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O documento resume as principais estruturas e funções do sistema digestório humano, incluindo a boca, língua, dentes, palato, glândulas salivares e osso hioide. Descreve as etapas da digestão como ingestão, digestão mecânica e química, absorção e defecação. Também aborda a anatomia e função dos principais órgãos digestivos e dos plexos nervosos entéricos.
O documento resume as principais estruturas e funções do sistema digestório humano, incluindo a boca, língua, dentes, palato, glândulas salivares e osso hioide. Descreve as etapas da digestão como ingestão, digestão mecânica e química, absorção e defecação. Também aborda a anatomia e função dos principais órgãos digestivos e dos plexos nervosos entéricos.
O documento resume as principais estruturas e funções do sistema digestório humano, incluindo a boca, língua, dentes, palato, glândulas salivares e osso hioide. Descreve as etapas da digestão como ingestão, digestão mecânica e química, absorção e defecação. Também aborda a anatomia e função dos principais órgãos digestivos e dos plexos nervosos entéricos.
O sistema digestivo é um dos mais complexos, no entanto, um dos mais
interessantes sistemas do organismo. Algumas funções nesse sistema podem ser pontuadas como sendo muito importantes. Tais funções são a ingestão (realizada na boca, é a introdução do alimento na cavidade bucal, contando com alguns movimentos como a depressão da mandíbula e o rebaixamento da língua), a digestão mecânica (ato da mastigação – mistura dos alimentos na boca -, o triturar e o amassar pelo estômago, a segmentação no intestino delgado, com cerca de 12 a 14 contrações por minuto no duodeno), a propulsão (é a deglutição – controle consciente-, somada ao peristaltismo – oriundo da atividade do SNA parassimpático), a digestão química (que começa ainda na boca com a ação das enzimas digestivas), a absorção (realizada no intestino delgado e grosso, é a passagem do produto digerido – os nutrientes para o organismo) e a defecação (realizada pelo intestino grosso, é a evacuação dos resíduos não digeridos), sendo que a movimentação do bolo alimentar é de acordo com um movimento peristáltico ou mesmo pela motilidade no intestino delgado. A motirina que é produzida no próprio intestino sob estímulo da absorção de nutrientes aumenta de concentração ao longo do tempo e em certo momento ela faz dar início às ondas peristálticas. Apesar de histologia não ser o foco desta descrição anatômica do sistema digestivo, é importante ressaltar que o trato gastrintestinal possui, histologicamente, quatro túnicas, de modo geral. Possui uma mucosa, que confere proteção (epitélio), uma lâmina própria e uma fina camada de tecido muscular liso da mucosa, cuja função é de impedir a adesão de partículas ao longo do tecido epitelial; uma submucosa, que possui vascularização e tecido nervoso; uma muscular, que é dividida geralmente em uma circular interna (permite empurrar o bolo alimentar por meio de contrações) e longitudinal externa (permite dilatar a passagem do tubo para o bolo alimentar passar); e uma serosa ou adventícia, que é um tecido de revestimento (conjuntivo) que circunda o órgão, sendo essa túnica envolvendo órgão intraperitoniais (serosa) e retroperitoniais (adventícia). A parte nervosa do sistema digestório apresenta um componente muito importante que são os plexos entéricos onde circulam informações que saiem e atuam na própria região sem precisar subir para o sistema nervoso central; os diferentes tipos de plexos entéricos são o submucoso, ou de Meissner, e o mioentérico, ou de Auerbach. Os plexos nervosos de Meissner encontram-se na submucosa e sua função é controlar as secreções glândulas, quando são liberadas; já os plexos de Auerbach são encontrados entre as duas camadas musculares da túnica muscular e sua função é regular a atividade das glândulas, bem como controlar a musculatura lisa. De modo geral, o sistema digestivo conta com o revestimento ainda de uma membrana serosa que reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras, fixando-as à parede abdominal: o peritônio. Ele ainda se mostra útil para impedir aderências e conferir mobilidade aos órgãos e estruturas presentes na cavidade abdominopélvica. Existe uma porção parietal (em contato com a parede abdominal) e uma porção visceral (em contato com a víscera), sendo que uma dupla camada peritonial forma o omento maior do estômago, que começa na curvatura gástrica maior e se insere no cólon transverso, recobrindo todo o intestino delgado. O mesocólon suspende o colon transverso; o mesentério suspende o intestino grosso; e o omento menor auxilia na posição do estômago associado ao fígado, sendo o omento menor formado pelos ligamentos hepatoduodenal e hepatogástrico, que vem da curvatura menor do estômago. Iniciando a descrição anatômica topográfica do trato digestivo, tem-se a boca. Ela é constituída pelo vestíbulo da boca (lábios e bochechas, cuja função é de posiconar o bolo alimentar na boca, e dente, cuja função é a de mastigação) e cavidade própria da boca (logo posterior aos dentes). O limite posterior da cavidade é o istmo das fauces. Ao redor dos dentes se observa a gengiva. O movimento da rima bucal é controlada por alguns músculos da face, como os levantadores do lábio superior e abaixador do lábio inferior (deprimem e elevam os lábios, respectivamentes), os levantador do ângulo da boca e abaixador do ângulo da boca (alarga a rima bucal e deprime o ângulo da boca, respectivamentes), o risório que alarga a rima da boca, o bucinador que pressiona a bochecha aos dentes, o orbicular da boca que confere resistência a distensão e o próprio plastisma contribui com a depressão da mandíbula. Ainda em músculos, a mastigação que acontece na boca é promovida pela ação de quatro músculos à saber: o temporal (elevação e retrusão da mandíbula, após protusão), o masseter e o pterigoide medial que realizam a elevação e protusão da mandíbula, e o pterigoide lateral que realiza a depressão, protusão e balanço da mandíbula. Vale lembrar que é a articulação da mandíbula (temporomandibular – ATM) é do tipo gínglimo, sinovial. Elementos ósseos relacionados com a parte digestiva são os presentes nos seguintes ossos: 1) maxila: processo alveolar e eminências alveolares, processo palatino e forame incisivo; 2) mandíbula: processo condilar, incisura da mandíbula, processo coronoide da mandíbula, ramo, ângulo e corpo da mandíbula, linha obliqua, língula, forame da mandíbula, sulco e linha milo-hioide, fóvea sublingual e fóvea submandibular, protuberância, tubérculos e forames mentuais, e espinhas genianas; 3) palatino: espinha nasal posterior, Lâmina perpendicular e horizontal, processo piramidal e foramens palatinos maior e menores; 4) temporal: processo estiloide, fossa mandibular e tubérculo articular; 5) esfenoide: processo pteriogide, hámulo pterigoide e espinha do esfenoide; 6) hioide: corpo e cornos maiores e menores. Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentários da maxila e da mandíbula, através dos ligamentos periodontais. Estão relacionados à mastigação e a transformação dos alimentos. Existem quatro tipos de dentes: os incisivos (cortam alimento), os caninos (furam o alimento), os pré-molares e os molares que esmagam e trituram o alimento. São notadas 5 faces (lingual, labial, mesial, distal e oclusal) e são divididos em coroa, colo e raiz, com os seguintes elementos constitutivos: esmalte, dentina, cavidade pulpar, canal e ápice da raiz do dente, forame do ápice do dente e cemento. A língua faz parte da cavidade bucal e orofaringe e está relacionada a diversas funções como a mastigação, limpeza da boca e deglutição. De características gerais ela possui um sulco terminal em formato de “V” que separa o corpo e a raiz da língua e diversas papilas gustativa cuja função e de gustação do alimento: filiformes (mais abundantes), fungiformes, foliadas e circunvaladas (presentes no “V” lingual). Os segmentos móveis são o ápice e o corpo da língua na região anterior (inervados pelo nervo facial), e o segmento fixo é a raiz da língua, após o sulco terminal (inervado pelo glossofaríngeo). O movimento da língua merece destaque, pois é importante para a mistura do alimento com a saliva, a transformação deste em uma massa compacta e o processo de deglutição, que inicia com a elevação do dorso da língua empurrando o alimento para orofaringe. Nesse processo existem dois tipos de musculatura que auxiliam: os músculos intrínsecos (cuja função é de mudar a morfologia da língua) e extrínsecos da língua (cuja função é de conferir mobilidade à língua). Intrínsecos são o transverso (alonga e estreita a língua) e vertical da língua (alarga e achata a língua), longitudinal superior (elevação do ápice da língua) e inferior (depressão ápice da língua), sendo que ambos promovem a curvatura e o encurtamento da língua. Extrínsecos são o palatoglosso (elevação da parte posterior da lingua), hioglosso (depressão das laterais da lingua), genioglosso (abaixa a língua) e estiloglosso (retrusão da língua). O palato é constituído por uma parte dura (óssea) de formato côncavo e outra mole (muscular) de formato convexo, sendo que sua face inferior é voltada para a cavidade oral. É uma superfície rígida na qual o alimento pode se apoiar e ser deslocado. Na dura são perceptíveis as rugas palatinas e a rafe palatina, enquanto que no palato mole é perceptível a úvula. Entre os palatos são encontradas as tonsilas e fossas tonsilares que alojam a tonsila palatina, que são alojadas devido a presença dos arcos palatoglosso (mais anterior) e o palatofaríngeo (mais posterior). A deglutição também é auxiliada pela musculatura do palato mole. O músculo da úvula eleva e encurta a úvula. O músculo palatofaríngeo promove a mobilidade da faringe durante deglutição. O tensor palatino tensiona o palato junto com o tensor do véu palatino (que atua especificamente no palato mole). O levantador do véu palatino eleva o palato mole. Sobre as glândulas salivares, existem as maiores (parótidas, sublinguais e submandibulares) e as menores. Estas últimas tem contribuição bem pequena na produção de saliva, mas a produção é constante para lubrificar a cavidade oral. A parótida está localizada lateralmente ao ramo da mandíbula, a sublingual na fóvea subligual e a submandibular na fóvea submandibular. A função da saliva é limpar a cavidade bucal, dissolver constituintes químicos (presença de enzimas como ptialina), umedecer e lubrificar os alimentos. Vários ainda são os componentes que auxiliam na deglutição (lembrando que movimentos voluntários vão só até a orofaringe, pois após dela o movimento se torna involuntário). Descreve-se agora a musculatura hioidea: os músculos supra (milo- hioide, estilo-hioide, digástrico e genioioide que elevam o osso hioide durante passagem do alimento) e infrahioides (tiro-hioide, omo-hioide, esterno-hioide e esternotireoideo que deprimem o osso hioide depois que o bolo alimentar passa pela região). Tem-se também a musculatura faringeana: os músculos pertencentes à camada circular interna (constritores superior, médio e inferior que impulsionam o bolo alimentar em direção ao esôfago) e longitudinal externa (palatofaringeo, estilofaringeo e salpingofaringeo que elevaam a faringe durante a passagem do bolo alimentar) da túnica muscular. Da orofaringe é ainda importante ressaltar que existe o esfíncter cricofaríngeo que está contraído em repouso, mas se alarga quando o bolo alimentar chega para ajudar na passagem deste. Isto através do 1) alargamento do esôfago pela protusão e elevação do hioide, 2) elevação da laringe e 3) pela diferença de pressão (que é menor em direção ao estômago). Em seguida, tem-se o esôfago que é um tubo muscular (2/3 superior é músculo estriado esquelético na túnica muscular, enquanto que 1/3 inferior é músculo liso) de aproximadamente 25 cm, posterior a traqueia. Liga a orofaringe até o estômago, sendo dividido em 3 porções: cervical, torácica e abdominal. Ao longo da sua extensão é perceptível dois esfíncteres: um superior anatômico e outro inferior fisiológico, que funciona como uma válvula mantendo o esfíncter fechado quando não há deglutição. Além dos esfíncteres, se percebem quatro constrições: uma a nível do esfíncter esofágico superior, outra na passagem do arco aórtico, uma na passagem do brônquio principal esquerdo e uma última na passagem pelo hiato esofágico. O esôfago termina no estômago, chegando neste na região da cárdia. O estômago é intraperitonial, tem forma de “J”, está à esquerda do fígado, posterolateral ao pâncreas e lateralmente ao baço à esquerda. Funções do estômago são de acumular transitoriamente os alimentos ingeridos e preparar mecânica e quimicamente os alimentos, seja pela ação de contração das pregas gástricas, seja pela ação de enzimas e ácido clorídrico (que iniciam a digestão de proteínas). É dividido em cárdia, fundo, corpo e região pilórica (onde se destaca o antro pilórico, o canal pilórico e o próprio piloro). Na cárdia se percebe a incisura cárdica e na região pilórica se nota a incisura angular. Ao longo da curvatura menor do estomago pode se observar o omento menor, enquanto que ao longo da curvatura maior se observa o omento maior. Vale ainda lembrar que a mucosa do estomago apresenta ainda uma dupla camada espessa de muco que protege o epitélio da ação do HCl e a túnica muscular conta com mais uma camada, ficando na disposição: obliqua interna, circular média e longitudinal externa. A gastrina, produzida mais na região pilórica, aumenta a motilidade gástrica, que também é regulada pelos hormônios entéricos. A regulação nervosa para secreção gástrica se dá por reflexos longos (estímulos externos tratados pelo SNC e SNA) da fase cefálica, e curtos (estímulos são logo detectados e processados no próprio órgão através de captação por mecanorreceptores) da fase gástrica, sendo que há ainda uma fase intestinal, regulada pela passagem do quimo para o duodeno. Antes de passar para o duodeno, o quimo vai se acumulando na região pilórica em decorrência das contrações no órgão que além de auxiliarem na trituração do alimento, ficam mais potentes a medida que se aproxima da região pilórica, pois a camada muscular vai ficando mais espessa (nota-se uma propulsão que acontece através de onda peristálticas do fundo ao piloro). O acúmulo do quimo na região pilórica acontece, pois existe uma retropulsão que faz com que 10% do quimo só passe para o duodeno, além do piloro ser estreito. Após o piloro do estomago, tem-se o intestino delgado. Sua função majoritária é a absorção. Ele é um órgão longo e sinuoso que ocupa a maior parte da cavidade abdominal e é dividido em duodeno (menor parte), jejuno e íleo (maior parte). É separado do intestino grosso pela valva ileocecal. A única parte do intestino delgado que não é retroperitonial é a ampola duodenal. O duodeno, primeira porção do intestino delgado e a mais curta tem formato de “C” e começa a partir do piloro. Possui quatro segmentos: superior (suspendida pelo ligamento hepatoduodenal), descendente (faz uma curva sob a cabeça do pâncreas e recebe secreções do fígado e maior parte do pâncreas através da papila duodenal maior, e recebe secreções do colo e da cabeça do pâncreas pela papila duodenal menor quando o ducto de Santorini está presente), inferior (abaixo da cabeça do pâncreas) e ascendente (na margem inferior do corpo do pâncreas, sendo suspendida pelo músculo suspensor do duodeno, que também se contrai para facilitar a passagem do quilo), terminando na flexura duodeno-jejunal. A partir desta flexura, começa o jejuno. Não existe uma divisão clara que separa o jejuno do íleo, uma das diferenças é enquanto a coloração: o jejuno é mais avermelhado enquanto que o íleo é mais pálido. O mesentério fixa o jejuno e o íleo a parede abdominal posterior. Tanto o jejuno quanto o íleo apresentam pregas circulares na mucosa, em decorrência da tonicidade. Tais pregas são importantes, pois 1) desaceleram a passagem do quilo, 2) aumentam a superfície de contato e 3) permitem a rotação desse material ao longo das pregas, misturando com os sucos entéricos. Tudo isso contribui para melhorar a absorção, que é feita pelos vilos (com muitas microvilosidades) presentes ao longo de todo o intestino. Vale lembrar que quanto mais perto se chega na válvula ileocecal mais glândulas mucosas estão presentes. O intestino delgado (íleo) termina na junção íleo-cecal. O intestino grosso vem logo em seguida, a partir dessa junção íleo-cecal, uma valva que possui um lábio ileocolico e um lábio ileocecal. Tal valva é influenciada pela gastrina produzida no estômago e relaxa, permitindo passagem do quilo para o intestino grosso. A gastrina tem participação também no íleo aumentando a intensidade das contrações de segmentação, e no intestino grosso também contribui pra aumentar o deslocamento de massa no cólo. A função principal do intestino grosso é absorver água dos resíduos não digerido, formar as fezes e servir como um armazenamento temporário dos resíduos para defecação. Os componentes do intestino grosso são o ceco (segmento inferior a valva ileocecal), o apêndice vermiforme (órgão importante para o sistema imune), colo ascendente, flexura cólica direita (hepática), colo transverso, flexura cólica esquerda (esplênica), colo descendente, colo sigmoide, reto e ânus. Apenas o colo transverso e o sigmoide são intraperitoniais, o resto do intestino grosso é retroperitonial. Estruturalmente, o intestino grosso apresenta 3 tênias do colo (bandas de musculatura lisa longitudinal): uma livre central que não tem associação com nenhuma estrutura; uma epiploica que tem associação com os apêndices epiploicos, inferiormente; e uma mesocólica que tem associação com o mesocolon. As tênias finalizam na junção retossigmoidea, a nível da terceira vértebra sacral. É ainda percebido no intestino grosso as haustrações (dilatações), que possuem no seu interior as pregas semilunares (largura maior que as circulares do intestino delgado) separando essas haustrações. O reto tem uma mucosa mais espessa e possui 3 flexuras retais (superior, intermediaria e inferior) que impedem a volta das fezes e de gases. É separado do canal anal por um esfíncter interno de tecido muscular liso e um esfíncter externo de tecido estriado esquelético. Não existem mais vilosidades e no canal anal existem musculaturas que se opõem ao aumento de pressão abdominal exercida pela musculatura abdominal (reto abdominal, obliquo externo e interno e transverso do abdômen) que são o músculo levantador do ânus (puborretal, pubococcigeno e ileococcigeno) e o isquiococcigeno. Dentro do assunto de glândulas anexas, é importante falar sobre o fígado e pâncreas ainda. Sobre o fígado, é a maior glândula do corpo e se encontra no epigástrico. É um órgão peritonial visceral, mas possui uma parte superior nua. Voltado ao sistema digestório, sua função é de produzir a bile. Anatomicamente, o fígado possui uma face diafragmática superoanterior, uma face visceral inferoposterior e quatro lobos (direito, esquerdo, caudado e quadrado). Ele apresenta alguns ligamentos que o fixam em sua posição: na face diagramática pode ser observado o ligamento falciforme ao centro, que se divide superiormente em ligamentos coronários direito e esquerdo, os quais continuam e formam os ligamentos triangulares direito e esquerdo; na face visceral, podem ser visto o ligamento redondo inferiormente e o ligamento venoso superiormente, e o ligamento da veia cava inferior estabilizando a veia cava inferior. As fissuras onde se alojam os ligamentos venoso e redondo podem formar também a fissura sagital esquerda, enquanto que a fissura onde está o ligamento venoso forma também a fissura sagital direita. Outros acidentes anatômicos do fígado são o próprio hilo hepático na parte visceral, onde chegam artéria hepática e veia portal e saem os ductos hepáticos; a fossa da vesícula biliar com a própria vesícula biliar (dividida em fundo, corpo e colo); incisura do ligamento redondo;ápice; túber omental; e as impressões de estruturas importantes no parênquima hepáticos: esofágica, gástrica, renal, adrenal, cólica e duodenal. O pâncreas é um órgão retroperitonial, cujas porções são a cabeça (circundada pelo duodeno), o colo (posterior aos grandes vasos), o processo uncinado da cabeça do pâncreas, o corpo (à esquerda da artéria mesentérica superior) e a cauda (anterior ao rim esquerdo). Possuem componentes endógeno (ilhotas de Langerhans) e exógeno (ácinos produtores de enzimas digestivas). A bile é uma solução alcalina que é produzida no fígado cuja função é de emulsificar as gorduras ingeridas. Na vesícula biliar ela se torna mais concentrada na forma de sais biliares, sendo que a reabsorção aumentada de sais biliares quando estes chegam ao intestino é um sinal para produção de mais bile (fatores nervosos e hormonais estão presentes também, como a secretina e colecistoquinina). A colecistoquinina age contraindo a vesícula biliar e liberando os sais biliares que seguem para o intestino delgado, passando pelo fundo, corpo e colo. Em seguida chegam nos ductos hepáticos direito e esquerdo e formam o ducto hepático comum que, junto com o ducto cístico, formam o ducto colédoco. Tal ducto desce e adentra a cabeça do pâncreas se juntando ao ducto pancreático principal na ampola hepatopancreatica. Quando o esfíncter de Oddi relaxar, o conteúdo da bile do pâncreas passa pela papila duodenal maior e cai no duodeno, local de ação de todas essas secreções. A colecistoquinina é quem traz informação para os esfíncteres de Oddi, do ducto colédoco e do ducto pancreático relaxarem e, assim, permitirem o escoamento das secreções, ela também permite a produção de enzimas pancreáticas nos ácinos.