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SIMULADO SEMANA 3

DIREITO ADMINISTRATIVO

1) De acordo com a legislação e a doutrina pertinentes, o poder de polícia


administrativa

a) pode manifestar-se com a edição de atos normativos como decretos do chefe do Poder
Executivo para a fiel regulamentação de leis.
b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode valorar a
oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher seu
conteúdo.
c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia judiciária.
d) é de natureza preventiva, não se prestando o seu exercício, portanto, à esfera
repressiva.
e) é poder administrativo que consiste na possibilidade de a administração aplicar
punições a agentes públicos que cometam infrações funcionais.

2) A respeito dos poderes e deveres da administração, assinale a opção correta,


considerando o disposto na CF.

a) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois tais
instrumentos são taxativamente listados na CF.
b) A eficiência, um dever administrativo, não guarda relação com a realização de
supervisão ministerial dos atos praticados por unidades da administração indireta.
c) O abuso de poder consiste em conduta ilegítima do agente público, caracterizada pela
atuação fora dos objetivos explícitos ou implícitos estabelecidos pela lei.
d) A capacidade de inovar a ordem jurídica e criar obrigações caracteriza o poder
regulamentar da administração.
e) As consequências da condenação pela prática de ato de improbidade administrativa
incluem a perda dos direitos políticos e a suspensão da função pública.

3) “Afirmar que o poder de polícia não pode ser delegado por ser uma atividade
adstrita à soberania estatal e o Estado não pode delegar aquilo que é ligado a sua
soberania, trata -se de um posicionamento superado. Nem tudo ligado ao poder de
polícia é vinculado à soberania do Estado, ou seja, ao poder de império, pois
existem atividades ligadas ao poder de polícia que correspondem ao poder de

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gestão, que são justamente aquelas praticadas sem que o Estado utilize de sua
supremacia sobre os destinatários”. (PINHEIRO MADEIRA. 2014)

Assinale a alternativa em que se encontram as fases que podem ser delegadas a


entidades privadas.

a) Sanção de polícia e consentimento de polícia.


b) Ordem de polícia e sanção de polícia.
c) Ordem de polícia e fiscalização de polícia.
d) Consentimento polícia fiscalização de polícia.
e) Ordem de polícia e consentimento de polícia.

4) No que tange aos Poderes e Deveres da Administração Pública e dos


administradores públicos, assinale a alternativa correta.

a) O dever-poder de polícia pode ser integralmente delegado a pessoas jurídicas de


direito privado.
b) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, o exercício da competência
regulamentadora, no contexto do dever-poder normativo, não é exclusivo do Chefe do
Poder Executivo. Assim, atos normativos podem ser exarados por agências reguladoras
ou mesmo por órgãos colegiados da Administração direta ou indireta.
c) De ordinário, a noção de dever-poder hierárquico compreende a possibilidade do chefe
expedir ordens aos seus subordinados, contudo, este dever-poder não comporta a
possibilidade de controle ou mesmo a revisão de atos do subordinado pelo superior
hierárquico.
d) O dever-poder normativo é incompatível com a existência dos denominados
regulamentos autorizados, porque questões técnicas devem ser tratadas por leis e não
por regulamentos expedidos no contexto da função administrativa.
e) A supremacia geral não fundamenta o dever-poder de polícia, mas sim o dever-poder
disciplinar.

5) Com relação aos Poderes da Administração, marque a opção correta.

a) O supremo Tribunal Federal decidiu que os conselhos reguladores de profissão têm


natureza de autarquia. Tal decisão se fundamentou no fato de que elas atuam no
exercício regular do poder de polícia, sendo este poder indelegável ao particular.
b) O poder de polícia poderá ser exercido pela administração indireta, dentre elas as
autarquias e as sociedades de economia mista.

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c) O poder de polícia é sempre discricionário, cabendo ao executor do ato de polícia
decidir pela conveniência e oportunidade.
d) Não há contraditório quando o Estado age revestido do poder de polícia. No momento
em que os agentes de vigilância sanitária apreendem mercadorias impróprias para o
consumo, diante da flagrância, afasta-se o contraditório, por expressa determinação
constitucional.
e) A sanção de polícia prescreve em 3 anos, contados da data do ato, ou no caso de
infrações permanentes, do dia em que tiver cessado.

6) Acerca dos poderes e deveres da administração pública, assinale a opção


correta.

a) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso de poder: o agente público


poderá impor medidas coativas a terceiros somente se autorizado pelo Poder Judiciário.
b) À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar
penalidades a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam
servidores públicos.
c) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para escolher aspectos do ato
administrativo com base em critérios de conveniência e oportunidade; não é um poder
autônomo, devendo estar associado ao exercício de outro poder.
d) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma relação de coordenação e
subordinação entre os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar atribuições.
e) O dever de prestar contas aos tribunais de contas é específico dos servidores públicos;
não é aplicável a dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por
convênio.

7) A fiscalização ambiental de determinado estado da Federação verificou que a


água utilizada para o consumo dos hóspedes de um hotel era captada de poços
artesianos. Como o hotel não tinha a outorga do poder público para extração de
água de aquífero subterrâneo, os fiscais lavraram o auto de infração e informaram
ao gerente do hotel que lacrariam os poços artesianos, conforme a previsão da
legislação estadual. O gerente resistiu à ação dos fiscais, razão pela qual policiais
militares compareceram ao local e, diante do impasse, o gerente, acompanhado do
advogado do hotel, e os fiscais foram conduzidos à delegacia local. O advogado
alegou que os fiscais teriam agido com abuso de autoridade, uma vez que o poder
público estadual não teria competência para fiscalizar poços artesianos, e requereu
ao delegado de plantão a imediata liberação do gerente e o registro, em boletim de
ocorrência, do abuso de poder por parte dos fiscais.

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A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando as regras
e princípios do direito administrativo.

a) Agentes de fiscalização não possuem poder de polícia, que é exclusivo dos órgãos de
segurança pública. Por essa razão, os fiscais não poderiam entrar no hotel, propriedade
privada, sem o acompanhamento dos policiais militares.
b) A fiscalização estadual agiu corretamente ao aplicar o auto de infração: o hotel não
poderia fazer uso de poço artesiano sem a outorga do poder público estadual. Contudo,
os fiscais somente poderiam lacrar os poços se dispusessem de ordem judicial, razão
pela qual ficou evidente o abuso de poder.
c) As águas subterrâneas e em depósito são bens públicos da União, razão pela qual a
fiscalização estadual não teria competência para atuar no presente caso.
d) Os estados membros da Federação possuem domínio das águas subterrâneas e poder
de polícia para precaver e prevenir danos ao meio ambiente. Assim, a fiscalização
estadual não só tinha o poder, mas também, o dever de autuar.
e) Não é necessária a outorga do ente público para o simples uso de poço artesiano.
Logo, a conduta dos fiscais foi intempestiva e abusiva.

8) Acerca dos poderes da administração pública, assinale a alternativa correta.

a) No julgamento de revisão de processo administrativo em que foi aplicada sanção


administrativa, o exercício do poder disciplinar é restringido pela Lei n.º 9.784/1999, pois
não se admite o agravamento da sanção.
b) A possibilidade de a administração aplicar multas pelo descumprimento total ou parcial
dos contratos administrativos não decorre do seu poder disciplinar, visto que envolve
terceiros, não integrantes da administração.
c) As decisões do TCU submetem-se ao controle hierárquico do Congresso Nacional.
d) Suponha-se que uma instrução normativa da Secretaria do Tesouro Nacional viole a
lei. Nesse caso, não é possível a utilização de decreto legislativo, pelo Congresso
Nacional, para suspender a norma regulamentar exorbitante do poder regulamentar, uma
vez que esta norma não é um decreto editado pelo chefe do Poder Executivo.
e) O poder de polícia pode ser remunerado por meio de taxa, tanto pelo seu efetivo
exercício, quanto pela potencialidade colocada à disposição do contribuinte.

9) No que se refere ao poder disciplinar da Administração, é correto afirmar que

a) se aplica ao poder disciplinar o princípio da pena específica.

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b) nem toda a condenação criminal por delito funcional acarreta a punição disciplinar.
c) a aplicação da pena disciplinar tem para o superior hierárquico o caráter de um poder-
dever.
d) a punição disciplinar e a criminal têm fundamentos idênticos.
e) é possível admitir punição disciplinar desacompanhada de justificativa da autoridade
que a impõe.

10) É correto afirmar que a Administração Pública exerce o poder disciplinar


quando:

a) investiga irregularidades e aplica penas aos servidores públicos e particulares, mesmo


aqueles não sujeitos à Administração Pública.
b) instaura inquérito administrativo, processa e aplica penalidades apenas aos servidores
públicos que infringem os respectivos estatutos.
c) apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas
à disciplina administrativa.
d) limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, com o objetivo de regular a prática de
ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público.
e) define, na forma da lei, os limites da competência de cada um dos agentes.

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL – LEI DE LAVAGEM DE CAPITAIS (LEI Nº 9.613/98)

11) A fase da lavagem de capitais, de acordo com as definições do COAF, em que


são realizados diversos negócios e movimentações financeiras, a fim de impedir o
rastreamento e encobrir a origem ilícita dos valores é denominada pela doutrina de:

a) ocultação.
b) colocação
c) destinação
d) evaporação
e) integração.

12) Entre as alternativas a seguir, assinale a correta.

a) A legislação brasileira que cuida da lavagem de dinheiro é considerada uma lei de


segunda geração.
b) O reconhecimento do delito de lavagem de dinheiro opera a absorção do crime anterior
por este, em virtude do concurso aparente de normas.

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c) Somente responde por lavagem de dinheiro quem também foi autor do crime
antecedente.
d) A Lei nº 9.613, de 1998, não prevê expressamente o sequestro de bens em nome do
investigado, restando , para a medida assecuratória, a aplicação subsidiária das normas
processuais.
e) A fase de layering, ou dissimulação, na lavagem de dinheiro, é aquela em que se busca
dar aos recursos financeiros a aparência de legítimos, à qual se sucede a fase de
integração (integration).

13) Sobre a “Lavagem de Dinheiro” (Lei nº9.613/98), é correto dizer:

a) Somente haverá crime quando o agente ocultar ou dissimular a natureza, origem,


localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de um dos crimes antecedentes listados na Lei.
b) A lavagem de dinheiro é considerada crime derivado ou acessório, pois pressupõe a
ocorrência de delito anterior. Não se admite a sua existência quando o ativo financeiro é
proveniente de infração penal cometida posteriormente aos atos acoimados como sendo
de lavagem.
c) A participação no cometimento da infração antecedente é condição para que o agente
possa ser sujeito ativo da lavagem.
d) Comete o delito de lavagem de dinheiro o funcionário público que recebe valor de
suborno e o utiliza para comprar imóvel, cuja propriedade registra em seu próprio nome,
depositando o restante em aplicação financeira de sua titularidade.
e) Dá-se a forma culposa do delito nos casos de “cegueira” ou “ignorância” deliberada, ou
seja, quando há prova de que o agente tinha conhecimento da elevada probabilidade de
que os bens ou valores envolvidos eram provenientes de infração penal e tenha agido de
modo indiferente a esse conhecimento.

14) O detentor de recursos provenientes da exploração do jogo do bicho, usando


empresa da qual é proprietário, emite títulos de crédito frios em favor de seu
parceiro, com a finalidade específica de dar aparência de licitude à parte deste nos
lucros da atividade ilegal. Propositadamente, os títulos não são pagos no
vencimento e encaminhados a cartório para protesto. Notificado, o proprietário da
empresa liquida os títulos usando dinheiro em espécie, recebido pelo cartório, que
não questiona a origem dos recursos e os deposita em sua própria conta bancária,
o que faz com que a instituição financeira também não questione a origem dos
recursos, pois provenientes da liquidação de títulos em cartório. Por fim, o cartório
credita os valores na conta do credor.

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Com base no fato descrito acima, assinale a alternativa correta.

a) De acordo com o art. 1º da Lei n. 9.613/98, “Ocultar ou dissimular a natureza, origem,


localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal” constitui-se em crime de
lavagem de dinheiro, punido com reclusão, de três a 10 (dez) anos, e multa, desde que
não extinta a punibilidade da infração antecedente.
b) O atual tratamento legal ao crime de lavagem de dinheiro no Brasil insere-se na
doutrinariamente designada terceira fase ou terceira geração da repressão penal a tal tipo
de delito.
c) No caso hipotetizado na questão, apesar da intenção específica dos envolvidos em
emprestar aparência de licitude aos recursos através de tais manobras, o crime de
lavagem de dinheiro não estaria configurado em virtude de terem sido os recursos
provenientes da prática de contravenção penal.
d) Na hipótese de participação delitiva do funcionário do cartório no crime de lavagem de
dinheiro, que exatamente por isso não questionava a origem dos recursos em espécie
dados em pagamento dos títulos, consequência legal imediata e automática de seu
indiciamento pela autoridade policial seria a do afastamento do cargo, sem prejuízo de
remuneração e demais direitos previstos em lei, até o trânsito em julgado da sentença
penal.
e) Não há crime de lavagem de dinheiro se o agente deposita o dinheiro obtido com a
corrupção em sua própria conta bancária e o consome em viagens, passeios e
restaurantes. O simples aproveitamento econômico do produto de uma infração penal não
configura o delito de lavagem. Mas, a utilização culposa, na atividade econômica ou
financeira, de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal, configura espécie
de crime de lavagem de dinheiro.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

15) Tendo em vista a correta classificação, considera-se em flagrante delito quem:

a) é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração, ou seja, flagrante impróprio.
b) acaba de cometer a infração penal, ou seja. flagrante próprio.
c) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa em
situação que faça presumir ser autor da infração, ou seja, flagrante presumido.
d) é preso por flagrante provocado.

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e) está cometendo a infração penal, ou seja, crime imperfeito.

16) Considerando a doutrina majoritária e o entendimento dos tribunais superiores,


assinale a opção correta a respeito da prisão.

a) O flagrante diferido que permite à autoridade policial retardar a prisão em flagrante com
o objetivo de aguardar o momento mais favorável à obtenção de provas da infração penal
prescinde, em qualquer hipótese, de prévia autorização judicial.
b) Para a admissibilidade de prisão temporária exige-se, cumulativamente, a presença
dos seguintes requisitos: imprescindibilidade para as investigações, não ter o indiciado
residência fixa ou não fornecer dados esclarecedores de sua identidade e existência de
indícios de autoria em determinados crimes.
c) Configura crime impossível o flagrante denominado esperado, que ocorre quando a
autoridade policial, detentora de informações sobre futura prática de determinado crime,
se estrutura para acompanhar a sua execução, efetuando a prisão no momento da
consumação do delito.
d) Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso da
investigação policial, o prazo para a conclusão das investigações, no âmbito do
competente inquérito policial, iniciar-se-á a partir da decretação da prisão preventiva.
e) Havendo mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a
autoridade policial poderá executar a ordem mediante certificação em cópia do
documento, desde que a diligência se efetive no território de competência do juiz
processante.

17) Considera-se flagrante diferido o(a)

a) modalidade de flagrante proibida pela legislação processual penal brasileira, em que a


autoridade policial, tendo notícia da prática de futura infração, coloca-se estrategicamente
de modo a impedir a consumação do crime.
b) obtido a partir de uma provocação do agente criminoso para controlar a ação delituosa
e evitar o crime, com base na política criminal hodierna.
c) realizado em momento imediatamente após a prática do crime, se o agente for
encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o
autor da infração.
d) ação policial de monitoramento e controle das ações criminosas desenvolvidas,
transferindo-se o flagrante para momento de maior visibilidade das responsabilidades
penais.
e) lavrado quando o agente é perseguido, logo após o crime, pela autoridade policial, pelo

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ofendido ou por qualquer pessoa em situação que indique ser ele o autor da infração.

18) Com base na legislação, na jurisprudência e na doutrina majoritária, assinale a


alternativa correta no que se refere a prova, prisão preventiva, liberdade provisória
e excludente de ilicitude.

a) Não se admite liberdade provisória em crime hediondo.


b) Dada a adoção do sistema acusatório no processo penal brasileiro, não cabe ao réu o
ônus de provar a causa excludente de ilicitude.
c) De acordo com o CPP, a falta de exame complementar não pode ser suprida por meio
de prova testemunhal.
d) Conforme dispositivo expresso no CPP, não se admite prisão preventiva em crime
culposo.
e) Suponha-se que o juiz decrete a prisão preventiva do investigado, em virtude do
descumprimento de outras medidas cautelares pessoais. Nesse caso, prescinde-se de
que o crime seja punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos.

19) Afirma-se corretamente em matéria de prisão cautelar, que

a) em caso de excepcional gravidade, ainda que analisada abstratamente, o princípio da


presunção de inocência poderá ser desprezado, a fim de se autorizar o largo emprego de
prisões cautelares.
b) em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será a decretação
imediata e automática da prisão processual.
c) na análise do cabimento da prisão preventiva, deve o juiz ponderar, na decisão, se não
são aplicáveis medidas diversas menos gravosas.
d) o prazo da prisão temporária, ainda que prorrogada, jamais excederá a 10 (dez) dias.
e) em sendo vedada a fiança, não é possível a concessão de liberdade provisória, com ou
sem condições.

20) X e Y, maiores de idade, empreendem assalto a banco, armados (art. 157, § 2°, I
e II). Logo ao saírem do local, em poucos minutos, a polícia chega ao recinto e
passa à perseguição dos criminosos, que são presos em flagrante, na posse de
armas de fogo e de grande quantidade de dinheiro em espécie. O delegado arbitra
fiança a X, mas não para Y, por este ser reincidente. Em juízo, é convertida em
preventiva a prisão de Y, sendo imediatamente impetrado habeas corpus no
Tribunal de Justiça. A ordem é concedida, revogando-se a prisão preventiva, pois
cabíveis medidas alternativas, sendo, desde logo, imposta a obrigatoriedade de

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comparecimento periódico, em Juízo. Uma vez solto, Y descumpre a medida, sendo
decretada, de ofício, nova prisão preventiva.

A respeito do caso, assinale a alternativa correta.

a) Embora acertado o arbitramento de fiança para X pelo delegado de polícia oficiante,


este não poderia se recusar a arbitrar fiança para Y, em virtude da reincidência.
b) A prisão em flagrante delito dos agentes foi ilegal, eis que a situação não configurava,
sob qualquer ótica, estado de flagrância.
c) A nova prisão preventiva de Y é ilegal, pois, inexistindo urgência, em homenagem ao
princípio do contraditório, o imputado haveria de ser ouvido, antes da adoção da medida
extrema.
d) O Tribunal errou ao conceder a ordem, pois, em se tratando de crime com violência, a
prisão preventiva é a regra.
e) O delegado de polícia oficiante acertou em arbitrar fiança a X, pois o crime praticado
não é inafiançável.

21) Com relação à prisão temporária, assinale a opção correta.

a) A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício ou mediante representação
da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.
b) Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da
denúncia pelo juiz.
c) São três os requisitos indispensáveis para a decretação da prisão temporária, conforme
a doutrina majoritária: imprescindibilidade para as investigações; existência de indícios de
autoria ou participação; e indiciado sem residência fixa ou identificação duvidosa.
d) É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca do delito sob apuração,
desde que a liberdade seja restituída logo após a ultimação do ato.
e) A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da investigação quanto no
decorrer da fase instrutória do competente processo criminal.

22) Considerando-se que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por,
supostamente, ter cometido dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha
sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter cometido homicídio
qualificado, é correto afirmar que, no curso dos inquéritos,

a) se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser
executada depois de expedido o mandado judicial.

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b) João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a
decretação da prisão temporária de ambos.
c) o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados ou de
ambos, independentemente de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação
da autoridade policial.
d) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João.
e) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro.

MEDICINA LEGAL

23) A ordem das lesões que se cruzam e são produzidas por ação cortante
decorrente de armas brancas pode ser observada através do sinal de:

a) Richter.
b) Chavigny.
c) Knight.
d) Simonin.
e) Legrand Du Saulle.

24) As leis de Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer, são estudadas no campo
das lesões produzidas por instrumentos:

a) perfurantes de médio calibre.


b) cortocontundentes.
c) perfurocontundentes.
d) perfurantes de pequeno calibre.
e) contundentes.

25) Tiros encostados permitem identificar sinais específicos na pele da vítima. O


desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira do cano de uma
arma de fogo refere-se ao sinal de:

a) Thoinot.
b) Bonnet.
c) Puppe-Werkgaertner Werkgaertner.
d) Benassi-Cueli Benassi.
e) Chavigny.

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26) A traumatologia forense constitui um campo da medicina legal que se ocupa
das implicações jurídicas dos traumatismos ou lesões em geral. Nesse aspecto, é
correto afirmar:

a) os instrumentos perfurocontundentes produzem lesões por pressão intensa nos


tecidos, em geral, com perfuração e secção. As lesões apresentam fundo irregular, com
integridade de vasos e nervos no fundo da lesão.
b) os instrumentos contundentes podem produzir uma grande diversidade de lesões:
escoriação, equimose, hematoma, ferida contusa, fratura, rotura de vísceras ocas, entre
outras.
c) as características do orifício de saída produzidas por arma de fogo são: forma irregular,
halo de enxugo, aréola equimótica e menos sangrantes que o orifício de entrada.
d) as lesões por agentes perfurantes comumente estão relacionadas com ação suicida ou
acidental, raramente sendo consequência de ação homicida.
e) a equimose é a expressão final da infiltração hemorrágica nas malhas dos tecidos;
apesar disso, ela tem pouca importância médico-legal, uma vez que não é possível
correlacioná-la de forma temporal com o evento, lesão ou trauma.

27) Com relação aos ferimentos produzidos por projéteis de arma de fogo, analise
as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.

I - O orifício de entrada é maior que o de saída, as bordas são invertidas e há


abundante sangramento.
Il - O orifício de saída não apresenta o halo de enxugo, as bordas são evertidas e,
normalmente, tem diâmetro maior do que o de entrada.
Ill - O orifício de entrada nos tiros a curta distância apresenta forma arredondada ou
elíptica, bordas invertidas, orla de escoriação, zona de tatuagem, zona de
esfumaçamento zona de queimadura, halo de enxugo, aréola equimótica e zona de
compressão de gases.
IV - São componentes do orifÍcio de saída a orla de escoriação, a orla de enxugo, a
zona de tatuagem e a zona de esfumaçamento.

a) Todas as afirmações estão corretas.


b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas I, II e IV estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.
e) Apenas II e III estão corretas.

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28) Leia atentamente as definições a seguir, acerca de lesões por agentes
perfurocontundentes, e relacione-as por letras e números aos seus nomes.

A. Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme


devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal.
B. Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico,
decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde
passa suas impurezas de superfície.
C. Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor
do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância.
D. Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com
a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual.
E. Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou
pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo,
característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa.

1. Orla de esfumaçamento.
2. Halo de enxugo.
3. Zona de chamuscamento.
4. Orla de escoriação ou contusão.
5. Halo de tatuagem.

A associação correta entre a definição e o elemento de uma ferida de entrada de


projétil de arma de fogo é vista, em ordem alfabética e corretamente, na alternativa:

a) A – 5; B – 1; C – 4; D – 2; E – 3.
b) A – 3; B – 4; C – 1; D – 5; E – 2.
c) A – 4; B – 2; C – 5; D – 1; E – 3.
d) A – 2; B – 5; C – 3; D – 1; E – 4.
e) A – 4; B – 3; C – 2; D – 5; E – 1.

29) Notamos:

1. Ferimento perfuroinciso, de 4,0 cm de extensão, de bordas nítidas, penetrante na


cavidade torácica esquerda, localizado na face dorsal do hemitórax esquerdo, no
nível do 6º espaço intercostal esquerdo e a aproximadamente 5,0 cm à esquerda da
linha mediana.

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2. Ferimento perfuroinciso, de bordas nítidas, de 3,0 cm de extensão, penetrante na
cavidade torácica direita, localizado na face dorsal do hemitórax direito, no nível do
7º espaço intercostal direito e a aproximadamente 4,0 cm à direita da linha mediana.
3. Ferimento inciso superficial, transversal ao eixo do membro, de 4,0 cm de
extensão, de bordas nítidas, localizado na face dorsal do punho direito, com
características de lesão de defesa.
4. Ferimento inciso, não penetrante, oblíquo da esquerda para a direita, de 6,0 cm
de extensão, de bordas nítidas, localizado na face anterior do abdome superior, na
região epigástrica, a 1,0 cm à direita da linha mediana, precedido por uma
escoriação linear de 17,0 cm de extensão, que tem a sua mesma direção e que se
localiza na face anterior no hemitórax esquerdo.

Sobre a interpretação do excerto do laudo necroscópico, considere as afirmativas a


seguir.

I - A faca de cozinha (arma branca), como objeto suspeito de ter sido utilizada como
a arma do crime, não é compatível com todas as lesões descritas.
II - A presença de escoriações lineares precedendo ou sucedendo as feridas incisas
dão uma ideia da direção e do mecanismo dinâmico da ação pela qual a arma é
utilizada.
III - A nitidez das bordas de feridas incisas está diretamente relacionada ao fio ou
gume daquele instrumento.
IV - Margens nítidas e regulares, ausência de secção de tecidos no fundo da lesão e
predomínio sobre a largura e a profundidade são características de instrumentos
que se associam a caudas de escoriação.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.


b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

30) Nas feridas causadas por projéteis de arma de fogo, devem-se considerar
elementos do orifício de entrada, trajeto e orifício de saída.

A respeito desses tipos de lesões, assinale a alternativa correta.

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a) A análise do orifício de entrada permite que o observador estime uma distância
aproximada do disparo do projétil, principalmente baseado, entre outros elementos, na
presença ou ausência dos elementos chamados de contorno (zona de esfumaçamento e
zona de tatuagem).
b) As lesões perfurocontusas são exclusivamente causadas por projéteis de arma de
fogo. A presença de queimadura junto ao orifício de entrada caracteriza o tiro a “queima
roupa”, ou seja, quando o cano da arma encosta na roupa ou pele da vítima e devido a
sua alta temperatura gera queimaduras de primeiro e segundo graus.
c) Os projéteis de arma de fogo geram feridas perfurocortantes. A ausência de zona de
esfumaçamento e de tatuagem e a presença de equimoses e queimaduras demonstram
que o projétil foi disparado a uma curta distância.
d) São componentes do orifício de saída das feridas perfurocontundentes causadas por
projéteis de arma de fogo: a orla de escoriação, a orla de enxugo, a zona de tatuagem e a
zona de esfumaçamento.
e) O tiro a longa distância, causado por arma de fogo comum, se caracteriza pela
presença de orifício de entrada em “câmara de mina” e ausência dos elementos de
combustão da munição como pólvora incombusta, fumaça e restos da bucha.

DIREITO PENAL

31) “Hefendehl apresenta nova modalidade de delito de perigo abstrato destacando


que a relevância de sua construção está no fato de limitar a incidência do tipo penal
objetivo pela ideia de criação de um risco proibido nos moldes da teoria da
imputação objetiva. Portanto, a anormal condução do veículo em razão da
influência do álcool ou de qualquer outra substância psicoativa e, portanto,
contrária às normas de segurança no trânsito - em uma perspectiva ex ante - é que
deverá ser considerada criação de risco proibido para os bens jurídicos individuais
que são tutelados penalmente pelo art. 306 da Lei de Trânsito, porquanto assim
haverá potencialidade lesiva na conduta praticada pelo motorista, legitimando o
tipo penal. [...] Assim, para não punir pela simples desobediência ao comando
normativo requer-se, primeiramente, que o agente crie um risco proibido
(superando o risco-base relacionado à norma de cuidado no trânsito, isto é,
dirigindo sob a influência de álcool ou drogas) e, depois, que haja bens jurídicos
contra os quais as condutas arriscadas (condução em zigue-zague, por exemplo)
possam estar direcionadas”. (SCHMITT DE BEM; MARTINELLI. Lições
Fundamentais de Direito Penal. p. 143-144).

16
A lição aborda uma das concepções acerca dos crimes de perigo abstrato,
buscando torná-los adequados ao sistema jurídico-penal. Essa teoria nomeia os
crimes de perigo abstrato como crimes:

a) de perigosidade real.
b) de perigosidade concreta.
c) de potencial perigo.
d) formais.
e) de perigo geral.

32) De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta.

a) Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes
da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-
se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um terço até a metade.
b) Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade
em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de
detenção, executa-se primeiro esta.
c) Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
delinquências, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada de um terço até metade.
d) Para efeito de reincidência, não prevalece a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento
condicional, se não ocorrer revogação.
e) A execução da pena privativa de liberdade não superior a seis anos poderá ser
suspensa por dois a quatro anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de
idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.

33) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) os enunciados abaixo.

( ) Pelo exame dos tipos incriminadores do Código Penal, verifica-se hipótese em


que a corrupção é crime bilateral, ativa e passiva, quando a existência de uma
modalidade depende da existência da outra.

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( ) Nos crimes materiais, há distinção típica lógica e cronológica entre a conduta e
o resultado, mas o mesmo não ocorre nos crimes formais, em que essa mesma
distinção é somente lógica.
( ) No crime progressivo, o tipo penal, abstratamente considerado, contém
explicitamente outro, o qual deve ser necessariamente realizado para alcançar o
resultado.
( ) No crime putativo, a atipicidade é objetiva e subjetiva. No crime impossível, há
atipicidade objetiva e tipicidade subjetiva. Já no erro de tipo, há tipicidade objetiva
e atipicidade subjetiva.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) V – F – F – F.
b) V – F – V – V.
c) V – V – F – V.
d) F – V – V – F.
e) F – F – V – F.

34) Sobre causalidade e imputação objetiva, assinale a resposta correta.

a) Para a teoria da imputação objetiva em Roxin. não há riscos juridicamente irrelevantes


em ações dolosas.
b) A teoria da equivalência dos antecedentes, adotada no Código Penal, é abolida pela
imputação objetiva, que renega a existência de uma causalidade natural.
c) A teoria da conditio sine qua non tem como consequência o regresso ad infinitum na
análise dos antecedentes causais, o que pode ser evitado, entre outras análises, pela
imputação objetiva.
d) A imputação objetiva dispensa a realização do risco juridicamente desaprovado no
resultado.
e) O Código Penal brasileiro - no que concerne ao nexo causal - adota expressamente a
teoria da causalidade adequada.

35) A fim de fazer uso de certa droga injetável, Eliel pede a Sinval uma seringa
emprestada, pois não tem dinheiro para adquirir a sua em uma farmácia. Com a
cessão da seringa por Sinval, Eliel ministra a droga no próprio corpo, vindo a
falecerem virtude de overdose. Saliente-se que Sinval desejava a morte de Eliel e
intimamente torcia para o desfecho trágico. Considerando apenas as informações
constantes do enunciado, de acordo com a teoria da imputação objetiva:

18
a) é possível a punição de Sinval pelo resultado morte, desde que agasalhada a tese da
heterocolocação em risco.
b) a imputação do resultado morte a Sinval pode ser afastada em virtude da
autocolocação da vítima em perigo
c) Dado o incremento do risco proibido. Sinval sera responsabilizado pela morte de Eliel.
d) A existência de um nexo de causalidade, reconhecido a partir da teoria da conditio sine
qua non, é suficiente para a imputação do resultado morte a Sinval.
e) Sinval não pode ser responsabilizado pelo resultado morte, em virtude da ausência de
dolo.

36) Tema dos mais árduos, a distinção entre dolo eventual e culpa consciente
ensejou o surgimento de diversas teorias, as quais se dividem em volitivas e
cognitivas. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) A teoria do risco, classificada entre as volitivas, é aquela adotada pelo Código Penal
em seu art. 18, I. Seus adeptos entendem que só há dolo eventual quando o agente
representa o resultado e assume o risco de produzi-lo.
b) A teoria da evitabilidade, cognitiva, pressupõe a representação do resultado como
possível, o que bastará para a caracterização do dolo eventual. Contudo, se o agente
busca evitar o resultado através da ativação de contrafatores, agindo concretamente,
existirá culpa consciente.
c) O conhecimento do risco não permitido, com exclusão de qualquer conteúdo volitivo,
determina o reconhecimento do dolo eventual para a teoria da probabilidade, adotada por
Jakobs.
d) De acordo com a teoria do consentimento, de base unicamente cognitiva, não existe
culpa consciente. Se há a representação do resultado, invariavelmente existirá dolo
eventual.
e) Para a teoria da representação, que se situa entre as teorias volitivas, há dolo eventual
quando o agente admite a possibilidade de ocorrência do resultado e demonstra alto grau
de indiferença quanto à afetação do bem jurídico-penal.

37) A relação de causalidade, estudada no conceito estratificado de crime, consiste


no elo entre a conduta e o resultado típico. Acerca dessa relação, assinale a opção
correta.

a) Para os crimes omissivos impróprios, o estudo do nexo causal é relevante, porquanto o


CP adotou a teoria naturalística da omissão, ao equiparar a inação do agente garantidor a
uma ação.

19
b) A existência de concausa superveniente relativamente independente, quando
necessária à produção do resultado naturalístico, não tem o condão de retirar a
responsabilização penal da conduta do agente, uma vez que não exclui a imputação pela
produção do resultado posterior.
c) O CP adota, como regra, a teoria da causalidade adequada, dada a afirmação nele
constante de que “o resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa; causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido”.
d) Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a responsabilidade
penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do agente quando o seu agir decorre
da prática de um risco permitido ou de uma conduta que diminua o risco proibido.
e) O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é relevante, uma vez que se
observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o resultado naturalístico.

38) São princípios que solucionam o conflito aparente de normas penais:

a) insignificância, consunção, subsidiariedade e alteridade.


b) insignificância, alteridade, consunção e alternatividade.
c) especialidade, alteridade, consunção e subsidiariedade.
d) especialidade, alternatividade, subsidiariedade e insignificância.
e) especialidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.

39) Ocorrido um fato criminoso, às vezes duas ou mais normas se apresentam para
regulá-lo, surgindo o chamado conflito aparente de normas.

A respeito de tal questão, assinale a afirmativa incorreta.

a) A pluralidade de fatos e a pluralidade de normas são pressupostos do conflito, que


aparentemente com eles se identificam.
b) O princípio da subsidiariedade atua como “soldado de reserva”, aplicando a norma
subsidiária menos grave quando impossível a aplicação da norma principal mais grave.
c) A questão da progressão criminosa e do crime progressivo é resolvida pelo princípio da
absorção ou consunção.
d) Na progressão criminosa, o agente inicialmente pretender praticar um crime menos
grave, e, depois, resolve progredir para o mais grave.
e) No crime progressivo, o sujeito, para alcançar o crime querido, passa necessariamente
por outro menos grave que aquele desejado.

20
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL – LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90)

40) Sobre o crime de extorsão mediante sequestro, é correto afirmar que:

a) a consumação do crime do art. 159 do CP se opera com a exigência de uma vantagem


como condição ou preço do resgate, o que faz com que o delito seja doutrinariamente
classificado como crime formal.
b) o crime é hediondo mesmo em sua forma simples, dispensando a verificação de
resultados morte ou lesão corporal de natureza grave para a incidência da Lei n° 8.072,
de 1990.
c) o concurso de pessoas é uma das circunstâncias qualificadoras concernentes ao crime
de extorsão mediante sequestro, nos mesmos moldes do furto e diferentemente do que
ocorre no roubo, no qual a pluralidade de agentes tem a natureza de causa de aumento
da pena.
d) há, no art. 159 do Código Penal, previsão expressa de delação premiada,
determinando diminuição da pena ao participante que revelar o crime à autoridade,
permitindo a libertação do sequestrado ou a recuperação do produto ou do proveito do
crime.
e) ocorre a forma qualificada da extorsão mediante sequestro, entre outras hipóteses,
quando a restrição à liberdade da vítima dura mais de quinze dias, mas nunca em tempo
inferior.

41) No que concerne à Lei que trata dos crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990 e suas
alterações), assinale a alternativa correta.

a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar-se-á após
o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é considerado
hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a concessão da
liberdade provisória, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta como hediondo
é o sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito de drogas e
racismo.

42) A respeito de crimes hediondos, assinale a opção correta.

21
a) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes hediondos, também
são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado.
c) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de extermínio ou
em ação de milícia privada.
d) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo.
e) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de
exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não responderá pela prática de crime
hediondo.

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL – LEI DE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA (LEI Nº


9.296/96)

43) Quanto ao número de vezes em que o prazo da interceptação telefônica pode


ser renovado, entende a doutrina, bem com o Superior Tribunal de Justiça, em seu
mais recente julgado acerca do tema, no início de 2013, que:

a) a renovação só pode ocorrer uma única vez. tendo a interceptação telefônica duração
máxima de 30 (trinta) dias.
b) não é possível haver a renovação da interceptação.
c) a renovação é cabível, desde que não ultrapasse o prazo de 60 (sessenta) dias.
d) o prazo da interceptação pode ser renovado indefinidamente, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova.
e) a renovação só pode ocorrer uma única vez, porém, quando houver justificação
exaustiva do excesso e quando a medida for indispensável, é possível a renovação desde
que não ofenda a razoabilidade.

44) No curso de uma interceptação telefônica que apurava a prática dos crimes de
associação para o tráfico, bem como o crime de tráfico de drogas, foi descoberto
que os mesmo criminosos também eram responsáveis por diversos outros crimes
na região, como homicídios e roubos. Este encontro fortuito de elementos
probatórios em relação a outros fatos delituosos é denominado pela doutrina e
jurisprudência como Teoria da(o):

a) nexo causal atenuado.


b) fonte independente.
c) serendipidade
d) exceção da descoberta inevitável

22
e) aparência.

45) Assinale alternativa que contempla todas as hipóteses de decretação de


interceptação telefônica (art. 3º, Lei nº 9.296/96).

a) Pelo juiz, a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal; ou pelo juiz, a


requerimento do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na
instrução processual penal.
b) Pelo juiz, a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal; ou a
requerimento do representante do Ministério Público ou da autoridade policial, na
instrução processual penal.
c) Pelo juiz, a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal; ou a
requerimento do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na
instrução processual penal.
d) Pelo juiz, de ofício, ou a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal;
ou a requerimento do representante do Ministério Público ou da autoridade policial, na
instrução processual penal.
e) Pelo juiz, de ofício, ou a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal;
ou a requerimento do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na
instrução processual penal.

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GABARITO SIMULADO SEMANA 3

16) D
1) C 32) D
17) D
2) C 33) C
18) E
3) D 34) C
19) C
4) B 35) B
20) C
5) A 36) B
21) B
6) B 37) D
22) A
7) D 38) E
23) B
8) A 39) A
24) A
9) C 40) B
25) C
10) C 41) C
26) B
11) A 42) A
27) E
12) E 43) D
28) C
13) B 44) C
29) E
14) B 45) E
30) A
15) B
31) C

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26
LABORATÓRIO DISCURSIVO

QUESTÃO DISCURSIVA 1

Cabe interceptação telefônica para investigar um crime punido com detenção?

QUESTÃO DISCURSIVA 2

Conceitue flagrante esperado, preparado e diferido ou retardado, explicando as diferenças


entre as modalidades no resultado de uma operação policial.

QUESTÃO DISCURSIVA 3

Considere as situações hipotéticas a seguir.

Maria, penalmente imputável, ao sair de uma festa, recolheu junto à mesa em que
sentava uma bolsa com características e cores semelhantes à sua, imaginando tratar-se
de objeto próprio.

José, penalmente imputável, quer matar João, seu desafeto, todavia, ao apontar-lhe uma
arma de fogo, erra acidentalmente o disparo, vindo a atingir o seu próprio pai, que estava
ao lado de João. O pai de José falece e João nada sofre.

Com base nas situações apresentadas, redija um texto dissertativo, abordando,


necessariamente, os aspectos a seguir:

a) Conceituação dos erros incorridos por Maria e José;


b) Consequências penais para cada uma das situações;
c) Previsão legal para cada uma das situações aventadas.

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LABORATÓRIO DISCURSIVO – ESPELHO DE CORREÇÃO

DICAS:

- Seja objetivo em sua resposta.


- Observe três pontos em seu raciocínio: introdução, desenvolvimento e conclusão, como
uma “pequena redação”.
- Letra legível é fundamental! Lembre-se de que seu examinador terá diversas provas a
corrigir. Esforce-se!
- Faça uma boa diagramação da questão; disponha sua resposta de forma organizada no
papel.
- Cuidado com as rasuras.
- Sempre que possível, cite doutrina e jurisprudência.
- Caso não se recorde do número de uma lei ou de um artigo, não arrisque. Descreva o
assunto, mas não corra o risco de errar.
- Muito cuidado com a ortografia. Use sinônimos caso não tenha certeza quanto à grafia
de uma palavra.
- Não use qualquer elemento capaz de identificá-lo(a)!
- Não invente dados e não “enrole” o examinador. Responda exatamente nos moldes da
pergunta.

ESPELHO QUESTÃO DISCURSIVA 1

A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu texto a inviolabilidade das comunicações


telefônicas, salvo nos casos de investigação de crimes e desde que devidamente
autorizada pelo juiz. Trata-se, pois, de tema sob reserva de jurisdição.

A norma em comento necessitava de regulamentação, o que veio com o advento da Lei nº


9.296/96. Assim, tornou-se possível a interceptação telefônica quando presentes indícios
de participação em crime punido com pena de reclusão e não houver outro meio de prova
para se chegar à autoria e materialidade da infração.

Conforme texto do art. 2º, inciso III da Lei nº 9.296/96, não será admitida a interceptação
de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração penal punida,
no máximo, com pena de detenção.

29
Todavia, caso o delito apenado com detenção seja praticado em conexão com outro delito
apenado com reclusão, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça
(esboçado no HC 186.118), temos a admissibilidade da interceptação telefônica para
investigar um crime punido com detenção.

ESPELHO QUESTÃO DISCURSIVA 2

O Código de Processo Penal previu as espécies de flagrante próprio, impróprio e


presumido no art. 302. Ocorre que a doutrina, verificando as várias configurações desta
prisão na prática, criou outras espécies, como os flagrantes esperado, provocado/
preparado e prorrogado/retardado/de ação controlada.

O flagrante esperado ocorre quando a autoridade policial limita-se a aguardar o momento


da prática do delito, sem qualquer induzimento. Exemplo desta espécie acontece quando
se leva ao conhecimento da polícia a realização de um crime e esta se desloca até a cena
dos fatos, aguardando o início dos atos executórios. Em regra, é considerado lícito, salvo
quando a preparação e esquema tático policial tornarem impossível a realização do delito.
Neste último caso, teremos o anúncio de um flagrante preparado.

O flagrante preparado ou provocado ocorre quando o agente provocador induz alguém a


cometer um delito para viabilizar a prisão. Exemplo comum utilizado pela doutrina é a
hipótese de um policial disfarçado ostentar um celular muito caro em via pública e local
considerado “perigoso”, aguardando que alguém tente subtrai-lo. A súmula 145 do STF já
pacificou este entendimento, afirmando que não haverá crime quando a preparação do
flagrante pela polícia tornar impossível a sua consumação. Neste caso, restará
configurado crime impossível.

Tratamos, ademais, do flagrante retardado, diferido ou de ação controlada, comum na Lei


de Organizações Criminosas. Neste, a Autoridade Policial limita-se a aguardar momento
mais oportuno da atuação criminosa para efetivar o flagrante, a fim de obter maiores
informações sobre o delito, seu funcionamento e coautoria e participação de agentes.
Assim, consegue obter maiores e melhores elementos probatórios. Este tipo de flagrante
está previsto na Lei de Drogas, na Lei de Lavagem de Capitais e na Lei de Organizações
Criminosas. Nos dois primeiros casos, exige-se autorização judicial e oitiva do Ministério
Publico. Já na Lei de Organização Criminosa, exige-se apenas prévia comunicação ao
Juiz competente, a fim de que, caso assim entenda, estabeleça os limites para atuação
policial, comunicando ao Ministério Público.

30
ESPELHO QUESTÃO DISCURSIVA 3

O primeiro caso refere-se ao erro de tipo, configurado no art. 20 do Código Penal, o qual
afirma que o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal exclui o dolo, mas permite-se a
punição por crime culposo, se previsto em lei. Maria, ao recolher uma bolsa da festa,
imaginando ser de sua propriedade, recai neste erro, pois não sabe exatamente o que
faz, acreditando estar em uma situação de licitude, quando, na realidade, não está. Este
tipo de erro pode ser dividido em erro de tipo essencial, quando o equívoco recai sobre os
dados principais do tipo penal, podendo-se excluir o dolo e a culpa, quando inevitável, e
excluir o dolo, mas punir a culpa, quando o erro puder ser evitável pela percepção do
“homem médio”, de acordo com corrente tradicional. No exemplo, Maria se equivoca com
relação à elementar “coisa alheia”, configuradora do furto, excluindo, portanto o dolo. E
pode ainda ser classificado como erro de tipo acidental, quando o erro recair sobre dados
secundários do delito, como erro sobre o objeto, sobre a pessoa, na execução, no delito,
e no nexo causal.

O segundo caso analisado configura exatamente o erro de tipo acidental na execução,


conhecido como aberratio ictus, previsto no art. 73 do CP. Neste, o agente representa
corretamente a vítima, no entanto, por acidente ou uso nos meios de execução, acaba
atingindo pessoa diversa da pretendida. José representou bem seu desafeto João, no
entanto, por erro na execução, acabou atingindo seu pai, que estava ao lado da vítima
pretendida. A consequência para este tipo de erro é que o agente irá responder pelo crime
executado, mas levando em consideração as qualidades ou condições pessoais da vítima
pretendida, e não da efetivamente atingida. José, portanto, responderá por homicídio
doloso de seu pai, como se tivesse matado João, sem a agravante do parricídio. Caso
atinja a vítima pretendida e também a pessoa diversa, responderá em concurso formal de
crimes. Em suma, o erro na execução não exclui o dolo, não exclui o crime e não isenta o
agente de pena.

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