas são


elaboradas pelo Presidente da República e possuem a mesma força de uma
lei ordinária.

Contudo, como o próprio nome do instrumento normativo se apresenta,


faz-se necessária uma delegação do Poder Legislativo, por meio de uma
resolução do Congresso Nacional (e não do Senado!).

Destaque-se que não há nada que impeça o Poder Executivo de


introduzir normas tributárias por meio de leis delegadas, desde que não sejam
temas reservados à lei complementar.
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Observação: As leis delegadas não são temporárias como as medidas


provisórias.

Tanto as medidas provisórias como as leis delegadas não


podem tratar de assuntos reservados à lei
complementar!

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1.6 – Resoluções

As resoluções são atos normativos com força de lei, emanados pelo


Poder Legislativo sem qualquer participação do Executivo, o que faz com que a
doutrina as denomine “leis sem sanção”.

Podem ser editadas pelo Congresso Nacional ou por suas casas, Câmara
dos Deputados e Senado Federal.

São as resoluções do Congresso Nacional que são utilizadas para


aprovar a delegação ao Presidente de República para editar as leis delegadas.

Em matéria especificamente tributária, toma relevância as resoluções


do Senado Federal, Casa de representação dos Estados-Membros no
Congresso Nacional, ao tratar de vários aspectos atinentes aos impostos de
competência estadual.

Como já vimos todos eles de forma detalhada na aula anterior, nesse


momento julgo necessário apenas esquematizarmos o assunto:

RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL


TRIBUTO ALÍQUOTA FACUL/OBRIG INICIATIVA APROVAÇÃO

ITCMD Alíquota Máx. OBRIGATÓRIO - -

IPVA Alíquota Mín. OBRIGATÓRIO - -


Alíq. Máx. MAIORIA
ICMS Oper. FACULTATIVO ABSOLUTA 2/3 Senado
Internas
Alíq. Mín.
MAIORIA
ICMS Oper. FACULTATIVO 1/3 Senado
Internas
ABSOLUTA
Alíq. Interest. Pres. Rep.
MAIORIA
ICMS ou OBRIGATÓRIO ou
exportação 1/3 Senado
ABSOLUTA
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Observe as setas, pois elas indicam um “esquema” para


memorizar. As alíquotas mínimas exigem quórum
menor para iniciativa, aumentando para aprovação,
elevando ainda mais na aprovação das alíquotas
máximas, cujo quórum é o maior.

Obs.: Os quóruns das alíquotas Interestaduais ou


Exportação são iguais aos das mínimas, com o acréscimo
do Presid. Rep.

Amigo(a), decorando essa tabelinha que eu preparei, tenha certeza de


que você vai acertar questões que a esmagadora maioria dos candidatos

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erra na hora da prova. Afinal de contas, não é nada fácil de decorar isso sem
um esquema!

1.7 – Decretos Legislativos

De forma análoga às resoluções, os decretos legislativos são atos


normativos de competência exclusiva do Poder Legislativo, não estando
sujeitos à sanção presidencial.

Em matéria tributária, os decretos legislativos entram em cena em dois


momentos, que consiste na aprovação de tratados internacionais firmados
pelo Presidente da República, cujo procedimento será detalhado em tópico
específico, bem como no disciplinamento das relações jurídicas
decorrentes de medida provisória não convertida em lei (vimos isso na
aula sobre o princípios constitucionais).

1.8 – Decretos-leis

Durante os seus estudos, certamente você vai se deparar com a figura


dos decretos-leis. São atos normativos com força de lei, editados pelo
Presidente da República, e que foram substituídos pelas medidas provisórias na
CF/88.

Uma pergunta que se faz é: se foram substituídos pelas MPs, porque


ainda existem decretos-leis em vigor? Foram recepcionados pela atual CF por
conterem conteúdos com ela compatíveis.

Não confunda decretos-leis com decretos!

Decretos-leis possuem força de lei.

Decretos, em matéria tributária, não possuem força de


lei.

1.9 – Tratados e Convenções Internacionais


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Inicialmente, cabe destacar que “tratados” e “convenções” são


expressões sinônimas e dizem respeito a acordos bilaterais (entre duas
partes) ou multilateral (entre diversas partes).

De acordo com as lições de Bernardo Ribeiro de Moraes:

“Tratado (ou convenção) internacional vem a ser o ato jurídico firmado


entre dois ou mais Estados, mediante seus respectivos órgãos
competentes, com o objetivo de estabelecer normas comuns de direito
internacional.” (MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de direito
tributário. 3ª Edição. Pág. 26)

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A fim de compreendermos melhor o assunto, vejamos as etapas do


procedimento de celebração dos tratados internacionais:

1.! Negociação e Assinatura: realizadas pelo Poder Executivo.


2.! Aprovação ou Referendo: aprovação (ou homologação) do
Legislativo, por meio de decreto legislativo.
3.! Ratificação: realizada pelo Chefe do Executivo, mediante depósito do
respectivo instrumento (é nessa etapa que o Estado se compromete a
cumprir o tratado a nível internacional).
4.! Promulgação: edição de decreto do Presidente da República a fim de
que o conteúdo do tratado internacional passe a ter vigência interna.
5.! Publicação: essencial para que o tratado produza efeitos internamente.

Observação: De acordo com o STF, os tratados e convenções internacionais


só produzem efeitos internamente depois de percorrer TODAS as etapas
acima previstas. É de se destacar que, para a Suprema Corte, não há
exceções para os tratados realizados no âmbito do Mercosul.

Como consequência dessa obrigatoriedade, o STF decidiu


que a CF/88 não consagra o princípio do efeito
direto nem o postulado da aplicação imediata dos
tratados e convenções internacionais.

Vale destacar, no entanto, que boa parte da doutrina entende que a


internalização do tratado internacional se dá com a aprovação do
Poder Legislativo, pelo decreto legislativo. Cuidado, pois as bancas já
cobraram esse entendimento em suas provas.

De posse dos conceitos básicos de tratados e convenções internacionais,


podemos ver como o CTN abordou o assunto:

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou


modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela
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que lhes sobrevenha.

De acordo com a literalidade do dispositivo, os tratados internacionais


revogam ou modificam a legislação tributária, devendo ser observados pela
legislação superveniente. A expressão “revogam ou modificam” gerou forte
discussão doutrinária e jurisprudencial, as quais veremos resumidamente a
seguir.

Na visão da doutrina, o conflito entre a lei interna e o tratado deve ser


resolvido em favor da norma especial, que é o tratado:

“O conflito entre a lei interna e o tratado resolve-se, pois, a favor


da norma especial (do tratado), que excepciona a norma geral (da lei

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interna), tornando-se indiferente que a norma interna seja anterior


ou posterior ao tratado. Este prepondera em ambos os casos
(abstraída a discussão sobre se ele é ou não superior à lei interna)
porque traduz preceito especial, harmonizável com a norma geral.”
(AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14ª Ed. Saraiva, 2008,
p.181)

Nesse sentido, diante desse conflito, resolvido em favor da norma


especial, ocorreria, então, a revogação da lei interna? Não! Na verdade,
segundo a doutrina, haveria suspensão da eficácia da norma nacional:

“... não se trata, a rigor, de revogação da legislação interna, mas de


suspensão da eficácia da norma tributária nacional, que readquirirá
a sua aptidão para produzir efeitos se e quando o tratado for
denunciado.” (TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e
Tributário. 16ª Ed. Renovar, 2009, p.49)

Portanto, se o tratado algum dia vier a ser denunciado, deixando de


produzir efeitos internos, a lei interna readquire sua eficácia, isto é, volta
a produzir efeitos normalmente.

Fiquemos atentos aos termos que possam vir a aparecer


nas provas!

ESAF: Os tratados internacionais modificam a legislação


tributária interna, seja ela federal, estadual, distrital
ou municipal.

Obs.: Nenhum tratado internacional sobre matéria


tributária se sobrepõe à Constituição Federal.

E o STF, qual o posicionamento da Suprema Corte sobre esse tema


controverso? Vamos verificar!

O STF já se posicionou no sentido da paridade normativa entre os


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tratados internacionais e as leis ordinárias:

"(...) PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E NORMAS


INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO. - Os tratados ou
convenções internacionais, uma vez regularmente incorporados ao direito
interno, situam-se, no sistema jurídico brasileiro, nos mesmos planos
de validade, de eficácia e de autoridade em que se posicionam as leis
ordinárias, havendo, em conseqüência, entre estas e os atos de direito
internacional público, mera relação de paridade normativa. (...)"

(STF, ADI 1.480-MC/DF, Plenário, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em


04/09/1997)

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Para o STF (ADI 1.480-MC/DF), tratados internacionais


não podem tratar de matéria reservada a lei
complementar.

Nesse contexto, podemos admitir que os tratados internacionais


possuem o mesmo status das leis ordinárias.

Com efeito, se uma lei ordinária for editada posteriormente à


internalização de um tratado internacional, e for com este incompatível,
prevalece a lei interna, deixando de ser aplicado o tratado internacional.

Essa é a visão atual do STF, que diverge do conceito de especialidade


trazido pela doutrina.

Observação: Existe a possibilidade de esse entendimento do STF


mudar, quando do julgamento do RE 460.320. O Min. Gilmar Mendes já
demonstrou o entendimento a respeito da prevalência dos tratados
internacionais, em seu voto. Por hora, o que devemos levar para a prova é
a paridade (se a banca solicitar o posicionamento do STF), salvo, em
último caso, se a banca fizer menção a esse voto do ministro relator.

Ainda sobre os tratados internacionais, cabe destacar que, muito embora


o art. 111, II, do CTN, afirme que a outorga de isenção deve ser interpretada
literalmente, o GATT (acordo internacional já citado em outra aula) prevê o
princípio do tratamento nacional, que foi explicado pelo ilustre professor
Ricardo Vale nos seguintes termos:

“Em linhas gerais, o princípio do tratamento nacional (também


chamado de princípio da paridade) proíbe os membros da OMC de
conceder tratamento mais favorável aos produtos domésticos do que aos
produtos de outros membros da OMC, uma vez que estes últimos05313630822

tenham adentrado o território aduaneiro.” (Curso de Comércio


Internacional, Prof. Ricardo Vale)

Súmula STF 575 - À mercadoria importada de país signatário do (GATT), ou


membro da (ALALC), estende-se a isenção do imposto de circulação de
mercadorias concedida a similar nacional.

Conforme a súmula acima citada, percebemos que este é o


posicionamento da Suprema Corte (e do STJ também) no sentido da extensão
do benefício fiscal.

Ressalte-se que o art. 152 da CF/88 também preceitua que é


vedado aos Estados, Distrito Federal e Municípios estabelecer

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diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em


razão de sua procedência ou destino.

Por fim, não se pode esquecer do que aprendemos acerca das exceções
ao princípio da vedação às isenções heterônomas. Na ocasião, vimos que, de
acordo com o STF, agindo o Presidente da República como Chefe de Estado,
seria possível conceder isenções de tributos estaduais e municipais,
sem que se caracteriza isenção heterônoma.

Observação: O STJ já chegou a diferenciar tratados-contratos de tratados-


leis, afirmando que o art. 98 do CTN se aplicava a um ou a outro tipo de
contrato. Como existem decisões contraditórias, não faz sentido inserirmos
em nosso curso, até porque a única questão que encontramos sobre o tema
foi anulada.

Vamos esquematizar esse tópico:

CTN Revoga ou modifica lei interna

Tratados Doutrina Suspende lei interna


Especialidade
Internacionais

STF Paridade normativa

Súmula 575 (STF) – Isenção extensiva

1.10 - Decretos

Os decretos são atos normativos de competência privativa do Chefe do


Poder Executivo. Em Direito Constitucional, certamente você irá aprender que
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há o decreto autônomo e o decreto regulamentar– ou de execução.

O decreto regulamentar se restringe – como o próprio nome diz – a


regulamentar o conteúdo das leis. Trata-se, pois, de ato normativo secundário
ou infralegal, já que retira seu fundamento das próprias leis.

Observação: O decreto regulamentar não inova no ordenamento jurídico,


criando deveres e obrigações. Apenas regulamenta assuntos já previstos em
lei.

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Nesse ínterim, é importante citarmos as palavras de Hely Lopes


Meirelles1, pois já foram objeto de cobrança nas provas da ESAF:

"Como ato administrativo, o decreto está sempre em situação inferior à


da lei e, por isso mesmo, não a pode contrariar. O decreto geral tem,
entretanto, a mesma normatividade da lei, desde que não
ultrapasse a alçada regulamentar de que dispõe o Executivo"

O decreto é um instrumento normativo amplamente utilizado pelo


Presidente da República para regulamentar leis em matéria tributária.
Cite-se, por exemplo, o Regulamento do IPI (Decreto 7.212/2010), que
regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do IPI.

No mesmo sentido, tem-se o Regulamento Aduaneiro (Decreto


6.759/2009), o qual regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e
a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.

Diferentemente do decreto regulamentar, o decreto autônomo é editado


na ausência de previsão legal, o que faz com que inovem no ordenamento
jurídico. Seu uso é muito restrito, não sendo possível disciplinar assuntos
pertinentes à legislação tributária.

Com efeito, sempre que você ler “decreto” em Direito Tributário, lembre-
se apenas do decreto regulamentar.

Na esteira desse raciocínio, vejamos o que diz o art. 99 do CTN:

Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das


leis em função das quais sejam expedidos, determinados com
observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.

Por fim, cabe observar que, embora os decretos sejam normas


secundárias, o CTN não as considera como normas complementares, pois
no caput do art. 100 são apresentadas, na dicção do legislador, as normas
complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
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decretos.

Os decretos não foram considerados pelo CTN como


normas complementares.

Por falar em normas complementares, vamos estudá-las?!

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1.11 – Normas Complementares

Continuando nosso estudo, pergunta-se: se os decretos, atos normativos


secundários, não são normas complementares, o que viriam a ser tais normas?

O art. 100 do CTN estabelece o seguinte:

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição


administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;

III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades


administrativas;

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios.

Vamos estudar a seguir cada um dos quatro tipos de normas


complementares.

1.11.1 – Atos Normativos Expedidos pelas Autoridades Administrativas

Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas são


normas secundárias, de caráter geral e abstrato, com objetivo de orientar
contribuintes ou instruir servidores públicos, na realização de atos e
procedimentos administrativos relativos a tributos.

Dessa forma, tais atos normativos são normas complementares das leis,
dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos.

Destaque-se que pode haver hierarquia entre os atos normativos, a05313630822

depender do grau hierárquico da autoridade que os expediu. Assim, por


exemplo, no âmbito do Ministério da Fazenda, as portarias ministeriais são
superiores às instruções normativas, pois o Ministro da Fazenda (edita
portarias ministeriais) ocupa posição hierárquica superior ao Secretário da
Receita Federal (edita instruções normativas).

São exemplos desses atos normativos as portarias ministeriais e as


instruções normativas (como acabamos de ver), as ordens de serviço, os
pareceres normativos, atos declaratórios normativos etc.

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Os atos normativos não vinculam o Poder Judiciário.

1.11.2 – As Decisões dos Órgãos Singulares ou Coletivos de Jurisdição


Administrativa, a que a Lei Atribua Eficácia Normativa

Com base nos princípios do contraditório e da ampla defesa, na


administração tributária existem órgãos administrativos, cuja função é julgar
as impugnações dos contribuintes frente às imposições tributárias.

As decisões desses órgãos produzem efeitos concretos (não são


abstratas) em relação a contribuintes determinados (não são gerais). Essa é a
regra.

Contudo, o que se permite no art. 100, II, do CTN, é que a lei atribua
eficácia normativa (caráter geral e abstrato) às decisões dos órgãos
administrativos responsáveis pelo julgamento dos recursos apresentados pelos
contribuintes.

A regra é que as decisões dos órgãos de jurisdição


administrativa não possuem eficácia normativa, salvo
por expressa disposição legal! Guarde isso!

Citemos, como exemplo, a atribuição do Conselho Administrativo de


Recursos Fiscais (CARF), órgão julgador de segunda instância no Processo
Administrativo Fiscal no âmbito federal, para editar súmulas com efeitos
vinculantes para os demais órgãos da administração tributária federal.

As referidas súmulas são editadas após reiteradas decisões no mesmo


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sentido, e, como se pode ver, possuem evidente eficácia normativa.

1.11.3 – As Práticas Reiteradamente Observadas pelas Autoridades


Administrativas

As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas


nada mais são do que os usos e costumes por ela adotados. Trata-se,
então, da praxe administrativa.

Diante do princípio da legalidade, somente lei pode instituir tributos.


Podemos dizer também que as leis permanecem em vigor até que outra a
modifique ou revogue (art. 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro).

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Como consequência das restrições acima ditas, os usos e costumes


somente podem ter finalidade interpretativa, não podendo introduzir novas
normas nem revogar aquelas já existentes.

Nesse sentido, os usos e costumes em matéria tributária ocorrem, por


exemplo, quando determinada norma é interpretada pela autoridade
administrativa num sentido, e os contribuintes seguem tal entendimento como
correto.

1.11.4 – Os Convênios que Entre si Celebrem a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios

Os convênios (também denominados ajustes de cooperação ou de


colaboração) são firmados pelas pessoas políticas, quais sejam a União, os
Estados, o DF e os Municípios, na busca do aprimoramento das atividades
de fiscalização e arrecadação tributária.

São atos infralegais celebrados pelo Poder Executivo, não inovando,


portanto, a ordem jurídica. Ademais, de acordo com a jurisprudência do STF
(ADI 1.857/SC), não é exigida a aprovação do Poder Legislativo,
diferentemente do que ocorre com os tratados internacionais.

Os convênios fiscais podem ser celebrados com os seguintes objetivos


específicos:

•! Permuta de informações entre os entes federados (ler art. 199 do


CTN);
•! Reconhecimento de extraterritorialidade da legislação tributária (ler
art. 102 do CTN);
•! Uniformização de procedimentos (obrigações acessórias).

Não se preocupe em entender, apenas faça uma leitura atenta aos


dispositivos acima mencionados. Todos os conceitos serão devidamente
explicados em momento oportuno.
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“Professor, esses convênios são os mesmos que os Estados celebram no


âmbito do CONFAZ, relativamente ao ICMS?” Não, não são os mesmos.

Os convênios do ICMS, realizados no âmbito do CONFAZ são atos


normativos primários, inovando a ordem jurídica. Essa é a típica
diferença entre eles.

Nesse ponto, cumpre-nos ressaltar que, embora os convênios do ICMS


sejam atos normativos primários, não se confundem com as leis, pois não são
editados pelo Poder Legislativo.

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Sendo assim, continua valendo aquela exceção ao princípio da


legalidade em relação à fixação das alíquotas do ICMS-Combustíveis,
estudada na aula sobre os princípios constitucionais.

1.11.5 – Observância das Normas Complementares

A observância de qualquer das 4 normas complementares previstas no


art. 100, do CTN, gera as seguintes “proteções” ao contribuinte, previstas no
parágrafo único do mesmo artigo:

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui


a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

Desse modo, se o contribuinte observar as normas complementares


aplicáveis à sua situação, não é possível aplicar penalidades, nem cobrar juros
de mora e nem mesmo atualizar o valor monetário da base de cálculo do
tributo.

A fim de ilustrar o que foi visto, segue abaixo uma decisão do STJ:

Tributário. Práticas Administrativas. Se o contribuinte recolheu o tributo à


base de prática administrativa adotada pelo fisco, eventuais diferenças
devidas só podem ser exigidas sem juros de mora e sem atualização
do valor monetário da respectiva base de cálculo (CTN, art. 100, III c/c
par. único). Recurso Especial conhecido e provido, em parte.

(STJ, Segunda Turma, REsp 98.703/SP, Rel. Min. Ari Pargendler, Julgamento
em 18/06/1998)

Observação: Observe que o tributo continua sendo devido.

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Questão 01 – ESAF/ATRFB/2012

Os decretos que apenas em parte versem sobre tributos compreendem-se na


expressão “legislação tributária”.

Comentário: Ora, se o decreto versa sobre tributos, integra a legislação


tributária, ainda que também regulamente outros assuntos. Questão correta.

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Questão 02 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o decreto em matéria tributária, assinale a opção incorreta.


a) Em geral, possui a mesma normatividade da lei, desde que não ultrapasse a
alçada regulamentar de que dispõe o Executivo.
b) Não se limita a reproduzir as leis, podendo inovar com relação à criação de
deveres e obrigações, desde que não extrapole aquelas.
c) Sendo o regulamento da lei, embora não possa modificá-la, tem a missão de
explicá-la e de prover minúcias não abrangidas pela norma geral editada
pelo Legislativo.
d) No âmbito estadual, cabe ao Governador do estado, e no âmbito municipal,
ao Prefeito a edição de decretos regulamentando as leis federais, estaduais e
municipais.
e) Não se sujeita, quer no controle concentrado, quer no controle difuso, à
jurisdição constitucional.

Comentário:

Alternativa A: A banca utilizou as palavras de Hely Lopes Meirelles, de um


modo impreciso. O correto não seria dizer “em geral”, mas sim “o decreto
geral”. Contudo, por ter sido dito que o decreto não pode ultrapassar a alçada
regulamentar de que dispõe o Poder Executivo, a banca considerou esse item
correto.

Alternativa B: Nós estudamos que o decreto não pode inovar no ordenamento


jurídico. Portanto, o item está errado, sendo, então, o gabarito da questão.

Alternativa C: De fato, essa é a função precípua do decreto: explicar a lei e


prover minúcias não previstas no texto elaborado pelo Poder Legislativo. Item
correto.

Alternativa D: Os decretos regulamentares são de competência do Chefe do


Poder Executivo, no âmbito federal, estadual e municipal. Item correto.
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Alternativa E: A ESAF se pautou no RE 189.550, do STF, em cuja ementa foi


dito que “se o regulamento vai além do conteúdo da lei, ou se afasta dos
limites que esta lhe traça, comete ilegalidade e não inconstitucionalidade, pelo
que não se sujeita, quer no controle concentrado, quer no controle difuso, à
jurisdição constitucional”. Não vamos nos aprofundar no estudo desse tema,
pois isso será feito em Direito Constitucional. Item correto.

Gabarito: Letra B

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Questão 03 – ESAF/Procurador-PGFN/2012

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor


do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, julgue a
assertiva a seguir: consoante entendimento do STF, ainda quando fundados
em tratados de integração, como no âmbito do Mercosul, os tratados e
convenções internacionais só produzem efeito internamente após se completar
o ciclo de aprovação interna previsto na Constituição Federal.

Comentário: Há que se respeitar o rito que estudamos para que o tratado


internacional produza efeitos internamente. Não há exceções para os
tratados firmados no âmbito do Mercosul. Questão correta.

Questão 04 – ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010!

Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto:


a) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos
impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes.
b) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas
sociedades cooperativas.
c) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União,
os estados, o Distrito Federal e os municípios.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e
para as empresas de pequeno porte.
e) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados na Constituição.
Comentário:

Alternativa A: Na realidade, é a definição – e não a instituição – dos tributos


e de suas espécies que é matéria privativa de lei complementar. Item errado.
05313630822

Alternativa B: Conforme prevê o art. 146, III, c, da CF/88, cabe à lei


complementar definir adequado tratamento tributário ao cooperativo praticado
pelas sociedades cooperativas. Item correto.

Alternativa C: Nos termos do art. 146, I, da CF/88, cabe à lei complementar


dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Item correto.

Alternativa D: Nos termos do art. 146, III, d, da CF/88, cabe à lei


complementar a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as
microempresas e para as empresas de pequeno porte. Item correto.

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Alternativa E: Vimos que, em relação à instituição de tributos, a criação de


impostos residuais deve ser efetuada mediante lei complementar. Item
correto.

Gabarito: Letra A

Questão 05 – ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010!

No tocante aos tratados internacionais em matéria tributária, pode-se afirmar


que:
a) uma vez internalizados, se sobrepõem às normas internas, inclusive da
Constituição Federal.
b) para terem aplicabilidade no âmbito federativo federal, estadual e
municipal, necessitam de ratificação pelas respectivas Casas Legislativas.
c) podem operar modificações na legislação tributária interna, desde que
ratificados por meio de decreto legislativo.
d) não podem dispor sobre isenções internas.
e) somente podem alterar a legislação interna federal.

Comentário:

Alternativa A: Há controvérsia sobre a prevalência dos tratados em relação às


normas internas. Contudo, tais tratados não se sobrepõem à CF. Item errado.

Alternativa B: Os tratados internacionais são aprovados apenas pelo Poder


Legislativo federal, que é o Congresso Nacional. Portanto, não há participação,
por exemplo, de qualquer câmara de vereadores nesse processo. Item errado.

Alternativa C: Os tratados internacionais podem modificar a legislação


tributária interna. Contudo, só adquirem esse “poder” após terem sido
ratificados pelo Poder Legislativo. Item correto.

Alternativa D: Não há tal restrição. Item errado.


05313630822

Alternativa E: Os tratados internacionais alteram não só a legislação interna


federal, mas também a estadual, distrital e municipal. Item errado.

Gabarito: Letra C

Questão 06 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito dos denominados acordo de bitributação (Tratados Internacionais


Bilaterais em Matéria de Imposto sobre a Renda) firmados pelo Brasil, é
possível afirmar que se sobrepõem à lei interna, limitando a sua eficácia nas
hipóteses previstas em seus dispositivos (dos acordos de bitributação).

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Comentário: Esse é o entendimento majoritário da doutrina, qual seja a


suspensão da eficácia das leis internas pelo tratado internacional. Sendo
assim, podemos dizer que “se sobrepõem” à lei interna. Questão correta.

Questão 07 – ESAF/AFRF/2005

Os convênios reclamam o prévio abono da Assembléia Legislativa, por


assimilação deles aos tratados internacionais que, pela Constituição,
necessitam da aprovação prévia do Congresso Nacional.

Comentário: “Reclamar” é o mesmo que exigir. Vimos que a jurisprudência do


STF é no sentido da não exigência da aprovação do Poder Legislativo para que
os convênios possam produzir efeitos. Questão errada.

Questão 08 – ESAF/AFRF/2005

Os atos administrativos normativos entram em vigor, em regra, na data da sua


publicação.

Comentário: Essa é a regra prevista no art. 103, I, do CTN, salvo disposição


em contrário. Questão correta.

Questão 09 – ESAF/AFRFB/2009

Sobre a Legislação Tributária, as decisões proferidas pelas Delegacias da


Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislação tributária.

Comentário: Não se pode generalizar, dizendo que as descisões dos órgãos


de jurisdição administrativa (como é o caso das Delegacias de Julgamento da
RFB) integram a legislação tributária, pois isso só ocorre mediante lei.
Portanto, essa não é a regra. Questão errada.
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Questão 10 – ESAF/AFRFB/2009

Sobre a Legislação Tributária, pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida


por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao
atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”.

Comentário: As ordens de serviços são típicos atos normativos expedidos


pelas autoridades administrativas, integrando a legislação tributária, por se
caracterizar como normas complementares (art. 100, I, do CTN). Questão
correta.

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Questão 11 – ESAF/AFRFB/2009

Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e


convenções internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir
a evasão fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, serão
equivalentes às emendas constitucionais.

Comentário: A EC 45/2004 não tratou dos tratados internacionais sobre


matéria tributária, mas apenas dos tratados sobre direitos humanos. Portanto,
a questão está errada.

Questão 12 – ESAF/AFTM-Fortaleza/1998

Não é preciso lei para estabelecer a cominação de penalidades.

Comentário: Conforme previsto no art. 97, V, do CTN, somente lei pode


estabelecer a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias
aos dispositivos legais, ou para outras infrações. Questão errada.

Questão 13 – ESAF/TRF/2003

São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções


internacionais e dos decretos: os atos normativos expedidos pelo Congresso
Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentário: O que são caracterizados como normas complementares, nos


termos do art. 100, I, do CTN, são os atos normativos expedidos pelas
autoridades administrativas. Questão errada.

Questão 14 – ESAF/TRF/2003

São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções


05313630822

internacionais e dos decretos: as decisões dos órgãos singulares ou coletivos


de jurisdição administrativa, sempre que despidos de eficácia normativa.

Comentário: O erro da questão está em dizer que somente são normas


complementares as decisões despidas de eficácia normativa. Na verdade,
somente as que tiverem tal eficácia atribuída pela lei é que serão consideradas
normas complementares das leis, dos tratados e convenções internacionais e
dos decretos. Questão errada.

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Questão 15 – ESAF/Procurador-PGFN/2012

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor


do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, julgue a
assertiva a seguir: A expressão "revogam" não cuida, a rigor, de uma
revogação, mas de uma suspensão da eficácia da norma tributária nacional,
que readiquirá a sua aptidão para produzir efeitos se e quando o tratado for
denunciado.

Comentário: A questão transcreve o art. 98 do CTN, e explica o entendimento


majoritário da doutrina, ou seja, não há revogação, mas sim suspensão da
eficácia da norma tributária interna. Questão correta.

Questão 16 – ESAF/Procurador-PGFN/2012

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor


do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, julgue a
assertiva a seguir: O sistema constitucional brasileiro não consagra o princípio
do efeito direto e nem o postulado da aplicabilidade imediata dos tratados e
convenções internacionais.

Comentário: Vimos que deve ser respeitado o ciclo de aprovação para que os
tratados internacionais produzam efeitos internos. Como consequência, o STF
decidiu que a CF/88 não consagrou o princípio do efeito direto nem o da
aplicabilidade imediata dos tratados e convenções internacionais. Questão
correta.

Questão 17 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

As portarias expedidas por autoridade administrativa caracterizam=se como


05313630822

normas complementares no direito tributário.

Comentário: As portarias expedidas por autoridade administrativa são


consideradas normas complementares no direito tributário, em razão do
diposto no art. 100, I, do CTN. Questão correta.

Questão 18 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

Os decretos regulamentadores visam interpretar e integrar o conteúdo das leis


tributárias a que se relacionam.

Comentário: O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis


em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das

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regras de interpretação estabelecidas no CTN. É o que estabelece o art. 99


deste Código. Questão errada.

Questão 19 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

O contribuinte que cumpre a orientação dada pela autoridade administrativa,


que esteja equivocada, fica isento de pagar multa.

Comentário: Ao observar orientação dada pela autoridade administrativa,


consubstanciada em atos normativos, como é o caso de portarias, o
contribuinte fica isento do pagamento de penalidades, cobrança de juros de
mora e da atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo,
conforme disposto no art. 100, par. único. Questão correta.

Questão 20 – FGV/Advogado- Senado Federal/2008

Havendo antinomia entre norma de tratado internacional e norma de lei


interna, mais recente, a questão se resolve:
(A) pela prevalência da lei interna, com indenização aos prejudicados.
(B) pela revogação da lei interna, sem indenização aos prejudicados.
(C) pela revogação do tratado, com indenização aos eventuais prejudicados.
(D) pelo critério da especificidade da matéria, adotando-se a norma mais
completa para solução do caso.
(E) pela prevalência do tratado, com indenização eventual aos prejudicados.

Comentário: O problema da questão foi não ter dito que a resposta deveria
ser pautada no entendimento do STF. De acordo com esta Corte, há relação de
paridade normativa entre tratado internacional e lei interna, de forma que se
esta é mais recente, há sua prevalência diante do tratado internacional,
deixando este de ser aplicado. Consequentemente, deve haver indenização aos
prejudicados.

Gabarito: Letra A 05313630822

Questão 21 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2009

A Lei Complementar desempenha papel de grande relevância em matéria


tributária. Conforme se infere do artigo 146 da Constituição Federal, cabe à Lei
Complementar:
(A) fixar uma alíquota única do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
(2%) em todo o território nacional, com o fim de debelar a guerra fiscal
travada entre os Municípios.
(B) regulamentar a denominada “cláusula geral antielisiva” inserida no Código
Tributário Nacional (parágrafo único do artigo 116).

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(C) introduzir os tratados internacionais em matéria tributária (acordos de


bitributação) no sistema tributário brasileiro.
(D) ampliar a competência tributária constitucionalmente estabelecida dos
entes da federação.
(E) prevenir situações de desequilíbrio nas condições de concorrência mediante
critérios especiais de tributação.

Comentário:

Alternativa A: A lei complementar tem o papel apenas de fixar alíquotas


máximas e mínimas para o ISS, e não a fixação de alíquota única para tal
imposto. Alternativa errada.

Alternativa B: Não é função da lei complementar regulamentar a denominada


“cláusula geral antielisiva” inserida no Código Tributário Nacional, mas sim da
lei ordinária. Alternativa errada.

Alternativa C: O instrumento normativo que introduz os acordos firmados nos


tratados internacionais é o decreto do Presidente da República (e não a lei
complementar). Alternativa errada.

Alternativa D: Apenas a CF/88 pode alterar a competência tributária dos


entes da federação. Alternativa errada.

Alternativa E: De acordo com o art. 146-A, da CF/88, lei complementar


poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por
lei, estabelecer normas de igual objetivo. Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

Questão 22 – FGV/OAB/2010

Em Direito Tributário, cumpre à lei ordinária estabelecer a cominação ou


05313630822

dispensa de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus


dispositivos.

Comentário: De acordo com o que está previsto no art. 97, V, do CTN,


somente a lei (ordinária) pode estabelecer a cominação de penalidades para as
ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas. Questão correta.

Questão 23 – FGV/AFRE-RJ/2010

As alternativas a seguir apresentam atribuições da lei complementar tributária,


à exceção de uma. Assinale-a.

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a) Instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da


seguridade social.
b) Dispor sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado
pelas sociedades cooperativas.
c) Instituir o imposto sobre grandes fortunas.
d) Dispor sobre os requisitos para o gozo da imunidade tributária relativa a
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e
assistência social, sem fins lucrativos.
e) Atribuir ao sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente.

Comentário:

Alternativa A: Cabe à lei complementar (CF/88, art. 195, § 4º). Item errado.

Alternativa B: Cabe à lei complementar (CF/88, art. 146, III, c). Item errado.

Alternativa C: Cabe à lei complementar (CF/88, art. 153, III, c). Item errado.

Alternativa D: Cabe à lei complementar (CF/88, art. 150, VI, c, c/c art. 146,
II). Item errado.

Alternativa E: Cabe à lei ordinária (CF/88, art. 150, § 7º). Item correto.

Gabarito: Letra E

Questão 24 – FGV/Fiscal da Receita Estadual-AP/2010-Adaptada

Compete à lei complementar evitar o desequilíbrio nas condições de


concorrência por meio de critérios especiais de tributação.

Comentário: De acordo com o art. 146-A, da CF/88, lei complementar poderá


estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir
05313630822

desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por


lei, estabelecer normas de igual objetivo. Questão correta.

Questão 25 – FGV/Fiscal da Receita Estadual-AP/2010-Adaptada

Compete à lei complementar introduzir os tratados internacionais em matéria


tributária no ordenamento jurídico brasileiro.

Comentário: Para introduzir os tratados internacionais no ordenamento


jurídico brasileiro, a participação do Poder Legislativo não ocorre mediante
edição de lei complementar, mas sim por decreto legislativo, aprovando o
tratado. Questão errada.

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Questão 26 – FCC/Procurador-João Pessoa – PB/2012

Sobre lei complementar em matéria tributária, é correto afirmar que é a fonte


legislativa prevista na Constituição Federal para estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, tal como definição de obrigação e crédito
tributário.

Comentário: Consoante previsão no art. 146, III, b, da CF/88, cabe à lei


complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência
tributários. Questão correta.

Questão 27 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Os tratados e as convenções internacionais não são aptos a revogar ou


modificar a legislação tributária interna, pois não fazem parte da chamada
legislação tributária.

Comentário: O candidato poderia até ficar na dúvida se a questão deseja a


resposta com base no CTN (revogação da lei interna) ou na doutrina
(suspensão da lei interna). De qualquer modo, os tratados internacionais
fazem parte da legislação tributária (CTN, art. 96), o que torna a questão
claramente incorreta. Questão errada.

Questão 28 – CESPE/PGM-RR/2010

Em matéria de legislação tributária, a casa legislativa do município pode


estabelecer norma dispondo sobre crédito, diferentemente do disposto em lei
complementar.

Comentário: Conforme estudamos, cabe à lei complementar estabelecer


normas gerais em matéria tributária, especialmente sobre crédito. Nesse05313630822

sentido, não é possível aos Municípios contrariar as normas gerais. Questão


errada.

Questão 29 – CESPE/DPE-ES/2009

Cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação


tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários.

Comentário: A questão está em perfeita sintonia com o art. 146, III, b, da


CF/88. Portanto, questão correta.

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Questão 30 – CESPE/PROCURADOR-PE/2009

A legislação tributária estabelece hierarquia entre as leis instituidoras de


tributos federais, estaduais e municipais.

Comentário: Os entes federados são autônomos, logo não há hierarquia entre


as leis instituidoras de tributos federais, estaduais e municipais. Questão
errada.

Questão 31 – ESAF/Fiscal de Tributos Estaduais-PA/2002

Os acordos sobre dupla tributação internacional, como todos os tratados que


requerem aprovação congressional, começam a vigorar no ordenamento
jurídico interno brasileiro com o início da vigência dos decretos que os
promulgaram.

Comentário: É com o início da vigência do decreto que promulgou o acordo


internacional que começa a vigorar o que foi firmado em âmbito internacional.
A vigência do decreto do Presidente da República inicia com a publicaçãooficial
do seu texto. Questão correta.

Questão 32 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2009-Adaptada

Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha


assinado tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado
que os produtos originários de um gozarão, nos outros países, do mesmo
tratamento tributário aplicado ao produto nacional, julgue a afirmação a
seguir. O tratado incorporado ao sistema tributário nacional por decreto
legislativo tem prevalência sobre a lei ordinária.

Comentário: De fato, como vimos, o entendimento da doutrina e do CTN é no


sentido de que o tratado internacional tem prevalência sobre a lei ordinária.
05313630822

Questão correta.

Questão 33 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2009-Adaptada

Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha


assinado tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado
que os produtos originários de um gozarão, nos outros países, do mesmo
tratamento tributário aplicado ao produto nacional, julgue a afirmação a
seguir. Caso o Congresso Nacional venha a homologar o tratado mediante
decreto legislativo, este gerará efeitos para a União, os estados e os
municípios, inclusive no que diz respeito à matéria reservada à lei
complementar.

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Comentário: Conforme entendimento do STF (ADI 1.480-MC/DF), os tratados


internacionais não podem tratar de matéria reservada a lei complementar.
Questão errada.

Questão 34 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2009-Adaptada

Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha


assinado tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado
que os produtos originários de um gozarão, nos outros países, do mesmo
tratamento tributário aplicado ao produto nacional, julgue a afirmação a
seguir. Por se tratar de convenção internacional de integração regulando
matéria tributária, o tratado gerará para os impostos de competência da União
efeitos imediatos, por aplicação dos princípios do efeito direto e da
aplicabilidade imediata.

Comentário: A questão afirma que o tratado foi assinado pelo Presidente da


República. Não se pode dizer que gerará efeitos imediatos, tendo em vista que
há um rito a ser seguido, cujas etapas são as seguintes: assinatura, aprovação
pelo Poder Legislativo, ratificação, promulgação e publicação. A questão está
errada.

Questão 35 – ESAF/TRF/2003

Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com


eficácia normativa, os convênios e os decretos são normas complementares
das leis, tratados e convenções internacionais que versem sobre tributos.

Comentário: Na dicção do caput do art. 100 do CTN, os decretos não foram


considerados normas complementares, muito embora sejam atos infralegais.
Questão errada.

Questão 36 – FGV/Agente Tributário-MS/2006


05313630822

A respeito dos tratados internacionais, pode-se afirmar que têm tratamento


diverso das convenções internacionais.

Comentário: Nós vimos que tratados e convenções internacionais são tidos


como sinônimos. Questão errada.

Questão 37 – CESPE/Juiz-TJ-AL/2008

Para um tratado internacional ser incorporado ao direito iterno, deve ser


submetido ao crivo do Congresso Nacional, ao qual compete aprová-lo por
meio de resolução.

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Comentário: O erro da questão está em dizer que a aprovação do Congresso


Nacional ocorre por meio de resolução, quando, na realidade, é por intermédio
de decreto legislativo. Questão errada.

2 - VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

O estudo do tema “Vigência da Legislação Tributária” será dividido em


vigência temporal e vigência espacial, para facilitar o aprendizado do aluno.

A vigência temporal diz respeito ao estudo da legislação no tempo, isto


é, quando uma lei começa a vigorar. Já a vigência espacial está relacionada
ao território onde incidirá a legislação tributária. Fique ligado nas duas
palavras-chave grifadas.

2.1 – Vigência Temporal da Legislação Tributária

Quando estudamos os princípios constitucionais tributários,


mencionamos diversas vezes as palavras “vigência” e “produção de efeitos”.
Está lembrado?

Vimos que, de acordo com o princípio da irretroatividade, por exemplo,


não se pode cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que instituiu ou aumentou tais tributos.

Estudamos também que, conforme o princípio da anterioridade, se uma


lei majora um tributo em junho de 2010, por exemplo, a regra é que a
majoração só venha a produzir efeitos em janeiro de 2011. Correto?

Chegou, portanto, o momento de dirimirmos qualquer dúvida que tenha


pairado sobre o assunto! Vamos lá!

Na fase final do processo de elaboração de uma lei, ocorre a


promulgação e publicação desse diploma normativo, temos uma lei que é
presumivelmente válida, isto é, presume-se que a lei tenha sido elaborada
05313630822

seguindo-se os aspectos formais (iniciativa, quóruns de aprovação etc.) bem


como os aspectos materiais (conteúdo compatível com o texto
constitucional).

Dissemos presunção de validade, pois a lei pode ser


contestada a qualquer tempo no âmbito do Poder
Judiciário.

Com a publicação da lei, é necessário saber o momento em que ela


passará a ter vigência, sendo este, via de regra, o momento em que a lei
começa a impor as suas regras aos destinatários.

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Observação: Entende-se por vigência a aptidão de uma norma para


qualificar fatos, desencadeando seus efeitos de direito. Fique ligado, pois a
ESAF já cobrou esse conceito!

Vejamos o que diz o art. 8º da LC 95/1998 (Lei Complementar que


estabelece as regras sobre elaboração de leis):

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a


contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de
sua publicação" para as leis de pequena repercussão.

O que o dispositivo estabelece é que entre a publicação da lei e a sua


vigência haja um prazo razoável para que as regras estabelecidas na lei
tenham amplo conhecimento por parte dos cidadãos.

Contudo, o mesmo dispositivo permite que a lei traga uma cláusula (em
um artigo específico) que estabelece a vigência imediata, a partir da data
de publicação da lei.

Nesse contexto, estabelece o art. 1º da Lei de Introdução às normas do


Direito Brasileiro (LINDB):

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o


país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,


quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.

Portanto, a lei pode prever a data em que terá início a sua vigência,
inclusive estabelecer que a vigência será imediata. Contudo, caso a lei seja
omissa quanto à sua vigência, esta se iniciará em 45 dias, contados da
publicação.
05313630822

A possibilidade de aplicação da lei brasileira no exterior


pode ocorrer por meio de tratado internacional.

Repare a diferença entre o prazo do princípio da


noventena (90 dias) e o da LINDB (3 meses). SÃO
DIFERENTES!

Observação: De acordo com o art. 101 do CTN, a vigência da lei tributária


segue as regras aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvadas as
disposições específicas do CTN. Assim, a LINDB é aplicável ao Direito
Tributário.

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No caso de não haver coincidência entre a data de publicação da lei e o


início de sua vigência, denominamos esse intervalo temporal de vacância da lei
ou vacatio legis.

Aí eu te pergunto, colega concurseiro(a): terminado o prazo conhecido


por vacatio legis, se houver, a lei já produz efeitos, ou seja, a lei é eficaz?
Logo acima, eu disse que, com a vigência, em regra, a lei produz efeitos.

Em matéria tributária, é muito importante discernimos tais diferenças


conceituais, haja vista a existência dos princípios constitucionais
tributários da anterioridade e da noventena, que obstam a produção de
efeitos das leis que instituem ou majoram tributos.

Assim, por exemplo, imagine que a Lei X, que dispõe sobre a majoração
das alíquotas do ITR, seja publicada em 15 de dezembro de 2013, nada
dispondo sobre o início da sua vigência.

Como a lei é omissa em relação à sua vigência, devemos seguir a regra


geral da LINDB, ou seja, a vigência iniciará em 45 dias a partir da publicação
oficial da lei. Portanto, a lei entrará em vigor no dia 29 de Janeiro de 2014.

Mas a lei seria eficaz? É óbvio que não, pois o ITR está sujeito
cumulativamente ao princípio da anterioridade e noventena, certo?

Nesse caso, a partir de 29 de Janeiro, a Lei X estará vigente, mas ainda


não será eficaz. A produção de efeitos começará somente em 14 de Março de
2014 (quando decorrer 90 dias da publicação da lei, em obediência ao princípio
da noventena).

Vamos ilustrar o exemplo, com base na linha do tempo:

Publicação da Início da Vigência Produção de


Lei X da Lei X
05313630822
efeitos da Lei X

vacatio legis Em vigor/Sem Efeito

15/12/13 29/01/14 14/03/14

O que eu quero que você entenda é que a regra é: norma vigente,


norma eficaz. Contudo, quando se trata de instituição ou majoração de
tributos, nem sempre a lei vigente é eficaz, tendo em vista que a maioria
dos tributos estão sujeitos ao princípio da noventena ou anterioridade ou aos
dois, cumulativamente. Não se esqueça também de que o conceito de eficácia
está intimamente relacionado à produção de efeitos.

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Grave isso: vacatio legis é o período entre a publicação


da lei e o início da vigência, e não o período entre a
vigência e a publicação.

Sabe-se, então, que a norma pode estar vigente, e não ser eficaz (não
produzir efeitos). Correto? Mas aí eu te pergunto: poderia haver uma lei eficaz
e não mais vigente? Poderia sim! Imagino que agora tudo se tornou confuso
novamente, não é mesmo? Vamos com calma!

Embora seja assunto de outra aula, você se lembra da aula em que


aprendemos algumas noções do lançamento tributário? Você também se
lembra que o fato gerador ocorre quando há a concretização de uma hipótese
de incidência prevista em lei, correto?

O art. 144 do CTN, ao dispor sobre o lançamento, afirma que, ao realizá-


lo, a autoridade fiscal deve levar em consideração a lei que estava vigente na
data da ocorrência do fato gerador, ainda que a lei tenha sido
posteriormente revogada.

Para entender melhor esse assunto, você deve saber que a autoridade
nem sempre realiza o lançamento no momento da ocorrência do fato gerador.
Há um bom tempo hábil para fazê-lo. Ocorre que no momento do lançamento
a lei que vigorava na data do fato gerador já pode ter sido revogada. E aí? Ela
ainda produz efeitos especificamente para aquele lançamento.

Portanto, a título de exemplo, se no momento da ocorrência do fato


gerador a alíquota do tributo era 10%, e no momento do lançamento a lei que
estipulava a alíquota de 10% já tenha sido revogada, sendo a alíquota do
tributo majorada para 15%, aplica-se aquela (10%)!

Você não deve se preocupar com detalhes no momento, pois tudo isso
será mais do que aprofundado em nosso curso. O que importa no momento é05313630822

entender que é possível uma lei não estar vigente, mas ainda assim
produzir efeitos.

Esse fato é denominado ultratividade da lei tributária.

Portanto, vamos memorizar o seguinte:

•! Regra geral: A lei vigente normalmente é eficaz;

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•! Exceção 1: A lei vigente pode não ser eficaz, em caso de instituição ou


majoração de tributos;
•! Exceção 2: A lei não mais vigente (revogada) pode ser eficaz, produzindo
efeitos no lançamento tributário (CTN, art. 144).

Por fim, relativamente às leis que necessitam de regulamentação por


decreto para que produzam efeitos, podemos citar a seguinte jurisprudência do
STJ:

TRIBUTÁRIO E CIVIL. CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA BRUTA


DECORRENTE DA COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL DE SEGURADO
ESPECIAL. ART. 25, DA LEI Nº 8.212/91. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA. LEI Nº
8.540/92. NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO. DECRETO Nº 789/93.
EXIGÊNCIA. VACATIO LEGIS.
(...)
4. Distinção entre eficácia e vigência. No caso de leis que necessitam de
regulamentação, sua eficácia opera-se após a entrada em vigor do
respectivo decreto ou regulamento. O regulamento transforma a estática
da lei em condição dinâmica. É lícito ao regulamento, sem alterar o
mandamento legal, estabelecer o termo a quo de incidência da novel
norma tributária. Uma vez prometido pela lei um termo inicial, ele
não pode ser interpretado de forma a surpreender o contribuinte,
nem o Fisco, posto que a isso corresponde violar a ratio essendi do princípio
da anterioridade e da própria legalidade.

(STJ, Primeira Turma, REsp 408.621/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Julgamento em
08/10/2002)

A ideia básica desse julgado é que cabe ao regulamento estabelecer


o momento em que se tem por iniciada a produção de efeitos da lei,
em se tratando de norma que dependa de regulamentação, por meio
de decreto.

Exemplo: A lei que institui a indenização de fronteira a ser paga aos 05313630822

servidores de carreiras específicas lotados em regiões fronteiriças é uma lei


que depende de regulamentação para que a referida parcela indenizatória seja
paga aos servidores. Assim, apenas com o decreto do Poder Executivo é que
essa lei efetivamente produzirá efeitos. Embora não se refira ao Direito
Tributário, afeta boa parte dos novos servidores da RFB.

2.1 – Vigência Temporal das Normas Complementares

Além das regras já estudadas acima, o CTN estabeleceu regras


diferenciadas de vigência para as normas complementares. Vejamos o que diz
o art. 103 do CTN:

Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:

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I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na


data da sua publicação;

II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus


efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação;

III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data


neles prevista.

Observação: Repare que as práticas reiteradamente observadas pelas


autoridades administrativas (usos e costumes) não foram previstas no art.
103. Nesse caso, entram em vigor assim que se caracterizarem como praxe
administrativa. Não há data específica.

É muito importante observar, em primeiro lugar, que todas as regras


elencadas nos incisos do art. 103 são aplicáveis, salvo disposição em
contrário.

Sendo assim, salvo disposição em contrário, os atos normativos


expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data de sua
publicação.

As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição


administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, salvo disposição em
contrário, entram em vigor 30 dias após a data de sua publicação.

Note, nesse caso, que a decisão em favor de certo contribuinte o


beneficia imediatamente. Contudo, os efeitos normativos da decisão só
vigoram na data estabelecida ou, se o prazo não tiver sido definido, 30
dias após a data da publicação da decisão.

Observe que se a lei atribuir eficácia normativa às


referidas decisões, ocorre duplo efeito destas, ou seja,
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em primeiro lugar, o contribuinte é afetado; em


segundo, os que se enquadrarem na situação objeto
da decisão.

Relativamente aos convênios celebrados entre a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios, a vigência será na data neles prevista. Ora,
mas o art. 103 não é aplicável justamente “salvo disposição em contrário”, ou
seja, em caso de omissão? E se os convênios não previrem qualquer
data?

Sabemos que as disposições do art. 103 são regras especiais, e que,


segundo o art. 101 do CTN, a vigência da lei tributária segue as regras

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aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvadas as disposições específicas


do CTN. Como as disposições específicas deixaram uma “brecha”,
aplicaremos a regra da LINDB, que estabelece o prazo de 45 dias,
contados da publicação oficial.

Normas Complementares Vigência


Salvo disposição em contrário...
Atos administrativos Na data de sua publicação
Decisões administrativas c/ eficácia
30 dias após a data de publicação
normativa
Nada data neles prevista (se não houver
Convênios
previsão, aplica-se a LINDB)

Para finalizar o tema, analisemos o que estabelece o art. 104 do CTN:

Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele


em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a
impostos sobre o patrimônio ou a renda:

I - que instituem ou majoram tais impostos;

II - que definem novas hipóteses de incidência;

III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de


maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo
178.

Observação: O inciso III será estudado em momento oportuno, para não


prejudicar a sequência didática do nosso curso. Caso você não se lembre,
abordamos o assunto superficialmente na Aula 1.

Vamos começar indagando o que significa definir novas hipóteses de


incidência? Ora, significa passar a tributar algo que, antes, não era tributado.
Como exemplo, podemos imaginar um caso já citado na aula sobre o IPI. A
União pode vir a tributar arrematação de produtos apreendidos ou
05313630822

abandonados e levados em leilão.

Nessa linha de raciocínio, ao criar novas hipóteses de incidência, estar-


se-á instituindo um tributo parcialmente, fazendo com que o inciso II seja uma
imprecisão do legislador, pois a instituição de tributos já foi prevista no inciso I
do art. 104 do CTN.

De qualquer modo, o que é importante entender nesse artigo é que ele


não se confunde com o princípio da anterioridade. Veja que o legislador
disse “vigor”, não se referindo à produção de efeitos – ou eficácia – que é
relativa ao princípio da anterioridade. Ademais, veja que essa regra somente é
aplicável aos impostos sobre patrimônio ou renda.

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No entanto, devemos analisar a situação considerando que o CTN foi


editado sob a égide da CF/1946 e da Emenda Constitucional 18/1965. Nessa
época, o princípio da anterioridade era aplicável apenas aos impostos sobre
patrimônio e renda. Portanto, o que parece mais plausível foi que o legislador
do CTN quis aproximar os conceitos de vigência (art. 104 do CTN) ao da
eficácia (princípio da anterioridade previsto na CF daquela época).

Atualmente, o assunto deve ser tratado com bastante cautela nas


provas de concurso público, até porque alguns autores consideram que
esse artigo foi revogado.

A recomendação que fazemos é para seguir os princípios


constitucionais previstos na CF/88 (anterioridade e noventena), ou seja,
decorar os resumos que fizemos na Aula 1.

Somente invoque o conhecimento do art. 104 do CTN quando a questão


expressamente solicitar o referido artigo, ou quando mencionar a palavra
“vigor” e “impostos sobre patrimônio ou renda”.

Observação: Atualmente, os impostos sobre patrimônio ou renda se


resumem nos seguintes: IR, ITR, IGF, IPVA, ITCMD, IPTU e ITBI.

2.2 – Vigência Espacial da Legislação Tributária

A vigência de uma lei tributária no espaço diz respeito aos limites


territoriais da incidência dessa norma, sendo que a regra é o princípio da
territorialidade.

Nesse contexto, a lei estadual carioca somente produzirá efeitos dentro


dos limites territoriais do Estado do Rio de Janeiro. O mesmo raciocínio é
aplicável às leis municipais.

Contudo, a regra possui duas exceções, ou seja, hipóteses em que há


extraterritorialidade da legislação tributária. Tais exceções foram previstas no
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art. 102 do CTN, cuja redação é a seguinte:

Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em
que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que
participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas
gerais expedidas pela União.

As exceções são os convênios celebrados entre os entes federados


e as leis de normas gerais (inclusive o CTN) editadas pela União.

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Observação: Lembre-se deque as normas gerais em matéria tributada


devem ser regulamentadas em lei complementar, conforme o art. 146, III, da
CF/88.

Como exemplo de convênios nesse sentido, podemos citar aqueles


realizados com objetivo de uniformizar os procedimentos de fiscalização de
dois Municípios vizinhos. Assim, o Município A poderia, com base no convênio,
adotar a legislação criada para o Município B.

No que se refere às leis de normas gerais, deve-se destacar que o art.


102 citou o próprio CTN como previsão de extraterritorialidade. Pergunta-se:
existe alguma disposição nesse sentido no texto do CTN? A resposta é sim!
Veja o que diz o art. 120 do CTN:

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de


direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de
outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará
até que entre em vigor a sua própria.

O dispositivo retrata a possibilidade de haver a extraterritorialidade da


legislação tributária quando houver desmembramento territorial, para se criar
um novo ente político. Nesse caso específico, o CTN prevê que o “ente novo”
aplique, salvo disposição de lei em contrário, a legislação do município que
foi desmembrado até que a sua entre em vigor.

Questão 38 – ESAF/AFRFB/2012

Entende-se por vigência a aptidão de uma norma para qualificar fatos, 05313630822

desencadeando seus efeitos de direito.

Comentário: A vigência de uma lei se refere à aptidão que esta possui para
qualificar os fatos, desencadeando os seus efeitos de direito. Questão correta.

Questão 39 – ESAF/AFRFB/2012

Vigência e eficácia, atributos normativos que costumam existir


simultaneamente, no Direito Tributário podem existir separadamente.

Comentário: No Direito Tributário, como vimos, uma norma pode ser vigente,
mas não eficaz. Também é possível que uma norma seja eficaz (produza
efeitos) sem estar vigente. Questão correta.

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Questão 40 – ESAF/AFRFB/2012

As normas constitucionais de eficácia limitada constituem exemplo de norma


que, embora em vigor, não está apta a produzir efeitos.

Comentário: Trata-se, na verdade, de assunto estudado em Direito


Constitucional. A doutrina classifica como normas constitucionais de eficácia
limitada as normas previstas no texto constitucional que dependem de edição
de lei para produzir efeitos, embora já estejam em vigor. Questão correta.

Questão 41 – ESAF/AFRFB/2012

No caso das leis que necessitem regulamentação, é lícito ao regulamento, sem


alterar o mandamento legal, estabelecer o termo a quo de incidência da novel
norma tributária, não podendo ser interpretado, todavia, de forma a
surpreender o contribuinte.

Comentário: Em relação às leis que necessitam de regulamentação, cabe ao


decreto estabelecer o momento em que a referida norma tributária produzirá
efeitos, sem, é claro, surpreender o contribuinte. Questão correta.

Questão 42 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012

Se lei não dispuser de forma contrária, a pessoa de direito público interno que
vier a ser criada pelo desmembramento territorial de outra aplicará a
legislação tributária da pessoa da qual se desmembrou, até que a sua própria
legislação entre em vigor.

Comentário: Nesse caso específico, o CTN, em seu art. 120, prevê que o
“ente novo” aplique, salvo disposição de lei em contrário, a legislação do
município que foi desmembrado até que a sua entre em vigor. Questão
correta.
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Questão 43 – ESAF/AFRFB/2012

Pode-se ter no Direito Tributário norma vigente mas não eficaz, como no caso
das que majorem tributos, que em geral têm sua eficácia diferida para o início
do exercício financeiro seguinte ao qual foi publicada; todavia, não se admite
norma eficaz e não vigente.

Comentário: Nós aprendemos que podemos ter norma vigente e não eficaz,
em decorrência do princípio da anterioridade e noventena. Ou seja, a norma
está vigente, mas não está apta a produzir efeitos.
Estudamos também que podemos ter norma eficaz e não vigente (ao contrário
do que afirma a questão da ESAF). Trata-se do lançamento, que deve tomar

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como base a lei vigente na data do fato gerador, ainda que essa lei tenha sido
revogada, isto é, não esteja mais em vigor. Portanto, a questão está errada.

Questão 44 – ESAF/AFRF/2005

É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia.

Comentário: Traduzindo as palavras da banca, para a lei estar vigente é


necessário que ela seja eficaz. Nós vimos que isso não faz sentido, pois a lei
pode estar vigente, e não ser eficaz, quando se tratar de instituição ou
majoração de tributos sujeitos aos princípios da anterioridade e da noventena.
Questão errada.

Questão 45 – ESAF/AFRF/2005

O CTN veda a extraterritorialidade da legislação tributária.

Comentário: Conforme o art. 102 do CTN, A legislação tributária dos Estados,


do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos
territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os
convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis
de normas gerais expedidas pela União. Portanto, o CTN não veda a
extraterritorialidade, prevendo, inclusive, uma hipótese em seu art. 120.
Questão errada.

Questão 46 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2008

No sistema tributário nacional, é correto afirmar que os atos normativos


entram em vigor sempre na data de sua publicação.

Comentário: Embora essa seja a regra geral, o CTN não impediu disposição
em sentido contrário, ou seja, no sentido de que os atos normativos entrem
05313630822

em vigor em outra data, distinta daquela em que houve a sua publicação.


Questão errada.

Questão 47 – CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador

Desde que a lei atribua eficácia normativa às decisões dos órgãos singulares
ou coletivos de jurisdição normativa, essas decisões, no que se refere aos
efeitos normativos, entram em vigor na data de sua publicação.

Comentário: Lembre-se de que quando a lei atribuir eficácia normativa (e


somente nesse caso) às decisões dos órgãos de jurisdição administrativa

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entram em vigor 30 dias após a data da sua publicação, salvo disposição em


contrário. Questão errada.

3 – APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

De posse do conhecimento sobre a vigência da lei tributária, aprendido


no decorrer desta aula, somos capazes de compreender os dispositivos do CTN
acerca da aplicação da legislação tributária.

O que vem a ser aplicação da legislação tributária? Ora, trata-se de


identificar a norma que será aplicada a cada caso concreto. É uma
tarefa destinada ao aplicador da lei, que pode ser tanto a autoridade
administrativa como a judiciária.

Você se lembra de quando estudamos o princípio da irretroatividade em


outra aula? Naquele momento, nós aprendemos que o marco temporal para
definir o princípio da irretroatividade é a vigência da lei. Nesse sentido,
o que o art. 150, III, a, da CF/88, proíbe é que se cobre tributos em relação a
fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou
majorou.

Na mesma linha, o CTN assim dispôs:

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos


geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do
artigo 116.

Destaque-se que os fatos geradores pendentes são aqueles que já


tiveram início, mas que ainda não estão concluídos. Ou melhor, são fatos que
se dão por iniciados na vigência de uma lei e, quando se completam, outra lei
está vigente.

O exemplo mais claro que podemos trazer no momento, para explicar os


fatos geradores pendentes, sem nos aprofundarmos no estudo do fato gerador,
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é o imposto de renda, cujo fato gerador é concluído em uma determinada data


do ano, sendo fruto de diversos fatos isolados (diversos rendimentos)
ocorridos no decorrer desse período.

Há quem defenda a incompatibilidade da aplicação da legislação


tributária aos fatos geradores pendentes, com base no argumento de que há
colisão com o princípio da irretroatividade. Todavia, o art. 105 do CTN deve
ser considerado correto, para fins de prova de concurso público.

Dando continuidade à nossa aula, estudamos também que a CF/88 não


prevê nenhuma exceção ao princípio da irretroatividade. Contudo,
segundo o CTN, há duas permissões para se aplicar a lei retroativamente. São
elas: a lei interpretativa e a lei mais benigna ao infrator.

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A regra é a irretroatividade. A lei só pode retroagir


para interpretar ou para beneficiar o infrator.

3.1 – Lei Expressamente Interpretativa

A redação do CTN em favor da aplicação retroativa da lei interpretativa é


a seguinte:

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,


excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados;

O que seria uma lei interpretativa e em que hipótese ela vem a ser
editada?

Algumas normas editadas pelo Poder Legislativo acabam gerando


grandes controvérsias no momento de sua aplicação. Há leis que contêm
dispositivos que geram diversas interpretações. Nesses casos, normalmente o
contribuinte busca auxílio ao Judiciário, que emite decisões sobre qual
interpretação deve prevalecer. No entanto, tais decisões somente possuem
efeitos inter partes (ou seja, somente entre as partes que compõem a lide).

É nesse momento em que o Poder Legislativo tem nas mãos o poder de


resolver as controvérsias, editando uma nova lei que com o único objetivo
de trazer uma interpretação uniforme à lei controversa. Essa é a lei
interpretativa objeto de nosso estudo.

A interpretação de uma lei, sendo feita por intermédio de


05313630822

outra lei, é denominada interpretação autêntica.

Como o seu objetivo é unicamente interpretar outra lei, pode-se dizer


que não há inovação do ordenamento jurídico, já que não serão criados
novos direitos ou obrigações.

Como não há modificação, e sim interpretação, a lei retroage à data


da lei interpretada, produzindo efeitos desde então, como se fosse a própria
lei interpretada. Nada mais do que lógico, certo?

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Ressalte-se que o art. 106, I, assevera que a retroatividade ocorrerá em


“qualquer caso”. Isso significa que a lei pode retroagir tanto para exigir
eventuais diferenças não pagas de tributos, como para restituir tributo que
acabou sendo pago a mais pelo contribuinte.

Contudo, a mesma regra que autoriza a retroação em qualquer caso,


proíbe que isso seja feito com o objetivo de punir o contribuinte. Ora, se o
contribuinte deixou de pagar certo tributo, por conta da dúbia interpretação da
legislação tributária, a lei interpretativa posterior pode dirimir as dúvidas,
acarretando o pagamento do tributo, mas não a imposição de penalidades!

Há que se destacar também que a lei expressamente interpretativa


não interfere nas decisões finais no âmbito do Poder Judiciário, isto é,
caso a lei interpretativa só venha surgir após uma apreciação judicial
transitada em julgado, não é possível haver alteração da decisão, tendo em
vista a preservação da coisa julgada.

3.2 – Lei mais benigna sobre penalidades

De acordo com o art. 106 do CTN, temos o seguinte:

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

(...)

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de


ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei


vigente ao tempo da sua prática. 05313630822

A primeira observação a ser feita é que a retroatividade da lei mais


benigna sobre penalidades e infrações tributárias não alcança os atos
definitivamente julgados.

Cabe destacar que os atos só podem ser considerados


definitivamente julgados no âmbito do Judiciário. Portanto, considere
incorretas assertivas que mencione o dispositivo em análise, mencionando a
decisão definitiva na esfera administrativa, já que ainda será possível, após tal
decisão, recorrer ao Judiciário.

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Retroatividade em relação aos atos definitivamente


julgados: somente no Poder Judiciário!

Também devemos observar que, no Direito Penal, em que a lei nova


mais benigna alcança o apenado, ainda que já tenha havido decisão judicial
transitada em julgado.

Diferentemente do que foi acima exposto, o art. 106, II, do CTN, trata do
Direito Tributário Penal, que trata especificamente das infrações fiscais, isto
é, a punição ao descumprimento de obrigações tributárias. Referem-se, pois,
às denominadas sanções administrativas.

Observação: Direito Tributário Penal não é o mesmo que Direito Penal


Tributário. O primeiro diz respeito às sanções administrativas em matéria
tributária. O segundo refere-se aos crimes, por exemplo, contra a ordem
tributária, sendo puníveis, inclusive, com pena privativa de liberdade.

A segunda observação referente à norma do CTN é que em todas as três


previsões de aplicação retroativa da lei tributária fala-se em infrações e
penalidades.

Isso significa que não há que se falar em aplicação retroativa da lei mais
benéfica sobre tributos. Por conseguinte, lei posterior que venha reduzir as
alíquotas de determinado tributo não pode ser aplicada retroativamente,
sob o argumento de beneficiar o contribuinte. Nesse caso, aplica-se a alíquota
em vigor na data de ocorrência do fato gerador (FG).

Vamos esquematizar o tema “aplicação da legislação tributária”:

FG Futuro
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Aplica-se
Legislação
Tributária
FG Pendente

Lei Interpretativa
Não se aplica FG Consumado
Legislação ou Pretérito EXCEÇÕES
Tributária
Lei + Benéfica (Infrações)

CF/88
Irretroatividade
CTN
Ato não defin. julgado

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Observação: Atualmente, a ESAF não costuma cobrar questões literais do


CTN, de forma que suas questões têm se tornado cada vez mais desafiadoras.
Mesmo assim, recomendamos resolver questões de provas anteriores, já que
se isso cair em prova, você não pode perder ponto de jeito nenhum!!! ☺

Questão 48 – ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual-RN/2005

Avalie o acerto das formulações adiante e marque com as verdadeiras e com


as falsas. Em seguida, marque a opção correta.
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito
tributário deve ser interpretada literalmente.
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao acusado.

a) V, F, V, F.
b) V, V, F, V.
c) F, V, F, F.
d) F, F, V, V.
e) F, F, V, F.

Comentário:

Item I: Os fatos geradores cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja
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completa são os denominados fatos geradores pendentes. O art. 105, do CTN,


determina que a legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos
geradores pendentes. Item errado.

Item II: De acordo com o art. 106, II, “a”, a lei tributária é aplicável a ato ou
fato pretérito, que não esteja definitivamente julgado, quando deixe de
defini-lo como infração. Item errado.

Item III: O parcelamento do crédito tributário é uma modalidade de


suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151, VI, do CTN).
Portanto, em decorrência do disposto no art. 111, I, do CTN, a legislação
tributária que disponha sobre parcelamento de crédito tributário deve ser
interpretada literalmente. Item correto.

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Item IV: A interpretação da legislação que define infrações ou lhe comina


penalidade só pode ser mais benéfica ao contribuinte quando haja dúvida. Se
não houver dúvida, não há que se falar em interpretação benigna. Item
errado.

Gabarito: Letra E

Questão 49 – ESAF/PFN/2006

A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa,


ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade.

Comentário: Conforme a redação do art. 106, I, do CTN, a lei aplica-se a ato


ou fato pretérito em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados. Sendo assim, a questão está correta.

Questão 50 – ESAF/TRF/2002

A lei tributária nova aplica-se a ato ou fato pretérito, quando comine


penalidade mais severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.

Comentário: Nós vimos que a lei tributária retroage para beneficiar, mas não
para prejudicar. Nesse sentido, se uma lei comina penalidade mais severa do
que a anterior - vigente no tempo da prática da infração -, não pode ser
aplicada retroativamente. Questão errada.

Questão 51 – ESAF/TRF/2002

A lei tributária nova aplica-se a ato ou fato pretérito não definitivamente


julgado, quando deixe de defini-lo como infração.
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Comentário: Trata-se de uma das três hipóteses de aplicação retroativa da lei


mais benéfica sobre infrações, prevista no art. 106, III, a, do CTN. Questão
correta.

Questão 52 – ESAF/PFN/1998

O esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior


configura a chamada interpretação ontológica.

Comentário: Quando uma lei é editada com a finalidade de interpretar outra


lei anterior, dizemos que se trata de interpretação autêntica. Questão
errada.

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Questão 53 – ESAF/AFPS/2002

A aplicação da legislação tributária somente se aplica ao futuro, em


consonância com o princípio constitucional da irretroatividade das leis.

Comentário: Embora a regra seja a aplicação do princípio da irretroatividade,


sabemos que o CTN prevê algumas exceções, em que a lei é aplicada
retroativamente. Portanto, a questão está errada por dizer “somente” em vez
de “em regra”. Questão errada.

Questão 54 – FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006

A lei tributária nova aplica-se ao ato ou fato pretérito:


I. em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II. não definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração;
III. não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, ainda que tenha implicado falta de
pagamento de tributo.
Assinale:

(A) se apenas o item III estiver correto.


(B) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
(C) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
(D) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
(E) se todos os itens estiverem corretos.

Comentário:

Item I: Realmente, de acordo com o art. 106, I, do CTN, a lei tributária


aplica-se a ato ou fato pretérito, em qualquer caso, quando seja
expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados. Item correto. 05313630822

Item II: Conforme consta no art. 106, II, “a”, do CTN, a lei tributária aplica-
se a ato ou fato pretérito não definitivamente julgado, quando deixe de defini-
lo como infração. Item correto.

Item III: De acordo com o art. 106, II, “b”, do CTN, a lei tributária aplica-se a
ato ou fato pretérito não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha
sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo. Item
errado.

Gabarito: Letra B

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Questão 55 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2009

De acordo com o Código Tributário Nacional a lei aplica-se a ato ou fato


pretérito.
A esse respeito analise as afirmativas que apresentam as situações em que a
lei se aplica.
I. Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.
II. Quando reduza a alíquota de tributo cujo fato gerador já foi praticado,
desde que a defesa ofertada pelo contribuinte, administrativa ou judicial, ainda
não tenha sido definitivamente julgada.
III. Tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha
sido fraudulento e não tenha implicado falta de pagamento de tributo.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário:

Item I: Realmente, de acordo com o art. 106, I, do CTN, a lei tributária


aplica-se a ato ou fato pretérito, em qualquer caso, quando seja
expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados. Item correto.

Item II: A redução de alíquota de tributo relativo à fato gerador anterior à


vigência da lei não é abrangida por esta norma. Não há que se falar em
aplicação retroativa neste caso. Item errado.

Item III: De acordo com o art. 106, II, “b”, do CTN, a lei tributária aplica-se a
ato ou fato pretérito não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo
05313630822

como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha
sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo. Item
correto.

Gabarito: Letra C

Questão 56 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2008

No sistema tributário nacional, é correto afirmar que as normas de isenção


tributária se aplicam, de regra, a fatos ocorridos antes do início de sua
vigência.

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Comentário: A aplicação retroativa da lei tributária encontra respaldo no art.


106, do CTN, sendo que tais hipóteses não contemplam as normas que
disponham sobre isenção. Portanto, esta questão está errada.

Questão 57 – CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011

Se, de algum modo, a lei beneficiar o contribuinte, ela não deverá produzir
efeitos imediatos, dada a obrigatoriedade da observância do princípio da
anterioridade.

Comentário: Na realidade, tratando-se de lei mais benéfica para o


contribuinte, quando o assunto é infrações e penalidades tributárias, a lei pode
produzir efeitos retroativos, com base no art. 106, II, do CTN. Questão errada.

Questão 58 – CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011

Quando a lei for expressamente interpretativa, ela será aplicada, em


determinados casos, a ato ou fato pretérito, excluída a aplicação de penalidade
a infração de dispositivos interpretativos.

Comentário: Trata-se de uma questão capciosa. De acordo com o art. 106, I,


a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, em qualquer caso, quando seja
expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados. Questão errada.

Questão 59 – CESPE/PROCURADOR-PE/2009

Se, em procedimento administrativo fiscal houver, discussão sobre o alcance


de uma norma impositiva, e, em face disso, tiver sido editada lei explicitando o
sentido da referida norma, essa lei terá efeito retroativo.

Comentário: De acordo com o art. 106, I, do CTN, a lei expressamente 05313630822

interpretativa aplica-se a fato ou ato pretérito, isto é, tem efeito retroativo.


Portanto, a questão está correta.

Questão 60 – CESPE/PROCURADOR-PE/2009

A lei que estabeleça redução de alíquota de tributo terá efeito retroativo, desde
que o procedimento administrativo não tenha sido definitivamente julgado, por
ser mais benéfica ao contribuinte.

Comentário: Como vimos, somente retroage a lei interpretativa e a mais


benéfica acerca de infrações. Nesse sentido, em relação às alíquotas dos
tributos, incide a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador. Questão
errada.

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4 - INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Inicialmente, devemos saber o que vem a ser a interpretação de uma


norma. Trata-se de uma atividade que visa a compreender o conteúdo da
norma e o seu alcance, isto é, entender o pensamento do legislador,
quando da elaboração da lei. Tal atividade também é denominada exegese.

Observação: O nome dado à ciência que estuda as normas é


hermenêutica.

Deve-se frisar que todas as normas devem ser interpretadas, ainda


que pareçam muito evidentes. Afinal de contas, se não se interpreta uma lei
que parece clara, corre-se o risco de não analisar os demais sentidos que
poderiam ter o texto legal. Dessa forma, está superado o brocardo in claris
cessat interpretatio – as normas claras não precisam ser interpretadas.

O que nos importa realmente é saber os critérios definidos no CTN para


interpretação da legislação tributária. Contudo, antes disso, é necessário
analisarmos os principais modos de interpretação das leis em geral, com base
na fonte que promove a interpretação, nos modos pelos quais a
interpretação é feita e nos efeitos produzidos pela interpretação.

Como o objetivo das explicações a seguir é tão somente fornecer uma


base para que você compreenda o CTN com clareza, vamos aprender de forma
bastante rápida e perder tempo apenas com o que interessa!

4.1 – Classificação quanto à fonte

Com base na fonte da qual surge a interpretação, esta pode ser:

Interpretação Autêntica " Ocorre quando o mecanismo da interpretação


das leis é realizado pelo próprio Poder Legislativo. Ou seja, uma lei posterior é
editada com a finalidade de interpretar outra lei.

Interpretação Judicial ou jurisprudencial " É a interpretação feita pelos


05313630822

juízes e tribunais de um país, no âmbito do Poder Judiciário. Diz-se que há


jurisprudência quando há reiteradas decisões no mesmo sentido sobre
determinado assunto.

Interpretação Executiva ou Administrativa " É realizada pelo Poder


Executivo, ao exercer sua tarefa de aplicar a lei. Pode ser realizada por meio
de atos normativos (instruções normativas, decretos e portarias, por exemplo)
ou por atos concretos (jurisdição administrativa e lançamento tributário, por
exemplo).

Interpretação Doutrinária " Interpretação levada a cabo pelos estudiosos


do direito, e expressada por intermédio de artigos, livros ou revistas.

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4.2 – Classificação quanto aos modos

Essa classificação se resume aos métodos utilizados para interpretar as


leis, que se resumem nos seguintes:

Interpretação Gramatical (literal) " Leva em consideração tão somente o


sentido das palavras do texto legal, ignorando os demais aspectos.

Interpretação Sistemática (ou sistêmica) " A interpretação leva em


consideração todo o ordenamento jurídico vigente, em vez de só observar o
texto legal. Como consequência, deve-se respeitar as normas de hierarquia
superior.

Interpretação Histórica " O objetivo nessa interpretação é entender a


intenção do legislador, ao criar a norma, com base no contexto cultural, social,
político e econômico da época em que foi editada. Considera-se a evolução dos
conceitos ao longo do tempo.

Interpretação Teleológica " Busca-se a finalidade da norma, isto é, os


objetivos que o legislador possuía ao criar a norma.

Os critérios podem ser utilizados cumulativamente,


não havendo qualquer hierarquia entre eles.

4.3 – Classificação quanto aos efeitos

Nem sempre o legislador diz (insere no texto) exatamente o que queria


dizer (sua intenção). Nesses casos, pode ocorrer de o texto dizer menos ou
mais do que deveria ser dito.

Na primeira situação – quando o legislador diz menos do que era sua real
05313630822

intenção, o intérprete da lei necessita realizar interpretação extensiva ou


ampliativa.

Caso contrário – quando o legislador extrapola o que realmente


pretendia dizer – cabe ao intérprete, percebendo a situação, realizar a
interpretação restritiva, ou seja, restringe-se o conteúdo exposto na norma.

Por último, há casos em que o interpretador da lei chega à conclusão de


que o que foi expresso na lei condiz com a intenção real do legislador, que faz
com que a interpretação seja declaratória, isto é, sem ajustes ampliativos
ou restritivos.

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4.4 – Interpretação da Legislação Tributária no CTN

É nesse momento que nossa aula começa tomar extrema relevância, pois
o assunto que iremos tratar é muito cobrado nas provas de concurso público!

Para iniciar o nosso estudo acerca da interpretação da legislação


tributária com base no CTN, é necessário saber que o próprio Código
estabeleceu que a legislação tributária será interpretada com base em seus
dispositivos:

Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o


disposto neste Capítulo.

Abra o seu CTN e observe que a as regras sobre interpretação e


integração (este conceito será estudado ainda nesta aula) foram estabelecidas
nos arts. 107 a 112.

A respeito da interpretação, o CTN estabeleceu duas maneiras


específicas de se interpretar a legislação tributária: interpretação literal e
interpretação benigna em matéria de infrações.

Além disso, o CTN também disciplina a utilização dos princípios e


conceitos do direito privado na seara tributária.

Veremos cada um desses conceitos a partir de agora. Vamos lá!

4.4.1 – Interpretação Literal

Como regra geral, todos estão sujeitos ao pagamento dos tributos, bem
como ao cumprimento de obrigações acessórias, que são nada menos do que
deveres instrumentais que auxiliam a fiscalização tributária, como a obrigação
de emitir notas fiscais, entregar declarações, escriturar livros etc.

Contudo, como toda regra tem sua exceção, há casos em que o tributo
deixa de ser pago. Também há situações em que o cumprimento das 05313630822

obrigações acessórias é dispensado.

É nesses casos que se opera a interpretação literal, conforme preceitua o


CTN, em seu art. 111. Trata-se de exceções cuja interpretação, se fosse
extensiva, poderia inverter a situação: as exceções poderiam se tornar a regra,
e a regra, as exceções.

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha


sobre:

I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

II - outorga de isenção;

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III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Há, no CTN, diversas hipóteses de suspensão do crédito tributário, que,


em síntese, é a suspensão temporária da possibilidade de o fisco exigir
a dívida tributária do contribuinte. A título de curiosidade, sugiro a leitura
do art. 151 do CTN.

Observação: O aprendizado completo desse assunto se dará quando


estudarmos as hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito
tributário. O que importa na aula de hoje é entender quando a interpretação
será literal.

No momento de resolver as questões, não hesite em consultar o art. 151 do


CTN (pelo menos por enquanto), pois as bancas gostam de citar as hipóteses
em vez de dizer apenas “suspensão”.

No que se refere à exclusão do crédito tributário, prevista no art. 175 do


CTN, suas hipóteses são apenas duas, quais sejam: isenção e anistia.
Caracterizam-se pela dispensa definitiva do pagamento do tributo objeto
do benefício fiscal.

No inciso II do mesmo art. 111, foi prevista a interpretação literal da


legislação tributária que disponha sobre a outorga de isenção. Ora, trata-se
de mera repetição de algo que já havia sido previsto no inciso I, tendo em
vista que, como vimos, a isenção é uma hipótese de exclusão do crédito
tributário.

Por último, cabe destacar que, sendo a regra o cumprimento de todas as


obrigações acessórias previstas na legislação tributária, a dispensa do
cumprimento de tais obrigações, por ser exceção, deve ser interpretada
literalmente.

As obrigações acessórias não têm caráter pecuniário.


05313630822

São exemplos de obrigações acessórias (podem cair na


prova): emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais,
entregar declarações etc.

Antes de encerrarmos este tópico, deve ficar evidente que a


interpretação literal não pode impedir o aplicador da lei (a autoridade fiscal,
por exemplo) de valer-se de uma equilibrada ponderação dos elementos
lógico-sistemático, histórico e finalístico ou teleológico, os quais
integram a moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas.
Trata-se, em suma, da busca pelo real significado, sentido e alcance da
norma.

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Nesse contexto, vejamos a jurisprudência do STJ:

ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA


POR TEMPO DE SERVIÇO. MOLÉSTIA GRAVE. CARDIOPATIA. ISENÇÃO DO
IMPOSTO DE RENDA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 111, INCISO II, DO
CTN. LEI N. 4.506/64 (ART. 17, INCISO III). DECRETO N. 85.450/80.
PRECEDENTES.
1. O art. 111 do CTN, que prescreve a interpretação literal da norma, não
pode levar o aplicador do direito à absurda conclusão de que esteja
ele impedido, no seu mister de apreciar e aplicar as normas de direito, de
valer-se de uma equilibrada ponderação dos elementos lógico-
sistemático, histórico e finalístico ou teleológico, os quais integram a
moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas.

(STJ, Segunda Turma, REsp 192.531, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
Julgamento em 17/02/2005)

Observação: Com base nesse entendimento do STJ, a ESAF já chegou a


admitir que as normas isentivas admitem uma interpretação mais ampla.

4.4.2 – Interpretação mais Benigna em Matéria de Infrações

Da mesma forma que vimos que é possível aplicar retroativamente a


legislação mais benéfica em matéria de infrações tributárias, novamente o CTN
direciona suas regras em favor do acusado, adotando o princípio in dubio, pro
reo (na dúvida, interpreta-se em favor do acusado). Segundo a doutrina, são
regras pertencentes ao já comentado Direito Tributário Penal.

Lembre-se de que a mesma observação feita em relação à aplicação


retroativa das leis sobre penalidades aplica-se na interpretação mais benigna:
a interpretação em favor do acusado só se faz possível em matéria de
infrações. Com efeito, se houver alguma dúvida sobre a aplicação de alíquota
de determinado tributo, não se deve adotar interpretação nem favorável
ao acusado nem ao fisco.
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Nesse contexto, segue uma decisão do STJ:

Em matéria de juros, não se aplica a legislação mais benéfica ao


contribuinte porque não estão em discussão as hipóteses do art. 112
do CTN.

(STJ, REsp 294.740/SC, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon,


Julgamento em 09/04/2002)

Observação: Incidência de juros não pode ser considerada uma penalidade.

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Vejamos, então, o que diz o art. 112 do CTN:

Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina


penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado,
em caso de dúvida quanto:

I - à capitulação legal do fato;

II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou


extensão dos seus efeitos;

III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;

IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

Os quatro incisos se referem às situações que podem suscitar a dúvida,


permitindo-se a interpretação benigna. Basicamente, significa verificar se o
fato se enquadra na infração prevista na lei, ou em quais das leis se aplica
(caso haja previsões legais relativas a fatos semelhantes).

É possível que também surjam dúvidas sobre a autoria, isto é, se o


indivíduo realmente praticou a situação prevista em lei ou mesmo em relação
ao conteúdo e alcance da norma punitiva.

Neste ponto, é relevante demonstrar o entendimento do ilustre Luciano


Amaro (grifamos):

“De qualquer modo, o princípio in dúbio pro reo, que informa o preceito
codificado, tem uma aplicação ampla: qualquer que seja a dúvida,
sobre a interpretação da lei punitiva ou sobre a valorização dos
fatos concretos efetivamente ocorridos, a solução há de ser a mais
favorável ao acusado.” (AMARO, Luciano. Direito Tributário
Brasileiro. 14ª Edição. 2008. Editora Saraiva.)
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De acordo com o STJ (REsp 178.427/SP), não havendo


dúvida, o art. 112 do CTN não pode ser aplicado!

Por último, cabe ressaltar que não há nenhum dispositivo no CTN


que depende a interpretação da legislação tributária em favor do fisco.
Não caia nessa “pegadinha”.

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4.4.3 – Utilização dos Princípios Gerais do Direito Privado

Já estudamos que o Direito Tributário é ramo do Direito Público. Não


obstante tal fato, percebe-se que há estreita relação do Direito Tributário com
o Direito Privado e seus princípios e conceitos.

Assim, para fins de incidência do ITCMD e do ITBI, por exemplo,


utilizam-se, respectivamente, os conceitos de doação e venda, estipulados no
Direito Privado.

Muitas das vezes em que tais conceitos são utilizados no âmbito do


Direito Tributário, o legislador não define os define. Nesses casos, o
intérprete da legislação deve se socorrer aos princípios de onde os
conceitos se originaram, que é o Direito Privado.

Por esse motivo, foi previsto no art. 109 do CTN o seguinte:

Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para


pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos,
conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos
tributários.

Note que o CTN estabeleceu que os princípios gerais do Direito Privado,


embora sejam utilizados para explicar os referidos conceitos, não podem ser
utilizados para definir efeitos tributários, tarefa que cabe às leis
tributárias.

O que seria essa definição de efeitos tributários? Vamos exemplificar com


os mesmos impostos citados acima: ITCMD e ITBI.

Sabe-se que o ITCMD incide sobre as transmissões a título gratuito, e o


ITBI, sobre transmissões onerosas. Vamos supor que o ITCMD seja mais
oneroso do que o ITBI.

Nesse sentido, imaginemos que certo cidadão decida doar um imóvel ao


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seu filho. Sabendo da incidência mais onerosa do ITCMD, ambos celebram um


fictício contrato de compra e venda por um valor irrisório, com a finalidade de
ludibriar o Fisco, fazendo com que incida apenas ITBI.

Aí eu te pergunto: se a autoridade fiscal detectar a fraude, ela deve


aceitar esse “contrato de compra e venda” ou pode desconsiderar a operação
realizada entre as partes, e lançar de ofício o ITCMD devido?

Se os efeitos fossem definidos pelo Direito Privado, prevaleceria a


autonomia da vontade das partes, isto é, o “desejo” de comprar e vender o
imóvel.

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Contudo, como a definição dos efeitos tributários deve ser feita pelas leis
tributárias, o contribuinte fica sujeito às sanções previstas em lei, além da
obrigação de recolher o ITCMD, em vez do ITBI.

Observação: Posteriormente, iremos estudar um pouco mais sobre as


práticas evasivas.

Além do que foi acima exposto, é necessário que entendamos a redação


do art. 110 do CTN:

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o


alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado,
utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal,
pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias.

Primeiramente, cabe observar que nós já estudamos que quem define


ou limita as competências tributárias é a Constituição Federal apenas.
Logo, a rigor, as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas do DF ou dos
Municípios não podem exercer tal atribuição.

Nas questões de prova, se a assertiva vier “copiado” do


art. 110 do CTN, você pode aceitar como correta!

A restrição prevista no dispositivo do CTN diz respeito aos casos em que


a própria CF/88, expressa ou implicitamente (Grave isso!), utiliza os
institutos, conceitos e formas de Direito Privado, com o objetivo de definir ou
limitar a competência tributária dos entes federados. Quando isso
ocorre, não é possível que a lei tributária venha modificar tais conceitos.
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“Qual a razão disso, professor?”

Ora, quando a CF/88, por exemplo, define que os Municípios possuem


competência tributária para instituir IPTU sobre os bens imóveis, não seria
razoável que tais entes, com o objetivo de ampliar a sua competência,
definissem que são bens imóveis as embarcações.

Se isso fosse permitido, os entes federados seriam capazes de subverter


a intenção do legislador constituinte, ao definir os limites da competência
tributária de cada ente federado.

Seguindo essa linha de entendimento, a interpretação a contrariu sensu


do art. 110 do CTN permite inferir que os institutos, conceitos e formas de

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Direito Privado não previstos na CF/88 podem ser alterados pela


legislação tributária.

Temos, como exemplo previsto na legislação tributária federal, a


equiparação das pessoas físicas à pessoa jurídica, como é o caso das empresas
individuais. Ou seja, há extensão (ou alteração) do conceito de pessoa jurídica,
por meio da equiparação.

5 - INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

É evidente que há, no Sistema Tributário Nacional, uma infinidade de


normas regulando as relações jurídico-tributárias estabelecidas entre o Fisco e
os contribuintes. Contudo, obviamente, nem todas as situações possíveis
de ocorrerem no mundo concreto foram previstas abstratamente nas
leis. É nesse ponto que surgem as lacunas deixadas pelo legislador.

Diante do exposto, pergunto: pode o aplicador da lei (o juiz ou a


autoridade fiscal) deixar de solucionar o caso concreto, alegando que não há
lei que regule especificamente aquela situação? É claro que não. Amigo(a), o
aplicador tem que “dar um jeito”!

“Como se faz isso?”

Deve-se suprir a lacuna da lei, utilizando-se a técnica prevista na


própria lei, denominada integração. Trata-se de criar uma solução para
casos ainda não previstos na lei.

Diz-se que a integração tem efeito constitutivo das


leis.

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Note bem a distinção entre interpretação e integração:

Interpretação " O objetivo é descobrir o que determinado dispositivo legal


quer dizer. Ou seja, a norma existe.

Integração " O objetivo é suprir determinada lacuna que não foi prevista
pelo legislador. Por conseguinte, não existe norma específica sobre o caso.

Observação: Alguns autores alegam que a integração situa-se dentro da


interpretação, pois, segundo esse posicionamento, somente após a
tentativa de interpretação dos dispositivos legais é que se conclui que não há
previsão específica, sendo necessária a integração.

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Então, como ocorreria a integração na prática?

A regra geral foi estabelecida na LINDB, em seu art. 4º, dispondo que,
quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de Direito.

Contudo, para a legislação tributária, o CTN disciplinou a integração


da seguinte forma:

Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade


competente para aplicar a legislação tributária utilizará
sucessivamente, na ordem indicada:

I - a analogia;

II - os princípios gerais de direito tributário;

III - os princípios gerais de direito público;

IV - a equidade.

§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de


tributo não previsto em lei.

§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do


pagamento de tributo devido.

O CTN é a regra específica e, portanto, a que prevalece


no âmbito do Direito Tributário. Portanto, o que você
deve memorizar para nossa prova é o art. 108 do CTN, e
não a LINDB.

Observe que o legislador utilizou a palavra “sucessivamente”, o que


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vincula o aplicador da lei, ao realizar a integração da legislação tributária,


respeitar a ordem das modalidades de integração, conforme disposto no
art. 108 do CTN.

Vejamos o que significa cada uma das modalidades de integração


previstas no texto do CTN.

De início, surge a analogia, pautada no princípio da isonomia, que


tem por objetivo encontrar norma jurídica que se aplique a casos semelhantes
ao que não foi previsto. Busca-se por normas que são aplicáveis a casos
similares, partindo-se do pressuposto de que o legislador, se houvesse
oportunidade, legislaria de igual maneira para o caso apresentado.

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7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋
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Caso não tenha sido possível encontrar casos similares, parte-se para a
próxima modalidade de integração, que prevê o uso dos princípios gerais de
Direito Tributário. Quais seriam esses princípios? Como exemplo, podemos
citar a capacidade contributiva, o não confisco, a não limitação ao tráfego de
pessoas e bens etc.

Após essa modalidade, o terceiro método de integração prevê a


ampliação do leque dos princípios gerais a serem utilizados, abrangendo todos
aqueles pertencentes ao Direito Público. Cite-se, como exemplo, o
contraditório e a ampla defesa.

Por último, o aplicador, caso não consiga enquadrar o caso desprovido de


normatividade a nenhuma das modalidades acima explicadas, deve criar a
solução que considere mais justa. Assim, o conceito de equidade está
intimamente relacionado à justiça.

Para facilitar a memorização da sequência das técnicas, observe que a


discricionariedade do aplicador da lei aumenta à medida que se parte para a
próxima “etapa”. Repare que na analogia, a busca é pela previsão legal de um
caso semelhante – muito próximo.

Não há discricionariedade na escolha das modalidades de


integração, sendo necessário obedecer a ordem
prevista no art. 108 do CTN.

Posteriormente, o aplicador tem a possibilidade de aplicar os princípios


do Direito Tributário e, mais adiante, os postulados do Direito Público, que são,
evidentemente, mais genéricos do que os primeiros. Por fim, parte-se para a
solução mais justa.

Vistos todos esses conceitos, devemos ainda atentar para a observação


que foi feita nos parágrafos do art. 108, relativamente à analogia e à 05313630822

equidade.

No que se refere à analogia, previu o CTN que o seu uso não pode
resultar na exigência de tributo não previsto em lei. Trata-se, portanto, de
uma regra que enaltece o princípio da legalidade. Assim, ainda que as
situações sejam similares, não é possível utilizar esse instrumento
integrativo para tributar algo que não foi previsto expressamente
como fato gerador.

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05313630822 - CARLOS ALBERTO LOUREIRO


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7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋
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O STJ (REsp 980.103/SP) também já decidiu que não


cabe a extensão de isenção tributária a outra
situação não prevista na lei isentiva, com base no uso da
analogia.

Em relação à equidade, a fim de evitar que o aplicador da lei


entendesse que a solução mais justa seria dispensar o contribuinte do
pagamento do tributo devido, o CTN vedou expressamente que isso viesse a
ocorrer.

Esse dispositivo também vai ao encontro do princípio da


legalidade, tendo em vista que se há a incidência tributária (ocorrência do
fato gerador), não pode o aplicador, unicamente com base nas técnicas
integrativas, dispensar o tributo devido. Faz-se necessária a edição de
uma lei para impedir a cobrança do tributo.

Questão 61 - ESAF/ATRFB/2009

Consoante o que dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional interpreta-se


literalmente a legislação tributária que disponha, entre outros, sobre a outorga
de isenção. Tal artigo, embora sofra algumas críticas de parte da doutrina, no
sentido de que não se deva lançar mão isoladamente da técnica de
interpretação literal, vem tendo acolhida em diversos julgados oriundos de
tribunais superiores. Como exemplos de aplicação de tal princípio, podemos
apontar as seguintes situações, com exceção de: 05313630822

a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia em legislação que


verse sobre a outorga de isenções.
b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato
Declaratório Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil,
por exemplo, podem impor restrições válidas, além daquelas contidas em
textos legais, para a fruição de benefícios fiscais.
c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e finalísticos da
norma por parte do aplicador do direito.
d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada interpretação
literal à legislação que disponha sobre a outorga de isenções, admite-se uma
interpretação mais ampla da referida norma.
e) a isenção tributária revela-se instrumento de materialização de conveniência
política, insuscetível, neste aspecto, de controle do Poder Judiciário, na

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concretização de interesses econômicos e sociais, estimulando e beneficiando


determinadas situações merecedoras de tratamento privilegiado.
Comentário:

Alternativa A: O STJ entende que não cabe a extensão de isenção aos casos
não previstos na lei isentiva, com base em isenção. A lei que verse sobre
isenção deve ser interpretada literalmente, conforme preceitua o art. 111, II,
do CTN. Portanto, de modo geral, não cabe analogia em se tratando de
outorga de isenção. Item correto.

Alternativa B: Atos infralegais não podem impor restrições adicionais às que


foram estabelecidas nos textos legais, sob pena de ilegalidade. Os atos
infralegais não podem extrapolar a lei que lhes serve de base, por ser esta
hierarquicamente superior. Item errado.

Alternativa C: De fato, a jurisprudência do STJ caminha no sentido da


possibilidade de ponderação dos elementos sistemáticos e finalísticos da norma
por parte do aplicador do direito. Item correto.

Alternativa D: A resposta dessa assertiva é decorrência do que acabamos de


ver na assertiva anterior. Item correto.

Alternativa E: Não cabe o controle do Poder Judiciário sobre a opção política


do legislador, em relação aos destinatários da isenção tributária. Item correto.

Gabarito: Letra B

Questão 62 - ESAF/AFRFB/2012

O CTN determina que se proceda à interpretação literal sempre que se estiver


diante de legislação tributária que disponha, entre outros, sobre a outorga de
isenção. Tal regra permite as seguintes conclusões, com exceção de:
a) ainda que a interpretação literal preconizada pelo CTN tenha como objetivo
evitar interpretações ampliativas, não se admite, porém, interpretação que
05313630822

venha a ser mais restritiva do que a própria lei.


b) a busca do real significado, sentido e alcance de benefício fiscal não
configura ofensa à mencionada regra.
c) sua aplicação veda o emprego da analogia, mas não impossibilita uma
interpretação mais ampla.
d) a requalificação de verba em razão de seus elementos essenciais, para fins
de reconhecê-la isenta, em detrimento da terminologia adotada pela legislação
previdenciária, é vedada ao Juiz, por força desta regra.
e) tal regra não constitui norma geral de interpretação da legislação que
disponha sobre deduções de despesas na determinação da base de cálculo de
tributos.

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Comentário:
Alternativa A: A interpretação deve ser literal. Não se admite, pois,
interpretação mais restritiva do que a própria lei. Item correto.

Alternativa B: Realmente, a regra do CTN não impede a busca pelo real


significado, sentido e alcance da norma isentiva. Item correto.

Alternativa C: A assertiva segue a jurisprudência do STJ, no sentido de que


não cabe o emprego da analogia em leis que disponham sobre outorga de
isenção, não impedindo, no entanto, interpretação mais ampla. Item correto.

Alternativa D: Essa assertiva estabelece que o juiz não pode alterar a


natureza de uma verba de salarial para isenta, ainda que esta seja a essência
do valor recebido, por conta da mera terminologia adotada pela legislação
previdenciária. Item errado.

Observação: Embora seja uma assertiva bastante difícil, o candidato seria


capaz de marcá-la por eliminatória, se soubesse responder as demais
alternativas.

Alternativa E: A legislação que disponha sobre deduções de despesas na


determinação da base de cálculo de tributos não se confunde com legislação
que estabelece isenções. Portanto, o dispositivo do CTN em análise (art. 111)
não constitui norma geral sobre aquele assunto. Item correto.
Gabarito: Letra D

Questão 63 - ESAF/AFTN-Natal-RN/2001

Os princípios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para definição dos
efeitos tributários dos institutos e conceitos dessa área jurídica.

Comentário: Os princípios gerais do Direito Privado, embora sejam utilizados


para explicar os conceitos dos seus institutos, não podem ser utilizados para
05313630822

definir efeitos tributários, tarefa que cabe às leis tributárias. Questão errada.

Questão 64 - ESAF/AFTN-Natal-RN/2001

Deve ser interpretada de maneira mais favorável ao FISCO a lei tributária que
defina infrações e comine penalidades.

Comentário: Não há nenhum dispositivo no CTN que depende a interpretação


da legislação tributária em favor do fisco. Não caia nessa “pegadinha”. Questão
errada.

Questão 65 - ESAF/AFTN-Natal-RN/2001

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A ausência de disposição normativa expressa não autoriza o emprego da


analogia.

Comentário: É justamente a ausência de disposição normativa expressa que


autoriza o emprego da analogia. Sendo assim, a questão está errada.

Questão 66 – FGV/AFRE- RJ/2011

Não pode(m) ser usado(a)(s) como técnica de interpretação e integração da


legislação tributária
(a) A equidade.
(b) Os princípios gerais de direito tributário.
(c) Os costumes.
(d) Os princípios gerais de direito público.
(e) A analogia.

Comentário: Os costumes não foram definidos no art. 108, como sendo


métodos de integração da legislação tributária.

Gabarito: Letra C

Questão 67 – FGV/Sudene- PE- Analista Técnico Adm./2013

Sobre o uso da analogia, analise as afirmativas a seguir.


I. A analogia é forma de interpretação da legislação tributária.
II. A analogia postula a aplicação do mesmo tratamento legal a casos
semelhantes.
III. O uso da analogia é possível no caso de interpretação do alcance do
sentido da lei.
IV. O princípio da legalidade estrita limita o campo de aplicação da analogia.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 05313630822

(B) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.


(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário:

Item I: Na realidade, a analogia constitui modalidade de integração da


legislação tributária. Item errado.

Item II: Esta é a essência da analogia: aplicação do mesmo tratamento legal


a casos semelhantes. Item correto.

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Item III: O uso da analogia se torna possível apenas diante de lacuna


deixada pelo legislador, e não para interpretação do alcance do sentido da lei.
Item errado.

Item IV: De fato, o princípio da legalidade limita o campo de aplicação da


analogia. Por esse motivo, o art. 108, § 1º, do CTN, estabelece que o emprego
da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
Item correto.

Gabarito: Letra B

Questão 68 – FGV/CGE-MA- AUDITOR/2014

Diante de situação fática não prevista expressamente na legislação,


vislumbrada lacuna a ser superada, a autoridade judicial fez uso de norma
expressa existente no ordenamento jurídico para hipótese semelhante à que
deveria julgar.
Neste caso, a integração da lacuna se deu por
(A) utilização do princípio da legalidade.
(B) uso da equidade.
(C) utilização da analogia.
(D) interpretação axiológica.
(E) uso do princípio da isonomia.

Comentário: A integração da legislação tributária ocorreu por meio do uso da


analogia, que se resume na aplicação da mesma norma para casos concretos
semelhantes.

Gabarito: Letra C

Questão 69 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2008

No sistema tributário nacional, é correto afirmar que as normas de isenção


05313630822

exigem interpretação literal, ou seja, podem ter aplicação analógica.

Comentário: Dizer que a interpretação da norma que disponha sobre isenção


deve ser literal (CTN, art. 111, II) é o mesmo que dizer que não se admite
interpretação analógica, isto é, a casos semelhantes aos que foram previstos
na norma. Assim sendo, esta questão está errada.

Questão 70 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2010

Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre


suspensão, extinção ou exclusão do crédito tributário.

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Comentário: A interpretação literal apenas ocorre nos casos de legislação


tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário, mas
não extinção do crédito tributário. Questão errada.

Questão 71 – FGV/AFRE- RJ/2011

A respeito da interpretação da legislação tributária, analise as afirmativas a


seguir:
I. São interpretadas literalmente a suspensão ou a exclusão do crédito
tributário.
II. É interpretada literalmente a dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias.
III. É interpretada de maneira mais favorável ao contribuinte a legislação
tributária que determine a outorga de isenção.
IV. É interpretada de maneira mais favorável ao fisco, no caso de legislação
tributária que define infrações, no caso de dúvida quanto à graduação da
penalidade aplicável.
Assinale
(a) Se apenas a afirmativa I estiver correta.
(b) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(c) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(d) Se apenas afirmativas III e IV estiverem corretas.
(e) Se apenas a afirmativa IV estiver correta.

Comentário:

Item I: Deveras, como previsto no art. 111, I, do CTN, interpreta-se


literalmente a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão
do crédito tributário. Item correto.

Item II: De acordo com o art. 111, III, do CTN, interpreta-se literalmente a
legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de
obrigações tributárias acessórias. Item correto.
05313630822

Item III: Na realidade, a interpretação favorável ao contribuinte apenas


ocorre no caso de legislação tributária que define infrações, ou lhe comina
penalidades. Item errado.

Item IV: Não existe, neste caso, interpretação favorável ao fisco, mas sim ao
contribuinte. Item errado.

Gabarito: Letra B

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Questão 72 - CESPE/PROCURADOR-PE/2009

Na integração da norma tributária, poderá ser utilizada a analogia, a


interpretação analógica e a interpretação extensiva.

Comentário: Na integração da norma tributária, a autoridade competente


deverá utilizar, nessa ordem, a analogia, os princípios gerais de direito
tributário, os princípios gerais de direito público e a equidade. Questão errada.

Questão 73 - CESPE/Assessor Jurídico-Natal-RN/2008

A integração da legislação tributária importa no trabalho intelectual que


consiste em identificar o sentido e alcance da norma, em decifrar o
pensamento do legislador.

Comentário: Na realidade, o trabalho intelectual de decifrar o pensamento do


legislador é denominado interpretação da legislação tributária. A integração
ocorre diante de lacuna na legislação tributária. Questão errada.

Questão 74 - CESPE/Advogado-Hemobrás/2008

Os princípios gerais de direito privado são utilizados para a definição do


alcance dos efeitos tributários dos seus institutos.

Comentário: De acordo com o art. 109 do CTN, os princípios gerais de direito


privado não podem ser utilizados para a definição do alcance dos efeitos
tributários dos seus institutos. Questão errada.

Questão 75 - CESPE/Advogado-Hemobrás/2008

Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa


do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
05313630822

Comentário: Consoante a previsão no art. 111, III, do CTN, a legislação


tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias é interpretada literalmente. Questão correta.

Questão 76 - CESPE/Assessor Jurídico-Natal-RN/2008

Deve ser interpretada literalmente a lei estadual que disponha sobre a


dispensa do cumprimento de escrituração de livros fiscais por certas
sociedades empresárias.

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Comentário: A escrituração de livros fiscais é exemplo de obrigação


acessória. De acordo com a previsão no art. 111, III, do CTN, a legislação
tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias é interpretada literalmente. Portanto, a questão está
correta.

Questão 77 - FCC/DPE-SP/2009

A lei tributária que define infrações interpreta-se da maneira mais favorável ao


acusado, havendo dúvida quanto à natureza da penalidade ou graduação
aplicável.

Comentário: Realmente, havendo dúvida quanto à natureza da penalidade


aplicável, ou à sua graduação, a lei tributária que define infrações, ou lhe
comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado.
Questão correta.

Questão 78 - FCC/Procurador-AL-PB/2013

O emprego da analogia poderá resultar na exigência de tributo não previsto


em lei; no entanto, o emprego da equidade não poderá resultar na dispensa de
pagamento de tributo devido.

Comentário: A primeira parte da questão está errada, já que o emprego da


analogia não pode resultar em exigência de tributo não previsto em lei. A
segunda parte está correta, pois realmente o emprego da equidade não pode
resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. Questão errada.

Questão 79 - FCC/Procurador-AL-PB/2013

Lei tributária não pode alterar o conceito estipulado pela Constituição Federal
para o fato gerador do ICMS da realização de operações relativas à circulação
05313630822

de mercadorias, a menos que seja para definir competência tributária.

Comentário: O que se proíbe no CTN é que a lei tributária venha alterar os


institutos, conceitos e formas de direito privado, que tenha sido utilizados na
CF/88 para definir competência tributária. Afinal de contas, somente a CF pode
definir competência tributária, o que faz com que a questão esteja errada.

Questão 80 - FCC/ISS-SP/2012

A autoridade competente para aplicar a lei tributária municipal, estando diante


de norma legal a partir da qual se podem erigir diferentes interpretações,
deverá interpretá-la de maneira mais favorável ao

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a) acusado, quando essa lei tributária estiver definindo infrações ou cominando


penalidades.
b) contribuinte, no tocante à alíquota e à base de cálculo aplicáveis a um
determinado tributo.
c) contribuinte acusado, no tocante à alíquota e à base de cálculo aplicáveis a
um determinado tributo, bem como às penalidades passíveis de imposição a
ele.
d) contribuinte, no tocante à alíquota aplicável a um determinado tributo.
e) sujeito passivo de obrigação acessória, quanto à extensão dos prazos para
cumprimento de obrigação acessória.

Comentário: A única permissão para se insterpretar a lei tributária de


maneira mais favorável ao acusado é quando esta define infrações tributárias
ou impõe penalidades e, ainda, quando gera dúvidas ao intérprete. Sendo
assim, a única alternativa viável é a Letra A.

Gabarito: Letra A

Finalizamos aqui mais uma aula do nosso curso!

Um abraço e até a próxima!

Prof. Fábio Dutra


Email: fabiodutra08@gmail.com
Facebook: http://www.facebook.com/FabioDutraFS

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6 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 – ESAF/ATRFB/2012

Os decretos que apenas em parte versem sobre tributos compreendem-se na


expressão “legislação tributária”.

Questão 02 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o decreto em matéria tributária, assinale a opção incorreta.


a) Em geral, possui a mesma normatividade da lei, desde que não ultrapasse a
alçada regulamentar de que dispõe o Executivo.
b) Não se limita a reproduzir as leis, podendo inovar com relação à criação de
deveres e obrigações, desde que não extrapole aquelas.
c) Sendo o regulamento da lei, embora não possa modificá-la, tem a missão de
explicá-la e de prover minúcias não abrangidas pela norma geral editada
pelo Legislativo.
d) No âmbito estadual, cabe ao Governador do estado, e no âmbito municipal,
ao Prefeito a edição de decretos regulamentando as leis federais, estaduais e
municipais.
e) Não se sujeita, quer no controle concentrado, quer no controle difuso, à
jurisdição constitucional.

Questão 03 – ESAF/Procurador-PGFN/2012

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor


do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, julgue a
assertiva a seguir: consoante entendimento do STF, ainda quando fundados
em tratados de integração, como no âmbito do Mercosul, os tratados e
convenções internacionais só produzem efeito internamente após se completar
o ciclo de aprovação interna previsto na Constituição Federal.
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Questão 04 – ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010!

Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto:


a) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos
impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes.
b) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas
sociedades cooperativas.
c) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União,
os estados, o Distrito Federal e os municípios.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e
para as empresas de pequeno porte.

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e) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados na Constituição.

Questão 05 – ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010!

No tocante aos tratados internacionais em matéria tributária, pode-se afirmar


que:
a) uma vez internalizados, se sobrepõem às normas internas, inclusive da
Constituição Federal.
b) para terem aplicabilidade no âmbito federativo federal, estadual e
municipal, necessitam de ratificação pelas respectivas Casas Legislativas.
c) podem operar modificações na legislação tributária interna, desde que
ratificados por meio de decreto legislativo.
d) não podem dispor sobre isenções internas.
e) somente podem alterar a legislação interna federal.

Questão 06 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito dos denominados acordo de bitributação (Tratados Internacionais


Bilaterais em Matéria de Imposto sobre a Renda) firmados pelo Brasil, é
possível afirmar que se sobrepõem à lei interna, limitando a sua eficácia nas
hipóteses previstas em seus dispositivos (dos acordos de bitributação).

Questão 07 – ESAF/AFRF/2005

Os convênios reclamam o prévio abono da Assembléia Legislativa, por


assimilação deles aos tratados internacionais que, pela Constituição,
necessitam da aprovação prévia do Congresso Nacional.

Questão 08 – ESAF/AFRF/2005
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Os atos administrativos normativos entram em vigor, em regra, na data da sua


publicação.

Questão 09 – ESAF/AFRFB/2009

Sobre a Legislação Tributária, as decisões proferidas pelas Delegacias da


Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislação tributária.

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Questão 10 – ESAF/AFRFB/2009

Sobre a Legislação Tributária, pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida


por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao
atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”.

Questão 11 – ESAF/AFRFB/2009

Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e


convenções internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir
a evasão fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, serão
equivalentes às emendas constitucionais.

Questão 12 – ESAF/AFTM-Fortaleza/1998

Não é preciso lei para estabelecer a cominação de penalidades.

Questão 13 – ESAF/TRF/2003

São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções


internacionais e dos decretos: os atos normativos expedidos pelo Congresso
Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal.

Questão 14 – ESAF/TRF/2003

São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções


internacionais e dos decretos: as decisões dos órgãos singulares ou coletivos
de jurisdição administrativa, sempre que despidos de eficácia normativa.

Questão 15 – ESAF/Procurador-PGFN/2012 05313630822

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor


do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, julgue a
assertiva a seguir: A expressão "revogam" não cuida, a rigor, de uma
revogação, mas de uma suspensão da eficácia da norma tributária nacional,
que readiquirá a sua aptidão para produzir efeitos se e quando o tratado for
denunciado.

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Questão 16 – ESAF/Procurador-PGFN/2012

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor


do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, julgue a
assertiva a seguir: O sistema constitucional brasileiro não consagra o princípio
do efeito direto e nem o postulado da aplicabilidade imediata dos tratados e
convenções internacionais.

Questão 17 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

As portarias expedidas por autoridade administrativa caracterizam=se como


normas complementares no direito tributário.

Questão 18 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

Os decretos regulamentadores visam interpretar e integrar o conteúdo das leis


tributárias a que se relacionam.

Questão 19 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

O contribuinte que cumpre a orientação dada pela autoridade administrativa,


que esteja equivocada, fica isento de pagar multa.

Questão 20 – FGV/Advogado- Senado Federal/2008

Havendo antinomia entre norma de tratado internacional e norma de lei


interna, mais recente, a questão se resolve:
(A) pela prevalência da lei interna, com indenização aos prejudicados.
(B) pela revogação da lei interna, sem indenização aos prejudicados.
(C) pela revogação do tratado, com indenização aos eventuais prejudicados.
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(D) pelo critério da especificidade da matéria, adotando-se a norma mais


completa para solução do caso.
(E) pela prevalência do tratado, com indenização eventual aos prejudicados.

Questão 21 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2009

A Lei Complementar desempenha papel de grande relevância em matéria


tributária. Conforme se infere do artigo 146 da Constituição Federal, cabe à Lei
Complementar:
(A) fixar uma alíquota única do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
(2%) em todo o território nacional, com o fim de debelar a guerra fiscal
travada entre os Municípios.

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(B) regulamentar a denominada “cláusula geral antielisiva” inserida no Código


Tributário Nacional (parágrafo único do artigo 116).
(C) introduzir os tratados internacionais em matéria tributária (acordos de
bitributação) no sistema tributário brasileiro.
(D) ampliar a competência tributária constitucionalmente estabelecida dos
entes da federação.
(E) prevenir situações de desequilíbrio nas condições de concorrência mediante
critérios especiais de tributação.

Questão 22 – FGV/OAB/2010

Em Direito Tributário, cumpre à lei ordinária estabelecer a cominação ou


dispensa de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos.

Questão 23 – FGV/AFRE-RJ/2010

As alternativas a seguir apresentam atribuições da lei complementar tributária,


à exceção de uma. Assinale-a.
a) Instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social.
b) Dispor sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado
pelas sociedades cooperativas.
c) Instituir o imposto sobre grandes fortunas.
d) Dispor sobre os requisitos para o gozo da imunidade tributária relativa a
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e
assistência social, sem fins lucrativos.
e) Atribuir ao sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente.

Questão 24 – FGV/Fiscal da Receita Estadual-AP/2010-Adaptada 05313630822

Compete à lei complementar evitar o desequilíbrio nas condições de


concorrência por meio de critérios especiais de tributação.

Questão 25 – FGV/Fiscal da Receita Estadual-AP/2010-Adaptada

Compete à lei complementar introduzir os tratados internacionais em matéria


tributária no ordenamento jurídico brasileiro.

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Questão 26 – FCC/Procurador-João Pessoa – PB/2012

Sobre lei complementar em matéria tributária, é correto afirmar que é a fonte


legislativa prevista na Constituição Federal para estabelecer normas gerais em
matéria de legislação tributária, tal como definição de obrigação e crédito
tributário.

Questão 27 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Os tratados e as convenções internacionais não são aptos a revogar ou


modificar a legislação tributária interna, pois não fazem parte da chamada
legislação tributária.

Questão 28 – CESPE/PGM-RR/2010

Em matéria de legislação tributária, a casa legislativa do município pode


estabelecer norma dispondo sobre crédito, diferentemente do disposto em lei
complementar.

Questão 29 – CESPE/DPE-ES/2009

Cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação


tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários.

Questão 30 – CESPE/PROCURADOR-PE/2009

A legislação tributária estabelece hierarquia entre as leis instituidoras de


tributos federais, estaduais e municipais.

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Questão 31 – ESAF/Fiscal de Tributos Estaduais-PA/2002

Os acordos sobre dupla tributação internacional, como todos os tratados que


requerem aprovação congressional, começam a vigorar no ordenamento
jurídico interno brasileiro com o início da vigência dos decretos que os
promulgaram.

Questão 32 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2009-Adaptada

Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha


assinado tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado
que os produtos originários de um gozarão, nos outros países, do mesmo

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tratamento tributário aplicado ao produto nacional, julgue a afirmação a


seguir. O tratado incorporado ao sistema tributário nacional por decreto
legislativo tem prevalência sobre a lei ordinária.

Questão 33 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2009-Adaptada

Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha


assinado tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado
que os produtos originários de um gozarão, nos outros países, do mesmo
tratamento tributário aplicado ao produto nacional, julgue a afirmação a
seguir. Caso o Congresso Nacional venha a homologar o tratado mediante
decreto legislativo, este gerará efeitos para a União, os estados e os
municípios, inclusive no que diz respeito à matéria reservada à lei
complementar.

Questão 34 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2009-Adaptada

Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha


assinado tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado
que os produtos originários de um gozarão, nos outros países, do mesmo
tratamento tributário aplicado ao produto nacional, julgue a afirmação a
seguir. Por se tratar de convenção internacional de integração regulando
matéria tributária, o tratado gerará para os impostos de competência da União
efeitos imediatos, por aplicação dos princípios do efeito direto e da
aplicabilidade imediata.

Questão 35 – ESAF/TRF/2003

Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com


eficácia normativa, os convênios e os decretos são normas complementares
das leis, tratados e convenções internacionais que versem sobre tributos.
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Questão 36 – FGV/Agente Tributário-MS/2006

A respeito dos tratados internacionais, pode-se afirmar que têm tratamento


diverso das convenções internacionais.

Questão 37 – CESPE/Juiz-TJ-AL/2008

Para um tratado internacional ser incorporado ao direito iterno, deve ser


submetido ao crivo do Congresso Nacional, ao qual compete aprová-lo por
meio de resolução.

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Questão 38 – ESAF/AFRFB/2012

Entende-se por vigência a aptidão de uma norma para qualificar fatos,


desencadeando seus efeitos de direito.

Questão 39 – ESAF/AFRFB/2012

Vigência e eficácia, atributos normativos que costumam existir


simultaneamente, no Direito Tributário podem existir separadamente.

Questão 40 – ESAF/AFRFB/2012

As normas constitucionais de eficácia limitada constituem exemplo de norma


que, embora em vigor, não está apta a produzir efeitos.

Questão 41 – ESAF/AFRFB/2012

No caso das leis que necessitem regulamentação, é lícito ao regulamento, sem


alterar o mandamento legal, estabelecer o termo a quo de incidência da novel
norma tributária, não podendo ser interpretado, todavia, de forma a
surpreender o contribuinte.

Questão 42 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012

Se lei não dispuser de forma contrária, a pessoa de direito público interno que
vier a ser criada pelo desmembramento territorial de outra aplicará a
legislação tributária da pessoa da qual se desmembrou, até que a sua própria
legislação entre em vigor.

Questão 43 – ESAF/AFRFB/2012
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Pode-se ter no Direito Tributário norma vigente mas não eficaz, como no caso
das que majorem tributos, que em geral têm sua eficácia diferida para o início
do exercício financeiro seguinte ao qual foi publicada; todavia, não se admite
norma eficaz e não vigente.

Questão 44 – ESAF/AFRF/2005

É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia.

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Questão 45 – ESAF/AFRF/2005

O CTN veda a extraterritorialidade da legislação tributária.

Questão 46 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2008

No sistema tributário nacional, é correto afirmar que os atos normativos


entram em vigor sempre na data de sua publicação.

Questão 47 – CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador

Desde que a lei atribua eficácia normativa às decisões dos órgãos singulares
ou coletivos de jurisdição normativa, essas decisões, no que se refere aos
efeitos normativos, entram em vigor na data de sua publicação.

Questão 48 – ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual-RN/2005

Avalie o acerto das formulações adiante e marque com as verdadeiras e com


as falsas. Em seguida, marque a opção correta.
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a fatos geradores
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento de crédito
tributário deve ser interpretada literalmente.
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do fato, a lei tributária
que define infrações, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao acusado.

a) V, F, V, F.
b) V, V, F, V.
c) F, V, F, F.
05313630822

d) F, F, V, V.
e) F, F, V, F.

Questão 49 – ESAF/PFN/2006

A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa,


ressalvadas as hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade.

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Questão 50 – ESAF/TRF/2002

A lei tributária nova aplica-se a ato ou fato pretérito, quando comine


penalidade mais severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.

Questão 51 – ESAF/TRF/2002

A lei tributária nova aplica-se a ato ou fato pretérito não definitivamente


julgado, quando deixe de defini-lo como infração.

Questão 52 – ESAF/PFN/1998

O esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra posterior


configura a chamada interpretação ontológica.

Questão 53 – ESAF/AFPS/2002

A aplicação da legislação tributária somente se aplica ao futuro, em


consonância com o princípio constitucional da irretroatividade das leis.

Questão 54 – FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006

A lei tributária nova aplica-se ao ato ou fato pretérito:


I. em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II. não definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração;
III. não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, ainda que tenha implicado falta de
pagamento de tributo.
Assinale:
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(A) se apenas o item III estiver correto.


(B) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
(C) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
(D) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
(E) se todos os itens estiverem corretos.

Questão 55 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2009

De acordo com o Código Tributário Nacional a lei aplica-se a ato ou fato


pretérito.
A esse respeito analise as afirmativas que apresentam as situações em que a
lei se aplica.

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I. Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a


aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.
II. Quando reduza a alíquota de tributo cujo fato gerador já foi praticado,
desde que a defesa ofertada pelo contribuinte, administrativa ou judicial, ainda
não tenha sido definitivamente julgada.
III. Tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha
sido fraudulento e não tenha implicado falta de pagamento de tributo.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Questão 56 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2008

No sistema tributário nacional, é correto afirmar que as normas de isenção


tributária se aplicam, de regra, a fatos ocorridos antes do início de sua
vigência.

Questão 57 – CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011

Se, de algum modo, a lei beneficiar o contribuinte, ela não deverá produzir
efeitos imediatos, dada a obrigatoriedade da observância do princípio da
anterioridade.

Questão 58 – CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011

Quando a lei for expressamente interpretativa, ela será aplicada, em


determinados casos, a ato ou fato pretérito, excluída a aplicação de penalidade
a infração de dispositivos interpretativos. 05313630822

Questão 59 – CESPE/PROCURADOR-PE/2009

Se, em procedimento administrativo fiscal houver, discussão sobre o alcance


de uma norma impositiva, e, em face disso, tiver sido editada lei explicitando o
sentido da referida norma, essa lei terá efeito retroativo.

Questão 60 – CESPE/PROCURADOR-PE/2009

A lei que estabeleça redução de alíquota de tributo terá efeito retroativo, desde
que o procedimento administrativo não tenha sido definitivamente julgado, por
ser mais benéfica ao contribuinte.

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Questão 61 - ESAF/ATRFB/2009

Consoante o que dispõe o art. 111 do Código Tributário Nacional interpreta-se


literalmente a legislação tributária que disponha, entre outros, sobre a outorga
de isenção. Tal artigo, embora sofra algumas críticas de parte da doutrina, no
sentido de que não se deva lançar mão isoladamente da técnica de
interpretação literal, vem tendo acolhida em diversos julgados oriundos de
tribunais superiores. Como exemplos de aplicação de tal princípio, podemos
apontar as seguintes situações, com exceção de:
a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia em legislação que
verse sobre a outorga de isenções.
b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato
Declaratório Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil,
por exemplo, podem impor restrições válidas, além daquelas contidas em
textos legais, para a fruição de benefícios fiscais.
c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e finalísticos da
norma por parte do aplicador do direito.
d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada interpretação
literal à legislação que disponha sobre a outorga de isenções, admite-se uma
interpretação mais ampla da referida norma.
e) a isenção tributária revela-se instrumento de materialização de conveniência
política, insuscetível, neste aspecto, de controle do Poder Judiciário, na
concretização de interesses econômicos e sociais, estimulando e beneficiando
determinadas situações merecedoras de tratamento privilegiado.

Questão 62 - ESAF/AFRFB/2012

O CTN determina que se proceda à interpretação literal sempre que se estiver


diante de legislação tributária que disponha, entre outros, sobre a outorga de
isenção. Tal regra permite as seguintes conclusões, com exceção de:
a) ainda que a interpretação literal preconizada pelo CTN tenha como objetivo
evitar interpretações ampliativas, não se admite, porém, interpretação que
venha a ser mais restritiva do que a própria lei. 05313630822

b) a busca do real significado, sentido e alcance de benefício fiscal não


configura ofensa à mencionada regra.
c) sua aplicação veda o emprego da analogia, mas não impossibilita uma
interpretação mais ampla.
d) a requalificação de verba em razão de seus elementos essenciais, para fins
de reconhecê-la isenta, em detrimento da terminologia adotada pela legislação
previdenciária, é vedada ao Juiz, por força desta regra.
e) tal regra não constitui norma geral de interpretação da legislação que
disponha sobre deduções de despesas na determinação da base de cálculo de
tributos.

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Questão 63 - ESAF/AFTN-Natal-RN/2001

Os princípios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para definição dos
efeitos tributários dos institutos e conceitos dessa área jurídica.

Questão 64 - ESAF/AFTN-Natal-RN/2001

Deve ser interpretada de maneira mais favorável ao FISCO a lei tributária que
defina infrações e comine penalidades.

Questão 65 - ESAF/AFTN-Natal-RN/2001

A ausência de disposição normativa expressa não autoriza o emprego da


analogia.

Questão 66 – FGV/AFRE- RJ/2011

Não pode(m) ser usado(a)(s) como técnica de interpretação e integração da


legislação tributária
(a) A equidade.
(b) Os princípios gerais de direito tributário.
(c) Os costumes.
(d) Os princípios gerais de direito público.
(e) A analogia.

Questão 67 – FGV/Sudene- PE- Analista Técnico Adm./2013

Sobre o uso da analogia, analise as afirmativas a seguir.


I. A analogia é forma de interpretação da legislação tributária.
II. A analogia postula a aplicação do mesmo tratamento legal a casos
semelhantes. 05313630822

III. O uso da analogia é possível no caso de interpretação do alcance do


sentido da lei.
IV. O princípio da legalidade estrita limita o campo de aplicação da analogia.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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Questão 68 – FGV/CGE-MA- AUDITOR/2014

Diante de situação fática não prevista expressamente na legislação,


vislumbrada lacuna a ser superada, a autoridade judicial fez uso de norma
expressa existente no ordenamento jurídico para hipótese semelhante à que
deveria julgar.
Neste caso, a integração da lacuna se deu por
(A) utilização do princípio da legalidade.
(B) uso da equidade.
(C) utilização da analogia.
(D) interpretação axiológica.
(E) uso do princípio da isonomia.

Questão 69 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2008

No sistema tributário nacional, é correto afirmar que as normas de isenção


exigem interpretação literal, ou seja, podem ter aplicação analógica.

Questão 70 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2010

Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre


suspensão, extinção ou exclusão do crédito tributário.

Questão 71 – FGV/AFRE- RJ/2011

A respeito da interpretação da legislação tributária, analise as afirmativas a


seguir:
I. São interpretadas literalmente a suspensão ou a exclusão do crédito
tributário.
II. É interpretada literalmente a dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias.
III. É interpretada de maneira mais favorável ao contribuinte a legislação
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tributária que determine a outorga de isenção.


IV. É interpretada de maneira mais favorável ao fisco, no caso de legislação
tributária que define infrações, no caso de dúvida quanto à graduação da
penalidade aplicável.
Assinale
(a) Se apenas a afirmativa I estiver correta.
(b) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(c) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(d) Se apenas afirmativas III e IV estiverem corretas.
(e) Se apenas a afirmativa IV estiver correta.

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Questão 72 - CESPE/PROCURADOR-PE/2009

Na integração da norma tributária, poderá ser utilizada a analogia, a


interpretação analógica e a interpretação extensiva.

Questão 73 - CESPE/Assessor Jurídico-Natal-RN/2008

A integração da legislação tributária importa no trabalho intelectual que


consiste em identificar o sentido e alcance da norma, em decifrar o
pensamento do legislador.

Questão 74 - CESPE/Advogado-Hemobrás/2008

Os princípios gerais de direito privado são utilizados para a definição do


alcance dos efeitos tributários dos seus institutos.

Questão 75 - CESPE/Advogado-Hemobrás/2008

Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa


do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Questão 76 - CESPE/Assessor Jurídico-Natal-RN/2008

Deve ser interpretada literalmente a lei estadual que disponha sobre a


dispensa do cumprimento de escrituração de livros fiscais por certas
sociedades empresárias.

Questão 77 - FCC/DPE-SP/2009

A lei tributária que define infrações interpreta-se da maneira mais favorável ao


05313630822

acusado, havendo dúvida quanto à natureza da penalidade ou graduação


aplicável.

Questão 78 - FCC/Procurador-AL-PB/2013

O emprego da analogia poderá resultar na exigência de tributo não previsto


em lei; no entanto, o emprego da equidade não poderá resultar na dispensa de
pagamento de tributo devido.

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Questão 79 - FCC/Procurador-AL-PB/2013

Lei tributária não pode alterar o conceito estipulado pela Constituição Federal
para o fato gerador do ICMS da realização de operações relativas à circulação
de mercadorias, a menos que seja para definir competência tributária.

Questão 80 - FCC/ISS-SP/2012

A autoridade competente para aplicar a lei tributária municipal, estando diante


de norma legal a partir da qual se podem erigir diferentes interpretações,
deverá interpretá-la de maneira mais favorável ao
a) acusado, quando essa lei tributária estiver definindo infrações ou cominando
penalidades.
b) contribuinte, no tocante à alíquota e à base de cálculo aplicáveis a um
determinado tributo.
c) contribuinte acusado, no tocante à alíquota e à base de cálculo aplicáveis a
um determinado tributo, bem como às penalidades passíveis de imposição a
ele.
d) contribuinte, no tocante à alíquota aplicável a um determinado tributo.
e) sujeito passivo de obrigação acessória, quanto à extensão dos prazos para
cumprimento de obrigação acessória.

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7 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 Correta 28 Errada 55 Letra C


2 Letra B 29 Correta 56 Errada
3 Correta 30 Errada 57 Errada
4 Letra A 31 Correta 58 Errada
5 Letra C 32 Correta 59 Correta
6 Correta 33 Errada 60 Errada
7 Errada 34 Errada 61 Letra B
8 Correta 35 Errada 62 Letra D
9 Errada 36 Errada 63 Errada
10 Correta 37 Errada 64 Errada
11 Errada 38 Correta 65 Errada
12 Errada 39 Correta 66 Letra C
13 Errada 40 Correta 67 Letra B
14 Errada 41 Correta 68 Letra C
15 Correta 42 Correta 69 Errada
16 Correta 43 Errada 70 Errada
17 Correta 44 Errada 71 Letra B
18 Errada 45 Errada 72 Errada
19 Correta 46 Errada 73 Errada
20 Letra A 47 Errada 74 Errada
21 Letra E 48 Letra E 75 Correta
22 Correta 49 Correta 76 Correta
23 Letra E 50 Errada 77 Correta
24 Correta 51 Correta 78 Errada
25 Errada 52 Errada 79 Errada
26 Correta 53 05313630822

Errada 80 Letra A
27 Errada 54 Letra B -

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