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APRESENTAÇÃO
1) Este 1º Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Armazenamento e
Distribuição de Combustíveis (CE-34:000.04) do Organismo de Normalização Setorial
(ABNT/ONS-34), nas reuniões de:
15/07/2010
2) Este 1º Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT
NBR 14973:2003), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em
vigor;
4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
Participante Representante
Storage of flammable and combustible liquids - Removal and disposal of used underground
storage tanks
Prefácio
Os documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
Scope
The Standard establishes the requirements of when the removal and disposal of used underground
storage tanks.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos a serem atendidos quando da desativação, remoção, destinação,
preparação e adaptação de tanque subterrâneo usado de armazenamento de combustíveis.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 12982, Desvaporização de tanque para transporte terrestre de produtos perigosos - Classe
de risco 3 - Líquidos inflamáveis
ABNT NBR 13781, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis - Manuseio e instalação de
tanque subterrâneo
ABNT NBR 14606, Posto de serviço - Entrada em espaço confinado
ABNT NBR 14639, Posto de Serviço - Instalações elétricas
ABNT NBR 15461, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis - Construção e instalação de
tanque aéreo de aço-carbono
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
área de trabalho
área situada em torno da região de acesso ao tanque, devendo ser demarcada e sinalizada de tal forma
que apenas as pessoas habilitadas e autorizadas possam ter acesso a ela
3.2
desativação permanente
paralisação definitiva do uso do tanque
3.3
desativação temporária
paralisação temporária do uso do tanque, com possibilidade de posterior reativação do uso do tanque
3.4
desgaseificação
remoção dos gases ou vapores inflamáveis do interior do tanque
3.5
empresa preparadora de tanques
empresa que realiza a atividade de adaptação, desmontagem e destinação final de tanques, com
capacidade de armazenamento e destinação adequada dos resíduos e efluentes provenientes desta
operação
3.6
equalização de potencial
quando todas as partes condutoras expostas e estranhas estão conectadas a um sistema de ligação
equipotencial, a fim de evitar o centelhamento perigoso entre as partes metálicas
3.7
equipamento elétrico para atmosfera explosiva
equipamento elétrico construído de modo a não causar, sob condições específicas, a ignição da
atmosfera explosiva a seu redor. Incluem-se os equipamentos de segurança aumentada, com invólucro
a prova de explosão e intrinsecamente seguros
3.8
explosímetro
equipamento que indica o risco de explosão usando como referência a concentração de gás ou vapor
no limite inferior de explosividade (LIE)
3.9
inertização
redução do percentual de oxigênio (O2) e vapores de hidrocarbonetos no ambiente confinado, com a
introdução de gás inerte
3.10
limite inferior de explosividade - LIE
mínima concentração de gás ou vapor no ar que é capaz de provocar a combustão a partir de uma fonte
de ignição
4 Planejamento
Deve ser efetuado um planejamento prévio no início dos serviços. Deve ser definida a área de trabalho
e registrados os equipamentos/dispositivos a serem utilizados na execução dos serviços. Este
planejamento deve ser preferencialmente conduzido com a participação de todos envolvidos
(contratante, empreendedor, contratado e transportador). Após remoção e transporte dos tanques para
as empresas preparadoras de tanques, os serviços de preparação e destinação deverão ser executados
em conformidade com a Seção 10. Este planejamento visa garantir que os serviços se realizem com
segurança.
O planejamento para desativação do tanque subterrâneo deve considerar um estudo prévio das
interferências (redes hidráulicas, elétricas, pluviais, etc) sobre o tanque a ser removido. A retirada do
tanque deve ser precedida da retirada do lastro existente e da inertização ou desgaseificação. Se sua
remoção colocar em risco as instalações ou edificações existentes, o tanque pode permanecer na cava
após sua desativação permanente, mediante laudo técnico que comprove a inviabilidade / risco de sua
retirada e recolhida a respectiva anotação de responsabilidade técnica por profissional habilitado.
Durante toda a operação, o quadro de disjuntores dos equipamentos conectados ao tanque a ser
removido e demais equipamentos deve estar desligado, sinalizado (não ligar o equipamento) e
interditado mediante lacre ou outros dispositivos. Todos os equipamentos elétricos também devem ter
etiquetas de advertência (não ligar o equipamento) nas suas chaves elétricas, exceto os equipamentos
elétricos para atmosfera explosiva a serem utilizados no serviço.
Caso haja iminência ou ocorrência de chuvas e/ou ventos, o responsável pela obra deverá avaliar a
necessidade de paralisar o serviço.
Certificar-se de que todas as linhas ligadas ao tanque a ser removido sejam previamente drenadas e
desconectadas, se possível removidas ou tamponadas, evitando-se possíveis derrames de produtos.
O tanque deve conter o mínimo de produto possível no momento do inicio desta operação. Todo o
produto deve ter sido preferencialmente retirado por seu próprio sistema de unidade abastecedora. O
lastro deverá ser retirado por equipamento específico.
Todo equipamento elétrico utilizado, inclusive para a retirada do lastro, deve ser compatível com a
classificação de risco da área em que será utilizado e estar adequadamente conectado ao sistema de
ligação equipotencial e aterrado.
Durante toda a operação, deve-se manter o monitoramento com explosímetro, verificando a presença
de vapores inflamáveis na área de trabalho.
A desgaseificação pode ser feita por ventilação ou utilização de água, de modo que a atmosfera no
interior do tanque seja levada a valor igual ou inferior a 10 % do LIE. Devem ser realizadas medições de
explosividade em pelo menos cinco pontos do tanque: no fundo, no meio, na parte superior e nos
pontos de acesso (descarga e boca-de-visita).
A ventilação deve se dar por intermédio de insuflação ou exaustão de ar até que se consiga valor igual
ou inferior a 10 % do LIE. Os equipamentos elétricos utilizados devem ser específicos para atmosfera
explosiva.
O equipamento de inserção de ar no interior do tanque deve estar devidamente aterrado e com o
mesmo potencial elétrico do tanque (ligação eqüipotencial), de forma a eliminar a possibilidade de
descarga de eletricidade estática.
A pressão não deve exceder 34,5 kPa (5,0 psi) no interior do tanque.
NOTA Não é recomendada a realização deste procedimento no local da remoção do tanque.
Esse procedimento deve ser executado por empresa especializada no serviço de hidrojateamento, com
a emissão dos certificados pertinentes.
Os resíduos gerados nesta operação devem ser destinados e documentados, conforme determinado
pela legislação ambiental.
O veículo, bombas e demais equipamentos elétricos de hidrojateamento devem ser posicionados fora
da área de trabalho.
A bomba de transferência e o caminhão devem ser aterrados. As mangueiras utilizadas na operação
devem ter alma de aço ou outro material capaz de escoar as cargas estáticas. O processo de
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 4/9
ABNT/ONS-34
PROJETO REVISÃO ABNT NBR 14973
AGO 2010
hidrojateamento deve ser repetido até que se consiga explosividade igual ou inferior a 10 % do LIE. A
aplicação do hidrojateamento deve ser feita por um bocal do tanque, de preferência aquele com o nível
mais alto e a sucção pelo bocal mais distante, com nível mais baixo, caso exista alguma inclinação no
tanque. A ponteira metálica da mangueira utilizada deverá ser de material não centelhante e estar
eletricamente conectada ao tanque.
Devido à grande geração de resíduos, este procedimento deve ser utilizado como último recurso.
Os resíduos gerados nesta operação devem ser destinados e documentados, conforme determinado
pela legislação ambiental. O veículo, bombas e demais equipamentos elétricos devem ser posicionados
fora da área de trabalho.
O tanque deve ser completamente cheio com água e esta deve ser aplicada, de preferência, pelo bocal
com o nível mais alto, e a sucção pelo bocal de nível mais baixo. Para os tanques com boca de visita, a
água deve ser aplicada pela boca de descarga e succionada por um dos flanges da boca de visita. Este
processo deve ser repetido até que a explosividade com o tanque vazio seja igual ou inferior a 10 % do
LIE.
As bombas e mangueiras devem estar conectadas eletricamente ao tanque e aterradas.
Deve-se ter o máximo cuidado para que a água injetada não transborde do tanque.
Durante toda a operação, deve-se manter o monitoramento com explosímetro, verificando a presença
de vapores inflamáveis na área de trabalho.
5.3 Inertização
Durante a realização do serviço, todas as conexões devem estar tamponadas, com exceção do respiro
e a conexão para a injeção do nitrogênio.
A injeção de nitrogênio deve ser efetuada por meio da conexão de descarga, utilizando-se um
adaptador apropriado.
Antes da abertura da válvula de admissão de nitrogênio para o tanque, a pressão de saída do regulador
do cilindro deve estar ajustada para 0,5 kgf/cm2.
A válvula de admissão de nitrogênio para o tanque deve ser aberta lentamente.
A proporção mínima de nitrogênio a ser utilizada deve ser de um cilindro de nitrogênio de 9 m3 para
cada 5 m3 do compartimento do tanque.
Cilindros que tiverem sido parcialmente utilizados não podem ser aplicados em processos de
inertização, de forma que o volume de nitrogênio necessário seja garantido.
Todo o volume do cilindro deve ser descarregado no tanque, o que ocorrerá quando o manômetro do
cilindro indicar pressão “zero”.
As pressões no tanque não devem exceder 34,5 kPa (5,0 psi).
Ao término do processo de inertização, o adaptador instalado na tubulação de descarga deve ser
removido. Deve-se garantir que a concentração de oxigênio no interior do tanque é igual a zero. Com
exceção da conexão do respiro, todas as demais conexões devem permanecer tamponadas. Na
conexão do respiro deve ser utilizada uma redução de 3 mm (1/8'') aberta para evitar sobrepressões no
tanque devido a variações de temperatura.
6 Remoção do tanque
Após desgaseificação ou inertização do tanque, os responsáveis pelo serviço devem certificar-se de
que durante o trabalho de retirada do tanque da cava a explosividade do tanque seja igual ou inferior a
10 % do LIE ou, no caso da inertização, que o nível de oxigênio esteja com 0 %.
Caso exista rede elétrica aérea situada a menos de 3 m do equipamento de içamento, solicitar à
concessionária de energia elétrica o seu desligamento. Caso não seja possível o desligamento, solicitar
o isolamento da rede com material apropriado.
Providenciar, sempre que possível, a colocação do tanque no caminhão imediatamente após ter sido
retirado da cava.
O equipamento de içamento deve ter capacidade compatível de pelo menos 1,5 o peso teórico da
carga. O cálculo da carga deve contemplar além do tanque, uma estimativa do resíduo existente no
interior do mesmo.
Em cavas com mais de 2 m de profundidade não deve ser permitida a entrada de pessoas sem que
suas paredes sejam escoradas. Além disso, a abertura da cava deve seguir os critérios usados para
instalação de tanques da ABNT NBR 13781.
Atenção especial deve ser dada à condição de uso dos cabos de aço, cordas, roldanas e guinchos
usados no içamento do tanque.
Verificar a presença de furos ou fissuras no costado do tanque. Tamponar, sempre que possível, os
furos com batoque de madeira. No caso de tanques com resíduos em seu interior, devem ser tomadas
ações para evitar vazamentos pelos furos durante o transporte ou armazenamento do tanque.
Para que um tanque não estanque permaneça enterrado no posto é necessário um laudo que demostre
a impossibilidade técnica da sua remoção.
Considera-se impossibilidade técnica para remoção do tanque:
⎯ tanques cuja retirada afete a estabilidade estrutural de edificações, coberturas, galerias
subterrâneas, vias públicas e dutos de serviços;
8 Transporte do tanque
O tanque a ser removido deve sair da cava diretamente para o caminhão. Caso não seja possível,
proceder conforme Seção 9.
O tanque deve ser colocado no caminhão com os bocais tamponados, exceto o de respiro, para evitar a
pressurização interna.
Todos os bocais devem ser posicionados voltados para cima.
Fixar adequadamente o tanque ao caminhão, utilizando a amarração (com material que não gere faísca)
que se fizer necessária. O caminhão que faz o transporte deve estar provido de berço para a correta
estabilização do tanque e dispositivo para contenção de possíveis vazamentos durante o deslocamento.
O tanque só deve ser transportado devidamente inertizado ou desgaseificado. A viagem deve ser
limitada ao trajeto entre os pontos de carga e descarga, preferencialmente sem paradas.
Para realização do transporte deve ser atendida a legislação vigente, dando especial atenção aos
requisitos legais para transporte de resíduos perigosos que podem estar no interior do tanque.
O tanque pode ser armazenado dentro das dependências da empresa de preparação, desde que em
área obrigatoriamente impermeável e interligada ao sistema separador de água e óleo - SAO.
Neste caso, todos os bocais dos tanques devem permanecer fechados para evitar o acúmulo de água
em seu interior, exceto a redução de 3 mm (1/8'') instalada na conexão do respiro, devendo esta ser
mantida aberta para evitar sobrepressões no tanque devido a variações na temperatura, conforme
descrito na Seção 6.
10.4 Adaptação
O tanque pode ser reutilizado para outros fins, exceto para armazenamento de água para consumo
humano direto ou indireto.
Os tanques de diesel e aqueles que estiverem furados deverão ser priorizados no processo. Estes
tanques devem ser preparados logo que chegarem ao preparador.
É recomendável que, antes de qualquer trabalho a quente ou que possam gerar faíscas, o nível de
explosividade seja medido. O tanque deve ser considerado liberado para trabalho a quente, quando a
medição da atmosfera na região externa e no seu interior indicar uma concentração de vapores
inflamáveis igual a 0 % do limite inferior de explosividade (LIE). No transcurso de todo o serviço a
quente, deve ser monitorada a concentração de vapores, permanentemente em ambas as regiões. A
operação deve ser interrompida caso a concentração de vapores inflamáveis atinja o valor 10 % LIE e
só reiniciado quando o valor admitido de 0 % LIE for novamente atingido .
O acesso ao interior do tanque deve ser feito quando da abertura da primeira calota, possibilitando a
remoção eficiente dos resíduos. A entrada no tanque deverá ser realizada seguindo os critérios de
segurança, como:
⎯ utilização de EPI (luva, capacete, óculos, roupa de algodão e bota com solado
antiderrapante)
⎯ ausência de concentrações de vapores de combustíveis no interior do tanque;
⎯ oxigênio entre 19,5 % e 23,5 %, limite mínimo aceitável para a concentração de oxigênio.
A retirada dos resíduos deve ser realizada em área impermeável e cercada por muretas de contenção
ou canaletes interligados ao sistema separador de água e óleo (SAO).
O processo de corte mais usual dos tanques é o retalhamento em quatro partes: duas calotas e duas
metades longitudinais de costado, conforme Figura 1, facilitando o armazenamento das chapas e o seu
posterior transporte.
As chapas dos tanques cortados e livre de resíduos, caso não sejam reaproveitadas, devem ser
encaminhadas para siderúrgicas.
O armazenamento temporário dos resíduos deve ser feito em tanques. Quando aéreos, devem estar
cobertos e envoltos por uma bacia de contenção, e, se abertos, devem estar em área coberta até a sua
destinação final. Caso seja feito através de tambores, estes deverão possuir tampas e permanecerem
em área coberta e impermeável, circundados por canaletes e direcionados ao sistema separador de
água e óleo (SAO).
Quando do transporte e destinação final, os resíduos oleosos devem ser transportados e destinados por
empresas licenciadas pelo órgão ambiental competente.
O tanque limpo e desgaseificado pode ser armazenamento até uma definição pela contratante, em área
segregada do processo de limpeza;