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Beira
2015
Universidade Zambeze
Supervisor
Beira
2015
DECLARAÇÃO
Eu, Ângelo Daniel Soares declaro que este Trabalho de Conclusão de Curso, em forma de
Relatório de Estágio é resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetido para a
obtenção do grau de licenciado na Universidade Zambeze-Beira. Ele não foi submetido antes
para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra universidade.
I
AGRADECIMENTOS
À meu irmão Feliciano, por servir de exemplo de conduta e pelo apoio irrestrito em toda a minha
caminhada académica;
Ao meu tio Eugénio Mário, que serviu de inspiração para a realização deste curso;
Aos meus pais amados Daniel e Idalina, por servirem de inspiração na luta contra os desafios da
vida;
Aos meus irmãos e a todos os familiares pela confiança e pelas nobres palavras de incentivo;
Ao orientador M.Sc. Michael Mendes, por compartilhar seu vasto conhecimento e sabedoria,
além de apoiar e compreender em todas as fases deste trabalho;
Ao Ailon Ambasse, Hélio Caetano, Rogério do Rosário e Teófilo Orlando, meus grandes amigos
e incentivadores;
Aos estimados docentes desta instituição, os nobres profissionais, amigos do registo académico
da FCT e todos outros que contribuíram para a minha formação.
II
RESUMO
III
ABSTRACT
This report describes the technical and professional experience made the company Mozambique
Engineering Laboratory delegation of Beira (LEM-DB), a state institution belonging to the
Ministry of Public Works, Housing and Water Resources (OPHRH) working will level the
central region providing services to the state and non-governmental institutions or organizations.
He portrays on testing performed to different materials of construction for different construction
companies. The activities took place in a six month intervals during working hours of eight (8)
hours per day. Basically are carried out by that company studies and soil testing and concrete, the
realization of these is "in situ" or expedition. When performed in the work of local hires is a
specialist of this company to move to the effect of site and conduct such testing, when performed
in the form of hours, the construction company collects and prepares the test sample and submit
to the lab only for this purpose.
IV
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ...............................................................................................................................................II
RESUMO................................................................................................................................................................... III
ABSTRACT .............................................................................................................................................................. IV
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................1
1.1. Apresentação ................................................................................................................................................1
1.2. Caracterização da Empresa .........................................................................................................................3
1.3. Organograma do LEM .................................................................................................................................5
1.4. Actividades Realizadas no LEM ...................................................................................................................6
1.5. Actividades realizadas no período de estágio ..............................................................................................8
4. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................... 46
5. RECOMENDAÇÕES ....................................................................................................................................... 47
6. REFERENCIAS ................................................................................................................................................ 48
7. ANEXOS ............................................................................................................................................................ 49
V
ÍNDICE DE FIGURAS
VI
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1: -Indicativo das características dos Ensaios Proctor (E197 - LNEC 1966). .............................. 18
Tabela 2.2: Graduação para ensaio (DNER-ME 035/98) ........................................................................... 34
Tabela 2.3: Carga abrasiva (DNER-ME 035/98) ........................................................................................ 35
Tabela 3.4: Analise Granulométrica do material de estudo de betão .......................................................... 37
Tabela 3.5: Análise física dos agregados .................................................................................................... 38
Tabela 3.6: Dados para o traçado da curva de Faury .................................................................................. 40
Tabela 3.7: Percentagem dos agregados ..................................................................................................... 41
Tabela 3.8:cálculo de volume absoluto dos inertes para os diferentes casos de dosagem de cimento
considerados................................................................................................................................................ 42
Tabela 3.9: Percentagens de volumes absolutos dos inertes e das massas volúmicas da composição ....... 42
Tabela 3.10: Resultados da baridade determinadas no laboratório ............................................................. 43
Tabela 3.11: Resultados da tensão de rotura de provetes cubicas moldados laboratorialmente e respectiva
correção da água da mistura ........................................................................................................................ 44
Tabela 3.12: Percentagem dos agregados na Composição final da mistura corrigida ................................ 44
Tabela 3.13: Elementos para o traçado da curva real do betão ................................................................... 44
VII
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
NP – Norma Portuguesa
m – Metros
mm – Milímetros
kg– Quilogramas
g – Gramas
N0/n0– Numero
N – Newton
Mf – Modulo de Finura
D – Diâmetro
R – Raio
Pc – Percentagem do Cimento
Va – Volume de Amassadora
Vi – Volume do Inerte
Vv – Volume de Vazios
Vc – Volume de Cimento
T – Total
VIII
DCP – Density of Cone penetration
C – Graus Célsius
o
Cm – Centímetros
% - Percentagem
max – Máximo
opt.– Óptimo
gf – Grama-força
tf – Tonelada-força
pol – Polegadas
min – Minutos
CP – Corpo de Prova
l – Litro
d – Distancia
h – altura
l–largura
e – Espessura
Eq. – Equação
IX
1. INTRODUÇÃO
1.1. Apresentação
O estágio teve como objectivo conciliar aspectos científicos estudados e abordados no decorrer
do curso com a realidade prática, com maior enfoque ao que concerne a avaliação e controle de
qualidade dos materiais de construção efectuados na cidade da Beira, pós isto constitui a área de
realização deste estágio.
Laboratório é tido como um local destinado ao estudo experimental de qualquer ramo da ciência, ou à
aplicação dos conhecimentos científicos com objectivo prático. Na construção civil, o laboratório
tem como objectivo efectuar estudos de materiais e técnicas de construção que serão empregues
em suas obras. Nos materiais tem-se como objectivo conhecer as suas propriedades físicas,
químicas e mecânicas para o seu melhor emprego, explorando as suas vantagens e nas técnicas
tem-se como foco a escolha de um modelo construtivo eficiente.
Para a realização do estágio nesta empresa baseou-se em pedido formal efectuado a mesma, com
a comprovação documentada pela direcção da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade Zambeze para a conclusão da formação em engenharia civil.
Este estágio teve o seu início no dia 19 de Agosto de 2015, com duração de 3 (três) meses, com
carga horária diária de 8 (oito) horas de tempo com seu início as 7 horas e 30 minutos da manha
(07:30 PM).
Por se tratar de uma empresa de prestação de serviços e pela repetibilidade das actividades nela
efectuada, este documento vai debruçar de forma resumida as actividades que foram realizadas
nesse intervalo de tempo, destacando-se as primordiais e descrevendo-se os mecanismos e
procedimentos de execução de cada uma delas. Na sequência é apresentado o desenvolvimento
1
do tema, contendo a descrição e documentação de todas as actividades desenvolvidas. Nas
considerações finais descrevo minhas avaliações e conclusões quanto à experiência vivida e, por
último, são apresentados os anexos.
2
1.2. Caracterização da Empresa
O LEM é uma instituição estatal ligada a ramo de construção civil, que realiza ensaios e estudos
de matérias de construção civil a diversas empresas e organizações, dentre elas privadas e
estatais. O seu surgimento baseou-se na necessidade de melhor controlar as qualidades das
construções em Moçambique.
Consta nos arquivos desta instituição que no ano de 1947 foi criado um laboratório de
engenharia para prestar serviços de apoio para as obras públicas. O Diploma Legislativo
Ministerial Nº87 (de 26 de Outubro de 1961) publicado no Boletim Oficial de Angola foi
adoptado em Moçambique a 5 de Março de 1963, através da publicação da Portaria Nº 19757.
Esta conferia ao Laboratório de Engenharia de Moçambique uma organização e função oficiais
iguais às do Laboratório de Engenharia de Angola.
A 9 de Junho de 1998 foi alterado o Estatuto Orgânico do LEM através da publicação oficial, no
Boletim da República (I Série, Número 22, 5º Suplemento), do Decreto nº 28/98 de 9 de Junho.
Este documento determinou que:
3
A finalidade do LEM é garantir a investigação, homologação e controlo de qualidade no
domínio da engenharia civil e dos materiais de construção, especialmente em relação as obras
públicas;
O LEM tem por atribuições empreender, coordenar, homologar os resultados da investigação
e os estudos experimentais no campo de engenharia civil e dos materiais de construção e
colaborar com estabelecimentos de ensino na preparação do pessoal técnico dos vários graus
de especialização e revisão dos curricula respectivos.
No principio do ano 1994 devido a demanda das construções e pela necessidade de responder a
demanda dos seus serviços a nível nacional, cria-se na cidade da Beira uma delegação desta
instituição, que passou a realizar suas actividades em estabelecimentos provisórios no instituto
industrial e comercial da Beira, situado no Matacuane, passando para estabelecimentos próprios
no primeiro semestre do ano 2012.
Os aspectos sociais, éticos e políticos que regulam e caracterizam está instituição são resumidos
nos seguintes contextos:
Missão: Crescer e bem se posicionar no ramo da engenharia, garantindo segurança nas construções em
toda vida útil.
Missão: Prestação de serviços a diversas empresas do mesmo ramo, realizando estudos e ensaios de
materiais de construção.
Valores: Actuação ética e transparente, comprometida com a satisfação dos clientes, dos colaboradores e
da sociedade de um modo geral na apresentação de estudos eficientes e eficazes.
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1.3. Organograma do LEM
O LEM contando apenas com uma delegação na região centro ao qual é o ponto da realização do
estágio, trabalha de forma conjunta com a central em Maputo. Deste modo ele conta com a
seguinte distribuição hierárquica dos efectivos. Nota-se que alguns sectores representados neste
esquema ainda não foram estruturados.
C.A
Direccção
CT
R.DTI
Legenda:
CA – Conselho de Administração (Extra estrutura presente no organograma é a regulamentada).
DG – Departamento de Geotecnia
5
DJ – Departamento Jurídico
DQ – Departamento de química
A LEM-DB conta com dois sectores (técnico e administrativo) com um total de 7 funcionários,
dentre os quais o sector administrativo conta com a área das finanças e recursos humanos e o
sector técnico conta com a área de estudos geotécnicos e solos e a área de estudo dos materiais
de construção (Betão).
O sector técnico e composto por 4 efectivos, dentre eles distribuídos dois técnicos para cada área.
6
caracterização física e mecânica de cimentos, estudo da composição de betões, ensaios à flexão
de vigotas de betão, verificação da conformidade de betões através do esclerómetro e carotes de
betão, ensaios a compressão de blocos de argamassas, calibração de equipamentos de ensaios,
inspecção de bombas manuais Afridev, identificação e caracterização de solos, identificação e
caracterização de betume asfáltico, identificação e caracterização de inertes, controlo de
compactação método de sondas nucleares e de garrafa de areia, prospecção geotécnica de solos
no âmbito da reabilitação de ruas e projecto de ampliação da rede de abastecimento de água,
ensaios de penetração estática, estudo geotécnico, ensaios químicos e reconhecimento
geotécnico.
Alguns serviços expedidos a delegação da Beira são encaminhados a central em Maputo devido a
falta de certos equipamentos neste, criando deste modo um intercâmbio directo na realização de
certas actividades.
As principais actividades que são realizadas no LEM-DB divididas em suas duas principais
áreas, resumem-se no seguinte:
Reconhecimentos geotécnicos;
Identificação e caracterização de solos;
Caracterização granulométrica;
Estudos de solos para compactação (Proctor e DCP);
Estudos de capacidades e índices de consistência de solos;
Controlo de compactação método de sondas nucleares (Trox) e de garrafa de areia;
Prospecção geotécnica de solos no âmbito da reabilitação de ruas;
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1.5. Actividades realizadas no período de estágio
A primeira semana foi marcada como sema de ambientalização, onde fui apresentado pelo
delegado da empresa o Sr. Manuel Sábado António os demais funcionários do laboratório e as
áreas existentes. Neste mesmo período foram citadas as regras de trabalho e os aspectos do
regulamento interno.
Apos a primeira semana, seguiu-se a fase da realização do estágio propriamente dita, com a
realização das atividades que eram diariamente expedidas por várias entidades empresariais e
individuais. Estas actividades foram realizadas no interior do LEM-DB, assim como nos o locais
de realização da obra da referida empresa expedidora.
Em função aos objectivos do estágio, a disponibilidade dos técnicos e a forma de realização das
actividades, adoptou-se a metodologia de realização conjunta das actividades em função das
requisições, sendo assim as actividades eram aleatórias corelação as duas áreas la existentes,
porem frequentemente os ensaios expedidos ao laboratório são recebidos pelo técnico
administrador das actividades, Sr. Manuel, que faz o registo dos mesmos e encaminha a área
responsável. Em seguida são realizados em prol da sequência de recepção, finalmente
encaminhado os resultados ao mesmo para a sua posterior organização e entrega ao respetivo
expedidor.
Nos dias em que se registam maior fluxo de expedição em um ensaio em uma área, os técnicos
de outras áreas apos a conclusão das suas actividades diárias auxiliam o outro sector para fazer
face a redução da quantidade das actividades de outras áreas e tornando eficiente o cumprimento
dos prazos.
Durante a realização deste estágio foram realizados com maior frequência ensaios de
compressão de cubos de betão na área de betão e controlo de compactação através do método da
garrafa de areia na área de solos.
Como diariamente são realizados pelo LEM-DB diariamente vários ensaio segundo a expedição
de seus clientes e várias vezes repetitivos diariamente, para melhor organização deste relatório,
serão apresentado e organizados em áreas os ensaios realizados na fase da realização deste
ensaio.
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Baseando no modelo de realização de relatórios de estágios desta instituição e a regulamentação
em uso neste pais e pelo LEM-DB, a explicação de cada actividade ou ensaio realizado, se iram
citar as normativas aplicadas e auxiliar com bibliografias inerentes a estas actividades.
2.1.2 Amostragem
A recolha de amostras de solo está descrita na Especificação E 218 do LNEC (LNEC 1968),
“Prospecção Geotécnica de Terrenos. Colheita de amostras”. A recolha de amostras remexidas
de solo para ensaios de identificação é feita com pás, picaretas, enxadas, etc. e, mais em
profundidade, com trados, manuais ou mecânicos. Na especificação referida são indicadas as
quantidades de solo a recolher para a realização dos ensaios de laboratório, sendo essa
quantidade função do tipo de solo e do ensaio a que se destina. As amostras recolhidas devem ser
devidamente identificadas, de acordo com a sua natureza e respectivo local de colheita, e
transportadas evitando perder qualquer material, especialmente finos (CORREIA 1980). Para
garantir a representatividade das amostras, deve usar-se um repartidor, ou seja, as amostras, nas
quantidades estritamente necessárias para os ensaios a realizar, devem manter as características
do conjunto de onde foram retiradas. A técnica de preparação das amostras para os ensaios de
identificação, tal como são recebidas do campo, é descrita na Especificação E 195 do LNEC
(LNEC 1966).
A colecta de solos para estudos ou ensaios no LEM-DB é efectuada por dois processos
independentes. O primeiro consiste em contratação de um técnico dessa empresa para o efeito e o
9
outro consiste na extracção da amostra pela empresa expeditória, esta segunda leva uma nota no
relatório e a maior parte das responsabilidades passam a pertencer a tal empresa visto que são
obedecidas certas regras para este processo.
Em Mecânica dos Solos, o teor em água dos solos (anteriormente referido) é definido como a
relação, expressa em percentagem, entre o peso de água que se evapora do provete por secagem à
temperatura de 105±3oC, e o peso do provete, depois de seco. Este ensaio é conduzido segundo a
NP-84 (NP 1965) e aplica-se a todos os tipos de solos. Sendo este ensaio, um ensaio de
reconhecimento de uma das propriedades de solos, para o seu resisto é acoplado a outros ensaios
que fazem num todo um certo estudo. Deve, no entanto, ter-se em atenção que no caso de solos
contendo matéria orgânica não se deve exceder uma temperatura de 60oC, visto que aquela pode
ser calcinada, diminuindo assim o peso real de solo seco. Por outro lado, nos solos contendo
gesso, as temperaturas elevadas podem contribuir para evaporar água de constituição deste
material (CORREIA1980).
O peso volúmico das partículas sólidas de um solo é o peso das partículas que ocupariam a
unidade de volume, depois de excluídos os vazios. Este ensaio é realizado segundo a NP-83 (NP
1965). A técnica de ensaio implica a utilização de um picnómetro e aplica-se apenas à
determinação do peso volúmico das partículas sólidas de um solo com dimensões inferiores a
4,76 mm. Para o efeito, a norma contempla 2 métodos: com secagem prévia do provete e sem
secagem prévia do provete, sendo este último o mais utilizado e utilizado também no LEM-DB.
Em geral todos os ensaios que compõem cada estudo são conjuntamente numa ficha em forma de
relatório final, contendo todos aspectos que ajudem a avaliar este solo.
10
Figura 2.2: Peneiros de crivagem de solos para a análise granulométrica (LEM-DB 09.2015)
Em solos arenosos a peneiração é geralmente efectuada com o solo seco, enquanto que em solos
com maior fracção argilosa é realizada por via húmida.
11
A sequência de realização deste ensaio, compreende os seguintes procedimentos:
12
Figura 2.4: Material Crivado (LEM-DB 09.2015)
Processo de sedimentação
Por outro lado, a lei de Stokes aplica-se a partículas esféricas. No entanto, muitas das partículas
mais pequenas - precisamente aquelas cujas dimensões são determinadas usando o processo de
sedimentação - têm uma forma muito diferente da esférica. Assim, o que acaba por ser
determinado pelo processo da sedimentação não é verdadeiramente o diâmetro da partícula mas
o diâmetro equivalente, ou seja, o diâmetro de uma esfera do mesmo material que a partícula e
que sedimenta com a mesma velocidade desta.
13
A análise granulométrica da fracção fina do solo pelo método de sedimentação, além de ser
susceptível de erros mais ou menos apreciáveis, é muito pouco cómoda e extremamente morosa.
É pois de saudar a divulgação recente de aparelhos (granulómetros) que por meio de técnicas
usando raios laser, fornecem a composição granulométrica da fracção fina de forma muitíssimo
mais rápida.
É de realçar que o ensaio dos finos não foi efectuado durante o estágio, pós muitas empresas
construtoras geralmente requisitam estudos para solos granulares, mas o mecanismo usado para
determinar a quantidade de finos nesses solos é efectuado pela lavagem do mesmo e pelo cálculo
do percentual através da diferença dos pesos antes e depois da lavagem pelo peso inicial. E após
a representação da curva granulométrica, também determina-se o módulo de finura que dá uma
noção da quantidade de finos na mistura.
14
2.3. Índices de consistência
A determinação destes limites é somente aplicável a solos com cerca de 30% ou mais, em peso,
de partículas inferiores a 0,05 mm, excluindo-se portanto os solos predominantemente arenosos.
Para a execução dos ensaios empregam-se pastas constituídas unicamente com a fracção que
passa no peneiro nº 40 (0,42 mm). O resumo deste estudo para cada amostra de solo é
apresentado em forma de relatório numa certa ficha como no exemplo do anexo II.
O solo encontra-se no limite de liquidez, quando são necessárias vinte e cinco pancadas para
fechar o sulco. É porém difícil ajustar a quantidade de água de amassadura, para que o sulco do
riscador feche na extensão de 1 cm, precisamente ao fim de 25 pancadas. Por isso amassam-se
quatro porções de solo com diferentes quantidades de água e determina-se na concha de
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Casagrande, o número de pancadas para as quais, em cada ensaio, os bordos se unem na extensão
de 1 cm.
3) De cada ensaio retira-se uma porção de solo, da região em que os bordos se uniram,
determinando-se os respectivos teores em água.
Dispondo-se destes resultados são unidos os pontos correspondentes aos ensaios efectuados,
segundo uma recta, numa representação semi-logarítmica.
1) Com uma pasta de solo húmido procura-se obter um filamento que rompa ao atingir 3 mm de
diâmetro rolando entre a palma da mão e uma placa de vidro.
2) Se não parte, faz-se uma pequena bola e repete-se o ensaio (a pasta vai entretanto secando)
tantas vezes quantas as necessárias para que a rotura se verifique ao atingir-se o diâmetro
especificado.
16
3) Realiza-se o ensaio em mais três provetes, sendo o limite de plasticidade a média dos quatro
teores em água assim determinados.
17
Este ensaio é conduzido segundo a especificação do E197 (LNEC 1966). Consoante a energia de
compactação, assim se definem dois tipos de ensaio: Proctor normal e Proctor modificado. O
tamanho do molde é função da granulometria do material a ensaiar: o molde pequeno é utilizado
quando a percentagem de material retido no peneiro nº 4 não é superior a 20%. O molde grande
aplica-se em todos os casos, excepto se a percentagem retida no peneiro de 19 mm for superior a
20%. Neste caso, a especificação considera que o ensaio de compactação não tem significado.
O ensaio consiste basicamente em compactar uma amostra de solo, num molde cilíndrico, em 3
ou 5 camadas, consoante o tamanho do molde. Cada camada é compactada com 25 ou 55
pancadas, com o pilão de compactação, de peso normalizado, leve (2,5 kg) ou pesado (4,5 kg),
consoante o tipo de compactação utilizada. A amostra de solo é assim compactada utilizando
uma energia de compactação normalizada. O peso do solo contido no molde é calculado,
determinando-se o seu teor em água, podendo então deduzir-se o seu peso volúmico seco. O
ensaio é repetido várias vezes (normalmente cinco), aumentando-se gradualmente o teor em água
da amostra até se obter uma gama de teores em água que inclua o óptimo. É traçada a curva de
compactação, colocando em abcissas os teores em água e em ordenadas os correspondentes
pesos volúmicos secos.
Tabela 2.1: -Indicativo das características dos Ensaios Proctor (E197 - LNEC 1966).
18
Figura 2.9: Equipamentos utilizados no ensaio de compactação (moldes, pilão e rasoira) (SANTOS, 2008)
Não é frequente a realização deste ensaio porque muitas empresas realizam individualmente,
procurando os serviços do LEM para o controlo da compactação. E este fato também deve-se a
menor realização de obras de estradas e terraplenagem, onde basicamente este ensaio é aplicado.
19
Figura 2.10: Realização de ensaio de compactação pelo método de Proctor (LEM-DB 10.2015)
Com os valores preenchidos na tabela e com as fórmulas deste ensaio traça-se a curva de
compactação.
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As fichas de preenchimentos destes resultados são formuladas num formato automático com o
programa Microsoft Excel para dinamizar o processo e facilitar o traçado do gráfico da curva de
compactação e a determinação da humidade óptima, como no exemplo demostrado na ficha do
anexo III.
Também designado ensaio de suporte californiano, ou ensaio Californiana, foi introduzido pela
primeira vez por Porter no ano 1929. Tem como objectivos fornecer o índice de resistência do
solo compactado. (Índice de Suporte Califórnia – ISC) LNEC E198 -1967. Este ensaio é
considerado específico no dimensionamento nos projectos viários.
Esse ensaio foi concebido pelo Departamento de Estradas de Rodagem da Califórnia (USA) para
avaliar a resistência dos solos.
21
Figura 2. 11: Máquina de prensagem de corpos de prova no ensaio de CBR (LEM-DB 10.2015)
Ensaio de compactação
O ensaio de compactação é realizado em função das regras antes expostas, mas neste ensaio é
realizado para três corpos de provas, mantendo-os com os moldes e intactos após a compactação.
Ensaio de expansão
O ensaio de expansão é dado como a medida da expansão do material devido a absorção da agua,
colocado em imersão os corpos de prova CPs (moldados com a humidade óptima).
1) Sobre os três corpos de prova (ainda no molde) são adicionados anéis de sobrecarga (≥4,5kg,
em geral 5kg) para simular o peso do pavimento;
2) É submetido em imersão total por 4 dias;
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3) Em extensómetros isolados é media a expansão do solo ao longo de período de extensão (a
cada 24h). o resultado é expresso em percentagem da atura inicial do corpo de prova (CP).
Determinação do CBR
1) Os três corpos de prova imersos são sujeitos a puncionamento na prensa do CBR – pistão
cilíndrico de 5cm de diâmetro a uma velocidade de 1,25mm por minuto.
2) Mede-se a pressão aplicada (manómetro ou anel dinamómetro) e as respectivas deformações.
3) Com esses dois resultados proporcionais traça-se a curva CBR.
Figura 2.12: Curva da relação (pressão x deformação) de solos na máquina de CBR (SANTANA 1995)
CBR – relação entre a carga necessária para deformação de 0,1” ou 0,2” do material ensaiado e
acarga obtida para pedra britada: 70 e 105kgf/cm2 respectivamente. Adopta-se o maior valor.
P0,1" P0,2"
CBR = . 100% 𝑜𝑢 CBR = . 100% (Eq. 1;2)
70 105
CBR para projecto – é aplicado o valor para 95% doγ𝑑max do gráfico γ𝑑 x CBRpara os 3 corpos de
prova.
23
Figura 2.13: Gráfico de fixação do CBR do projecto (SANTANA 1995)
É realizado este ensaio com menor frequência no LEM-DB, podendo somente aparecer
requisições uma vez a cada 2 meses.
O método garrafa de areia é o método destrutivo mais utilizado no nosso país. Este método
descrito pela especificação LNEC E-204, consiste em determinar o volume de cavidades abertas
no terreno. Pela relação do peso de solo retirado e do teor de humidade determinado, é possível
determinar o peso volúmico seco.
O método do balão, é outro dos métodos destrutivos também utilizados que requer a abertura de
uma cavidade no solo. Não existe especificação própria nacional para este ensaio. Deve-se seguir
a norma ASTM D-1556. Não deve ser aplicado em solos poucos consistentes, porque a pressão
exercida pelo balão pode alterar o volume da cavidade.
24
O método do volume de água deslocado encontra-se descrito na especificação LNEC E-205. É
aplicável em solos com alguma coesão. Este método consiste em determinar o volume de uma
amostra colhida no terreno revestido em parafina, e a sua pesagem. A determinação do teor de
humidade do solo colhido permite a determinação do peso volúmico seco.
O Trox tem maiores vantagens ao ponto de vista de nível de precisão, mas o custo de aquisição
do equipamento e a manutenção acarretam custos elevados comparativamente aos ensaios
destrutíveis. Alem destes factores, também o seu uso constitui um risco a saúde do utilizador.
No LEM-DB aplica-se com maior frequência o ensaio da garrafa de areia, pelas vantagens do
antes exposto.
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Saco de areia seca, fina (que passa no #40), em suma laboratorialmente calibrada;
Plástico para conservar material a extrair;
Pincel;
Tara para levar parte da amostra para estudo de teor de humidade;
Fixadores de base (geralmente varões com comprimento de 10cm);
Figura 2.15: Fixação da base metálica para a realização de ensaio da garrafa de areia
Figura 2.16: Abertura de poço para a realização de ensaio de garrafa de areia (Aterro de armazém,
Pioneiros. Beira 08.2015)
26
Segue-se como procedimentos para a realização deste ensaio os seguintes passos:
1º. Fixa-se a base em conformidade com o esquema de ensaio traçado. Os perfis são
esquematizados num plano com vista a abranger toda a área compactada;
2º. Escava-se á partir da base metálica, uma profundidade de 15cm sem se perder parte do
material escavado nem a humidade do solo escavado e pesa-se;
3º. Enche-se a garrafa com a areia calibrada e pesa-se;
4º. Fecha-se a válvula do cone e conecta-se a parte superior do cone com a garrafa;
5º. Assenta-se o conjunto na base metálica sobre o poço e abre-se a válvula deixando jorrar
gravitacionalmente a areia no buraco;
6º. Quando o poço fica completamente cheio e o cone também, fecha-se a válvula, retira-se a
garrafa e pesa-se a sobra;
7º. Esquarteja-se o solo escavado neste poço e retira-se em partes submetendo-se na tara para
estudos de teor de humidade;
8º. Finalmente recolhe-se o material e segue-se o mesmo processo para todos os poços do
esquema e durante este processo anota-se estes dados numa ficha como a do anexo IV.
No que concerne a actividades desta área, é de referir que são efectuados somente estudos de
betão e ensaios particularizados das demais fases do fabrico deste. Geralmente para esta área o
ensaio que é efectuado no local da execução da obra é o de controlo de trabalhabilidade pelo
abaixamento do cone de Abrams.
27
Análise granulométrica das partículas;
Massa volúmica;
Capacidade de absorção;
Método de determinação:
p3
A massa volúmica das partículas secas é: (Eq. 4)
p1 p2
p3
A massa volúmica do material impermeável das partículas é: (Eq. 5)
p3 p2
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O método anterior não é aplicável para areia, recorre-se então a outro:
1º) A amostra da areia é saturada por imersão em água, em camada delgada e agitação
frequente para desprender as bolhas;
2º) Seca-se a superfície das partículas dispondo-as em camada pouco espessa sujeitas a
aquecimento lento até notar-se uma mudança de cor dessas partículas, determinando-se a
massa, p1;
Sendo: p1 — massa da amostra saturada com superfície seca;
P3 — massa da amostra seca a 105 oC até massa constante;
m1 – massa do frasco cheio de água;
m2 – massa do frasco com amostra saturada e cheio de água,
p1
A massa volúmica das partículas saturadas com superfície seca é: (Eq. 6)
p1 m1 m2
p3
A massa volúmica das partículas secas é: (Eq. 7)
p1 m1 m2
p3
A massa volúmica do material impermeável das partículas é: (Eq. 8)
p3 m1 m2
Em resumo, o volume do inerte que há necessidade de usar na tecnologia do betão é:
Pi
Vi , (Eq. 9)
i
Onde: δi é a massa do inerte saturado com superfície seca (em Kg/l) e Pi é a sua massa.
29
3.1.3 Baridade e volume de vazios
A massa volúmica refere-se ao volume de uma partícula individual ou, no conjunto do inerte, a
soma dos volumes das partículas.
Como, fisicamente, não é possível arranjar as partículas de modo que não haja vazios entre elas,
este número não serve para determinar o volume do inerte para uma amassadura.
Quando se mede um volume de uma classe de inerte é necessário conhecer a do volume de inerte
que enche uma medida (ou molde) com um volume unitário.
A massa por unidade de volume aparente duma classe de inerte, chama-se baridade e serve para
converter massas de inerte em volumes de inerte e reciprocamente.
M
B , (Eq. 11)
V
Onde:
M - massa do inerte contida no molde (g)
V – o volume do molde;
B
O volume de material sólido na unidade de volume do inerte é: S [Kg/m3], o volume de
i
vazios será: VV 1 S , em m3. (Eq. 12;13)
A baridade depende, evidentemente, do modo como as partículas estão arranjadas no molde, da
percentagem que ocorrem as diversas dimensões das partículas e da forma dessas partículas.
Embora não haja relação bem determinada entre o seu resultado e o de compressão da rocha, os
valores obtidos pelos dois critérios são sensivelmente concordantes.
O ensaio é realizado sobre as partículas que passaram através do peneiro de malha com 12,7 mm
de abertura (# 1/2 polegada, designação 12,5 segundo a NP 1379) e ficaram retidas no de 9,51
30
mm (# 3/8 polegada, designação 9,50 segundo a NP 1379). A amostra deve ser seca a peso
constante, numa estufa, a 105±3ºC, e em seguida definida a quantidade a utilizar no ensaio, pelo
volume de agregado que enche um recipiente metálico cilíndrico de 115 mm de diâmetro e 180
mm de altura em determinadas condições de compactação e depois colocada num molde
cilíndrico – Figuras 21 e 22, com 154 mm de diâmetro interior, 140mm de altura e paredes com
16 mm de espessura, onde é convenientemente compactada. Coloca-se um êmbolo com 152 mm
de diâmetro na parte superior da amostra.
Figura 3.17: Corte transversal do recipiente e esmagador (Coutinho 1999unpd NP-1039, 1974)
31
Figura 3.18: Equipamento utilizado no ensaio de esmagamento: C- êmbolo, A- manga de aço, B- chapa
de aço (LEM-DB 09.2015).
O conjunto molde cilíndrico e êmbolo é disposto entre os pratos de uma máquina de compressão
aplicando-se forças gradualmente crescentes a velocidade tanto quanto possível constante, com
um ritmo tal que se atinja 40x104N (~40tf) em 10 minutos, após o que se descarrega (Figura 19).
Finalmente, determina-se a percentagem de agregado que passa através do peneiro de malha com
2,38 mm de abertura (# nº8, designação 2,36 segundo a NP 1379). A relação, multiplicada por
100, entre a massa do material que passou neste peneiro e a massa inicial da amostra é a
resistência do agregado ao esmagamento, isto é:
m3
R esmagamento = m x100 (Eq. 14)
2 −m1
32
Sendo:
m1 - a massa do recipiente
m2 - a massa do recipiente cheio com o provete
m3 - a massa de material que passou no peneiro 2,38 mm de abertura.
A resistência ao esmagamento deve ser determinado com dois provetes. Quando não há
partículas com dimensões entre as designadas por 12,7 e 9,51 mm (respectivamente 1/2 e 3/8
polegadas) poderão usar-se outras citadas especificamente na norma NP 1039.
Em termos de regulamentação e segundo a NP ENV 206 que remete para a “E 373- Inertes para
argamassas e betões. Características e verificação da conformidade”, o resultado do ensaio de
esmagamento para agregados grossos terá de ser inferior a 45%.
O ensaio consiste em introduzir o agregado com uma granulometria especificada num tambor
cilíndrico, com movimento de rotação em torno do seu eixo colocado na posição horizontal.
Coloca-se juntamente um certo número de esferas com cerca de 47 mm de diâmetro e peso entre
390 e 445g cada. O número de esferas é função da granulometria do agregado. O conjunto dá
1000 rotações (no caso do agregado entre 76,1 e 25,4 mm) e 500 rotações (no caso do agregado
entre 38,1 e 2,38 mm) à velocidade de 30 a 33 rotações por minuto medindo-se depois a perda de
peso através de um peneiro, com malha de 1,68 mm de abertura (nº12 da série ASTM).
A realização deste ensaio compreende o seguinte processo:
33
1. Graduação da amostra
2. Preparação da amostra
Fixada a graduação a ser adoptada no ensaio, a amostra deve ser preparada de acordo com as
indicações seguintes:
a) o material recebido é lavado e seco em estufa, à temperatura entre 105ºC e 110ºC, até se
verificar constância de peso;
34
c) Determinam-se as massas das porções de graduação escolhida, com aproximação de 1 g, e
tendo em vista a obtenção das massas especificadas na Tabela 1, obedecendo-se às respectivas
tolerâncias. Reúnem-se, a seguir, as diversas porções da mesma graduação, misturam-se bem e
somam-se as massas parciais correspondentes, obtendo-se, assim, a massa da amostra seca, antes
do ensaio (mn).
3. Carga abrasiva
A carga abrasiva, a ser usada para cada graduação, deve ser a da Tabela 2.3.
b) Faz-se girar o tambor com velocidade de 30 a 33 rpm até completar 500 rotações, para as
graduações A, B, C e D e 1000 rotações para as graduações E, F e G, conforme Tabela 2.2.
35
d) Lava-se o material retido na própria peneira (1,7 mm); reúne-se o mesmo, e em seguida é
seco em estufa à temperatura entre 105ºC e 110ºC, durante, no mínimo, 3 horas;
e) Retira-se o material da estufa, deixa-se esfriar, e determina-se sua massa com aproximação de
1 g, obtendo-se a massa da amostra lavada e seca (m’n).
Após o ensaio de abrasão “Los Angeles” do agregado, para determinação do seu resultado, é
calculado pela fórmula seguinte expressão:
mn −m′n
An = x100 (Eq. 15)
mn
Em que:
Todos os resultados referentes ao estudo dos agregados de betão são resumidos no anexo V.
36
3.2. Estudo de betão
O estudo de betão compreende procedimentos de cálculos aplicando ensaios antes apresentados
aos seus agregados. Para melhor compressão segue-se um exemplo do estudo de uma certa classe
de betão expedida por uma certa empresa ao LEM-DB.
Deste modo tem-se como dado a brita do Zembe, a areia do rio e o cimento Portland normal da
classe 32,5
Após a determinação das características físicas e geométricas mais importantes dos inertes,
efectuou-se o estudo da composição do betão pelo método de Faury.
As fases do estudo que permitiram elaborar o presente relatório são apresentadas de seguida.
37
Nº 4 4,760 9 99
Nº 8 2,380 0 93
Nº 16 1,190 73
Nº 30 0,595 40
Nº 50 0,297 9
Nº 100 0,149 1
Nº 200 0,074 0
Pó
Total 9863.82 557.12
Módulo de Finura Mf=6.65 Mf=2.85
D = d1 + ( d1 – d2 ) x / y (Eq. 16)
d1 Abertura do peneiro da malha mais larga que não deixa passar o material todo
(19.1mm)
d2 Abertura do peneiro que, em sentido decrescente, se segue a d1 (12.7mm)
X Percentagem do inerte retido em d1(2 %)
Y Percentagem do inerte compreendido em d2 (34%)
Substituindo os valores obtém – se:
D = 19.5 mm Adopta-se 19.1 mm
38
Y = A + 17 5√D + B / ( R/D – 0,75 ) (Eq. 17)
Adoptaremos os seguintes parâmetros, admitindo que o betão vai ser fabricado com uma
trabalhabilidade plástica.
39
Admite-se que a dosagem de água de amassadura é de 175litros, valor posteriormente
confirmado numa amassadura experimental que conduziu a um betão com uma trabalhabilidade
adequada. Para volume de vazios considera-se o valor de 20 litros/ m3 de betão estimado em
função da máxima dimensão do inerte.
Total=......805litros
A percentagem do cimento na totalidade do volume dos sólidos será:
Ter-se-á pois que subtrair 14.0 % as ordenadas da curva de referência para se obter a mesma sem
cimento, bastando três pontos para definir a nova curva, conforme vai calculado no quadro 6.
40
6. Cálculo da Composição de Betão
Traçado de diagrama que contém a curva de referência sem cimento, as curvas granulométricas
dos inertes, determinam-se através de uma conhecida construção gráfica, as percentagens dos
inertes que, combinadas, conduzem a uma granulometria que se adapta, tanto quanto os inertes
utilizados o permitem, à curva de referência.
Efectuada a correcção das percentagens obtidas, de modo a ajustar o módulo de finura da mistura
dos inertes ao da curva de referência: Obtém-se finalmente, a composição indicada no quadro
3.7.
41
Mf = 5.22 (Eq. 21)
Calculadas as percentagens dos inertes em volume absoluto facilmente se pode traçar a curva
granulométrica da mistura.
No quadro 8, resume-se o cálculo de volume absoluto dos inertes para os diferentes casos de
dosagem de cimento considerados.
Tabela 3.8:cálculo de volume absoluto dos inertes para os diferentes casos de dosagem de
cimento considerados.
Volumes Absolutos Dosagem de Cimento (Kg / m3)
(Litros / m3 de betão) C = 325 C= 350 C= 375
Cimento:Vc = C / 3.10 ----- 113 -----
Água de Amassadura: Va ------ 175 -----
Volume de Vazios:Vv ------ 20 ----
Total: T = Vc + Va + Vv ------- 308 -----
Inertes:Vi = 1000 - T ------- 692 ------
Adoptando nos três casos da dosagem de cimento, as percentagens dos inertes determinadas para
C = 350kg / m3, o produto destas percentagens pelos volumes absolutos dos inertes e pelas
massas volúmicas, dão a composição ponderal do betão em cada caso, conforme se apresenta no
quadro 3.9.
Tabela 3.9: Percentagens de volumes absolutos dos inertes e das massas volúmicas da composição
Componentes Percentagem Massa Peso dos Componentes em kg
(%) Volúmica C = 325 C = 350 C = 375
(g/cm3)
Brita Grossa 62.3 2.75 ------ 1186 ------
Areia 37.7 2.62 ------ 684 -----
Água -- 0.999 ------ 175 ------
Para se definir a composição de Betão em volume, basta dividir as proporções ponderais dos
inertes pelas Baridades respectivas, já que o cimento é sempre medido em peso.
42
Deve notar-se porém que a baridade determinada no laboratório se refere a inertes compactados
em condições normalizadas, não coincidindo, em geral, com a dos inertes manipulados no
estaleiro.
A título informativo apresentam-se no quadro 3.10, os resultados obtidos a partir das baridades
determinadas no laboratório.
Admitindo que o betão poderá ser fabricado no estaleiro com um desvio padrão máximo na
ordem de 5.5 Mpa, a tensão média de rotura à compressão aos 28 dias de idade será:
No quadro a seguir apresentam-se as tensões de rotura obtidas nos ensaios feitos, bem como a
correcção de água de amassadura em relação a arbritrada anteriormente.
43
Tabela 3.11: Resultados da tensão de rotura de provetes cubicas moldados laboratorialmente e respectiva
correção da água da mistura
Dosagem de Água de Abaixamento do Tensão de Rotura a Compressão(Kgf/
Cimento em Amassadura Cone cm2 )
kg/m3 em litros/m3 de Ábrams em (cm)
Aos 3 dias Aos 7 dias Aos 28 dias
350 195 6.5 14.7 20.2 ----
44
Nº 30 0,595 40 15.1 15
Nº 50 0,297 9 3.4 3
Nº 100 0,149 1 0.4 0
Nº 200 0,074 0 0
PÓ 0,074
45
4. CONCLUSÃO
Em considerações finais concluo que o estagio efectuado foi positivo, pós serviu como base de
consolidação de aspectos teóricos aprendidos no decorrer do curso com a realidade prática ao
nível laboratorial.
A rigorosidade de realização dos ensaios e de estudos é o factor primordial que dita a veracidade
dos resultados mas também as condições ambientais e dos matérias auxiliares também
contribuem para esta finalidade.
Apesar do LEM-DB ser uma instituição que trabalha á nível regional, ele recebe com maior
frequência requisições das províncias de Sofala e Manica e menor para as províncias da
Zambézia e Tete. Isso deve-se a numerosidade das obras existentes e a distância destas ao LEM-
DB.
46
5. RECOMENDAÇÕES
A realização dos ensaios devem sempre ser realizados em conformidade com o regulamento em
vigor e sempre que possível actualizado.
Em casos de ensaio que se apliquem a água como um dos componentes, há que se ter maior
atenção com esse componente e se possível analisa-lo antes de aplica-lo. Por exemplo o estudo
de betão feito no LEM-DB aplicando a água da cidade da Beira e pretendendo ser aplicado este
material na cidade de Chimoio, ira deferir as resistências porque os teores salinos e o PH destes
locais diferem.
47
6. REFERENCIAS
SANTANA, Teresa (1995): “Mecânica dos Solos - Aulas de laboratório”, Dep. Engenharia Civil,
FCT/UNL, Lisboa.
NP (1969): “Norma portuguesa NP – 143, Solos – Determinação dos limites de consistência”, Lisboa.
LNEC (1966): “Especificação E 195-1966, Solos - Preparação por via seca de amostras para ensaios de
identificação”, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa.
NP (1965): “Norma portuguesa NP – 83, Solos - Determinação do peso específico das partículas sólidas”,
Lisboa.
ASTM (2000): “ASTM D 2166-00 - Standard Test Method for Unconfined Compressive Strength of
Cohesive Soil”, ASTM Standards, American Society for Testing and Materials, Volume 04.08,
Philadelphia.
48
7. ANEXOS
49
Anexo I. Crivagem Areia
i
Anexo II. Índices de Consistência
ii
Anexo III. Resultados de Compactação pelo método de Proctor
iii
ANEXO IV: Controlo de Compactação pelo ensaio de Garrafa de Areia
iv
ANEXO V: Estudo de propriedades de Inertes
v
ANEXO VI: Compressão de Provetes Cúbicos de Betão
vi