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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3

Cadernos PDE

I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
O USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS NO AUXÍLIO DA CONSTRUÇÃO DE
MAPAS CONCEITUAIS NA APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS

Márcia Marcos Silva1


Cláudio Ichiba2
RESUMO
Com o objetivo de provocar maior interesse pela ciência, este trabalho adotou uma
metodologia de ensino-aprendizagem que se utilizou de ferramenta tecnológica
individual, os aparelhos celulares do tipo smartphone – denominados dispositivos
móveis. Este uso se limitou aos sites de busca com ferramentas de filtro para maior
confiabilidade nas informações e o acesso a elas. A dinâmica do processo se deu
por meio de atividades realizadas em grupo, na qual os aparelhos eram usados na
obtenção de informação confiável e a organização disso, a construção de conceitos
e suas inter-relações foram feitas em mapas-conceituais. O público alvo foram
alunos do 8º ano de uma Escola da Rede Estadual de Ensino do Paraná. Além do
objetivo principal, buscou-se um melhor uso consciente dos dispositivos móveis para
melhorar e qualificar a aprendizagem e consolidar a construção do conhecimento.

PALAVRAS CHAVES: Tecnologia. Celular. Mapa Conceitual. Corpo Humano.

ABSTRACT
In order to bring about greater interest in science, this work took a teaching-learning
methodology that was used for individual technological tool, the mobile phones of the
smartphone type - termed mobile devices. This use was limited to search engines to
filter tools for greater reliability of the information and access to them. The dynamics
of the process occurred through activities conducted in groups, in which the devices
were used to obtain reliable information and organizing it, building concepts and their
interrelations were made in-conceptual maps. The target audience were students of
the 8th year of a School of the State of Paraná Education Network. Besides the main
goal, we sought a better conscious use of mobile devices to improve and qualify
learning and consolidate the construction of knowledge.

KEYWORDS: Technology. Cell. Conceitual map. Human Body.

______________________________________

1
Professora da Rede Estadual de Ensino da Cidade de Porto Rico
2
Professor Orientador – PDE da Universidade Estadual do Paraná UNESPAR Campos de
Paranavaí
INTRODUÇÃO

O PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) objetiva a formação


continuada dos professores da rede pública estadual de educação do Estado do
Paraná, em integração com as Instituições de Ensino Superior. Este programa
oferece várias atividades de estudo na universidade, programação de projeto de
intervenção, de Produção Didático – Pedagógica, de GTR (Grupo de Trabalho em
Rede), de Seminários, de Projeto de Implementação do trabalho na escola, reuniões
com o professor orientador e para finalizar, este trabalho, que pretende descrever o
desenvolvimento e a aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o curso e a
implementação na escola.
O motivo desta indagação sobre as metodologias é a percepção de que
está nelas a maior dificuldade no processo ensino-aprendizagem e não na
avaliação. O uso de dispositivos móveis no auxílio da construção de mapas
conceituais na aprendizagem de ciências é uma proposta que tem por finalidade
dinamizar o interesse pela ciência, e com isso, destinar recursos tecnológicos
disponíveis no dia-a-dia para uma melhor compreensão do ambiente ao seu redor,
bem como o corpo humano mais especificamente os Órgãos do sentido.
Serão utilizados web sites de procura como instrumentos de pesquisas, com
destaque na utilização de celulares smartphone para as mesmas. As escolas do
Estado do Paraná foram equipadas com recursos tecnológicos educacionais, tais
como: Laboratórios Paraná Digital, TV Multimídia, Portal Dia-a-dia Educação, TV
Paulo Freire e TV Escola, TV pen-drive, entre outros recursos multimídia, mas
constatamos que grandes partes dos educandos não sabem utilizar as mídias
móveis(celulares) como recursos para auxiliar na educação.
A maior parte os professores têm um grande problema com dispositivos
móveis como celulares em sala de aula. Isto é considerado uma atitude de
indisciplina dos educandos quando solicitados a não utilizarem em atividades a
serem resolvidas em sala. De outra forma, pode-se propor integrar os dispositivos
móveis à sala e considerar o seu potencial na aquisição do conhecimento cientifico
(o que ainda não ocorre em grande parte das instituições escolares).
Assim, como provocar interesse pela Ciência para compreender melhor o
ambiente ao seu redor, bem como o corpo humano, usando as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) como ferramentas de ensino?
Este trabalho buscou proporcionar a integração didática do celular
smartfhone em sala de aula, para utilizá-lo na aquisição do conhecimento cientifico.
Para tanto, houveram dois momentos distintos. No primeiro, foram apresentados aos
educandos os parâmetros necessários para uma pesquisa cientifica, bem como,
orientações sobre site confiáveis, um pretexte será aplicado aos alunos antes de
iniciarem o desenvolvimento das atividades planejadas. No segundo, foi
apresentado o conceito de: Mapa conceitual, e os passos para a elaboração do
mesmo.
Para alguns autores, o uso da tecnologia na educação auxilia a
aprendizagem deforma mais prática e ágil em sala de aula.
Segundo MORAN (2013):

“A educação é a soma de todos os processos de transmissão do


conhecimento, do culturalmente adquirido e de aprendizagem de
novas ideias, procedimentos e soluções desenvolvidos por pessoas,
grupos, instituições organizada ou espontaneamente, formal ou
informalmente.” (MORAN, 2013, p. 16).

A aplicação foi feita com alunos do 8º ano A – Fundamental II do Colégio


Estadual Manoel Romão Netto – EFM, pois são um grupo mais amadurecido que as
séries anteriores. Além disso, o conteúdo disciplinar é de grande interesse por parte
dos mesmos. Considerando isso, foi apresentado a eles o uso do smartphone de
modo integrado à sala de aula na forma de auxílio à pesquisa na produção do
conhecimento.
Com o objetivo principal divulgar os resultados dos estudos e das atividades
realizadas pelos alunos, como forma de implementação do projeto de pesquisa
inicial do PDE. Apresenta-se a seguir algumas pesquisas realizadas sobre o tema
proposto, tendo como base o referencial teórico apresentado no final que norteará
esta proposta de trabalho.

1. TECNOLOGIAS NO CONTEXTO ESCOLAR DO PARANÁ – PANORAMA


HISTÓRICO

O uso das Tecnologias de Informação no ensino no Paraná se deu a partir


de1985, quando surgiram na educação, as primeiras manifestações federais para a
inserção da informática no ensino escolar. A partir de então, foram criados órgãos,
projetos, programas, softwares, decretos, cursos, ações:

As primeiras medidas federais relativas à informática na educação


surgiram no Paraná no ano de 1985 através do Plano Estadual de
Educação do Paraná e em 1987 com a implantação de um Centro de
Informática na Educação (Cied), localizado no Núcleo Regional de
Educação da cidade de Maringá, o qual se tornou um polo de
investigações em informática na educação. (PARANÁ, 2010, p. 6).
Dentre os órgãos criados, pode-se evidenciar: Centro de Informática na
Educação (Cied), localizado no Núcleo Regional de Educação da cidade de Maringá
e os Comitês de Assessoramento de Informática Educativa. Quanto aos projetos
desenvolvidos, cabe aqui citar o Projeto Formar (1987, 1989 e 1992). Dos
programas desenvolvidos, foram destacados: Programa de Extensão, Melhoria e
Inovação do Ensino Médio do Paraná (Proem) em 1996; Programa Televisivo Salto
para o Futuro em 1997 e Paraná Digital.
No ano de 1991, foram criados mecanismos para incluir a televisão na
educação, para tanto foi desenvolvido o Programa Televisivo “Salto para o Futuro”
que, mais tarde, precisamente em 1997, uniu-se a outros programas e se tornou um
Programa de formação que é veiculado na TV Escola.
Dados esses acontecimentos, o Governo do Paraná passou a ofertar
formação continua da que ocorria de modo centralizado no NTE Núcleo de
Tecnologia Educacional para os professores da rede básica de ensino a fim de
instruí-los a usar as tecnologias na educação.

Para dar suporte à política de inclusão digital e universalização de


acesso ao uso de tecnologias, apresentou-se a Política Pública
denominada Paraná Digital, com vistas à implantação de 2.100
laboratórios de informática e conectividade a todas as escolas
públicas estaduais do Paraná, 22 mil televisores multimídia, mais de
2.100 kits de sintonia da TV Paulo Freire. (PARANÁ, 2010, p. 8).

A fim de ampliar o uso da tecnologia de informação e comunicação, em


2006, instalaram-se equipamentos para receber a programação da TV Paulo Freire,
via satélite em todas as escolas do Paraná. Essa programação oferece programas
informativos, conteúdos complementares ao currículo escolar e formação continuada
(Paraná, 2010). Já em 2007, as escolas paranaenses receberam um televisor
multimídia para cada sala de aula, com entrada USB e software que possibilita
leitura de sons, vídeos, imagens – tecnologias estas que teriam o objetivo de
melhorar a educação, tornando-a mais tecnológica. Em 2013 os professores do
Ensino Médio das escolas públicas receberam tablets para uso pedagógico.
Ferramenta, cujo propósito é facilitar a preparação das aulas e pesquisas on-line.

2. AS MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO COM O ADVENTO DAS TECNOLOGIAS

Ao considerar que “toda sociedade educa quando transmite ideias, valores,


conhecimentos” (MORAN, 2013, p. 15), a educação não acontece somente em um
determinado lugar ou período de tempo, tão pouco está presa a modalidades, níveis
de ensino (regular, à distância, básico ou superior) e ao espaço oficial (escola e
universidade). Entretanto, a educação acessível via meios eletrônicos e a qualquer
momento (via mídias digitais- internet), ainda é recente. Dentro de uma nova era, na
qual a tecnologia está muito presente, há uma evidente desarmonia no que se diz
respeito ao processo de transmissão do conhecimento nas instituições de ensino e
essas novas possibilidades de aprendizado via tecnologias, ou seja, os modelos
tradicionais de ensino não condizem com as novas possibilidades que a sociedade
acessa informalmente por meio das TICs (MORAN, 2013).

A educação é a soma de todos os processos de transmissão do


conhecimento, do culturalmente adquirido e de aprendizagem de
novas ideias, procedimentos e soluções desenvolvidos por pessoas,
grupos, instituições organizada ou espontaneamente, formal ou
informalmente. (MORAN, 2013, p. 16).

A escola tem procurado meios para se adaptar às transformações que vêm


acontecendo, contudo não é simples a mudança repentina do modelo atual por
outros que ainda não foram aprovados, testados e universalizados. Esse processo
de adaptação demanda tempo, pois são imensas as mudanças que precisam ser
feitas em todos os níveis e modalidades de ensino. No entanto, as universidades
têm se destacado, pois já conseguem abranger muitos territórios até então sem
oportunidade por meio da educação à distância, pela qual a educação é virtualmente
transmitida e as TICs são ferramentas mediadoras entre professor e aluno; entre
ensino-aprendizagem.
É senso comum que as mudanças na educação dependem, em primeiro
lugar, de educadores maduros intelectualmente e emocionalmente, curiosos,
entusiasmados, abertos, que saibam motivar e dialogar, autênticos, humildes e
confiantes. Que mostrem para o aluno a complexidade do aprender, a nossa
ignorância, as nossas dificuldades. Ensine aprendendo a relativizar, a valorizar a
diferença, a aceitar o provisório (MORAN, 2013).
Contudo, para que haja mudanças na educação, também é preciso alunos
curiosos e motivados, deste modo, o processo de ensino-aprendizagem se torna
mais fácil e facilitador. Os alunos devem estimular as melhores qualidades do
professor, ser interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor
educador, assim, não só aprenderão, mas também ensinarão, avançarão, serão
mais ricos culturalmente, e aprenderão mais rápido e, por fim, tornar-se-ão mais
confiantes e produtivos (MORAN, 2013).

3. A PRESENÇA E O ACESSO DAS MÍDIAS MÓVEIS NA ESFERA ESCOLAR


Toda sociedade, de forma direta ou indireta, está envolvida com as novas
tecnologias e o avanço das ciências sociais, tecnológicas, comerciais, de
comunicação, entre outras. A maioria da população faz uso das TICs, tais como
televisão, rádio, aparelhos de som, celulares, ipad, ipod, smartphones. Os indivíduos
antes de aprender a relacionar com qualquer tipo de conhecimento, relacionam-se
com o contexto em que vivem. Diante disso, cabe à educação o ensino
aprendizagem de como atuar com esses sujeitos, que agora vivem uma nova
revolução: a revolução das tecnologias de informação e comunicação.
Trata-se de uma revolução, pois foge de tudo que já foi visto antes,
considerando que, atualmente, existem aparelhos que possuem diversas funções,
por exemplo, os celulares smartphones, com os quais se pode comunicar, baixar
músicas, pagar contas, acessar redes sociais, navegar por qualquer site, entre
outras funções. Diante desse avanço tecnológico, a escola ou impede o uso das
mídias móveis no ambiente escolar – ação usualmente adotada- ou incorpora no
processo de ensino- aprendizagem.
É também de conhecimento comum que esse processo não é simples, nem
imediato, visto que pouquíssimos educadores acompanham e familiarizam-se com
as novas tecnologias. Todavia, há escolas que possuem recursos tecnológicos e
alcançam bons resultados. Contudo, a maioria, mesmo aquelas que possuem alguns
destes recursos, não sabem como lidar com os mesmos. O fato é que:

[...] não são os recursos que definem a aprendizagem, são as


pessoas, o projeto pedagógico, as interações, a gestão. Mas não
há dúvida de que o mundo digital afeta todos os setores, as
formas de produzir, de vender, de comunicar-se e de aprender.
(MORAN, 2013, p. 12).

Deste modo, é possível concluir que as mídias móveis estão presentes no


dia-a-dia dos alunos, e podem ser úteis no processo de ensino-aprendizagem desde
que funcionem como ferramentas auxiliadoras do processo, no qual, o docente deve
ser mediador do conhecimento. O professor é quem deve definir quais mídias são
mais úteis para suas aulas e, a partir daí, propor melhoramentos, mudanças parciais
e inovadoras nesse processo.
Quando a escola decide incorporar e utilizar as tecnologias, ela possibilita a
autonomia do aluno, que ele seja construtor do seu próprio conhecimento por meio
de atividades mais complexas, desafiadoras e realizadoras. Atividades que não
ficam presas à sala de aula, mas que possam ser presenciais ou à distância, on-line
ou off-line.
Como o próprio nome anuncia: “mídias móveis”, elas podem ser levadas em
qualquer lugar e usadas a qualquer hora. Além disso, a capacidade de migrar os
conteúdos impressos para os digitais em dispositivos móveis pode diminuir o peso
dos livros nas mochilas, e ainda contribui para redução dos custos e impacto
ambiental (MORAN, 2013).
Tendo a ferramenta em mãos, os conteúdos informativos dependerão menos
dos docentes, entretanto “caberá ao professor definir quais, quando e onde esses
conteúdos serão disponibilizados, e o que se espera que os alunos aprendam, além
das atividades que estão relacionadas a esses conteúdos”. (MORAN, 2013, p. 32-
33).
Ao se decidir incorporar as mídias móveis no processo de ensino
aprendizagem, cabe à escola documentar essa escolha, tornando as TICs
integrantes do projeto político pedagógico da instituição, adequando-as a cada ano,
disciplina, curso ou área de conhecimento.

4. MAPAS CONCEITUAIS

Os Mapas Conceituais foram projetados por Joseph Novak. São


consideradas ferramentas facilitadoras no processo de organização e representação
do conhecimento (NOVAK, 1997 apud GAVA, MENEZES e CURY, 2014). Funcionam
como suporte da aprendizagem quando utilizados “como uma linguagem para
descrição e comunicação de conceitos e seus relacionamentos” (AUSUBEL, 1968
apud GAVA, MENEZES e CURY, 2014, p.3).
Representam graficamente conceitos, assemelham-se a diagramas,
possuem a finalidade de descrever e esclarecer ideias. Podem ser elaborados de
forma simples, possuindo alguns conceitos e ligações, como podem ser bem
complexos, com várias proposições, conceitos e ligamentos.
Esse recurso, assim como um texto corrido, tem a função de expressar
ideias sobre qualquer assunto. A diferença está na elaboração do mesmo, que
acontece de forma mais simples, exigindo menos esforço cognitivo já que, os
conhecimentos não precisam ser apresentados de maneira linear como em um
texto. Além disso, o Mapa Conceitual abrange somente os conhecimentos mais
importantes e, para unir um conhecimento ao outro, são feitos links.
No âmbito educacional, os Mapas Conceituais podem ser usados como
indexadores de conteúdo, ferramenta de apoio à revisão bibliográfica, como apoio
ao desenvolvimento de Projetos de Aprendizagem e como organizador de ideias em
geral, auxiliando, desta forma, o professor em seu trabalho com o conteúdo científico
escolar.
Ao se trabalhar com Mapas Conceituais na educação, é possível abranger
de forma eficaz os quatro momentos necessários para aquisição dos conhecimentos
básicos e específicos da Educação Básica, sendo eles: a sensibilização, a
problematização, a investigação e a criação de conceitos.

A edição de mapas pode ser feita manuscrita, ou com auxílio de


softwares apropriados, tais como o Cmap Tool um programa livre, em
português, com possibilidade de inserção de áudio, vídeo, imagens,
textos e links disponibilizados on-line; já o Inspiration é um software
com linguagem visual, isto é, os conceitos podem ser representados
com figuras. (MELLO, 2014, p.)

Essa ferramenta pode ser usada também como uma forma de avaliar o
processo de aprendizagem dos alunos, permitindo que o próprio educando se
autoavalie comparando seus mapas conceituais: uma vez que é sugerido que se
faça um mapa anterior ao estudo, para aferir o conhecimento prévio e outro após os
estudos desenvolvidos.
Nesse processo, torna-se evidente os avanços do educando que, em seu
segundo mapa conceitual, consegue se esclarecer de maneira mais eficaz, usa
estrutura mais apropriada, faz ligações mais complexas e consegue atingir o objetivo
principal: expressar suas ideias, bem como organizar e representar seus
conhecimentos.
Deste modo, fica evidente que os Mapas Conceituais são fundamentais no
processo de aprendizagem, pois auxiliam na organização e representação do
conhecimento de forma clara e objetiva, além disso, funcionam como auto
avaliadores.

INTERVENÇÃO NA ESCOLA

Com a fundamentação teórica, descreve-se a intervenção pedagógica


aplicada no primeiro semestre de 2015 com alunos do 8º ano A do Colégio Estadual
Manoel Romão Netto - E.F. M, localizado no município de Porto Rico, Estado do
Paraná.
Todas as Estratégias de Ação foram desenvolvidas a partir do projeto de
observação e pesquisa na sala de aula. As atividades planejadas nesta Unidade
pedagógica, foram aplicadas durante um período de 32 horas aulas, distribuídas nas
seguintes fases abaixo;
1ª fase – aplicação de pré-teste
2ª fase – introdução ao conteúdo “Como fazer uma boa pesquisa na internet”, sendo
que serão utilizados os recursos digitais.
3ª fase – desenvolvimento da atividade “Como dominar a arte de fazer pesquisa”;
4ª fase – desenvolvimento do conteúdo “Mapas conceituais”;
5ª fase – desenvolvimento da atividade “como montar uma mapa conceitual”;
6ª fase – desenvolvimento conteúdo “Os órgãos do sentido”;
7ª fase – desenvolvimento da atividade “Os órgãos do sentido com mapas
conceituais- Olfato e paladar”
8ª fase – desenvolvimento da atividade “Os órgãos do sentido com mapas
conceituais visão”;
9ª fase – desenvolvimento da atividade “Os órgãos do sentido com mapas
conceituais audição e tato”;
10ª fase – Nesta fase a turma será avaliada, para a verificação da ocorrência de
aprendizagem, utilizando-se de mapas conceituais.
Inicialmente, durante a implantação da proposta de intervenção, não houve
dificuldade na aplicação da primeira fase, ocorrendo a realização de um
questionário, com o objetivo de se ter uma posição sobre o pre-conhecimento dos
educandos sobre o uso da internet.
Os dados levantados através do questionário apontaram que 100% dos
alunos recorrem a internet para realizar suas pesquisas e 13% dos alunos utilizam
tanto a internet como livros em suas pesquisas, além de que todos os alunos
utilizam o google como site de busca principal para pesquisar trabalhos de escola,
sendo que 3% dos alunos também utilizaram o google acadêmico para pesquisas.
Também foi observado que 79% dos alunos possuem smartfhone e que acessam
internet pelo celular, e 21% possuem celular mas não smartfhone nem aceso a
internet. Desse modo, verificou–se que os principais recursos utilizados no celular é
86% com o aplicativo whatsapp sendo ele de mensagens instantâneas, 72% no
facebook que é uma rede social, 68% para ligações telefônicas, 48% em mensagens
e somente 27% para verificar e-mails.
Os dados nos mostra que a maioria dos alunos utiliza o celular para a
socialização virtual e muito pouco para pesquisas de conhecimento cientifico, dando
um ideia que a maioria dos nossos alunos tem o conhecimento da tecnologia, mas
não como utilizar site confiáveis para realização de tais pesquisas.
Ao iniciar a segunda e terceira fase de implementação, foi realizada uma
discussão sobre o tema “Como pesquisar no Google?” através de uma dinâmica de
perguntas e respostas entre professor e educandos. Com auxílio de um multimídia,
foram apresentadas no software Power Point, informações básicas e imagens
ilustrativas de como se obter sites seguros. A professora PDE prestou
esclarecimento de dúvidas a questões que surgirem durante o decorrer da aula.
Durante a atividade proposta, os alunos em grupo, deveriam escolher dentre
as três definições apresentadas, a que mais se aproximar dos referências de sites
seguros, apresentados anteriormente pela professora PDE, para pesquisa e
construção do conhecimento. Consequentemente, os educandos, devem apresentar
respostas para os seguintes questionamentos: a) Qual motivo de sua escolha para
essa definição? b) Tem certeza que escolhe site um site seguro? c) Quais as
características têm que ter um site seguro? Com o objetivo de explicitar e
argumentar as suas escolhas. Foi observado pela professora, um maior
engajamento e interesse dos alunos no decorrer da atividade descrita.
Na quarta e quinta fase foi trabalhado o Mapa Conceitual com os
educandos, que estiveram divididos em equipes, e com a ajuda dos aparelhos
celulares pesquisaram as definições dos tópicos a serem incluídos nos mapas
conceituais. Posteriormente foram discutidos os conceitos observados na pesquisa,
e as várias definições que podem ser encontradas na internet, pela mais adequada
ao contexto. A equipe que tiver sua definição escolhida passará o endereço ou a
própria definição para os outros educandos, sendo que, depois das discussões, eles
irão refazer o mapa conceitual em casa; deverão pesquisar em livros didáticos,
revistas, sites e outras referências bibliográficas os conceitos explorados em sala de
aula para complementar o mapa conceitual e trazer, na aula seguinte, para uma
avaliação do conhecimento adquirido.
Segue um modelo da atividade realizada:

Atividade

Nesta atividade, você irá pesquisar e construir um mapa conceitual


interligando oito conceitos entregues pelo professor. O educando deverá escrever
em pedaços de papel os nomes dos oito conceitos que entrarão no mapa. Dispor os
papéis sobre a mesa de modo que julgar mais adequado e pesquisar o significado e
a definição das palavras do papel, propor uma maneira de relacionar os conceitos
entre si, usando setas, e uma ou mais palavras para conectá-los. Quando tiver
escolhido a disposição que julga ser mais adequada para todos os papéis (aqueles
contendo os conceitos e aqueles contendo palavras que irão interligá-los), observará
que, assim, estará pronto o rascunho do mapa conceitual. Para concluir, desenhe o
mapa finalizado (incluindo as setas) em seu caderno ou cole nele os papéis que
foram utilizados usados (e desenhe as setas).
Durante o desenvolvimento da atividade proposta, concluiu-se que, no
momento da reorganização do mapa conceitual houve uma demora na assimilação
da técnica de construção de mapa, consequência da falta de concentração
decorrente de uma defasagem teórica durante a interpretação dos textos. O não
hábito do trabalho em grupo também gerou transtornos, não sendo respeitado as
diferentes opiniões expostas no grupo.
No desenvolvimento da sexta, sétima, oitava e nona fase foi apresentado o
conteúdo dos cinco sentidos através de atividades específicas a cada conteúdo
separadamente, audição, visão, paladar, olfato e tato. Utilizando para a
apresentação dos conteúdos textos dos livros didáticos, vídeos, simuladores,
dinâmicas e atividades de reforços, com a utilização de celular como material de
apoio para pesquisas necessárias à associação do conteúdo trabalhado. Nestas
fases de desenvolvimento todos os alunos trabalharam em grupo na realização das
atividades, em que foi construído de cada conteúdo (audição, visão, paladar olfato e
tato) mapas conceituais para uma melhor analise dos conteúdos estudados.
Na decima fase os alunos deveriam agrupar em um único mapa conceitual
as partes descritas nas fases anteriores (6ª, 7ª, 8ª e 9ª) onde os cinco sentidos
foram organizados e trabalhados separadamente. Ao terminar o projeto realizou-se
uma discussão com os alunos para analisar o que a maioria acho de positivo e
negativo na apresentação do conteúdo dessa forma e como a utilização do celular
na aula pode acontecer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As várias situações exploradas oportunizaram realizar articulações entre


diferentes metodologias: como investigação e experimentação do uso do celular em
sala; criando condições para, gradativamente, o aluno construir seu próprio
conhecimento, sendo um participante ativo nesse processo; propiciando uma
compreensão efetiva de conceitos de ciências com a utilização do celular em sala.
Além disso, as atividades realizadas evidenciaram situações distintas de
aprendizagem, permitindo ao grupo de alunos uma familiarização do uso das
tecnologias móveis para adquirir conhecimento cientifico, não de uma maneira
descriminada e isolada, mas explorando seus vários aplicativos na aquisição do
conhecimento. Atividades que requerem uma interpretação de texto na apresentação
do conteúdo contribuíram para as dificuldades de entendimento. Isto permitiu-lhes
encontrarem e construírem maneiras particulares de pensar e dar significado às
situações a serem trabalhadas, bem como desenvolverem progressivamente suas
potencialidades na construção de mapas conceituais.
Conclui-se que muitas dificuldades apresentadas pelos alunos estão
diretamente relacionadas às abordagens do ensino e a como se construir mapas
conceituais e associar a utilização do celular na aquisição de conhecimento
cientifico. Dependendo da abordagem, as dificuldades tendem a manifestar-se mais
em determinados aspectos do que em outros. Deve-se entender que utilização do
celular em sala uma experiência que tem que ser bem preparada para ser utilizada
em sala. Sendo assim, o enfoque, a partir da observação, da regularidade do uso de
celular em sala começa a fazer parte do seu dia a dia para pesquisas e dúvidas na
aquisição do conhecimento cientifico.
Acredita-se ter conseguido desenvolver, nos alunos, uma iniciação ao
entendimento da na utilização consciente do celular em sala e assim consolidando a
construção do conhecimento. O trabalho com professores possibilitou a socialização
de tema, ampliando as formas de trabalhar com esses conceitos de mapas
conceituais. Esse tipo de desenvolvimento das atividades colaborou para que se
refletisse mais junto aos alunos, ouvindo-os com mais frequência e atenção, ao
invés de apenas considerar atividades como certas ou erradas.
Essa proposta de implementação procurou romper uma estrutura rígida de
aulas tradicionais e oferecer, tanto ao professor como ao aluno, um conjunto
significativo de atividades que possibilitem a eles traçar o próprio caminho.Com esse
tipo de implementação, há possibilidades do aluno realmente aprender, e com esse
processo de aprendizagem, criam-se condições favoráveis para que ele,
gradativamente, possa construir seu próprio conhecimento. Sugere-se que
pesquisas desse cunho continuem, pois há muito a ser explorado e estudado nesse
campo das tecnologias e mídias móveis.

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