Sunteți pe pagina 1din 250

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores

▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores


▪ NT1: Direção defensiva: abordagens do CTB para veículos de
duas ou mais rodas

• UE1: Conceito de Direção Defensiva – veículos de


2, 4 rodas ou mais
OBJETIVO
▪ Apresentar as formas adequadas de dirigir e os fatores que podem
influenciar no desempenho do condutor.
Olá! Seja bem-vindo ao Curso de Reciclagem para Condutores
Infratores. Você sabia que é possível prever e prevenir os
principais acidentes de trânsito? Podemos evitar situações de risco
praticando a direção defensiva. Nesta primeira Unidade de
Estudo, você vai conhecer os comportamentos corretos para dirigir
com mais segurança. Preparado? Então, vamos lá!
Vamos iniciar esse curso relembrando o significado de
"CNH"? Essa é a sigla de Carteira Nacional de Habilitação,
também conhecida como Carteira de Habilitação ou Carteira
de Motorista. A CNH é um documento obrigatório para qualquer
cidadão que pretende conduzir um veículo automotor.
Agora que relembramos o significado da sigla CNH, podemos
iniciar nossos estudos sobre direção defensiva. Vamos lá!
Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e
definições
Dirigir defensivamente é conduzir o veículo de maneira a
evitar acidentes, independentemente das ações incorretas dos
outros usuários do trânsito ou de condições adversas que se
apresentem para o momento.
Um motorista que pratica a direção defensiva está sempre
atento a tudo o que acontece no trânsito. Ele observa a
movimentação de veículos e pedestres, presta atenção na
sinalização, nas condições do tempo, enfim, em todos os
elementos a sua volta. Com isso, consegue antecipar situações e
evitar muitos acidentes. A educação do condutor faz toda a
diferença!
Você sabia que existe uma pequena diferença no conceito
de Direção Defensiva apresentada pelo Código de Trânsito
Brasileiro – CTB, e pela Legislação de Trânsito? Pois é, no CTB, a
defensiva é vista como uma questão infracional, ou seja, ao
cometer uma infração, o cidadão será punido com multas e
penalidades previstas em seus artigos. Já a Legislação de Trânsito
refere-se ao comportamento, à postura do condutor, a fim de
chamar sua atenção para a responsabilidade e a necessidade de
cumprir a lei, a fim de evitar o mal maior que seria, no caso, um
acidente de trânsito.
Você se considera um motorista defensivo?
A direção defensiva pode ser dividida em duas categorias:
▪ Preventiva: é a atitude do motorista que permanece atento
para evitar situações de risco.
▪ Corretiva: é a atitude que o motorista deve ter quando está
diante de um possível acidente, corrigindo situações que não
estavam previstas.

Figura 1 – O motorista defensivo está sempre atento ao trânsito


O que é pilotagem defensiva?
Ser um bom piloto vai além da habilitação. É preciso ter
habilidade para pilotar uma máquina potente.
Seja você também um motorista defensivo, dirija com
segurança! Assim poderá evitar acidentes.
O piloto defensivo sabe analisar os riscos, avaliar
problemas, observar comportamentos e situações para evitar
acidentes, apesar das condições adversas.
Acompanhe a seguir os elementos da direção
defensiva:
Quadro 1 - Elementos da direção defensiva

Conhecer as leis de trânsito, a sinalização, as


CONHECI
condições adversas e o veículo são fundamentais
MENTO
para uma boa direção.

O condutor deve estar atento a tudo o que acontece


ATENÇÃ
a sua volta no trânsito, principalmente ao
O
comportamento de outros motoristas e pedestres.

Com conhecimento e atenção é possível prever


PREVISÃ situações de risco, evitando surpresas e acidentes. A
O previsão pode ser mediata: em longo prazo, ou
imediata: em curto prazo.

É a capacidade de o condutor dominar seu veículo,


situações, adversidades, seu comportamento e de
HABILID
seus passageiros. Será preciso exercitar sua
ADE
habilidade de forma constante, para se tornar cada
vez melhor e mais seguro.

É a ação resultante da integração de todos os


elementos citados. O motorista defensivo saberá
DECISÃ
tomar a melhor decisão diante de situação de risco,
O
evitando ao máximo um dano físico, psicológico ou
material.

É o motorista que age com descaso, falta de


NEGLIGÊ observação, de atenção. Exemplo: não cuida da
NCIA manutenção do veículo, entrega a direção do veículo
a pessoas não habilitadas.
DECISÃ
tomar a melhor decisão diante de situação de risco,
O
evitando ao máximo um dano físico, psicológico ou
material.

É o motorista que age com descaso, falta de


NEGLIGÊ observação, de atenção. Exemplo: não cuida da
NCIA manutenção do veículo, entrega a direção do veículo
a pessoas não habilitadas.

É a falta de habilidade ou de conhecimento ao dirigir,


IMPERÍC decorrente principalmente da formação inadequada
IA do condutor. Exemplo: não sabe agir em situações
de emergência.

Ocorre quando o condutor conhece a lei, mas


IMPRUDÊ desobedece as regras de conduta. Exemplo: excede
NCIA a velocidade das vias, dirige sob efeito de álcool, não
respeita as regras e os sinais de trânsito.

Quanto mais o condutor exercitar os elementos da direção


defensiva, mais habilidoso e apto estará para as adversidades que
o trânsito coloca. Todos, pedestres a motoristas, devem colaborar
para um trânsito mais seguro.
Agora que você relembrou os elementos da direção defensiva, é
só contribuir para um trânsito melhor!
Acidentes de trânsito: causas
O site TrânsitoBR (2013) define acidente de
trânsito como “todo evento danoso que envolva o veículo, a via,
o homem e/ou animais, sendo necessária a presença de dois
desses fatores”. Nesse sentido, é importante que as pessoas
tenham consciência de que acidentes podem ser evitados desde
que condutores e pedestres
tenham responsabilidade e atenção.
Você já parou para pensar nas causas de um acidente? Pesquisas
indicam que a maioria dos acidentes de trânsito ocorre por falha
humana, ou seja, poderiam ter sido evitados.
Acompanhe os números abaixo, indicados pelo
Observatório Nacional de Segurança Viária (2017), eles revelam
dados sobre as causas dos acidentes de trânsito:
▪ 90% dos acidentes são ocasionados por falha humana;
▪ 5% por problemas com veículo;
▪ 5% por problemas com a via.
Condições adversas
O que é uma condição adversa?
Condições adversas são situações e fatores que
atrapalham e/ou interferem na forma de dirigir. Portanto, é
preciso estar atento e preparado para, diante delas, agir de forma
adequada e tomar a decisão mais acertada a fim de evitar
acidentes.
Atitudes como obedecer à sinalização, não ultrapassar o
limite de velocidade e respeitar os outros motoristas e pedestres
são maneiras de contornar as condições adversas.
Veja, a seguir, algumas condições adversas que podem
prejudicar a forma de dirigir:
▪ luz;
▪ tempo;
▪ via;
▪ trânsito;
▪ veículo;
▪ condutor.
Condição adversa: luz
As condições de iluminação são muito importantes na
direção defensiva. A ausência ou excesso de luz natural ou
artificial pode prejudicar a visão do condutor tornando a direção
insegura.
É importante ver e ser visto, por isso algumas atitudes
devem ser tomadas:
▪ manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento;
▪ usar óculos de sol ou a pala de proteção do veículo para
motorista;
▪ não utilizar luz alta em vias iluminadas à noite;
▪ em caso de ofuscamento, orientar-se pela margem direita da
via, utilizando as linhas do bordo da pista;
▪ utilizar os faróis baixos à noite ou sob chuva forte.
À noite, é mais difícil enxergar detalhes, por isso é
importante reduzir a velocidade para ter mais tempo na avaliação
de obstáculos, por exemplo, cães, buracos ou pessoas.

Figura 2 – Excesso de luz artificial Figura 3 – Excesso de luz


natural

Figura 4 – Penumbra Figura 5 – Adaptação da visão na


entrada e saída de túneis

Condição adversa: Tempo


As condições atmosféricas também podem dificultar a
visão do condutor, prejudicando o correto uso do veículo no
trânsito.
Chuva, vento, granizo, neve, neblina e até calor excessivo
diminuem muito a capacidade de o condutor ver e avaliar as
condições reais da estrada e do veículo.
Além da dificuldade visual, as condições adversas de
tempo causam problemas nas estradas, como barro, areia e
desmoronamento, tornando-as mais lisas e perigosas, o que pode
causar derrapagens e acidentes.
E o que fazer diante desse tipo de condições adversas?
Deve-se reduzir a marcha, acender as luzes do veículo e, se
necessário, procurar um local adequado, sem riscos, como um
recanto, posto rodoviário ou posto de gasolina, e esperar que as
condições melhorem. Observe outros procedimentos a seguir.
a) Neblina, cerração ou nevoeiro
Em caso de visibilidade nula, pare em um lugar seguro e
aguarde.
Nesses casos, o condutor deve usar luz baixa, diminuir a
velocidade e ter mais atenção para conduzir o veículo.
Os procedimentos corretos são:
▪ reduzir a velocidade e usar luz baixa;
▪ não ultrapassar;
▪ ligar o limpador de para-brisa;
▪ parar e aguardar, se necessário;
▪ evitar parar na via, mas, se for necessário, usar sempre o
acostamento, e com o triângulo de segurança em local
visível;
▪ se parar, ligar o pisca-alerta (não deve ser utilizado com o
carro em movimento).

b) Ventos fortes
Os ventos fortes podem desequilibrar os veículos. Confira
como o condutor deve agir quando se deparar com essa situação:
▪ Ventos transversais: o condutor deve abrir os vidros,
reduzir a velocidade e manter o volante firme.
▪ Ventos frontais: o condutor deve fechar os vidros, reduzir a
velocidade, segurar o volante com firmeza e manter o
alinhamento do veículo.

c) Chuva
O perigo de conduzir um veículo na chuva começa nos
primeiros pingos, pois eles se misturam à fuligem, à poeira e aos
resíduos de borracha dos pneus formando uma camada fina sobre
a pista, deixando-a muito escorregadia.
A alta velocidade e o tempo de vida dos pneus podem
ampliar as chances de acidente, portanto, reduza a velocidade,
mantenha os pneus em excelentes condições e fique a uma
distância segura do veículo a sua frente.
Aquaplanagem ou hidroplanagem
A aquaplanagem ocorre quando uma fina camada de água
impede a aderência dos pneus ao solo. Em alta velocidade, o
veículo pode perder o contato com o asfalto e derrapar. Para
evitar esse fenômeno, o procedimento correto é tirar o pé do
acelerador, não acionar o freio, não virar o volante para a direita
ou para a esquerda e não usar marcha de força.

spaceplay / pausequnload | stop ffullscreenshift + ←→slower /


faster
↑↓volume mmute
←→seek . seek to previous12… 6 seek to 10%, 20% … 60%

Vídeo de inserção 1 – Como evitar a aquaplanagem.


Outro fator que ocorre em decorrência da chuva são os
alagamentos. Nessa situação, é necessário parar em um lugar alto
e seguro e aguardar o nível da água baixar.
Se o motorista se deparar com alguma dessas situações,
ao conduzir o veículo, deve manter a atenção redobrada e, se
possível, evitar dirigir em condições inseguras.
Condição adversa: via
Ao longo do trajeto, é possível que o condutor encontre
várias adversidades no pavimento que poderão desestabilizar o
veículo. Por conta disso, a atenção direcionada aos elementos da
pista ou via ajudarão a controlar situações de risco.
O condutor deve ficar atento às mudanças no pavimento,
à ausência de asfalto, aos buracos, às ondulações, aos desníveis e
à sinalização ausente ou deficiente. Manter velocidade compatível
com as condições da via evita quebra de suspensão ou danos aos
pneus.
Condição adversa: trânsito
O grande movimento de veículos nos horários de pico nas
vias urbanas das grandes cidades, ou em período de férias ou
feriados prolongados nas estradas e rodovias, deixa o trânsito
muito carregado.
Para evitar o tráfego intenso, é importante o condutor
pesquisar o trajeto com antecedência, programar sua saída,
conhecer opções de caminhos alternativos para sair de
dificuldades e, principalmente, manter o controle e ter paciência.
Condição adversa: veículo
A condição do veículo é responsável por um número
considerável de acidentes de trânsito, que podem envolver outros
veículos, pedestres, animais e patrimônio público.
Por isso, é necessário manter o veículo em condições
adequadas para transitar e reagir instantânea e eficientemente a
todos os comandos necessários.
O condutor deve verificar periodicamente:
• Pneus e roda sobressalente (estepe): devem estar com
sulco de até 1,6 milímetros (Resolução Contran n. 558 /
1980, art. 4.º); é importante calibrá-los uma vez por
semana.
• Motor: deve estar bem regulado. Água e óleo devem ser
sempre conferidos.
• Retrovisores internos e externos: devem estar limpos,
firmes e bem regulados.
• Bateria: nível de água e cabos devem ser conferidos
periodicamente.
• Cinto de segurança: diminui as lesões graves e deve ser
usado por todos os ocupantes do veículo.
• Rodas: devem ser alinhadas e balanceadas.
Um veículo em mau estado de conservação pode sofrer
penalidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei n.
9.503, de 23 de setembro de 1997.

Lembre-se: realizar revisões frequentes no veículo é a


melhor maneira de garantir a segurança no trânsito e cumprir a
legislação.

Figura 6 – Condição adversa: mantenha o veículo em perfeito estado de


conservação.

Condição adversa: motorista


Lembre-se de que a causa de muitos acidentes depende,
também, de como o motorista conduz o veículo.
Todo condutor deverá dirigir seu veículo estando bem
disposto equilibrado e sóbrio, o que significa que a
responsabilidade vai além de portar a CNH. Cabe ao motorista
assumir a condição de direção e a responsabilidade pela sua
segurança e dos demais.
Chegamos ao final desta primeira Unidade de Estudo. Aqui, você
relembrou a importância da direção defensiva e de como o
condutor defensivo pode identificar as condições adversas e evitar
acidentes. Analisando e refletindo sobre as informações até aqui
repassadas, você estará ainda mais preparado para identificar
situações de risco e contribuir para um trânsito melhor. Agora,
responda aos exercícios e até a próxima Unidade de Estudo!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 2 nov. 2016.
BRASIL. Ministério das Cidades. Direção
defensiva:trânsito seguro é um direito de todos. Brasília, DF,
2005. 62 p. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/dt000002.pdf>. Acesso em: 2 nov. 2016.
TRÂNSITOBR. Acidentes: causas. Disponível em: <http://
www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=8>. Acesso em: 2
nov. 2016.
ONSV – OBSERVATÓRIO NACIONAL DE SEGURANÇA
VIÁRIA. Acidentes: causas. Disponível em: <https://
www.onsv.org.br/90-dos-acidentes-sao-causados-por-falhas-humanas-
alerta-observatorio>Acesso em: 10 nov. 2017.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir





▪ ▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT1: Direção defensiva: abordagens do CTB para veículos de
duas ou mais rodas

• UE2: Situações de risco


OBJETIVO
▪ Apresentar as situações de risco em ultrapassagens, derrapagens,
ondulações, buracos, cruzamentos, curvas e frenagens.
Olá! Como você deve saber, a maioria dos acidentes ocorridos em
rodovias é ocasionada por ultrapassagens perigosas. O número de
acidentes desse tipo cresce principalmente em feriados, pois a
quantidade de veículos que circulam pelas rodovias é maior. Além
disso, há motoristas que não respeitam as normas de trânsito e
acabam provocando acidentes. Sendo assim, vamos conhecer aqui
um pouco mais sobre a forma segura de conduzir o veículo e
também sobre as situações de risco a que somos submetidos no
trânsito.
Situação de risco
São diversos os perigos e os obstáculos encontrados no
percurso, no dia a dia no trânsito.
As falhas mais comuns são: desrespeito à sinalização, erro
de distância, ultrapassagem de mais de um veículo por vez – o
que faz aumentar o tempo de permanência na via de sentido
contrário –, baixa potência do veículo que está efetuando a
ultrapassagem, entre outros.
Veja, a seguir, algumas situações que colocam condutor,
passageiros e pedestres em risco.
Situações de risco em ultrapassagens
O CTB nos apresenta algumas regras de ultrapassagem
segura. O Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro – CTB –
(BRASIL, 1997) traz a definição de duas situações diferentes:
1. Passagem por outro veículo: é o movimento de passagem
à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido,
em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
2. Ultrapassagem: é o movimento de passar à frente de outro
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
retornar à faixa de origem.
Atenção e cuidado são elementos fundamentais para uma boa
condução. Fique atento!
Lembre-se: uma ultrapassagem só deve ser realizada
quando a sinalização permitir.
Ao perceber que outro veículo irá realizar uma
ultrapassagem mantenha a velocidade constante e permita a
ultrapassagem!
Vamos acompanhar situações consideradas corretas para
a realização de uma ultrapassagem? Observe a Animação 1.

Animação 1 – Ultrapassagem correta

A ultrapassagem é permitida:
▪ quando indicada pela sinalização e em locais apropriados;
▪ quando se tem plenas condições de segurança;
▪ quando o condutor tiver total visibilidade da pista;
▪ somente pela esquerda.
Lembre-se: ultrapassagens não devem ocorrer em
curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas, cruzamentos, pontes
ou pontos inseguros.
Ultrapassagens inseguras podem causar colisões com
veículos que estão em sentido contrário e ocasionar acidentes
graves que podem resultar em mortes.
Você se lembra dos cuidados básicos necessários para ultrapassar
um veículo? Vamos recordá-los.

• Manter distância do veículo que segue a sua frente para não


perder o ângulo de visão.
• Sinalizar com antecedência, pois o motorista que segue à
frente e o que segue atrás precisam saber de suas intenções.
• Conferir o ângulo de visão pelo retrovisor e a situação do
tráfego.
• Verificar se há espaço suficiente à frente do veículo que será
ultrapassado e se há condição de segurança para a manobra.
• Ao retornar à faixa, realizar o mesmo procedimento: conferir
o espelho retrovisor, sinalizar e retornar mantendo distância.
Ao se deparar com a placa “Proibido ultrapassar”, seja
responsável. Respeite-a e evite acidentes!

Figura 1 – Placa de sinalização: Proibido ultrapassar


Situações de risco em derrapagens
A derrapagem, ou arrastamento de pneus, é causada pela
falta de aderência da borracha com o piso. Essa situação
caracteriza-se como de alto risco, pois o condutor perde o domínio
do veículo.
O condutor deve conferir a qualidade dos pneus e mantê-
los sempre calibrados conforme as recomendações do fabricante;
se notar qualquer deformação, como furos ou desgaste irregular,
deve procurar assistência técnica ou trocar os pneus.
O desgaste irregular nos pneus, a calibragem incorreta, o
piso molhado ou escorregadio por causa de areia, pedras, fuligem
ou até grãos podem causar derrapagens.
Você sabe o que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
prevê para derrapagens realizadas de propósito? Observe:
Art. 175. Utilizar-se de veículo para, em via pública,
demonstrar ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca,
derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de
pneus [é]:
• Infração: gravíssima;
• Penalidade: multa, suspensão do direito de dirigir e
apreensão do veículo;
• Medida administrativa: recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo.
(CTB, 1997)
Situações de risco em pista irregular
Você sabia que a qualidade da pista pode comprometer o percurso
do condutor, a qualidade do percurso e a segurança dos usuários?
Veículos com carga acima do peso permitido danificam as
pistas causando deformações e ondulações no pavimento; esses
buracos e desníveis podem tirar o motorista da sua trajetória.
Outros fatores que podem causar acidentes graves são obras,
cortes na pista e alterações de nível, portanto o condutor deve
verificar o mapeamento das obras, reduzir a velocidade e observar
a sinalização.
Situações de risco em cruzamentos entre vias
As placas de regulamentação e/ou semáforos determinam
a preferência no momento da passagem. Portanto, ao se
aproximar de um cruzamento, diminua a velocidade e observe a
sinalização.
Em um cruzamento com sinalização falha ou nula, a
preferência é sempre do veículo que se aproxima a sua direita;
essa regra está no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Vamos relembrar as demais regras?
▪ A preferência de passagem sempre será do veículo que se
aproxima do cruzamento pela direita.
▪ Respeitar a sinalização.
▪ Observar se é possível atravessar a via para seguir em
frente.
▪ Em uma rotatória, a preferência de passagem será do veículo
que já estiver circulando por ela.

Figura 2 – Cruzamento e rotatória


Situações de risco em frenagem normal e de emergência
Frenagem é o momento em que o condutor aciona o
mecanismo de freio até a parada total do veículo. Ao realizar a
frenagem, ele ainda percorre certa distância. Por isso, o motorista
precisa prestar muita atenção, e manter distância do veículo que
está a sua frente!
A distância de frenagem aumenta de acordo com a
velocidade do veículo, conforme pode ser visto na Figura 3.

Figura 3 - Distância de frenagem

Lembre-se: respeitando sempre o limite de velocidade,


você terá mais chances de realizar uma manobra segura.
Você sabia?

A frenagem está relacionada aos elementos do veículo e da via.


▪ Elementos do veículo: o freio é um sistema que precisa estar
sempre com a manutenção em dia para poder funcionar e trazer
segurança ao motorista e aos passageiros. O sistema de freios tem
muitos componentes, tais como: lona de freio, pastilhas de freio, óleo
de freio, pedais, etc., que podem variar de carro para carro. Além
disso, a condição dos pneus interfere diretamente na frenagem.
▪ Elementos da via: o condutor deve conhecer o tipo e a qualidade
da via que irá percorrer. Em vias que não conhece bem, deve ficar
ainda mais atento à velocidade e à distância mantida dos demais
veículos.
O Código de Trânsito Brasileiro − CTB (BRASIL, 1997)
determina no art. 42 que:
Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por
razões de segurança.

Figura 4 – Frenagem de emergência

Importante: em uma emergência, para o sistema de


freio convencional, quando o condutor aciona os freios fortemente,
as rodas podem ser travadas e impossibilitadas de girar,
resultando em desaceleração e derrapagem do veículo. Portanto,
devemos tomar cuidado ao frear e evitar as derrapagens.
Você sabia?

Segundo a legislação vigente é obrigatório aos novos veículos,


saídos de fábrica a partir de 2014, um sistema de freios chamado ABS (sigla
para Anti-lock Braking System), que evita que as rodas sejam bloqueadas
durante a frenagem (quando o pedal de freio é acionado fortemente) e o
descontrole do veículo.

A diferença entre parar e estacionar


Você sabe qual é a diferença entre parada e estacionamento?
Muitos motoristas têm dúvidas com relação ao procedimento e,
por conta disso, acabam cometendo infração de trânsito.
O CTB determina que a parada é a imobilização do
veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário
para efetuar embarque ou desembarque de passageiros; ou
seja, em local apropriado e devidamente sinalizado com a placa de
regulamentação que permite a parada do veículo apenas para
esses fins. Após efetuar embarque ou desembarque, o condutor
deve retirar o veículo do local respeitando, assim, a fluidez do
trânsito.
Parar em local proibido para atender ao telefone ou
efetuar carga e descarga é considerado estacionamento, ou seja,
uma infração de trânsito média, gera 4 pontos na CNH e medida
administrativa de remoção do veículo.
Mas quando e onde você deve parar?
▪ Antes da via preferencial;
▪ Antes de passar uma via férrea;
▪ Para passagem de ambulâncias, veículos batedores (aqueles
que realizam escolta), caminhão do Corpo de Bombeiros e
veículos da polícia;
▪ Quando o sinal do semáforo estiver vermelho;
▪ Em cruzamentos com faixa de retenção;
▪ Em travessias de via pública para pessoas com necessidades
físicas especiais, idosos, crianças e demais pedestres;
▪ Quando houver placa de parada obrigatória;
▪ Conforme a ordem do agente de trânsito.
E onde você não deve parar?
• Em túneis;
• Pontes;
• Viadutos;
• Na contramão;
• A menos de 5 metros de esquinas;
• Em calçadas;
• Longe da borda da pista;
• Sobre a pista de rolamento (via);
• Sobre os canteiros divisores da pista.
Figura 5 – Estacionamento regulamentado (permitido) Figura 6 – Proibido
estacionar Figura 7 – Proibido parar e estacionar
E o que é estacionamento, então?
É a imobilização do veículo por tempo superior ao
necessário para embarque ou desembarque de passageiros.
Condutor, você sabe onde é proibido estacionar?
Em lugares onde houver sinalização proibindo estacionar,
tais como:
▪ pontos de ônibus;
▪ próximo a hidrantes;
▪ em túneis;
▪ viadutos;
▪ pontes;
▪ acostamentos;
▪ portas e portões particulares ou de repartições públicas;
▪ em calçadas;
▪ longe da borda da pista;
▪ sobre a pista de rolamento (via);
▪ sobre os canteiros divisores da pista;
▪ na contramão.
Nesta Unidade de Estudo, você relembrou como deve agir em
situações de risco no trânsito, certo? Então, a partir de agora, siga
todas essas dicas para garantir a sua segurança e a dos demais
usuários do trânsito. Até a próxima Unidade!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 5 nov. 2016.
BRASIL. Ministério das Cidades. Direção defensiva:
trânsito seguro é um direito de todos. Brasília, DF, 2005. 62 p.
Disponível em: < http://vias-seguras.com/comportamentos/
direcao_defensiva_manual_denatran >. Acesso em: 5 nov. 2016.
TRÂNSITOBR. Ultrapassagens: o grande risco nas
estradas. Disponível em: <http://portaldotransito.com.br/noticias/
reportagens-especiais/ultrapassagem-o-grande-risco-nas-estradas >.
Acesso em: 5 nov. 2016.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT1: Direção defensiva: abordagens do CTB para veículos de
duas ou mais rodas

• UE3: Condução, equipamentos de segurança e


manutenção de veículos
OBJETIVOS
▪ Apresentar os cuidados necessários para a condução de veículos com
passageiros e/ou cargas;
▪ Indicar os equipamentos de segurança;
▪ Expor a necessidade de manutenção dos veículos.
Olá! Seja bem-vindo a mais uma Unidade de Estudo do Curso de
Reciclagem para Condutores Infratores. Qual foi a última vez que
você levou o seu carro para uma revisão? A manutenção prévia do
veículo pode garantir a segurança do condutor, dos passageiros e
dos demais usuários da via. Nesta Unidade, você poderá relembrar
os cuidados necessários para a condução de veículos com
passageiros ou cargas, além dos equipamentos que são
obrigatórios. Vamos iniciar? Bons estudos!
Procedimentos adequados do condutor de veículos
Ao pensar em segurança no trânsito, o principal agente é
o condutor do veículo. Para que o motorista possa dirigir
tranquilamente e com segurança, é preciso que
esteja concentrado e que siga os procedimentos da direção
defensiva.
Vamos relembrar a forma adequada de se posicionar no veículo?

Quadro 1 - Posicionamento adequado do condutor de veículo.

O primeiro passo é sentar-se corretamente no


banco com os pés alcançando os pedais, mas
Sente
deixando os joelhos semiflexionados, as costas retas
correta
e os punhos alcançando o volante, de maneira que os
mente
braços também fiquem semiflexionados. O condutor
n o
deve estar confortável, não ficar muito perto nem
veículo
longe do volante, pois é preciso ter espaço suficiente
para manobrar.

Ajuste
Antes de sair, o condutor deve ajustar o retrovisor
d o s
interno do carro de forma que visualize a maior parte
espelh
do vidro traseiro. O segundo passo é alinhar os
o s
retrovisores externos para que eles mostrem mais da
(intern
via e menos do seu próprio carro, por isso, deve abrir
o e
o espelho até que seu veículo saia do seu campo de
extern
visão.
o)

Após sentar e ajustar os espelhos, chegou a hora de


ligar o veículo. Lembre-se do cinto de segurança é
n o
deve estar confortável, não ficar muito perto nem
veículo
longe do volante, pois é preciso ter espaço suficiente
para manobrar.

Ajuste
Antes de sair, o condutor deve ajustar o retrovisor
d o s
interno do carro de forma que visualize a maior parte
espelh
do vidro traseiro. O segundo passo é alinhar os
o s
retrovisores externos para que eles mostrem mais da
(intern
via e menos do seu próprio carro, por isso, deve abrir
o e
o espelho até que seu veículo saia do seu campo de
extern
visão.
o)

Após sentar e ajustar os espelhos, chegou a hora de


ligar o veículo. Lembre-se do cinto de segurança é
A j u s t e imprescindível! O condutor deve travá-lo e certificar-
o cinto se de que seus passageiros também estejam usando
d e esse item de segurança, verificar se o câmbio está em
segura ponto neutro e só então acionar a chave de partida.
nça Então, com o carro ligado, deve observar o painel e
certificar-se de que não há luzes vermelhas
acionadas, além da luz do freio de estacionamento.

Figura 1 – Posição adequada do condutor de veículo


Atitudes do motorista
A atitude correta do condutor é o primeiro passo para a
segurança de todos. O motorista consciente respeita as
regras e as normas de trânsito, é responsável e sabe se
comportar com segurança quando está dirigindo.
Atitudes simples do condutor podem contribuir para a
prevenção de acidentes e trazem benefícios para toda a
sociedade. Observe algumas dessas atitudes:
▪ Respeitar o limite de velocidade indicado nas placas de
sinalização.
▪ Respeitar os sinais de trânsito.
▪ Nunca utilizar o telefone celular enquanto estiver dirigindo.
▪ Usar o cinto de segurança.
▪ Acender a luz dos faróis ao dirigir à noite, pois a escuridão
dificulta a visibilidade.
▪ Quando estiver sob chuva forte, neblina ou garoa, diminuir a
velocidade e redobrar a atenção.
▪ Em manobras, avaliar os tipos de parada e a distância entre
os veículos (usar as setas indicadoras ou o braço para
sinalizar, depois, manter as duas mãos no volante e realizar
a manobra).
Lembre-se: a manobra deve ser realizada com
segurança, e não deve demorar muito, pois isso atrapalha o
trânsito.
Ao realizar conversão em uma esquina, o condutor deve
mover a cabeça para olhar o que acontece à sua volta. Apenas
desviar o olhar, na maioria das vezes não é o suficiente, pois, a
coluna do para-brisa pode ocultar um veículo ou um pedestre que
esteja próximo .
Esse ponto em que os objetos e as pessoas não podem
ser facilmente vistos pelo condutor é chamado de ponto cego. É
importante estar atento a ele para diminuir os riscos de acidente,
especialmente em manobras realizadas em esquinas.
Ponto cego
Todos os veículos apresentam pontos cegos, como colunas
e cargas, por exemplo, e eles se tornam perigosos quando o
condutor não consegue identificá-los.
Dica: girar a cabeça para os lados para conferir, antes de
iniciar qualquer movimento com o veículo.
Esses pontos atrapalham a visão do motorista
dificultando a visualização de pedestres, motocicletas, bicicletas e
outros veículos. Por isso, é importante conhecê-los e reconhecê-
los no momento de manobrar.
Atitudes do motorista com passageiros
Durante o transporte dos passageiros, a responsabilidade
é, primeiramente, do condutor.
Passageiros embriagados, irritados, desordem dentro do
veículo e assuntos que distraiam o condutor podem comprometer
a atenção do motorista e interferir na dirigibilidade.
Antes de iniciar o percurso, o motorista deve conferir se
todos os passageiros estão usando cinto de segurança.
É dever do condutor, também, atentar para o número de
passageiros, para que não ultrapasse o limite da capacidade do
veículo.
Agora, vamos falar de um assunto de extrema importância: o
transporte de crianças! Acompanhe!
Crianças menores de 10 anos devem ser transportadas no
banco traseiro dos veículos no bebê-conforto, cadeirinha ou
assento de elevação próprio para cada idade (sempre com o cinto
de segurança).
Vamos conhecer esses dispositivos?
Quadro 2 - Dispositivo para transporte de crianças

Dispositi
Indicação Como usar
vo

Esse dispositivo deve ficar no banco


Deve ser
de trás, de costa para o movimento e
B e b ê - utilizado por
preso no cinto de segurança do
confort crianças de 0
automóvel. O cinto do bebê-conforto
o a 1 ano ou
deve ser usado na criança, assim ela
até 13 kg
estará protegida.
Dispositi
Indicação Como usar
vo

Esse dispositivo deve ficar no banco


Deve ser
de trás, de costa para o movimento e
B e b ê - utilizado por
preso no cinto de segurança do
confort crianças de 0
automóvel. O cinto do bebê-conforto
o a 1 ano ou
deve ser usado na criança, assim ela
até 13 kg
estará protegida.

As cadeiras devem permanecer no


banco de trás, de frente para o
C a d e i r a Para crianças
movimento. Deve-se utilizar o cinto do
d e entre 1 e 4
carro para fixá-la e, assim que a
transpor a n o s de
criança estiver acomodada, o cinto da
te idade
cadeira deve ser colocado, para
mantê-la no assento.

P a r a
transporte de
c r i a n ç a s O assento de elevação não é fixado ao
Assento acima de 4 veículo. O procedimento correto é:
d e anos q u e colocar o assento, sentar a criança e
elevação a i n d a n ã o fixar o cinto do automóvel de modo
a t i n g i r a m que não atinja o pescoço do pequeno.
1,45 m de
altura

É importante considerar, além da idade, o peso e a altura


da criança, pois cada uma tem um ritmo de crescimento diferente.
Caso a quantidade de crianças menores de 10 anos
exceda a capacidade do banco traseiro, aquela que tiver maior
estatura poderá ser transportada no banco dianteiro, com o
devido dispositivo de segurança.
Em veículos que disponham somente de banco dianteiro, o
transporte de crianças menores de 10 anos poderá ser realizado,
também com o uso do dispositivo de segurança correspondente.

Figura 2 − Transporte seguro de passageiros

Atitudes do motorista com cargas


De modo geral, o transporte de cargas obriga que o
condutor dirija com mais segurança. Uma carga,
independentemente do tamanho, pode provocar acidentes se
estiver mal distribuída, mal embalada e sem a imobilização
correta.
Ao transportar cargas, o condutor deve atentar para as
seguintes orientações:
▪ respeitar o limite de peso, pois volume e peso devem ser
compatíveis com a capacidade do veículo;
▪ nunca transportar passageiros no compartimento de carga;
▪ conferir se a carga está imobilizada corretamente para seguir
viagem;
▪ aproveitar as paradas para conferir as condições da carga.

Figura 3 – Cuidados especiais para o transporte de cargas


Condução de veículos
Com o ritmo agitado da vida moderna, dirigir se tornou
uma necessidade. Mas é importante saber que essa ação precisa
ser segura.
Vamos relembrar com você, caro condutor, alguns dos
procedimentos necessários para uma boa condução do veículo.
Fique atento e coloque em prática sempre!
▪ Parar: quando estiver em uma via urbana, o veículo deve
ser parado sempre próximo à borda da pista; nesse caso, é
preciso observar a permissão para parar. Como vimos
anteriormente, considera-se parada o tempo necessário
para embarque e desembarque de passageiros ou cargas e,
qualquer tempo além desse caracteriza o veículo como
estacionado, e não como parado.
▪ Estacionar: o motorista só pode estacionar seu veículo em
locais permitidos. Estacionar onde só é permitido parar pode
ocasionar multa de R$ 130,16, além de gerar 4 pontos na
CNH.
▪ Preferência: ao se aproximar de um cruzamento não
sinalizado, a preferência será do veículo que vier pela direita.
▪ Entrada em rodovias: o condutor deve esperar a
oportunidade segura para entrar na via, sinalizar, utilizar a
faixa de aceleração e acelerar de acordo com o fluxo da
rodovia.
▪ Saída de rodovias: o condutor deve sinalizar, desacelerar
cada vez mais e utilizar a faixa de desaceleração.
Mas o que são faixas de aceleração e desaceleração?
As faixas de aceleração e desaceleração são faixas de
trânsito projetadas exclusivamente para que
a entrada (convergência) e a saída (divergência) de veículos em
uma via principal (rodovias, por exemplo) possam ser feitas de
modo seguro e satisfatório para as operações de tráfego.
Enquanto a faixa de aceleração possibilita que o tráfego
que está entrando em uma via principal aumente a
velocidade até um valor que se aproxima daquela que irá
encontrar nessa via (velocidade diretriz), a faixa de
desaceleração possibilita, ao tráfego que está saindo, reduzir
sua velocidade de acordo com as restrições do alinhamento do
ramo (velocidade da curva de saída), sem prejudicar o tráfego de
passagem da via principal.

Figura 4 − Faixa de aceleração e desaceleração


Curvas
Numa curva, entra em ação a força centrífuga que
impulsiona o veículo para fora do trajeto. Para realizar uma curva
de maneira segura e evitar acidentes são necessários os cuidados
a seguir.
▪ Calcular a velocidade necessária para fazer a curva. Quanto
mais fechada for a curva, mais deve-se reduzir a velocidade;
▪ Frear sempre antes de entrar na curva (entrar com excesso
de velocidade é perigoso, e, ao frear bruscamente, o carro
pode derrapar);
▪ Pisar de leve no acelerador ao fazer a curva. A aceleração
aumenta a aderência. Normalmente, é necessário reduzir a
marcha nesse ponto para a 2ª ou a 3ª.
Marcha à ré
Considera-se manobra perigosa, pois a visibilidade pode
ficar comprometida pela própria estrutura do veículo.
É imprescindível ter muito cuidado ao sair da área de
estacionamento em lugares com grande movimentação de
pedestres e veículos.
Pessoas de baixa estatura, crianças, muretas e outros
obstáculos abaixo da altura do porta-malas do automóvel
dificultam a manobra e podem comprometer a dirigibilidade do
condutor.
O condutor deve observar atrás do veículo antes de
manobrar, solicitar ajuda em caso de baixa visibilidade, e lembrar-
se de que, dependendo da forma de execução da manobra, poderá
cometer uma infração de trânsito.
Para realizar uma marcha à ré segura, é necessário
respeitar as seguintes recomendações:
▪ É proibido transitar longos percursos em marcha à ré;
▪ Não se deve retornar em marcha à ré em esquinas, curvas e
outros locais que não ofereçam segurança.
Aclives e declives (ladeiras)
Nesses locais, a visibilidade é reduzida, portanto, a
ultrapassagem não deve ser realizada.
Nos aclives, o condutor deve acelerar o veículo ao
começar a subir e ir reduzindo as marchas conforme a
necessidade.
Em declives, para auxiliar e intensificar a frenagem, é
preciso manter a marcha do veículo engrenada.
Equipamentos de segurança do condutor
Os equipamentos de segurança servem para proteger o
condutor e seus passageiros, pois eles aumentam as chances de
sobrevida em caso de acidente, desde que usados de forma
correta.
O encosto do banco dianteiro deve ficar na posição
125º, para que o encosto de cabeça do banco possa inibir o efeito
chicote em caso de acidente.

Figura 5 – Encosto do banco em ângulo de até 125º


O Encosto de cabeça deve estar regulado no mínimo na
altura dos olhos, pois em caso de acidente, ele protegerá contra
lesões na coluna cervical e no pescoço.
As crianças devem estar sentadas e retidas em seus
dispositivos próprios para a idade, ou usando diretamente o cinto
de segurança.
Os ocupantes do veículo, inclusive os passageiros do
banco traseiro, devem utilizar o cinto de segurança de forma
individual. A falta desse equipamento, além de perigoso, é uma
infração de trânsito grave.
O objetivo do cinto de segurança é reter os passageiros e
o motorista dentro do veículo em caso de parada súbita,
tombamento ou capotamento, diminuindo as lesões e aumentando
as chances de sobrevivência.
Os cintos de segurança são classificados em três tipos:
1. Subabdominal: foi o primeiro tipo de cinto adotado em
veículos, e ainda é utilizado. Esse cinto segura apenas pelo
abdome e impede que o passageiro seja lançado para fora do
veículo, porém não protege o tórax nem a cabeça.
2. Diagonal: esse cinto transpassa o corpo do indivíduo do
ombro até o quadril. Ele diminui o impacto, impedindo o
choque do tórax e da cabeça. Mas em caso de acidente, o
corpo pode passar por baixo do cinto.
3. Três pontos: é o cinto que oferece maior segurança, pois a
faixa diagonal transpassa do ombro até o quadril e a faixa
subabdominal protege o abdome. Ele impede que o corpo
seja arremessado para fora do veículo, além de proteger
o tórax e a cabeça. A faixa transversal deve vir sobre o
ombro, atravessando o peito, sem tocar o pescoço.

Figura 6 – Tipos de cinto


Equipamentos de segurança para pilotagem de motocicleta
Para pilotar uma motocicleta, é de fundamental
importância o uso dos equipamentos de segurança descritos a
seguir, além de alguns cuidados importantes. Acompanhe:
▪ Capacete: usar corretamente o capacete, que é o
equipamento de maior importância para o motociclista, pois
pode evitar a morte em caso de acidente grave.
▪ Óculos ou viseira: é muito importante o uso de óculos ou
viseira para proteger os olhos, pois um simples cisco pode
cair neles e fazer com que o condutor perca o controle da
motocicleta e ocasione um acidente.
▪ Vestimenta: a utilização de vestimenta correta e de
material resistente pode ajudar a diminuir o risco de lesões
em caso de acidente. Utilizar roupas próprias para
motociclistas, além de luvas, que protegem as mãos e
evitam que escorreguem das manoplas (aquela parte que
fica no guidão da moto e onde o condutor segura para
pilotar).
▪ Botas: é o calçado mais indicado para quem pilota uma
motocicleta; ela garante maior firmeza na hora de pilotar e
protege os pés e os tornozelos.
▪ Postura: conhecer a postura correta para pilotar uma
motocicleta é muito importante, principalmente para realizar
manobras, desvios e oferecer um pouco mais de conforto
para o piloto.

Figura 7 – Postura correta para pilotar uma motocicleta

Se você é motociclista, lembre-se: manter os cuidados


citados é fazer do trânsito um lugar melhor tanto para você
quanto para os outros condutores e pedestres.
Manutenção do veículo
Manutenção é o controle e o cuidado com o automóvel e
o acompanhamento frequente do veículo. A manutenção
adequada contribui para o bom desempenho do veículo, aumenta
a vida útil dos componentes e contribui para evitar a ocorrência de
acidentes.
Leia as dicas abaixo sobre esses cuidados.
Conferir e calibrar os pneus, inclusive o estepe;
▪ Verificar o nível do óleo do motor e, se necessário, completá-
lo;
▪ completar o nível da água do reservatório de expansão ou do
radiador;
▪ Verificar o funcionamento dos limpadores de para-brisa e, se
necessário, trocar as palhetas;
▪ Realizar o alinhamento da direção e o balanceamento das
rodas;
▪ Verificar o funcionamento da buzina;
▪ Conferir faróis, lanternas e pisca-alerta;
▪ Verificar o estado das pastilhas dianteiras e o nível do fluido
de freio. Pastilhas novas demoram a frear o carro, por isso, o
condutor deve dirigir com cuidado redobrado após trocá-las;
Você conhece todos os equipamentos obrigatórios para que os
veículos automotores possam circular em vias públicas? Saiba que
os veículos estão sujeitos à fiscalização e esses equipamentos
devem estar em plenas condições de uso. Clique aqui e
aproveite para conhecê-los.
Luzes obrigatórias do veículo
Conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação é
uma infração média.
Além de desempenhar sua função principal, que é
iluminar quando necessário, as luzes são um importante meio de
comunicação entre os condutores no trânsito.
▪ Lâmpada-piloto: é um dispositivo que fornece um sinal
óptico indicando a entrada em funcionamento, um
funcionamento normal, defeituoso ou a falha de um
dispositivo.
▪ Faróis: são de cor branca ou amarela. Sua utilização é
necessária do entardecer até o amanhecer ou em ocasiões
de baixa iluminação.
Fique atento ao perceber luzes vermelhas acesas no
painel; essa cor indica a necessidade de parada imediata do
veículo até que se resolva o problema.
Confira na figura abaixo, as luzes obrigatórias e
suas respectivas utilizações.

Figura 8 - Luzes obrigatórias do veículo.

Em 23 de maio de 2016, foi sancionada a Lei n.


13.290, que torna obrigatório o uso de farol baixo aceso nas
rodovias durante o dia.
Fique atento, pois essa norma estabelece que todos os
veículos que circulam em rodovias por todo o país, incluindo as
que cortam os centros urbanos, devem acionar a luz baixa do farol
durante o dia.
Vale lembrar que o farol baixo faz parte dos equipamentos
obrigatórios nos veículos e, neste caso, o acionamento de
faroletes, faróis de milha ou auxiliares não poderão substituir esse
dispositivo.
Não utilizar o farol baixo em rodovias durante o dia gera
infração de trânsito de peso médio, 4 pontos no prontuário do
condutor e multa no valor de R$ 130,16. Clique aqui e leia a lei na
integra.
Leis da Física e a direção
Agora, vamos relembrar as leis da Física e sua influência na
condução do veículo.
1) Inércia:
É a força que empurra os passageiros de um lado para
outro dentro do veículo nas curvas ou em movimentos de freada.
2) Aderência:
É a relação de atrito entre os pneus e a via, que evita que
o veículo desgarre nas curvas. A aderência diminui em função da
velocidade (quanto mais rápido o veículo, menor é a aderência).
3) Força centrífuga:
É a força que tende a jogar o veículo para fora das curvas.
Essa depende da velocidade, massa do veículo e raio da curva.
Como a massa do veículo é constante, os efeitos desta força só
podem diminuir se for diminuindo a velocidade ou aumentando o
raio da curva.
4) Força centrípeta:
Tem o mesmo efeito que a força centrífuga, mas joga o
veículo para o lado de dentro das curvas. A diminuição dos seus
efeitos é conseguida da mesma maneira que na força centrífuga:
reduzindo a velocidade ou aumentando o raio da curva.
5) Transferência de massa:
É a troca de peso entre os eixos dianteiro e traseiro do
veículo. Quando o veículo está acelerando, o peso se concentra no
eixo traseiro e quando está freando, o peso passa para o eixo
dianteiro. Então:
▪ um veículo acelerando numa curva fica com menos peso no
eixo dianteiro, então pode perder a aderência nas rodas da
frente e sair pela tangente da curva (por ação da força
centrífuga). Para que essa situação seja evitada, o condutor
deve entrar nas curvas com velocidade moderada e acelerar
suavemente;
▪ um veículo desacelerando numa curva fica com mais peso no
eixo dianteiro, então pode perder a aderência nas rodas de
trás e ser atraído pelo centro da curva (por ação da força
centrípeta). Para evitar essa situação, basta que o condutor
acelere na medida certa ao fazer as curvas.
Nesta Unidade de estudos, você reviu a importância de seguir os
procedimentos adequados para a condução de veículos com
passageiros e com carga, a conferência dos equipamentos de
segurança e a revisão mecânica. Agora é com você! Siga todas as
orientações apresentadas e dirija com segurança. Até a próxima
Unidade!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 6 nov. 2016.
BRASIL. Ministério das Cidades. Denatran – Departamento
Nacional de Trânsito. Contran altera norma para o transporte
de crianças em veículos antigos. Brasília, DF, 6 set. 2010.
Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ultimas/
20100906_norma_transporte.htm>. Acesso em: 6 nov. 2016.
_____. Direção defensiva: trânsito seguro é um direito
de todos. Brasília, DF, 2005. 62 p. Disponível em: <http://vias-
seguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_denatran>.
Acesso em: 6 nov. 2016.
SANTA CRUZ RODOVIA S.A. Dicas de Segurança.
Disponível em: < http://www.santacruzrodovias.com.br/pagina/
dicas_de_seguranca/>. Acesso em: 22 maio 2013.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir




▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT1: Direção defensiva: abordagens do CTB para veículos de
duas ou mais rodas

• UE4: Como evitar acidentes e quais cuidados


devem ser tomados na direção
OBJETIVO
▪ Apresentar elementos que podem evitar acidentes de trânsito e os
cuidados que devem ser tomados durante a direção.
Olá! Você sabe que, atualmente, as pessoas estão sempre com
pressa, atrasadas para chegar ao trabalho ou ansiosas para ir para
suas casas. Nesses momentos, ocorre a maioria dos acidentes de
trânsito, pela pressa das pessoas de chegar ao destino ou para
sair rapidamente do trânsito. Nesta Unidade de Estudo, vamos ver
um pouco sobre como evitar acidentes e quais cuidados devem ser
tomados quando estamos na direção. Bons estudos!
Acidentes de trânsito
Na primeira Unidade de Estudo, você aprendeu a definição
de acidente de trânsito. Agora, você vai aprender quando um
acidente pode ser evitado. Vamos lá?
Como vimos, acidente de trânsito é todo evento
danoso que envolve o veículo, a via, o ser humano e/ou os
animais. Os acidentes de trânsito são classificados
em evitáveis e não evitáveis.
Os evitáveis são aqueles que poderiam ter sido evitados
por uma manobra ou por uma decisão correta do condutor.
Grande parte dos acidentes pode ser evitada, pois é causada por
falha humana, ou seja, o condutor deixa de fazer tudo o que
poderia para evitá-los. Portanto, o motorista deve manter o
veículo revisado, respeitar a sinalização do local, verificar a
segurança e as condições dos seus passageiros e, principalmente,
sua própria condição!

Figura 1 – Dormir ao volante e ocasionar um acidente é um exemplo que poderia


ter sido evitado.

Os acidentes não evitáveis são aqueles causados


por condições adversas e que independem do condutor, por
exemplo, problemas na pista e condições climáticas.
O motociclista deve seguir todas as dicas apresentadas
nesta Unidade de Estudo em seu dia a dia!
Seguir a legislação, respeitar os limites de velocidade, a
sinalização e sempre utilizar os equipamentos obrigatórios de
segurança é essencial para a segurança no trânsito.
Veja, a seguir, as regras de segurança para condutores de
motocicletas, motonetas e ciclomotores.
▪ Usar capacete certificado pelo INMETRO, dentro da validade,
com viseira ou óculos de proteção.
▪ Não transportar crianças menores de 7 anos em motos.
▪ Manter a motocicleta em perfeito estado de manutenção,
com especial atenção às luzes e aos faróis.
▪ Ultrapassar somente pela esquerda, não "costurar" no
trânsito, não exceder o limite de velocidade da via.
▪ Manter postura correta, segurar no guidom com as duas
mãos, usar roupas de proteção para motociclistas e calçado
adequado.
▪ Ter cuidado com seu passageiro; orientá-lo sobre como deve
se comportar e, caso ele esteja inseguro, não abusar da
velocidade ou manobras.
▪ Veículos ciclomotores são proibidos em rodovias ou vias de
trânsito rápido, exceto em faixa própria.
Métodos de prevenção
Existem três métodos de prevenção de acidentes
considerados essenciais pelos especialistas em
trânsito: engenharia, policiamento e educação no trânsito.
Engenharia
O objetivo da engenharia de trânsito vai além de
sinalização, pavimentação e calçadas. Um bom planejamento pode
melhorar as condições do trânsito. Engenheiros, administradores e
outros técnicos especialistas nessa área desenvolvem projetos
para melhorar os dispositivos de segurança do trânsito e das vias,
a fim de facilitar o deslocamento.

Figura 2 – O engenheiro ajuda no planejamento das vias


Planejar o trânsito é pensar em condições seguras e
adequadas para a circulação de indivíduos.
Policiamento
Os agentes de trânsito e os policiais têm a função
de orientar os usuários das vias, organizar e fiscalizar
o trânsito, para que haja o cumprimento das leis e a diminuição
de acidentes e de abusos no trânsito.
Esses profissionais podem policiar,
fiscalizar, notificar e autuar 1 os infratores, e também autuar
condutores que estacionem em local proibido.

Figura 3 – O Agente de Trânsito ajuda na manutenção e na segurança das vias


Educação no trânsito
A educação de trânsito é amparada pelo capítulo IV da Lei
9.503/97, quando foi sancionado o nosso atual Código de Trânsito
Brasileiro.
A educação no trânsito tem como principal
função orientar todos os usuários das vias sobre seus
direitos e deveres no trânsito. Crianças, jovens e adultos
devem estar conscientes da responsabilidade de promover um
trânsito mais seguro, que é dever de todos. No caso das crianças,
estas precisam saber dos riscos, dos perigos, das causas e das
consequências dos acidentes de trânsito (por exemplo: quando
uma criança estiver aprendendo a atravessar uma rua, deve ser
orientada de que é necessário olhar para os dois lados de uma via
e conferir se nem um veículo está se aproximando).
Muitas campanhas ganharam destaque com temas como
"O respeito à faixa de pedestres", "O uso do cinto
de segurança" e "A não ingestão de bebidas alcoólicas antes
de dirigir". Mas a educação para um trânsito mais seguro e
pacífico deve acontecer também dentro de casa, com diálogo
constante e bons exemplos.

Figura 4 – Educação é uma forma de promover a paz no trânsito

Atenção, condutor: não basta conhecer as leis, é


necessário respeitá-las!
Como evitar acidentes de trânsito?
Atualmente, dirigir se tornou uma tarefa difícil e, às vezes,
até estressante, não é mesmo? O grande número de veículos que
transitam pelas ruas acaba comprometendo a segurança e o bem-
estar de todos.
Para ter uma melhor qualidade do trânsito, além de
manter-se sempre calmo, o condutor deve usar o método básico
de prevenção de acidentes, que consiste em três ações ligadas
entre si:
▪ Prever o perigo: programar seu itinerário antes de sair.
Lembrar-se dos obstáculos do percurso e do comportamento
agressivo e irregular de outros motoristas e pedestres.
▪ Encontrar a solução: praticar a direção defensiva,
antecipar os problemas e buscar soluções práticas e
inteligentes. Usar e abusar da cortesia, evitar conflitos, ter
paciência e ser prudente.
▪ Agir a tempo: não esperar que somente o outro tome a
atitude de evitar o erro ou o acidente. Se for possível
perceber, o condutor deve agir a tempo. O trânsito é um
assunto sério, e ganha quem age para o bem e para a
segurança de todos.
Cuidados na direção
Quando estiver dirigindo na cidade ou perímetro urbano, o
condutor deve observar os seguintes cuidados:
▪ Observar e respeitar a sinalização e o espaço.
▪ Respeitar a velocidade do local, vias urbanas exigem
velocidades reduzidas, portanto, deve-se estar atento.
▪ Verificar a presença de ciclistas, pedestres e animais.
▪ Utilizar as luzes do veículo de forma adequada, não deixar de
sinalizar suas manobras.
▪ Usar o cinto de segurança e acionar a buzina em breves
toques somente para alertar motoristas e pedestres.
▪ Não estacionar ou parar em locais proibidos e não prejudicar
a circulação.

Figura 5 – O uso do cinto de segurança pode salvar vidas

Nas estradas, muitos acidentes ocorrem devido a


imprudências e incertezas; para evitá-los, o condutor deve tomar
os seguintes cuidados:
▪ não realizar ultrapassagens em curvas nem em faixa
contínua;
▪ se, em uma descida, estiver atrás de um caminhão, não deve
realizar ultrapassagem. Nesse momento, o caminhão pega
um forte embalo, o que aumenta a dificuldade de
ultrapassagem;
▪ o motociclista deve tomar cuidado para não ser puxado pelo
ar que se forma nas proximidades dos caminhões. Isso pode
ocasionar acidentes fatais;
▪ nunca dirigir cansado. Em sua primeira viagem longa, é
interessante o condutor levar um acompanhante que
também seja motorista e que esteja com a documentação
em dia. Assim, os dois podem revezar a direção e descansar;
▪ não andar em alta velocidade, pois um animal ou pedestre
pode cruzar a pista sem que haja tempo para frear,
ocasionando um acidente;
▪ sempre olhar os retrovisores antes de realizar uma
ultrapassagem;
▪ manter uma boa distância dos carros. Isso é importante para
evitar colisões.
Vamos conhecer os cuidados que os condutores devem ter com os
motociclistas? Acompanhe na sequência!
Na ultrapassagem, observe a mesma distância que você
deixaria se estivesse ultrapassando um carro.
O motorista deve ficar alerta em relação aos condutores
de motocicleta, motoneta e ciclomotores, a fim de aumentar a
distância de seguimento sempre que possível.
Em situações de chuva, o motorista não deve ultrapassar
veículos de duas rodas próximo a poças de água. Com o peso dos
pneus do carro, a água empoçada pode esguichar na direção
daquele condutor e causar acidentes.
Distância de segurança
A distância de segurança, ou distância de segmento, é o
espaço que um veículo deve ter em relação ao outro. Esse cálculo
varia conforme as adversidades que se colocam no itinerário,
como trânsito, via, tempo, peso do veículo e condições do
condutor.
É importante saber que essa distância tem que ser
suficiente para frenagem em caso de parada de emergência.
Não há uma determinação exata para a distância a ser
guardada, a não ser quando o condutor estiver passando ou
ultrapassando um ciclista, pois, nesse caso, o art. 201 estabelece
a distância de 1 m e 50 cm.
Mesmo não havendo uma determinação legal sobre a distância
exata a ser mantida do veículo frontal, existe uma recomendação
da direção defensiva, conhecida como regra dos dois segundos.
Vamos conhecê-la?
Quando o veículo que se encontra à frente do condutor
passa por um determinado objeto fixo (árvore, poste, semáforo,
placa de sinalização, etc.), esse condutor deve mentalizar dois
segundos (contando, devagar: "mil e um", "mil e dois") e então
passar com seu veículo pelo ponto apenas quando encerrada a
contagem.
Se o veículo passar pelo ponto de referência após o
condutor ter falado as seis palavras (contando, devagar: "mil e
um", "mil e dois"), significa que sua distância é segura. Esse
procedimento ajuda o condutor a manter-se longe o suficiente dos
outros veículos em trânsito, possibilitando fazer manobras de
emergência ou paradas bruscas necessárias sem o perigo de uma
colisão. Essa recomendação trata-se apenas de um referencial e
não é válida para fins de sanção administrativa da infração do art.
192 (infração grave), que tem multa como penalidade.
Atenção: essa contagem só é válida para veículos
pequenos (até 6 m), na velocidade de 80 e 90 km, em condições
normais do veículo, com o tempo seco, sem que a via esteja
molhada e não seja uma descida.
1. Distância de reação: é a distância de segurança percorrida
por um veículo desde o momento em que seu condutor
percebe algum tipo de perigo até o momento em que aciona
o freio.
2. Distância de frenagem: é a distância a ser percorrida
desde o ato de pressionar o pedal do freio até a parada total
do veículo. Varia de acordo com a velocidade e a carga do
veículo; quanto maiores forem a carga e a velocidade, maior
será a distância de frenagem.
3. Distância de parada: corresponde à distância percorrida
desde o momento em que o condutor vê o perigo até ele
parar o veículo. Varia de acordo com a velocidade.
Corresponde à soma da distância de reação mais a distância
de frenagem.
4. Distância de seguimento: é a distância mínima que o
condutor deve manter entre o seu veículo e o que vai à sua
frente. Deve corresponder à distância percorrida em dois
segundos.
O que se deve fazer diante de acidentes de trânsito?
Sempre que se envolver em um acidente de trânsito que
tiver vítima, ou presenciar um acidente com terceiros, o condutor
deve:
▪ Sinalizar o local do acidente (ligar o pisca-alerta e colocar o
triângulo a uma distância segura, no mínimo 30 metros);
▪ ligar para o 193 para acionar socorro médico;
▪ preservar o local, não movimentar os veículos;
▪ não movimentar as pessoas feridas;
▪ aguardar a chegada do socorro médico e da Polícia de
Trânsito.
Quando o acidente não tiver vítimas:
Em acidentes sem vítimas não é necessário chamar a
autoridade de trânsito. A Polícia Militar atende a acidentes sem
vítimas, porém são priorizados os acidentes com feridos.
▪ Retirar os veículos da via para que o trânsito não seja
interrompido;
▪ anotar informações e dados dos condutores e veículos que
estiverem envolvidos, local e horário do acidente;
▪ realizar o boletim de ocorrência (B.O.).

Mesmo não sendo obrigatória a realização do B.O. em


caso de acidentes sem vítimas, a orientação é que sempre o
realize, pois se o acordo entre as partes não for cumprido
conforme o que foi firmado amigavelmente, o B.O. será peça
fundamental para um processo judicial.
Saiba mais

Para conhecer mais sobre o sistema de emissão de Boletim de


Ocorrência (B.O.) via internet clique em seu Estado e confira.
▪ Rio de Janeiro
▪ Santa Catarina
Caso seja observado, nos condutores envolvidos, a
suspeita de crimes de trânsito, como embriaguez, condutor não
habilitado, entre outros, a Polícia Militar deve ser acionada (190) e
os condutores devem permanecer no local até a chegada da
viatura.
Em casos de acidentes com queda de cabo de alta tensão
sobre o veículo, é necessário tomar alguns cuidados antes de sair
de seu interior, ou se aproximar do mesmo, caso esteja prestando
socorro. A Puget Sound Energy2 produziu um video esclarecedor
sobre como proceder nesses casos. Assista o vídeo, ele pode
salvar vidas.

spaceplay / pausequnload | stop ffullscreenshift + ←→slower /


faster
↑↓volume mmute
←→seek . seek to previous12… 6 seek to 10%, 20% … 60%

Fonte: Puget Sound Energy.


Seguindo essas recomendações, você estará colaborando para um
trânsito mais seguro e tranquilo para todos. Seja cuidadoso e
esteja sempre atento, pois uma atitude simples, como dirigir
dentro do limite de velocidade, pode salvar uma vida. Dirija com
respeito e atenção!

Referências
DIREÇÃO DEFENSIVA. Como dirigir: cuidados. Disponível
em: <http://direcao-defensiva.info/mos/view/Como_Dirigir:_Cuidados_/
index.html>. Acesso em: 9 nov. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 116 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte B. Direção Defensiva. Curso a
distância. Versão 10.10.01.
TUDO SOBRE SEGURANÇA. Direção Defensiva: como
evitar acidentes agindo proativamente. Disponível em: <http://
tudosobreseguranca.com.br/portal/index.php?
option=com_content&task=view&id=314&Itemid=160>. Acesso em: 9
nov. 2016.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012: os novos
padrões da violência homicida no Brasil. São Paulo: Instituto
Sangari, 2012.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir





▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT1: Direção defensiva: abordagens do CTB para veículos de
duas ou mais rodas

• UE5: Estado físico e mental do condutor


OBJETIVO
▪ Apresentar aspectos do estado físico e mental do condutor e as
consequências do uso de bebidas alcoólicas e substâncias psicoativas.
Olá! Você deve saber que muitos acidentes de trânsito são
causados por motoristas alcoolizados ou que usaram substâncias
psicoativas, certo? Por isso, nesta Unidade de Estudo, vamos
apresentar a você, caro condutor, as consequências do consumo
de bebidas alcoólicas e de substâncias psicoativas – aquelas que
agem principalmente no sistema nervoso central alterando
temporariamente o humor, a percepção, a atenção, o
comportamento e a consciência, ou seja, o estado físico e mental
do motorista. Preparado? Então, vamos lá!
Estado físico e mental do condutor
Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas
também a mais fácil de ser evitada, pois se trata do estado em
que o condutor se encontra física e mentalmente no momento em
que faz uso do veículo em trânsito.
São várias as situações envolvendo o estado físico e
mental do condutor (doenças físicas, problemas emocionais); elas
podem ser momentâneas, passageiras ou definitivas (problemas
físicos, corrigidos e adaptados ao uso do veículo).
Cabe ao condutor avaliar suas reais condições ao se
propor a dirigir um veículo, e ter bom senso para evitar envolver-
se em situações de risco.
Situações que prejudicam a atenção do motorista
O desequilíbrio emocional acontece quando não aceitamos
algo ou situações que interferem em nossas vontades. Ficamos
retraídos, mal-humorados, irritados e ansiosos. Isso gera
desconforto e nos faz, muitas vezes, tomar atitudes impulsivas e
prejudiciais a nossa vida. Saber lidar com situações e desconfortos
traz harmonia, equilíbrio e nos leva a refletir. Sabemos que,
diante de tantas pressões no trânsito, trabalho, vida social, é
difícil manter um bom controle das emoções, mas é preciso
exercitar, pois os efeitos são extremamente danosos,
principalmente quando estamos dirigindo.
Condutor, lembre-se de que você é o principal responsável
por sua segurança e a dos demais indivíduos que estiverem no
veículo, e que dirigir sem estar em boas condições emocionais ou
físicas pode colocar a sua vida e a de outras pessoas em risco.
Condições físicas e mentais
Existem inúmeras condições adversas às quais o
condutor deve prestar atenção antes de assumir a direção de um
veículo. Acompanhe a seguir.
Fatores físicos:
Existem vários fatores que influenciam a forma como o
condutor age no trânsito.
1. Fadiga: é a sensação de cansaço permanente mesmo
quando se está descansando. A fadiga diminui a atenção, a
concentração e a reação imediata às diversidades, por isso é
tão prejudicial. É preciso reequilibrar a rotina dormindo mais,
alimentando-se melhor, praticando esportes, e incluir
momentos de lazer e relaxamento nas atividades do dia a
dia.
2. Atenção: a dificuldade em manter a concentração nas
atividades do dia a dia pode trazer várias consequências,
como erro de cálculo, atrasos e esquecimentos. É importante
fazer uma coisa de cada vez, assim é possível direcionar a
atenção para que a atividade seja realizada com sucesso.
3. Audição: a audição é um dos sentidos mais importantes
para a comunicação entre os seres. No trânsito, as pessoas
estão em posição de alerta, por isso, ouvir antecipa situações
de risco e faz com que o condutor reaja diante delas
evitando um acidente, por exemplo. Usar fones de ouvido ou
som muito alto tira a capacidade auditiva e deixa o condutor
vulnerável ao perigo.
4. Visão: uns dos sentidos mais importantes para o condutor é
a visão. Ter uma visão nítida, além de conforto e qualidade
de vida, é questão de sobrevivência, pois é por meio da visão
que o motorista interage com o ambiente, reage a situações
de perigo e registra informações. O condutor deve cuidar da
qualidade de sua visão, usar óculos ou lentes, se necessário,
e evitar álcool e medicamentos que podem afetar sua
capacidade de ver. É importante respeitar as determinações
do médico.
Dirigir o veículo sem usar lentes corretoras de visão,
aparelho auxiliar de audição, próteses físicas ou adaptações do
veículo, impostas por ocasião da renovação ou da concessão da
licença para conduzir, é infração gravíssima (art. 162, VI, CTB,
1997).

Causas e efeitos mentais e emocionais:

1. Inexperiência: é um dos fatores que colaboram para a


ocorrência de acidentes, além de contribuir para que o
condutor tome decisões precipitadas e tenha comportamento
equivocado.
2. Familiaridade com a via: ao trafegar por uma via muito
familiar, o excesso de confiança reduz a atenção do
condutor, levando-o, muitas vezes, a cometer erros. Quando
a via é desconhecida, é provável que ele não tenha condições
de prever e planejar suas ações. Nesse caso, o condutor
também deve ficar bastante atento.
3. Excitação ou depressão: a capacidade de decisão e a
atenção ficam prejudicadas, o que provoca comportamentos
inadequados e colabora para que ocorram acidentes.
4. Dirigir com pressa ou sob pressão: as situações de risco
tendem a aumentar, pois os fatores expostos levam
o condutor a ações impensadas.
5. Incapacidade de reação e ações inconsequentes: a falta
de reação no momento necessário ou um ato irresponsável
colocam em risco a vida do condutor e a dos usuários da via.
6. Fatores temporários: fome, raiva, dor, calor, frustração e
insegurança também são fatores que prejudicam a direção.
O condutor não deve comprometer suas condições físicas
e emocionais antes de dirigir. Não pode beber ou consumir drogas
ou medicamentos que afetam sua capacidade neurológica e nem
permitir que alguém dirija nessas condições.
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB (BRASIL, 1997)
afirma que o condutor deve estar em plenas condições físicas,
mentais e psicológicas para dirigir. Se você não estiver em
condições, não o faça! Veja o que o dispõe o art. 166 do CTB
(BRASIL, 1997):
Art. 166 – Confiar ou entregar a direção do veículo a
pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico,
não estiver em condições de dirigi-lo com segurança a punição
será:
Infração − gravíssima;
Penalidade − multa de R$ 293,47.
Fique atento! Conforme o artigo citado acima,
o proprietário ou o possuidor legal1 do veículo estará sujeito a
penalidades caso confie ou entregue a direção do veículo a pessoa
que não esteja em condições para dirigir.
O condutor deve avaliar suas condições sempre que for
dirigir. Entregar a direção para alguém mais capacitado, caso
entenda que não será possível conduzir com qualidade. Dividir a
direção em viagens longas, programar paradas para descanso,
dormir um pouco e cuidar com a alimentação e a hidratação.
Jamais ultrapassar o limite do medo ou da ansiedade.

Figura 1 – Bom senso na direção


Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas
Álcool
O consumo de bebida alcoólica é antigo e tem história
entre muitas culturas e povos.
Comum em muitas civilizações, a bebida alcoólica tornou-
se um grande problema para sociedade atual, pois alterou o
comportamento do povo contemporâneo. É comprovado que o
álcool afeta o sistema nervoso e impede a pessoa de reagir diante
do perigo, alterando a concentração, a tomada de decisão e a
coordenação motora.
Importante: o condutor comete infração gravíssima ao
dirigir sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
psicoativa.
O consumo abusivo de álcool é considerado um fator
decisivo para o aumento dos índices de morbimortalidade2 em nosso
país.
De acordo com o art. 165 da Lei n. 11.705, de 19 de
junho de 2008 :
Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada
pela Lei nº 11.705, de 2008)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de
2008)

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir


por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação


e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270
da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de
Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput


em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses.
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
BRASIL, 2008.
O álcool na corrente sanguínea provoca o afrouxamento
da percepção e o retardamento dos reflexos. Dosagem excessiva
conduz à perigosa diminuição da percepção e à total lentidão dos
reflexos, diminuindo a consciência do perigo. Todo condutor em
estado de embriaguez, mesmo leve, compromete gravemente sua
segurança, a dos demais usuários da via e a dos passageiros, que
estão apostando suas próprias vidas, 100% nas condições deste
motorista.
O processo de absorção do álcool é relativamente rápido:
90% em 1 hora. Isso não acontece com a eliminação, que demora
de 6 a 8 horas, pelo fígado (90%), pela respiração (8%) e pela
transpiração (2%).
A concentração de álcool no sangue depende, entre outros
fatores, da quantidade ingerida, do peso da pessoa e da
alimentação. A intoxicação por outras drogas leva, em média, de 2
a 4 horas para ser eliminada pelo organismo.

Efeitos do álcool sobre o condutor


▪ 1 a 2 decigrama (dg): Sem efeito (não produz efeito
aparente);
▪ 3 a 5 dg: Problemas na percepção da distância e velocidade;
▪ 6 a 8 dg: Reação mais lenta, início de euforia;
▪ 9 a 15 dg: Reflexos muito lentos, condução perigosa;
▪ 16 dg: Visão dupla, desorientação, condução impossível.

Fiscalização
A Lei 12.7760/2012, que reforça a Lei Seca 11.705/2008,
juntamente com a Resolução n. 432, de 23 de janeiro de
2013, dispõe sobre os procedimentos que devem ser adotados
pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do
consumo de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência, e tem como objetivo:
Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pelas
autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e
306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).
Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores de
veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras
substâncias psicoativas que determinem dependência deve ser
procedimento operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade
psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por
meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem
realizados no condutor de veículo automotor:
I – exame de sangue;
II – exames realizados por laboratórios especializados, indicados
pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia
Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas
que determinem dependência;
III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no
ar alveolar (etilômetro);
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade
psicomotora do condutor.
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também
poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou
qualquer outro meio de prova em direito admitido.
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a
utilização do teste com etilômetro.
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da
capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação
dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver
encaminhamento do condutor para a realização do exame de
sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o
resultado desses exames para fins de autuação administrativa.
BRASIL, 2013.
O agente da autoridade de trânsito poderá constatar os
sinais de alteração da capacidade psicomotora e descrever no auto
de infração, ou em termo específico que contenha as informações
mínimas, que deverá acompanhar o auto de infração.
Vamos conhecer os sinais de alteração observados pelo agente
fiscalizador? Acompanhe!
Quanto à aparência, o fiscalizador irá observar se o condutor
apresenta:
▪ sonolência;
▪ olhos vermelhos;
▪ vômito;
▪ soluços;
▪ desordem nas vestes;
▪ odor de álcool no hálito.
Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
▪ agressividade;
▪ arrogância;
▪ exaltação;
▪ ironia;
▪ falante;
▪ dispersão.
Quanto à orientação, se o condutor:
▪ sabe onde está;
▪ sabe a data e a hora.
Quanto à memória, se o condutor:
▪ sabe seu endereço;
▪ lembra-se dos atos cometidos.
Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta:
▪ dificuldade no equilíbrio;
▪ fala alterada.
Além desses dados que deverão ser preenchidos no auto
de infração, o agente fiscalizador deve preencher o item
"Afirmação expressa", de acordo com as características
verificadas.
Exemplo: De acordo com as características acima
descritas, constatei que o condutor acima qualificado está:
▪ ( ) Sob influência de álcool.
▪ ( ) Sob influência de substância psicoativa.
O condutor:
▪ ( ) Se recusou.
▪ ( ) Não se recusou a realizar os testes, exames ou perícia
que permitiriam certificar o seu estado quanto à alteração da
capacidade psicomotora.
Outros dados deverão ser preenchidos no auto de
infração, e você pode conhecê-los clicando aqui.
Lembre-se sempre: no caso de ingestão de bebida
alcoólica, o condutor deve passar a direção do veículo para outro
motorista devidamente habilitado e que esteja sóbrio.
O motorista que faz uso de álcool corre o risco de fazer
manobras perigosas nas vias, o que aumenta as chances de
provocar acidentes.
Você sabia?

Atenção! Doses pequenas também interferem nas habilidades do


condutor. Por isso, não seja passageiro de alguém que tenha consumido
bebida alcoólica. Quando sair para se divertir com seus amigos ou parentes,
é importante escolher o “motorista da rodada”, que assumirá a direção do
veículo no retorno. O escolhido deve estar sóbrio, sem ter feito consumo de
álcool. Outra possibilidade é solicitar um táxi.

Figura 2 – Motorista da rodada


Substâncias psicoativas
As drogas psicoativas são substâncias
naturais ou sintéticas que agem diretamente no cérebro,
alterando o nosso comportamento, cognição e humor. Como
exemplo, podemos citar as drogas permitidas, como remédios
controlados, o fumo e o álcool, e qualquer droga ilícita4. Tenha
em mente que essas substâncias podem causar dependência, o
que é altamente prejudicial.
Mesmo o consumo de medicamentos por indicação médica
pode alterar o nosso estado geral (físico e mental) e atrapalhar o
desempenho na condução do veículo.
Você sabia?

Quando o condutor faz a ingestão de substâncias para se manter


acordado, por exemplo, ele está somente impedindo que o sono chegue
dentro de algumas horas. Entretanto, assim que o efeito da substância
passar, o cérebro manifestará a necessidade de descanso, o que pode fazer
com que o condutor durma ao volante e ocasione um acidente, muitas
vezes fatal.

Lembre-se: dormir é a única solução para o sono!

Figura 3 – Dormir é o melhor remédio para o sono


Com os estudos desta Unidade, você compreendeu que estar físico
e mentalmente bem é importante para evitar acidentes. Dirigir
sem estar em condições pode colocar a sua vida e a de outras
pessoas em risco. Por isso, se estiver cansado e precisar dirigir,
descanse antes. E lembre-se de que bebida, drogas e direção não
combinam!

Referências
BRASIL. Lei n. 11.705, de 19 de junho de 2008. Altera a
Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, e a Lei n. 9.294, de 15 de julho de 1996, que
dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos
fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e
defensivos agrícolas. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de
junho de 2008. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11705.htm>. Acesso em: 9 nov.
2016.
CONTRAN − CONSELHO NACIONAL DE
TRÂNSITO. Resolução n. 339, 25 de fevereiro de 2010. Permite a
anotação dos contratos de comodato e de aluguel ou
arrendamento não vinculado ao financiamento do veículo, junto ao
Registro Nacional de Veículos Automotores. Brasília,
2010. Disponível em: < http://www.denatran.gov.br/download/
Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_339_10.pdf>. Acesso em: 9 nov.
2016.
DETRAN/PR − DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO
PARANÁ. Educação para o trânsito. 2006. Disponível em:
<http://www.educacaotransito.pr.gov.br/modules/conteudo/
conteudo.php?conteudo=25>. Acesso em: 9 nov. 2016.
DETRAN/PR − DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO
PARANÁ. Educação para o trânsito. Disponível em: <http://
www.educacaotransito.pr.gov.br/pagina-289.html>. Acesso em: 7 out.
2016.
DETRAN/PR − DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO
PARANÁ. Educação para o trânsito. Disponível em: <http://
www.educacaotransito.pr.gov.br/pagina-52.html>. Acesso em: 7 out.
2016.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir



▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE1: Histórico da legislação de trânsito e as


atribuições dos órgãos normativos, executivos e
rodoviários de trânsito
OBJETIVO
▪ Conscientizar o aluno acerca das atribuições referentes aos aspectos
centrais do histórico da legislação de trânsito, com a apresentação da
cronologia das principais leis que regem esse âmbito e as disposições
dos órgãos normativos, consultivos, executivos, rodoviários e de
fiscalização.
Olá! Neste Núcleo Temático, vamos apresentar a atualização da
legislação de trânsito e as responsabilidades dos órgãos
normativos, consultivos, executivos, rodoviários e de fiscalização.
Conhecer um pouco mais sobre a legislação de trânsito e seu
sistema de organização ajudará você a entender como funcionam
os órgãos normativos e executivos que regem nossas regras e
condutas. Vamos começar?
Antes do advento das máquinas, em especial dos automóveis, a
locomoção dos seres humanos era facilitada por cavalos e
carroças. Assim que o tráfego dos automóveis começou a se
intensificar, as sinalizações tornaram-se necessárias, além da
instituição de direitos e deveres aos envolvidos nesse sistema.
A invenção do automóvel e sua inserção no dia a dia despertaram
a curiosidade e a paixão das pessoas por meios de locomoção
inovadoras; isso fez surgir a necessidade da criação de regras
sociais de uso dessas máquinas em espaços comuns.
A legislação e o trânsito
A seguir, mostraremos os contextos referentes à
legislação e ao trânsito. Fique atento!
Os contextos histórico, social, econômico e jurídico
O primeiro automóvel foi criado pelo francês Nicholas Cugnot, na
França, em 1771. O mundo jamais seria o mesmo após essa
grande invenção! O veículo automotor chegou ao Brasil no início
do século XX acompanhando o surgimento da industrialização;
São Paulo recebeu o primeiro carro trazido para o nosso país. Com
o tempo e a inserção dos veículos no cotidiano das cidades, foram
criadas regras de direção e de comportamento adequado nas vias
públicas.
Ao longo dos anos, o automóvel tornou-se símbolo de status e de
poder. Muitos condutores usam seus veículos como forma de
demonstrar a classe social a que pertencem e deixam de exercitar
o que aprenderam durante o processo para obtenção da CNH.
Esse cenário contribui para o aumento expressivo do número de
acidentes de trânsito com vítimas.
Partindo desse pressuposto, é possível considerar a necessidade
de mobilizar a sociedade brasileira para que um novo
posicionamento no trânsito seja adotado. Tal mobilização deve
envolver condutores, passageiros e pedestres, pois a legislação
tem por objetivo garantir a segurança dos envolvidos no trânsito,
mas é dever de todo cidadão cumprir as normas, exercitar a
educação no trânsito e colaborar para a segurança de todos, seja
nas vias ou nos veículos.
Elementos do trânsito
Os elementos essenciais do trânsito são: o homem, o veículo e a
via.
O trânsito é composto pela circulação nas vias, que envolve
pessoas, veículos ou animais, de maneira isolada ou em grupos,
para operações de carga, descarga, circulação e estacionamento.
A seguir, observe as especificidades de cada um desses
elementos.
▪ O homem: o ser humano pode ter muitas reações no
trânsito. O comportamento do condutor, do passageiro ou do
pedestre reflete sua educação e formação humana desde a
infância. Pessoas com maior flexibilidade e capacidade de
aceitar normas se comprometem mais com as regras, por
exemplo; já pessoas com ansiedade e medo podem colocar
em risco a própria segurança e a de outras pessoas, além da
predisposição para cometer infrações e provocar acidentes.
Vale lembrar que a ética faz do homem um ser capaz de se
adaptar às regras e de cumpri-las, tornando o ambiente
social mais seguro e confortável a todos os envolvidos. O
conhecimento das leis de trânsito, o controle das situações e
o reconhecimento de riscos depende diretamente do
comportamento do usuário do trânsito.
▪ O veículo: criado para transportar pessoas e cargas, os
veículos atendem à necessidade de ir e vir dos usuários. É
considerado veículo todo meio de transporte que tem
capacidade de se locomover por meio de impulso produzido
por motor, combustão interna, eletricidade, semovente2,
propulsão humana, tração animal, reboque e semirreboque.
Classificam-se em automóvel, motocicleta, motoneta,
bicicleta, carroça, carro de mão, entre outros.
▪ A via: é a superfície em que ocorre o fluxo de trânsito. Além
da pista de rolamento, a via compreende calçadas,
acostamentos, ilhas e canteiros.
Figura 1 – Elementos básicos do trânsito.
Sistema Nacional de Trânsito (SNT)
Cabe ao Ministério das Cidades a coordenação máxima do
SNT, conforme o Decreto n. 4.711, de 29 de maio de 2003.
O SNT tem o objetivo de estabelecer as diretrizes da
Política Nacional de Trânsito. É formado por órgãos e entidades da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
A segurança, o fluxo, o conforto, a defesa ambiental, a
educação para o trânsito e a fiscalização são de competência do
SNT. Conforme o art. 5.º do CTB, é ele também que estabelece:
▪ atividades de planejamento, administração, normatização e
pesquisa;
▪ registro e licenciamento de veículos;
▪ formação, habilitação e reciclagem de condutores;
▪ educação e engenharia de tráfego;
▪ operação do sistema viário;
▪ policiamento;
▪ fiscalização;
▪ julgamento de infrações e de recursos;
▪ aplicação de penalidades.
Conforme o art. 6.º do CTB, o SNT tem como objetivos básicos:
I – Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com
vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à
educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento.
II – Fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de
critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execução
das atividades de trânsito.
III – Estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de
facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
BRASIL, 1997.
Os objetivos do Sistema Nacional de Trânsito1 visam a estabelecer
diretrizes da Política Nacional de Trânsito, segurança, fluidez,
conforto do cidadão, educação, conscientização ambiental e
fiscalização.
Os órgãos são divididos de acordo com a sua responsabilidade,
conforme vemos abaixo:
▪ Órgãos Normativos e Consultivos: os órgãos normativos
de trânsito são os responsáveis por regular, regulamentar e
controlar as normas de trânsito.
▪ Órgãos Executivos: cabe aos órgãos executivos de trânsito
cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito.
Há órgãos executivos nas esferas federal, estadual e
municipal.
A seguir, os órgãos e as entidades que compõem o SNT, conforme
art. 7.º do CTB:
I O Conselho Nacional de Trânsito (Contran);
II Os Conselhos Estaduais de Trânsito (Cetran) e o Conselho de
Trânsito do Distrito Federal (Contrandife);
III Os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios;
IV Os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios;
V A Polícia Rodoviária Federal (PRF);
VI As polícias militares dos estados e do Distrito Federal;
VII As Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (Jari).
Todo cidadão precisa saber como funciona o Sistema Nacional de
Trânsito. Na tabela a seguir, observe com atenção sua
organização e suas atribuições.
Tabela 1 - Órgãos e as entidades que compõem o SNT.
Órgãos Normativos / Consultivos

O Contran é órgão máximo normativo e


consultivo. Sua função principal é estabelecer
normas regulamentares para o CTB e diretrizes
CONTRAN
para a Política Nacional de Trânsito. Esse órgão
também é responsável pela coordenação dos
órgãos do SNT.

É a organização responsável pelo SNT na área


estadual. Cada estado do Brasil deve ter um
CETRAN
Cetran, que tem caráter normativo e consultivo
no âmbito de sua circunscrição.

Atua apenas no Distrito Federal e é de sua


competência regular o SNT. Assim como ocorre
nos estados, também é normativo e consultivo.
O CTB (BRASIL, 1997) determina, no art. 8.º, que
CONTRADI
os estados, o Distrito Federal e os municípios se
FE
organizem e criem seus respectivos órgãos e
entidades executivos de trânsito e executivos
rodoviários, e estabeleçam os limites
circunscricionais das atuações.

As Câmaras são órgãos técnicos vinculados ao


Contran e compostos por especialistas de várias
C Â M A R A áreas de trânsito. Tais especialistas são
TEMÁTICA responsáveis por estudar e apresentar sugestões
e embasamento técnico sobre temas específicos
para a tomada de decisões do Contran.

Executivos Federais

É o Órgão Executivo da União responsável por


supervisionar, coordenar, controlar e fiscalizar a
execução da Política do Programa Nacional de
Trânsito. Os Departamentos Estaduais de Trânsito
DENATRAN (Detran) estão sob a circunscrição desse órgão.
Departame Nos casos em que o Detran apresenta deficiências
n t o técnicas ou dificuldades operacionais que
Nacional de impedem a prestação de serviços corretamente, o
Trânsito Denatran atua como órgão corregedor. Brasília
(DF) é sua cidade-sede, porém sua área de
atuação abrange todo o território nacional. Ele
também tem autonomia técnica e administrativa
para conduzir o SNT.

O DNIT é um órgão executivo rodoviário e realiza


atividades associadas à construção, à
DNIT manutenção e à operação da infraestrutura dos
TEMÁTICA responsáveis por estudar e apresentar sugestões
e embasamento técnico sobre temas específicos
para a tomada de decisões do Contran.

Executivos Federais

É o Órgão Executivo da União responsável por


supervisionar, coordenar, controlar e fiscalizar a
execução da Política do Programa Nacional de
Trânsito. Os Departamentos Estaduais de Trânsito
DENATRAN (Detran) estão sob a circunscrição desse órgão.
Departame Nos casos em que o Detran apresenta deficiências
n t o técnicas ou dificuldades operacionais que
Nacional de impedem a prestação de serviços corretamente, o
Trânsito Denatran atua como órgão corregedor. Brasília
(DF) é sua cidade-sede, porém sua área de
atuação abrange todo o território nacional. Ele
também tem autonomia técnica e administrativa
para conduzir o SNT.

O DNIT é um órgão executivo rodoviário e realiza


atividades associadas à construção, à
DNIT manutenção e à operação da infraestrutura dos
Departamento segmentos do Sistema Federal de Viação (SFV)
Nacional de
Infraestrutura
sob a administração direta da União nos modais:
de Transportes rodoviário, ferroviário e aquaviário.
Para cada órgão executivo ou rodoviário de
trânsito há uma Jari para julgar as interposições.

A PRF é o órgão responsável pela supervisão das


P O L Í C I A rodovias e das estradas federais e pela
RODOVIÁR fiscalização do cumprimento às normas de
I A trânsito por parte dos condutores. Tais atividades
FEDERAL são realizadas por meio de patrulhamento
ostensivo nas rodovias federais.

Esse órgão funciona junto a cada um dos


organismos que realizam fiscalização e/ou
JARI autuação no trânsito, e cabe a ele julgar os
recursos contrários às penalidades aplicadas pelos
órgãos executivos ou rodoviários.

Executivos Estaduais

O Detran é uma entidade executiva de trânsito


dos estados; há um em cada capital brasileira.
Cabe ao Detran a administração e o controle do
registro da frota de veículos no estado, além de
DETRAN ser o responsável por fornecer o emplacamento,
por verificar os itens de segurança obrigatórios
nos veículos automotores e também pela
formação, pela habilitação e pelo controle dos
condutores.

Funcionam como se fossem “filiais” nos


municípios do interior e sua existência também se
JARI autuação no trânsito, e cabe a ele julgar os
recursos contrários às penalidades aplicadas pelos
órgãos executivos ou rodoviários.

Executivos Estaduais

O Detran é uma entidade executiva de trânsito


dos estados; há um em cada capital brasileira.
Cabe ao Detran a administração e o controle do
registro da frota de veículos no estado, além de
DETRAN ser o responsável por fornecer o emplacamento,
por verificar os itens de segurança obrigatórios
nos veículos automotores e também pela
formação, pela habilitação e pelo controle dos
condutores.

Funcionam como se fossem “filiais” nos


municípios do interior e sua existência também se
CIRETRAN remete ao antigo CNT (artigo 3.º), com regras de
criação estabelecidas pela Resolução do Contran
n. 379/67 (atualmente revogada).

A atribuição deste departamento é executar o


programa rodoviário de acordo com diretrizes
gerais e específicas que regem a ação
governamental, Também é sua função programar,
DER
executar e controlar todos os serviços técnicos e
Departame
administrativos concernentes a estudos, projetos,
nto de
obras, conservação, operação e administração
Estradas de
das estradas e obras de arte rodoviárias
Rodagem
compreendidos no Plano Rodoviário Estadual, nos
planos complementares e nos programas anuais
especiais definidos pela Secretaria de
Infraestrutura e Logística.

Entre as diversas responsabilidades, as polícias


militares dos estados e do Distrito Federal têm
como dever "fiscalizar o trânsito, quando e
POLÍCIA
conforme convênio firmado, como agente do
MILITAR
órgão ou entidade executiva de trânsito ou
executivos rodoviários, concomitantemente com
os demais credenciados" (BRASIL, 1997).

DEPARTAM
ENTO DE
Cada município deve dispor de um órgão
TRÂNSITO
responsável por fiscalizar o trânsito no âmbito de
D O S
sua circunscrição.
MUNICÍPIO
S

Esse órgão funciona junto a cada um dos


organismos que realizam fiscalização e/ou
JARI autuação no trânsito, e cabe a ele julgar os
recursos contrários às penalidades aplicadas pelos
órgãos executivos ou rodoviários.
ENTO DE
Cada município deve dispor de um órgão
TRÂNSITO
responsável por fiscalizar o trânsito no âmbito de
D O S
sua circunscrição.
MUNICÍPIO
S

Esse órgão funciona junto a cada um dos


organismos que realizam fiscalização e/ou
JARI autuação no trânsito, e cabe a ele julgar os
recursos contrários às penalidades aplicadas pelos
órgãos executivos ou rodoviários.
Além das atribuições dos órgãos normativos e executivos
no Sistema Nacional de Trânsito, temos as Câmaras Temáticas,
que são órgãos técnicos vinculados ao Conselho Nacional de
Trânsito – Contran; elas têm como objetivo estudar e oferecer
sugestões e embasamento técnico sobre assuntos específicos para
decisões do Conselho nos termos do Art. 13 do Código de Trânsito
Brasileiro (CTB).
Atualmente, temos seis Câmaras:
I Assuntos Veiculares.
II Educação para o Trânsito e Cidadania.
III Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via.
IV Esforço Legal: infrações, penalidades, crimes de trânsito,
policiamento e fiscalização de trânsito.
V Formação e Habilitação de Condutores.
VI Saúde e Meio Ambiente no Trânsito.
Cada Câmara é constituída por especialistas
representantes de órgãos e entidades executivos da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios, em igual número,
pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de
especialistas representantes dos diversos segmentos da sociedade
relacionados com o trânsito, todos indicados segundo regimento
específico definido pelo Contran e designados pelo ministro ou
dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
Figura 2 – Supervisionar e fazer valer a legislação de
trânsito.
Para conhecer as competências dos órgãos do SNT, de acordo com
a autuação recebida, clique aqui e acesse o CTB, Lei n.
9.503/1997, e leia os seguintes artigos:
▪ Art. 12: Competências do Contran.
▪ Art. 13: Objetivos das câmaras temáticas e órgãos técnicos
vinculados ao Contran.
▪ Art. 14: Competências dos Cetran e Contrandife.
▪ Art. 15: Refere-se aos presidentes dos Cetran e Contrandife
nomeados pelos governadores dos estados e Distrito Federal.
▪ Art. 16: Regimento das Jari.
▪ Art. 17: Competências das Jari
▪ Art. 19: Competências do órgão máximo executivo da União.
▪ Art. 20: Competências da Polícia Rodoviária Federal e suas
jurisdições.
▪ Art. 21: Competências dos órgãos e entidades executivos
rodoviários da União.
▪ Art. 22: Competências dos órgãos e entidades executivos de
trânsito da União.
▪ Art. 23: Competências das polícias militares dos estados e
Distrito Federal.
▪ Art. 24: Competências dos órgãos e entidades executivos de
trânsito dos municípios em sua jurisdição.
▪ Art. 25: Distribuição de atividades pelos órgãos e entidades
executivos do SNT.
Nesta Unidade de Estudo, discorremos sobre os elementos do
trânsito, fizemos uma breve explicação sobre o histórico da
legislação no Brasil e apresentamos os órgãos responsáveis pelo
trânsito. Agora, realize os exercícios para melhor fixar o conteúdo
e até a próxima!

Referências
BRASIL. Ministério das Cidades e Denatran. Diretrizes para
Elaboração do Regimento Interno das
Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI.
Brasília. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/jaris.htm>.
Acesso em: 18 out. 2015.
_____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código
de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 23 set.
1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9503.htm>. Acesso em: 15 out. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
(Coord.). Capacitação de Recursos Humanos. Curitiba, 2001,
350 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor de Trânsito.
Módulo IV. Parte A. Legislação de Trânsito. Curso a distância.
Versão 10.10.01
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE2: Penalidades e crimes de trânsito


OBJETIVO
▪ Apresentar as infrações e os crimes que ocorrem no trânsito e as
respectivas penalidades para quem comete esses atos.
Olá! Continuando nossos estudos, abordaremos nesta Unidade, as
penalidades, as medidas administrativas, os crimes de trânsito e o
processo administrativo para esses casos, de acordo com as
determinações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Para iniciar
nossos estudos, vamos relembrar o conceito sobre infrações de
trânsito. Vamos começar?
Infrações
De acordo com o art. 161 do CTB, a Lei n. 9.503, de 23 de
setembro de 1997 (BRASIL, 1997), infração de trânsito é toda
inobservância a qualquer preceito da legislação deste Código, da
legislação complementar ou das resoluções do Contran, sendo o
infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas
em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
BRASIL, 1997.
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece regras para a utilização
das vias públicas abertas à circulação: calçadas, praças, parques
públicos e pista de rolamento.
É preciso conhecer as normas, pois a desobediência ou a
inobservância a qualquer preceito imposto no CTB consiste em
infração de trânsito, e o cidadão estará sujeito às penalidades e às
medidas administrativas contidas em cada artigo correspondente a
sua irregularidade.
Portanto, todo condutor que não cumprir as normas apresentadas
na legislação e que esteja nela tipificada cometerá uma infração e
ficará sujeito às penalidades e às medidas administrativas
previstas na legislação de trânsito.
Você sabe quem regulamenta as ações consideradas infrações e
quais são as penalidades a elas atribuídas? Acompanhe na
sequência!
É o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que cria mecanismos
para a regulamentação das infrações e as respectivas penalidades.
Saiba Mais
Clique aqui e acesse uma tabela de multas de trânsito com as principais
infrações de cada gravidade.
Para comprovar uma infração, as autoridades de
trânsito, ou os agentes, podem utilizar aparelhos eletrônicos ou
audiovisuais, aparelhos que produzem reações químicas ou outros
meios tecnológicos disponíveis. Além disso, a palavra do agente
da autoridade de trânsito apresenta o princípio de presunção de
veracidade, pois tudo o que ele observar no trânsito e constatar
como uma infração não precisará de uma comprovação.
Penalidades
Você sabe o que é uma penalidade?
Penalidade é um sistema de punição ao qual se recorre para punir
o proprietário ou o condutor do veículo que desobedece
à legislação de trânsito. Há diversos tipos de penalidade, os quais
variam de acordo com a infração e somente as autoridades de
trânsito podem aplicá-los.
Tendo ocorrido uma infração de trânsito, o condutor ou
proprietário do veículo poderá interpor recurso na Jari, abrindo
processo administrativo dentro do prazo legal. Após análise do
recurso, conforme o caso, serão impostas as penalidades
decorrentes à infração cometida. Na sequência da nossa Unidade
de Estudo, falaremos sobre elas de forma individual. Então, vamos
começar?
O art. 256 do CTB (BRASIL, 1997) estabelece diversas
formas de penalidade que as autoridades de trânsito podem
aplicar aos condutores infratores, aos proprietários, ao
embarcador e ao transportador:
▪ Advertências por escrito: é uma penalidade aplicada pela
autoridade de trânsito, que substitui uma punição de multa
por uma advertência por escrito – isso faz com que a multa
para aquela infração deixe de existir. Poderá ser aplicada às
infrações de natureza leve ou média pela autoridade de
trânsito, caso o infrator não tenha cometido outra infração
da mesma natureza nos últimos 12 meses.
▪ Multa: é uma penalidade pecuniária aplicada na maioria das
infrações. É geralmente acompanhada de registro de pontos
na CNH do condutor. É o resultado do processo
administrativo cujo valor pecuniário já consta no artigo de
enquadramento da irregularidade cometida, juntamente com
a formalização dos pontos ao prontuário do infrator, que será
computado e ficará mantido por 12 meses para somatória.
Mas após esse período, permanecerá no prontuário não
vigente para avaliação de recursos e crimes por 5 anos.
▪ Suspensão do direito de dirigir: o condutor estará
suspenso do direito de dirigir quando, no período de 12
meses, houver a somatória de 20 pontos ou mais em seu
prontuário, ou então quando o condutor cometer uma
infração de suspensão direta, por exemplo: pilotar com o
farol da motocicleta desligado. O período de suspensão
dependerá da infração cometida; quando suspenso, o
condutor deverá entregar sua CNH e realizar o Curso de
Reciclagem, cumprindo toda sua penalidade. Após o curso e
o período de suspensão, o documento poderá ser retirado no
Detran do estado. Essas informações também constam no
art. 261 e na resolução 182 do CTB.
▪ Cassação do documento de habilitação: é o
cancelamento total do documento de habilitação. Ocorre
quando o condutor, estando suspenso do direito de dirigir,
comete nova infração ou crime de trânsito. Esta penalidade
prevê a perda definitiva do documento CNH por 2 (dois)
anos, podendo o infrator reiniciar o processo de habilitação
somente após esse período. O mesmo artigo prevê a perda
da permissão para dirigir (PPD); o permissionário que
cometer, no período de 12 meses, qualquer infração de
natureza grave, gravíssima ou reincidência em média
perderá seu direito à renovação, podendo reiniciar seu novo
processo de habilitação já na sequência da extinção da
anterior. Artigos que enquadram a cassação da CNH: quando
o condutor for flagrado dirigindo e estiver com esse direito
suspenso; o infrator conduzir qualquer outro veículo;
reincidência às mesmas infrações gravíssimas previstas nos
artigos 163, 164, 165, 173, 174 e 175 e no inciso II do art.
162 do CTB, no prazo de 12 meses; condenado judicialmente
por delito de trânsito observado no art. 160.
▪ Cassação da permissão para dirigir (primeira habilitação
concedida pelo Detran pelo período de um ano
para candidatos considerados aptos nos exames teórico e
prático): o condutor terá a permissão cassada se cometer
uma infração grave ou gravíssima, ou tiver reincidência em
infração média, de acordo com o parágrafo 3.º do art. 148
do CTB (BRASIL, 1997).
▪ Curso de reciclagem: é obrigatório para o condutor
envolvido em acidente grave e condenado por delito de
trânsito, ou quando o infrator recebe a penalidade de
suspensão do direito de dirigir. Sempre que o condutor for
suspenso do direito de dirigir, terá obrigatoriamente que
realizar o curso de reciclagem. Essas informações constam
no art. 268 e resolução 168 do CTB.
Você sabia?
Se você estiver com o direito de dirigir suspenso e for pego dirigindo, a sua
CNH será cassada e somente após dois anos da cassação, poderá requerer
sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
É importante lembrar-se de que o agente de trânsito
autua o infrator, contudo, isso ainda não é a multa. Somente após
a tramitação dessa verificação pelo agente da autoridade e
passado por todos os períodos de recurso é que as penas serão
aplicadas; a imposição da multa é a última etapa desse processo.
"O guarda me multou" é uma frase muito comum entre
os cidadãos, porém é incorreta, pois o guarda (agente de
trânsito) autua, quem multa é a autoridade de trânsito.
Medidas administrativas
Segundo o art. 269 do CTB (BRASIL, 1997), dependendo da
infração, poderão ser aplicadas as seguintes medidas
administrativas:
▪ Retenção do veículo: consiste na manutenção do veículo
no local em que se encontra (conforme art. 270) ou em um
pátio designado para retenção, com a finalidade de que a
irregularidade constatada seja sanada pelo condutor do
veículo. Caso não seja possível saná-la, o veículo deve ser
liberado mediante o recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual. Algumas infrações pedem a retenção
do veículo no momento em que é constada a irregularidade
pelo agente da autoridade, para saber quais são essas
infrações, clique aqui.
▪ Remoção do veículo: ocorre quando o veículo está
estacionado de forma irregular e sem a presença do
condutor, por exemplo, estacionar o veículo na calçada.
Sempre que houver prejuízo à circulação, o veículo em
questão será removido para a regularização. Para saber mais
sobre as infrações que trazem a remoção do veículo como
medida, clique aqui.
▪ Recolhimento da permissão para dirigir ou da CNH, do
Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo
(CRLV): ocorre mediante recibo, além dos casos previstos
no CTB, quando houver suspeita de sua autenticidade ou
adulteração.
▪ Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual
(CLA): será feito mediante recibo, além dos casos previstos
no CTB.
▪ Transbordo do excesso de carga para outro veículo: o
transbordo é uma medida administrativa que ocorre quando
há transferência do excesso de carga de um veículo para
outro.
▪ Realização do teste de dosagem de alcoolemia: é uma
medida administra, entendida como perícia de substância
entorpecente ou que determine dependência física ou
psíquica.
▪ Recolhimento de animais que se encontram soltos nas
vias e na faixa de domínio das vias de circulação.
▪ Realização de exames de aptidão física e mental, de
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
veicular.

Figura 1 – A remoção do veículo é uma medida administrativa


Vamos ver algumas condições que afetam a aplicação das
penalidades e das medidas administrativas? Analise-as a seguir!
Você sabia que nenhuma penalidade pode ser aplicada quando a
sinalização na via estiver insuficiente ou incorreta? Essa
determinação está prevista no art. 90 do CTB (BRASIL, 1997).
Para saber mais, clique aqui e vá direto ao art. 90.
Retenção do veículo
A retenção ocorrerá quando:
▪ o veículo portar placas de identificação em desacordo com o
estabelecido pelo Contran;
▪ o veículo estiver com cor ou qualquer outra característica
alterada, com falta de equipamento obrigatório ou acessório
proibido; com vidros total ou parcialmente cobertos por
película refletiva (não autorizadas); em mau estado de
conservação e segurança ou reprovado em teste de inspeção
veicular;
▪ o veículo estiver derramando carga, combustível ou
lubrificante;
▪ o condutor estiver sem os documentos de porte obrigatório,
dentre outros;
▪ o condutor promover ou participar de competição ou
manobra perigosa na via sem autorização;
▪ o condutor pilotar motocicleta sem capacete, com passageiro
sem capacete ou com criança menor de 7 anos;
▪ o condutor, no caso de acidente com vítima, deixar de
prestar socorro, de providenciar tarefas para evitar perigo ao
trânsito local e de preservar o local para a perícia.
Remoção do veículo
A remoção do veículo ocorrerá quando:
▪ o veículo estiver estacionado nas esquinas a menos de 5
metros do alinhamento da pista transversal; afastado mais
de meio metro da guia da calçada; junto a hidrantes ou
registros de água sinalizados; em viadutos, pontes e túneis,
salvo quando houver autorização na entrada e/ou saída dos
veículos; em lugares de passeios, em faixas destinadas a
pedestres e em pontos de embarque e desembarque de
passageiros de coletivos;
▪ o veículo estiver imobilizado na via por falta de combustível;
Advertência por escrito
A advertência por escrito pode ser imposta em
substituição à penalidade de multa para infração de natureza
leve ou média (que seria passível de ser punida com multa) se o
infrator não for reincidente na mesma infração, nos últimos 12
meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do
infrator, entender que essa providência será mais educativa.
Multa
Quando o condutor comete uma infração de trânsito,
recebe uma multa como penalidade; ela é classificada em quatro
categorias de acordo com a gravidade, cada uma com o respectivo
valor pecuniário, conforme estabelecido no art. 258 do CTB.
A medida provisória n. 1973-67 extinguiu a UFIR e, em
virtude disso, a Resolução n. 136 do Contran atualizou os valores
das infrações.
O art. 259 do CTB institui a pontuação para a infração,
dependendo de sua classificação.
No quadro abaixo, confira os valores e a pontuação de
cada multa, de acordo com a legislação atual.
Quadro 1 - Classificação das infrações
Comparativo de valores de multa
atualizados

Gravid Pontu Valor Reajus Valor


ade ação te (%) atualizad
o

Leve 3 R$ 66,12% R$ 88,38


pontos 53,20

Média 4 R$ 52,89% R$ 130,16


pontos 85,13

Grave 5 R$ 52,89% R$ 195,23


pontos 127,69

Gravís 7 R$ 53,21% R$ 293,47


sima pontos 191,54
Fonte: Detran/RJ, 2016.
E por falar em infrações, você sabe quais foram as normas de
trânsito alteradas nos últimos anos? Então, confira as mudanças:
A nova Lei Seca n. 12.760/2012, por exemplo, trouxe novas
regras com detalhes de verificação da irregularidade por parte do
agente de trânsito e penalidades na confirmação da infração. É
importante ter ciência das normas para que possamos respeitá-las
conforme o código de trânsito determina. A penalidade para a
infração de alcoolemia continua sendo gravíssima e valendo sete
pontos no prontuário do condutor, porém o valor da multa
gravíssima foi multiplicado por 10 e passou para R$ 2.934,70,
contando também o tempo de suspensão do infrator, que será de
12 meses.
A combinação de direção + álcool, além de implicar em
penalidades estabelecidas pelo código de trânsito, pode causar
diversos riscos aos usuários da via. Vamos conhecer um pouco
mais dessa Lei?
spaceplay / pause qunload | stop ffullscreenshift + ←→slower /
faster
↑↓volume mmute
←→seek . seek to previous 12… 6 seek to 10%, 20% … 60%

Vídeo de inserção 1 - Direção + álcool = riscos


Outra regra atualizada é sobre a ultrapassagem, a nova Lei n.
12.971/2014, estabelece valores mais pesados para as multas e
penalidades mais severas aos infratores.
Mas uma das leis mais comentadas do momento é a Lei do Farol
Baixo, n. 13.290/2016, que estabelece o uso obrigatório do
farol baixo nas rodovias brasileiras durante o dia, inclusive em
trechos de perímetro urbano. Quem deixar de cumprir essa norma
estará sujeito à multa de peso médio, sendo adicionado 4 pontos
ao prontuário do infrator.
Fique atento com a novidade!! O CONTRAN publicou no dia
19/10/2016 a Resolução 624 que altera o Art. 228 do CTB, vamos
ver o que fala a nova regra?
Se for possível ouvir o som do carro do lado externo do veículo,
independentemente do volume, e isso perturbar o sossego
público, o motorista será autuado por infração grave. Além da
multa, que a partir de novembro será de R$ 195,23, o motorista
também somará cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de
Habilitação).
A exceção vale para ruídos produzidos por buzinas, alarmes,
sinalizadores de marcha-a-ré, sirenes e outros componentes
obrigatórios do próprio veículo. Também não serão multados pelo
som excessivo carros de som utilizados para publicidade,
entretenimento e comunicação e veículos de competição, desde
que estejam autorizados pelo órgão de trânsito.
Conforme a Resolução 624 do Contran, o agente de trânsito
deverá registrar, no campo de observações do auto de infração, a
forma de constatação do fato. A infração está prevista no artigo
228 do Código de Trânsito Brasileiro.
Quer conferir na íntegra todas essas redações?
▪ Clique aqui para Lei n. 12.760, de 20 de dezembro de 2012.
▪ Clique aqui para Lei n. 12.971, de 9 de maio de 2014.
▪ Clique aqui para Lei n. 13.290, de 23 de maio de 2016.
▪ Clique aqui para Resolução n. 624, de 19 de outubro de
2016.
Acompanhe a Tabela 2, abaixo, e veja o que mudou com a Lei n.
13.281/2016.
Quadro 2 - Mudanças nas normas de trânsito
Suspensão

Antes da nova lei Depois

De 6 a 12 meses para
De 1 a 3 meses para somatória somatória de pontos, em
de pontos. caso de reincidência, de 8
meses a 2 anos.

De 2 a 7 meses para multas


agravadas por 3 vezes o valor da
gravíssima. De 2 a 8 meses, exceto
para as infrações com prazo
De 4 a 12 meses para multas d e s c r i t o n o d i s p o s i t i v o
agravadas por 5 vezes o valor da infracional e, em caso de
gravíssima. reincidência no período de
12 meses, passará de 8 a
De 12 a 24 meses para multas 18 meses.
agravadas por 10 vezes o valor
da gravíssima.

Infração

Antes da nova lei Depois

Dirigir utilizando telefone


Dirigir utilizando telefone celular
celular (mesmo que
(mesmo que somente
somente manuseando ou
manuseando) – Média – 4 pontos
segurando) – Gravíssima –
– R$ 85,13.
7 pontos – R$ 293,47.

O porte será dispensado


quando, no momento da
Conduzir veículo sem os fiscalização, for possível ter
documentos de porte obrigatório acesso ao devido sistema
referidos no CTB (CRLV) - informatizado para verificar
Sempre obrigatório – Leve – 3 se o veículo está licenciado.
pontos – R$ 53,20. Caso não seja possível,
continuará sendo uma
Multa Leve

Usar o veículo para,


Gravíssima 60X – R$
deliberadamente, interromper a
17.608,20 – em caso de
circulação da via sem autorização
reincidência no período de
do órgão – Gravíssima 20X – 7
12 meses aplica-se o dobro.
pontos - R$ 3.830,80.
r e f e r i d o s n o C T B ( C R L V ) - informatizado para verificar
Sempre obrigatório – Leve – 3 se o veículo está licenciado.
pontos – R$ 53,20. Caso não seja possível,
continuará sendo uma
Multa Leve

Usar o veículo para,


Gravíssima 60X – R$
deliberadamente, interromper a
17.608,20 – em caso de
circulação da via sem autorização
reincidência no período de
do órgão – Gravíssima 20X – 7
12 meses aplica-se o dobro.
pontos - R$ 3.830,80.

Velocidades das vias

Antes da nova lei Depois

110 km/h para automóveis, Pista dupla: 110 km/h –


camionetas e motocicletas. Pista simples: 100 km/h.

90 km/h para ônibus e micro-


ônibus. Pista dupla ou simples: 90
km/h.
80 km/h para os demais veículos.

60 km/h nas estradas. Permanece 60 km/h.

Pontuação
O condutor acrescenta pontos à CNH a cada infração
cometida. Ao atingir 20 pontos em um período de 12 meses,
terá o direito de dirigir suspenso por um prazo mínimo de
seis meses a um ano, no caso de reincidência no período de 12
meses, de 8 meses a 2 anos.
A quantidade de pontos que será anotada no cadastro do
documento de habilitação do infrator dependerá da classificação
da infração, conforme apresentado no quadro 2.
Em caso de dúvida sobre algum dos itens citados
anteriormente, procure o Detran do seu estado e faça a
conferência.
Ao cometer uma infração, a CNH fica pontuada por um
período de 12 meses. Por exemplo: Se a infração aconteceu em
maio de 2016, sua CNH ficará pontuada até maio de 2017.
Se o condutor do momento da infração não for
identificado, o proprietário do veículo terá 15 dias de prazo após a
notificação da autuação para indicar o real infrator; caso não o
faça, será considerado responsável pela infração.
Suspensão do direito de dirigir
A suspensão da habilitação é uma penalidade que
deixará o condutor sem dirigir por um tempo determinado,
conforme seu prontuário ou infração. A suspensão de habilitação
poderá ocorrer por somatória de 20 pontos num período de 12
meses ou por infração direta. São exemplos de infração direta:
▪ Dirigir alcoolizado (art. 165)
▪ Efetuar manobra perigosa (art. 175)
▪ Pilotar moto sem capacete (art. 244, I)
▪ Transportar, na moto, passageiro sem o capacete de
segurança (art. 244, II)
▪ Conduzir a moto fazendo malabarismo ou equilibrando-se
apenas em uma roda (art. 244, III)
▪ Conduzir a moto com os faróis apagados (art. 244, IV)
▪ Transportar, na moto, criança menor de sete anos (art. 244,
V)
▪ Transpor bloqueio policial (art. 210)
▪ Dirigir ameaçando pedestres (art. 170)
▪ Dirigir em velocidade superior a mais de 50% do limite
permitido (art. 218, III)
▪ Disputar corrida por espírito de emulação (art. 173)
▪ Participar de competição esportiva em via pública sem
permissão da respectiva autoridade de trânsito (art. 174)
▪ Omitir-se de socorrer vítima (art. 176)
▪ Forçar passagem entre veículos transitando em sentidos
opostos (art. 191)

Figura 2 – Suspensão do direito de dirigir


Você sabia que seu veículo poderá ser apreendido em caso de
irregularidade de trânsito? Vejamos a seguir:
De acordo com o CTB (BRASIL, 1997), o recolhimento do veículo
pelas autoridades de trânsito acontecerá sempre que o condutor:
▪ disputar corrida em via pública e/ou participar de competição
esportiva sem autorização;
▪ demonstrar ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca,
derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento
de pneus;
▪ usar de modo incorreto o alarme do carro, gerando barulhos
desnecessários e que incomodam as demais pessoas;
▪ ultrapassar o bloqueio da via policial sem autorização;
▪ falsificar ou violar o lacre da placa ou a própria placa;
▪ transportar passageiros em compartimento de carga, salvo
exceções autorizadas pela autoridade competente e na forma
estabelecida pelo Contran;
▪ dirigir veículo com dispositivo antirradar;
▪ transportar escolares sem portar autorização para esses
veículos;
▪ dirigir sem autorização especial para transitar com
dimensões excedentes;
▪ falsificar ou adulterar a CNH ou o CRLV;
▪ recusar-se a entregar para a autoridade os documentos
solicitados;
▪ retirar o veículo retido para fiscalização;
▪ bloquear a via com o veículo;
▪ dirigir sem uma das placas de identificação do veículo
(traseira ou dianteira);
▪ conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor rebocando outro
veículo ou sem segurar o guidom com ambas as mãos (salvo
eventualmente para indicação de manobras);
▪ transportar carga incompatível com suas especificações ou
em desacordo com o previsto no parágrafo 2.º do art. 139-A
do CTB;
▪ efetuar transporte remunerado de mercadorias em desacordo
com o previsto no art. 139-A do CTB ou com as normas que
regem a atividade profissional dos mototaxistas.
Crimes de trânsito
O condutor que praticar homicídio culposo ou lesões
corporais culposas estará cometendo um crime de trânsito. A
pena prevista vai de suspensão da CNH a detenção do condutor.
Quando você é o responsável por um acidente de trânsito com
vítima, deve prestar atendimento, chamando por socorro. Caso
abandone o local, estará cometendo o crime de omissão de
socorro. Se a vítima falecer, mesmo que o socorro tenha sido
prestado, você poderá ser responsabilizado por um crime de
trânsito. Ainda que o condutor não tivesse a intenção, o art. 304
do CTB prevê punição para essa situação.
Algumas infrações são caracterizadas como crimes de trânsito e
são submetidas às Normas Gerais do Código Penal e ao Código de
Processo Penal.
Para os crimes dolosos, as penalidades são mais severas:
▪ suspensão da CNH;
▪ por um prazo entre 2 meses e 5 anos, é proibido ao
condutor obter uma nova habilitação;
▪ ao ser punido, o condutor pode, além de pagar as multas,
reparar os danos causados ao patrimônio público ou a
terceiros;
▪ para determinados crimes, as penas podem variar de 6
meses a 4 anos;
▪ em caso de violação, o infrator pode ser preso por um
período de 6 meses a 1 ano.
Para saber mais sobre os crimes e as consequências para o
condutor, leia os artigos 291 a 309 do CTB (BRASIL, 1997).
Importante: Clique aqui e conheça os crimes de trânsito e
as respectivas penalidades!
Processo administrativo
Em seu capítulo XVIII, o CTB (BRASIL, 1997) apresenta o
processo administrativo dividido em duas seções:
▪ Seção I: Da Autuação.
▪ Seção II: Do Julgamento das Autuações e Penalidades.
No art. 280 do CTB (BRASIL, 1997), no que diz respeito à
autuação, o processo administrativo prevê que, em situações de
infração prevista na legislação, será lavrado auto de infração, no
qual deverá constar:
1 tipificação da infração;
2 local, data e hora do cometimento da infração;
3 caracteres da placa de identificação do veículo, marca e
espécie, além de outros elementos julgados necessários à
identificação;
4 prontuário do condutor, sempre que possível;
5 identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente
autuador ou equipamento que comprova a infração;
6 assinatura do infrator, sempre que possível, valendo essa
como notificação do cometimento da infração.
A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade
ou do agente de trânsito por meio de aparelho eletrônico ou
equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro
meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado
pelo Contran.
Quando possível, o infrator deverá ser notificado imediatamente
sobre a infração cometida. Não sendo possível a autuação em
flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no
próprio auto de infração, informando os dados a respeito do
veículo e qual foi a infração.
Assim, para toda autuação, será aberto um procedimento
administrativo, para que, ao final, sejam determinadas as
penalidades de acordo com o ato infracional.
Nas situações em que o infrator não concorda com a autuação,
poderá interpor recursos, os quais vão da análise do procedimento
da autuação (recursos administrativo) até a última instância, que
seria a interposição de recurso ao Conselho Estadual de Trânsito
(Cetran), ou, ainda, ao Contran, dependendo do caso.
Chegamos ao final de mais uma Unidade de Estudo. Esperamos
que as informações repassadas até aqui tenham sido válidas, e
que você tenha percebido a importância da realização deste curso,
que traz conhecimentos úteis que, com certeza, serão utilizados
em seu dia a dia como condutor. Desenvolva os exercícios para
melhor fixação do conteúdo e vamos em frente!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o
Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 16 out. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
(Coord.). Capacitação de Recursos Humanos. Curitiba, 2001,
58 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor de Trânsito.
Módulo IV. Parte D. Noções de Proteção e Respeito ao Meio
Ambiente e de Convívio Social no Trânsito. Curso a distância.
Versão 10.10.01.
BRASIL. Lei n. 12.760, de 20 de dezembro de 2012. Altera a
Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm>. Acesso em: 16 out.
2016.
BRASIL. Lei n. 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts.
173, 174, 175, 191, 202, 203, 292, 302, 303, 306 e 308 da Lei
n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas e
crimes de trânsito. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm>. Acesso em: 16 out.
2016.
BRASIL. Lei n. 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts.
173, 174, 175, 191, 202, 203, 292, 302, 303, 306 e 308 da Lei
n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas e
crimes de trânsito. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm>. Acesso em: 16 out.
2016.
BRASIL. Lei n. 13.290, de 23 de maio de 2016. Torna
obrigatório o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso durante o dia
e dá outras providências. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm >.
Acesso em: 16 out. 2016.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir







▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE3: Direitos, deveres e responsabilidades do


cidadão condutor de veículos em relação ao
trânsito
OBJETIVO
▪ Explanar os direitos, os deveres e a importância da educação para o
trânsito.
Olá! Sabemos que, muitas vezes, o condutor está mais protegido
do que o pedestre, mas não podemos nos esquecer de que somos
todos iguais, inclusive no trânsito. Logo, condutor e pedestre têm
direitos e deveres. Vamos relembrar alguns tópicos sobre
educação, direitos e deveres no trânsito? Acompanhe!

Vídeo de inserção 1 – Responsabilidades do condutor.


Antes de conversamos sobre educação para o trânsito, é preciso
entendermos o nosso papel de cidadãos. Vamos lá!
O que é cidadania?
É a relação de direitos e deveres que o indivíduo vai adquirir em
uma determinada sociedade. Mas que direitos são esses?
▪ O direito civil refere-se, por exemplo, ao seu direito de ir e
vir, de escolher uma religião, entre outros.
▪ Já o direito político refere-se ao seu direito de voto livre,
de escolha de seus governantes e de envolvimento em ações
políticas do país.
▪ O direito social refere-se a ações coletivas de benefícios
para toda a comunidade, ou seja, toda a ação que beneficia
a sociedade como um todo, sem distinção de raça, posição
social ou cultural; podemos citar como exemplos a
mobilidade urbana e suas condições de uso com ações
positivas e regras para circular.

Educação para o trânsito


No processo de educação para o trânsito, objetiva-se
apresentar as regras básicas do trânsito aos pedestres e aos
condutores. É fundamental conhecer os direitos e respeitar os
deveres, pois isso pode garantir a segurança de todos.
A legislação de trânsito apresenta e assegura os direitos e
deveres que organizam o sistema desse âmbito. Mas não basta
conhecer as leis, é preciso ter atitudes de respeito com os
demais condutores e usuários das vias.
Um bom motorista e/ou ciclista será um bom pedestre,
pois reconhece seu papel social no trânsito e sabe que segurança
e respeito precisam estar em harmonia para garantir a qualidade
de vida de todos.

Figura 1 – Educação para o trânsito.


A educação infantil para o trânsito
A criança é um ser muito curioso e atento ao ambiente
que frequenta, quando recebe a orientação certa de como deve
agir, passa a perceber rapidamente os erros. Portanto, trabalhar
educação de trânsito com crianças, além de ser assunto
fundamental, pode se tornar interessante, pois elas são ágeis para
assimilar as informações e se envolvem com o assunto. Uma
criança estimulada em sua educação social será um adulto mais
consciente.
A educação para o trânsito desde a infância é
uma excelente forma de iniciar a conscientização da população
para os direitos e deveres de cada cidadão. As crianças passam
a conhecer o assunto e a reconhecer os riscos e
os cuidados que devem tomar, e o objetivo é que se
tornem adultos conscientes e responsáveis no trânsito.
Observe, a seguir, as atitudes (tanto de pedestres quanto de
condutores) que podem causar acidentes de trânsito e o que é
preciso fazer para evitar e prevenir esse tipo de situação.
Acidentes de trânsito: pedestre e condutor
Tenha sempre em mente que conduzir um veículo é muito
mais do que apenas dirigi-lo. O bom convívio social e o respeito
são atitudes importantes para condutores e pedestres.
Programas e campanhas para a segurança no trânsito
surgem com frequência. Mas, ainda assim, é grande o número de
acidentes de trânsito causados por pedestres e condutores.
Aposentadorias precoces, leitos de hospital ocupados por
acidentados de trânsito, indenizações, morte precoce, são alguns
dos efeitos negativos que um acidente pode causar, portanto,
devemos nos comprometer com as regras para preservar a vida.
Apesar de o Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 1997)
classificar como vitima de acidente de trânsito quem necessita de
atendimento médico no local do acidente, é importante refletirmos
que qualquer pessoa pode ser vitima desses infortúnios. Devemos
considerar, também, os reflexos que os acidentes causam, pois
geram prejuízos sociais e financeiros, tanto para o cidadão
envolvido como para a sociedade em geral.
Quantas vezes você já presenciou um pedestre correndo para
atravessar a rua, fora da faixa e com veículos em movimento na
via? Isso acontece com muita frequência. A pressa diária acaba
colocando em risco a vida das pessoas, principalmente no trânsito.

Figura 2 – Acidentes de trânsito.


Condutor
Acidentes também são provocados por imprudência e mau
comportamento do condutor. Vamos relembrar algumas dessas
atitudes?
▪ Falta de atenção ao atravessar a via.
▪ Dar marcha à ré inadequadamente.
▪ Desatenção à sinalização de trânsito.
A maioria dos acidentes é provocada por falta de atenção e
desrespeito às normas. Segundo o CTB, "o condutor deve sempre
estar bem disposto, equilibrado e sóbrio" para que possa ter
completo domínio de suas ações e não se envolver em situações
de risco.
Para obter a CNH, o futuro condutor precisa atender a alguns
requisitos descritos no Código de Trânsito Brasileiro – CTB
(BRASIL, 1997), tais como:
▪ ser penalmente imputável;
▪ saber ler e escrever;
▪ possuir CPF (Cadastro de Pessoas Físicas);
▪ possuir documento de identidade ou equivalente;
▪ estar apto física, mental e psicologicamente (aprovação na
avaliação psicológica, no psicotécnico e no exame de aptidão
física e mental);
▪ participar dos cursos teórico e prático para direção veicular;
▪ ter sido aprovado no exame técnico-teórico e de direção
veicular.
Como condutor, você tem o dever de:
▪ saber sobre a legislação de trânsito e sua aplicabilidade;
▪ obedecer e zelar pelo cumprimento da legislação de trânsito;
▪ ter noções de mecânica;
▪ ter conhecimento sobre direção defensiva;
▪ ter controle sobre seu estado emocional (para saber lidar
com todas as situações no trânsito) e controle técnico do
veículo;
▪ promover um trânsito seguro e confiável.
Com o avanço das tecnologias, percebe-se um grande número de
pedestres que circulam utilizando telefone celular, digitando ou
falando, e não percebem a aproximação do veículo, correndo risco
no trânsito. Então, é fundamental que o motorista preste atenção
às possíveis atitudes dos pedestres.
Fique atento ao que está acontecendo à sua volta, pois, além de
muitos motoristas não respeitarem às regras de trânsito, a atitude
dos pedestres pode provocar acidentes. Observe, a seguir, alguns
exemplos de atitudes que podem causar acidentes.
▪ O pedestre surge de repente pelas laterais da via.
▪ O pedestre sai de trás de veículos.
▪ O pedestre não conhece as regras de circulação em vias
públicas e, por consequência, não conhece os respectivos
deveres.
Quando você é surpreendido por uma situação não prevista e a
sua atenção está totalmente voltada para a atividade que está
desenvolvendo, aumentam-se as chances de tomar uma decisão
assertiva. Essa decisão pode ser determinante para evitar um
acidente.
Imprudência, imperícia e negligência
O condutor que se arrisca de forma desnecessária acredita
que tem o domínio do carro e do ambiente, e normalmente
desqualifica o outro. Há algumas características de condutores que
aumentam o risco de acidentes no trânsito, por isso é importante
ficar atento às regras para poder identificar esse comportamento
em outros condutores.
São três aspectos negativos que você, como condutor, deve evitar
para minimizar as chances de se envolver em acidentes ou acabar
contribuindo para o mau funcionamento do trânsito. Vamos
descobrir o que significam?
1 Negligência: é a falta de cuidado, de aplicação, de
exatidão, de interesse e de atenção, em que há descuido,
displicência, desatenção, desleixo, desmazelo ou preguiça.
O condutor negligente, por exemplo, não tem equipamentos
obrigatórios no veículo, ou não realiza a correta manutenção
desses equipamentos, não conduz o veículo respeitando a
direção defensiva e não tem posse dos documentos do
veículo.
2 Imperícia: refere-se ao condutor que não tem perícia, não
tem competência nem habilidade, não tem experiência e não
está apto para dirigir. É a falta de qualificação técnica,
teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos básicos
sobre o veículo. Vale lembrar que todo motorista foi
aprovado em seu exame de direção pela competência teórica
e técnica, mas nem todos executam com precisão, por isso,
é importante praticarmos as técnicas para ficarmos cada vez
mais hábeis.
3 Imprudência: refere-se ao condutor que não tem prudência
nem cautela. Por exemplo: dirigir alcoolizado; conduzir o
veículo de forma inadequada; realizar uma ultrapassagem
não permitida; utilizar equipamentos de segurança do veículo
sem condições adequadas de uso; dirigir em velocidade
inadequada; desrespeitar a sinalização e o pedestre.
Vamos ver quais são as recomendações do CTB para pedestres e
condutores de veículos não motorizados? Acompanhe!
Pedestres e condutores de veículos não motorizados
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece regras para os
elementos do trânsito, inclusive para ciclistas, pedestres e veículos
de tração animal (carroças). Vamos relembrar essas normas!
Veículo não motorizado é todo meio de transporte
conduzido pela força humana (bicicleta) ou por tração animal
(carroça).

Figura 3 – Veículo não motorizado.


Existem normas e leis que orientam pedestres e condutores de
veículos não motorizados. O CTB (BRASIL, 1997) prevê, nos arts.
68, 69 e 70, as seguintes disposições:
▪ Art. 68: Garante ao pedestre a qualidade de acesso às vias
de transição em locais de perímetro urbano e acostamentos
nas vias rurais. É permitido à autoridade competente utilizar
parte do espaço destinado à circulação do pedestre para
outros fins, desde que essa adequação não seja prejudicial
ao pedestre.
▪ Nas áreas urbanas, quando não houver passeios, ou
quando não for possível a utilização destes, a circulação de
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade
sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única,
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações
em que a segurança ficar comprometida.
▪ Nas vias rurais, quando não houver acostamento, ou
quando não for possível a utilização deste, a circulação de
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade
dos veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido
contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais
proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida.
▪ Art. 69: Apresenta as precauções de segurança para o
pedestre, como estar atento ao realizar uma travessia; ter
visibilidade, distância e noção da velocidade dos
veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele
destinadas, observadas as seguintes disposições:
▪ Onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
▪ Para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou
delimitada por marcas sobre a pista devem ser observadas
as seguintes normas: Onde houver foco de pedestres,
obedecer às indicações das luzes e onde não houver foco de
pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito
interrompa o fluxo de veículos;
▪ Nas interseções e nas proximidades, onde não existam faixas
de travessia, os pedestres devem atravessar a via na
continuação da calçada, observadas as seguintes normas:
Não deverão adentrar na pista sem antes se certificarem de
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos e, uma
vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não
deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar
sobre ela sem necessidade.
▪ Art. 70: Destaca a prioridade de passagem em vias com
faixas delimitadas, exceto em locais com sinalização
semafórica, onde deverão ser respeitadas as determinações
do CTB.
Vale ressaltar que, nos locais em que houver sinalização
semafórica de controle de passagem, será dada preferência aos
pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso
de mudança do semáforo, liberando a passagem dos veículos.
Diante disso, vemos que o pedestre precisa estar sempre atento,
obedecer à sinalização e cruzar a via pública somente na faixa
própria. E quando não houver faixa adequada, a travessia deverá
ser feita pela via perpendicular à calçada.

Figura 4 – Acidentes de trânsito muitas vezes são causados por pedestres.


Você sabia que, no Brasil, desde 1998, com a vigência do CTB, é
obrigatória a educação para o trânsito em escolas das redes
pública e privada, de 1.º e 2.º graus, como tema transversal?
Vamos ver melhor sobre isso a seguir.
O CTB dedica o Capítulo VI à educação para o trânsito. O art.
74 (BRASIL, 1997) cita que "a educação para o trânsito é direito
de todos e constitui dever prioritário para os componentes do
Sistema Nacional de Trânsito".
Já o art. 76 do CTB (BRASIL, 1997) afirma:
A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas
escolas de 1.º, 2.º e 3.º graus, por meio de planejamento e ações
coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
BRASIL, 1997.
O CTB define, ainda, que o Ministério da Educação e do Desporto,
mediante proposta do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e
do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras,
diretamente ou mediante convênio, deverá promover (BRASIL,
1997):
I – A adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de
trânsito;
II – A adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito
nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de
professores e multiplicadores;
III – A criação de corpos técnicos interprofissionais para
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
IV – A elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito
junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com
vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito.
BRASIL, 1997.
Perceba que o país está se adaptando e procurando aprimorar a
formação dos indivíduos no trânsito de todos os estados. Diante
disso, a sua conduta como portador da CNH deve ser exemplar, e
as correções necessárias devem ser realizadas, a fim de que você
contribua para o bom fluxo e funcionamento do trânsito ao qual
participa. Vamos realizar os exercícios e dar sequência aos nossos
estudos? Até a próxima Unidade!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o
Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 18 out. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO. Capacitação de Recursos Humanos. Curso de
Formação de Instrutor de Trânsito – Módulo IV – Parte A:
Legislação de Trânsito. Curso a distância. Versão 10.10.01.
Curitiba, 2001.

• imprimir

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir
▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE4: Segurança e atitudes do condutor,


passageiros, pedestres e demais atores no
processo de circulação
OBJETIVO
▪ Apresentar os aspectos centrais da segurança e dos comportamentos
dos indivíduos participantes do trânsito.
Olá! De que forma você, condutor, está seguro no trânsito? Nesta
Unidade de Estudo, vamos conhecer alguns aspectos importantes
para a sua segurança e a dos demais participantes do trânsito.
Vamos lá?
Segurança no trânsito
"Existem procedimentos que, quando praticados
conscientemente, ajudam a prevenir ou evitar acidentes. Podemos
chamar esses procedimentos de Método Básico na Prevenção de
Acidentes e aplicá-los em qualquer atividade no dia a dia, que
envolva riscos". Essa é uma mensagem publicada no site do
Detran/PR.
Com isso, podemos entender que, além de conhecer os
fatores que podem causar colisões, devemos estar preparados em
todos os momentos, para atitudes que ajudam na prevenção.
Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e
responsabilidade são princípios básicos de qualquer método de
prevenção de acidentes.
Mas, para entendermos profundamente os princípios básicos para
a prevenção de acidentes, vamos retomar a definição de trânsito!
Trânsito é a movimentação e a mobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres.
Mas, como tornar essa movimentação segura para todos? Analise
a seguir.
A maior parte dos acidentes é causada por falha humana. Apesar
de a responsabilidade no trânsito ser um dever de todos, cabe aos
condutores a parcela maior de atenção e cuidado.
As leis, a engenharia, o esforço legal, a sinalização, a educação e
as campanhas por um trânsito mais consciente de nada adiantam
se não houver a colaboração dos cidadãos dentro deste sistema
integrado de ações que visam a um comportamento ético no
trânsito. É importante que todos conheçam e apliquem as regras
de circulação e de conduta para a movimentação nas vias
públicas.

Figura 1 – Segurança no trânsito

Comportamento seguro ou inseguro no trânsito


Comportamento inseguro no trânsito: consumir
bebida alcoólica ou outras substâncias que prejudicam a
capacidade de julgamento antes de assumir o controle de um
veículo, ou antes de fazer atividades mais simples, como uma
caminhada perto de uma via movimentada.
Um comportamento adequado no trânsito depende
principalmente de estímulos e reforços positivos.
O comportamento de uma pessoa pode mudar de acordo
com as obrigações e as condições apresentadas no dia a dia. A
falta de segurança, o nervosismo e a pressa geram, muitas vezes,
comportamentos agressivos que podem levar à violência.
As emoções são responsáveis por reações e
comportamentos, pois são os termômetros e os indicadores para
as escolhas e as decisões de cada instante da vida, e estão
presentes em pensamentos, hábitos, avaliações e julgamentos.
O respeito é fator fundamental para a boa convivência
entre as pessoas, pois todo comportamento é conduzido pelo
consenso geral, que abrange valores que determinam esse
comportamento.
O resultado da boa educação no trânsito gera um
comportamento correto, que promove segurança e tranquilidade
para todos. Nesse contexto, comportamento é definido como a
conduta que o motorista/pedestre tem diante das situações
vivenciadas no trânsito.
Ao seguir as regras, além de adotar um comportamento
adequado no trânsito, você contribui para a construção de um
ambiente seguro e confiável.
Transitar faz parte das nossas vidas, em que o trânsito nos
influencia e nós o modificamos a todo o momento. Existe uma
relação muito estreita entre 'o que o trânsito nos dá' e 'o que
damos ao trânsito' ou 'o que damos aos outros que, como nós,
participam do trânsito'. Há uma troca sinérgica de emoções,
comportamentos e valores éticos de cada pessoa.
CRIVELLA, 2010, p. 53
É importante considerarmos que toda ação não planejada gera um
resultado danoso em nossas vidas, e isso se reflete no nosso
cotidiano em todos os setores, inclusive no trânsito. O CTB
destaca a importância de se preservar a vida e o meio ambiente.
O CTB prevê normas gerais de circulação e conduta relacionadas
aos usuários das vias. De acordo com o art. 26 do CTB (BRASIL,
1997), esses usuários devem:
I. Abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais
ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
II. Abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso
atirando, depositando ou abandonando objetos ou substâncias, ou
criando qualquer outro obstáculo na via.
O art. 27 do CTB (BRASIL, 1997) também cita que, antes mesmo
de colocar um veículo em circulação em vias públicas, o condutor
deverá verificar a existência e as boas condições de
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, além
de conferir se a quantidade de combustível é suficiente para
chegar ao local de destino.
Já o art. 28 afirma que o condutor deverá ter domínio do próprio
veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à
segurança do trânsito (BRASIL, 1997).
Devemos relembrar ainda que o parágrafo 2.º do art. 29 do
CTB (BRASIL, 1997) ressalta:
O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação
obedecerá às seguintes normas:
§ 2.º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas
neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte
serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os
motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade
dos pedestres.
Podemos observar, portanto, que os veículos de maior porte
devem se responsabilizar pelos de menor porte, estes pelos não
motorizados e, juntos, todos devem cuidar dos pedestres.
O art. 52 do CTB (BRASIL, 1997) cota que os veículos de tração
animal ou humana deverão ser conduzidos pela direita da pista,
junto ao meio-fio ou no acostamento, sempre que não houver
faixa especial a eles destinada. Nesse caso, os condutores devem
obedecer às normas de circulação previstas pelo CTB e pelas
regras fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a
via.
O art. 53, por sua vez, determina que os animais isolados ou em
grupos só poderão circular nas vias quando conduzidos em
rebanhos divididos em grupos de tamanho moderado e separados
uns dos outros por espaços suficientes, a fim de não obstruir o
trânsito, e os animais que circularem pela pista de rolamento
deverão ser mantidos junto à borda da pista (BRASIL, 1997).
Em outros artigos, podemos identificar diferentes regras de
segurança, as quais veremos detalhadamente na Unidade 6 deste
Núcleo Temático.
O ser humano, seja qual for sua posição ou situação no trânsito
(condutor, pedestre, passageiro e outros), deve ter em mente a
sua responsabilidade com os demais usuários da via.
O fato de estamos em trânsito o tempo todo, ora como pedestre,
ora como ciclista ou então dirigindo veículos, nos faz participantes
dessa dinâmica complexa, portanto seguir as regras é
fundamental para que sejamos bons cidadãos e, assim, termos
garantidos os nossos direitos.
Figura 2 – Harmonia no trânsito
A segurança no trânsito depende de você! Seja um cidadão
consciente das suas ações. Respeite as regras de segurança e de
circulação previstas no CTB. Até a próxima Unidade!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o
Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 20 out. 2016.
CRIVELLA, Rosane. Novos paradigmas na gestão do trânsito
gaúcho. In: MARIUZA, Clair Ana; GARCIA, Lucio F. Trânsito e
mobilidade urbana: Psicologia, Educação e Cidadania. Porto
Alegre: Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul,
2010. Disponível em: <http://www.crprs.org.br/upload/
files_publications/arquivo52.pdf>. Acesso em: 21 out. 2016.
DETRAN/PR. Departamento de Trânsito do Paraná. Como
prevenir acidentes. Disponível em: <http://
www.detran.pr.gov.br/modules/catasg/servicos-detalhes.php?
tema=motorista&id=343>.Acesso em: 20 out. 2016.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário eletrônico Houaiss


da língua portuguesa. Versão 3.0. Rio de Janeiro: Instituto
Antônio Houaiss; Objetiva, 2009. 1 CD-ROM.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO. Capacitação de Recursos Humanos. Curso de
Formação de Instrutor de Trânsito – Módulo IV – Parte A:
Legislação de Trânsito. Curso a distância. Versão 10.10.01.
Curitiba, 2001.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE5: Formação do condutor, documentos do


condutor do veículo: apresentação e validade
OBJETIVO
▪ Apresentar os requisitos para a obtenção da CNH,
suas diferentes categorias e os documentos de
porte obrigatório.
Olá! Você se recorda de quais são as categorias
de habilitação e os requisitos necessários para a
obtenção de cada uma delas? Nesta Unidade de
Estudo, trataremos de todos os critérios para a
liberação da primeira habilitação e as respectivas
categorias. Falaremos também sobre a
documentação do veículo e do condutor. Vamos
lá?
Habilitação
Para obter a habilitação e poder conduzir
veículo automotor e elétrico, o futuro condutor
precisa atender a alguns requisitos que estão
descritos no CTB (BRASIL, 1997):
▪ ser penalmente imputável;
▪ saber ler e escrever;
▪ possuir documento de identidade ou
equivalente;
▪ possuir CPF.
O candidato pode requerer simultaneamente a
Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) e
a habilitação na categoria B, e solicitar a
habilitação em A e B, submetendo-se a um único
Exame de Aptidão Física e Mental e Avaliação
Psicológica.
Requisitos obrigatórios para alteração de
categorias C, D e E
A alteração de categoria é valida somente
para quem já possui habilitação. O condutor que
tiver interesse deverá procurar um Centro de
Formação para Condutores e iniciar o processo
de alteração conforme normas contidas no CTB.
Além dos requisitos básicos, o condutor
que solicitar a alteração de habilitação para
as categorias C, D e E precisa prestar atenção
nos seguintes requisitos:
▪ Categoria C: estar habilitado há, no
mínimo, 1 (um) ano na categoria B e não ter
cometido infração grave, gravíssima ou ser
reincidente em infração média durante os
últimos 12 (doze) meses.
▪ Categoria D: ter idade mínima de 21 (vinte
e um) anos, estar habilitado há, pelo menos,
2 (dois) anos na categoria B ou 1 (um) ano
na categoria C, e não ter cometido infração
grave, gravíssima ou ser reincidente em
infração média nos últimos 12 (doze) meses.
▪ Categoria E: estar habilitado há, no mínimo,
1 (um) ano na categoria C e não ter
cometido infração grave, gravíssima ou ser
reincidente em infração média nos últimos 12
(doze) meses. O futuro condutor também
precisa ter sido aprovado em curso
especializado, em curso de treinamento de
prática veicular e em situação de risco, nos
termos da normatização do Conselho
Nacional de Trânsito (Contran).
Além dos requisitos apresentados, o candidato
deverá realizar novo exame médico, e nova
avaliação psicológica. Para quem o exerce
atividade remunerada – EAR constará no campo
de observação da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH).
A medida abrange motoristas de caminhão, de
ônibus, taxistas, mototaxistas, motoboys,
entregadores de pizzas, peças, produtos, entre
outros.
Outra regra recente refere-se ao exame
toxicológico, que, de acordo com a resolução
583/2016 do Contran, passa ser obrigatório para
as categorias C, D e E. O exame deverá ser
realizado em laboratórios credenciados ao
Denatran.
Para saber mais sobre essas mudanças, clique
aqui e acesse a Resolução 168/04, Art. 4º § 1º e
Art. 6º § 2º do CONTRAN.
Categorias de habilitação
No Quadro 1, a seguir, você pode conferir as
cinco categorias de habilitação existentes no
Brasil.
Quadro 1 – Categorias da CNH
Categ
Cacterísticas Exemplo
oria

Todos os veículos
Categ a u t o m o t o r e s e
o r i a elétricos, de 2 (duas)
A ou 3 (três) rodas, com
ou sem carro lateral.

Veículos automotores e
elétricos de 4 (quatro)
rodas cujo peso bruto
total não excede a
3.500 (três mil e
quinhentos) kg e cuja
lotação não excede a 8
(oito) lugares, excluído
Cate
o do motorista,
goria
contemplando a
B
A ou 3 (três) rodas, com
ou sem carro lateral.

Veículos automotores e
elétricos de 4 (quatro)
rodas cujo peso bruto
total não excede a
3.500 (três mil e
quinhentos) kg e cuja
lotação não excede a 8
(oito) lugares, excluído
Cate
o do motorista,
goria
contemplando a
B
combinação de unidade
acoplada, reboque,
semirreboque ou
articulada, desde que
não ultrapasse a
lotação e a capacidade
de peso estabelecida
para a categoria.
Todos os veículos
automotores e elétricos
utilizados em
transporte de carga
cujo peso bruto total
excede 3.500 (três mil
e quinhentos) kg;
tratores, máquinas
agrícolas e de
Cate
movimentação de
goria
cargas, motor-casa,
C
combinação de
veículos em que a
unidade acoplada,
reboque, semirreboque
ou articulada não
excede 6.000 (seis mil)
lotação e a capacidade
de peso estabelecida
para a categoria.
Todos os veículos
automotores e elétricos
utilizados em
transporte de carga
cujo peso bruto total
excede 3.500 (três mil
e quinhentos) kg;
tratores, máquinas
agrícolas e de
Cate
movimentação de
goria
cargas, motor-casa,
C
combinação de
veículos em que a
unidade acoplada,
reboque, semirreboque
ou articulada não
excede 6.000 (seis mil)
kg de PBT; todos os
veículos abrangidos
pela categoria B.
Veículos automotores e
elétricos utilizados no
transporte de
Categ p a s s a g e i r o s c u j a
oria D lotação excede 8 (oito)
lugares; todos os
veículos abrangidos
nas categorias B e C.
Combinação de
veículos automotores e
elétricos em que a
unidade tratora se
enquadra nas
categorias B, C ou D e
lugares; todos os
veículos abrangidos
nas categorias B e C.
Combinação de
veículos automotores e
elétricos em que a
unidade tratora se
enquadra nas
categorias B, C ou D e
cuja unidade acoplada,
r e b o q u e ,
semirreboque,
C a t e articulada ou com mais
goria d e u m a u n i d a d e
E tracionada, tenha
6.000 (seis mil) kg ou
mais de peso bruto
total, ou a lotação
exceda a 8 (oito)
lugares, enquadrados
na categoria trailer;
todos os veículos
abrangidos pelas
categorias B, C e D.
Fonte: BRASIL (1997).

A Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC)


não é uma categoria, apenas autoriza o condutor
a guiar veículos de duas rodas abaixo de 50
cilindradas (cc).
Identificação do veículo
A identificação visual do veículo é feita por
meio das placas dianteiras e traseiras; a
dianteira é parafusada, a traseira é lacrada, de
acordo com especificações e modelos
estabelecidos pelo Contran. Já os ciclos têm
somente placa traseira lacrada. A violação do
lacre é infração de trânsito conforme o art. 230
inciso I do CTB.
Os caracteres das placas são
individualizados para cada veículo e o
acompanham até a baixa do registro, sendo
vedado o reaproveitamento.
Clique aqui e conheça os modelos de
placas utilizados para cada veículo e sua
respectiva estrutura.
Exames para obtenção da CNH
O primeiro passo para o início do processo
de formação do condutor é abrir o processo de
habilitação em um Centro de Formação de
Condutores. A partir da abertura do processo nas
categorias B ou A, ou então AB, que terá
validade de um ano, o candidato deverá realizar:
a avaliação psicológica;
b avaliação física1;
c 45 horas de aulas teóricas;
d exame teórico junto ao Detran2;
e 25 aulas práticas para categoria B, e 20 para
categoria A.
f exame de direção veicular3.
Você Sabia?
O Detran também oferece uma junta médica
especial para a avaliação dos candidatos com
deficiência.
Esses exames são realizados pelos
Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans),
e os exames médico e psicológico podem ser
realizados nas clínicas credenciadas no Detran,
conforme determinações existentes no CTB e na
Resolução n. 168/2004 do Contran.
Na avaliação psicológica (psicotécnico), são
realizadas entrevistas diretas e individuais;
testes psicológicos, que deverão ser conforme as
resoluções do Conselho Federal de Psicologia
(CFP); dinâmicas de grupo e intervenções
verbais para a avaliação dos seguintes processos
psíquicos, de acordo com o Contran (2012):
1 Tomada de informação.
2 Processamento de informação.
3 Tomada de decisão.
4 Comportamento.
5 Autoavaliação do comportamento.
6 Traços de personalidade, equilíbrio psíquico e
de aptidões percepto-reacionais e motoras.
No laudo psicológico, deve constar um parecer,
que pode ser "apto", "inapto temporariamente"
ou "inapto". Nessa avaliação, não existe o
resultado "apto com restrições".
O Exame de Capacidade Física e Mental é
realizado tanto pelos serviços médicos
do Detran do estado quanto por seus
credenciados. No laudo médico, consta um
parecer similar ao do laudo psicológico, que pode
ser "apto", "apto com restrições", "inapto
temporariamente" ou "inapto".
Após a aprovação nos exames médico e
psicológico, o candidato poderá frequentar o
curso teórico-técnico no Centro de Formação de
Condutores (CFC). Com o curso concluído, será
submetido ao Exame Escrito (exame técnico-
teórico) no Detran; esse exame é constituído
por uma prova convencional ou eletrônica de, no
mínimo, 30 (trinta) questões, as quais incluem
todo o conteúdo programático equivalente à
carga horária de cada disciplina, organizada de
forma individual, única e sigilosa. Para
aprovação, o candidato deve obter, no mínimo,
70% de acerto das questões.
Caso o candidato reprove no exame escrito sobre
legislação de trânsito ou de direção veicular, o
exame só poderá ser repetido depois de
decorridos quinze dias da divulgação do
resultado.
Após a realização do exame teórico-técnico no
Detran e a aprovação do candidato nessa etapa,
ele receberá a Licença para Aprendizagem de
Direção Veicular (LADV), e somente após a
expedição dessa licença é que poderá iniciar as
aulas práticas de direção em um CFC.
Restaram dúvidas sobre a LADV? A seguir,
apresentamos uma descrição detalhada sobre
essa licença. Acompanhe!
Licença para Aprendizagem de Direção Veicular
(LADV)
Quando iniciar o aprendizado prático de
direção veicular em um CFC, o aluno receberá a
LADV, expedida pelo Detran do estado. Essa
licença serve para as seguintes categorias: ACC,
A, B, ACC/B e A/B, e tem validade de 1 ano, a
mesma do processo de habilitação.
Para realizar a prática de direção veicular,
o candidato deve portar a LADV (original)
acompanhada de documento de identidade e
estar acompanhado de um instrutor.
Se o candidato optar pela mudança de
CFC, deverá ser expedida nova LADV. Para tanto,
deve-se considerar as aulas já ministradas e o
prazo de validade. O candidato que conduzir o
veículo em desacordo com as normas referentes
à LADV terá a licença suspensa por 6 meses.
Além do aprendiz e do instrutor, o veículo
utilizado na aprendizagem poderá conduzir
apenas mais 1 acompanhante.
Direção veicular
Após a realização do curso prático, que
contempla, no mínimo, 25 horas-aula na
categoria B, o candidato poderá realizar o exame
prático a fim de obter a CNH para veículos de
quatro rodas ou mais.
Ao entrar no veículo, para a realização do
exame prático, é necessário ajustar o banco e os
espelhos, colocar o cinto de segurança, verificar
se o carro está em ponto morto, dar a partida,
sinalizar para o lado que vai sair, olhar pelo
espelho e para fora, deixar o freio de mão
inteiramente livre e engatar a marcha. O veículo
deverá permanecer ligado até o término do
exame.
O exame de direção veicular deverá ser
realizado:
I em locais e horários estabelecidos pelo
Detran, de acordo com a autoridade
responsável pela via;
II em veículo da categoria pretendida, com
transmissão mecânica e duplo comando de
freios;
III em veículo identificado como "aprendiz em
exame", quando não for destinado à
formação de condutores.
Esse exame compreenderá duas fases:
1 A colocação do veículo em uma vaga
delimitada por balizas.
2 A direção do veículo em via pública.
Balizas removíveis
A delimitação da vaga balizada para o Exame de
Direção Veicular deve atender às seguintes
especificações:
▪ Comprimento total do veículo, acrescido de
40%.
▪ Largura total do veículo, acrescido de 40%.
Avaliação do candidato
O futuro condutor será aprovado quando:
▪ não ultrapassar as 3 (três) tentativas de
manobras na baliza;
▪ não exceder o tempo determinado à
colocação do veículo no espaço de baliza;
▪ não cometer falta eliminatória;
▪ a soma dos pontos negativos não ultrapassar
3 (três).
Para a categoria A, o candidato deve ter
realizado o curso prático com 20 (vinte) horas-
aula. Para essa categoria, o Exame de Direção
Veicular é realizado em um local destinado a tal
atividade. O exame também deve apresentar
obstáculos, tais como: zigue-zague (slalow),
prancha ou elevação, sonorizadores, duas curvas
sequenciais e duas rotatórias circulares (BRASIL,
2004).
O Exame de Direção Veicular para a
categoria A deve ser realizado em veículo com
cilindrada acima de 120 cm³.
O candidato é considerado reprovado no
Exame de Direção Veicular se cometer falta
eliminatória ou se a soma dos pontos negativos
ultrapassar 3 (três), conforme cita o parágrafo
único do art. 18 da Resolução n. 168/2004.
A pontuação negativa por faltas cometidas
durante todas as etapas do exame é assim
classificada:
▪ Uma falta eliminatória: reprovação.
▪ Uma falta grave: 3 (três) pontos negativos.
▪ Uma falta média: 2 (dois) pontos
negativos.
▪ Uma falta leve: 1 (um) ponto negativo.
Após todo esse processo, se o candidato for
aprovado, receberá a Permissão para Dirigir
(PPD) ou "Autorização para conduzir
ciclomotores" provisória e válida por um ano.
Permissão para Dirigir (PPD)
A renovação da permissão para dirigir
(PPD) para CNH só será expedida após 12 (doze)
meses da sua emissão.
O condutor terá prazo de 30 dias para
efetivar sua habilitação junto o Detran; durante
esse tempo, poderá continuar dirigindo sem
incorrer em infração de trânsito.
Lembre-se de que, durante o período da
permissão, o condutor não poderá incorrer em
infrações de natureza grave, gravíssima ou
ser reincidente em infração média, caso
ocorra a irregularidade, sua habilitação será
anulada e terá que iniciar novo processo.
Ao candidato considerado apto para
conduzir ciclomotores é conferida a ACC
(Autorização para Conduzir Ciclomotores)
provisória, com validade de 1 ano.
Caso o Permissionário cometa uma
infração grave, gravíssima ou seja reincidente
em uma infração média, deverá reiniciar todo o
processo de habilitação, precisando, nesse caso,
refazê-lo em todas as etapas, conforme o
parágrafo 4.º do art. 148 do CTB − Lei n. 9.503,
de 23 de setembro de 1997.
Renovação da CNH e exame psicológico
A validade da CNH coincide com a validade
do Exame de Capacidade Física e Mental, que
tem validade de 5 (cinco) anos para pessoas com
menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade e
de 3 (três) anos para idosos acima dessa idade.
Outros prazos também podem ser
estabelecidos a critério médico e, dependendo do
caso, o exame psicológico também deve ser
renovado. Entenda melhor esse assunto lendo
o art. 147 do CTB e do art. 6.º da Resolução n.
168/2004.
Você poderá iniciar o processo de
renovação até 30 (trinta) dias antes do
vencimento da CNH, e terá prazo de até 30
(trinta) dias após o vencimento para continuar
dirigindo sem que ocorra irregularidade de
trânsito, após esse período é possível renovar,
mas não é permitido dirigir! Então, olho no
prazo, condutor!
Art. 150 do CTB: O condutor que ainda
não frequentou o curso de Direção Defensiva e
Primeiros Socorros deverá fazê-lo em até 30
(trinta) dias após o vencimento da carteira, caso
contrário incorrerá em multa, infração gravíssima
de 7 pontos e a medida administrativa será o
recolhimento do documento de habilitação e
retenção do veículo até a apresentação de um
condutor habilitado.
Documentação obrigatória do condutor
Conforme o art. 1.º da Resolução n. 205,
de 20 de outubro de 2006 (BRASIL, 2006), os
documentos obrigatórios são:
I Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC),
Permissão para Dirigir (PPD) ou Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) originais.
II Certificado de Registro e Licenciamento de
Veículo (CRLV) original.
Figura 1 - Modelo da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH)

Importante: Com o advento da Lei


13.281 de maio de 2016, o CRLV ou CLA
continua sendo o documento do veículo de Porte
Obrigatório. Contudo, poderá ocorrer de o
condutor Não Ser Autuado, se a fiscalização
naquele momento puder consultar o sistema
informatizado. Caso não seja possível continuará
sendo uma Multa Leve. Esta dispensa se
restringe ao licenciamento, não é extensiva à
CNH, PPD ou ACC, cujo porte é obrigatório.
Você Sabia?
Você sabia que um dos assuntos do momento é a
CNH digital? Sim, agora ela também poderá ser
apresentada na forma digital! Segundo a
resolução 684/17, a sua carteira nacional de
habilitação, poderá ser apresentada pelo celular,
dispensando a impressa. Mas fique atento as
regras, acione o link, e saiba mais.
Documentação do veículo
Tão importante quanto a CNH são os
documentos do veículo, não é mesmo? Vamos
ver quais são eles?
Certificado de Registro de Veículo (CRV)
Esse documento comprova a propriedade
do veículo e oficializa, junto aos órgãos de
trânsito, uma futura transferência.
Você não precisa estar portando esse
documento para dirigir, mas ele precisa ser
guardado para possíveis e necessárias
alterações, como alteração de propriedade,
mudanças de endereço (município ou estado) ou
ainda alterações nas características do veículo
(rebaixamento da suspensão, alteração de cor,
de combustível, etc.).
Toda e qualquer alteração precisa ser
solicitada antecipadamente aos órgãos de
trânsito responsáveis. Somente após essa
autorização é que se executa a alteração e, na
sequência, se procede a inclusão no documento.
Figura 2 - Certificado de Registro de Veículo.
É obrigatória a expedição de novo CRV quando:
▪ for transferida a propriedade;
▪ o proprietário mudar o município de domicílio
ou residência;
▪ for alterada qualquer característica do
veículo;
▪ houver mudança de categoria.
Qualquer uma dessas alterações deve ser
comunicada imediatamente ao Detran. O prazo
máximo para transferência de propriedade é de
30 dias, e ultrapassar esse prazo constitui
infração GRAVE (Art. 233 do CTB).
Certificado de Registro de Licenciamento de
Veículos (CRLV) ou Certificado de Licenciamento Anual
(CLA)
Esse documento é semelhante ao CRV,
e deve ser renovado anualmente. O envio da
nova documentação acontece após terem sido
quitados todos os débitos do veículo (Taxa de
Licenciamento, Seguro Obrigatório, Imposto
sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA)
e multas vencidas).
Quando houver suspeita de adulteração do
documento, o condutor terá o Certificado de
Licenciamento Anual recolhido.
Os Detrans devem expedir vias originais do
CRLV tantas vezes quantas forem solicitadas pelo
proprietário do veículo.

Figura 3 – Certificado de Registro de


Licenciamento de Veículos
Chegamos ao fim de mais uma Unidade de
Estudo. Esperamos ter contribuído para o
esclarecimento de dúvidas acerca dos principais
critérios utilizados atualmente para a obtenção
da CNH. Vale a pena observar algumas
informações complementares sobre o processo
de habilitação no Código de Trânsito, por
exemplo, as destacadas nos arts. 140 a 160,
assim como a Resolução n. 168/2004. Até breve!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de
1997. Institui o Código de Trânsito
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 23
set. 1997. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm>.
Acesso em: 22 out. 2016.
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito.
Resolução Contran n. 425, de 27 de novembro
de 2012. Dispõe sobre o exame de aptidão
física e mental, a avaliação psicológica e o
credenciamento das entidades públicas e
privadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1.º
a 4.º e o art. 148 do Código de Trânsito
Brasileiro. Brasília, 2012. Disponível em:
<http://www.legisweb.com.br/legislacao/?
id=247963>. Acesso em: 22 out. 2016.
_____. Resolução Contran n. 168, de 14 de
dezembro de 2004. Estabelece Normas e
Procedimentos para a formação de
condutores de veículos automotores e
elétricos, a realização dos exames, a
expedição de documentos de habilitação, os
cursos de formação, especializados, de
reciclagem e dá outras providências. Brasília,
2004. Disponível em: <http://
www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/
RESOLUCAO_CONTRAN_168_04_COMPILADA.pdf
>. Acesso em: 22 out. 2016.
_____. Ministério das Cidades. Resolução
Contran n. 205, de 20 de outubro de 2006.
Dispõe sobre os documentos de porte
obrigatório e dá outras providências.
Brasília, 2006. Disponível em: <http://
www.denatran.gov.br/download/resolucoes/
resolucao205_06.pdf>. Acesso em: 22 out.
2016.
DETRAN/PR. Departamento de Trânsito do
Paraná. Exame toxicológico. Disponível em:
<http://www.detran.pr.gov.br/modules/catasg/
s e r v i c o s - d e t a l h e s . p h p ?
tema=motorista&id=514>.Acesso em: 22 out.
2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE
TRANSPORTE E TRÂNSITO. Capacitação de
Recursos Humanos. Curso de Formação de
Instrutor de Trânsito – Módulo IV – Parte A:
Legislação de Trânsito. Curso a distância. Versão
10.10.01. Curitiba, 2001.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE6: Normas gerais de circulação e conduta


OBJETIVO
▪ Explanar as regras gerais de circulação e conduta.
Olá! Você se recorda das normas que os usuários
das vias (tanto pedestres quanto condutores)
devem seguir para que seu comportamento no
trânsito seja adequado? É muito importante
conhecer as Normas Gerais de Circulação e
Conduta, pois elas definem o comportamento dos
usuários do trânsito. Vamos iniciar os nossos
estudos sobre esse assunto?
Trânsito
Trânsito é sinônimo de movimentação.
Segundo o CTB – Lei n. 9.503, de 23 de
setembro de 1997 (BRASIL, 1997) −, trânsito é
a “movimentação e imobilização de veículos,
pessoas e animais nas vias terrestres”, e
isso precisa de regulamentação e ordem para
que flua com tranquilidade e não ocorram
acidentes.
Como condutor, passageiro ou pedestre, o
ser humano é a figura mais importante no
trânsito. Ele é o único que tem o poder de
desorganizá-lo quando deixa de cumprir as
normas estabelecidas, o que pode ocasionar
graves problemas.
Quando um cidadão utiliza um veículo para
se locomover, ele deve estar seguro, confiante,
com bom controle emocional e excelente
raciocínio.
Segundo o CTB, a responsabilidade do
condutor começa muito antes de colocar o
veículo para circular em vias públicas; verificar
as condições do veículo, a documentação, as
condições dos seus passageiros e a própria é
importante para uma direção segura e regular.
A legislação cita regras para a utilização do
espaço comum, para que todos tenham os
mesmos direitos. O descumprimento das regras
caracteriza infração de trânsito, lembrando que
as infrações, quando flagradas pelo agente de
fiscalização de trânsito ou dispositivo eletrônico
homologado pelo SNT, o condutor será notificado
e serão aplicadas as penalidades de acordo com
cada artigo.
Para colaborar com a qualidade de vida de
todas as pessoas que trafegam nas vias,
devemos ter algumas atitudes, tais como:
▪ seguir as regras de sinalização e circulação;
▪ ter conhecimento e consciência das atitudes
que representam infrações de trânsito;
▪ estacionar somente em local permitido;
▪ realizar apenas conversões autorizadas e
seguras;
▪ respeitar a preferência dos pedestres e dos
demais condutores;
▪ respeitar todos os usuários das vias públicas,
incluindo o agente de trânsito.
Vamos aprender um pouco mais sobre vias
públicas? Acompanhe a seguir!
Classificação das vias
As vias são locais por onde transitam
pessoas, animais e veículos.
Vias públicas urbanas e rurais
Ruas, avenidas, logradouros, caminhos,
passagens, estradas e rodovias são exemplos de
vias.
Como vimos, a via é o local por onde transitam
veículos, pessoas e animais; seu uso é
regulamentado pelo órgão ou entidade
responsável, de acordo com a região onde está
situada, e são classificadas em urbanas
e rurais.
As vias rurais
São vias abertas na zona rural, divididas em:
▪ Rodovias: vias pavimentadas.
▪ Estradas: vias não pavimentadas.
Vias urbanas
As vias urbanas são classificadas em:
▪ Via de trânsito rápido: vias com acesso de
trânsito livre, sem interseções em nível, sem
acessibilidade direta aos lotes limítrofes e
sem travessia de pedestres.
▪ Via arterial: caracterizada por interseções
em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes
lindeiros e às vias secundárias locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da
cidade.
▪ Via coletora: destinada a coletar e a
distribuir o trânsito que necessita entrar ou
sair das vias rápidas ou arteriais,
possibilitando a circulação dentro das regiões
da cidade.
▪ Via local: caracterizada por interseções em
nível não semaforizadas, destinada apenas
ao acesso local a áreas restritas.
▪ Condomínios fechados: nas vias internas
pertencentes a condomínios construídos por
unidades autônomas, a sinalização fica sob
responsabilidade do condomínio, após
aprovação dos projetos pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via.
Nos arts. 61 e 62, o CTB (BRASIL, 1997)
regulamenta a velocidade máxima e a mínima
das vias. O condutor pode ser penalizado
por transitar em velocidade inferior à
mínima permitida ou superior à máxima
permitida.
De acordo com a nova Lei 13.281/16, algumas
velocidades sofreram alterações.
É muito importante que você saiba exatamente a
velocidade de circulação permitida nos diferentes
tipos de via. Vamos relembrar as velocidades
permitidas nas vias urbanas e rurais, onde não
há sinalização? Fique atento para as mudanças!
Quadro 1 – Velocidade máxima permitida
nas vias urbanas e rurais (onde não há
sinalização)
Vias urbanas Vias rurais
Velocida
de Velocid
máxima Tipo de ade
Via Via
(qualqu veículo máxim
er a
veículo)
Nas vias
de pista
dupla,
Trân Automóveis, 110
sito camionetas km/h.
80 km/h
rápid e Nas vias
o motocicletas de pista
Rodo
simples,
via
100
km/h.
Arter Ônibus e 90 km/
60 km/h
ial micro-ônibus h
Colet Demais 90 km/
40 km/h
ora veículos h
Estra Todos os 60 km/
Local 30 km/h
da veículos h
Fonte: Adaptado de BRASIL, 1997.
O limite máximo estabelecido para a via deverá
ser observado em situações favoráveis de tempo,
via, estado do veículo e demais condições
adversas. A velocidade mínima será de 50% do
limite máximo estabelecido, e andar abaixo dela
constitui infração média (art. 219, CTB, 1997).
Lembre-se de que existem também vias e áreas
destinadas somente para pedestres.
Fiscalização eletrônica
O radar é um aparelho usado para fiscalizar a
velocidade dos veículos em vias urbanas e rurais
e registrar prova fotográfica da infração em caso
de velocidade acima do permitido.
A via com fiscalização eletrônica deverá
apresentar sinalização vertical regulamentada
pela placa R-19, e seus usuários não poderão
ultrapassar a velocidade indicada. Caso o radar
acuse a infração, o condutor receberá uma
notificação informando a irregularidade
cometida.
As informações a seguir são registradas por
equipamentos:
▪ identificação do equipamento;
▪ data, local e hora da infração;
▪ identificação do veículo (placa, marca e
modelo);
▪ velocidade regulamentada;
▪ velocidade do veículo.
Na sequência, vamos entender melhor como é a
prática das normas de circulação e conduta?
Normas Gerais de Circulação e Conduta
Em seu Capítulo III, o CTB (BRASIL, 1997)
institui as Normas Gerais de Circulação e
Conduta. Essas normas devem ser apresentadas
a todos os candidatos à obtenção da CNH.
Conhecer as Normas Gerais de Circulação e
Conduta é fundamental para que todos possam
circular corretamente. Desta forma, é possível
cumprir a principal determinação do CTB –
“transitar sem constituir perigo ou obstáculo a si
próprio e aos demais elementos do trânsito”.
Todas as regras derivam desse conceito.
Usuários das vias terrestres
O art. 26 do CTB (BRASIL, 1997) indica que
todos os usuários das vias terrestres devem:
I abster-se de todo ato que possa constituir
perigo ou obstáculo para o trânsito de
veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda
causar danos a propriedades públicas ou
privadas;
II abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo
perigoso, atirando, depositando ou
abandonando na via objetos ou substâncias,
ou criando qualquer outro obstáculo.
Já o art. 27 (BRASIL, 1997) determina que,
antes de colocar o veículo em circulação nas vias
públicas, o condutor deverá verificar a existência
e as boas condições de funcionamento dos
equipamentos de uso obrigatório, bem como
assegurar-se da existência de combustível
suficiente para chegar ao local de destino.
Lado da condução na via
O Brasil adota a Convenção de Viena, de 1968,
para definir o lado de condução na via. Conforme
cita o art. 29 do CTB (BRASIL, 1997), o trânsito
de veículos nas vias terrestres abertas à
circulação deve obedecer às seguintes normas:
▪ A circulação deve ser feita pelo lado direito
da via, admitindo-se as exceções
devidamente sinalizadas;
▪ O condutor deve manter distância de
segurança lateral e frontal entre o respectivo
veículo que está conduzindo e os demais.
Deve também manter distância da borda da
pista. Para isso, é necessário considerar,
naquele momento, a velocidade e as
condições climáticas, do local, da circulação e
do veículo.
Prioridade de passagem ou regras de preferência
É muito importante relembrar as normas
referentes à prioridade de passagem e às regras
de preferência. De acordo com o art. 29 do CTB
(BRASIL, 1997):
1 Quando for ingressar numa via procedente
1
de um lote lindeiro (estacionamento, saída
de garagem, entre outros), deve-se dar
preferência aos veículos e pedestres que
estejam transitando por ali.
2 Quando veículos, transitando por fluxos que
se cruzam, se aproximarem de local não
sinalizado, terão preferência de passagem:
▪ No caso de haver somente um fluxo
proveniente de rodovia: aquele que
estiver circulando por ela;
▪ No caso de rotatória: o que estiver
circulando por ela;
▪ Nos demais casos: aquele que vier pela
direita do condutor.
Os veículos destinados a socorro de incêndio e
salvamento, os de polícia, os de fiscalização e
operação de trânsito e as ambulâncias, além de
prioridade de trânsito, gozam de livre circulação,
estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência devidamente identificados por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitente.
▪ Deixar de dar passagem aos veículos
precedidos de batedores é infração
gravíssima. Penalidade: multa (art. 189,
CTB, 1997);
▪ Seguir veículo em serviço de urgência,
estando este com prioridade de passagem
devidamente identificado é infração grave.
Penalidade: multa (art. 190, CTB, 1997).
Veja outras orientações sobre a prioridade de
passagem ou regras de preferência
clicando aqui.
Lembre-se de nunca obstruir o
cruzamento. Mesmo quando o sinal estiver
verde, caso não seja possível passar sem
obstrui-lo, aguarde a liberação do cruzamento
para não impedir o tráfego em caso de
congestionamento.
Frenagem e velocidade do veículo
Você deve se lembrar de que nenhum condutor
deve frear bruscamente o veículo, exceto por
motivos de segurança. Para regular a velocidade,
o condutor deve observar frequentemente as
placas de limite de velocidade, as condições da
via, do veículo e da carga, bem como as
condições meteorológicas e a intensidade do
trânsito, obedecendo ao limite máximo de
velocidade permitida para a via (BRASIL, 1997).
Ultrapassagens
Conforme cita o CTB (BRASIL, 1997),
a ultrapassagem de outro veículo em
movimento deve ser feita pela esquerda,
obedecendo à sinalização estabelecida e às
demais normas do CTB.
A ultrapassagem pode ser realizada pela
direita quando o veículo a ser ultrapassado
sinalizar o propósito de entrar à esquerda.
Porém, antes de efetuar essa ultrapassagem, é
preciso certificar-se de que:
1 pode fazê-la sem criar uma situação de
perigo para outros usuários da via que o
seguem, precedem ou vão cruzar com ele,
devendo, nesse caso, considerar a posição,
direção e velocidade;
2 nenhum motorista que esteja atrás de você
iniciou uma manobra para ultrapassá-lo;
3 o condutor que o precede na mesma faixa de
trânsito não indicou o propósito de
ultrapassar um terceiro veículo;
4 a faixa de trânsito que vai tomar está livre
numa extensão suficiente para que a
manobra não coloque em perigo ou obstrua o
trânsito que vem em sentido contrário;
5 indicou com antecedência a manobra
pretendida, acionando a luz indicadora de
direção do veículo ou por meio de gesto
convencional de braço;
6 afastou-se do condutor ou condutores aos
quais ultrapassa, de tal maneira que deixe
livre uma distância lateral de segurança;
7 retomou a faixa de trânsito de origem após a
efetivação da manobra, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou fazendo
gesto convencional de braço, além de adotar
os cuidados necessários para não colocar em
perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
ultrapassou.
E quando se percebe que outro veículo que está
atrás de você tem o propósito de ultrapassá-lo, o
que você deverá fazer? Veja abaixo algumas
orientações.
Se o veículo estiver circulando pela faixa da
esquerda, você deve sinalizar e deslocar-se para
a faixa da direita, sem acelerar a marcha. Se o
condutor estiver circulando pelas demais faixas,
você deve manter-se naquela na qual está
circulando, também sem acelerar a marcha.
Além disso, os veículos mais lentos, quando
estiverem em fila, devem manter uma distância
suficiente entre si para possibilitar que veículos
que queiram ultrapassá-los possam se intercalar
na fila com segurança.
Quando o condutor pretende ultrapassar
um veículo de transporte coletivo que está
parado, efetuando embarque ou desembarque
de passageiros, ele deve diminuir a velocidade e
dirigir com muita atenção ou parar o veículo para
proporcionar segurança aos pedestres.
E quando é proibido ultrapassar, quais são as
orientações?
Segundo o CTB (BRASIL, 1997), é proibido
ultrapassar em vias que têm duplo sentido de
direção e pista única, nos trechos em curvas e
em aclives sem que o condutor consiga
visualizar, nas passagens de nível, nas pontes e
viadutos e nas travessias de pedestres, exceto
quando existir sinalização que permita a
ultrapassagem e em interseções e suas
proximidades.
A linha dupla contínua indica proibição de
ultrapassagem. Observe no exemplo abaixo.

Figura 1 – Linha dupla contínua: proibição de


ultrapassagem
Para melhor organizar o sistema de trânsito, há,
também, regras para conversões. Vamos
conhecê-las?
Regras para conversões
As conversões podem ser realizadas para a
direita ou para a esquerda. Popularmente, as
pessoas se referem às conversões como “virar à
esquerda” e “virar à direita”.
Antes de executar uma conversão,
verifique a possibilidade de realizá-la. Observe a
sinalização, as condições do trânsito e as
posições dos outros veículos. Sinalize com
antecedência, pois, deixar de sinalizar é infração
de trânsito de natureza grave.
A seguir, algumas providências que devem
ser tomadas para cada conversão. Acompanhe!
Conversões à direita
O condutor deve permanecer na faixa da direita
com a maior antecedência possível, sinalizar a
intenção e, ao manobrar, deve entrar na via à
direita o mais próximo possível da borda da
pista. Além disso, deve respeitar a sinalização de
trânsito e jamais se esquecer de dar preferência
ao pedestre.
Conversões à esquerda
O condutor deve sinalizar para a esquerda,
diminuir a velocidade e aproximar o carro da
linha divisória da rua. Quando alinhar o veículo à
linha pontilhada da rua em que deseja entrar,
deve girar totalmente o volante para a esquerda
e entrar na via.
Lembre-se de que, nas vias rurais providas de
acostamento, a conversão à esquerda e a
manobra de retorno devem ser feitas nos locais
apropriados; onde estes não existirem, o
condutor deve aguardar no acostamento, à
direita, para cruzar a pista com segurança.
Em todas essas situações, é importante que o
condutor observe as condições atuais do trânsito
naquele local e respeite os pedestres e demais
veículos.
Como devemos proceder para utilizar
corretamente as luzes do veículo e o pisca-
alerta?
Utilização das luzes do veículo em vias públicas
O motorista deverá manter os faróis do
veículo acesos e usar luz baixa durante a noite e
durante o dia nos túneis que tenham iluminação
pública e nas rodovias. Já nas vias não
iluminadas, o motorista deverá utilizar luz alta,
exceto ao cruzar com outro veículo ou se estiver
seguindo-o.
A troca de luz baixa e alta, de maneira
intermitente e por curto período de tempo, com
vistas a advertir outros motoristas, poderá ser
usada apenas para indicar a intenção de
ultrapassagem do veículo que segue à frente ou
para apontar a existência de risco à segurança
aos demais veículos que circulam no sentido
contrário.
Veja outras orientações para uso da luz do
veículo:
▪ Sob chuva forte, neblina ou cerração, o
condutor deverá manter acesas, ao menos,
as luzes de posição do veículo.
▪ Durante a noite, em circulação, o motorista
deverá manter acesa a luz de placa.
▪ À noite, quando o motorista estiver parado
para embarque ou desembarque de
passagei ros e carga ou descarga de
mercadorias, deverá manter acesas as luzes
de posição.
Vale relembrar que os ciclos motorizados e os
veículos de transporte coletivo de passageiros,
quando circularem em faixas a eles destinadas,
deverão utilizar farol de luz baixa durante o dia e
à noite.
Quanto ao pisca-alerta, só deverá ser utilizado
em imobilizações ou situações de emergência, e
quando a regulamentação da via determinar o
uso.
O CTB ainda estabelece outras regras de
segurança e normas para a condução de
veículos. Vamos continuar com o estudo sobre
esse assunto?
Outras regras de segurança
Os arts. 54, 55, 64 e 65 do CTB (BRASIL,
1997) trazem determinações para a segurança
dos condutores e dos passageiros.
Art. 54. Os condutores de motocicletas,
motonetas e ciclomotores só poderão circular nas
vias:
I utilizando capacete de segurança, com
viseira ou óculos protetores;
II segurando o guidom com as duas mãos;
III usando vestuário de proteção, de acordo
com as especificações do Contran.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas,
motonetas e ciclomotores só poderão ser
transportados:
I utilizando capacete de segurança;
II em carro lateral acoplado aos veículos ou
em assento suplementar atrás do condutor;
III usando vestuário de proteção, de acordo
com as especificações do Contran.
As regras de segurança são claras e muito
importantes, não é mesmo? Vamos prosseguir!
Condução de veículos por motoristas profissionais
A Lei n. 13.103, de 2 de março de
2015, no sentido de melhorar as regras de
segurança, alterou a Lei n. 12.619, de 30 de abril
de 2012 (BRASIL, 2012), que incluiu, no CTB no
Capítulo III-A, as normas para condução de
veículos por motoristas profissionais de
transporte rodoviário de cargas e de transporte
rodoviário coletivo de passageiros.
De acordo com o artigo 67-C, é vedado ao
motorista profissional dirigir veículos de
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou
de transporte rodoviário de cargas por mais de 5
(cinco) horas e meia ininterruptas.
Para a condução de veículo de transporte
de carga, serão observados 30 (trinta) minutos
para descanso dentro de cada 6 (seis) horas,
sendo facultado o seu fracionamento e o do
tempo de direção desde que não ultrapassadas 5
(cinco) horas e meia contínuas no exercício da
condução.
Na condução de veículo rodoviário de
passageiros, serão observados 30 (trinta)
minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas,
sendo facultado o seu fracionamento e o do
tempo de direção.
Para situações excepcionais de
inobservância justificada do tempo de direção,
devidamente registradas, esse tempo poderá ser
elevado pelo período necessário para que o
condutor, o veículo e a carga cheguem a um
lugar que ofereça a segurança e o atendimento
demandados, desde que não haja
comprometimento da segurança rodoviária, de
acordo com o § 2o.
O condutor é obrigado, dentro do período
de 24 (vinte e quatro) horas, a observar o
mínimo de 11 (onze) horas de descanso, que
podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e
coincidir com os intervalos acima mencionados.
Entende-se como tempo de direção ou de
condução apenas o período em que o condutor
está efetivamente ao volante, em curso entre a
origem e o destino.
O § 6o determina que o condutor somente
poderá iniciar uma viagem após o cumprimento
integral do intervalo de descanso.
Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
passageiros, embarcador, consignatário de
cargas, operador de terminais de carga, operador
de transporte multimodal de cargas ou agente de
cargas ordenará a qualquer motorista a seu
serviço, ainda que subcontratado, que conduza
veículo referido no caput sem a observância do
disposto no § 6o.
BRASIL, 2015.
De acordo com o Art. 67-E, o motorista
profissional é responsável por controlar e
registrar o tempo de condução estipulado no art.
67-C, com vistas à sua estrita observância. Leia
o conteúdo completo da norma em nosso link.

Infrações e penalidades referentes ao estacionamento,


parada, circulação, a documentação do condutor e do
veículo
Para finalizarmos, veja, a seguir, outras normas
que devem ser seguidas pelos condutores
(BRASIL, 1997):
• O condutor deve ter o pleno domínio do
veículo, conduzi-lo com atenção e cuidado,
visando à segurança no trânsito, portanto
deve estar bem equilibrado, disposto e
sóbrio. (art. 165, 165-A, penalidade: multa e
suspensão do direito de dirigir).
• É preciso verificar o porte da documentação
obrigatória e sua validade. (art. 232, com
penalidade: multa e medida administrativa
retenção do veículo).
• É obrigatório o uso de dispositivo apropriado
para crianças conforme a idade. (art. 168,
com penalidade multa, medida
administrativa retenção do veículo).
• Deve usar calçados que se firmem aos pés e
não comprometam a utilização dos pedais.
(art. 252 IV, com penalidade: multa).
• Se observado na CNH, deve usar lentes
corretivas de visão, próteses ou adaptações
ao veículo. (art. 162, penalidade multa e
retenção do veículo).
• Não pode dirigir com partes do corpo para
fora do veículo nem permitir que seus
passageiros o façam. (art. 252 I, penalidade
multa).
• Não pode arremessar nem deixar que seus
passageiros arremessem objetos para fora
do veículo. (art. 172, penalidade multa).
• Deve verificar se há combustível suficiente e
se todos os equipamentos obrigatórios do
veículo estão funcionando devidamente. (art.
180, penalidade multa).
• As condições do veículo também são de
responsabilidade do proprietário e condutor.
(art. 230, penalidade multa e medida
administrativa, retenção do veículo).
• Verificar os equipamentos obrigatórios,
combustível suficiente e a documentação é
imprescindível à segurança. (art. 105,
penalidade multa e medida administrativa
retenção do veículo).
• Não estacione em locais proibidos, em
esquinas, faixas de pedestres, calçadas e
demais locais que atrapalham a circulação de
veículos e pedestres. (art. 181XVIII, art. 181
I, art. 181 VIII, com penalidade de multa e
medida administrativa remoção do veículo).
• Não pare em fila dupla, locais de proibido
parar, faixas de pedestres, cruzamentos de
vias, na pista de rolamento e outros locais
que aumentam o risco de acidentes. (art.
181 XI, art. 181 XIX, art. 182 VI, art. 182
VII, art. 182 V, com penalidade multa e
medida administrativa remoção do veículo).
A negligência pode gerar acidentes. O
descumprimento a qualquer uma dessas regras é
considerado infração de trânsito.
Todas essas regras de circulação têm como
objetivo orientar o condutor para a utilização
correta das vias públicas e auxiliar para o
bom comportamento no trânsito. Seguindo-
as, o condutor contribuirá para um trânsito mais
seguro.
É muito importante recordar:
▪ nenhum condutor poderá obstruir a marcha
normal dos demais veículos em circulação
sem causa justificada, transitando a uma
velocidade anormalmente reduzida;
▪ sempre que o condutor quiser diminuir a
velocidade de veículo, deverá, antes,
certificar-se de que pode fazê-lo sem risco
nem inconvenientes para os outros
condutores, a não ser que haja perigo
iminente;
▪ todo condutor deverá indicar a manobra de
redução de velocidade de forma clara, com a
antecedência necessária e a sinalização
devida;
▪ nenhum condutor pode entrar em uma
interseção se houver possibilidade de ser
obrigado a imobilizar o veículo na área do
cruzamento, obstruindo ou impedindo a
passagem do trânsito transversal, mesmo
que a indicação luminosa do semáforo lhe
seja favorável.
Segundo o CTB (BRASIL, 1997), quando o
condutor está em circulação com um veículo e se
aproxima de qualquer tipo de cruzamento, é
preciso ter prudência e transitar em velocidade
moderada, a fim de parar o veículo com
segurança para dar preferência a pedestres e
veículos.
Lembre-se de que existem também vias e áreas
destinadas aos pedestres e das normas de
circulação para eles:
▪ Quando o ciclista está desmontado e
empurrando a bicicleta, ele é considerado
um pedestre.
▪ As travessias devem ser feitas pela faixa de
segurança e somente quando o sinal do
semáforo estiver favorável para o pedestre.
Figura 2 – Para realizar travessias, utilize a faixa
de segurança para pedestres

▪ Em vias urbanas, os pedestres devem


utilizar os passeios e as calçadas. Quando
não houver passeios ou quando não for
possível sua utilização, a circulação de
pedestres na pista de rolamento será feita
com prioridade sobre os veículos, pelos
bordos da pista, em fila única, exceto em
locais proibidos pela sinalização e nas
situações em que a segurança ficar
comprometida.
▪ Em vias rurais, os pedestres devem usar o
acostamento no sentido contrário do fluxo de
veículos e em uma única fila. Quando não
houver acostamento ou quando não for
possível sua utilização, a circulação de
pedestres na pista de rolamento será feita
com prioridade sobre os veículos, pelos
bordos da pista, em fila única, em sentido
contrário ao deslocamento de veículos,
exceto em locais proibidos pela sinalização e
nas situações em que a segurança ficar
comprometida.
Condutor: além de seguir essas normas e
condutas estabelecidas pelo CTB, é preciso estar
sempre atento às condutas dos demais
motoristas e pedestres, pois um simples
descuido poderá gerar um grave acidente.
Respeite às normas, respeite o trânsito!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de
1997. Institui o Código de Trânsito
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 23
set. 1997. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm>.
Acesso em: 24 out. 2016.
COMUNIDADE E TRÂNSITO. Educar para o
trânsito. Trânsito, Cidadania e Meio
Ambiente. Curitiba: TECNODATA, 2006.
Disponível em: <http://
www.educacaotransito.pr.gov.br/arquivos/File/
a r q u i v o s / C o m u n i d a d e /
Cidadania%20e%20Transito.pdf>. Acesso em:
24 out. 2016.
Revista Quatro Rodas. Manual para encontrar a
posição de dirigir correta. Disponível em:
<https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-
manual-para-encontrar-a-posicao-de-dirigir-
correta/> Acesso em 20 de outubro 2017.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE
TRANSPORTE E TRÂNSITO. Capacitação de
Recursos Humanos. Curso de Formação de
Instrutor de Trânsito – Módulo IV – Parte A:
Legislação de Trânsito. Curso a distância. Versão
10.10.01. Curitiba, 2001.
LOTE LINDEIRO. In: Dicionário Informal.
2014. Disponível em: <http://
www.dicionarioinformal.com.br/lote%20lindeiro/
>. Acesso em: 24 out. 2016.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir
▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores
▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE7: Sinalizações de trânsito


OBJETIVO
▪ Relembrar as sinalizações de trânsito de acordo
com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Olá! Nesta Unidade de Estudo, vamos relembrar
as sinalizações de trânsito. Fique atento a todas
as recomendações e aplique esses
conhecimentos em seu dia a dia. Preparado para
começar? Então, vamos lá!
Sinalização de trânsito
A sinalização é de fundamental importância
para o deslocamento regular em vias urbanas,
por isso, precisamos conhecer e praticar a leitura
e a identificação de seus símbolos, para que
possamos utilizar o espaço corretamente. Quem
desrespeita a sinalização está cometendo uma
infração de trânsito, por isso atenção!
A sinalização indica regras de trânsito por
meio de formas, cores e símbolos, orientando o
condutor a adotar uma conduta mais segura. É o
conjunto de sinais e dispositivos de segurança
colocados na via pública com informações
direcionadas a condutores e pedestres; envolve
placas, linhas, legendas, gestos e outros, que
servem para orientar o condutor e o pedestre
quanto ao seu deslocamento. A sinalização
orienta e oferece segurança e conforto aos
usuários da via, além de melhorar o fluxo no
trânsito.
Segundo o art. 87 do CTB ,
Os sinais de trânsito classificam-se em:
I verticais;
II horizontais;
III dispositivos de sinalização auxiliar;
IV luminosos;
V sonoros;
VI gestos do agente de trânsito e do condutor.

BRASIL, 1997.
Quando a sinalização for insuficiente ou estiver
incorreta, não serão aplicadas as sanções
previstas no CTB.
Primeiramente, devemos obedecer às ordens do
agente de trânsito sobre a circulação e demais
sinais; depois, as indicações do semáforo sobre
os demais sinais; em seguida, as indicações dos
sinais sobre as demais normas de trânsito.
Vamos ver agora os conjuntos de sinalização?
Acompanhe!
Sinalização vertical
É um subsistema de sinalização viária
posicionado verticalmente, normalmente em
placa, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista.
Tem como função transmitir mensagem de
caráter permanente e, eventualmente, variável,
por meio de legendas e/ou símbolos pré-
reconhecidos e legalmente instituídos.
As placas de sinalização vertical podem ser de
regulamentação, advertência ou indicação.
Vamos relembrar, a seguir, cada um desses
modelos?
Sinalização de regulamentação
Indica condições, proibições, obrigações ou
restrições relacionadas ao que podemos ou não
fazer na via. São 51 placas diferentes (anexo II
do CTB) que se encontram nos perímetros
urbano e rural.
As placas de regulamentação apresentam
mensagens imperativas e o desrespeito a elas
constitui infração (com penalidade de multa).
Quando cortadas é proibida sua ação. Sua forma
básica é circular com as cores branca (fundo),
vermelha (borda externa) e preta (legendas) no
caso de obrigatoriedade (29 placas), podendo
apresentar tarja(s) vermelha(s) em diagonal que
indica(m) proibição (20 placas).
A essas 49 placas somam-se duas exceções: as
R-1 e R-2 são de cruzamento e encontro de vias
e apresentam formato diferenciado a fim de
serem reconhecidas de qualquer ângulo; as
demais são circulares e posicionadas do lado
direito das vias, de frente para o condutor.
Veja, a seguir, as 51 placas de regulamentação.
Figura 1 – Sinalização de regulamentação
Informações complementares: sinais
de regulamentação podem ter informações
complementares, tais como: período de validade,
características e uso do veículo e condições de
estacionamento. Devem ser colocadas em uma
placa adicional ou incorporada à placa principal,
formando um só conjunto, na forma retangular,
com as mesmas cores do sinal de
regulamentação. Essas informações adicionais
precisam ser lidas com atenção, pois podem
trazer períodos de permissão ou proibição,
acesso restrito, tempo permanência nas vagas,
etc. Observe o exemplo abaixo:

Figura 2 – Sinalização de regulamentação com


informações complementares
Sinalização de advertência
Tem por finalidade alertar os usuários da via
para condições potencialmente perigosas,
indicando sua natureza. A forma padrão dos
sinais de advertência é quadrada, e uma das
diagonais deve estar na posição vertical. À
sinalização de advertência estão associadas as
cores amarela e preta.
Figura 3 – Sinalização de advertência
Clique aqui e veja, em detalhes, as placas de
sinalização de advertência e seus respectivos
significados.
As placas de “Sentido único”, “Sentido duplo" e
"Cruz de Santo André” são as exceções dos
formatos apresentados como padrão. Observe:

Figura 4 – Placas de advertência com exceção de


formato
No caso de sinalização especial de advertência
para obras, utiliza-se a forma padrão, o que
muda é apenas a cor (de amarelo para laranja).

Figura 5 – Sinalização de advertência para obras

Sinalização especial de advertência


Tem a função de chamar atenção dos condutores
de veículos para a existência de perigo na via ou
nas proximidades. Ela pode ser:
1 especial para faixas ou pistas exclusivas de
ônibus;
2 especial para pedestres;
3 especial de advertência somente para
rodovias, estradas e vias de trânsito rápido.
Caso seja necessário incluir informações
complementares aos sinais de advertência, estas
devem ser inscritas em placa adicional ou
incorporadas à placa principal, formando um só
conjunto.
Sinalização de indicação
Indica as vias e os locais de interesse, a fim de
orientar os condutores quanto aos percursos,
destinos, distâncias e serviços auxiliares. Essas
sinalizações têm caráter informativo ou educativo
e são divididas nos seguintes grupos:
1. Placas de identificação: tem por finalidade
identificar as vias e os locais de interesse, bem
como orientar condutores de veículos quanto a
percursos, destinos, distâncias, serviços
auxiliares e também ter como função a educação
do usuário. Posicionam o condutor ao longo do
deslocamento ou com relação a distâncias ou
locais de destino.
2. Placas de identificação de rodovias e
estradas:
1 placas de identificação de municípios;
2 placas de identificação de interesse de
tráfego e logradouros;
3 placas de identificação nominal de pontes,
viadutos, túneis e passarelas;
4 placas de identificação quilométrica;
5 placas de pedágio.
3. Placas de orientação de destino:
1 placas indicativas de sentido (direção);
2 placas indicativas de distância;
3 placas diagramadas.
4. Placas educativas para pedestres e
condutores.
5. Placas de serviços auxiliares, que, em
geral, apresentam as cores azul, branca e preta.
6. Placas de atrativos turísticos, cujo fundo e
legenda devem ter respectivamente as cores
marrom e branca.
As cores dessas placas são azul, verde, branca e
marrom, como veremos a seguir!

Figura 6 – Sinalização de indicação


Sinalização horizontal
A sinalização horizontal é composta por linhas,
marcações, símbolos e legendas, que são
pintados ou colocados nas vias com o objetivo de
organizar o trânsito e complementar a
sinalização vertical de regulamentação,
advertência ou indicação.
O conjunto composto por linhas, marcações,
símbolos e legendas é chamado de marca
viária e tem a função de regulamentar, advertir,
informar ou indicar ao condutor e ao pedestre
qual é o comportamento ideal naquela via.
Características da sinalização horizontal
No Quadro 1, a seguir, você pode conferir alguns
dos padrões de traçados e cores da sinalização
horizontal.
Quadro 1 – Tipos de traçados e cores
utilizados na sinalização horizontal
Traçado Significado
1 Linhas simples e contínuas,
longitudinais ou
Contínuo transversais: Proibida a
ultrapassagem em ambos
os sentidos.
1 Linhas simples com
espaçamentos de extensão
Tracejada ou s
igual ou maior que o traço:
eccionada
Permitida a ultrapassagem
em ambos os sentidos.
1 Informações escritas ou
d e s e n h a d a s
Símbolos e
complementares à
legendas
sinalização: Parar,
Tracejada ou s
igual ou maior que o traço:
eccionada
Permitida a ultrapassagem
em ambos os sentidos.
1 Informações escritas ou
d e s e n h a d a s
Símbolos e
complementares à
legendas
sinalização: Parar,
permitido para cadeirante.
Cores Utilização
1 Separar movimentos
veiculares de fluxos
opostos.
2 R e g u l a m e n t a r
ultrapassagem e
deslocamento lateral.
Amarela
3 Delimitar espaços proibidos
para estacionamento e/ou
parada.
4 Demarcar obstáculos
transversais à pista
(lombada).
1 Demarcar ciclovias ou
Vermelha ciclofaixas.
2 Inscrever símbolo (cruz).
1 Separar movimentos
veiculares de mesmo
sentido.
2 Delimitar áreas de
circulação, linha de bordo.
3 Delimitar trechos das pistas
destinados ao
e s t a c i o n a m e n t o
regulamentado de veículos
em condições especiais.
Branca
4 Regulamentar faixa de
travessia de pedestres.
1 Demarcar ciclovias ou
Vermelha ciclofaixas.
2 Inscrever símbolo (cruz).
1 Separar movimentos
veiculares de mesmo
sentido.
2 Delimitar áreas de
circulação, linha de bordo.
3 Delimitar trechos das pistas
destinados ao
e s t a c i o n a m e n t o
regulamentado de veículos
em condições especiais.
Branca
4 Regulamentar faixa de
travessia de pedestres.
5 Regulamentar linha de
transposição e
ultrapassagem.
6 Demarcar linha de retenção
e linha de “Dê a
preferência”.
7 Inscrever setas, símbolos e
legendas.
1 Inscrever símbolo em áreas
especiais de
estacionamento ou de
Azul
parada para embarque e
desembarque para pessoas
com deficiência física.
1 Proporcionar contraste
entre a marca viária/
inscrição e o pavimento
(utilizada principalmente
Preta
em pavimento de
concreto), não constituindo
propriamente uma cor de
sinalização.
Azul
parada para embarque e
desembarque para pessoas
com deficiência física.
1 Proporcionar contraste
entre a marca viária/
inscrição e o pavimento
(utilizada principalmente
Preta
em pavimento de
concreto), não constituindo
propriamente uma cor de
sinalização.
Fonte: Adaptado de BRASIL, 1997.

A sinalização horizontal pode ser classificada em:


Marcas transversais
Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos
e os harmonizam com o deslocamento de outros
veículos e pedestres. São subdivididas em:
1. Linha de retenção: indica ao condutor o
local limite em que deve parar o veículo.
2. Linhas de estímulos à redução de
velocidade: conjunto de linhas paralelas que,
pelo efeito visual, induzem o condutor a reduzir a
velocidade do veículo.
3. Marcas de canalização: direcionam a
circulação de veículos pela marcação de área de
pavimento não utilizável.
4. Faixas de travessia de pedestres:
regulamentam o local de travessia dos
pedestres.
5. Marcação de cruzamentos
rodocicloviários: regulamenta o local de
travessia dos ciclistas.
6. Marcação de área de conflito: indica a área
em que o condutor não deve parar ou estacionar
o veículo para não prejudicar a circulação.
7. Marca de área de cruzamento com faixa
exclusiva: indica ao condutor a existência de
faixa exclusiva.
Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/
ou parada
Delimitam e proporcionam melhor controle das
áreas nas quais o estacionamento e a parada de
veículos são proibidos ou regulamentados; são
complementares à sinalização vertical quando no
bordo da via. Em casos específicos, têm poder de
regulamentação. Essas marcas são subdivididas
em:
1. Linhas de indicação de proibição de
estacionamento e/ou parada (cor amarela):
delimita a extensão da pista ao longo da qual se
aplica a proibição.
2. Marca delimitadora de parada de veículos
específicos (cor amarela): delimita a extensão
da pista destinada exclusivamente à parada.
3. Marca delimitadora de estacionamento
regulamentado (cor branca): delimita a
extensão da pista onde é permitido estacionar.
As marcas podem ser em paralelo ao meio-fio ou
em ângulo.
Inscrições no pavimento
Constituem-se em setas, símbolos e legendas
que melhoram a percepção do condutor quanto
às condições de operação da via, facilitando a
tomada de decisão no tempo adequado. São
subdivididas nos seguintes tipos:
1. Símbolos direcionais: indicam mudança
obrigatória de faixa ou movimentos em curva,
minirrotatória.
2. Símbolos: indicam e alertam o condutor
sobre situações específicas na via. Ex: símbolo
de vaga prioritária para pessoas com deficiência.
3. Legendas: advertem acerca das condições
particulares de operação de via e complementam
sinais de regulamentação e advertência. Ex:
PARE.
Além disso, as marcas viárias podem apresentar
diversos padrões que transmitem diferentes
significados. Observe:
Figura 7 – Sinalização horizontal.
Na sinalização horizontal, a marca que indica ao
condutor o local limite em que se deve parar o
veículo é chamada Linha de Retenção!
Dispositivos de sinalização auxiliar
Esses dispositivos são elementos aplicados ao
pavimento da via, junto a ela ou nos obstáculos
próximos, com a finalidade de tornar mais
eficiente e segura a operação da via.
Compostos de cores, formas e materiais
diversos, dotados ou não de refletividade, suas
funções são: reduzir a velocidade praticada;
oferecer proteção aos usuários; incrementar a
visibilidade da sinalização, do alinhamento da via
e de obstáculos à circulação; bem como alertar
os condutores para situações de perigo potencial,
de caráter permanente, temporário ou
emergencial.
Os seguintes dispositivos também podem ser
elencados como auxiliares da sinalização de
trânsito:
1. Pavimentos: coloridos, rugosos, pisos
franjados e ondulações transversais.
2. Dispositivos de proteção contínua: gradis
de canalização e retenção, dispositivos de
contenção e bloqueio, defesas metálicas,
barreiras de concreto e dispositivos
antiofuscamento.
3. Dispositivos luminosos: painel eletrônico,
barreira eletrônica e semáforos, cuja função é
coordenar o trânsito alternando a passagem de
veículos e pedestres.
4. Dispositivos de uso temporário: cones,
cilindros, balizadores, cavaletes, tapumes, fitas
zebradas, barreiras, gradis, bandeiras e faixas.
Gestos dos condutores
Os sinais por gestos servem para reforçar ou
substituir a sinalização deficiente do veículo.
Muitos motoristas perderam o hábito do uso de
gestos, mas os veículos de tração humana não
apresentam dispositivos luminosos de
sinalização, como as bicicletas, por exemplo,
portanto seus condutores usam frequentemente
os gestos. Veja, na imagem a seguir, alguns
exemplos desses sinais.
Figura 11 – Sinais por gestos realizados pelos
condutores

Animação 1 – Sinais por gestos realizados pelos


Agentes da Autoridade de Trânsito
Sinais sonoros
São utilizados junto aos gestos dos agentes na
coordenação do fluxo. Os silvos, como são
chamados, correspondem à mesma ordem
semafórica e servem para chamar atenção de
motoristas sobre a atuação do agente de
trânsito.
O agente de trânsito é a autoridade máxima no
momento em que está atuando, Desobedecer às
ordens do agente de trânsito constitui infração
grave (art. 195, CTB, 1997).
Figura 12 – Sinais sonoros
A buzina dos veículos é o sinal sonoro utilizado
pelos condutores. Ela pode ser usada para alertar
situações incomuns no trânsito, como um
pedestre que está atravessando a rua em meio
ao fluxo de veículos.
Veja, no Quadro 2, os tipos de sinais usados
pelos agentes de trânsito.

Quadro 2 – Tipos de sinais sonoros usados


pelos Agentes de Trânsito
Sinais de Signifi Emprego
apito cado
Um silvo Siga Liberar o trânsito em
breve direção/sentido
indicado pelo agente.
Dois Pare Indicar parada
silvos obrigatória.
breves
Um silvo Diminu Quando for necessário
longo aa fazer diminuir a
marcha marcha dos veículos.
Fonte: Adaptado de BRASIL, 1997.
O que temos de inovação na área de sinalização
de trânsito?
As leis n. 10.048, de 8 de novembro de
2000 (BRASIL, 2000a), e n. 10.098, de 19 de
dezembro de 2000 (BRASIL, 2000b),
estabelecem normas gerais e critérios básicos
para a promoção de acessibilidade a pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Com isso, algumas inovações surgiram na área
de sinalização.
No Capítulo III, a Lei n. 10.098/2000 (BRASIL,
2000b) dispõe a respeito do desenho e da
localização do mobiliário urbano:
Art. 8.º Os sinais de tráfego, semáforos, postes
de iluminação ou quaisquer outros elementos
verticais de sinalização que devam ser instalados
em itinerário ou espaço de acesso para pedestres
deverão ser dispostos de forma a não dificultar
ou impedir a circulação, e de modo que possam
ser utilizados com a máxima comodidade.
Art. 9.º Os semáforos para pedestres instalados
nas vias públicas deverão estar equipados com
mecanismo que emita sinal sonoro suave,
intermitente e sem estridência, ou com
mecanismo alternativo, que sirva de guia ou
ori ent aç ão p ara a t raves s i a d e p es s o as
portadoras de deficiência visual, se a intensidade
do fluxo de veículos e a periculosidade da via
assim determinarem.
Art. 10.º Os elementos do mobiliário urbano
deverão ser projetados e instalados em locais
que permitam sejam eles utilizados pelas
pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida.
(BRASIL, 2000b)
Além disso, a Resolução do Contran n. 304, de
18 de dezembro de 2008 (CONTRAN, 2008),
discorre sobre as vagas de estacionamento
destinadas exclusivamente a veículos que
transportam pessoas com necessidades especiais
e com dificuldade de locomoção.
O art. 81 do CTB institui que, nas vias públicas e
nos imóveis, é proibido colocar luzes,
publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário
que possam gerar confusão, interferir na
visibilidade da sinalização e comprometer a
segurança do trânsito. O grande acúmulo de
anúncios que desviam a atenção dos condutores
nas ruas é chamado de poluição visual.
No Anexo I dessa Resolução, está disponível o
modelo de sinalização vertical de
regulamentação das vagas de estacionamento
exclusivas para esses veículos. Clique aqui e
saiba mais sobre isso.
Algumas sinalizações, como painéis ou faixas,
poderão complementar as já existentes de forma
a auxiliar o cidadão em relação a regras,
restrições, possíveis congestionamentos e
acidentes. As câmeras de monitoramento urbano
também auxiliam a fiscalização no controle de
problemas e irregularidades.
As imagens captadas pelas câmeras são
projetadas em um painel e, com base nelas, os
operadores enviam informações rápidas aos
painéis de trânsito por meio de computadores.
Assim, os condutores recebem informações em
tempo real sobre o trânsito e orientações a
respeito das vias públicas.
Finalizamos esta Unidade de Estudo e esperamos
que você tenha atualizado seus conhecimentos
sobre os tipos de sinalização de trânsito. Agora,
é só observar atentamente as sinalizações e
cumprir seu papel de cidadão, seja pedestre ou
condutor. Na próxima Unidade de Estudo,
abordaremos questões sobre legislação de
trânsito, infrações e penalidades e a importância
da proteção ambiental. Até lá!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de
1997. Institui o Código de Trânsito
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 23
set. 1997. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm>.
Acesso em: 26 out. 2016.
_____. Lei n. 10.048, de 8 de novembro de
2000a. Dá prioridade de atendimento às pessoas
que especifica, e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, 8 nov. 2000.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l10048.htm>. Acesso em: 26 out.
2016.
_____. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de
2000b. Estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília,
19 dez. 2000. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm>.
Acesso em: 26 out. 2016.
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito.
Manual de sinalização de trânsito. Volume III
– Sinalização vertical de indicação, 2014.
Disponível em: < http://www.denatran.gov.br/
d o w n l o a d / R e s o l u c o e s /
ManualSinalizacaoIndicativa2(alterado%20pela%
203).pdf>. Acesso em: 26 out. 2016.
______. Resolução n. 304, de 18 de
dezembro de 2008. Dispõe sobre as vagas de
estacionamento destinadas exclusivamente a
veículos que transportem pessoas portadoras de
deficiência e com dificuldade de locomoção.
Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/
d o w n l o a d / R e s o l u c o e s /
RESOLUCAO_CONTRAN_304.pdf>. Acesso em:
26 out. 2016.
_____. Resolução n. 236, de 11 de maio de
2007. Aprova o Volume IV – Sinalização
Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização
de Trânsito. Disponível em: <http://
www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/
RESOLUCAO_CONTRAN_236.pdf>. Acesso em:
26 out. 2016.
DENATRAN – Departamento Nacional de
Trânsito. Dispositivos auxiliares e sinalização
temporária. Brasília, 12 ago. 2014. Disponível
em: < http://www.dnit.gov.br/download/4-rone-
barbosa-dispositivos-auxiliares-de-sinalizacao-
temporaria.pdf>. Acesso em: 26 out. 2016.
______. Placas de Indicação e Placas de
Atrativos Turísticos. Disponível em: < http://
www.der.al.gov.br/sinalizacao/placas-de-
indicacao>. Acesso em: 26 out. 2016.
DETRAN – PR. Departamento de Trânsito do
Paraná.. Sinalização de advertência. Educação
de trânsito. Disponível em: <http://
www.educacaotransito.pr.gov.br/arquivos/File/
sinalizacao_vertical_parte_2.pdf>. Acesso em:
26.out. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE
TRANSPORTE E TRÂNSITO. Capacitação de
Recursos Humanos. Curso de Formação de
Instrutor de Trânsito – Módulo IV – Parte A:
Legislação de Trânsito. Curso a distância. Versão
10.10.01. Curitiba, 2001.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT2: Atualização em legislação de trânsito

• UE8: Meio Ambiente


OBJETIVO
▪ Apresentar a legislação de trânsito que prevê infrações e penalidades
a fim de auxiliar na proteção ambiental.
Olá! Nesta Unidade, você terá a oportunidade de relembrar a
legislação de trânsito e a relação desta com o meio ambiente.
Vamos iniciar? Bons estudos!
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio
ambiente
Você já presenciou algum condutor ou passageiro
arremessando objetos pela janela de um veículo? Essa situação é
passível de penalidade, conforme prevê o CTB − Lei n. 9.503, de
23 de setembro de 1997 (BRASIL, 1997).
Falar sobre trânsito e meio ambiente parece, a princípio,
um assunto distante um do outro, mas não é. Depois das fábricas,
o carro é o maior agente poluidor dos centros urbanos, pois o
grande número de veículos e a emissão constante de seus
resíduos fazem dele um vilão para a natureza.
Todos os anos são realizadas várias reuniões, no Brasil e
no mundo, sobre meio ambiente e os impactos causados pela sua
destruição, com o objetivo de elaborar e efetivar acordos que
garantam a sustentabilidade e mecanismos para um equilíbrio
consciente entre o ser humano e a natureza.
Por meio desses acordos internacionais, os códigos
ambientais estabelecidos no Brasil objetivam o controle de
emissão de poluentes, a pesquisa e a qualidade de vida.
O Contran, juntamente com outros órgãos, estabelece
punição para quem descumpre as normas de controle ambiental
direcionado aos veículos. A finalidade é sempre garantir e
preservar a vida, a saúde e o meio ambiente.
A Legislação de Trânsito define as responsabilidades em
relação à proteção ao meio ambiente, além de apresentar
infrações e penalidades. O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é o
conjunto de órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, que tem a finalidade de exercer as
atividades que envolvem o trânsito (BRASIL, 1997). Além disso,
prioriza ações em defesa da vida, incluindo a preservação do meio
ambiente e a fiscalização do nível de emissão de
poluentes e ruídos.

spaceplay / pause qunload | stopffullscreenshift + ←→slower / faster


↑↓volume mmute
←→seek . seek to previous12… 6 seek to 10%, 20% … 60%

Vídeo de inserção 1 – Legislação de trânsito e proteção ambiental

A poluição ambiental agride o ar, a água e o solo


contaminando todas as formas de vida. Existem vários tipos de
poluição resultantes das atividades humanas, entre elas:
▪ Poluição do ar: a queima incompleta de combustíveis é a
principal causa. Entre os principais poluidores do meio
ambiente destacam-se as fábricas, as usinas e os
veículos. Os veículos emitem muitos gases poluentes, como
o monóxido de carbono, o chumbo e o nitrogênio. Ardência
nos olhos, náuseas e dificuldade de respirar são sintomas
relacionados ao ar muito poluído.
▪ Poluição da água e do solo: os veículos contribuem para
esse tipo de poluição por meio da lavagem e da troca de óleo
e lubrificantes.
▪ Poluição sonora: os sons indesejáveis emitidos pelos
veículos também são responsáveis pela redução da qualidade
de vida (é necessário manter o motor regulado, o
escapamento em bom estado e evitar o uso desnecessário da
buzina).
Vamos recordar o que o CTB determina a respeito da emissão de
gases, partículas e ruídos? Acompanhe!
Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas
A poluição atmosférica chega a 60% nas grandes regiões.
Isso afeta a saúde das pessoas e tem impacto direto na qualidade
de vida delas. Os altos índices de poluição no ar podem estar
ligados à emissão de poluentes produzidos pelos veículos
automotores, mas as indústrias e as queimadas também agravam
esse quadro.
O art. 104 do CTB (BRASIL, 1997) estabelece que os
veículos em circulação terão as condições de segurança, de
controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas
mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e na
periodicidade estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito
(Contran), para os itens de segurança, e pelo Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama), para emissão de gases poluentes e
ruídos.
A emissão irregular de gases produzida por veículos é
infração de natureza grave. Em seu parágrafo 5.º, prevê que será
aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos
reprovados na inspeção de segurança e na emissão de gases
poluentes e ruídos.
Leia, a seguir, algumas informações que podem ajudar a
reduzir a poluição e também gastar menos combustível:
▪ trocar a marcha na rotação correta;
▪ evitar reduções constantes de marcha, acelerações bruscas e
freadas em excesso;
▪ desligar o veículo em caso de longas paradas;
Manter o veículo sempre em boas condições mecânicas
contribui para a preservação do meio ambiente!
E o que o CTB prevê em relação à atuação do condutor e à
proteção do meio ambiente?
Art. 172: Atirar do veículo ou abandonar na via
objetos ou substâncias:
▪ Infração: média.
▪ Penalidade: multa (BRASIL, 1997).

Figura 1 – Mau comportamento no trânsito e poluição do meio ambiente


É necessário manter as vias de trânsito limpas e em
condições de uso. O consumo desenfreado impacta diretamente o
equilíbrio ambiental, principalmente, pelo aumento da produção de
lixo. Por isso, a importância de realizar o descarte adequado desse
material.
Para se degradar e deixar de causar danos ao meio
ambiente:
▪ o papel demora de 3 a 6 meses;
▪ a ponta de cigarro demora 2 anos;
▪ o chiclete, cerca de 5 anos;
▪ o plástico, mais de 50 anos;
▪ o pneu, 600 anos;
▪ o vidro, 4 mil anos;
▪ a lata de alumínio, tempo indeterminado
(Fonte: PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2015).
Nunca jogue lixo e outros objetos pela janela do carro,
não retire flores e folhagens das margens da via e, quando for à
praia, recolha o seu lixo.
E quanto aos materiais recicláveis?
Materiais recicláveis
Você já sabe que, do lixo que produzimos, grande parte
pode ser reciclada. O material reciclável pode se transformar em
novos objetos e ajudar milhares de pessoas que trabalham na
coleta e na revenda desses materiais para complementar a renda
familiar. Portanto, para que isso aconteça, o lixo deve
ser separado.
Praticamente todo lixo produzido pode ser reciclado,
principalmente o lixo doméstico. Entretanto, antes de separá-lo, é
preciso retirar os resíduos de alimentos que ficam nas
embalagens, para não estragar o material.
Figura 2 – A separação de lixo gera renda para muitas pessoas

Carros, motos, caminhões, ônibus também produzem lixo


durante sua vida útil; essa produção de resíduos ocorre nas trocas
de fluidos, materiais e peças. Por isso, é importante saber que o
lixo produzido pelos veículos é do tipo industrial e deve ser
descartado em locais apropriados.
Os pneus, quando chegam ao final da vida útil, devem ser
deixados em local apropriado, como uma revenda de pneus, uma
borracharia ou um Ponto de Coleta de Pneus da Prefeitura
Municipal. Os pneus descartados podem ser reaproveitados de
diversos modos, por exemplo: como combustível alternativo para
indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapatos,
borrachas de vedação, etc.
Separe o lixo orgânico (alimentos e lixo de banheiro) dos
recicláveis (vidros, papéis, plásticos e latas), faça o descarte
correto dos materiais e colabore com o meio ambiente!
Além do lixo descartado de forma incorreta, há outros fatores que
podem causar a poluição ambiental. Vamos conhecê-los?
Queimadas
As queimadas nos centros urbanos e no perímetro rural
ainda são realidade em nosso país. Apesar de proibido, o homem
continua usando desse mau hábito para se livrar de matérias que
se acumulam em terrenos públicos ou privados. Essa prática pode
ser muito perigosa, pois as queimadas podem sair do controle e
causar grandes danos ao ambiente e à população, trazendo
prejuízos irreversíveis.
Fogueiras, queima de materiais e bitucas de cigarro
podem causar grandes incêndios.
Ao longo das vias, a fumaça das queimadas pode tirar a
visão do motorista e provocar dificuldade de respiração, o que
aumenta o risco de acidentes, além de danos que podem ser
irreversíveis à natureza. É preciso tomar muito cuidado ao
misturar fogo com trânsito. Qualquer coisa que possa provocar
uma queimada deve ser evitada, especialmente se o tempo estiver
seco, o que possibilita que o fogo se alastre rapidamente e cause
ainda mais prejuízo.
Vegetação local e animais silvestres
Além da vegetação local, os animais silvestres também
fazem parte do meio ambiente, e o lugar deles é nas matas. Por
isso, não agrida, não capture e não comercialize animais. Ajude a
preservar a natureza!
Respeite a sinalização em todos os lugares,
principalmente nas estradas. A sinalização de animais silvestres
nas proximidades indica que a velocidade do veículo deve ser
reduzida.
Poluição sonora
A poluição sonora tem origem em diversos fatores:
motores de veículos desregulados, escapamentos furados ou fora
do padrão, buzina intermitente, alarme com volume de som acima
do permitido e equipamento de som irregular. Vamos ver algumas
dessas causas de poluição.
O uso de buzina, sons e ruídos
A buzina, quando usada indiscriminadamente, é
considerada poluição sonora e pode causar problemas auditivos,
além de distrair o motorista e até ocasionar acidentes.
Lembre-se de que, conforme o art. 41 do CTB (BRASIL,
1997), o condutor só poderá usar a buzina, com um toque breve,
nas seguintes situações:
I. para fazer as advertências necessárias a fim de evitar
acidentes;
II. fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a
um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
Comete infração o condutor que não utiliza a buzina de
forma adequada. O art. 227 (BRASIL, 1997) cita que é
expressamente proibida a utilização da buzina:
I. em situação que não a de simples toque breve como
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III. entre vinte e duas e seis horas;
IV. em locais e horários proibidos pela sinalização;
V. em desacordo com os padrões e as frequências estabelecidas
pelo Contran.
▪ Infração: leve.
▪ Penalidade: multa.

Figura 5 – Uso incorreto da buzina

Outro aspecto importante é que o Contran determina


o volume e/ou frequência dos equipamentos de som
utilizados nos veículos, pois há um limite estipulado por lei para
sons em carros.
E o que acontece com um condutor que for pego dirigindo
com equipamento de som com volume e/ou frequência acima do
permitido?
▪ Infração: grave.
▪ Penalidade: multa.
▪ Medida administrativa: retenção do veículo para
regularização (BRASIL, 1997).
O som do carro é considerado som ambiente, ou seja,
quando propagado para fora do veículo torna-se irregular, sem
falar no desconforto que causa.
A altura excessiva do volume do som não permite que o
condutor perceba riscos e emergências a sua volta, além de
causar danos ao aparelho auditivo, por isso, é necessário deixar o
som em um volume audível apenas no interior do veículo. Assim,
o motorista poderá perceber alarmes de emergência, como a
sirene do carro de bombeiros e da polícia, entre outros tipos de
alertas. O CTB prevê a proibição do uso de qualquer
equipamento que produza poluição sonora, tais como:
▪ roncos de motor;
▪ escapamentos abertos;
▪ buzinas estridentes;
▪ aparelhos de som em volume alto.
Além disso, o uso irregular de aparelhos de alarme ou
outros dispositivos que produzem sons e ruídos que perturbam
o sossego público é fiscalizado pelo Contran e está definido no art.
229 do CTB (BRASIL, 1997). Em caso de desacordo com essa
regulamentação, o indivíduo estará sujeito à:
▪ Infração: média.
▪ Penalidade: multa e apreensão do veículo.
▪ Medida administrativa: remoção do veículo.
Carros com alto-falantes, trios elétricos e outros veículos
que produzem sons e barulhos acima do limite, necessitam de
autorização especial para essa função e devem estar
regulamentados pela lei.
Como você sabe, os limites de barulho são
regulamentados por lei. Então, é importante a atenção às placas
de sinalização e aos limites de ruídos para o dia e para a noite,
principalmente em lugares próximos a hospitais e escolas.
Pequenos detalhes do dia a dia fazem a diferença no
momento de dirigir e colaboram com o meio ambiente. Para que
todos os usuários tenham qualidade no trânsito, é importante que
cada um reflita a respeito de suas respectivas atitudes, sem
agredir o meio ambiente.
O art. 231 do CTB (BRASIL, 1997) determina algumas
penalidades para quem transitar com o veículo:
I. danificando a via, suas instalações e equipamentos;
II. derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
a) carga que esteja transportando;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
acidente.
▪ Infração − gravíssima.
▪ Penalidade – multa.
▪ Medida administrativa − retenção do veículo para
regularização.
III. produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
superiores aos fixados pelo Contran;
IV. com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
autorização.
▪ Infração − grave.
▪ Penalidade – multa.
▪ Medida administrativa − retenção do veículo para
regularização.
Com esta Unidade, você relembrou que é preciso manter as vias
públicas, as calçadas e os recantos em perfeitas condições, além
de respeitar o direito de silêncio. Agora é com você! Preservar o
meio ambiente e respeitar o trânsito é um ato de responsabilidade
individual e coletiva de toda a sociedade. Desenvolva os exercícios
de fixação e até a próxima Unidade!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 26 out. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 144 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte C. Noções de Primeiros Socorros e
Medicina de Tráfego. Curso a distância. Versão 10.10.01.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT3: Noções de Primeiros Socorros

• UE1: Sinalização do local do acidente e


acionamento de recursos
OBJETIVO
▪ Explanar as noções básicas de primeiros socorros no trânsito.
Olá! Vamos dar início ao terceiro Núcleo Temático do Curso de
Reciclagem para Condutores Infratores. Você sabe quais são as
responsabilidades de quem provoca um acidente de trânsito? E as
consequências desse acidente? Nesta Unidade de Estudo, vamos
aprender sobre acidentes de trânsito e quais procedimentos
devem ser realizados no local. Preparado? Então, vamos lá!
Primeiros socorros no trânsito
Podemos definir primeiros socorros como a ajuda
imediata prestada a uma pessoa doente ou ferida até o momento
da chegada de um profissional. Podem ser caracterizados também
como atendimento inicial, incluindo o apoio psicológico para
pessoas abaladas emocionalmente por um acidente.
Prestar socorro de maneira adequada pode salvar vidas.
Por isso é importante ter noções de primeiros socorros para que o
atendimento seja o mais cuidadoso possível.
Aqui vamos falar particularmente de acidentes ocorridos
no trânsito. Como já visto em outras Unidades de Estudo,
acidentes de trânsito são definidos como qualquer evento
desagradável ou infeliz que envolva prejuízo, sofrimento ou morte.

Figura 1 – Acidente de trânsito


Você saberia prestar os primeiros atendimentos a uma vítima de
acidente de trânsito?
Em um acidente, cada pessoa tem uma reação: há
aquelas que conseguem lidar com essa situação tranquilamente,
há as que podem ficar estáticas diante da vítima, entre outras.
Qual seria a sua reação em um acidente de trânsito:
▪ Abandonaria o veículo e fugiria do local?
▪ Ajudaria outras vítimas após conseguir se libertar?
▪ Entraria em desespero?
Ao se deparar com um acidente de trânsito, o
importante é manter a calma e procurar ajuda.
Os passos principais para os primeiros socorros são:
▪ garantir a segurança: sinalizar o local;
▪ pedir socorro: acionar o socorro especializado;
▪ controlar a situação: manter a calma;
▪ verificar a situação: localizar, proteger e examinar as
vítimas.

Figura 2 – Reações mais comuns nas vítimas de acidentes de trânsito

Atenção: quem deve prestar os primeiros socorros à


vítima é quem está mais próximo dela, mas é preciso estar
capacitado para realizar um bom atendimento.

spaceplay / pausequnload | stop ffullscreenshift + ←→slower /


faster
↑↓volume mmute
←→seek . seek to previous12… 6 seek to 10%, 20% … 60%

Vídeo de inserção 1 – Aplicando os primeiros Socorros


Acidentes de trânsito e omissão de socorro
O Código Penal Brasileiro e o CTB determinam que,
qualquer pessoa, diante de um acidente com vítimas necessitando
de amparo imediato, tem por obrigação prestar atendimento,
principalmente se tiver envolvimento direto com o fato.
No art. 304, o CTB (BRASIL, 1997) expõe que a omissão
de socorro acontece quando o condutor deixa, "na ocasião do
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública".
Saiba Mais

Clique aqui e leia as determinações do CTB quanto à


responsabilidade civil e criminal dos envolvidos em acidentes de trânsito.
Nesses casos, as penas são de detenção, de seis meses a
um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais
grave. Essa pena pode aumentar se a vítima morrer em razão do
acidente. Ou seja, o indivíduo que se envolver em um acidente de
trânsito jamais deverá abandonar o local ou as vítimas que estão
necessitando de ajuda, pois a omissão de socorro é considerada
crime (BRASIL, 1997).
Por isso, é importante saber identificar as condições de
saúde da vítima, a fim de ajudar a salvar a vida dela e evitar
possíveis sequelas.

Figura 3 – Omissão de socorro


A seguir, vamos relembrar as consequências de um acidente e a
maneira adequada de se comportar nesses casos.
Consequências dos acidentes
São várias as consequências que um acidente de trânsito
pode ocasionar: prejuízo financeiro, econômico, social, psicológico
e traumas físicos. Por isso, é muito importante o cuidado no
atendimento a uma situação de emergência.
A falta de atenção e o excesso de velocidade podem
acarretar consequências fatais em um acidente. As principais são:
▪ ferimentos e lesões;
▪ sequelas físicas e psicológicas;
▪ marcas de invalidez e falta de qualidade de vida;
▪ processos judiciais;
▪ sofrimento da família;
▪ óbito.

Figura 4 – Consequências dos acidentes


Parada e estacionamento do veículo
Se um condutor estiver dirigindo e se deparar com um
acidente na via, o procedimento correto é:
▪ parar o veículo em um local seguro;
▪ estacionar corretamente a, pelo menos, 30 metros do local
do acidente;
▪ sinalizar o local do acidente (triângulo, pisca-alerta,
lanternas, entre outros);
▪ avaliar as condições das vítimas;
▪ chamar o socorro especializado.

Figura 5 – Parada e estacionamento do veículo


Sinalização do local do acidente
Para evitar que aconteçam mais acidentes, é necessário
iniciar rapidamente a sinalização e impedir que outros condutores
colidam com o veículo envolvido no acidente, o que pode gerar
"engavetamento".
Para sinalizar o local do acidente, deve-se colocar
corretamente o triângulo (equipamento obrigatório, que tem por
finalidade indicar que há um veículo parado na via), ligar o pisca-
alerta e usar também outros recursos, como galhos de
árvores e lanternas, ou utilizar panos para acenar para os
demais condutores.
A sinalização deve ser iniciada em um ponto em que os
outros motoristas não consigam enxergar o acidente. Isso faz com
que eles redobrem a atenção e tenham maior visibilidade.
Quadro 1 - Distância do acidente para início da sinalização

Em

caso de
Velocida
chuva,
de
Em pista neblina
Tipo da via máxima
seca ,
permitid
fumaça
a
ou à

noite

80
40 passos l
Vias coletoras 40 km/h passos
ongos
longos

120
60 passos
Avenidas 60 km/h passos
longos
longos

160
Vias de trânsit 80 passos
80 km/h passos
o rápido longos
longos

200
110 km/ 100 passos
Rodovias passos
h longos
longos
Fonte: IbacBrasil, 2016.

Os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se o


condutor não puder fazê-lo, deve pedir a outra pessoa para medir
a distância.
Conforme o Quadro 1, existem casos nos quais as
distâncias deverão ser dobradas, como à noite, com chuva,
neblina ou fumaça.
Casos que comprometem a visibilidade do acidente (curvas, topo de
elevação ou lombadas):
Quando estiver contando os passos e encontrar uma
curva, deve-se parar a contagem, caminhar até o final da curva
e, então, recomeçar a contar a partir do zero. A mesma coisa deve
ser feita quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem
visibilidade para os veículos que estão subindo.
Se estiver escuro, deve-se iluminar o local com as luzes
do veículo ou com lanternas disponíveis (o ideal é ter sempre uma
lanterna no veículo).
Lembre-se: jamais se deve utilizar fósforo, isqueiro ou qualquer
outro objeto que emita chama de fogo, pois isso poderá ocasionar
um incêndio. Ou seja, além do acidente de trânsito, outro grave
acidente pode ser gerado. Já pensou nisso?
Depois que o local do acidente for sinalizado, é preciso acionar os
recursos especializados. Vamos ver como se faz isso? Acompanhe!
Acionamento de recursos: bombeiros, polícia,
ambulância, concessionária da via e outros
Após sinalizar o local, um breve levantamento do acidente
deve ser feito, para repassar as informações necessárias à equipe
de socorro.
Em seguida, deve-se chamar o serviço médico
especializado. É importante ter sempre por perto os números do
SAMU, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, pois são esses
serviços que poderão ajudar nesse momento.
Nas rodovias, há placas com números de telefones úteis
para o caso de acidente. Já nas cidades, esses números são
divulgados em jornais, revistas, rádio e televisão. É preciso
atentar-se a eles!
Clique na Tabela 1 e veja os serviços e números de telefones mais
comuns para atendimento a emergências.

Tabela 1 – Serviços e telefones para atendimento a emergências.

Você sabe como se comportar na hora de uma ocorrência?


Ao entrar em contato com as autoridades para comunicar
um acidente de trânsito, as recomendações abaixo devem ser
seguidas.
▪ Manter a calma;
▪ passar as informações com clareza e precisão;
▪ responder às perguntas do atendente também de maneira
clara e objetiva;
▪ ao se referir ao local da ocorrência, fornecer o endereço
completo, além de um ponto de referência de fácil
localização e visualização (uma loja conhecida, uma praça,
uma avenida, etc.);
▪ fornecer dados sobre as vítimas (número, sexo, idade
aproximada);
▪ informar o estado de consciência das vítimas e o grau dos
ferimentos;
▪ comunicar as condições de trânsito no local;
▪ informar se há vítimas presas nas ferragens;
Caso ocorra vazamento de alguma substância na pista, é
necessário acionar o Corpo de Bombeiros.
Após a chegada dos bombeiros, é necessário:
▪ descrever a ocorrência;
▪ informar os primeiros socorros que foram aplicados;
▪ fornecer ajuda, se necessário.
Além disso, informar aos socorristas a localização das
vítimas e quantidade. Em um acidente de trânsito, as vítimas
podem ser lançadas para fora do veículo, podem estar presas nas
ferragens, caídas na pista de rolamento, entre outras situações.
Lembre-se: ao ajudar em um acidente, procure se
proteger de doenças infectocontagiosas, usando luvas ou pedaços
de pano. Essas doenças são transmitidas pelo contato com fluidos
corporais, como sangue e saliva.
A presença de cabos eletrificados, o derramamento ou
vazamento de combustíveis, incêndios e materiais tóxicos podem
deixar vítimas e socorristas sob riscos de novos acidentes. Nesses
casos, é preciso afastar o perigo o mais rápido possível.
Tipos de acidentes

Os acidentes de trânsito podem ocorrer de diversas


maneiras. Acompanhe!
Colisão
Se um automóvel colide a 60 km/h contra um elemento
fixo, por exemplo, haverá uma desaceleração quase instantânea
de 60 km/h para zero.
Nesse tipo de colisão, o veículo sofre parada brusca,
desaceleração imediata e os corpos em seu interior continuam em
movimento, sofrendo grande impacto. A cabeça e o tórax se
projetam para frente, por isso a importância do cinto de
segurança e do encosto de cabeça na altura regular.
As consequências desse tipo de acidente podem ser
agravadas em relação à velocidade, à falta do uso de
equipamentos de segurança ou à fragilidade das vítimas. As lesões
mais comuns são: traumatismo craniano, lesão na coluna
cervical, ferimento nos olhos e pernas.

Colisão traseira
Com o impacto, o veículo é lançado para frente, assim, o
condutor e os passageiros são arremessados para frente; neste
momento, pode acontecer a hiperextensão do pescoço e o risco de
lesão na medula espinhal. A situação fica agravada se a
velocidade no momento do impacto for alta e se os ocupantes não
estiverem usando os equipamentos de segurança, como cinto,
cadeirinha para crianças e encosto de cabeça. As consequências
podem ser lesão na cervical e traumatismo craniano, lesão no
abdômen e pernas.
Atropelamento
Normalmente, é dividido em três tipos
1. Impacto do veículo contra as pernas e quadril da pessoa.
2. Impacto do tronco da vítima contra o capô e para-brisa do
veículo.
3. Impacto da vítima contra o solo.
Os atropelamentos causam fraturas múltiplas, por isso
todo o cuidado é pouco. Deve-se levar em conta a velocidade no
momento do impacto do veículo com relação ao corpo, o
arremesso da vítima, a queda no solo, a idade e a fragilidade.
Consequências desse tipo de acidente são chamadas de
politraumatismos.
E já que estamos falando de atendimento às vítimas de acidente
de trânsito, não podemos nos esquecer dos socorristas, não é?
Vamos conhecê-los?
Tipos de socorristas
O socorrista é toda pessoa que presta socorro a alguém.
Eles estão divididos em três tipos: os sobreviventes, o pessoal
destreinado e o pessoal treinado.
Conceito:
▪ Primeiros Socorros: cuidados imediatos dispensados à
pessoa vítima de acidente ou mal súbito.
▪ Socorrista: toda pessoa que presta socorro a alguém, pode
ser leigo ou especialista. O socorrista sabe o que fazer, como
fazer, quando fazer e também o que não fazer.
Atenção: o objetivo do primeiro socorro não é tratar a
pessoa, mas sim evitar danos maiores à vítima.
É importante que as pessoas tenham cuidado com as
boas intenções após o acidente, pois, em vez de ajudar, podem
acabar agravando o estado das vítimas, levando-as a óbito, ou,
ainda, incapacitando-as temporária ou definitivamente.
Um exemplo disso são os acidentes que envolvem
motociclistas, por exemplo, quando o socorrista sobrevivente
retira o capacete da outra vítima sem ter a noção do que
realmente deve ser feito. Se não for respeitada a forma correta de
remoção do capacete, essa atitude simples, e com o intuito de
ajudar, pode causar uma lesão na coluna vertebral do motociclista
acidentado.
Sendo assim, não se deve retirar o capacete da
vítima, pois essa é uma ação para profissionais capacitados.
Vamos ver as especificidades de cada um? Acompanhe na
sequência!
Sobreviventes
São as pessoas que estavam no acidente e que
sobreviveram. Esses indivíduos identificam o estado geral deles
mesmos e decidem ajudar os demais envolvidos no acidente.
Pessoal destreinado
São aquelas pessoas que estão próximas ao local do
acidente e, assim que o percebem, iniciam o atendimento. Mas a
falta de conhecimento técnico específico também pode gerar
consequências graves às vítimas.
O ideal é que esses cidadãos não treinados estejam
acompanhados da liderança de um socorrista treinado. Dessa
maneira, os procedimentos podem ser mais efetivos.
Pessoal treinado
São os profissionais que dominam as técnicas de
atendimento com o objetivo de evitar riscos. Como exemplo,
podemos citar os bombeiros, os profissionais da defesa civil, os
policiais rodoviários e as organizações emergenciais.

Figura 6 – Socorristas prestando socorro a uma vítima


Papel do socorrista
O principal objetivo de um socorrista é salvar vidas. Além
disso, ele pode evitar que as lesões se agravem, preparando a
vítima e o local para atendimento médico.
Desta forma, o socorrista deve:
▪ ter conhecimento básico sobre primeiros socorros;
▪ ter iniciativa, autocontrole, calma, autoconfiança, senso de
observação;
▪ ter habilidade manual, saber como fazer o que deve ser
feito;
▪ conhecer as próprias limitações e ter bom senso.
Características de um socorrista
Esse profissional precisa ser capaz de controlar o seu
estado emocional, independentemente de qualquer situação, pois
é ele o responsável por transmitir segurança e tranquilidade à
vítima. O socorrista precisa tomar uma posição de líder, ter
controle e assumir a situação, além de demonstrar agilidade,
educação, inteligência, calma e solidariedade.
Lembre-se: um socorrista deve sempre saber o que
fazer, como fazer, quando fazer e também o que não fazer.
Chegamos ao final de mais uma Unidade de Estudo! Esperamos
que você tenha compreendido a importância da sinalização no
local do acidente e o acionamento de recursos especializados.
Lembre-se de que você poderá ajudar em um acidente, mas é
preciso ficar atento, pois algumas ações só podem ser realizadas
por profissionais capacitados, assim como aprendemos. Agora,
realize os exercícios para melhor fixação do conteúdo e até a
próxima Unidade!

Referências
ABRAMET. Noções de primeiros socorros no
trânsito. São Paulo: ABRAMET, 2005. 38 p.
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de
1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da
União, Brasília, 23 set. 1997. Disponível em: < http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm>. Acesso em: 13 nov.
2016.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S.; FRANCO, F. M. de
M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa.versão 1.0. Rio
de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss; Objetiva, 2001. 1 CD-ROM.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos
Humanos. Curitiba, 2001, 144 p. Apostila do Curso de Formação
de Instrutor de Trânsito. Módulo IV. Parte C. Noções de Primeiros
Socorros e Medicina de Tráfego. Curso a distância. Versão
10.10.01.
SEGURO DPVAT – SEGURADORA LÍDER. Brasil: um
acidente a cada 30 segundos; duas indenizações a cada
minuto. Disponível em: < http://www.revistacobertura.com.br/
2017/06/28/seguradora-lider-dpvat-pagou-mais-de-434-mil-
indenizacoes-as-vitimas-de-acidentes-de-transito-em-2016/>. Acesso
em: 9 maio 2013.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT3: Noções de Primeiros Socorros

• UE2: Verificação das condições gerais da vítima


OBJETIVO
▪ Apresentar as noções básicas para verificação das condições de saúde
da vítima e a maneira correta de realizar o atendimento.
Olá! Seja bem-vindo a mais uma Unidade de Estudo. Você sabia
que identificar as condições de saúde da vítima de acidente de
trânsito pode ajudar a salvar a vida dessa pessoa, além de evitar
possíveis sequelas? Mas será que você está preparado para
identificar essas condições? Nesta Unidade de Estudo, vamos
conhecê-las e aprender a maneira correta e adequada de prestar
atendimento à vítima. Bons estudos!
Avaliação primária da vítima
A avaliação das condições gerais da vítima deve ser feita
de forma rápida e precisa. Para isso, é preciso ter calma, para
poder passar confiança. É necessário afastar os curiosos e evitar
comentários trágicos sobre o estado de saúde do ferido e ter
sempre em mente que a correta avaliação é iniciada
pela verificação dos sinais vitais da vítima.
A prioridade no atendimento deve ser às vítimas que
correm maior risco de morte. Quem está prestando socorro deve
lembrar-se de que, como não é um profissional de socorro, deve
tomar muito cuidado e limitar-se a fazer o mínimo necessário com
a vítima.
O que são sinais vitais?
São aqueles sinais que mostram o funcionamento ou as
alterações das funções do corpo. Para avaliar a condição de
saúde da vítima, é necessário verificar se os sinais vitais estão
normais.
Você sabe quais são esses sinais e como identificá-los? Veja, a
seguir, as características de cada sinal e as condições
consideradas normais para cada um deles:
▪ Pulso: 60 a 100 batimentos por minuto;
▪ Respiração: 12 a 20 respirações por minuto;
▪ Pressão arterial: 120 x 80 mmHg;
▪ Temperatura corporal: 36 °C a 37 °C.
Avaliação inicial
Para fazer a avaliação inicial, é preciso verificar, de modo
rápido, se a vítima está consciente (acordada) e se respira, ou
se está com dificuldade para respirar.
Para tal avaliação, é necessário examinar a vítima
seguindo obrigatoriamente a sequência:
1. Vias aéreas e coluna cervical
2. Respiração
3. Circulação, controle de hemorragia e do choque
4. Nível de consciência, fraturas
5. Exposição, proteção da vítima e queimaduras
Isso deve ser feito da seguinte forma:
No caso de a vítima estar acordada ou consciente, é
preciso aproximar-se dela e, com cuidado, efetuar os seguintes
procedimentos:
▪ conversar com a vítima, dizendo quem é e que está ali para
ajudá-la;
▪ utilizar luvas de silicone para evitar contato com sangue ou
saliva;
▪ caso a vítima esteja acordada, deve-se acalmá-la e solicitar
que não se mova;
▪ apoiar a mão sobre a testa da vítima, sem fazer força,
somente para impedir que ela faça movimentos bruscos;
▪ verificar se ela está com dificuldade para respirar;
▪ verificar a circulação colocando 2 dedos sobre a artéria radial
localizada no pulso;
▪ conversar com a vítima para verificar seu nível de
consciência;
▪ proteger a vítima, cobrindo-a com mantas e casacos.
No caso de a vítima estar desacordada ou inconsciente, o
procedimento é um pouco diferente:
▪ ajoelhado ao lado da vítima, a pessoa que está prestando
socorro deve colocar uma das mãos em sua testa e a outra
sobre o ombro contrário ao do seu corpo.
▪ depois de verificar se a vítima está consciente e se está
respirando, deve-se conferir o pulso (não deve levar mais
que 10 segundos para verificar, pois qualquer demora pode
ser fatal).

Figura 1 – Posição correta para avaliação inicial da vítima.


Para esse procedimento, você deve seguir os seguintes passos:
1. Coloque os dedos no centro do pescoço da vítima (onde está
localizada a traqueia);
2. Em seguida, deslize os dedos lateralmente no pescoço e
procure o pulso.

Animação 1 – Verificação do pulso carotídeo

Se a vítima estiver com dificuldade para respirar devido a


algum objeto ou líquido que esteja obstruindo as vias áreas, ela
pode morrer ou ficar com problemas graves no cérebro, sendo
assim, é preciso desobstruir as vias aéreas, ou seja, liberar a
passagem do ar.
Mas e se a vítima estiver sem pulsação? É necessário ligar
imediatamente para a equipe de Urgência e Emergência:
Quadro 1 - Telefones dos Serviços de Urgência e Emergência

Serviço Nº

Serviço de Atendimento Móvel 1 9


de Urgência (SAMU) 2

19
Corpo de Bombeiros
3

Percebeu a necessidade de saber algumas das técnicas para


avaliar as condições de saúde da vítima? Agora, você vai conhecer
alguns procedimentos aplicados em casos mais graves.
Avaliação secundária
Feita a avaliação inicial, é preciso verificar a extensão dos
ferimentos, a quantidade de sangue perdido, as fraturas e outras
lesões. A partir disso, pode-se iniciar os procedimentos adequados
para cada caso, de acordo com as prioridades, mas cuidando
sempre da manutenção dos sinais vitais.
Lembre-se: É preciso ter consciência de que lesões
aparentes nem sempre são as mais graves.
Como identificar os sinais vitais:
▪ Parada respiratória: ausência de movimentos respiratórios
causando inconsciência; lábios, língua e unhas de cor
azuladas (arroxeados); sem movimentação de respiração no
peito.
▪ Parada cardíaca: ausência de batimentos cardíacos
causando inconsciência; aparência excessivamente pálida;
sem pulsação (sem batimentos do coração).
Quando a vítima apresentar uma parada respiratória, é necessário
realizar a respiração artificial. Ela pode ser feita de três formas:
▪ Boca a boca: é a mais eficiente e usada somente em
adultos. Deve-se tapar as narinas do acidentado com os
dedos, para não haver escape de ar, colocar a sua boca na
boca da vítima e soprar até perceber que o tórax dela está
levantando. Essa operação deve ser repetida até a vítima
respirar normalmente;
▪ Manual: essa técnica é recomendada quando não foi
possível praticar a anterior. Primeiramente, verifique se há
fraturas na vítima. Coloque-a deitada de costas. Segure os
braços da vítima pelos pulsos, cruzando-os e comprimindo-os
contra a parte inferior do peito. Em seguida, puxe os braços
da vítima para cima, para fora e para trás;
▪ Boca-nariz-boca: os procedimentos são idênticos aos do
método boca a boca, sendo que nesse caso a sua boca
devera cobrir também o nariz.

Massagem cardíaca
Quando for constatada a ausência de batimentos no
coração da vítima, deve ser realizada a massagem cardíaca. Esse
procedimento faz com que o coração e o pulmão voltem a
funcionar normalmente. Para realizar tal procedimento, devem-se
seguir as seguintes recomendações:
▪ Deitar a vítima de costas, em superfície rígida, apoiar a
mão sobre a parte inferior do tórax, colocar a outra mão em
cima da primeira e fazer compressões.
▪ Em crianças com 2 (dois) anos ou mais, os procedimentos
são os mesmos, porém, deve-se utilizar somente uma das
mãos para realizar as compressões.
▪ Em crianças com menos de 2 (dois) anos e bebês, os
procedimentos também são os mesmos, mas deve-se utilizar
o polegar para realização das compressões.
▪ As compressões torácicas devem ser iniciadas em uma
frequência de 100 vezes por minuto ou mais rápido (veja a
representação da RCP na Figura 3).

Figura 3 – Localização para compressão torácica

É comum ocorrer ao mesmo tempo a parada respiratória


e a parada cardíaca, denominada parada cardiorrespiratória. Se
isso ocorrer, é preciso realizar a respiração artificial e a massagem
cardíaca.
É necessário fazer essa manobra até a chegada do serviço
médico de emergência ou de outras pessoas preparadas para
assumir o cuidado da vítima.
Não se deve oferecer líquido para uma pessoa acidentada,
principalmente se ela estiver com dificuldade para respirar.
Todas as noções básicas aqui apresentadas são
importantes, necessárias e ajudam a salvar muitas vidas. Mas é
preciso ter em mente que a melhor pessoa para realizar o
atendimento a uma vítima de acidente de trânsito será sempre
um profissional capacitado.
Nosso objetivo nesta Unidade de Estudo não é transformar você
em um profissional da saúde ou em um especialista em
atendimentos de urgência e emergência, mas facilitar sua função
como cidadão que deve prestar os primeiros socorros a vítimas de
acidente de trânsito de maneira segura, adequada e eficaz. Nunca
se esqueça de, primeiramente, sinalizar o local e acionar os
recursos especializados. Até a próxima Unidade!

Referências
AHA – American Heart Association. Destaques das
diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e
ACE. São Paulo, 2010. Disponível em: <https://www.heart.org/idc/
groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/
ucm_317343.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 144 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte C. Noções de Primeiros Socorros e
Medicina de Tráfego. Curso a distância. Versão 10.10.01.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT3: Noções de Primeiros Socorros

• UE3: Cuidados com ferimentos, hemorragias,


choque, convulsão, desmaio, fraturas,
queimaduras, intoxicação e choque elétrico
OBJETIVO
▪ Descrever os principais cuidados com ferimentos, hemorragias, estado
de choque, convulsão, desmaio, fraturas, queimaduras, intoxicação e
choque elétrico.
Olá! Vamos dar início a mais uma Unidade de Estudo. A condição
básica para ajudar uma vítima a sobreviver após um acidente de
trânsito é conhecer a maneira correta de prestar atendimento. A
partir de agora, você vai conferir os principais cuidados nas
situações mais comuns de acidentes de trânsito. Vamos iniciar?
Boa leitura!
Qual é a função dos primeiros socorros?
Os primeiros socorros ajudam a diminuir a dor da vítima e
evitam o agravo de suas condições de saúde.
As lesões que não ameaçam a vida da vítima podem ser
tratadas rapidamente no próprio local onde aconteceu o acidente.
Para isso, é preciso fazer uma avaliação chamada avaliação
secundária, para verificar ferimentos, hemorragias, convulsões,
desmaios e estado de choque. Vamos conhecer mais sobre esse
assunto?
Podemos definir a avaliação secundária como a
observação de lesões na cabeça, no pescoço, no tronco,
nos membros superiores e inferiores e na coluna, e a
verificação de ferimentos, hemorragias, convulsões, desmaio e
estado de choque. Para avaliar essas regiões na vítima, é
necessário observar se há inchaço, deformidades ou arroxeamento
na parte machucada, pois isso pode ser sinal de uma lesão
interna.
Em acidentes de trânsito, é comum encontrar vítimas de choque
elétrico, além de feridos com fraturas, queimaduras e intoxicação.
E o que fazer até o atendimento especializado chegar? É o que
veremos a seguir!
Fraturas
A fratura pode ser definida como a quebra de um ou mais
ossos do corpo. De modo geral, ela provoca muita dor e inchaço
no local. Elas podem ser abertas ou fechadas; em acidentes de
trânsito, as mais comuns são as dos ossos das pernas e dos
braços.
Como identificar uma fratura?
Deve-se observar se a vítima apresenta dificuldade para
movimentar o local que foi fraturado, se há deformidade na região
afetada, sangramento em grande quantidade, sensação de atrito
no local ou aparecimento do osso quebrado (fratura exposta).
A fratura aberta ou exposta ocorre quando o osso se
quebra atravessando a pele ou existe uma ferida que se estende
do osso fraturado até a pele.
Após identificar a região da fratura, o seguinte
atendimento à vítima deve ser prestado:
▪ acionar imediatamente o Serviço Médico de Atendimento de
Urgência e Emergência, como o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU);
▪ acalmar a vítima e não deixar que ela se mova;
▪ imobilizar o local fraturado.
Imobilização do Local Fraturado
A imobilização (deixar parado, imóvel) impede que a
vítima movimente o membro fraturado.
Em caso de fraturas expostas nunca se deve alinhar o
membro fraturado. O procedimento correto é fazer curativo com
gaze ou pano limpo e imobilizar o membro na posição em que se
encontra (a imobilização deve atingir uma articulação acima e
outra abaixo da lesão).
Veja a seguir os procedimentos adequados para a imobilização dos
membros superiores (ombro, braço, antebraço, punho e mão):
▪ manter a vítima deitada;
▪ providenciar imediatamente uma tala, ou seja, qualquer
objeto limpo que permita paralisar o membro. A tala precisa
ter o comprimento adequado e ultrapassar as articulações da
vítima;
▪ amarrar a tala, no mínimo, em três lugares com faixas que
não sejam muito finas, ou algo semelhante, e não deixá-las
muito apertadas;
▪ se não for possível o uso de uma tala, deve-se amarrar o
braço junto ao corpo da vítima. Nesse caso, é importante
usar um objeto para separá-los, a fim de impedir que o braço
encoste-se ao corpo.

Figura 1 – Exemplo de imobilização de membro superior (braço)


Imobilização dos membros inferiores (quadril, coxa, perna e pé)
Utilizam-se os mesmos procedimentos da imobilização dos
membros superiores, porém com algumas especificidades.
Acompanhe na sequência.
Atenção: além do exemplo de imobilização do membro
inferior (perna), apresentado a seguir, também é possível
amarrar uma perna na outra usando um objeto para separá-las
(uma tábua ou um pedaço de papelão).

Figura 2 – Exemplo de imobilização de membro inferior (perna)

▪ Imobilização do fêmur: providenciar duas talas, uma deve


ficar entre as pernas e a outra deve passar a região do
quadril (bacia). Tomar muito cuidado, pois a movimentação
da vítima deve ser restrita.
▪ Imobilização das costelas: movimentar a vítima o mínimo
possível e somente se houver necessidade, sempre com
muita calma
Uma costela quebrada pode perfurar o pulmão e causar
um pneumotórax.1 Imobilize o tórax da vítima enfaixando o peito e
colocando os braços dela cruzados na região central do tórax.

Figura 3 – Imobilização da costela

▪ Imobilização de quadril: esse tipo de fratura exige maior


atenção, pois a vítima será totalmente imobilizada. Sendo
assim, os movimentos com ela serão bastante limitados.
Caso o socorrista não esteja preparado para lidar com
esse tipo de situação, é necessário solicitar ajuda. Os
procedimentos de imobilização do quadril são os mesmos já
citados, mas, nesse tipo de fratura, a vítima deve ser colocada em
uma tábua larga (do tipo "prancha"), que irá proteger a vítima por
inteiro e imobilizar o tórax e os tornozelos.

Figura 4 – Imobilização do quadril


Fratura do crânio
O crânio é uma estrutura muito forte, difícil de quebrar.
Mas quando um de seus ossos é quebrado, a vítima corre o risco
de morrer ou de ficar com sequelas.
Para identificar esse tipo de fratura, deve-se observar se a
vítima está consciente e se apresenta dor de cabeça intensa e em
excesso, além de:
▪ vômito;
▪ sangramento pela boca, pelo nariz e pelas orelhas;
▪ convulsões;
▪ paralisia nas pernas e nos braços.
E o que fazer com a vítima depois de identificar esses sintomas?
Acompanhe o procedimento:
• deitar a vítima com a cabeça um pouco mais alta que o
corpo;
• cuidar do ferimento enfaixando a cabeça (não muito
apertado) com tiras de pano limpo ou gaze2;
• imobilizar o pescoço com uma toalha ou algo semelhante;
• cuidar para que a vítima não se afogue com o vômito ou com
o excesso de sangue acumulado na boca;
• não transportá-la e não oferecer líquidos a ela. O transporte
só deve ser feito pelo Serviço Médico de Atendimento de
Urgência e Emergência.

Figura 5 – Imobilização do crânio


Fratura do pescoço ou da coluna vertebral
A coluna vertebral é formada por ossos
chamados vértebras; as vértebras são providas de um canal por
onde passa a medula, que faz a ligação do cérebro com o resto do
corpo. Se a medula for atingida, a vítima pode perder os
movimentos do corpo.
Por ser considerada uma fratura delicada, o socorrista
precisa de muita habilidade no atendimento de vítimas nessas
condições. Para identificar esse tipo de fratura, é preciso observar
alguns sinais e sintomas, tais como:
▪ dor intensa na região;
▪ paralisia das pernas e dos dedos das mãos e dos pés;
▪ formigamento nos membros;
▪ perda total ou parcial da sensibilidade.
Ao identificar esses sinais e sintomas, o socorrista deve:
▪ verificar se há sangramento e solicitar atendimento com
urgência;
▪ verificar os sinais vitais (frequência cardíaca e respiratória,
temperatura, pulso);
▪ providenciar o transporte da vítima (deverá ser feito
pelo Serviço Médico de Atendimento de Urgência e
Emergência).
Caso o acidente seja com uma motocicleta, não retire o
capacete das vítimas. Esse tipo de socorro, se realizado
erradamente, poderá causar a lesão da coluna vertebral. Somente
será permitida a retirada quando a respiração estiver dificultada.
Isso vale também para o cinto de segurança. Mas atenção, não
movimente o corpo da vítima.
Queimadura
São lesões causadas pelo contato entre a pele e o fogo,
agentes químicos, radiação e eletricidade. As vítimas de
queimaduras correm sérios riscos de entrar em óbito, e estas são
classificadas em três níveis:
▪ A queimadura de 1º grau não apresenta bolhas.
Queimadura de 1º grau: causa dor leve ou moderada
no local, a pele fica avermelhada e bastante quente.
Um exemplo desse tipo de queimadura é aquela
provocada pelo sol.
▪ A queimadura de 2º grau sempre apresenta bolhas.

Queimadura de 2º grau: a pele fica avermelhada e


com bolhas e a vítima sente muita dor. Como exemplo,
podemos citar uma queimadura provocada por água
fervente, mas em pouca quantidade.
Na queimadura de 3.º grau, a pele é arrancada.
▪ Queimadura de 3º grau: não causa dor, pois os nervos são
destruídos. Como exemplo, podemos citar uma vítima que,
conduzindo o seu veículo, bate em um poste, o carro explode
e ela não consegue sair a tempo, tendo o seu corpo inteiro
queimado.
Depois de identificar as queimaduras na vítima, o que deve ser
feito? Acompanhe as especificidades do procedimento.
▪ Acionar o Serviço Médico de Atendimento de Urgência e
Emergência.
▪ Em caso de fogo em veículo com vítima, deve-se apagá-lo
com água e cobrir o ferido com cobertor o mais rápido
possível − começando sempre pela cabeça − ou rolar a
vítima no chão. Não deixar a vítima correr.
▪ Retirar as roupas queimadas quando possível (as roupas que
estiverem grudadas no corpo da vítima não devem ser
retiradas).
▪ Não perfurar as bolhas das queimaduras e não esfregar o
local atingido.
▪ Utilizar água corrente, pano limpo ou compressa umedecida
em água em temperatura ambiente, ou soro fisiológico, no
local atingido pela queimadura.

Animação 1 – Tipos de queimaduras (1º, 2º e 3º graus)


Intoxicação
Os automóveis produzidos atualmente possuem um
dispositivo que controla o nível de fumaça expelido.
A fumaça do veículo contém um gás chamado monóxido
de carbono, que pode causar grave intoxicação e levar à morte.
Se a vítima estiver em uma garagem fechada, a fumaça pode
prejudicar seriamente a respiração e causar problemas muito
sérios. Os sintomas de intoxicação por monóxido de carbono
são delírios e alucinações.
Choque elétrico
O choque elétrico acontece quando o corpo entra em
contato com uma corrente elétrica. Nesse tipo de situação, o
socorrista deve desligar a fonte de energia (com segurança) ou
solicitar o desligamento para a companhia responsável o mais
urgente possível, além de verificar se o chão está seco e utilizar
calçado com solado de borracha.
Antes de tocar na vítima, o socorrista precisa retirar todos
os objetos que possam gerar eletricidade, pois, a qualquer
momento, a vítima poderá descarregar toda a energia nele.
Lembre-se: o socorrista deve realizar esse procedimento
sempre com o máximo de segurança possível. Por isso, os
recursos especializados devem sempre ser acionados. Se o
socorrista não estiver preparado, não pode realizar os
primeiros socorros!
E quanto às feridas, sangramentos, estado de choque, convulsões
e desmaios? Acompanhe a seguir cada uma dessas situações.
Ferimentos abertos e Fechados
O ferimento aberto é aquele em que a pele é rompida,
ou seja, ela se abre expondo sangue ou até órgãos internos.
No ferimento fechado, não há rompimento da pele. Em
casos mais graves, esse tipo de ferimento pode prejudicar órgãos
internos, sendo, muitas vezes, fatal.
Durante o atendimento é necessário:
▪ sempre usar luvas, pois elas podem impedir o contágio de
doenças;
▪ nunca retirar qualquer material estranho que esteja preso
aos ferimentos;
▪ não apertar demais a atadura3 quando for colocá-la, para não
interromper a circulação.
Vamos ver os cuidados que devem ser tomados com os
ferimentos de acordo com sua localização no corpo da vítima?
Acompanhe!
Ferimentos nos membros superiores e inferiores
Se forem identificados ferimentos nas pernas ou nos
braços da vítima, o ideal é:
▪ fazer uma compressão leve sobre o ferimento, com pano
limpo ou gaze;
▪ prender o ferimento com uma faixa (pode-se usar um lenço,
uma gravata ou uma tira de pano limpo), sem pressionar
muito para não interromper a circulação do sangue;
▪ se o ferimento for no cotovelo ou no joelho, colocar, no lado
interno da articulação (atrás do joelho ou em cima do
cotovelo), um chumaço de gaze ou papel e prender com uma
atadura.
Ferimentos na cabeça
Nesse caso, é necessário:
▪ deitar a vítima com as costas no chão e com a cabeça mais
alta do que o restante do corpo;
▪ afrouxar as roupas da vítima;
▪ colocar panos limpos, compressas ou gaze sobre o
ferimento;
▪ manter a vítima aquecida;
▪ nunca oferecer líquido a ela.

Figura 6 – Ferimentos na cabeça


Ferimentos no tórax
Em caso de ferimentos no tórax:
▪ a vítima deve ficar deitada de costas;
▪ verificar se existe ar passando pelo ferimento (se isso
estiver acontecendo, o acidente pode ter provocado uma
perfuração no pulmão);
▪ pressionar o ferimento com um pedaço de pano limpo, gaze
ou com a própria mão (sempre utilizando luvas);
▪ o ideal é realizar o curativo de três pontos, que pode ser
visto na Animação 2, logo abaixo.

Animação 2 – Curativo de três pontos


Ferimento no abdome
Quando houver um ferimento no abdome:
▪ realizar o atendimento somente se a vítima estiver com o
ferimento aberto;
▪ manter a vítima deitada de costas;
▪ comprimir levemente o ferimento com um pano ou
compressa;
▪ se houver exposição de órgãos, protegê-los com um pano
limpo ou compressa, e se for possível, umedecer esses
materiais com água ou soro fisiológico.

Figura 7 – Órgãos do abdome


Ferimento nos olhos
Na ocorrência de ferimentos nos olhos:
▪ evitar que a vítima esfregue os olhos;
▪ pedir para que a vítima pisque os olhos várias vezes para
que os corpos estranhos sejam expelidos;
▪ não retirar o corpo estranho se ele estiver cravado no(s)
olho(s) da vítima;
▪ cobrir o(s) olho(s) com um pedaço de pano limpo ou gaze;
▪ se possível, passar uma tira de pano sobre o(s) olho(s) da
vítima e amarrá-la atrás da cabeça, ou colar um esparadrapo
sobre o(s) olho(s).
Hemorragia
A hemorragia é definida como a perda de sangue por
rompimento de uma veia ou artéria e é muito comum em
acidentes de trânsito. A perda de sangue leva à diminuição da
pressão sanguínea e à diminuição da oxigenação dos tecidos,
podendo levar a morte se não for controlada. Evite contato com o
sangue ou com qualquer secreção das vítimas nos acidentes.
Vamos ver os tipos de hemorragias e os cuidados específicos?
Acompanhe a seguir.
• Hemorragia interna: esse tipo de hemorragia é difícil de
ser identificada de modo instantâneo, pois o sangramento
não é aparente. Ela acontece devido a ferimentos em órgãos
internos que tiveram veias ou artérias rompidas. Para
identificar uma hemorragia interna, deve-se estar atento aos
seguintes sinais e sintomas que expressam um estado de
choque:
a. pele fria;
b. pulso fraco;
c. muita palidez;
d. suor frio e excessivo;
e. boca pálida;
f. tontura;
g. vômito;
h. sede;
i. inconsciência;
j. golfadas de sangue.

Figura 8 – Hemorragia interna

• Sabe quando o sangue escorre pela pele? Essa é


a hemorragia externa.

Hemorragia externa: essa hemorragia é facilmente visível,


pois o sangue é extravasado para fora da pele. Ele pode
escorrer por alguma abertura natural do corpo, como pele,
boca, nariz, ânus, vagina, etc.

Figura 9 – Hemorragia externa

▪ Hemorragia arterial: é causada pelo rompimento de uma


artéria,causa sangramento abundante em jatos fortes. É uma
situação grave, em que a vítima corre risco de morte,
portanto, necessita de atendimento imediato.
▪ Hemorragia venosa: ocorre quando uma veia é atingida; o
sangue é vermelho escuro e sai de forma lenta e contínua.
▪ Hemorragia nasal: é a perda de sangue pelo nariz. Nesse
tipo de hemorragia, o melhor a ser feito é:
a. abaixar a cabeça da vítima;
b. comprimir a narina por aproximadamente 1 (um)
minuto (deve-se tomar cuidado para não deixar a
vítima sem ar);
c. solicitar à vítima que respire pela boca;
d. se o sangramento não parar, colocar gaze ou pano
umedecido em água ou soro fisiológico na narina da
vítima;
e. não permitir que a vítima assoe o nariz.
Atenção: se a vítima de hemorragia estiver inconsciente,
ela pode estar em estado de choque.
O que é estado de choque?
Uma vítima entra em estado de choque quando há
diminuição do fluxo de oxigênio para as células de seu corpo e
para os órgãos vitais. Se o coração não receber oxigênio em
quantidade suficiente, corre o risco de morrer.
Pessoas que sofreram fortes emoções ou que passaram
por grandes cirurgias podem também ficar em estado de choque.
Esse problema é bastante comum em vítimas que
apresentam hemorragias (principalmente as internas), que
levaram choque elétrico e estão com ferimentos graves e que
estão com fraturas expostas.
Você conhece os sintomas e os sinais de um estado de
choque? São eles:
▪ inconsciência;
▪ suor excessivo;
▪ pele fria e úmida;
▪ náusea;
▪ vômito;
▪ pulso fraco;
▪ respiração irregular;
▪ lábios arroxeados;
▪ sensação de frio e de tremor.
E o que fazer nessa situação? O ideal é:
▪ tentar eliminar a causa do estado de choque. Por exemplo:
Conter a hemorragia ou cuidar dos ferimentos;
▪ manter a vítima deitada com a cabeça mais baixa do que o
tronco, a menos que ela apresente fraturas no crânio ou na
coluna;
▪ afrouxar as roupas da vítima, deixando-lhe livre a cintura, o
peito e o pescoço;
▪ manter a vítima aquecida e com as vias áreas
desobstruídas.
Agora, vamos falar sobre outro assunto muito importante.
Você já se deparou com situações de convulsões e desmaios? É
necessário saber lidar com elas, pois são bastante comuns no dia
a dia do trânsito.
Convulsão
A convulsão é a contração involuntária dos músculos do
corpo; pode provocar a perda da consciência e movimentos
involuntários e descoordenados.
Os sinais e sintomas dessa crise são:
▪ inconsciência;
▪ salivação excessiva;
▪ olhos virados para cima;
▪ lábios de cor azulada e cabeça inclinada para trás;
▪ contrações involuntárias no corpo todo.
Depois de identificar os sintomas, deve-se virar a vítima
de lado (a fim de evitar a obstrução das vias aéreas), proteger a
cabeça para evitar lesões e retirar de perto qualquer objeto que
possa machucá-la. Se a vítima estiver usando óculos, colares,
anéis e relógio, é preciso retirá-los.
Assim que as convulsões terminarem, deve-se procurar
ajuda médica e manter a vítima deitada até que fique consciente
novamente.
Desmaio
O desmaio ocorre quando a pessoa perde
temporariamente os sentidos do corpo, não conseguindo ficar em
pé. Os sintomas são:
▪ palidez;
▪ corpo amolecido e sem força;
▪ sensação de frio;
▪ tontura;
▪ suor excessivo;
▪ inconsciência;
▪ pulso fraco;
▪ respiração fraca.
Em caso de desmaio, deve-se colocar a vítima deitada
com as pernas para cima, afrouxar suas roupas e verificar
respiração e pulsação. Depois que ela estiver consciente, é
necessário conversar com a vítima e acalmá-la.

Figura 10 – Atendimento em caso de desmaio


Amputação
É quando a vítima apresenta um membro ou parte dele
totalmente separado do resto do corpo.
O que fazer:
▪ guardar o membro em um saco plástico limpo e deixá-lo bem
fechado;
▪ colocar o saco dentro de outro com gelo e deixá-lo
igualmente bem fechado;
▪ quando o socorro chegar, a vítima deverá ser removida
juntamente com o saco que contém o membro.
É muito importante saber que, nesses casos, a vítima
deve se movimentar o mínimo possível. Entretanto, existem
situações em que a movimentação torna-se necessária − e só
deverá ser feita para afastar o acidentado de um perigo maior,
como risco de atropelamento, de incêndio e de afogamento.
Nesta Unidade de Estudo, você aprendeu a respeito dos primeiros
atendimentos que devem ser prestados a vítimas de acidentes de
trânsito. Esperamos que você tenha compreendido a importância
da prestação desses atendimentos e a necessidade de acionar
imediatamente o socorro médico. Agora, dê sequência ao seu
estudo realizando as atividades propostas. Até a próxima Unidade!

Referências
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 144 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte C. Noções de Primeiros Socorros e
Medicina de Tráfego. Curso a distância. Versão 10.10.01.
DETRAN/RJ – DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO
RIO DE JANEIRO. Coordenadoria de Educação. Renovação da
CNH. Conteúdos e provas simuladas. Disponível em:< http://
www.detran.rj.gov.br/_include/on_line/cartilha/cartilha.pdf >. Acesso
em: 14 nov. 2016.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT3: Noções de Primeiros Socorros

• UE4: Cuidados com a vítima (o que não fazer)


OBJETIVO
▪ Diferenciar as ações adequadas das não adequadas no atendimento
de primeiros socorros com vítimas de acidentes de trânsito.
Olá! Você sabe que um descuido pode ser fatal no momento do
socorro, não é? Mas será que você está preparado para prestar os
primeiros atendimentos a uma vítima de acidente de trânsito?
Quando isso ocorre, sinalizar o local do acidente e chamar o
atendimento especializado são ações importantíssimas. Mas o que
fazer e o que não fazer até a chegada desses profissionais? É o
que vamos ver nesta Unidade de Estudo. Preparado? Então,
vamos começar!
Ações que devem ser executadas diante da ocorrência de
acidentes de trânsito
O sucesso no atendimento e o cuidado com uma vítima de
acidente de trânsito dependem de ações realizadas
adequadamente.
Os passos a seguir são ações básicas que podem salvar vidas.
Acompanhe!
▪ Avaliar o local para identificar riscos, como alta tensão,
vazamento de combustível e instabilidade do veículo (o carro
pode se movimentar a qualquer momento provocando novos
acidentes).
▪ Identificar os riscos e adotar medidas de segurança para
quem está prestando socorro, para a vítima e para os demais
presentes no local.
▪ Proteger o local do acidente de curiosos e impedir que tirem
vítima do local.
▪ Sinalizar e isolar a área do acidente o mais rápido possível.
▪ Caso o socorrista identifique pontos cortantes (como cacos
de vidro ou objetos pontiagudos) nas proximidades do local
do acidente (na calçada, por exemplo), é ideal que os cubra
para evitar exposição direta e, assim, um novo acidente com
outras pessoas.
▪ Se a vítima apresentar lesões, deve-se procurar as causas e
providenciar atendimento.
▪ Não movimentar a vítima, pois isso pode provocar fraturas
ainda maiores (no caso de haver alguma).
▪ Evitar o pânico no local (não entrar em pânico também,
porque isso assustará a vítima).
▪ Não fumar ou fazer qualquer uso de fogo no local do
acidente.
▪ Com segurança, desligar a chave de ignição dos veículos
envolvidos no acidente (no caso de vazamento de
combustível, desligar também os cabos da bateria).
▪ É importante estar preparado para utilizar o extintor de
incêndio; para tanto, é essencial mantê-lo sempre por perto.
▪ Acionar os recursos especializados, como o Corpo de
Bombeiros1 e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU2).
Figura 1 – Socorristas atuando na movimentação da vítima
Já que é preciso que o condutor esteja preparado para utilizar o
extintor de incêndio, vamos ver como deve ser feito o manuseio e
o uso desse equipamento?
Extintor de incêndio: manuseio e uso
O uso do extintor de incêndio tornou-se facultativo para
automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de
cabine fechada; porém é considerado um grande aliado no
combate ao início de incêndio em veículos automotores em caso
de acidente. Ele deve ser instalado na parte dianteira do
habitáculo do veículo, ao alcance do condutor.
Os proprietários de veículos que optarem por utilizar o
extintor de incêndio deverão seguir as normas dispostas
na Resolução CONTRAN n. 556, de 2015.
É obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão,
caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao
transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos, e para todo
veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros.
Não basta somente equipar o veículo com o extintor, é
necessário saber manuseá-lo corretamente, caso seja preciso
utilizá-lo. O próprio equipamento vem com instruções para o
manuseio adequado.
Para saber como utilizar esse equipamento, é preciso
levar em conta o tipo de combustível que está sendo queimado.
Observe a classificação:
▪ Classe "A": sólidos inflamáveis;
▪ Classe "B": líquidos e combustíveis inflamáveis;
▪ Classe "C": equipamento eletroeletrônico energizado.
Você sabe qual é o agente extintor exigido pela legislação de
trânsito?
O agente triclasse (pó químico seco), presente nos
extintores, pode ser usado nas três classes de incêndio mais
difundidas (classes A, B e C).
Para combater um princípio de incêndio em veículos automotores,
é necessário cuidar com o manuseio adequado do extintor e seguir
alguns passos, tais como:
a. retirar o extintor do suporte;
b. levá-lo ao local do incêndio;
c. manter distância de segurança do fogo;
d. posicionar-se a favor do vento (quando bater nas costas);
e. retirar a trava do gatilho (válvula), para romper o lacre;
f. pressionar o gatilho e direcionar o jato do agente extintor
para a base do fogo, movimentando-o em leque e criando
uma nuvem, pois o pó químico seco extingue o fogo por
abafamento.
Importante: Manter o extintor carregado e com a
pressão adequada. Conferir a validade e a pressão do extintor de
incêndio do veículo regularmente, mesmo que não tenha sido
utilizado. E, quando o extintor for utilizado, providenciar sua
reposição imediatamente.
As autoridades de trânsito, ou seus agentes, deverão
fiscalizar os extintores de incêndio, nos veículos em que o uso é
obrigatório, verificando os seguintes itens (redação dada
pela Resolução n. 556, de 17 de setembro de 2015, que altera o art.
9º da Resolução n. 157/2004):
I. o indicador de pressão não pode estar na faixa vermelha;
II. integridade do lacre;
III. presença da marca de conformidade do INMETRO;
IV. os prazos da durabilidade e da validade do teste hidrostático
do extintor de incêndio não devem estar vencidos;
V. aparência geral externa em boas condições (sem ferrugem,
amassados ou outros danos);
VI. local da instalação do extintor de incêndio.
Caso o extintor não apresente esses itens, o condutor
estará sujeito à aplicação das sanções previstas no art. 230,
incisos IX e X do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Agora que vimos os passos para o sucesso de um
atendimento e como usar e manusear adequadamente o extintor
de incêndio, precisamos relembrar os tipos de comportamento
que não são adequados em um acidente de trânsito. Vamos lá?
Comportamentos inadequados em acidentes de trânsito
Sempre que possível, é importante não adotar atitudes
que possam prejudicar o atendimento ou agravar as condições de
saúde da vítima, por exemplo:
▪ abandonar o local do acidente e a vítima;
▪ omitir socorro;
▪ remover a vítima que está presa nas ferragens;
▪ tumultuar o local;
▪ deixar de colaborar com as autoridades (elas podem solicitar
que se testemunhe ou conduza um ferido para outro local).
Com base no que você viu até agora, o atendimento à vítima fica
mais fácil, não é? Mas o que fazer para não movimentar o ferido
no momento do socorro? É o que vamos ver a seguir. Acompanhe!
Cuidados para não movimentar a vítima de acidente de trânsito
A recomendação é clara: não remover e não mexer na
vítima, pois a remoção e a movimentação são ações de
responsabilidade do SAMU.
Importante: essa recomendação só não vale em casos
de risco iminente para a vítima, como incêndio, afogamento ou
outras situações que oferecem risco de morte caso permaneça no
local do acidente. Nessas situações, as vítimas que estão no
interior do veículo devem ser retiradas. Mas lembre-se: não se
deve remover a vítima se não estiver preparado, e jamais deixar
de acionar os recursos especializados!
E como o socorrista deve remover a vítima em situações de
extremo risco, como em um incêndio imediato?
▪ Abraçar o tronco da vítima pelas costas e trazê-la até o seu
tórax (peito);
▪ apoiar a cabeça da vítima em seu ombro, imobilizando o
pescoço e evitando que ela o movimente (fazer isso com
calma para não machucar a vítima);
▪ após realizar esses procedimentos, levar a vítima até um
local seguro e deixá-la deitada em uma superfície plana,
mantendo a imobilização da cabeça e do pescoço.

Figura 2 – Passos para retirar a vítima de dentro do veículo


Relembrando
1. Se a vítima estiver consciente, deve-se perguntar nome, número
de telefone para contato e endereço.
Se a vítima estiver consciente, é muito importante realizar
a verificação do seu estado por meio da entrevista, pois isso
auxilia no controle dos sinais vitais e traz conforto emocional. O
socorrista deve apresentar-se à vítima, dizer seu nome, fazer
perguntas objetivas para obter respostas diretas e rápidas, criar
um vínculo de diálogo com ela e prestar atenção às suas
respostas. Se a vítima parar de falar, esquecer o que houve ou
não souber o próprio nome, endereço ou referências pode ser sinal
de lesões ou choque emocional.
2. Se a vítima estiver inconsciente, deve-se abrir os olhos dela e
verificar suas pupilas.
▪ Pupilas normais: significam, geralmente, que não existem
lesões neurológicas aparentes e há oxigenação.
▪ Pupilas diferentes: quando uma está normal e a outra
dilatada significa presença de lesão neurológica. Deve-se
intensificar a avaliação, pois pode haver parada
cardiorrespiratória.
▪ Pupilas dilatadas: significam parada cardiorrespiratória há
mais de um minuto. É possível que haja, também, lesão
neurológica.
Sempre que a vítima estiver inconsciente, deve-se
suspeitar de lesões na coluna, traumatismo craniano ou
hemorragias graves. É importante não movimentá-la, manter a
calma, verificar os sinais vitais e repassar informações sobre as
condições do acidentado ao socorro especializado .
3. Em hipótese alguma retirar qualquer corpo estranho dos
ferimentos.
4. Mesmo que a vítima pareça estar bem, é indispensável
encaminhá-la para um profissional de saúde.
5. Se houver mais de uma vítima no acidente, os casos mais graves
devem ser atendidos primeiramente.
6. Caso o acidente seja com uma motocicleta, não se deve retirar o
capacete das vítimas.
Esse tipo de socorro, se realizado incorretamente, poderá
causar uma lesão da coluna vertebral. Somente será permitida a
retirada do capacete quando a respiração estiver dificultada. Isso
vale também para o cinto de segurança. Mas, atenção: não se
deve movimentar o corpo da vítima.
Chegamos ao final de mais um Núcleo Temático! Esperamos que
você tenha compreendido e recordado, de maneira satisfatória, a
importância de estar seguro e consciente no momento de prestar
socorro a uma vítima. Sempre que se encontrar em uma situação
de emergência, lembre-se dos cuidados que você deve tomar e
dos comportamentos inadequados que devem ser evitados para
diminuir as chances de agravamento do estado de saúde da
vítima. Até o próximo Núcleo Temático!

Referências
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 144 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte C. Noções de Primeiros Socorros e
Medicina de Tráfego. Curso a distância. Versão 10.10.01.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT4: Relacionamento Interpessoal

• UE1: Cidadania e relacionamento interpessoal


OBJETIVO
▪ Apresentar os conhecimentos sobre cidadania e relacionamento
interpessoal no trânsito, além do reflexo dessas ações no meio
ambiente.
Olá! Você conhece seus direitos e deveres como cidadão? E como
suas ações refletem no dia a dia no trânsito? Nesta Unidade,
vamos compreender melhor o que é cidadania, e de que maneira
o relacionamento interpessoal pode influenciar diretamente no
trânsito. Vamos lá?
Ser humano: trânsito, cidadania e meio ambiente
O homem é o ser vivo que mais modifica o meio
ambiente em que vive. Essas alterações causam desequilíbrios
ambientais e, como consequência, a biosfera do planeta é
devastada a cada dia. O ser humano tem a responsabilidade de
cuidar do ambiente e zelar pela
sua preservação e reconstrução.
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece uma relação entre os
cidadãos e o cumprimento das regras de trânsito.

Figura 1 – Cidadania e meio ambiente


Indivíduo, grupo e sociedade
Se você observar com bastante atenção, verá que as
pessoas estão sempre em grupos. Assim, podemos dizer que o ser
humano é um ser social, porque vive em sociedade, ou seja, em
grupos.
Estudos realizados por cientistas apontam que as pessoas
sempre viveram dessa maneira, reunidas à beira do fogo para se
aquecer ou morando em cavernas, desde a primeira aparição de
vida humana na Terra. Com base no resultado desses estudos, é
possível afirmar que o conhecimento humano e a forma como ele
é utilizado fazem com que o ser humano seja diferente dos outros
seres.
O individualismo põe em risco a convivência harmoniosa e
deixa as pessoas vulneráveis a riscos.
Viver em sociedade faz parte da natureza humana, pois é
no relacionamento com outros indivíduos e com o meio ambiente
que o ser humano alcança a satisfação e a realização pessoal. O
homem se renova e se adapta a novos ambientes e isso colabora
para satisfazer suas necessidades sociais.
Necessidades do ser humano
É da natureza do ser humano ter necessidades que só
podem ser satisfeitas no convívio com outros indivíduos. Como
exemplos dessas necessidades, podemos citar:
Você sabia?
A dignidade da pessoa humana é o princípio universal do
qual derivam os direitos humanos e os valores e atitudes
fundamentais para o convívio social.
▪ a busca por novas experiências e sensações diferentes
daquelas vivenciadas no cotidiano;
▪ a busca por simpatia, amor e amizade no convívio com
outras pessoas;
▪ a segurança diante dos perigos do presente e das incertezas
do futuro;
▪ o reconhecimento e a aceitação pelos demais indivíduos;
▪ a satisfação em ajudar o próximo.
Educação para o trânsito
Está enganado quem pensa que basta conhecer regras,
normas ou leis de trânsito para dirigir; a educação para o trânsito
vai além disso. É importante que o condutor saiba que o bom
convívio social e o respeito aos demais usuários da via são
fundamentais.
O CTB dispõe sobre a inserção de educação de trânsito
nas escolas como matéria interdisciplinar. O objetivo é formar
cidadãos mais engajados e conscientes nas questões relativas ao
trânsito. A aproximação da criança com a realidade do trânsito,
desde os primeiros anos de escolarização, favorece de forma
significativa a formação de um futuro condutor responsável e
comprometido com a segurança, com a preservação do meio e
com a prevenção de acidentes.
O respeito mútuo e a cooperação são princípios essenciais
para o convívio e a segurança no trânsito. O objetivo da educação
para o trânsito é incentivar condutores e pedestres a desenvolver
atitudes e comportamentos corretos e seguros.
Cabe ao condutor colaborar para um trânsito seguro e
respeitar as normas a fim de valorizar sua segurança e a própria
vida.

Figura 2 – Educação para o trânsito


Relação homem, via e veículo
Você já parou para pensar em como ocorre essa relação
entre o homem, a via e o veículo? Alguns valores sociais ficam
claros nessa relação, tais como:
▪ o homem é quem comanda;
▪ a responsabilidade deve ser assumida pelo homem;
▪ é por meio da ação do homem que a via é transformada;
▪ é o homem quem manobra o veículo.
O comportamento humano e os conflitos entre as pessoas
interferem no trânsito. Atitudes de desordem em um veículo
comprometem a segurança de todos.
Sabendo disso, é importante refletirmos sobre as relações
do ser humano com os temas referentes ao trânsito.
Comunicação no trânsito
Comunicar é transmitir ou compartilhar uma
informação.
Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam
entre si, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos e
informações. Sem ela, cada um viveria em um mundo isolado.
As mensagens podem ser representadas
por palavras, gestos, olhares, movimentos do
corpo e sinais, e o ser humano faz uso desses recursos, também,
para atender às suas necessidades de deslocamento com
segurança. Nesse sentido, o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) colabora de forma fundamental apresentando
diferentes formas de comunicação para orientar o trânsito.
Essas mensagens contidas no CTB são fundamentais para
o processo de comunicação no trânsito, mas a eficácia desse
processo depende dos valores pessoais, aqueles que as pessoas
trazem desde a infância, desde os primeiros anos escolares.
Por isso, é importante o condutor entender que os seus
valores podem ser diferentes dos valores dos demais condutores.
Dessa forma, todos podem se tornar mais tolerantes, tentando
resolver as situações por meio de um processo de comunicação
eficiente, que priorize o respeito ao outro.
De acordo com o CTB (BRASIL, 1997), o espaço público
pertence a todos. Assim, todos têm direitos e deveres no
trânsito. No entanto, nos dias de hoje, é possível perceber que
esses direitos e deveres são cada vez mais desrespeitados; essa
constatação reforça a importância e a necessidade de se iniciar a
educação voltada ao trânsito desde a idade escolar, pois somente
assim a sociedade poderá contar com pedestres, ciclistas,
motociclistas e condutores cada vez mais conscientes e
preparados.
Como já visto anteriormente, no trânsito, quanto maior e
mais potente for o veículo, maior é a responsabilidade do
condutor, assim como os condutores de veículos motorizados são
responsáveis pelos não motorizados e todos esses são
responsáveis pelo pedestre.
A dificuldade de locomoção no trânsito e a falta de
comunicação podem gerar conflitos. Os condutores não fazem
questão de entender o que os demais estão tentando comunicar e
não são claros no que desejam fazer. Isso acarreta atitudes
inapropriadas, entre elas:
▪ avançar o sinal vermelho;
▪ estacionar em local proibido;
▪ dirigir acima do limite permitido pela via.
A desarmonia e a falta de comunicação podem, muitas
vezes, causar acidentes graves motivados principalmente por
problemas de relacionamento social no trânsito.
Relacionamento social no trânsito
Para favorecer o convívio em harmonia com outras
pessoas, principalmente no trânsito, é necessário que o condutor
respeite os deveres e os direitos de cada ser humano. A boa
conduta envolve valores morais, éticos, sociais e religiosos, entre
outros que influenciam o comportamento das pessoas.
Comportamento solidário no trânsito
O respeito ao próximo vem muito antes das leis de
trânsito. Acompanhe algumas atitudes bem simples que podem
colaborar para o bom andamento das relações que se estabelecem
no trânsito:
▪ Respeitar as pessoas e ser cordial com elas.
▪ Ao invés de "furar" o sinal que acabou de ficar vermelho e
aproveitar a lógica insensata de que o "o pedestre espera",
deve-se ter o cuidado de parar o veículo antes da faixa de
segurança.
▪ O condutor não deve dificultara ultrapassagem trafegando
lentamente pela esquerda. Para facilitar o fluxo, deve mudar
de faixa e conduzir o veículo pela pista da direita.
▪ No trânsito, não se disputa corrida, portanto, quando um
condutor pedir passagem, deve-se diminuir a velocidade e
deixá-lo passar.
▪ Um condutor não anda sozinho pelas vias, então, deve
sempre estar atento ao movimento fazendo uso do espelho
retrovisor e usar as setas antes mudar de pista.
▪ Ninguém gosta de buzina, certo? Então deve-se manter a
calma em vez de buzinar excessivamente.
▪ Acidente em tempo ruim não é mera coincidência. Nesses
casos, o condutor deve diminuir a velocidade, não ignorando
os riscos que a pista molhada oferece.
▪ Segurança nunca é demais! O condutor e o passageiro das
motocicletas devem sempre usar o capacete (DETRAN/PR,
2006).
Você percebeu a importância da cidadania, da comunicação e do
respeito ao meio ambiente? O bom relacionamento interpessoal
entre os condutores é essencial para que a paz no trânsito possa,
enfim, ser construída. É necessário, ainda, estarmos sempre
atentos ao trânsito, para que seja possível tomar ações corretas a
fim de prevenir acidentes. Responda aos exercícios desta Unidade
de Estudo, e até a próxima!

Referências
BID – BANCO INTERAMERICANO DE
DESENVOLVIMENTO. Estúdio de Seguridad del Tránsito de
América Latina y Región del Caribe (ALCA): práticas más
adecuadas, estrategias y planos de acción. Brasília, 1998.
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 23 nov. 2016.
DETRAN/PR − DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO
PARANÁ. Educação para o trânsito. 2006. Disponível em:
<http://www.educacaotransito.pr.gov.br/modules/conteudo/
conteudo.php?conteudo=25>. Acesso em: 23 nov. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 58 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte D. Noções de Proteção e Respeito ao
Meio Ambiente e de Convívio Social no Trânsito. Curso a distância.
Versão 10.10.01.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT4: Relacionamento Interpessoal

• UE2: Características e perfil psicológico do


condutor
OBJETIVO
▪ Discorrer acerca das características e do perfil psicológico do
condutor.
Olá! Nesta Unidade de Estudo, vamos relembrar as características
do condutor e o seu respectivo perfil psicológico. Preparado?
Então, vamos lá!
Como você aprendeu na Unidade anterior,
a comunicação e o relacionamento interpessoalsão
importantes para reconhecer os diferentes comportamentos dos
condutores.
O ser humano é considerado a peça principal para
a qualidade do trânsito nas cidades. Nesse ambiente, é
fundamental que todos prezem pela harmonia e pela boa
convivência.
Características do condutor
Existem algumas características estabelecidas por lei que
auxiliam o psicólogo a fazer a avaliação de um condutor, tanto
para aquele que está renovando a CNH quanto para aquele que irá
realizar o primeiro teste para mostrar que está apto a dirigir. Para
avaliar um condutor, o psicólogo vai considerar:
▪ traços da personalidade;
▪ comportamento;
▪ tomada de informação;
▪ processamento de informação.
É importante frisar que, para cada categoria de
habilitação, são analisadas diferentes características psicológicas.
A avaliação realizada tem a finalidade de investigar se o
condutor (ou futuro condutor) apresenta características que
podem facilitar a ocorrência de situações de risco, tanto para si
quanto para os outros.
Certos fatores, como os neurológicos, a atenção, o
raciocínio, a ansiedade, a irritabilidade e o uso de
drogas, lícitas 1 e ilícitas 2 , estão inseridos nas áreas citadas
anteriormente, pois são consideradas decisivas para o convívio no
trânsito e condução de um veículo.
Você sabia que os conflitos familiares e
a agressividade estão diretamente relacionados à ocorrência
de acidentes de trânsito? Além disso, algumas características do
ser humano também podem influenciar, tais como:
▪ felicidade;
▪ controle emocional;
▪ personalidade;
▪ inteligência;
▪ modo de percepção do ambiente;
▪ raiva;
▪ estresse.
Você sabe quais são as características de um bom motorista?
Acompanhe alguns exemplos a seguir.
Entre que mais se destacam, estão:
▪ a capacidade de reagir antecipadamente ao perigo;
▪ a compreensão de que o trânsito é dinâmico (ele muda o
tempo todo);
▪ a compreensão de que o trânsito é coletivo (todos têm
direitos e deveres);
▪ o bom gerenciamento do tempo, que influencia diretamente
no gerenciamento da velocidade;
▪ o conhecimento dos acidentes que podem ser ocasionados
pelo uso de drogas lícitas e ilícitas.
Como já ressaltamos anteriormente, avaliar as
características do condutor é fundamental no processo
de habilitação ou renovação da CNH. Essa avaliação permite
que o psicólogo observe se o condutor está qualificado para dirigir
ou se esse pode provocar situações de risco para si e para os
outros indivíduos.
Figura 1 – Bom comportamento no trânsito
Perfil psicológico do condutor
Comportamentos inadequados, como imprudência ao
volante, agressão, intolerância e desatenção causam sensação de
insegurança a todos os usuários do trânsito.

Figura 2 – Comportamento inadequado de condutores

De acordo com estudos3, o bom condutor:


▪ raramente se envolve em acidentes de trânsito;
▪ age com respeito, de modo solidário, consciente e dirige
educadamente, sempre atento às normas e às regras, a fim
de promover segurança da sua vida e da vida do próximo.
Saiba mais

Para saber mais sobre esse assunto, acesse a Resolução n. 425,


de 27 de novembro de 2012, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
É importante frisar que conduzir um veículo não é um
direito do cidadão, mas uma concessão. Se o indivíduo mostra
estar apto, é concedida a ele a permissão para dirigir, desde que
atenda aos critérios preestabelecidos por lei, que são:
▪ apresentar condições físicas e características psicológicas de
acordo com as categorias da CNH para a qual deseja
permissão;
▪ conhecer as leis de trânsito;
▪ ter noções de mecânica;
▪ ter domínio do veículo.
Para finalizar, vamos conferir alguns tipos de comportamento de
um condutor.
▪ Direção defensiva: o condutor está atento na direção,
cuidando de si e de todos os que estão com ele na via. O
veículo está sempre em perfeitas condições de segurança e
funcionamento, com todas as luzes e todos os
componentes funcionando perfeitamente e a documentação
em ordem. O condutor está ciente do trajeto a ser percorrido
e das regras de preferência, de modo que ele trafega sem
colocar em risco a sua própria segurança ou a de outras
pessoas.
▪ Direção agressiva: o condutor, por leviandade ou
ignorância, não respeita as normas de trânsito e dirige de
forma perigosa para si mesmo e para os demais, causando,
muitas vezes, acidentes graves.
▪ Atenção difusa (dividida): é quando o condutor distribui a
atenção com tudo o que está a sua volta, ou seja, utiliza
todos os meios a fim de ter uma visão completa do que o
cerca. Esse é o tipo de atenção que todo o condutor deve ter.
▪ Atenção fixa: é quando o condutor, por cansaço ou
inexperiência, fixa a atenção somente no que está a sua
frente, esquecendo-se das laterais, da retaguarda e do
painel.
▪ Atenção dispersiva: ocorre quando o condutor, por excesso
de confiança, sono ou por ter ingerido álcool ou drogas,
dirige sem a devida atenção no que está a sua volta. Essa
conduta também causa acidentes graves.
▪ Ação evasiva: é a manobra executada por um condutor no
intuito de escapar de um perigo, por exemplo, uma freada
brusca ou uma repentina mudança de direção. Por isso, o
condutor deve estar sempre atento.
▪ Automatismos: o condutor experiente, familiarizado com
seu veículo, executa certos atos automaticamente. Alguns
desses atos são corretos, como mudar as marchas no tempo
certo e desengrenar o veículo nos sinais. Mas outros são
incorretos, entre eles, deixar o pé sobre a embreagem
e fazer manobras sem dar os devidos sinais.
Nesta Unidade de Estudo, você observou algumas das
características dos condutores, e é de extrema importância que
você esteja bem informado quanto a isso, para saber como lidar
com as diversas situações que poderão surgir no decorrer da sua
vida como condutor. Colaborar para a paz no trânsito faz parte de
sua postura como condutor e cidadão, nunca se esqueça disso.
Até a próxima Unidade!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui
o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília,
23 set. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9503.htm>. Acesso em: 26 nov. 2016.
CFC RUMO CERTO – CENTRO DE FORMAÇÃO DE
CONDUTORES RUMO CERTO. Segurança no trânsito e perfil
psicológico dos motoristas. 4 jan. 2012. Disponível em:
<http://www.cfcrumocerto.com.br/lendo-noticias.php?
ok=1&id=32>. Acesso em: 26 nov. 2016.
CFP – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução nº
12, de 20 de dezembro de 2000. Institui o Manual para Avaliação
Psicológica de Habilitação e Condutores de Veículos
Automotores. Diário Oficial da União, Brasília, 20 dez. 2000.
Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2000/12/
resolucao2000_12.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2016.
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO (Coord.). Capacitação de Recursos Humanos.
Curitiba, 2001, 58 p. Apostila do Curso de Formação de Instrutor
de Trânsito. Módulo IV. Parte D. Noções de Proteção e Respeito ao
Meio Ambiente e de Convívio Social no Trânsito. Curso a distância.
Versão 10.10.01.
MACHADO A. P. Dirigir não é para qualquer um. In:
GOUVEIA, V. V. et al. Atitudes frente à avaliação psicológica para
condutores: perspectivas de técnicos, estudantes de psicologia e
usuários. Psicol.ciênc. prof., Brasília, DF, v. 22, n. 2, jun./2002.
SAMPAIO, M. H. de L. Avaliação psicológica no
trânsito: análise do desempenho de motoristas infratores, não
infratores e envolvidos em acidentes. Dissertação (Mestrado em
Psicologia como Profissão e Ciência). Campinas: PUC, 2012, 103
p.
STURZENEGGER, L. D. A importância da avaliação
psicológica periódica para a segurança veicular no trânsito.
Araras, SP: UNAR, 2012. 53 p. Disponível em: < http://
www.unar.edu.br/portal/siteunar/images/monografias/
importanciadaavaliacao.pdf>. Acesso em: 13 maio 2013.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT4: Relacionamento Interpessoal

• UE3: Fatores causadores de estresse


OBJETIVO
▪ Apresentar os principais fatores que causam estresse e influenciam as
relações no trânsito.
Olá! Você já parou para pensar nas consequências de dirigir
estressado? Nesta Unidade de Estudo, veremos alguns dos
principais fatores causadores de estresse e seus reflexos nas
relações no trânsito.
Fatores que influenciam as relações no trânsito
A maioria dos problemas de relacionamento no trânsito
acontece em decorrência de fatores ligados ao relacionamento
interpessoal. Vamos conhecê-los?
▪ Supervalorizar o veículo: existem pessoas que acreditam
erroneamente que, quanto melhor for o veículo, menos
deveres e mais direitos o condutor tem.
▪ Inverter valores: muitas vezes, o veículo é utilizado como
objeto de competição, vaidade e força.
▪ Egoísmo: há condutores que se esquecem de que não estão
sozinhos no trânsito e não respeitam os outros condutores.
▪ Falta de controle emocional: acontece naqueles casos em
que o condutor acha que somente seus problemas e
vontades devem ser considerados e respeitados.
▪ Desconhecer as leis: o fato de desconhecer as leis gerais
de trânsito impossibilita que o indivíduo dirija corretamente.
▪ Desrespeitar os direitos dos outros indivíduos: quando
o condutor comete uma infração de trânsito pode
estar ferindo os direitos de outros indivíduos.
▪ Não planejamento do percurso: há condutores que não
planejam o percurso para o lugar desejado e acabam por
apressar e perturbar os outros condutores.
▪ Desprezo pelos regulamentos e pelas normas: existem
condutores que pensam que as leis foram criadas somente
para os outros condutores cumprirem, e que eles estão
isentos.
Fatores causadores de estresse
Segundo Lipp e Malagris (2001), qualquer evento que
gere uma emoção no indivíduo, seja ela boa ou ruim, pode ser
considerado como uma fonte de estresse.
Nos momentos de estresse, alguns processos
hormonais e nervosos são iniciados pelo corpo e isso explica o
aumento do ritmo cardíaco e do estado de vigilância.
O trânsito por si só já afeta a saúde psíquica e física1 do
indivíduo, pois exige atenção e esforço do condutor para dirigir, o
que pode causar fadiga, ansiedade, estresse, depressão, doenças
cardiovasculares, dores pelo corpo, fobias, entre outros
problemas.

Figura 1 – O estresse como fator prejudicial à saúde

Você certamente já permaneceu em um congestionamento por


muito tempo, não é mesmo? Isso o impediu de chegar a tempo
em seu compromisso? Como você se sentiu? Saiba que a
ocorrência de um congestionamento é um dos fatores que mais
causam estresse no trânsito.
Pesquisas realizadas2 indicam que determinados fatores
podem gerar estresse no trânsito. Confira:
▪ condutores que realizam ultrapassagem perigosa ou
proibida;
▪ condutores imprudentes;
▪ condutores que buzinam incessantemente;
▪ desvios nas vias;
▪ lombadas;
▪ barulhos na via;
▪ neblina;
▪ chuva;
▪ vento.
Além desses, há os congestionamentos, que aumentam a
cada dia devido ao grande número de veículos emplacados todos
os meses, à precariedade do transporte público e à má qualidade
das vias.

spaceplay / pausequnload | stop ffullscreenshift + ←→slower /


faster
↑↓volume mmute
←→seek . seek to previous12… 6 seek to 10%, 20% … 60%

Vídeo de inserção 1 – Fatores causadores de estresse

Você sabia?

De acordo com uma pesquisa realizada por Zerbini et al (2009), o


estresse no trânsito varia de acordo com a idade, sendo os condutores mais
velhos os menos estressados, e o nível de estresse é semelhante em ambos
os sexos.
O estresse pode afetar o condutor em três diferentes
níveis: físico (corpo), afetivo (emoções) e cognitivo
(conhecimentos). Para aquelas pessoas que têm dificuldades
cognitivas, o trânsito se torna ainda mais complexo, pois o ato de
pensar e agir de forma correta quando ocorre um incidente, torna-
se um obstáculo.
Fatores que podem diminuir o estresse no trânsito
Neste item, serão citados algumas situações que podem
auxiliar o condutor a diminuir o risco de estresse, tanto no trânsito
quanto na vida pessoal:
▪ se o condutor morar perto do seu trabalho, pode ir e voltar
do local caminhando ou de bicicleta, por exemplo;
▪ muitas empresas optam pela prática de home office, ou seja,
o colaborador faz um escritório em sua própria residência
para prestar os serviços e frequenta apenas algumas vezes
por semana, ou por mês, a empresa para a qual trabalha.
Essa é uma ótima oportunidade para, também, evitar o
trânsito;
▪ dirigir devagar, não ter tanta pressa, planejar a rota
antecipadamente e, se possível, verificar se o caminho pelo
qual passará está livre de obras e congestionamentos;
▪ sair de casa sempre com antecedência;
▪ ouvir músicas que gosta, mas em volume baixo, para não
afetar a sua atenção no trânsito;
▪ procurar novas rotas para chegar aos destinos que mais
frequenta, a fim de evitar congestionamentos;
▪ dar carona para amigos sempre que possível. Desse modo, o
condutor pratica a carona solidária e ainda colabora para a
diminuição do número de veículos no trânsito.

Figura 2 – Carona solidária

Lembre-se de que ficar estressado não é saudável. Isso só


prejudica a sua saúde, além de gerar situações desagradáveis,
tanto para você quanto para os cidadãos que estão à sua volta. No
trânsito, o mais importante é não perder a calma e dirigir sempre
com responsabilidade e atenção. Seguindo essas recomendações,
você ajudará a evitar acidentes e prejuízos para si e para os
outros usuários da via, e a salvar futuras vítimas do trânsito.
Referências
LIPP, M. E. N.; MALAGRIS, L. E. N. O stress emocional e
seu tratamento. In: RANGÉ, B. P. Psicoterapias cognitivo-
comportamentais: um diálogo com a psiquiatria.Porto Alegre:
Artmed, 2001, p. 475-490.
ZANELATO, L. S.; OLIVEIRA, L. C. Estudar os
Comportamentos de Riscos e os Fatores Estressantes Presentes no
Cotidiano de Motoristas de Ônibus Urbano. In: SANTOS, M. M.;
CARDOSO, H. F.; MORAES DOS SANTOS T. M. Avaliação dos
estressores no trânsito: desenvolvimento da escala de estressores
trânsito (ESET). Estudos e Pesquisas em Psicologia Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro. v. 12, n. 1, 2012, p. 175-187.

ZERBINI T. et al. Trânsito como fator estressor para os


trabalhadores. Saúde, Ética & Justiça. São Paulo: USP, 2009. p.
77-83. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/sej/article/view/
45745/49338>. Acesso em: 14 maio 2013.
Estudos realizados por Zanelato e Oliveira (2004), citadas por
Santos, Cardoso e Moraes dos Santos (2012, p. 177).
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima

• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT4: Relacionamento Interpessoal

• UE4: Responsabilidade do condutor em relação aos


demais atores do processo de circulação
OBJETIVO
▪ Apresentar as responsabilidades, direitos e deveres do condutor em
relação aos pedestres, ciclistas e outros indivíduos que utilizam o
trânsito.
Olá! Nesta Unidade de Estudo, vamos relembrar a importância da
boa convivência entre condutores, pedestres, ciclistas e
motociclistas no trânsito. Conhecer os direitos e respeitar os
deveres é fundamental e garante a segurança de todos no
trânsito. Bons estudos!
O Código de Trânsito Brasileiro − CTB (BRASIL, 1997)
responsabiliza os condutores pela segurança dos pedestres. Para
uma boa convivência, todos devem estar cientes de suas
responsabilidades.
Vamos conhecer algumas regras?
Motorista em relação ao pedestre:
▪ Reduzir sempre a velocidade ao se aproximar de uma faixa
de pedestres.
▪ Se houver pessoas aglomeradas em ruas e calçadas, o
condutor deve reduzir a velocidade.
▪ Ao aproximar-se de uma faixa de pedestre não
semaforizada, elevada ou em nível, o condutor deve reduzir
a velocidade e dar passagem para que o pedestre atravesse
a via.
▪ Respeitar o semáforo de pedestre.
▪ Caso o pedestre não tenha concluído a travessia na mudança
de sinal, o condutor deve aguardar que ele chegue à calçada
com segurança.
▪ Sempre facilitar a travessia de pedestres, principalmente
crianças, idosos e portadores de necessidades especiais;
▪ Reduzir a velocidade quando estiver próximo de pedestres.

Atenção ao Art. 214 do Código de Trânsito Brasileiro!


Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
veículo não motorizado:
I – que se encontre na faixa a ele destinada;
II – que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal
verde para o veículo;
III – portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa.
IV – quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
sinalização a ele destinada;
V – que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige
o veículo:
Infração – grave;
Penalidade – multa.
BRASIL, 1997.
Com base nisso, o condutor deve tomar os seguintes
cuidados:
▪ sempre facilitar a travessia de pedestres, principalmente
crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais de
locomoção;
▪ reduzir a velocidade quando estiver próximo de pedestres.
Lembre-se: o pedestre tem prioridade sobre todos os
veículos. Se o semáforo abrir e ainda houver pedestre
atravessando a faixa, os condutores devem esperar que ele
conclua. Deve-se ter cuidado dobrado ao passar por área escolar,
pontos de ônibus, ciclovias e áreas de lazer.

Figura 1 − Condutor esperando os pedestres realizarem a travessia

Vale lembrar também que a responsabilidade não parte só


do motorista para o pedestre, mas também do pedestre para os
motoristas. Lugar de pedestre é na calçada ou no acostamento,
mas, quando não houver, ele deve caminhar em fila no sentido
contrário ao do fluxo.
Conheça um pouco mais sobre as responsabilidades
do pedestre:
▪ Quando não houver sinalização (semáforo ou faixa de
pedestre), o pedestre deverá aguardar para atravessar a via
após os veículos passarem.
▪ Quando houver semáforo, o pedestre deverá respeitá-lo,
aguardando que este libere a passagem.
▪ Quando houver faixa de pedestre sem semáforo, a
preferência é do pedestre (nessa situação, o condutor do
veículo deverá aguardar a sua travessia).
O pedestre deve, ainda:
▪ Atravessar sempre na faixa de segurança ou passagens a ele
destinadas, sempre que estiver a uma distância de até 50 m
delas.
▪ Ter certeza de que o motorista percebeu a sua presença e
sua intenção de atravessar a via.
▪ Aguardar sempre pelo momento mais seguro para atravessar
a via sem faixa de pedestre.
▪ Atravessar a via sempre em linha reta, percorrendo a menor
distância em menos tempo.
▪ Prevenir acidentes identificando as ações incorretas do
condutor.
Figura 2 − Travessia correta Figura 3 − Travessia
incorreta

É proibido aos pedestres:


▪ permanecer ou andar nas pistas de rolamento;
▪ cruzar vias de trânsito rápido, viadutos, pontes, etc.;
▪ andar fora da faixa de segurança, passarela e passagem
aérea ou subterrânea;
▪ utilizar-se das vias em grupamentos capazes de perturbar o
trânsito;
▪ obstruir a via, por qualquer razão, sem autorização.
Os ciclistas também têm preferência sobre os veículos. Vamos
verificar alguns cuidados que os condutores devem ter com eles?
Acompanhe!
O motorista deve:
▪ dar preferência em cruzamentos e conversões, facilitando,
assim, a passagem de ciclistas e usuários de outros veículos
não motorizados;
▪ manter distância mínima de 1,5 m dos ciclistas;
▪ verificar com atenção os retrovisores, principalmente os
pontos cegos;
▪ tomar cuidado ao abrir as portas do veículo quando parado
ou estacionado;
▪ ficar atento para visualizar os ciclistas à noite.

Atenção ao Art. 220 do Código de Trânsito Brasileiro!


Deixar de guardar a distância lateral de um metro e
cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração – média.
Penalidade − multa.
BRASIL, 1997.
Figura 4 − Distância mínima entre veículo e ciclistas

Os ciclistas também têm seus deveres, confira:


▪ equipar a bicicleta com dispositivos refletivos de segurança;
▪ usar roupas reflexivas durante a noite;
▪ usar capacete adequado, pois mesmo em pequenos
acidentes podem ocorrer danos na cabeça;
▪ não utilizar fones de ouvido, para que a audição sirva como
alerta para os sons do trânsito;
▪ conscientizar-se de sua fragilidade;
▪ trafegar preferencialmente por pistas exclusivas (ciclovias ou
ciclofaixas);
▪ certificar-se sempre de que está sendo visto pelos outros
condutores e pedestres;
▪ sinalizar as intenções;
▪ empurrar a bicicleta quando transitar por calçadas.

Figura 5 − Ciclista consciente

Saiba Mais

Clique aqui e assista ao vídeo sobre as regras de segurança para


ciclistas, publicado pelo Detran/RJ!
Os motociclistas têm as mesmas responsabilidades dos
condutores dos demais veículos. Os principais cuidados que
os condutores precisam ter para evitar incidentes com
motocicletas são:
▪ manter distância segura;
▪ atentar-se para conversões à esquerda e à direita e aos
pontos cegos;
▪ conferir frequentemente os retrovisores;
▪ tomar cuidado ao abrir a porta sempre que parado ou
estacionado;
▪ ultrapassar motocicletas obedecendo aos mesmos critérios
utilizados para os demais veículos.
Acompanhe a seguir alguns deveres dos motociclistas:
A motocicleta é um veículo leve e muito utilizado nos dias
de hoje. Além de econômica, também é muito ágil em
deslocamentos rápidos. A frota de motocicletas no Brasil vem
crescendo a cada ano e os acidentes acompanham essa
estatística. É preciso considerar os riscos e prevenir, pois um
acidente de trânsito envolvendo motocicleta é, na maioria das
vezes, muito grave, podendo ocasionar quadros fatais ou
sequelas que podem ser permanentes. Todo o cuidado é pouco e
todos são responsáveis pela segurança no trânsito. Acompanhe as
regras aplicáveis para os motociclistas.
▪ Sempre fazer uso dos equipamentos de segurança (capacete,
viseira, luvas, botas e roupa adequada).
▪ Manter a motocicleta em perfeito estado.
▪ Tomar cuidado com motoristas distraídos, mantendo sempre
um espaço de segurança em relação aos demais.
▪ Sempre sinalizar a presença e certificar-se de que está sendo
visto.
▪ Manter o farol baixo sempre ligado (mesmo durante o dia).

Figura 6 − Motociclista consciente


Seguro DPVAT
O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre (DPVAT) é um seguro de caráter
social, que indeniza vítimas de acidentes de trânsito sem apuração
de culpa, seja motorista, passageiro ou pedestre. O DPVAT
oferece coberturas para três naturezas de danos:
Clique aqui para conhecer mais sobre o seguro DPVAT e
sobre como acioná-lo em caso de acidentes de trânsito.
1. Morte.
2. Invalidez permanente.
3. Reembolso de Despesas com Assistência Médica e
Suplementares (DAMS).
Chegamos ao final de mais uma Unidade de Estudo! Você
percebeu o quanto a colaboração de todos os envolvidos no
trânsito é importante? Se cada um tiver consciência de seus
direitos e deveres, todos sairão ganhando. Pense nisso!

Referências
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO. Capacitação de Recursos Humanos. Curso de
Formação de Instrutor de Trânsito – Módulo IV – Parte A:
Legislação de Trânsito. Curso a distância. Versão 10.10.01.
Curitiba, 2001.
• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir

▪ Curso: Reciclagem para condutores infratores


▪ Disciplina: Reciclagem para Condutores Infratores
▪ NT4: Relacionamento Interpessoal

• UE5: Papel dos agentes da autoridade de trânsito


OBJETIVO
▪ Apresentar o papel dos agentes da autoridade de trânsito.
Olá! Chegamos à última Unidade de Estudo do Curso Reciclagem
para Condutores Infratores. Nesta última etapa, abordaremos
mais um tema muito importante. Em seu cotidiano no trânsito,
você certamente já encontrou algum agente da autoridade de
trânsito. Esse profissional é muito importante para a organização
e para a segurança desse meio. Mas você sabe quem é ele e qual
é o seu respectivo papel nesse contexto? Nesta Unidade de
Estudo, veremos esse assunto em detalhes. Vamos lá!
Fiscalização
Fiscalizar é vigiar, controlar e verificar comportamentos.
No trânsito, podemos dizer que a fiscalização diz respeito às ações
realizadas para conscientizar e educar o cidadão, a fim de
promover um trânsito melhor e mais seguro. Para os motoristas
que cometem infrações, a fiscalização age por meio de
penalidades.
A fiscalização afeta, de forma direta, a segurança e a
fluidez do trânsito, e contribui para as mudanças de
comportamento de pedestres e condutores.
Quem é o agente da autoridade de trânsito?
O Agente da Autoridade de Trânsito é definido pelo Código
de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei n. 9.503, de 23 de setembro
de 1997 (BRASIL, 1997) − como:
pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de
trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação,
policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
Esses profissionais estão sob a responsabilidade da
autoridade de trânsito, que é o Secretário Municipal de Trânsito
(no caso do município) e dirigente do órgão executivo de trânsito.

Figura 1 – Agente da Autoridade de Trânsito

Ainda de acordo com o CTB (BRASIL, 1997), o agente


poderá ser pessoa civil, servidor estatutário1 ou celetista2, ou
policial militar indicado pela autoridade de trânsito na área de sua
competência.
A autoridade de trânsito que credencia esse agente é
definida como:
o dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do
Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente
credenciada.
BRASIL, 1997.
Função do agente da autoridade de trânsito
Segundo o CTB (BRASIL, 1997), o papel do agente da
autoridade de trânsito é executar a fiscalização de trânsito e
aplicar, por escrito, as penalidades de advertência, as autuações e
as medidas cabíveis, sempre notificando aos infratores.
Esse profissional tem como objetivo desenvolver ações
para promover a melhoria da qualidade de vida da
sociedade, agindo como facilitador do fluxo urbano ou rodoviário.
Para isso, o agente de trânsito deverá atuar, respeitosamente,
com base nos princípios da ética e da cidadania.

Figura 2 – Autuação do Agente da Autoridade de Trânsito


Infração
Em relação à infração, a palavra do agente da autoridade
de trânsito é suficiente. Em alguns casos, porém, é necessário um
equipamento para comprová-la, como na autuação por excesso de
velocidade.
É importante lembrar que o agente de trânsito autua o
condutor infrator. É ele quem encaminha a infração para a
autoridade de trânsito efetivar a multa (as penalidades são
aplicadas pela autoridade de trânsito, e não pelos agentes da
autoridade).
Mas o que siginifica, exatamente, autuar?
A autuação é um ato administrativo realizado pela
autoridade de trânsito ou pelos seus agentes. Uma vez constatada
a infração de trânsito, a autuação é executada e deve ser
formalizada por meio da lavratura do auto de infração.
A lavratura é uma ferramenta informativa que auxilia a
autoridade de trânsito na aplicação das penalidades e consiste na
caracterização perfeita da infração. Deve ser preenchida com
todos os fatos que fundamentaram sua execução e estar de
acordo com o art. 280 do CTB e demais normas
regulamentadoras.
E qual é a papel da Polícia Militar no trânsito?
De acordo com o art. 23 do CTB (BRASIL, 1997), é
competência da Polícia Militar dos estados e do Distrito Federal
"executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio
firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito
ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais
agentes credenciados".
Diante da importante atuação de todos os profissionais
citados nesta Unidade, você e os demais condutores devem
sempre agir com respeito e manter um relacionamento adequado,
amigável e gentil no trânsito.
Chegamos ao final desta Unidade de Estudo e, com ela,
finalizamos também o nosso curso. Esperamos que tenha
entendido qual é o papel do agente da autoridade de trânsito e
tenha compreendido, com clareza, todos os assuntos que
abordamos ao longo desse curso. É muito importante que você,
como condutor, tenha um relacionamento interpessoal adequado
com todos os usuários da via, com o objetivo de melhorar a
segurança e as condições do trânsito. Coloque em prática tudo o
que foi abordado no curso e repasse o seu conhecimento aos
demais indivíduos. Faça do trânsito um lugar melhor!

Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997.
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9503.htm>. Acesso em: 28 nov. 2016.
DENATRAN – DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO.
Ministério das Cidades. Manual Brasileiro de Fiscalização de
Trânsito. Competência municipal e concorrentes estaduais V.1,
2010.

• Exibir Anotações
• LIBRAS

Carga horária mínima


• imprimir

S-ar putea să vă placă și