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Prefácio

A Dbrad~ J)a"id tmilç Durkheim (1858-1917) exerceu nmá,-eI


influencia :iOW "dcsL"TI,-ol,-imento do pensamento r.oeial. e. embora
vinculado ao !'osuivismu d~ AUI:US1~ Conlle, que ji preconi7a"a a
Sociolo);," L'<,lm<.> a cicnci~ !Ia $OC icdade, Dultheim e considerado"
principal rund;,durd~ So<;ologia moderna. umde seu.< "pajç funda-
dores_
Filho rle ra\>inn-chefe. teve ~ u reriodo de misticismo, lom,m-
d,,-<. agnóstico al>Ós algum tempo em j'uris. No.> LYCL'" LOlJ ;s·tc.
Gra "d, ]nuli7ado n" Qua lt ir Latin. enlre a Soroon" e. ,,((,Ile.:c de
France c 3 Facu lte de Dro'l. prep"Tou-SC p.. m o ol"-,-"Io",",,w. que
lhe pc" " it,u c" rr~ r p~ r~ a f: cole Nomla le SU~Ti eure. estabol.eimenw
de prim eira pl.. 'a na fo rm açãn un i'-ersitliri. mundial. em 1879. IÕm
1872. rece beu " "srq;",II<.>, I' cOT1 diç~o
de IIgl'~g': de P"i/()"oph ie.
En, inou filowlia em vliri<J1 li,cu! d~ província ($c "$, St. Q U"\Iin.
Troye<) e il\t e ~.'<ou-<e ptla Sociologia. CO!I"\<J a Fr. nl'a . cmoora
berço da di<dl'lin3. não apresenU\~iôe CU!"S<JS rCllulul\:s dcs(~ ci<Õneia .
tirou um alIO de licença (ISl\S-H6) e foi para a Alemanha. onde se
deparou com o trlIbalho de sociólo!>m da en\'efl,'lIdum de I>-bx Webcr.
porextmplo.
Ao I\:b'1"1:s$õlr. in,ciou $Cu trabalho de r>ro~~10r uni\'ersitãrio ao
ser ,ndindo por !.iard e f:$l',nas para minimar aulas de Pedagogia e
Ci;;II<Oia Social na Faeultê des Uures de I:Wnlcau~_ de 1887 a 1902.

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A contribuição de
Montesquieu à
ascensão da
Ciência Social 1

Jsnoran(e~ de n!)~~a hi.<tÓr;3, adq uirim<l! <) h'bilo ,te "n~"mr a


Cii:-nciH Socia l como nl~o em:mho D no!<.w~ hÍlhims e ao espir ito
[nme';,. O pr~Sliglo de lrabalho5 recentes .~Ilrc illS-""'lO. c1-(,itos
por crmnente, (i1";\'O [o; ingleses e alemàe!. rllela m-n.l.' e"1u<'C~f
qll~ essa c; ~nçj~ '-eio illu7. em nosso pai,. \i~o fO i np~""s uTn f,"n -
cc,. Augu,u.> Comle, que fi rlnou ~eus pr ime;rol ~Ijccrcc~. dl,;liTlglli"
, ua, porte.' es~e " ci~;s e a ch~rnQL! S<x:i..,]ugi:, "m n"m~ um tanto
bá,ha,,,_ na \'er~aM -. corno wmbl:m u prop. i" 1mp.to d. no,sa
aUla! prc'X"paç50 .om problemas SO<: Iai~ '-elO de n<l!'\OS fi lóSQ1;-',
do século XVJll. Ncs:sc brilhante II\ruro de e.• crilOrn, Motltcsqui.u
ocupa um lugar de de~laque Foi ~Ie qu~m. no li,.o E,pi~ilo da,
hi~. expô' os pnncíplos da non ci~ncia.

1. A'u. ~., I."., ". ".,,1. Du.... h.'m. Quld S..."n<!a"" poIl"ro~ <cl""ti!K
u,Il<Jld~ o:thO'ul~á,. foi ""P'~ .", no"I ... ,. em la~l. p<lo Im~n",<riç
Gou:>ocilh"", é d«hc~ a ~ .... I d. Coul&n~ •. I·"" t~ de F ~I..,,,,,, lQi
publo=lo "" 11~vt" d·hl,,.,.... poIlrI~ ti cQ.ml""i_I<Uuil><>-<drmbm <!<
193n I""" 01..> ' ....1..... P"nI u i:lSIêoJ
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• Condições necessárias para
o estabelecimento da
Ciência Social

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Um. di$<;plina SÓ pode ser chamada ciência K tiver um .;ampo
d.tinido 3 exp lorar. A ,iênçi~ IT.IO de coisas, rulidades. $e não tiver
um malerial ddinido a UC$.Crc\'cr e imerprel~ r, existe um v'cuo. Além
da dcsc riçlo e da ittt erl'retação da ~1\lidl\dc. ela nilo pode ter função
,.,.1. AArilm':tica traliO de nlimems; RGeomeTria. de e,pa,o e figuras;
a, Cit nci•• Natur~is, de <;orpo:i animados e inanimadOS: e a Psicolo-
gia. da mente hLJ mana. Antes que a Ciência Sodal pude!,c ~omcpr
a ex isti" era prec iso atribuir- lhe um u~~unIO definido.
À primeira \·i~ta. e~.'e p,ablema n~o apresenta dif,culdad., n
."unto da (iêoda Social ,ao as "coisas" sociais, ou .Ieja. lei,. coslu -
mes. rdi!!io)cs, elC. Todavia, se olhannos para a história. JX:rcc~mos
que, 3t~ b\:m recentemente, nenhum filósofo jum~is ern:~rara e.,e,
assumos sob e,,,,
IUl. Pcn~a,' am qu~ IOdos o~ fenômenos dependiam
da vnntade human: e. por isso. nAo conseguinom pcr<:eber que eles
silo"" "erdadciTmi objetos. como !oda.. &li ou!ra~ coaas na nalUTt:Z3.
que !~m 5U3S carac!eri.!iCB$ panicula...::s c. con~!lentem.nt •.•xi·
gem ciencias que possam deKTC,·':-los ç c.~plid·los. Parecia-lhe,

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of"n"cc mais do qu e probabilidad~"i du\'ido.\a~. que têm tanta ~u(un ' gumento, .•\Iesmo em qUCStOC' abstI""Jt~~. sem duvido. no.,a. id~ia,
dad .... quamo qui.<crnIO$ lhes ~onttder. Se agimos com bast' nela,. '·~m do coração. f'Oi~ ele ea fome de loda nOs.la I'ida. Mas rara que
nã" é porque os argumentos em q\lç pare;:em se basear não dei..am no,<o. sentimento-; nilo no. r~çam dispersar. devem ser go,·emados
c'-paço para incencu, mas po;lrque se adaptam a nossos R1!1;menros pela ratlo. A rv.!o tem de ser posta acima do~ acidentes c contin_
~wais: elas in"ana\"elmente le'-um â mesma di~çl0 que /lossas gências da ,·ida, POIS. de OUtl1l fomu. trndo menos furça que os de ·
inclinaçõcs cSpOnlànus. Além do mais. quando no!.ws inlmsscs scjos de 1(.>\los OS upos que nos antmam. ine,·üav(lm~"fIle lomara a
pessoa.is e,do ameaçados. ludo mexe com nOSSllS lmoçôes. Quan- direção por eles impoua
do alguma min afeta seriameme nossa existência ~SS()a1. somos 1..0 030 Gaer dizer que a ciencia seJI inutil na condução da
incapazes de enmirni-Ia com atenção e calma. Ui coisas de que ,·ida humana. ),1uito pelo contririo. Quantn mais defmida a dislin-
gostamo<, OUTras que detestamos: outras. linda. que desejamos. c a ç~o emre a Ci.roa c 8 Arte. maIs util. primcil""J pode ser i .eguuda.
cada simaç.lo lJaumos nossos gOStos. de.~goSlQ5 e dcscju •. lodos O que i: mais ~j:i\·el rara Um ,er humano do que ser s:ldio n,
oh.!!iculo. li rdlex~o. Além disso. n~o há uma regn linnc c r~pida mente e no corpo? Apenas a ciencia pode nos diler o que con'tltu;
que possa no. capacirar D perce~r O que é inlrinSCCamente ulil e o uma boa saudc fisic~ c mcnt~l. A Cl~ncin Soci~l. que classifica a.
que não c. poi'l a mesma coisa pode ser util em um ~5pe.:[() e d3TlO~ di,·c...." sociedades humanas. nilo pode dei~ar de descre,·er a forma
~m outro. Como a ulilid.de e o prejuízo nJo po..km ser comparados nonnal da vida $<J<iaJ~"1I1 ~ada tipo de sociedade. pela simples razào
rnalemalkam.:ntc. cada individuo age de ~cordo com ~ua propria d~ que descreve o tipo em si: o que quer que pertença ao tipo'; nor·
naluTCla e. seguindo ~ua inclio.ção pessoal. CO "C Cnl'" 'I,," atenção mal. e O que quer que seja TlOmm l ,; Sollldlh·cl. Atem ..h5SO. como um
em um único a'pecto da coi'l e negligcrn:in o OUITO. Algut\s lwmcns. out,o ramo da ci liltCia lrata de doença< e suas caU$as. somos i" fQr·
por exemplo. são tio mflam.dos pela idéia de h:mnunia entre o, mados n~o ~pcna;; a '"Ip... ito do qll" C de.cj:i," c!. m'ls l'lmb.m .ob,"
e idad~os que nada consideram t40 imporl~nte qua mo um ( stadu fur- o que deve ser evitado e COmO O ~ perigos podcm ser afas tados. . Por
teme nte Utl I ficado e nàn se perturbam cum a supre!s!.o dt 1ilxrdaJc is>o. é impo runte para a própria a11. que a eieneia seja separada e,
qllC i,>o pos<a gerar. Para outros. a liberdaM '"~m untes de tudo. A po' ""im ui,:"r. emancip"da deJu.
reuni~ o de a' gumento, com os quais (sses homens apói~m Suas upi- Ma is que isso . cada ciencia deve ter ~IJ objctll especifico:
ni ões não renete feniime" os. rcalidnde5 ou a verdadcil"ll ordem da, pois se companilhasse SC II objeto com us uuIr:!! d';ncius . Seria m-
coisa,. mas simplc,mente e~t~dos dc mente. E~~e procedimentu é o distin gu Í\"el delas.
opostu da '·~rdadt ira ciência.
A ci~nci3 e do diferente da arte que apcnas pode ~eT fiel la ~UJ IlI]
propria narureza ao declarar completa mdependência, <)u 5ej~. 30
aplicar_se. com tOlal desconsideração pela ulilidadc . M um objelo Nem ,odo« 0$ a.~<umos admilem o estuuo eientifico.
definido com o filo de conh«ê·lo. OiSllntC de debate publko ou A primeir;t tarefa da Ciencia ê de .. cre,·er como do a, real ida-
prindo. livre de qualquer necessidade vital. um clenti~la de,·c dedi- d~, com que lida. /l.b, se e~~as realidades ''llriarem cntr<: si ~m om

car-se a ~eus e:m>dos na pa;: e nl quietude do gabinete. $Cm q~ ligo grau tal que não conSliluam um llpu. niu pooJerao S~"f descri las por
o force a apr~<M suas conclusões alem do ju.tilica"el por seus aT- qualquer m"todo racional. Terãn de ser con .. idera<las urn3 a Um3.
cada qual independente da.< nutras. \{as cada caso indi,·idual Cn\"OJ·
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rnIçãc " go\·cmo. as benção~ que =cbc. poderia con~idcnr.me n r:..~ non Ciênda nào e mlidememcnlc di.tinla da Ane, mas ao
mais fdiz do> monao<" menos existe. E longe de !-Cr suFoc.da ><>b problema.< que en'·ol\"em
Ek cumprou rl0 b(rn nsc objcl;"oque muitas "eU~ r",
censu- a,lIo. ela é \) principal'5sunto de seu li,·ro. E li senhora. mas nunca
rado por niloo achar defeIto em nada . por ter rclópç;ladn a rulldade a a serva da Ane. e ror iS-$(1 é mais capaz de permanecer lid a sua
tal ponto que nunca se aventurou ajulgi-Ia . Porém. ele c.l~,'a longe naturera esp<:cili,~. O prinçipal objel;,·O do aUlor': conhecer e expli.
<lc encarar {l! assu nlO~ humanos com •.,_,a ... ,enid"clc: us que (\ acu- Car o que existe (lU existiu . A maioria das rcgms que ele define 510
.am de tal imlifcrença c ertament~ nào conseguiram compreendI" (l \'cru"des - declnrada~ em outra linguagem - que li Ciência ji, com·
""'lllfi,ade <1 ••' U3 obra, Tod,,, ia. ele acreditava que m" ilOS cosru me~ p"wou com S\:u s própri o~ mho<ks. Ele nilo oSI:, preoc ur ado com H
que S<' afastam do! nossos e que 10005 o~ povos curop<:u s arualme nte in'titu i,,~o de IJ m~ no'·a ordem política. mJ~ "Um. defin içlo dt nor_
rejoil"'" tem uma b;.SC' legitima n. natureza de "cria.> sociedades. AIi,- ma. polititas. E qual a flJnçAo da Ciencia ~ e nJo a definição de nor-
m,,-•. po.>r c(cl11plo, que a PQligamia. fal$" religiões, um:! fom!a mas~ C()m() U s,'prema lei de todã SOC Iedade oi O bem-eSl3r de seU3
moocrada e humana de escra,'j,]lo e muita. Outm. instituições. des~e memhros. C eomu um3 soci .-d3de n~o pode oe preservar!-Cm prote_
tipo 1Ia,";.m sido Ipro~fi~da' para cenC's paiSC5 e periodos. Conside- g:~"T Sua natureza específica. basta d~sere'·er essa nStUTCll parn de-
,.",·a ate r'I"ItSmo o dnpotismo, a forma de rcgirnl; político que mais t~nninar ror que aquda soo;:i.-d3de de,·c empenhar-se e o qu e de'·c
<kt~.I3,"a. n«~'S;.ãrio:1O$ ro,·os orientais. e,·üar. pois a saúde é 5Cmpre d ... cjã.\"el e a d.,.,nça dc'·c ser e';tada.
D i~"" nào ck,·C!ll<)'; concluirqu~ "1om~squic" mato1mha·~e afas- Por exemplo: d<"p<.>is de <kmonmar que a democracia só e possível
I3d" <lu> pn)blema~ rnltico~. Pelo contrário, ele próprio dcçlara C$tar em p<.."<:luenus I::stadOlõ. M"ntcsqu,eu niio tem dificuldade em deter-
Icnt.mkl dete rminar ··a. Inslituiçt'\e' mais apropriadas à s.ociedade e minar que uma democracia d . \"c;;c ahs ter de e.tender ~U3! frontei_
a cada ><-",i~dad e , a, que tem alglLm graL! M vinude em si mc;m~s. c ras . Como pudemos obsen ·ar, apmas em " jOS exccpc 'onais ~ Ane
as que nllo possuem. ~ Ja$ duo! prat ica, p<"n1,dOS.1S, qual" i! em , uh.<titu i a Ciên~i~ .em aml,la ju~,i ficat i \"" .
maio r e qual ê em m,no . grau··. I"" explica por '1 IJ ~ o livro n ~o traw Ale m diss(). ,umo e"a. regras são eSl "b.lecida~ por no'·os
"p orn,. de leis. ma< ta mbem das r~,,"'~s da .. id . hum ~na: nft() SOf\lCnt~ m"I<.XlO!. sào muito di feren "" u"que las ditadas pelo, e~,·ritore~ po.
,oma Ciencia. m3S lumbém com" ..\.ne. De fato. ele poJe. com cens lít icos an leriores. que formularam lipo; que !uposrameme In<ns-
justiça. !-Cr ac u..... do de nlo I\."T consegu ido distinguir nÍliu.1meme e,\1Te cendiam lodtls as ton~ideraçõcs de local e epoca adequadas a tooa a
Ane • Ciência. Ele nAo dedica uma pane de >Cu li,'ro ao que i e outTU humanidade. ESla' ·am çon'·encido5 de que uma única forma de regi_
ao que ri~,·<,n" !-Cr: Ane e Cirneia estãO tao m,sturad~s que muitas me polilico. uma única diSCIplina moral e uma legal. ~TI confonne a
,·C""~es passamo!' ~em perçel:>cr de uma li Outra. "a nruadc. h:i. dois naturczade lodo~ os homens. e que tod ..., as outrlS formas encontra-
conjuntos de problemas en,·ol,·idos ~ seu habito de di~C1tti-los si- da~ na história ~"T1tm miÍs ou. no mínimo. imperfeiw. e de,·iam sua
multaneamente tem sua~ d\.-;,,·antagen,. j:i. qu~ des e.... ih,'<."TT1 método. existencia apenas l ,nexperiência de ~u, fundadores. Eua n«nsi-

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diferemes. dade nJo n()$ surp=nde. Es<e3 ~ri(OTCS iptora'"anl a h,stória e n~o
Todavia. nào ~ ~ m~.ma con fu00 que r~inou cntre m~f()$ an- Cottscsuir.,m perçeber qu~ os Ioomen, não ...0 sempre: os mesmos ~m
t~riore~. Em pnmciro 1,,1>"'. a c;e" c ia de \lonte,quku ~ <I" rato Cicn- t",la pane. que. pelo cowino, sAo dimim;co.' e dil"ersificados. de
cia Soei,,]. Tmta de fe nOmeno. <0";'';'. c olo da ,·ida do individ \,o . forma que di fc, enças de co,tumc, . leis C imt it"iç~.! sdo ine rente s 11
Mo ft l<oq~i . ~. RO\I .... ~ """'I'" d, Citll<ia_
" At" q"< I"'~'O ).\<>n,uq.u.u ~.fift ;" ~
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nalUTel.t do. «>;sa~ . .\tonresquieu. porém. comp~endeu que a~ 11.:- bora sua relaçAo~om"5 OUlras leis nlo fiq~c bo.mdara. Dequalquer
gras da vida "a"lm conl a. colldiç~~ de existcnçia. AO longo de modo, cssc~ falores lêm!ôeu prirlcipio c lim na vida do.< individuos e
suas in"estigaÇÕ!:~ ele observou diferente~ lÍp<W de sociedade, todas nlo na da sociedade; no muimo, prep.aram o caminho para a "'da
igualmente "normais", e nun<:a passou por sua cabeça cs(~lecer social, poi~ ~mbora o inslimo q\lc nos impele a tral'ar relaçõcs com
regra.s \,"lidas pua lodos OS ro\'Os. Ele iJdaptou suas regras par;a cada outro~ homens abra o caminho para a soclcdade . ele nllo produz. as
um dos diferentC51Õ~ de socied ••k O .IImemo da monarquia ~ o forma0;, a natureza OU as leis da sociedade. As Instituições ~ociais
veneno da demoçratia. Porêm, nem a monarquia nem a democ"",;. uão podrn. ser e~pllcadas por esses fatores. O lrllamento que
são, em si m"Smas, superiores a todosOSOUlrOS regimes poJil:~OS_ A Monlesquicu dá a lodo a_e problema ç apressado e superficiat O
co,weni~ncia de lima ou OUI~ fonna de governo depende de cOfldi-
tópico' n~o tem relação direla com o lema lk seu lraoolho. O filósofo
çOO particulares de época c 100::8L' passa por ele apenas plIra definir 5eu assunlO com mais p=isão. ou
Como vemos. Monlesquieu nAo elll Inl",irameme indif=nlC às seja. para separâ-lo dos problemas reladonadM.
vanta)!,eM das coiSlls que desçrevcu. Mas trauva de5se~ problemas Das leis n3IUTai .•• ele lIiSlingue cJarameme a.< lei, relacionadas
""gundo um no"O método. Nio aprovlva tudo O que ji havia .ido à sociedade. às quais d~ um nome especial porque não podem ser
fcito. mas dividia o que era bom ~ oque nlo era baseado em normas inferidas pc1a nalUren do homem. Estas sào o assunto de !leu livro. u
derivadas do. própriO} fenômenos e, por isso. com:spondenles asua vmi3deim objelO de lua bUIeI: incluem o direito da. naç<k~. o di.
diversidade. reilo ci,·il. o direilo polirico e 100$S $S principais in'lituiçôcs soo;l3is .
Mas de", mo. ler cuidado ~o inlerprelar a termjnol o~~" de Montes.
[IlI
q uic" . f verdad e que ele não apliClt O lemlO"muml a essa. diver.ms
Mo nte_<qu ieu Ira ça Iml a acentuada dis lin yilo entre fenóm. no. fomla. de ~ ; fei lo. mns isso nllo quer rli?cr qllC ele as con~ldefa e~lTa ·
S<:lc iais e 0 < fenômcn~ cSludado. por oumls cicll cias. tl ha, " natureza. Para ele. Chl S se büst;am na realid.ldc. m•• não da
Na "crdade, ele defi " e leis q llC derivam da n "l "re~a do ho· meSmo modo que a~ leis '1 3!ill1l is. j~ que re~ul1 am n ~o da n" l urC~a da
mem. qualque r que sej" ~ fom \a part icular de wcicd~dc ~11l que e le homem. maS da natureza da~ sociedades. SIHII causa. deve m ser bus.
,·,,'c. c que por i.so pl:mnccm ao domínio da l'siC<.rlogia pura_ Ula- cada, em cond içôcs .<xiais. e nlo na me nre h ll man • . Se. por exem-
ma-a, de kis d" nature,-a. Slo elas: o dlTc l\o de pre_le rvar a propri. p lo. de_,ejarHOS compreender o di reilrl civil dc um" delemtinada na·
vida ou de vi"er em paz. o direitQ de comer. o direilO de ,cMr i çáo. devemo. considerar O lamunho de .ua populaç~o c a nalureza
Jlrnção pelo se~o oposlO e o direito de mamer relaçõt. sociais oom do~ la,,,. soci.'. enlre seus eidad~<.rS: se nos"" objet;\·o .. imerpn:l.r
'>Cu. próximos. Acrescenta que uma cerla ideia de Deus eaprimeiro Seu din:il<.r político. devemos eum;",,, as siruaçôe_1 re$~t;v3S dos
da~ leis naturai. em impoTlan~ia. senlo em ordem eronulógica, em· govemante.' e dos cidadãos comuns. erc. Obviamenle. como as sO"-
ciedades sào compostas de honrens individuais. sua narure,-" de,·c
depender. em par1c. da natureza dos homens. Mas <.r próprio homem
l_ Ele. ;an W>'KIlr. odmin OmGnIll'qUlO porqu< ,.• moi", lr1t ... sua .,,,"" .... _
no "" 00'''' f""nu, mo •• KII ..... i.ou nU>. =lo .. r" ...
1O p..... e_i<k.-:i·", varia de uma sociedade' outra: ~ua menlalidade não ~ sempre a
inlri-=""r< • molho< f _ d< "".do. n.m OI> co"trino. se .... """"'I~" mesma, nem '>Cus de!ôejos iguais na mon~Rluia. na democracia ou no
fos>< ",.. bckcida .... um> _ _ <Om um poqu...., """"'" <lo< . _ . "'..
"",ic6dc:. ar""", .~. "'0'" des" ..1!:I1 ónap"-":<f.
despoli.mo_ Se Monlcsquieu aplkou a p.alavrI "nalural" apenas âs
~!O"I<-"I";.U. Rou""ou quo P""'" ~Iynt."l";'" ~1
" ..\U' d.r.niu o (..Im!>" rl. C;to<;,'_

leis da, ida indh-jdual- como Sç a~ OUI"'S 1~ls não mC=CSSCm Ser me qu"nl" Grócio e .<tu~ di~lpulos, emOOr~, wmo Ji"crI)Os,. ,lc um
chamada. assim - isso deve ser auibuido aos hábilOS de -S"u temp<.!. nlOdo imelrdmenle no"o.
hlll os filósofos da çpoç •. um "l'Sla<.IO <Jc nalun:~3" era () CSHWO do E "cnlade que em diversos tr«llos ek pan.'Cc fal", de eertn_\
hom~m qu~ vivia sem sociedade. e ~leis naturais~ eram ~quda, às prindpios. inclu.iw princípiO$ de O"ello.\ e,,'ile polillco. como se
quais o homem S~ conforma"a ncuc eSlado. MonleSqlÚtu aceiu,lO de. fossem auto-suficltntes e indepcndcnt~~ da nalurC'~ <la~ :<oeie-
o uso IIabltlnl do I~rmo apesar dalmbigilidade queen "ol\"'a_ dadcs_ '"Ante<:; que as leis fossem feilas'", cle CSCfC\'C. '"havia relaç/\.es
A " isão d~ Momesquieu I respeito dos fenômenos sociai. d~u <Ie po"jvel jusliça. Dúcr que nada hli de Ju.~to ou lnjUSlO senão o 'lu.'
ongem l uma no\"a filosofi~ do dircilo. AI'; aquele momento. cxis- €: ortkrrndu ou proibido [lOr lei~ positivas é ... m,~mo que falar que
liam duas c;;/;olas d~ pensal!lCl11o. De a~ordo wm uma delas. o di",;· anles da d<~riç~o de um circulo nem lodos os raios ~T3m isuais..-
10 ~m g.. ral nlo tinha T3il~$ na narure7.a das coisas, mas era es<a!xk· 'âo ob<!aIllt. e.~se trecho nilo ,'. oJc fomla alguma. eonflit:mle
cido pda '"ontadc deli~!'lIda de ~1l:~ humanos por meio d~ algum com a mlerprelaç." apresernada aCIma Dizer que os 51s1cnrns Ic!;il'"
.Iipo de acordo originaL A uu11'8 afirmava qu~ ~p<:nas uma pane do das M1Cicdad<~ l~m ra;7t< n3 natUreza nào i concluir '1uc não h;i.
di",no ~ra natural. ou seja. a pane que podia ~r derinda da "",lo S<.'111elhança entre as lei. e «IStum<=, <.k: diferente< [lOw'~, A<_<ln' comu
g~ral dç homem. ApçnlS a Mlun:ll do homem in\ii,'idual pan.-çia looas as ><J(;i~daru", mesmo aI mais dt •• cmdh~nl~"S lêm algo em
mficientememe eJLlsel e bem definida para .servir como uma base cOmum, lamMm cenas lfi ~ poocm S<.."T ~n~"()rnrada< em ""h..
a.< <oci·
sólida para o Oir<:iIO , Dess.o; moou, Ci,~ cs.o;uJ~ linha uma opjni~o edade" E",,;; s,; o as lei! que t.lomesQuieu ,·Qn,id(."Tl1 aoJcq,.a<la" ã
multo parecida com a dos filósofos ~nteriore5, Como apena, o, pril\' """ iedaM em Jl.eral. I·rc:;cnl~. o,,<lc quer que 3 .• ociedade exi,,". c,·
cipiol b,;sicOi - dUI quall h~vill m uito po ueos podi~m:;er ,.., I~cio­ tão implicltas m, PNpria ,,(>Ç~<l <Ie ~oc i ed~de e podem :ocr c_'plicoJa,
nados a natureZa do homem,", incolltlh'ei! le is paniculues em que por ela_ A"im. ~u~ "erd~de pooe s~r d"",,,"<Tr'~da. nin impell o se
ab\lhda,'am OI códiyos (.t;,s di vcrsu. nuçÕ(s eram um prodU lO huma- foram d. falo e,I"l><.:I ,'\:;d~s p~l<l ho mem <lU se as ,oc,(d"J~, exi>lcm
no art; fiei"L Essel pcns~Jorcl, sem J lj vid,l, Ui :;C UrJllv am J~ Hobbe., uu se n une ," e., i,lÍram. R.l,t.l co n c~he·13' como po;si"ds. Em o,nro
que nega'-. que o ho me m fosse impelido 11 vida soc ial por um imp" l- trecho. ;"'\o IlTc<.quieu ch3ma a es.as leiS d., lri ~!1I I"" $enti<ln "h,o)u·
lu nalUtol. Acreditavam ainda que as fom'a! politica, e a mainria <Ias lo e unin "al e dedam ,! UC dl1> 1I~0 S:\O "'ai< qu~ n ra~ilQ hllmana
instilUiçõe. ooc iais. senilo a própria 5OCiednde, eram pmdutr,~ <lo purA con,i<lo rada comu u potlcr (IUC go,"~ma torla< a, ,ncled3d~,_ 1:.1a,
con ..e1\~~o, ;"iont~squicu, pur outro hl<lO, deelura que n!to aptna, as podem se, d"du<id~l, pcl~ pura força d~ '37./10, ~ panir rJa rJcfm,ç,\(,
iei, gerai" ma.\ tamhém lodo Osistema de leis. p~ssadas c pr~SCnl"" de SO<1<-darlc. IO,%<l que M: lenha essa Jcfim~ilo. Tah-e~ porque [lO"
e",rn "fiaturai~". Toda"ia, ~ua$lei$ 010 "!m da "oatUfC~~" do h\J- sam Ser encontrada.< em lod~s as naçÕ\.'S e >cpm concebida\. em eN-
mem. mas daquda do \JIsanismo social, Ele compreendia com es- tu ",midu_ currw .nlr;TÍon;I BO e<t~l>elec;mento dl~ roçie•.l<uk., de
pantosa lucidez que a natureZa du lociedade~ nlo e menos csI'\\'c1 c nào as <li>tingue clarameme da~ leis da n~tu"'la,
consistente que. do homem e que nilo ~ mais fileil modifIcar o tipo Hã aprn~. uma Qbj~... ~o ju<tifica<la a e<r.;) doutrina; ê que eI"
de uma sociodade do que a especie de um animal. Ar.sim, e ha.~tanle oJivide O Direno e a ~l1ea. que >lo um SÓ, ~n, <lua~ t'3t1e~ dif~r~m ...
injuslo comparar :\Iontesquieu com Maquil\'el. que \';a as leis como em origem e ~m natureza. NlIo ê me;1 pI."TCcb<:r cOmO ela.\ ~ unem.
mero. instrumentos que OI principes pO<Ji~m usar como lhe. princIpalmente purtlue muitaS ,'e~e' e\110 em desacordo. O I)ircilo
aprou\'cssc. ) 'Ionlesquieu estabeleceu O Direito em uma base !lo firo
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nem a honro. porque não hi dif~renç"-< de condição. Se os homeM uma sociedade. Como demon.rramos_a natureT.3 do poder~up~mo
C(lRCordJlm C()m um" ~()CiL-.Jmlc assim. C porque ~~ $Ubmclt'rll pa<-';· pode ~r modificada. ao pa....«l que a eStrulurn social pcrol3ncce 'ntO-
.-amem. à vontade dn princi~. nu ;"j3.. ""meme por medo. cada. Ou. mversamenle. ela pode pt"rmanecer idénnea em ~oc,edade'
O 'l"ç foi dilo OOSI" p"rn <.lei.'.' claro que Montcsquocu tlistin- que dife~m ao cx!~mo, Mas O erro reside nos tcrmus ")lii, 00 'luC
guia llpoS d efinido.' de sociedade. 1,,,0 ",na amda mais • .-idenle !ie na' realidades. pois além do regime poli!ieo ;I.·Iumesquieu meneion"
en lrás~mo~ em detalhes. pai, de, nilo difer..m apenas em pnnci· muilas uutrJS c~ra~\cris\icas pela, quai, as ,u<:iedades podem .'er
pios ~\l nllul"llis. mas c!T1100,los oS aspcc1Qs da vida. COSlilmcs. práti- dirc",nci3da~.
Ca! religios:l! . fa m ilia. ca<Jmento. criaç ~n d. t~ lhn~. cril11e~ e c a~t iJl,c , Se de ixamlo.' de ludo .,ua (emli no log ia . p:o\"3ve lme llt e lI àn
nfio sào Igua i ~ em uma republic o, em um a mon arq uia nU em um de.'· poderemos encontrar algo nl'l' confia, 'el nu mal! ren~tra n!e etn tndn
poti,mu.l\kntesquieu pare,," ler '" imele.,"do m:,is pejas dlferen. o 1mb:. lho du qu~ ~SS;1 dassifie",;'ü). euj", princípios silo "it lldos Ul~
ças cmre as sociC<1arles que ror suas se",c1h~"ças. hoje. A~ tr~ Ibrma~ de ,·id •.«><ial descritas c""SlituCtn lrêS lipos
realmente dis1tnt~ e ele da um rel310 ba<unte nato de ~U3~ nature-
IJll) zas cspedficR$_ as~im C,-"",, da, dir~..."]]ça, entre eks, Ob"lamenl~
nàu havia lanla igualdade e fru~alidade na.> anti~a$ cldadelõ-e~tado
o lennr pode se pergunl3r por que. se MontCsqUIL'U d~ falo
quanlo supôs ;l.1unl~squieu. Mas é vmJade que naquelas sociedades
cla.sir1<:ou c dcsçrcvçu tipo; de sociedade •. de aS definiu aSSIm e
u escupo dos interesgs pri" ados ern ma;, limif:ldo e os .l.<'~Untru; da
100 deu ~5 nomes. Ele não:l.< di<tin~ue e nomeia ha.o;eldo na dil'i_
comunidad~ ocupa,'an , um luga, ",aior que ,,"~ ""çôCi moJ"ma~ .
• lu du u"'.balhu uu na natun:za de >eu, laço~ sociais. mas apena, de
Muntesqu;eu tinha uma adtnir.h el comprc-cn-"âo tlo fato tlc que o
acordo com a natUrela da autoridade .<okrana.
c ldad~o in dividual de R.oma" de AICn"S tinh~ pu"quissim", puss...,
E.S\.'s dtr~rçnu;s punw , de' \'!>la nà" silo incompativei." ba
pcs"",i! e que i ~~ COlllribu ia com a unidade .Inc ial. Na !ncieda~ .
nce e,s ,;rio der'nir ,,,d a lipo em t,rnlOS de '''~ propri('dauc css~nd ~1.
moderna" por OlltrO lad o. n ,' id~ individual tem um camm m3i~ am-
a part ir da qu~1 J~ outra< ' . ,eguiriam . .À primeir.l \'ism , ~ fO"" .l M
plo . Cad~ um de TI,). I(·m , ua pr,)pri " pcr"'"'tl lu~dc. Optnt(),t:S. reli-
,.,,\·~mo parc,·t tl1,'ndcr " essa conuiç ilo, Nenhum a~pecto da \'ida
gião e mndo rle \',11.1: c~,b um lroça UlHa distinção profunda ~Illre.i
pública é mais aparcnt(·. mais evidente, tooos. Como O gO\'ernante
propr;o e a ~,M.M. emrc su~s Prc<lCupa,6es pesSOAi, ~ os as.un-
c
~là 'lO topo, por assim diLCT. d~ so<:i~-d~,k. c muita. "c.:~., nlu
los publicas. l'or i'~. 1 ~olidariedad~ ,",cial nao pode ~r a me<ma.
sem 1'1Irlo. chamado de -'cabeça'- da nação. tutlo, aerrona·se. tlepen-
nem pode "ir da m~-,;ma rOnle: ela resulta ua dh'isão de trubitlho. que
de dele. AI(m dls~. ~ prMec,",,<;ores de ' Iontesquicu ~inda não
torna os CidAU;;O$ c ~ Qnkm $<)Cial dqx."]]d~"]]t~-s uns dos QUlrus, Com
ha\';am dCSC<lbo:-no nenhum oulro .>-p<."Clu dos [enumelll>li \.OC'iais que
gr;onde "Isio. MOnlesQuteU di~tingue aquilo a que chama de gO"ema
pudesse Kf\'ir como um principio de da.»ificaç1o~. 3pe«ar da origi_
despótico de OUI0)5. lipos de organi:taçào. pui, os impo.'-no. po."f'><\ c
nalidade de .ua al:.;mJ3gcm, r"i-lhe difieil fUmpt"r mt~tr:tm(nt( com
lurcu nada unham em comum com a< c idades gre8a~ e t1aliana~ ou
"puniu de \'i.l~ 1mti!,.'<.1. cOm aI naçóe~ cri~11~ da Eumpa.
A"im se explica pur qu e ele el a"i !ieou a~ socied:lde~ de ator_
Pode-~ argum"hla,. po"-''''. q"" " (;",'cmo Je'pôUcu C ,im_
do com a forma de gr"'c "," . 1"a \'cnb.tk . e"e mctooo e'liÍ ,ujôto a
plesmente uma forma de monarquia . pois me<mO em uma Illo ~ ar·
muit as obj~çõcs.. A ru rma de go\ocrn o ml o d .l,rmin ~ ~ natu reza de
'lui a o ~ i tem o dire ito de modificar lei s, de fonna qLlc <LJ ~ \'omadc"
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Até que ponto
Montesquieu acreditaya
que os
fenômenos sociais estão
sujeitos a leis definidas?

111
c\lontesq ui cu ,,~\) iW lim itQ a cla~ i ti c~r .1$ so<;icdadts. El o acre_
diTa '1ue os fenôme nos soci~;s. subrcludo aquele< M q,,~ lnU" ~,~ci .
alrncmc. '''''"em em urna ()rJ~m \kwrmin~d~ e ~~o. por isw , "dcquado,
H um, illtcrpnc laçlo rac;0l131. ESSll i<léill .: decbrad3 " Q iníà.. do
hvro. em que ClICl>nlramos a famo~ defini,i\u: ·'Lei., .lão r~l aç<k'i
n c'<:~,ür;as q,,~
;u,\:l:m da n3lure7.a lias CQil~S" , r..a detiniçAo IC
apl; •• não aj>'ena< às lei; da naWN:la. ma~ taml~", às que go\'emam
as """jed~dcs humanas.
D~ acorrlQ comAug:uslo Cornte. MOnl~><iulcu ~\lbseqQememc,,_
te se 3faSla desse principio. ~.'uhano.k> ~m que nenhuma oRlem pu<Jc
ser p,:n:cblda n~ ma.<.<a de fali), <juc acumulou.' L..... a~u""ção i in-
fundad~_ Sempre que Montesquieu fom,ula uma leI. mo.~lr3 que da

&. ("_rt d~ f'J"/~k pc,lm... 001. ~<~~"''''',. 1\·. 1I I

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)O ~!on"J\l~;.~ < R",,_.u Att TO< ponro ~1"""'!9"I.p .<r-.d,t.1Y. 9 .... OJ r.nw.... o.... \.

o principio ~o q."lltooa e"~ li nha ele nrgllm cnl",,"o Jcp~n de e As.im, o PQnl" de 'ISIII de Mon lc.yuie u não Impl ic " um ~ ver·
C~n3",em~ f_Iso , Na m~d id3 em que eS.es erros se relaóonam oi. eú,· dadeira contradição. ióle n ~o dil qu e urna determinada ordo m . xi~te
lencl3 sociaL <;.";0 5impksmen,~ do~nça;; <lo OTgani~mo """al. Mas ~ ou [~hc .,m rcla~ "o aos 1ncsmo~ falos ~ociai~. Sl'mpr~ quo as COis..:!5
doença, l'>Sim como a saúde, c incT"nle i nalu~za do. ,"r~s .. ,vos. Os ;.lo nonn~is. elas se~uem lej~ nec~,";r'3<. e 6.\3 neçc<sidadt cessa
dois estOOo. n:\o,.:IQ cOl1lron05. r~1t~ncc", ao 1Tl\."$Jf1O 11pu. ),odem. apo."T13S quantlo há um dç~,' ,o 00 estado nonn:tl. Conseqii~nlml~nte.
por iiSO .• ~rcomparadns e a inlerpr~laÇàl'l de ambos se bc!1dieia desso o ~lcme"lo de inccne?)I n.'O deslro, a C;~nçi~ Social. m,,, 3lXn~i
compMaç.\ o. )\,1 ,,,
c'~ia ral ~ opi "dú Sç cnç. i.~a tao benl eom a aparen. I in1lla ~eu akanco . .-I. CIênc ia Soc ial trato qua<e qu e exdusi"~meme
d a exte r~a das coisas q ue lX" isl;u 1'0; tlHJ ilQ l,mpo. me.mO em dos [onn,t> OOTInln' de " iulI ~m w ciedade : na Qpiniilo de M ont,,~ u,eu.
l'sicologi3. Como pJn.. ü, eVHkn:" quo os S(:1"i;!I ,i,''''cmm natura l· a~ doença, ~Slã" pr~lIC"mCn\e al~m do a lcance da ci ência. porque
mcme saudã'·elS. concluill·se que a dornça e lima violaçao do c,>laoo do e.<tã" ~lIjeita" à~ I~i< da n31l\r1:2a.
d~ nalll~7a potltue ê um obst.lculo à saúde. ,\sslm. AnS{Ól~le<:; acre· ~1<:Smo sua concepção de le' natural. que e fundamental I to·
dill\"!I que a d""nç~, OS monstro.; e lOO:ts h [\>TIna, abemml~< da dai hsua~ idéia,. pcrn1<1ne« muilOob«urae impr.ci<3_ l ei.<do a,
"ida em", o n , ultado de al.~uma in<:çI1c,," obscura. N1co <eria pv;;sh'd relaçõe~ neceo;tiria, e1\1u. a~ ccoisas, mas se poM", s<:r v;ol"da~ ~s
livrar 11 C i"nc ia S"" ial d~s"", ~õro d" urna n~ .~. p~I1 ic "l"ml<nte por· "e?c~, a ncccssi,bde m10 ~ mll is rc"1. m:lS p u r~m enl e lógica . i\e "e
que a docnç" n"o oc upa. eu' lug"r ~1.,I\m. um lugar !Ao i",port ,mle C3!ôO. el a~ e'p"""1'10 O que e~,á inrplic adQ M oJdi niçàQ de uma 50-
q,,~nto nos soc i~dac\cs hUm;lna," pofqU~ () eslado ",mnal não é laO citrla,k ma~ !.,hcl a dcfiniç~Q nào ,urjn raclooalmente da nalUre73
indelem,inado c:m qualquer OUlm lugar, ""tn IOlo difki! d~ definir. da SOCledJde ~m questão. Ela~ no~ dir30 cnt~ {I que C racional. ~m
Assim'" nplic.m J ...<:,",o, ~c~ em '1ne MOnl.,;quleu pa- "~7 dQ quc d<' CalQ ~xiSI(. c ~~lmente. ~mbora \'Io",e,;qui~u. longe
rece alrillllic"o k:,!i.lador o e.""",ho p,xkr de razer vi<Mneia à pru· de achar que o.; hom~n, 'emwe. Ou nlcg,no fn"lfoenlçmcnlc. "" d~...·
prio n<!tu reza. P., c ~~erl\pl<J. ~nl paise, nO, q"oi~ <J "alor ~x<:e~,,,',, , 'iam do caminh o TelU. mostre um lipo d. re~pellí\ e.pománoo rei"
in clirw QS h ab i tant. ~ à i ,, (io l ~n" i;,- d e r.cont end~ que ~ k!! i , l ~dor a q u~ foi cunfinn "cl u pel a c.~pl'ri';nçia geral prolon gnd~ .• 10 ,"C<1n h~c~
reprima de !!)tl", a. maneirl~ po% i, çl> , .\l as emtx1ra e.,,,, viciQ na,;. m~smo a~.im qu~ loons OS in<li , id.,os dc trrnl' c.pédc iM nli,'u reve·
ç~ de CaU=< tisicas. jl.lonle~uieu náo acha que S!' opor a ele seri~ Iam ,enus ~noma lias. :"\ilo COMe"u~ \'Or que," quc qucr q\iC cSlej~
,'iQlur as le i~ da natuTell. mas anles que isso "-,?!"senlaria um esfor. uni[um!cment~ p ..,ente em uma e5p.;cie in1~ira, nlo pode dd.'~r de
ço para !r"lU os homent de ,·o!ta a,lia n3tu~7a nonf131. que é m· corresponder a nc.. ~... idudcs Jefinidas. I'or •.xemplo: embora a inqi·
eompa!j"d COm ""'" indolen cia . Pda m,,~m~ ra~Ao, el~ dil que em tuiçilo da •.<cr,,,' idão ~xi~ris$C Cr" tooa, a, cidaJ,:~ ~'1"<;j'a< ~ italiana;.
soci e d~de' de pcsw "s soberll~, ~ ~csl~miJas d e'·e m-.' ~ er nprq;ar ele diz ~e r repu ~ n Jnt. à rl alnre?~ das fcpubl i~ :b . Em\x}fa ap<:n"s o:;
~ever.1$ puni,M , para d irni ""i r c>se ardor. Se o l~gi>lador 10m too" homen; g()lcm do rJircilo J e repudi ar , ua e.'po'~ em "",, ;e~Jde, na<
~.:iC poder o", lodos C~:iCS Ca50'_ n10 é ponjUC as soc i~d"des <ar~· ~uais as mulheres "i"em em um regi",~ rlc ~scl"il,'id:,,, d"m~~lic". cle
ç.lm de Ici~ ou de nalllU.71 llcfinida, pod~ndo. prlnanlo, >cr ~aniza· insi~tc em quc II<'''''''S mt~mas sociedades O conlrario d~"~ril >«:r
das da man~ira que ele d~....ia. mas anle~ [XIrquc sua ação ser~ 00 Hrdatk. Coc.",'" al~ mc5TT1O a diurqu~ apena~ Uni tipo ele >KJ<.·i.,d",1c
scnl;Jo d~ m:tnl~r a nalurcn nonnal do homem ~ d"~ 5Oci~dade' e se " i"t~otem~nte'" {;'"O e CMnJl"n . o despolismo. ~"T11bor,1 """0,
IImltar3 allen", " au ~ il ,~·13. nheça q" c .:: rrCCC;,,,,"',, ~m c,nQS lupre,. Sob essa~ c ; "u,,-,tãn~i as. a
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conlOnl3r c .." di fículdadt _Para de~obrir~! leIs da nalurt:u . b"'l~ Examinemns ao .... de rodo !ôtu modo de U.lar o metodo indulI\"o.
fazer um nulntw >U(iCi~'TUC d~ eomparnçôe. emre a. diversas fonnm Ele não começa reunindo lodo< OS fllO$ ..le\'a1\(e$ ao a ... unw, 3rn1n·
de uma cni.a <llda. [)e' .• e nlO<l", l' relações conSlanteS c imul~,'ci. jand,,·,,~ para que pn .. am!ôtr examinados e a"aliad05 obJetivamen·
expn:s>as na Id ,110 d .. llnla~ uaqucl~jj que são apenas efemeTlli e te . Na maior pa"c do temp<). clc lenla, I'Or]>llra dedução. pmnr 3
acidentai • . A e.<.<inCl3 da expenmenlaçlo e simplesm~-nlc ,'ariar li. idéia que ji f"frnOU. Maslra que ela eslli lmplicila na natureza ou . • e
nemente os fenõmeno~ de Comu que oCl'rt:çam um camp<) amplo e preferir. 113 essencia do homem. sociedade. rom~'rt:io. rt:li~ào, ~'IlI
rico para comparaçlo. ~ 13, n'" há ohjeç:l" I comp~rar fenômeno. suma. na defíniçiio das coisas em queSIto. Apena.$ entlo ele apresen·
sndai. d3 m~ma classe da forma com.' ~part:c~'!ll em dif<.:TCnleS la OS f31'" que. em ~ua "p!mão. confirm~m ~1I.l h'pólese." Mas ,e
'<CIcie<bde. e notar aqueles que sempre concunhun. us que desapa. acreditam"" que:l-< rel ações enlre 35 CO!SlI5 só podem Ser demon.lr.I·
Tecem ,imuh~ncamenl<' c os que, 3ri,l111 nO mesmo temp<) e nas das pot exp;;rimt.-nlo>. nàu p'xklT1Q~ ~ubonll ""f u c~pen men 10 it dctl u·
",esmas pmf"'rçõe<. Embora n~o seJ~ possh-eI fazcr eSSas C<>IIlv.m· ç~o. 1'00 pnd~ <llr pr'0137ia 3 argume"Ul~ em que nia confiamo, e
,,1\('.,
rel'etidamenle, elas podem, mesmu aSsIm. alen,kr ÍI """cssi<ll. que consider3lTlos re lativamente InU le l< para fin. de demon"rraç~o.
de dus C.~po:f1111C"IO' n3 Ci~ncia Social. J'rimciro, obS""'II11<)S os r~'OõmcnOS e apenas depois i11letprc!31110S
embora MOnltsquku nau lenha di:!C"lIdo o 3!'$Unt". roc,,"he· dedUli\'amen!e aquilo que observamos.
ccu iml i11 l;nll11cnlc a ncces.'llade de.«e m~lodo. Seu pr"pósil" a" Se c~aminarmo:s ~, pTÚpria. demOMlraçVcS o,Ic "'lo"lesqui~u, "
reunir um grande cOTpU dt, d~oJus a p:trlir da 1"$to". de di\"er&aS na· fácil perç e ~r que s~o e.. encialm eme dedu1\V3s. ~ verdade que ck
çóe' er3 C'''''l'3r;i..I,,~ e d!rh'~r l e l~ d~ l!s.l)e f:. lu. todo ocu tmb,,11ro """"ai",cmc cOllfím,a suas c""clu~' COI11 oh.e rnçM<. ma, loda
~ d .."meme lima COmpilnlç3" du o k is o.>b.~f\·:, da. pelos ",ais di\'Cf' es,~ 1'''''.de . ua 3'11umelltação emuilO fraca. Os fato, que empre,·
SOS pnvo< Ce l>er fe il omenle correIO atimlnr qlle. no !::spi!'iro da5 Leis. la da H" l,;ri" ,il o aprc, cnw uus d~ forma brc,c c $ 1J'1liiri ~ e ",\0 se
Mome,qllie u 1O, I;W;U lJ m nQV" <;il mp;> Ik cs\lJo.1o , a qllc ,1g0l'a oh,,· ",força par" •.<tlhe lece , ~ Ua verac Idade , mesmo quando , ão COn·
mamu. Vio 'dr~ Compa!'ado , lIOVe r.'~.'. 'Ele n~ enUmera a e.l11o . Se ati rma que n~u exi . le relação
I"' ", bom a dedl1ç!o lenha d~rt" I lIg~r à e ~r~ r i encj a tm ,ua obra cau,a] m lrr doi, fa l"S. n~<J S~ InwmoJ<Jj' em mO,lJ'~r <luc ~m to',1""
ela ainda rerr~~enlu um p~Jlt' 1 maIor du que o pcrm;l idu !X'l ~ C iê,, · ou. 30 ", CtlO;;. n.1 1!1 ~ior; a ~O$ caso', ele< apa recem ~imul!a ll ea "'~nt~.
eia _Em 'e u pr~ fádo, ;nfonn" u leitor dI' qllC Jnclcnde lTI\l"f <I" C iê,, "
eia Sucia I de ,,\.1,,~il';1 qua>e "'~I~"'~lica, que ele ap.e>enta prindpi ·
o<: do<: quoi. 3.< le i. pa"iculare~ da~ rocledade.1 d<'Tivam',e de manoi ·
"'oM ""
li . Q, .. kl''''· " "",.",, .1. "''''rloJ< 1'"lma .., 1ooY. 00 ".h.:I,~. A~"m.
d,po;, <k d,r"ir "" ,''', til><" do >o<;.oJaoJ<-.• '" d<n" ,.,,, 1"i"";P''''' <l» ,1<1;";·
ra IngiC3. Ob,'ilmen:e. ele per<:eb\l que f'SSeS pnncipio. dewriam tõo:o, -I",,". <<em, ,k. -"", <>P'1<'" • d<<e"m, ."'... pn""i?i'" q"'. """",,10 ,
'~T lir~dos 0.1., Obs.:"'lÇ.\O li" realidade, ma, acrellit3sa que toda a
d,n'"",. ,-e •• W"lmrnl'- (li,,,,, nt. «p_ 21. ... li'''''' ....
',C> P""'"'P'u' <1, .. r."
ci~nei" nla'<~ implkila. por as>\m di.,;r. I'm lnl.,bser>'"ç;;o. de ror·
<oClu. a, ki, ,i,-i'.I",..i." Id. ,.,m, ' 1I'l' ' 1<>d. ","11'10< <~''''' Cr. '"
Iilulu< <lo> li',..,. VI , V[I «('''''"'''10011''''' do» pri""ipio< <I< dif""""", 1''''''"''''
ma que um3 "c, deri, ado<: o<: I'ri'ICiri,,~, o cdificio poderia ~er cOm · <m fd ..Ju;' .. mp'«;'\o,'" ,I.l> 1. .. <",). 0.. ," ,".1,' r""". de J~lp",.,nf>< e ~
"Ph"~i<, ,I< r""~"'" _ {'''"''''Iurn.: .... "'" d,r.,.,,, •• I","<il"'" d<>< ui< S"'-'"
pieI_do por p"r~ dcdllç,lu. l'Ju h;i 0.1", id~ de ~ue K-nlou agir -",gund"
c,,,", Jinha~.
""" .,.. , . l~ à, I." """''''',..... to I."" • :I conddo dI.< multlf,esl.
11. O """..., ,'3l~ pon Oquo d. di • • f<'W<l'" <I< r",,,lIdado < i,..
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'''',~,,, -"'" p;1u q ..i, OI 1'rio<'1"'>',!o0 "",,<dodo:> >lQ <""'''''l'~h"".
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do~ fe"iime"o~, 5ii ~~Ia uma ~aida: de\"emo.\ tentar atln~ir a própria Montcsquieu. porém. via muito darJmcn\c \lU<: lodos essel ele-
cS~"1lCja. defini_Ia c. a panir da defin,.ào, dedu?';. (I que da implica mentos formam U"' lodo e que. ~e tomados separadamente. sem re-
nj~." n!ode\"em<J~C(lncluirque a n~"'aç'oe inul,!. ma. ant5que ferinei. ao. nUIros. n10 podem sercomp«:<.:ooidos. Ele n~o separa n
ela p":c;",, ,cr Trulnti<Ja ....b ~usp<.:lla al~ .cr cun finnada 1""la r:t7ãO c. direito da momlidadc. do conlerclo, da religião. etc. e. acima de tudo.
'" por aca'" não puMr = confirmada. de'-. "'f ~jel!ada. Vemo." nlio considera que ele seja disltnto da furma de SOCiedAde. que afe-
quanto e ind'spensa,"e!. na Ciência Social. descobrir nos próprios 13 lodn. o~ outros fenômenos wo.:i.is. Por mais que sejam diferen -
dados alguma indiç.ç~o dçfinida ql«: """ c~pkilc a distinguir .. 'Ute tes, tooos 5>1.... fenômenos expressam a "Ida de uma dada sociedade.
d"""ç. e ....lide. Se "lo hou'-er ~ ~inal, ~Orl'lCll\ levados a nO. rdu- ~o os elcmentos ou órllJ'~ do olj!:anismo social. A meoos qoe tcnte ·
g,ar na deduç:m e 3 nOS afa<1ar dn~ fato.< concmo.<. mos comprttnder como se harmonizam e intctul:em. impossi"cl c
conhecer ~uu funções.l'olkmu. ~t~ mesmo nlo distinguir suas na ·
IlI1 turezas. pois ele;; pam:crlo realodades dl!õtintas. cada um com sua
e.~í"êneia ioocpendente. e",hora ~jJm na ,erdade panes do; um tooo.
Quer proceda JXlr Jeduçlo ou por induçâo, Mome-quieu oh.~ r·
Essa atitude ~ responsável por c""nos CITOS que ainda .tão COmunS
"a uma re~"TlI metodol~ca que a ci~nci~ mod"T1M n~o lkH ignomr.
entre cientistas ""iais. [..<O ex plica por que muitos c'Ç()t1omistas po.
O~ fcnõ",cnos sociais s:io norm3lmente classificadO'< de acor·
Hticos cOMider.ram o interesse p.:s$Ual como O único principio da
do com çonsideroç.xs que. ~ primeira ,·ist~. podem parecer tOI. I·
sociedade c por que negaral11 o direno do le!!isl ~dQT de interferir em
m~m~ nllo rel~cionadl~. R~ loglao. di .. ilO. moralidade, com~rcio ~
",ividades rrlacion"uas "u eumércio e a in dústria. In ve rsameme.
aumini"'.. çi\o parecem. de fato. ter diferentes naturezas. 1"o e ~pl, ·
cmoorJ pcl" mCS",~ ra~ão. os Illoralistas em gem i c()t1soden,,"aIn (>S
ça I"' r que c.rla cla... e de fenõmenO:" foi I"'f mu ito lCIl1[>O lralarla
di .. itos de propriedade fixo s e imulIi\"cis, embora, li a ve,dad e. de·
scp"mUamCn lC c !1ind~ t ,,,mu se pudesse Ser c.~ "rn in"da c
[X"ndllm dê falO,es c<:o"õ'" icos extrem amente varilldcs e inSl ~v~ is.
' .\p lic"da pur .i m~lm". sem rdcn:n\:iu ,i~ o utras. ",.. m como ~,
t1.,i c~, ,,~n l e\'~m ~ cor em cO II ~ i deraç~o ~ o lrJl~ ,. <lo JI"sn. N~o se
h,c crru tifl ha de ser <l is!il'ado antes qlle il Ciênci" S u~ia l p".
de". se de.envolver • n~~mo p<lss ,lr li existir. As diversas di>eiplina,
n,.'!" que uma , Ius>": de fenõmenos.e relaciono 11, Outras. mas '"
qll c tratavam .. parud"m,·nt~ d~ difefCnte' calesoria~ de fenõmc-no,
,d"ç~e' s~o consideradas ~impk~ment e acidentau'. de forma qu• .
sociais d. fato p'ep~raram u ,lImi" ho para a Gencia Social; f.,i J
~OmO a Jlalllreza il\lima do. r~"õm~nos nilu plxk ser de terminada.
partir ,Jeb , Que ela pódc $C de~Il\"ol,"er. Mas a Ciincl~ Suci~1. t \()
parece 'eguro ignorar as relaçõe' entre ele ... Por exemplo, a maiori,
<entido estrito, pa<<<lU a eXiMir apenas l.Iynndo se pçr<.:d.. ou clara·
dos moralistas traIa da moralidade e de regra~ de conduta COntO"
mente que n< ramn< ant.~ mencionudos l"Sw"~m ligados pela e<lrIla
ela, cxisti"cm por si mc.1I\.ilS ~ niiv ~c preocupam em considera, <J
necessiJ"dc ~ crdm panC$ de um todQ. Ma~ es~a concepção mio po.
caraler <conõmico das socied:ldes em questão. 0., que IrlUm do 2.< '
d.ri" <urgir at~ que ~ percebesse quc lodos os acontecimento. na
sumo d. riq"c~~ afirmam, ,,k 1TUIn~lTl1 semelhante. que sua eiencoa.
!õOCicdaJe e'lão rd.ciunallu$. Ao aporl1ar a imerrelação do. fenume·
ou ""Ja. a econumla política. ~ absolutamente autônoma e [>Ode pr05-
nos sociais. Mont.sq~leu presl'I.-ntlu a unidade de nO"~ ciência
seguir ... m a menor atençlo ao SIstema de regra~ 3 que chamamo>
embora~ua ,'isão do 3<suntoainda [OS>;!,: ' .IIS". Em nenhum pomoek
~Iin. Seria PO<'<;"cl citar muito,< Oulros ~.< l-nlplu~.
diz que o~ probkmlls de que lrala poderiam ser o assunto de uma
I
~

ú(, MQn, ..qu"u. 11.0"..... _ _ _ _ _____ ~o ,,,Iwdo do ~f ... ' ..'1"io" ur

ciência definida que ;nçlui55e lOdos us fenômenO! SQciai. e l;'-e,;.. em um til'" superior àquele do \Iual veio. O progre,~ da natureZl
um nl~l<>do C um nOme próprios. Mesmo a.' .• im, >em ,usP<'itar de~", hUm:Jl\Il "'lfI;i;tc ne~<e.1 pequenos dcscn"oh'im~nt<» c\"nula(i,·~.
implicação para SCll~ esforço5. ele ""li i pos!endaM li"'" primeira Tod~,'ia. Montcsquieu nllo conseguiu perceher i~~o. Ê '''rdade
amos!1'2 rlcsia ciência. Ernbol"ll não tenha dei ibo"radameme tirado as que n,;o punha Ioda.~ ai< ~ociedades no mc~mo ní\"CL Preferia 3 repú.
cunclu.ÔCs 'mpl icitas \'1T1 ~US principiu •• P«1larou " caminbu par. blica e a monal1.luia ao dc"SpOlISmO. a monarquia 1 republica c a "'-
<tIlS SUC\";'O~5. que. ao ill51iwir a S()duloglo. pouco mais fiL\"tall' publica it dcmocr..cia dos po\"os b.irharos. Ma~ nio suspeitan que
que dar um nome ao campo de estudo que ele inaugurara. e5<CS difcremcs tipo< de !OCiedade cresciam sucessh'amcntc a panir
da .11e.'1I13 nUl_ I'cns,wü que cada uma surgia indc;>endemememe
ITTlI d,s OUl"'-'. c.~ceto a mon~l1.Iula que. a 5(:U ,,,r. $e ~m'oll-e a pamr
da democr.ocia inferior. I' \fas e~~a unica exceção mostra o quào afas·
Exi,le, looa"ia, "ma noção da qual \hmt('S(ju,eu p3rctt não I~r
1:100 ele estaq d3 idéia do prol!TlISSO. j~ que a tkmox",cia primiliu..
'" dado COn1~ ~ que. em nossa \'poca. Transformou" método da Cirn-
que ele considera superior a qualqu~"T Oull'll romla de MlCiedade. " ~
eia Social. que é li noo;ào de progfTtSS/I. Vejamo.. o qw ;s:su .ignitica.
panl de o lipo original c~alamente por ser inferior a l<><1a. us oulr~s.
Quancio C<,lmparamn,. d,fc'T\,l1IU povos, o! C<>I110 .e cerus forma,
Pela me,ma ra~ão. embord de nlio negue que o principio 50Cial de
nu propriedades !Ilanife51arnenle inc-n:nles il naIUre," d • ..x:iedad~
pow" panicularcs po;>dc !õer desenvolvido ou corrompido. "cn..Jit~.
fo=m .• i"'plc.menle e.• hoça<la. entre cenos VO"OS e se mostras."",
m"mo .."im. que n~ principIO ,; d~l~mtinado quando um povo p,s,
mais dammente em OLltroS. Algumas s<xicd~des!lo pc(ILJc"as. e, -
sa a c.~;sl;re deve Il(',manecer intacto por I<><I~ sua hi>lúria. N"o consc-
p.lh.das por !,,,,,ndes oír.!as; "Ulms s~o gr.lndes e de n<as. Alguma,
gue p<:,cel>er que lod~ soclcui\\k ~,ml~m e m si falO"'::, c'lntl itames.
não têm uma , ul0ridadc fim,e011emc ~st"boe l ec i da; Ou lm , t,;m uma
simplcsmcnt<: porque gradualmente emergiu de um;, fom,,, p"~s;,da c
"dmin i.'lraç~o ,k tst3do sistc1twt;çament e organi~"d~, que tal senlir
, IW influtncia p<.>r 1000 o organismo ~oc ia l. Enlre eSSes do is t i po~ h,i
°
lende )l3fa uma futura, N~o rcconh.""c PI'()CCS;o etll que um. <""i~­
i ncom;\",,;, vana,<5eS intcm1ediliriai<. No que loca à ();g~ni1"çilo, ei<sa'
a
dade, sempre )lemtancçenuu fiel s,, :l ll atun::~a. cII:I C,lrl,tanTemenTe
se lomando al!,'Il de 110"0. dai a .li l\gular idJde de!ôeu método,
,o e iedade~ niiu ~stão no m~imo nh·e l. por ~mm dilor. Algumas po'
A c~ist e rl çia .1'" ial edettrminadu por do;. lIpoS de eo"d i,ões.
as
dem .. r çonsid~rnda~ supcrion:s outras, Mus Já .,e obscn'uu qu e
Uma C(lnSiSIC nas circun.tânci as presentn. como u tup<.>grafia (lU (l
as soci"dade~ supcriore.1 ~aern da. inferiores. Ohi.ment., nlo Que -
1:Imanho da população. A <>UII'1I JX'rl~oce ao passado histórico. As"m
ro di?er que as !OCiedadC'S fOm18l11 uma ~imp l e.< série linear que vetn
como uma criança seria diferenle se li"es!õe outrOS pais. assim tamb{111
dos mv05 antig()!; na e~tn111idade inferior alé a, naç<>.:s moderna, no
a nalureza dc uma sociedade delle'lde da form, das sociedad~ <juc a
CUme. Seria mais cOmO uma ''''"ore cujos galhlts se e.llendO'Ss<:m em
diferentes di~õe'. Ma~ i~1iO pouco lem a "er COlll nus.., assUll\().
M~",mo ..... im, é wrdade que as liOCiedade$ nascem de outras sucieda-
de. c que as mais rKCntcs:;ao superiores;,~ mcl\O;\ ,"""cnte",. te a i~<o \l, EI. diz q., ......... rqua dOI' _"OI I<'flI\ln",,,,, roi ~.. lb<Io.> d. <...... pPo d,
que sechama progresso da humanidad.::.As mesmas obscr.-açóe. p0- ..... _wn<> IL"TO XI. <op 8) ~ quo",.~ ';.'.... m •• id. de 1""'" l>Itbuo5
Ili,,,, VU1, ""P>- 10 • lD; or. L,..,., XVIII. Olp.. 1'1
dem ser fCIIM ~ ~~itkl'3mlOS \IIT1 unico 1"'\'0 em si n>eSmO. A pamr I~. 1'. "b..... '".. '~•• ~",,""'i~ ;.fb,"~ qu< é q-Jnl1Oolad.. [:<1010 ..... I...... ".
do mollltnto em que paSS3, ~"istir. ele ~ dcsCTl\'ol\'e poIJ<.'O a pouco p>nom~I<s1
,


.~
,
" M<m'U9Uj." < Rn" ...," Candu,",u
"
Vimo. quai, $11<... Nl0 al)Cn~s MOMte'quieu tompn.:"ndeu quc M~<mo assi"" apç,;;,r das aparência!. Momesquicu afirma quo
os rcnómtnos i<X"iai~ ~o as.unto rara um estudo ci~nlHico. COmo 0 < fcnômcn<» «>eiai! têm uma ordem fiu ~ l\c<:e~\.:Iria. Nega que a.
tamhém ajudou a dar rorma às duas ideia~ fu"damemai~ n~-.;essária> sociffiade. eS!~pm orguniadas a e<olO e que suu hisluna o.I~p"nda
30 ~-<;tabe1ecim<."tl!o da Ciêncl~ Socoal: as id':ia~ de tipo c de lei. de acidenleS. I'sIâ con"encido de que e.sa esfera do uni"erro é ~'<>­
I'UI relaçl0 ao IIpc, Momesqu1eu moma que a naru"'lII dopo_ ,"emada flOr ki,. mas a cunccpçw que fu delas': ronru~a. (k 3Cor·
der soherano e da eXI<tcncia soc,al em !leral dif~re de uma ~i~-.Jad~ 00 com de. das n:1u nuS conlam como a n~1urell de UITIa sociedade
para outra. mas qu!.· as diferenles forma~ podem me.mu as.im SCr dá origem à, ;n~tilUiç~ roelais. ma~ antcs Indica 3.' in~tiruiçõn que
comparada •. ~5-<i e uma rondiçtu Indi~pe"SiÍ"d para a d~""ifica. 3 lIalUreT.a d~ um~ sociedade e~ige, como ~ ~ua Cau~a d"icicnt~ li-
ção: nllo basta que as sociedades manife<lcm s~lhanç,s de um " csscde ~r bustadJ apm~s na "omadedo legislador. T"mb~m apli·
1ipo ou ourro; de,·c ser poui,'c! comp:lni·los em 10da Sua emUlura e ca a pala'Td ki~ à~ relações enue idéias. e II~Q !.111'" AS cuisas. " "a
eÜ'1tncia. MontcsquÍ\"u n~o apenas formulou principio •. como venlade, cssa! idéia!.<lo as que uma sociffi:tde de"e manter se fur
também OS usou cOm grande habilidade . A cla~.iliclçao que esbo- fiel à sua nalUfeU. mas puUc se SC~'lr del:l.<. ~ I esmo I>sim. su~
çou cont,;m um wn~ider.i\"t·1 elememo de verdade. Mas se enganou Cimcia S<.I\."ial nl\o degenera em OUlra dialél;"" porque ele percebe
em dois pontu •. Primeiro. cTTOnumenle su~ que as formas sociais qu e aquilo que .. rudun~1 li precisamente o que exisle com ffil>i(>r
~o dctcnninadas pelas formas d~ roberanil' c podem Sl..T defonidas de fi-eqii.nci~ n~ .c.lidaM. Oe!!e modo. lua lut;Í<"a id~al situa·,e. em
acurdo. ~guntloo. afirma qUi': há algo inlnnsecamcl1lc aoom,.1 " ros- certo flOnlo. no mundu emp;,icu. Ma< h:!. exceções que rnlruduz.-rn
peilo de um tios lil"'S ql>c dislingue, O 1õ5ladn ,k~p6lico. Esse pumo d~ um ekmc llto de amhigüidade em scu cO""~itu dc lei.
vis la ,; incnmpalivel cnm a nI'IU1"Cr8 d~ \>m lipo, I)(>IS cada tipo tem sua Oe...:le Monte5qu;c l> .tOO. ~ Cié"cia Social con,eguiu di»ipar
própria rurma re rf~;ta qlle - dependendo da, condiçÔl.'s de ~roc' " cS,a ambig:üiMdc.1\t\o era po~!i\"e l pru"'Tedlr !TI~is ~tC quo ~ e esla·
local t~m o rrn:smo ni"cl da fonl101 pcrfcil3 d()S O,MOI tipos . ~l ec e«~ que a, lei, d ;,. suçi ~dade5 11110 !aO d iferentes dos ~"c go·
Q uan tn ~ noção de lei. foi mais d ilic illra n srcri· l ~ das olllm, vernam o resto da n;llurC,!II ~ !j I>" O mélodo pe lo qua l são d.,cobcrlas
ci"ne i", em que já c~ luva e<t"bckcida para a n o~sa. Em todas a, ê idênt ico "O das uuuas c iência!. E!,a foi a wnlribuiç.u de AU8usto
ciência, . a T1 U~~O de tipo \' p"rece "'"!.OS da d~ lei . pois a monte huma- Coontc. Ele eli minou da n oç~o de k i lodus 05 ~I~rne rllo~ e.s!rannos
na pude conttb.:_ la mais r~pidam c r1lC. aa~ta ulbar em vollll para re r- que aTé enlão a na" iam falslflcar.lo t l!ISiSli u com ra7.10 ~a pr;maz,a
c~her cc-rta •.'elllclhança~ e d;rerença~ em!\: aS coisa~. Ma, 3.' n:1a , õc, do m,;tMo indut;,·o. Apçnh ~""I~O !\ossa ciéncia flÔde t.r pkn" cons-
!kt~rmi " .d", a Que chamanm leis en10 llI~is próximas do nature~~ ciência de 'cu ob)c!;\'o e mélMo e todos o~ seus fUlldamcn!o~ indi,-
da, coi ... s C con~eqüentemenle ocultas dentro dela. Estilo eobena, p"ns.scis ~-;'lariam completo:<. () presellte eSludo ajodanl u leitor a
por U'n ,'iu qu~ dc\'emo~ remo"er se quise~ chegar a ela$ e lrdZ~ ' julgar a contribuição de Munlc,qulc" a essa rrefl3.ração.
las li luz. Em relaç;to ã Ciência S<.I\."ial. houw cena.. dificuldades
especiai. que resultaram da própria n31ureza da exislência 'iUCial.
que é lão móvel, dl"ersific~dôi e rica C1I1 form.l$ ~oe. para mim. 1110
pode ~er redu~ida a leil fi.u s e Imut~\"els. Além disilO, os homellS
nilo go<tam de pensar que e.<ltu ullidos po::l~ mesm3 nccessidade que I&. Durkh<im ~m,,,,, _ oU .. .." lI"rlu d. /" ..bW~ ,«i<>IosI~MO <'1'. L
outros r~l1ômenos ""turai<. p. 25 {ai. 1~7. p. (9)..., aplocá·la ao ",óp.-,o ComI<
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• MontUquÓOo. ao...-.u Q ..... dodtu'u ....
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firmado de propriedade pressupõe a ~iC<Jadc. Sob essa.~ ,ire"o,_ não h","i~ mud~do. apro~imando·sc de Hobbes e sua K"Ori~ sobre O
tincia~, em suma. " homem está em hmmonia com ~eu a'nbi."te es,ado de guerTll. Ma. essa ime!Jlretação ~ in,·.lidada pel~ seguinte
porque é um ser pummcnte fisico. deJ1'CndcnlC de seu ambiente fi.ic e) d.cI .. r~cao que Aparece nO mcsmo Cllp;I1, Io : "Aqueles lempol b<irba·
e narl,l m" i~. A llature7.a dentro dele necessari amente COITC'p<.>nrlc it ros foram a idade do ouro .. a Terra intei,..d e, tava em paz". O que
M\U reza fora. Uma é" rdlexo da OUH • . As wnJ"iX:. que roderi,,,,, R01I SSC~U quer dizer nesse trecho çontro,'erso e que para um homem
cau~r umli di.<cÓrdi. n~u C.,iSltm. poder ver uma criatura scmdhante em todo ser nUma no. é preciso tcr
Sob essa. circull~tâncias.
qual seria a relaç~() enul.: u. ~rcs poderes de ab~tração e reflcdo inex istentes nos primiri,'~ Para ele$,
humano~? Não havcria um estado de guerra. Rousseau reJe.ll a 1<:0- a hum.:midade !imita·se aQ seu :unbimlc imediato. o pequeno cirçulo
na de Ilob1xs, que rcpro"a duramente. embora lou,-e seu genil> ..... de indiv;duo~ com '" quai~ tem relações. ""Tinham a idéia de pai.
hipól~"SÇ do estado de SU~'TT'J 1:111 inJceir;h'el a Rou.""au por dua, filho c innlo. maS não de homem. Sua cabana çootinha lodas as
raz6e~: I) O ince,,';"";i. guerra. "'" ;;cj~ . n<'Ces,;dades i"salisf~lt~_', cr;atura~ que lh e. eram .. melhante5. excet uando-se e.las e sua fami·
n1l0 exi~te . Como () hom em tem o q"c preci sa _ por que 3!acari" 0< lia. o U n iver~o n:lo lh e, diz ia n~da." (ibM.l. A , erdadeira piedade.
nUIrOs? Hob~s c hegou a s~u .istemn "penas por ler atribuído ao P"Onan lo, $Ó era possível nesse pcqllcno circul o. "Da í as aparenles
homem natural a çomple;.;a semibilirladc do hom ~m civili7ado. 2) contradIções qu~ observamos entre 05 innãos d. , naç<k., l ~o fero-
Hobb<..-s erron~arnente nc!,'Ou 00 hom~m pri",iti,'o '1ualquer sentin~"· ZeS ~"TII5I:US çOltumCS e de ~or~ç;"Io tik> I(:mo; tanto amor pela familia
to de pi~d;!d~. Comu essa virtUde fll'ttctlc toda ",nnâo. nJo há rd· c tanta aversão aos semelhantes."" Assim. de nào repudiou a noção
tlo para nC!!"I sua existencia no ~"Stado d~ natu .... ".,. Ak'm dISSO. ba de que a piedade é um sentimento naNral ao homem c precede.
~inai! dela ern animai •. A piedade implica simple~nJ(!rne em um' retlexlo. Sin'pl~meote nota que e~~a renexilQ i: nece"ária antes que
idem; Iicaçil.Q "do ani mal cspc<.·ll1(lor co'" n ."imal '1UC sofre". I>h< e a çompili.~i1o P"'''' ~"StCIldcr·!iC a tod~ a humanidade. O Ellsaio pode
evidente que essa idcntllic~çlo /lever;8 "-õ i nfjnilamem~ rn~is pró~l. r.er ViSIO, no ma~ i mo. comn um esclarecimento e uma correçlo par·
ma no e.• ta<lo rle naUne"" que no esm do de razão. cial da iM ia <lesem'olvida nO ~egulldo Dis,urso. De qualquer mndo.
Algun s come ntar ista, viram uma contradi,"Q entre e<se trecho cl~ definitlvumente contin llou "rejeitur o pcssimilmo de Hobbe! n
e o r.eguintc, do Ensa;" sobro (I ul'igem d".' I"'S"(ls (cap . 9): "Como resj)l:lto do ho.>mem pr~·sodal. POI mais limitad3 que possa ICI sido a
somos nloO,'idos à piedade'! Ao sair r.k nós ",,"SIllOS. li<> nos Idemificar píed~dc do homcm. ~o havia suerra. pois os homens não linham
com o sofrednr. Pense no conhecimentQ adqUIrido implicado nC'S.c contato: "Tal\'ez: oS homens ataCassem uns aos outros quando se en·
tranSpClrlc! Como eu i'nagln~ri~ sofrinlenlOS dos quai< nto tenhn conrravam. m3..' rarameot~ se mcontra'·am. O cstado de guem rei·
ideia? COITIQ poderia .o;ofn:-r "cndo um outro sofn.õ se nàn 5ei o qut na"a em toda pane e a T~m en~va em p~i' (ibiá).
cle c cu temns ero comum'! Um homem que nunca reflctiu n~o pode Mh m,,1TIQ que o homem n:to seja ó lobo de seu semelhante,
ser nem gcnlil nem ,,,,opAssi,,u", ,,~ pnr isso", dIZ ele ~o mesmo i.so n!o quer necessariam ente dizer qu~ ~.ta Inc lin"do " ,e uni r com
cnillio. "que ns homem mIo !~biMT\ ,cr irmlos e <c aCfeditav~m ini· tio perman ~n l "mCnlC e forma r !ocicdade~ ]lO .elHido estrito da pala·
migos ~em nada saber. tudo temiam: :1I~cav:am Cro aUlodef(sa". Como vra . I::le n~o tem nem os meio. nem 11 necessidade de fa~~·lo. Carece
esse ell<3io foi e'iCrilo depois do Disclu'$f> sobr ... " origtm do de~i. dos meio.' porqu e sua iotdigencía.limilJda a '~"T\,"lçõe. do momen·
gllIIldode. 05 críticos Se perguntaram"" o pen.amento de Rousse~u to •• em '" conccpi;iio do futuro. nao pode nem mesmO imasmu O
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~. em Suma. pertulbado o ""Iuilíbrio original. Uma ,-c;>: que "$~ tala- permane<:er e;.tacionirio ç in"sri;õ"d, ou antes. tudo no ambientc
rn"JlIde atingiu 3 h,,""'nidade. " home", rico. que era u mais afetado de"e corresponllcr i oT!-;anizaç!o da natureU e nada ele, c aconte-
(lOrquc (inh" mai ~ a perder. conc eheu "o mllis astuto projeto qu e ja cer para p-eT1Urhá .lo. Uma v~~ qu e o equilibrio é perturhado, nà(l
O("om:u à mente humana: empregar em seu f3\'or as própriJ~ forças pode ser rcstllurudo . Uma desordem nasce de Outra . LObO que o
daqueles que o 3!aca,·am. transformando scus oponentcs em "'lL' limite natural t atrl\'essado, n!lo há mais ,·oIUl. A, paixões ge .... m
defensores", Com ",-<3. intenção. propó~ a seus companheil'(Ji que p"hões e estimulam a inteligência, que Ih~'"S ofCTtCe 1>0'"05 ohjeti\"os
inStituissem regrill de paz e justiça;', quai~ lodos leriam de ~t COn· que os n aspemnl. Ato' as ,atisf3,li.. que obrem os 1OTn" mais e.~i­
formar. que tooa, as forças individua is se "n;,;.sem "" Um unico poder gente •. "A supernuid~dc des))\'m a co biça. Quanto mais SI.: ton o,
~upremo que protegeria c ddenderia l000S os membros da assoda- mli~ ~e quer~ (fTIIgrnento intilUlado DiSlillçàofundamCIlIIII, dos
çao. A:<5im se l'Sla~ltteram.~ leis e o governo. manuscritos de Neofchàtel. ed. Orcrfus-Brisaeh, p, 312). O~ h0-
E)",s do ai origm. do estado civiL Se considc-nrmOli os ter· mens p~ssam" nl'(."cssÍlar e.da HZ mai. uns dos oulroS e tornar-se
m()! em que Hou!<Seau ima ginava o prob lema. não podemos de ixar cada ve'. maiS inte rdcpendentes . Assim. saem IWlumlm~nle do es-
de admirar a engenho,idade di_l_tica com a 4ual tratOU dele. El. lade de ']Glllre:a.
começa com o individuo c, sem atribuir-lhe 5eijuer a nutu ligei ra Embo .... a fórmula pareça autocontraditória, exprime o pen-
irn;bnação ><lCial oU tend~ncia~ conftitamet que pud.s~m tomar a samento de Rounuu. Vamos tentar cnt~-nd~T isso.
socied .de neceS5~ria pdos eonO itM c 01,11"5 que elas Cr\i:cn<lrariam. Sio cau~3~ natLlcai, '!tre levam o homem a gradualmcnlc for-
ele se encarrega de expli car como tlm ser tilo fu nu"mema lllle ll tc m· mar SQCicJa<lcs. "'lal isso não tor na 3 ><lCicdnde um fenômeno natu-
dIferente a qualquer forma de \'id3 em comum "eio a formar ~ie· ral. poi~ ela "Ao ('Slá logicamente implicita na naturcz~ do homem,
dade~, f como se, cm Me1afiSlea, d"1"'i~ ele supor que o $Ujcito é :-iio foi ~ romlitui~:Io original do homem que o obrigou a enlT3r ~m
auto-~ufic iCIl t •. tenãss cmos deduTir O obj~to a part i, ddc . O proble · um a vida ,oci~l. cuja~ C"\"JS slo ex teriore.\ á na1Ureza humana, ad-
ma ê obviamente imnlúvc I "podemn, sab er com a nt",oú"nc i. que a ventíó3' . Rousseau chcga mesmo n dizer que elas são for\Llil ~" ~ ue
SOlUÇa0 d. Rnussc~u esã roplel" de conuadiçÕl:s. "Ias esã lon!;e de poderiam muito bem não ter ()Corrido. "DepoiJ de mostrar que a~
ser ilusória. Para cnntpn.""nder O que", "'gIIe. de"ernos ter em men· ';rtudcs sociais nunca poderiam ter ~e desen"ol,~do por ~i mesmas.
te a in~Tabilidade dn equiJibrio origi".,l. Nào devemos nos ~ue<:cr que )lara i>Sl) ncçç.,ita\"am do auxilio fon"ito de lIi"ct">as cau""
que. emhora a villa ~ncial n~o c~isti<s, 1\0 começo, seus germe<'" eSlmnge ir,., que poderiam hun cu ter surgido e se m ~s q"a is o h<.lnll"Tll
t:lo prcSl"ll te •. Eles sflO embrionoirios . ma.~ se as circunstâncias [3,",>- teria permanecido et ernamente em <;Cu Citado primiti,'o. devn agora
rá"eis surgirem. nlo dcixarolo de se desem'oh'Cf. O homem ainda con$iderar c companr o. dife~nte$ acasos que trouxenm o hnmem
n~o sente a ne<;c~~idade de SI.: aperf~içoar. mu já e perfe<;li\'d. É <ua e o mundo a .eu estado atual" (segundo Di.~curs(l, Parte l. fn fi~e). A
perfectibil illad~, di7. Rou sseau, que o di.tingue do animal (.'eg undo soc:iedaele surgi u pl.'rqlle oS hom e"$ pr",isam \m. dos outrOJ. E;sa
Disem'so. Parte Tl . el. n:io ó 'orno O animal, 4 u~ é incapa~lIe mudar. a.\.SiSlencia mutua não é IlUlulvlmellle neceM:lria. Ca~a individuo pode
SU3 inleli ..ên~ia e sen~ibihd.de n~o eSlão circun.<criI3. por molde, ser aUlo-su fi tÍente. AiI"Sim. paro que a sociedade poss. s"rgir, u cir-
fixos. lia nde um elemento de instabilidade latente que pode ",r Cunstância._ ex!emaç 1I",'em aumenTa' as n",~~sidalle. do homem e.
tr37ido à tona por um nada. Parn que ele não v"rie, o ambienlç dO'"\." cOn5(Xl(icntemente. mooi fieor s,,~ naturoza.
• Mon''''Iu;,u c Rou.su" Uri •• ", <la< _i.J.d ..
"
Mas ainda hã uma outra ratio para dizer que a sociedade nlu meliffiO à dos troncos recVlte~ como Spencer, que acreditam R'Tp!'O''''
.; natural. Ela e inificial em um grau ainda mais lho. '\"ão apenas do que a sociedade se ba..eia n.a naru""a ao Qbs<:r.·af qU( o homem
essa intc«kpçndrnci •. que r: a primeira causa motora da .\-oluç10 rem um. "al:a ~impacia por seu stmdhame e que e di: scu in~l'Te';li/:
social. n~o se fund3 na nalUll'7.a human •.• omo lté mesmo quando trocar ser\'iço~ com ele!:. Senl;~nlUS dcs.c tipo podem re~nder
cxi~r~ nl0 é sulici~'I\\~ em .i nl~rna para fazer sociedades. A e.<.<a pul cun\~tos mom~"Cl\~nlV' entre indi,·idum. ma~ e\!3$ relaçõcs in·
hase <>rigiM I, que já é um pro<lUlo da am- huma"". deve-se acre~· tcrmitelll~S ç 5upcrfici~il que, eumu disse Rous~eau, carecem da
emlar algo mais. que tenha a me, ma or igem. Ato! que esse coTt,,~rcio "ligação entre a! pane~. que çon.<Ii rui o todo". n1io S"O sociedade!.
sei' regulado c urg;mi~"do de rn"ncir" de finitiva, ele não const itui Ruus.e,,,, p"rcc~\' issu. em sua v;,ilo. a wc iedade 11 .0 ~ ntldll ~
utm w.icda<lc, Carcç~ da "ligação entre as panes. que con~t itu i o niio Cur um 'u!pC unu c definidu. di,tintu de ~ua.1 paneS, Ele ufirm~
todo" (/.fallu..trilO"~ Gen~bru, ctl. Dn:yfus. "ap. 11. p, 248). Uma em outro lX)nlO quc O "corpo politiçu. ,'ist" individua lmellle. po<Ic ser
su<ic-da!k: .; uma "en!idade morol com qualidades ~Ificas distinta; cunsid~nldo um corpo vivo e organi7.ado. ""melhantc ~o do homem .
daquelas dos S\:TI..'S indi,-iduais que a rompõem. assim como os Com- O puder sobemno represent3 a c.beça. os cidadãns são O corpo e os
ponenles quimicollern pl'(Il'r;ed3des que não óc"em I qUB;S'IU~'T d,' membro.<que fV.em 3 mAquinaS(: mOver c t,..~balllar. e um ferimenlO
<e\l$ elerMnlO$. Se a agregaçãu resultante dessas vagas r(laç~s de innigido a qualquer panc [ç"a uma sensação dolorou ao cérebro li/:
fato fonnMse um corp<> <oo:;al, ha"eria uma sorte de SCl\wnu c..... u animal tiver boa saitde" ( F.C()IIomia pc/i/im). 1"OOa,"II. como ape·
mum que $Obre","cna li ~..,m;spondênáa de tOOas as JXlrtn. O bem nas O ir>oJi,·iduu'; real.., n.atural. u todu só pode ~r unI prudu~u d~
cu 1001 pubheus nao serian' a~na, a <uma 00 bem e 00 mal 'nd,,·idu· r.uãu. "O corpo poUtico e a~na.. um produto d~ ra""u" ( fragmento
ais, como em uma simplc~ a!.'"."g-rlçàu. ma. ,(,idiriam na relaçl0 que de ViSli'lçao fimdllmema/. p. 30M). 0' individuM o criam t. como
u. une . Seria maior que a ;orna. e o bem~'tar públicCl nio scria n continUlll1 a <e, o material e a sub,mnci~ d3 cunmução. ele nunca
,esultaelCl da fel icieladc dos inu ,vid uu:;. ma" ante, ,ua fonte" (IbM. p. po<Jc ~\ingir O m~smo grau de unidade e realidade de uml\ obrn da
249). Ma! {} ~imples fato dc 'I'''' u, hom ens pcrccbum ~ILC podem nal urcla : "A difcn'llç lll'ntn:" arle humana e ~ trabalho dl\ nllturcn
aJu d"r·,t entre si. de que adquiri,am o hab ilQ de la7ê· lo. mesmo) pude !er rercebida em seus deitas . O, <:idaJiios podem muilO bem
quando ~do 110 5cnlimcntu de que tOOu, t~m a lgo em comum. de di~~r que silo os memb1"O!õ do Estado, mas n~o podem uni r-~ como
que lodos pcrttnCCTn li raça humano . nàu faz com que ~ aKrurem os verdadeiros memb1"O!õ ~ unem com O corpo. E impossivel evitar
em uma individualidade moral. de um gêncro novo, çum çaníter c que cada um !enha uma c~iS1Cncia individual e dislinta e busque U~~"Cl!kr
composi~'ilo especificos. ou stja. urna <ocie<bde. ASSIm, o 'e cenn a,. suIS pról'ria.~ necessidadl:s"" (ibid.. p. 310). II.ous5uu ignorava
quc a raça human;l sugere uma ideia puramente coletiva que nlo que houvesse organi51l>m naturais cujas part~-s tm essa mesma in-
pressupõe qualquer unitn reil dos individoos quc a eompokm". dividualidade.
r:.~se notÍ\'el trechu pnwa que Ruu .. eau es!:tva "Ivamente Não apenas o COIJlO politico. ma.. também a familia. e um pro-
cun.ciente da especificidade da ordem social. Elc a cunc~bi~ cIRO!- duto da raz"o. Ede fato um !,.'lUpo nalural no ,entido de que os filhos
mente como uma ordem de fatos diferentc, em I."'ncro dos fato~ e'Lii<., ligados u seus pai~ pda nee~"idade de aUlOprcscrvação. Mas
puramente individuais. É um no,'u m unOu >ubreposto ao mundo pUni. ..,S" neeessidade dura apenas um c~rto lem ru· Uma vez que o filho e
mcnt~ psi~QI<Jl:icu . Uma concepç~o desse lilX) e mu ito ~uperior ate capa~ de cuidar de si mesmo. fica cum seus pai, apenas se desejar.
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MQ.to"lu;'" < R"""".,.u ~ d>. >Oci.d..!=
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A prim~lrI ";olação da lei da n31UTC"La levou a uma 'lt'gunda. d;f~rem~i, e () equilíbrio csli semp'" f"'t1urbado. "Há <.luis tipoll <.Ie
Quando O~ hom~'ll~ 51! tornaram desiguais. ficaram dqlcnoJ~'llln uno tkp<.."d~nela. 3 d~s CUI .... S. quc é um f~."õmcno da nalu,-"za. e a d05
dos Outros. Con<eqOen'cm<;ntc. a soci...Jadc é COmpOSlJ de mes,= c
ho"""ns. que ~ um rcn.jm~'tIQ social. A primeira não um obstâculo 1
e e5CraWIS. Os própnos me_'lres, em ceno ,.nlido, $Au cseTII"" liberdade e n10 gera "IC10~: ma. como a <egunda não tem ordem 011
daqueles que dominam. ·'\..m homem c re quç é mestre do.< OU1":I> . estabilidade, ela engendra tOO<l "óci<l; e .. ]Xlr meio dessa dcpc!ld~'O·
em oora na "crtlude ., .ja maIS <:><: 11I\'0 que eles" (Colllm/o Social I. eia que O mC St'" C O e,cr:wo se perverlem mutu3m",nlc" (EmOe.II),
I l. "A próp ria ~oTT\inul'~o é servil quand o , e ba,eia na op illi~<.l pübli·
ca ([mi/c,!!). pois ela dcl"'nd~ do, rreconccito, duque le' a q"Cr:1
°
Q uando homem depende ap ena, d. coi.' 3s. ou ,~ja, da n ~!\1rC7".
cl c ncccssariamcntc, ive Cm um cstado de equi librio c~u;\'~ 1. j~ que
go\'.m~ Cum preconceilQS. E,," jnt.. de~ndcn"," dcs sere~ huma.
,ua, nece!!idades eS!~<I em harmoni a co m seus me iM. A orrlcm é
no. ,; conrr.i.rin ~ n;\l ure7.i . Os homc"" , s,ão naruralmente indepen-
conseguida automa1icamente, O homem . efi l"o. e,lã 'e"J;ldei11l"""nl~
dentes uns dos OUlroS. ES>I: ,; <) significado da falTlO!\a declaMl~~u;
line . pois faz lodo Oque deseja porque Msej. ajl<"na.~ o que é ]'H)S.~i\'el.
"0 hnmem nasceu livre e em ,oda p.ne esta acorrrnlado·'. \;0 esta.
-U Ilomem realmente livre de.,eja ap"!l3.< o que é ]>OSS;"'el e fa7 o
do naluraL ele depende a~na. da nalu",""". do ambienre fi>lto. ou
que lhe agrada" (ibid ).
seja. de fOrÇas impessoai~ e in"ariá"eis que nAo $lo ~'Unlrolad3~ poc
A liherdack, da f<lrma como conc~be Rousselu, resulta <.Ic um
qualquer individuo, ma~ que dominam a lodos da meSma maneira.
1ipo de !l~-.;essidadc. O hum,:m c li\'TC apcr13' quando uma forç~ 5u·
A impc:rsonalidlde da$ forças Ii.icas e a regulari dade de Sul
p"nor se Impõe a ele. d6de que. roda"ia, ele aceile e.'.,a 'ujl<"rinr'da·
ação ccnameme 510. na opinião de Rou,seau. sinai~ pcl .... qual1 5e
de c ""~ su~ .ubmissilo nilo lieja obtida por m~nlira1 e arli fido. Ele e
pooc di.linguir () "u~ ç normal e fund"menrado daqui lo que é anor·
li\Te se for conlido, Porém. a energi a que o segura de"c ser real c ,,1\0
m.1 • acidcnwl . I'ara el •. o que é bom Mve ler uni certo gra" ,k
uma mCri' íic~~o ~()mo 11 d~s~n\'o l\'ida pela ci\'ihzu."o , Apenas nes·
necess ida de. 1'0' i~ sn, Urna da, razóe, pelaS 4l1.ís ele cOT1 si,k,,,
sa çoudiç.\o cl~ pode desejar ,cr dominado. E R"US'l',"U IIcrescenla'
mórb ido u alu al e'lado socia l ~ sua eXlrem. in'llllil i d~ d c, Logo " Se a~ l e i ~ da! .• oc iedade;, como as da naluren. ~c lornassem tãu
que oS h(}llIcn~ começam" Se rd ad o"a,. "",I,o<m multirl~c s de infk,i"c is que nenhuma força humana pudesse dobrá· las. a dep" n.
rela,<kS vagas e informcs que o' homens all eram e mudam cumi· dCnC1U dus homens se lomaria • dep"ndi:nc i. da< eOl<:.a5" (ibid.).
nuameme; pata cuda individuo que tenla eS1abilú;Í·las. h1 cem que r,'las se o ~.tadu civil t.1 com" é agum "iol~ a Id ilit nalureza.
se e~forÇam para deslrui·las" (MaI"«C,;lo de Gellebru, ed. Dn:yfu5. seria O mesmo em 10d0 e$l~do civil? O mal alUal cSl3ria neccssaria.
capo li. p. 247). A~scenuremos o ..guim~ trttho d~ Emile: "Tu- mente implícito em lod1 organiuç:k> social ou é, antes, Ul11 erro quc
das as coisas eSlilo mi~turadas nesta vida. Nilo pemu.necemos no pode ~:T corrigido? Seriam o estado de natureza e a ,·tda em socieda·
mesmo estado por doi~ mom~."tos con.'i.ecuti,·os. As af~iç~ "" alma de uma am i~ irredu1ivel ou ha"eria algum modo de rt=concili:i·
~ as rnooJifieaç6es do eotpu estlo em um l1u"o P"rpCluu" (11). Poi~ los?
as vontad~s dos indl"idllQ~ se movem em dife,-"mes di",~'ões e eon. Muital '·e7.e~, emprestou'''' a Rousseau a opinião de que a per·
seqUent,meme entram em ,0nl1ito. Ora uma prevalC<,:c. ora OUlra. feição era fIO.«i\'cl para OS seres humanos apenas ctn UIn eslado de
Elas Se combinnm. urna se rende à outra. ma, sernpr~ <.I~ muneiras isol"mcntQ. q ue eles estavam condenado. à corrupção e li degenera·
,
,
o Contrato Social e o
estabelecimento do corpo
político

Antes de qualquer coisa, "çj8mo~ como. i luz do que foi dito,


ROli"""au apresenta O problema.
Quando as circunsllincias q\lc impedem o homem de permane·
cer no eSlado d. natureza se desenvolvem além de um certo ponto,
das devem, para que o homem sobreviva. ser ne utralizadas por cir-
cunstâncias <;<,mmirias. UnI ~istema de cont1'1lrorÇas \leve ser e.tabele-
cido. Como essas forças nil() sao dada! no c.ltado de calUre].a. devem
Ser traz id " pelo homem. "Mas como os homens n1l0 podem gerar
nOva, formas, mas apenas uni, e dirigir as j!l ex istentes, não 10m
outro meio de se preservar alêm da formaç;\o, PIlr agrcg~çilc>. de uma
SOrna de forças grande o baswntc para superar a resistencia. Elas tem
de ,er I"><tas em jogo por um único móvel e obrigadas a agir em
conjunto. Essa .oma de forças $O) pode "~iÇer da união de muitas
peSSOll~ (COll/.-a/o Social, I, 6). Dino ad\'ém que, Uml \"et que o
estado da narurea se tome impo~sivel. uma socledad~C()nJlil,,;da é
o unire ambiente em que o homem pode ,·i\"er.
Mas oc, no processo de fonnaçlo. ~ $(X;çdadç "iol~r a natureza
do ho""'m. o mal qu.: foi evitado "ri substiruido por um outro. que
nlo ",ri menor. O holTKm \";\'eni, mas seri infeliz porque seu modo

-"-
,. ~lg~""'luo<u. Rau...,.u o r.on""o So<i.>l • o euabel""m.nlü do ""I'" poliCó<o
'"
d~ u iSlênci. tst.,. em "\ln,l,mle conflito com suaS !cndencias bá.i- força que. POT su" impçswalidade. seria idênlic •. mulOlIJ ","ral1dis.
caso E~>a nova >'ida dev~ ponanto ser organizada stm vio13r a b da às rOrÇa~ da natureza. O ambien~ soc:ial aretaria" homem social do
narure7"i. Como is.w'; p'-'"i,-d? mesmo modo como O umbiente natural afe," O homcm naturaL -Se
E~laria ROU55UU tentandc>. de Um modo n!lrnente eclético, as \~is <.Ia~ n.,ões. como as da natun:~a. puJ~s""" ser tão innexivcis
!obrell'" it C() " diç~Q prim ; ti,'~ "m~ nova condiç"o. 111" >" ,om" " que ne nhuma forca lwn", na pu de,~e dolmi-Ia s, a dcpcmlcncia dos
primeira "'nl modifld-\3" E.staria s;,nple~mcnlc i"stapondo o hu- homens se Imna,ia 1I0vllmente a dependência das coisas. To.xlas as
mcm $OCI.] a um homem nmunll que ~rmane<:( intacto" 1';;0 lhe '·anta!,,,:n~ do e'tado n.rural e do <:suwo ti"i] e'tari.m unidas lia ('C.
~receria inconSIstente. "Quem qU<:J" que KTllc Im."Sl'TI-~r os .enl!- púh::cI. A moralidade que ~e n hnmem ao planu':a ,'irtude seria
mentM narnl'3i$ na ordem so<:ial não SIIhc o "lU" quer. Scmpv: em somada à libcr<.ladc que o mamóm h .....: de vi"i.,;;·' (t:mile. li). O
contrad ;ç ~o consigo mesmo, ele nunca .. era 11m h<1rnem. nem um cio único modo de re m~inr (> mal. di z e le no me., mo trec ho. ~ armar a
dad~Q" (Em il~. (). "B\,\3, in slituiçõc~ S\)Ç iais sã" aS mu is capaze, dt lei "Com urna força superior à açAo da vuntade individua"·.
aherar 3 narurera do homem. de subU1lir.lhe "U~ C.,isICnci3 absolu- Em uma eart. 110 M"rclu~ de Mimbeau (26 de julho <.Ie 1767),
t.... e de Inmsponar O (li para a comunid3M:' de formula aquilo a que chama o grande pmhiema da poli/im: ··En-
A",im. a n3Nren e a """i~ade nln J'O'km ser rttonciliadas contrar Uma fonna de I!:0\'~mo qu~ pn!llta a lei acima do homem" .
por um. j ustapo.ição extmor. A natureza <.I.,'. ser remoou1a<.la. O he)- Ma! n10 haSta qu~ C»H força, pedra funda menla l do ~i~ tcma
mem deve muda r completamen te ~ quiser s"br.viver lO amb iente social. !oeja superiur a todos n, ind ividl>Os: d" ,Ic' ·c tambem ha.ear-se
q~ ele própri<> criou. Isso signifita qu~ (Yj atributos cancteristico. <.lo na lIa1U('C~a. ou ..,ja. ~ua $upcriorid.de nào d~,·e..,r fiteional, m.'
~ de natureza doevem s .... uan~fom\ltdos e, ao m<>smn u:mpo. mono racIonalmente justificável. o., outro moo.lo, da seria preeiria. a<;sim
tidos. ~i a iinica suluçikl c cnCQtlu'".or um meio de adaptâ·IO$ as no'<lS cumo seu. ef~ilo,. A omem "-,,,ul1ante será i"'t.i,·~1. sem a in"Hriabi-
condiço.e, d. ni~tencia <em defonni·13; em ne nhum aspecto eSSCtl- I idade e ~ nc"{;cssidade caract"i' ticas da l'r<.km natural. )\~n pnMri
cinl. e las devem assum ir uma nova fem'a .. m deixar de ser. Podom re!i~tir excetu pur uma con,h inaç~o de acideme, que podem M inr
fn~.lo apenas se u homem su<i.I. l-mbor~ profundamente dij~reme de exi~tir a qualqu~r mome."to. A meno.< que 0$ individu..,s .intam
do homem natur31, m3ntiver a mestoll n::\açjo com a S()Çi~-..Iadc que O c
que sua dl..pend~ncia da omem so<:;.1 legínma. a nrdem o;oci81 sem
homem narural rom a narurv.a lisica. Conto isso é possi,'cI? predm. A SOCIedade deve, portantu. ter principio~ ··MrivaOOs da
Se na, soci~"des atuais .. relaç6es fundamemais dn estado de nalUre7a da realidade e baseados na rnl~(>" «("ol11m/o Social. I. 4).
natureza foram perturbadas, é porqu~ a igu aldHd e primit iva foi su b.· Cumo a razão nlo pode ,lci;.:ar de .~aminar a orde m (ossim constitu i-
tiNida pnr desisualdades . rtifl".is e. como n:s ulta<.lo, us homens SI' da pelo duplo aspc<:lo ético c do inlere ....... esses pontOS de vista de-
tumaram dep:mkntn un, dos outros. Se em veZ de ser ipropriada Vem eStarem harmonia. poi. urna antmomia tomaria a Oldem «lcial
por individuos e personali:>:ada a nO'"' força ",I~ida da combinaçikt irraciunal e insti'·el. Se hnu"csse um conflito entn:: ess~, dois moli·
d~ indi viduos em socie<:i.des fosse impessoal e se, eonseqÜen!emen·
vos. MUnea seria possi\"el saber q\Ul1 p",v"Ic"{;~ria. ··Nesta pesquisa"' .
te. tr~n :;cende,.., tOO05 os indi viduos. os ho men s ~er1am todos iguais diz Ro us>c" u logo no inic i" do livru, "ftlrei O poss ivel p~ra ..empn:
em rtl~ç lo a ela. já que nenhum de les pnderia di~por dela" titula aliar o 'lI'" o direilo permite Com.., <lue .., inleresse prescreve. para
privado. Assim. eles <.IcpcrnkTiam nikl uns dos outros. ITIM de um" que ajuMiç3 c a utilidade nlo ..,jam dlvididas~ (ColJ/I"% S<x;al.

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•• Mont._"Iui.~ e K....... u o C... n',"o Soei. t < u .".btlocimc"'u <lo """po I"'lIticQ ••
'\ão aptna. a liberdade e a igualdade f011lnl p(e~fvada,: de concedido. "'Tendo n:ccbido seu qui"hlo. ele dcyc se limitar a ele"'
ceno modo, das estão aiMa mais perfcnas que no estado de nalun:- para. estar de acordo com a "ontade \;c",I (ibid,). "'E por i~so que u
UI. Em prin,dro lugar. elas estlo mais ~egura1 porque do garantida> d ireito do primeiro ocupante. que no estado de nâtureza e tão fra.co,
n10 pelo poder do individuo, mas pelas forçfts da çoklivida<Jc 'lU" n:cebt o re,peito de lodos os homens da sociedade civil. Nesse di-
"""O inromparavdmenle maiores que as de um mdi,'iduo" (I. 9). Em reito não ~itamos tanto aqUIlo que penence ao outro quanto aquilo
segundo lugar. elas tçm um çaniler I1lOIlII. No eslado nalural. a li· que não penence a nós mesmOlõ."lsso. na vtrdade, não pode bastar
berdade de cada pessoa "e limitada arenas pela força do indivi- para. instituir qualquer tipo de igualdade. Se a sociedade roMagra5Se
duo~ (I. 8). ou ~ja. a~nu pel .... ambiente matena!. Assim, f: um o direito do Jlrimeiro ocupante sem $Loordinâ-Io a qualquer re~, na
falo fisi= c n~o um di",l\o. 1\0 estado civil. ela e limitada e regida maioria dos casos ela C'Slaria simplesmente consasrando a desigual-
pela vnntade ge ra l e transformada de acordo. Em ,'C~ de Sef vi.la dade, O eXCTCicio de.<~e direito deve. ponUn!O, ~er sujeito a Certa!;
ncJusÍ,;amente como uma vantagem Individual. ela se relaciona. condições: 1) o terruório deve estar li,·,e no momento da ocupa·
interesses que tran:oçendcm O individuo. O ser colelIVo - superior a ção: 2) um indi" íduo só den OCUp.3r a terra de que precisa para
lodos os ,cru individuai,_ n~o apenu dete'mi":II3Iibcrdadc indi- sobreviver; 3) clc deve se apo~<a r dela n~o com uma c<rimónta
vidual como tambem a cuns"gra e hO'im lhe clmlunic. uma no,-. vazia, ma. com lTllbalho, Essu trk condiçocs, particul armente a
natureza_ A liberdade de um individuo~ b3 ~ia agora, não na quan_ .~gund3. protegen,,, igualdade. Se . porém, ft ;gulld~dc.~ toma um
tidade de e"e'Si .• ~isponi"d Hele. mas em S!ll! ubrigaç"o. " inda du direito. nlo . erá por vi'tude dt.~cs t re~ pri ncípios. maS essen,ia\-
cuntrdlu fundamenta l de respeitar a vontade geral. É i.'!o qu e toma mente porque a comunida<le lhe imprime e~.l e caràl~r. Não e por·
a l iber~3rle jod,,'id ual um direito. que e"aS Irt. 'egras são O que silo, T!\a~ porque ""netel11 • vontade
O mc,mo nle para a igua ldade . No e~tadn de n alUre~a. cada geral. que" d istrihu ;ção i!; LJ a\ de bens tlUC a<1ve m de I~s ó jU!tl e "
homem po •• ui O que pode , Mas css~ po»c"'é simplesmen te o efeito , i , lema assi m e<labdc.:i<lo deve ser reS]le,tado , Desse mooo . "O pac -
da força"' (ihid.). rombor. O pri vi l~.[:i o dQ primeiro O<; \J p~ntc tenh . to ru",lamental substi!<,; por umll ig LJal<lode mor.1 e leguim" " ,ksi-
uma base mmal n",,~ firme que o privilegio do mai. ti:lI1e, ele tamlXm g" . ldade fis;c~ que a naHl reza IlOderi;\ ter poSIO entre u. homens'
,. ton,a "um d1f{;ilO r~al ap<.'na. q uandu u dir~ i 10 de propr iedad o ji, (L ivro I. .ilt;ma, linha.. ),
tni esrahe l.ci<1o"' , ou leja , ~pQ' o eswb<:lcci menlo do estado Clv,1. A passasem do "tado de nawre2a pala o e~ l "Jo civ il produz
Cada membro da comunidade ~ . nt .... ga a ela com tO<l~ ~ prupric-Ja· " um~ mudança m uito nOlivel'" nu homem.l:.la ""sulta em uma tran s-
de quc possui de falU. Tod~ e,:ta propnedade junta mma-,Ie o territó- formação da urd em de fUl<J para uma ord~ln de diullu ~ no nasc i-
rio públ ,co_ A sociedade restitui ou ao menos pode re~tiruir - aO, mento da morali<ladt (I. S). As palavru. "de"er" e "dir<:ilO" não têm
cidadãos o que recebeu de~~a fonna. Mas as cin:unstându d~... sa ,~ntido MIe<; de a ";OCied~de J;C constituir. porqu~ até emlo O ho"..,m
no"3 p'"_''' <Ao bem difcn:nl~i. Os (idad~os ]Xtssam a possuir su~ ~c"n.idem,-a apenu u si me~mo". ~u pas<o que a!,'<Jra "ole s<: \"C
propriedade não mais a (irulo privado. It\a~ como "'dcpositârios do obrigado a aglf segundo OUtrO'ô princi~ios". Adnll'l dete há atgo que
bem publico". A usu'llaçlo .....<im. é lrllnsf()rmada "~m um ,,,rdadó- el e é obri~do a levar em contn (o de"er) e que """. semelbantes
ro dir~ito e O usufruto. em pmprllxla,Ic" (I, 9), pois tles ~o baseado, também silo obrigados a I",'ar em conta (o di .... ito). ",.. ,'ittudc não e
na obrigaçio de cada indl"íduo de se comentar COm O que lhe é m ais que a confurmidade da "Of1tade panlcular i geral" (f:ronomia
-
'M :-Iontuq"i,". Ruu ...." __ ___,O~c'O'"~",.,Q Soci.1 < o e,,,,',,,I,,,i~,.,,,o do ''''I''' f"'liu," '"
('Qliuú.)." Ma~ ~ria Um erro $6-io intC'P"'!Mr ~~s~ !L"Oria tomo s~ que n~o '10 outro? A rn(~o é que a. condiç<k. mor1l.;~ sob as quai.
da impl;e~"e moral se bMsci~ na maIor força malerial re.,ul-
que li. ~ Ia ocorre n10 .10 sen'pre as m~nla •. :-:0 primeiro taso. é i"ju,!Q
tante <la combin~çâo das força. indi\"iduais. Esse J!<XIer coen:i'"(I. porque põe o hom~m wb a de~ndência de um ú"ico individuo. o
5ml du,·ida. é imponantc: ele !:'Il1In!e o~ d,reilos que pas.<am a c~is_ que ~ apropria fonre de toda Imoralidade. No !õegundo. ela o çoloça
tir Cftm o estado civil. mas nl0 (K tria. A vonlade !,'\:ral Ik,'c ser sob a autoridade de uma força geral e imp<.... soa.l que Cl gO"ema c.
r~~it1dll., oão porque é mais fone m,n porque egCI1I1. Pura quc haja sem ~uzir,ua libcrdade.o II"3ll,fonna~m um ser moral. A naIUR".:a
justiça entre os indi,·iduos. dc\"C 1Ia'-cr 811:0 eXlerior a eles, um.ser do. limil~-s aos quais ele é sujeitO apenas p,a.<..<;ou de física a moraL A
S!li g"",:rú, que age como árbitro e detcrmina o dircllo. Esse ~Igo t: o objeção surge a1't"3S porque OI Crilicos de RouSSCIU nao conse~:ui·
ser social. que nào deve SUl supremacia mo",l io sua supremacia fi,i· 111m ~rt:ehrr a vaMa diCcn:nça. do ponto de '-;fla moral. entre a ,·on·
ea. mas ;i <Ull. na!Urc~a, que é superior à do. ind,~íduos_ Ele Im' li. tade ~eral e a individual.
autoridade necesS;;ri. para regular 05 I111C,,",SSCI pn"ados porque esta
acima ddc§. PQ1" n;lo adolar "aMido na causa. Assim. li. ordem moral
lranscende o individuo: ela niW cxi>te na natUreza material Ou i!mOle'
rial. ma. de,'c ser inlrOOuzida. rorém. ela exige uma base em um ser
e. como não M um .er na nalu,.",-.:a que lalisf~ça a. condiçi)çs nce~S'
saria>. e~.sc sCr deve ~CT triado. Trala-.<e do COrpo so<;i~1. 1:::m OUlra,
pa lavms. a morol não der iva analit;ca",~n l c dos fato •. rara que as
relaç6es dc f~ lo 'iC IQm~m morai,. ela. rlc"cm s~r consagrad a, por
" ma alllo,idade que nao l>ertcT1 ca "oS flllos. A ordem mor~l de ,"e .er
somada a eles sintelicamente. r 3ra efetuar essa cunc.~"o SI ntét ica ~
necessár ia uma 110,'3 fu!"<,:" : ~ ' "ali/Clde geral.
PorUlnto. oi bem injusto qu~ cerlOS eTillco. lenllAm aws .du
Rou;;seal, de c\lnl",d izeT a .i me.mo ao condenar. por um lado. 3
aheMçAo da lioc"lade mdiv idual em bcncfici<J UC um déspota c, por
oUlro. ao fau. dessa abdica.~o a base de .I eu .i"ema. '!uando rei",
~m fa"or ,h comunidade. Se (, i",orill ~'m um caso. di7cm cles. por

!l. A<>comp''''' ~ ~"'ci.iI ...."" <M«bldo. aa ." • .., d< ... un: .... Ilo-.......u
cu.\" ... \.. ,tog<n< 11<1 pri~ ...... "qUO """.r""".,.,
um a" ,.".1 ÇfOSOciro < <""podo
"'" um homem. ",n _ ;n1.h~." (IbM.). :>0 ...... "~ 'm:~". no " .."lodo. <I<
d«.uc . . . ."""".,.... f.";hd>de COm o;u< ...,., ... """ ~ """""'podo . o """"""
a "''''' ,;'_Jo ;nferior à.\Ia .. r~'" n<ig""'1. M<> .... "",m <I • • r""",,,
.tof3.1o
<;UC 1 hurn""-.,.... """,MIo.,..,...
o!:I pala" .. i"""'""""",,,,,,, J. so,,,<d><k • 'l""
o <>Udo "",ia! ~" ma" 1'0',•• 1(>.....".,." irof<hzmc:me • ,.... """"''''' St"jl 6<m>-
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do. ~sforçns de Rou,>c"" pa""~ ""bn'p<Jr um ao O"lrO. hã apena, adequada a ~.<'<l fuoçlr:>, que cxige um homem ~'Om uma compr.en·
uma dif~TC""a de ponto de vista ent~ o arbitro e as parte.l. elll~ Q s.ln profUnda do cora~ik> humano e que. ao mesmo tempo. ~eja ,uli_
cmpo da .<neiedadc c a mas ... d~ inoJi,·iduos. c i~ntem~ nle impe.<'«Ial para clc,·ar.jc 3CIIlllt das paixões humana.~ ~
Di5s0 resultam diversas conseqOencias: I l a lei, ComO a \"Qntadc interesses individuai •. Uma pessoa desse tipo ~ pode ser um "scr
geral que e~pressa. não pode ler ObJ~10 tndivtdual. Ela pode Cnar ntraordlnâno··. uma e~pt!<:ie ele dcU5. que Rou!óiCau postula. por as·
privi I~gios. ma.~ nlo confer;·IO$ a algu(:m em particular. Isso c o con~ sim diz". cumo a condiçto neces$ãria para J boa 1~I.';sjaçiio. embora
lr:iiriO do que WSlrnta'·. Hobbes: MAs lei~ ~ felta.~ para TitO C Caio, não csteja seguro de que ts:sa condição sempre ~Ieja pl"<'sent~. Ms.".
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e não para O corpo do Es!ado (De Cil"t. XII). A rado dessa diferen· ria pl"<'c!'" d~u'CS para dar leis _1.l)m~ns.~
çacque llobbe$ admitia uma cla,...~ linha de dcmareação enO"e I aul.,. A dificuldade se dc... e nllo apenas ao fato de que essa missão
ridad~ 50brrana ( ~ mullid.» do~ !!Ildi!O$. Os pri~iros. ~linrn,,"a. t1am exi!,... um gênio eXlTlIordinarin. ma.~ tambo!rn à anlinomia em que
externos aos ,;himo~ e impunham sua '"Qnlade a cada individuo. A implica. Pois para fazer I~is é pre.:iro de,naturar a natureU humana,
3tividad~ do sobcrallQ, assim. diri\:ltl-K Iltt=riament~ a uma p~<' tran,fonnar O t<><kt em partC, o individuo em cidadão {lI. 7). Que
soa ou pc"",,,s ~ituad~s foro de!'Sa at;\"idad~. Pari Rousscau. cmb<>n! poden:s lem o legislador para realizar uma Luefa 110 laboriosa? 1\'e·
em um ,~ntido 3 autoridade so\>cm,,,, trnnS\:cmJa inlinitam.nte lodo.' ohum. E I~ nAo pode ler uma fOrÇa erC!i,'~ pan. n.:a li:.rnr sua. ideias.
e
os irnliv;,Juo~, nilo mais que um a~pecto deles. QU3"00 cI~ 1C/;i.l. p<Jis. se tin~. liçaria no lugar da aUlOridade ~berana. Os homem
sobre el~" esta Icgi.la "oo para $; mC'1mll ~ O) puder legi,lat;vo qu~ seriam governado. ro' Um individuo. Por mais Si;bi;1 que uma vontade
exe rc~ "residc" neles . 2) Pc1a meSma razào. I le i deve emanar <lo irxlividua\ posSOl ser. "Ia n~o pode substituir a vo ntade geral. .. Aquok
todos. Ela f~ÚIIC "3 universalidade d~ vonlade com a un;ver,al idad~ que oomand aa< l ej~ nlodcvc cO)m~ndilros homens." J::le sópodc pro·
do objeto" . O 'I ue é on.knado por yt11 homem nl0 e Uma le i, mas um por. Apenas o P'!" Q deCIde. "Assim. na ohm da leg islaç.\o, CTl""ntra ,
decre1o. lLm aln executivo e não 11m aIO de S<.>b\:mni a . 3) Como e o mos dua. coi" , que p~rcce1H incompativeis: umu emprellada acima
corpo da n "ç ~o que l eg i ~13 por si meSmo. ~ I~i noO) pude , er inj usta da força humana e. pa ra exec "I;\· I ~, 111M al' l()fid,lrJc que n1l0 é autor;·
po i, '; " ing "ém é inj Ll :;lo çon ~i go me~tno" (11. 6). O geral c O crMrio d~de" (ibid.) . Ne sse caso. como e le lxx1e !e til~er oh-eclecer' É p",.:iso
do JUsto . Pc r <ua naruren. O S~r.tl v~i 110 encontro do geral. Silo o, I~mbmr que quando ck ~mprc~n dc U lu.. fa ainda nào ha co,tu rn c,
m"sim ado. que re,vet1e ,n RleI p<Jnl IIC ~~o st:us intemled; ario~ in dl' socia is e;tabclec idus para Cadlitã-la. MuitO) prova,"elmertte el. n ~o será
vid uais (v~'T a 9' Carla da '\!nttla"I,a). comp .... ndido. ·'Para que U"1 povo jov~m possa prov"r os ,adios prin-
Ma, n [IOvo >oÔnr.u nilo é competente para fazer a lei Embora cipias da p<Jlitica. Oefeito lena de 5e tornar a causa e osloQtI\ÇI>s tc!i~m
d e ",mrl"<' deseje o bem, nem Sempre sabe o que ele e. Precio;.a d~ de ser amei da lei o que de"cm tomar-se graça~ a ~Ia" libido l.
algucm par.! c,dam:ê·lo. J::ua é a funçlC1 do lesi.l~dor. Historicamenle. o.' l~li~ladorci ,6 ultníp~ssaram ~SiIS dificul·
É surpr(cndeme ver que RousS<.:llu d~ lanta imponâ!lCia ao le- dade, aI) re\'Cltir um ca,...';t~'T [l;hgl0S0. Aos olhos da naçl0, a.~ leis do
Ei.lador, que é neecssari~mente um indIviduo. Pa"",~ haver 11m3 Estado adquiriam ass'm I me.<nta aUloridade da~ leIS da naluren.j;i
cun'radi~ão ':1111"<' fazer de um individuo I rontc da ki quando o ,ndi· qu~ ambas tinham • m~ma nrigem. Os homens ~e IOcltna\"am a elas.
víduo foi 3p1"<',entado como a fon~ da imontlidJdc:. Itous.eau tem Mreconbecendn O mesmo poder na formação do homem e na da cida-
cul1<citocia di ..... Re.:Ol1h.:cc que a natureza humaOll em si nlo é d~" (11, 7). Assim. quando as naç06 ,e fonnam. a I"<'lig,lo de,'c <cr·
vir como ··in.<tl1Jmento Mda política (ib,d. . ult imas hnllas). TOOavia.
'" ~!~"'<"I""'" ' 1'1.0"""" n. lo; om ,'''I , >1

Rou<.,~au n10 qucr di,~r Com;'>\I 'Iu~. p~rn Cundm uma soci..dad~. 3, A naç;\o d~,·t "golar de P.11 c ~b\lnd;jncia" no momento em qu<o
b,,-,,,, que se 'açam o, OniCU!05 C313rem a coisa ceru, Um respeito ~ instituíd.>. pois esse ê um TT1Qml.'nIO Ik crise em que o C()1'[lO pol;I;"-u "c
relig;iDSO deve ser in'11051O. a!U~s de lUOO. pela própria pe"OlI do m~Tlos capat de ofere.:er re<1,~"cõa c ,n~is rli<:il de des!ruir- (11. 10).
legislador. pelo (!~"Tlio penoul que nele fala. ·'A grande alma dô le· A,,-,im, segundo Rousscau. u mstilu,çlo d.> legislação c urna
gislador ~ o unico milagre que pOde 1'1"(I"ar sua nussJo.- Tal'cl isso obra delicada. complicada. irdu:. e de SUCCSSQ ;n....<:no. ~ preciso que,
nus ajude a enlender porque Rnu.<seau não considera essas 3]X1K-U· por um acidl"Tlte [diz e Imp""'i<l\"el, 5ulja um Icg,~lador par.! gu,ar o
ses lmalmeme impo~$i,cis. m'..,mo no fUluro. povo. Comn ,·inl(l$. csses indi"iduos 510 pouco~ e e,pal"SO'l; .p"'''-
!Tolas há OUlrm pre-requisuos pam a boa kgis!açiiu. Nàc basla ~'t-"TTl qua", que I'or milagre. A nação dc'c 1l'T alingido o I!rau e~~lQ
que um legi.lador Ruie a 3U,",dade ColC1i"a aplicada ao rol"]Xl da na· dl' maluridade e nln de"c ser mU;lo grande. em oulr:lS palavras, p"'.
ç~o. Delerminad05 condiçOe,lambém de,",~m exi.,ir no 1'0"0: dsa ler chegado ~ condiç}o interna convenienlC. SI: alb'Uru; desses
I. Uma "u que a oarun::~a humuna se lha. ela nào pode mai5 e
rcquisno. não for cumprido. o rcsuhudo o fracas<o. f.~$3. concep.
ser mod,ficada. A InIn .• formaçAo profunda que Q kb>islador dne 0Jl<'" ção é urna conseqO~nd3 lógica da, pn."TTlissus de Rousseau e ao mes.
rar pre«uJ'ÕC que o hom<.."TTl alOda eSlel1 m.le:11'el. Ponanto . .«'> ~ mu ,empo explica ~c" pessimismo hi~l"'rico. Emb<>r. não seja
possi,'d no caso de po'·o, aindJjoven< e Ii'·re. de prcconccil<>s.l\·l., ne<:e,>ari.mente comrári. i naturen, ~ SlJÇicd~dc n30 surge Mia
tamhem seria um Cm) H."TlWr ena tr.m,formaçAo premaruramcntc. naturalmenle. O dc,cn"oJ\'imento de ~mente$ que, l"TTlbum pre,en·
Um P<>lO d~"TT1l'siado jo\'em n/lr! e<tã prnmo pam. a ,lis.:;plin;, cape· les , '"O in[,nm'mente afa<tadas do aIO" a uCSl.'ubena de uma 1",m3
nas uma orMm e~ tema pnrleria ~"r ;"'1"'.1;0" ele, Assim. hâ um mo· de d..envoll·imc llto apropriadil " ela •. mos que nlo em,·e em wnílüo
me",,, criliw que de\'e ~er aproveitado a t1tes '\I'~ P",K l\'. "cnbdc, com a, tomU ';nci a.< nlai! M!iea, do homem nat "rJI. n1l0 pode de i~ar <l~
.s re.'oluç<'>t' p<l<Iem. A< V~~C$. úe"QIl'cr 11 p l astidd~de à substãnc ia s~r "ma 0l,"raç~o muito uifki I. htabe leeer um equilibrio ", I,;\'cI t n·
socia l ao destruir comp letamente o, a ntigo< moldes, Mas cs.". cri· \rC fol'Ç"' q ll ~ nllo f 0'11"' const iluid~s "~liIro l mcnle de moo<"l a t",mar
<es s.,I LJ t~res srio rJrns e. It l~n1 di!!o. para ~wn ~fet i "a$ n,10podC!1l \l!1I 1000 '''l~mi, tjço. fn,e·lo !em "iol~ncia. m"U"r O homem c "O
ocorrer rlem .. iadn tM'lc ,,~ hiltun;t da m\\·~o. pois uma nJ. que a< m~,m n le ml'O n::spC;lar itl;t nalureza. ê. de falO. Ll!"~ lard" 4L1 c pod.
fOf\~> soc ",,,,, lenham perdido <\Ia le"s1\o. \Jt1la vc, 'I"""" mola "",'i! cxçeder em muilO a! fo rça\ I"",wn;t" Rou~senu não lem 1)<)' q,,~ sc
CS1CjJ gas~1 '", "S ",volta< podem deSlmi, o qt>C c,iSlin sem . ub.litui·lo. ''''l'reender com n peque"o " limero de caso! em que (a le Ll "cr) a
2. A naç~o de>'e t"r um l~m3nho noml3 1. N10 pode ser dem"· b~manid"dc ,~. apro.~ i mou de<.... ideal.
,,"do :;rnnde. poi. care.:er;a da homo~encidadc sem a qual não pode
ha"~"T "o",ude gemI. TamMm n~o de,·c ser lilu pt:quena a pontO de
não poder .e !\\3r\lcr. Ma~ u lamanho exce.~i,·o e o perigo maior.
poi, an'~'S de ludo O ma1S impon3111e ~ Uma 00a e~lnllum interna.
que nãu podc exi~l;t se O E~l~do fore.~ce~s,vamente extenso. Nada
tci de surpr«ndenlc nc~SII ub~el"\·açao. Todo OCOntrai" S<x:ial f~,''''
..,cc o C.<Iabcle.:im<."TlIO de uma pequena !õOCiedade $e8"ndo o mOO,,·
lo da anlipl cidad~-eS1ado da Rcpublica de Genebra.
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~f,nidos ~ princípios, pan:c~ haver nada mai.\ I d~du zir continuamente O po"o paro tratar de negócios públicO$. 3) Alem
deles, c:<c~:o que "o governo democr:iiticu con'-em aos pequeno5 diS$O. a democruei. p,""SSU]1Õt eondi,oc$ quase imposs"·ei •. um
E.\(ad~. () govem<J ari~!oçnit;co ao~ de l"rn~nh(} métli" e a monar- Esta do pequeno ,m que tOdo~ se conh~ccm. em que haja igualdade
"Iuia aos grandd', ti Q Que di>: Rousse'lU (ibid,). ma, ele oih, se limita qUI." absol uta C em que a moralidade seja elevada. porque" baiu
a •.<sas C<)nclus6es. Em '·udilóso. pmpõe'$<! a COmp'lrdI os diversos atividade da vontade geral facilita o apIIrttimento de disuirbio!i.
gO"'~rTlQs pa", determinar qual (} melhor. Aliâs. nlo há contradição Rous.<eau diz. como Monte$([uieu. que seu principio ê a '·'rtude. maS
no problema q\JC "pre~"ta. Cada !ipodc g",-emo pO<le ,er o 1\\clhor ~m sua opini lo isS<) i; jyst ~mcnt. o que a toma i mpr~ti d.\"e l (i Nd. ).
para um modo de e:<istência em panie "lar. Kousscau .,Iá lo nge de Pur uzões opostas, a mona rquia lhe parece upior rcsime,jâ que em
admim que uma unica ronna pode Sl:r apropriada a lodos os pai.-es_ nenllum oulroo individuo lem mais poder. O gO"emo monarquico ê
Nu Li,TO m. capo H, ele prova expl'C$S3Jl1eme (} ~vntr3rio (lIue nem forte porque tcm,. menoTn dlmcnsõe~ ross"·eis. l'udc facilmente
toda forma de gove rno'; apropria<.la para todos os pais<:s) . Ma~ por fru~tur a vunlade geral. Entre eSSeS eXt ",mo' e'li a aristoc racia,
"ulro lado, c»es d ilercnlcs lipos de governe) ,,~u satisfazem ig ual- que tende '0 idul democral i,o, mas ê mais facil de reali'!.r. Por
mente 1.< cundiçoo ideais da on1cm social. Quunto mais perfeIta- aristocIllcia cie se rdere I uma sociedade em qu e o go,·crno ~ for-
mente O reino ~uJcü\'o ",n~{e (emllora em forma 100almen1~ no'·~) mado por uma minori3 CS/.:olhida pela idade ~ pela e~periencia. ou
a, c~",cterí<ti, as e5se nciai, do rei~o n",mal . mai, p"rfeiUl scrá ~ e
por eLcição. El e ainda distingue. verdade. um terceiro "p" de aristo ·
ordem social. ()~ di ver~o.' t iros de gon"'o ~ I endem a ",se req uisito cncia. em que us funçõ~s de go"emo s~u hcrc~itár i a~ . mas a consi·
bà.<ico o.Ic diferent,-s maneiras. Dadas ~ leis que relacionam a na"'_ dera uma fonna 8normal e a,nd3 inferior it monarquia.
",za de um gO"emo ~ n~tureJa da soçied~dc. podemos coloçar a Embora, comparação de Rouss~au não deixe de se inspirar
q ue.<t~o da 5eguint~ man . ira: Quais ~n o~ limites "orm ai s da soc i ~­ cm Momesquieu. , ua:> N",lus3e, são bem difereme' da~ tirndas
dade [la ra que ela scju a imag~m mú' liel po.>.,lvel - crnoo ra mtn,_ por seu p .. dece ~or, que preferia aquilu II yuc chamava mon",~ u;a ,
fonrn1da - do C5tado de natureza'! A ra,"o para e~sa dife,~n~a rcsid~ ~m uma concepçllo di"e"'" de
Os principius de Rousseau pafttem penniti, apenas uma r~­ socicd3d~. \iome.quieu conçcbia a sociedlde cuja unulade nlio aI"'-
polIa : e na dcmocra,ia que a vomad<: geral <lornina as "onlades indi· n a~ nào exc\uio O p'rt;culammo dos inteTeS5eS individuais . tomo já <l
vid uais dn "'000 mais sa nsfatório. A democ l"Oci~. ponanlO. é a 1"0"" " supunha e resultava de i•. PJra d~. a h~ rrno "i a ,,,,, inl resul1a,'a da
idea l de j,,,,,·emo. cssc tamllem é o ponto de vista de Rousscau. divi<ão M funçiX!; e do serviço mútuO. Havi~ cios dilel05 entn: os
°
embora ideal lhe pareça humanamente inalingh·el. -Se lIou"cssc indl\'lduo. ~ a eocsio do todo era aJKna~ uma ",sultame de todas a~
um po\'n de deuses, $Cu go\"erno scri~ democt"dtico. Um gu vemo 1"0 afin idades individuais. M<lmer.quieu ach a'ou que tS!<o1 comunidade era
p"rfcito n.'lo con"ém aos hume"s" (111. 4). I) N~o I; aconselhá"el bem representada rela sociednde med ieval fr~ nce,". complementa-
que a "ontade ger~l ~ja arli~ada regul"nnente 3 c~ws individu aIS: d~ pelos inst;luiçOes ingltsas. Kousscau, por outro !3dn. ac,editava
~ssa pritica podena l~"ar a confu sôes anonn~i5 e rerib"05aJ. 2) O que 3 "on\aM indi~idual ê 1I0stil a "ontadc comum. "10m um perfeito
ex erçido do poder exc<:uti,'o e contínuo e nào e possi,'c! reunir ato de logish,çi\o. a vontade individua l ou p3r1icular dC\'~ $("r nula"' (111 .
0 .. 1••• p<>\;';<..I, em p • .-ti,~I" 11]
ou ~!OO'".!9.U;<~ • Rou .... u

2). Os elos "OH..: individuo> devem ser redu~;d()!; I um mlnimo. "A por Rou...."'au ao pOr a "ri.locracia acima M lodos oS OUtro , tipos de
n:lação $IX;al (de que tratam as leis) C a do,; membms l-nl'" si UII I>"vrnlO.
,om o corpo inte iro; e •.,sa rclaçào deve ser, 00 pri mei ro cn<o. 1"0 O go"cmo é UOl elemento tIo ndvemido na orucnl socia l que
pequena_ e 11<) . .gundo tão grunde quanto 1'0.'\5i>'<:1. Cada cidadJo ao> socicd3d~ só morrem por serem go\"crnadas. O s<>v~mo é ~eu
seria então ~eitamen le inrll'1l<:ndentc de todos o~ outro. e no mes- elemrnlo <:orropl;~el c cOO"Ul'tor. Em "irtudc de sua nalureza. eI~
mo tempo muito depcndetM da cidade" (11, 12). Pois ~ deS$;l man oi · '"f"~ um c.f",ço com inu<1 cont", • sober"ni,," (lII. 10). Como não h3
rll que a sociedade Imitara melhor o estado de nalUn:ll em que o oUlTll vontade iOO1";dual for1e O ba~lante pala oonllllbalanç"T n do
individuo nilo tem 18ç05 com Qutro; ç d(~nde _penas de uma f~a principe e como K"ontadç geral sofre de uma fraqueza con.lituçÍo-
geral, a natureza. hsa coc:óào i! possjve l apeno! em uma nação que nal. O poder govern amenta l. c~du Q U ludc, fic ará por c ima . E S!>a é a
se estenda por uma irca 11110 muito :uandc. em que a sacicd.de nlin8 do ~lad<1 ~iaL "Eis a fa lluoln\-n:ntc e InO!"\'ilã"~1 que . desde o
esteja prosen!e por toda parte e em que AS çondi çôc , d. e.~;st"nçia n",cimento do oorro polltico. ,.nde inc cs,~mC!!!Cnle a M ,trul·lo·'
sejorn muito .<tmclhames para todo •. Em uma Il"'nde nação. por (lII. \ O), a (a"-<.l ilnica da dClenorJ~~o b'''Hlual que nece~",ri .mente
outrO lado. I di\-ersidade de gIlIfIOS multiplica as rendendo", mdividu- cauSlI sua morte. E"e e;!ado mDrbido pode se ..",li1.ar ~ duas rruI-
a1i1W5 . Cad n pesso a t~n de a pçrsegui r seus it\tc1\:~se' partic ulares c. "e i ra~. Ou. ,em qu"lq uer n\uJa nç,l na' condi,õe' gerni~ do 1O'lI1do,
conseqil~n!~'"!TIeIlIe. a unidade poJirica só po<k >erm.unida com um !,'<>- o governo tica mais conCl"Tllr1ldo C adquire a~~im uma força que n:lo
'~mo tão fone que subslilua a \·<)I1.OOe geral e degcn~..., em um de-;po- t~m relaç~o <:<Jm MS dimCMI\e" da ~iedad~. ou ~nt~o o h'O'emo.
li!.lTlO (11. 9). O meSlTlO ,""Ie para;, exd~o ,k grupo~ "",,u1\<.hirio,. como um corvo. tI'urv" O poM r $Clhe rano. ou o' m"g iSlrad os. ~omo
Toda essa leoria de go,'ema se b.ltscia em Uma comrndição. ind,,·iduos. usurpam Q poder que deveriam txcrcCJ 3p1."TlaS oomo CM-
Dado ,eu pri nc ipio fundam~ntal . ){ou ~,;c~u pode ~çe itar apeno' uma po. No primeiro t!I:;<l. o' ínt\llo orgãn ico ~ntre o go,'emo c u 1'0"0 (;
sociedade em que a vonrade geral seja ~ ~enhora ab,olul!l. Toda· rompido: a ""ociaçã",.; dcsim.gl1l e nada re~ t" alem de um miclro
via. embora ~ "omade io\"~mamental SI.:jl Individual, ela «"fIrescnla comll'»IO do. membTO'!l do f,.'ownlQ. El~s con~tituem. então. por si
um p"pel e$senci al no lO'tado . Nn \'erd.de. "0 g"vem o (exi~!e) ap<:' mesmo s. um tipo de h l"do. ma S Um [,ladQ cujo imin r~ l al' ào com
nas por meio do subeTlloo" (111. 10); "~ua força e a"..na~ 3 força a "",ssa de individuos ~ I de mestr~ t e",r~'·o. Puj~
uma v~1 que °
Pllblica ooncentrnda em SWJ~ ml<>s"" (ibid.). Em prineiplo, ~Ie ,b'e aC<lrdo ê qo<:bl1loo. a oheditnc II dos ,o.idtlOS >Ó pode $er manuda
apen as obedecer. Não obS lan t~. uma vel c'!ab~lccido. ~ c~pnz de p~l a forçn. No ,eg undo caso, o f."ado se de.imegra pon l"c l~rlI
uma ação própria. PreCisa de "um eu panieular. uma sensibilidade cO- muitos líderes ,orno go,"em3me~ e porque a di"isão do l,'O,,,,,""o nt-
mum a >cus membros, Uma força, uma "on\Hde própria que l\"llda 3. ces",rinntemc ,;<; comunica ao EI1.3do. E"e ! egundo upo d~ delin-
cOIlSl:rl"açâo" (ibid. ). Euma ameaça cunsta ,,!e, mas é indi.pellS<Í,·el. lC~'TI1~â(> naSCO da subst ituição da vontade gcrn I do cot!><> neCUll" O
As.<lm. há um~ lrnd~ncla a rnIuri-loao mínIma c~o m.-smo !enlpo ° °
pela H\fI1.3de pessoal de c~d~ ma ..~>lrndo. assim tomO primelN lipo
>cntimento de sua neces, i ~a<I •. l~so exp lica a soluç!o m~dia a,lomda re s\ll\ ., do ~ubSli\Uição da vontade ge ral do corpo po lí\lco pela \"onlJ -
d~ gcral 00 corpo gov~mame nUl I (lbid.).
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profundas dif.Tt11Ç3~ 0<;> mOl.lu tOrnO o, ui~ IiIÓWlfos tontebnn o sistema, Ao passo qu~. como mostr~mos. a vida ~ocill para
rei"", que o homem .CT..-;centa ao n:"tante do Uni,~TW . Rou=au nlo ê conu-ária ~ ordem natural. ela tem IAO pouco ~m
Sq:undo o ponto de ,-i!!i' de 1!obb." a orden' so"i~1 e g"rada cumllm com a nntureza que po<kmus no~ pergunta r como ela é
[>Or um a!o de vomade ~ ., ustentad a por Um I\to de \"(mtadc 41!e de\'c po.,;v-eL Roussca u diz, ~m I\ lgum lu gar. que <) res~c itO pc la It utori ,
\',:r conSl.nt~rnCnte renovado, A~ 5OCico1"de~ se formam porquc os dade do l.-gi.lador pressupõe um ceno espirito "",ial. .\-las sua ohsocro
ho:nn~ns SI: subntct(Om \Oolunt:lri3m~nt~ a um rob.:rano absoluto parn ,'açAo 51: "plica ainda mai. ao eSlab~l~cimcn!o de uma 5OCiedad~_
.,'ilar os oorrur~s do c,tado de ~U~"d ~ são mantid" porque U SQhe. Se. toda,, ;•. uma soc iedade Cor Cormada pnr indi ,-iduo, isolado., no
,"no e,oi w q u~ se dls .• olvarn. t ck quem faz l I\-t. ~ " submi,.';\o dos c~\ado "tômicc . nào se p~r'I:~bc dc undc di\ pode \"ir. T31\'el, Se
homens it '-ontadc de seu sob.rnnu ê n que conslitui o vínculo $oci.L Roos>cau admitir-se um cstado de guCfrJ cOmO o de llobbes, pu·
Ele de\'e SCr o~ecido porque comanda. Se aCenam sua dq>endC" - désscmo~ cnlcndn pnr que. com o 1110 d~ acabar com ele. os ho-
cia . .<.em duxid". i pnrqu~ julgam pro"cuo.<o fiIIé·lo . ma.< isSQ oão mens.e organ'7aran\ cm um ('ofP'O echegaram m~mo 30 ponto de
c.• plica tod o, os (lctalhe, da org~ ntnç:!o ,oc ial. Uma "e~ que o 1;.ta- remode la, sua l1a!l.l r.n original. wb \ ele nilo poM leva r adiantc
do te nh~ <ido estabelec ido. {: o chefe de Estado quem foz. a ki. sem e.«s c~pjjcação purqu~, • seu \'Cf. o . <Iado de guerra é um T<:5 ulta-
aceitar comrol~ $Obre ,",u poder. A ";<lio d~ ),100lesquicu era b~'TO do da ",da rn1 comum. E a....~im como elc noo consegu~ e~plicar por
diferente. Embora 3p<.'T\aS um legi.lador poSSa estabelecer a Id. de qu( 3 vida SQ<;1~1. mesmO (m sua< formas hi5tóricas imperf~i!3S.
não pode promulgar qu.lq.,,'r lei q lle lhe a~'t"de. Uma I~i aprop6ada põd~ surgir, tem grand , dificuldade p~r" mostrar comO ela poderia
deve estõ!f de acordo 'Om a "'''!rela das co i~:u. f"n1n 'I"anto po •• i- livrar.,e de ~ua5 ;mpcr[ci~i)es e S~ ~st lbelecer sohre uma bas ~
vcL u boa ki n~o n;~ulta de açl,,"rb'trári~o ma~ i: dN.rminadJ ]1Cla, lógica, s.,us ~lic(rce' na nature~~ das coisas r.ãn liI.o insti\'eis que
condiç~ dominantes oa sociedade. E5, e pode n~o SCr o el"O, ma, ela al'-''''cc como lima estrutura cambaleant~, cujo dclict.do equili·
ent~o a lei s~Tá anormal. Ro,", seJu Wk C7 seja amda mai, categ66co bno pode ser e~tahelecjdo t mantido apenu por uma conjunção
,nhre (os.e pomo. O si Slema social b.1>eia-,., em Ull1" han uoniu ohjc - q u~" mimculo!a de cireu n st;\ nc;~:;.
!lVD de in l e ressc~. no c'lndo da opini~o plib[j~a. nos modos c nos
costume.'. As leis nece.<.... riamentc c:<pressam e'SI: ~"Stado de coi;<l'.
A \'ontade 1;.,,-al não pode S~r repn:,entada pot um Ind;viduo, poi,
ela trnn>cen<"k " \,,,I)tltd~ in,j;ndual. As du," sào inCO mjW ;Hi, c
Uma n ~o pod e ,ub.tituir a outra. O suhslmto nalural da ,-,pin,ão pu-
blica el'li no todo e noo em urna part~ _A i"t~nçlo de Rous>cau n:lo ~
tanto armaro soberano d~ um poder CO<.oci,-o su fkicnle para >operar
" resi . ti!n,; •. qua ntOmo ldar o ~spir,\o dM hume n< d~ tal mooo que"
resiste".i" não ocorr.!..
Embora "" trê1< pcnsadon:s concord~n , 'Iue O.oocial c O mdi,-;.
dual ~~o hel~rog~ne-o~. ob'~n-al11O$ um ~.forço crC<ccm~ l'i'r.t enrai.
,ar O ser >oe;a l ,,~ nator""a, \h, ê ai <lu" r-e!idc o pomo fraco do
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