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PREGAGENS

Marta Dias
2130089@my.ipleiria.pt

1 RESUMO 42 As características de um dado solo podem ser melhoradas


2 43 de dois modos distintos [1]:
3 Este documento pretende demonstrar a influência da 44 a) Alterando alguma ou algumas das propriedades
4 solução de reforço em estudo aplicada a taludes bem como 45 intrínsecas do solo;
5 a sua importância como método de reforço. 46 b) Introduzindo determinados elementos resistentes
6 São abordadas as características gerais inerentes às 47 que, dadas as suas características, tornam possível
7 pregagens e as suas fases de construção consoante o 48 que o maciço suporte solicitações às quais por si
8 método execução. 49 só não está habilitado a resistir.
9 Por fim é descrita a análise de estabilidade,
10 nomeadamente, os seus mecanismos de rotura. 50 As pregagens inserem-se no segundo tipo de
11
51 melhoramento visto tratarem-se de elementos físicos
52 resistentes, que por sua vez podem ser ativas, no caso de
12 PALAVRAS-CHAVE
13
53 serem pré-esforçadas para mobilizar uma resistência
14 Ancoragens, passivas, pregagens. 54 adicional imediatamente na sua aplicação, ou passivas,
15
55 ancoragens estas que só serão solicitadas após
56 deformações/movimentações de terras.
16 ABSTRACT
57
17
18 This document aims to demonstrate the influence of soil 58 2 PREGAGENS
59
19 nail walls applied to slopes and its importance as a
20 strengthening method. 60 As pregagens apresentam-se como uma solução passiva e,
21 It addresses the general characteristics of the nail walls 61 tal como o próprio nome sugere, consiste numa solução
22 and its construction phases depending on the 62 com vista a unir a massa de solo entre o paramento de
23 implementation method are addressed. 63 betão projetado e a cunha de rotura com o restante talude,
24 Finally, the stability analysis and their failure mechanisms 64 não sendo mobilizadas instantaneamente na sua aplicação.
25 is described. 65 Esta solução pode ser utilizada numa vasta tipicidade de
26
66 solos permitindo que as zonas reforçadas se comportem
67 como materiais coerentes à medida do aumento da
27 KEYWORDS
28
68 resistência e a redução da deformabilidade da massa de
29 Ground anchors, passive anchors, soil nailing. 69 solo reforçada.
30
70 O reforço com recurso a pregagens torna-se uma solução
71 bastante viável dado que é realizada in situ com uma
31 1 INTRODUÇÃO
32
72 execução relativamente rápida, características estas de
33 As construções humanas são, na sua maioria, executadas 73 elevada importância nos dias que correm. Apesar das
34 sobre ou no interior dos maciços geológicos naturais [1]. 74 várias vantagens que esta apresenta face a outras soluções
35 As necessidades impostas pelo desenvolvimento 75 de reforço, também possui as suas desvantagens,
36 económico e urbano levaram a que novas técnicas fossem 76 nomeadamente, sendo uma solução passiva nem sempre é
37 desenvolvidas de modo a assegurar o seu adequado 77 mobilizada a sua totalidade da capacidade resistente
38 funcionamento e respetiva segurança. Desse modo surge a 78 admissível, ao contrário das ancoragens ativas e é
39 necessidade da melhoramento dos solos com vista a evitar 79 fortemente influenciada pelo nível freático em areias
40 deslizamentos de massas de solo, fenómeno este que pode 80 soltas por ser suscetível a instabilidades com graves
41 tomar proporções deveras devastadoras em certos casos. 81 consequências.

–1–
Pregagens
Marta Dias

1 Ao contrário das soluções tradicionais que se destinam a 52 2.1.3 Centralizadores / Espaçadores


2 conter o solo atrás do paramento, as pregagens destinam- 53
3 se a solidarizar o solo contido evitando um sistema de 54 Os espaçadores (Fig. 3) garantem o recobrimento mínimo
4 suporte do mesmo, tornando-o assim num bloco quase 55 para a armadura. Estes elementos em PVC são usualmente
5 monolítico de material com uma capacidade resistente 56 usados em varões GEWI (Fig. 4).
6 acrescida, capaz de suportar não só o seu peso próprio mas 57
7 também algumas solicitações que sejam impostas à
8 estrutura [1].
9
10
11 2.1 Materiais Utilizados nas Pregagens
12 58
59 Figura 3 – Centralizador / Espaçador “clássico [3]
13 A capacidade resistente das pregagens é afetada pelos 60
14 materiais nelas usadas. Seguidamente, serão descritos 61
15 alguns materiais aplicados neste tipo de estruturas [2]:
16
17 2.1.1. Varões de Aço
18
19 O aço a aplicar numa pregagem não é só aplicado aos
20 varões correntes (Fig. 1-a), podendo ser escolhido um
21 sistema de varões GEWI (Fig. 1-b), composto por barras e 62
22 componentes de alta capacidade com uma rosca por toda a 63 Figura 4 – Varão GEWI com espaçador [2]
23 sua extensão. 64
24 65 2.1.4 Cimento
25 66
67 A calda para fazer as injeções das pregagens deve possuir
68 um cimento com boa trabalhabilidade e um baixo calor de
69 hidratação.
70
71
72 2.1.5 Superplastificante
73
74 Estas caldas podem ser aplicados adjuvantes que tragam
26 75 vantagens a nível da resistência mecânica final do betão,
27 Figura 1 – a) Varões de aço corrente; b) varões GEWI [2]
28
76 diminuição da permeabilidade e aumento da durabilidade.
77
29 A escolha pelo sistema GEWI torna-se vantajosa pelo
30 aumento da capacidade resistente que proporciona às 78 2.1.6 Malhasol
79
31 pregagens e pela facilidade de manobra em zonas de
32 difícil acesso. 80 As redes electrossoldadas são usadas como elemento de
33
81 resistência à tração nos taludes.
82
34 2.1.2 Tubo de Selagem
35
83 2.1.7 Tubos de Drenagem
84
36 O tubo de selagem (Fig. 2), é num tubo em PVC com uma
37 resistência na ordem dos 0.6 a 0.8 MPa e um diâmetro 85 Estes tubos tem como principal função, a drenagem da
38 superior a 16 mm. O tubo de selagem ajuda a centralizar a 86 água existente no maciço de modo a evitar pressões
39 armadura dentro do furo. Este tudo é usado para injetar a 87 neutras que diminuem a capacidade resistente do solo, e
40 calda de cimento a partir do fundo do furoe fazendo com 88 consequentemente à diminuição de tensões efetivas. Em
41 que a selagem seja feita de baixo para cima mantendo-se 89 solos em que as partículas possuem menores dimensões,
42 sempre a extremidade inferior do tubo submersa [3]. 90 torna-se necessário o uso de uma manta geotêxtil de
43
91 forma, a não existir arrastamento das partículas finas.
92
44
93 2.2 Fase de Execução
94
95 A execução de pregagens pressupõe várias fases de
96 construção, seguindo por norma a seguinte ordem de
45 97 trabalhos [1]:
46 Figura 2 – Tubo de selagem colocado em espiral na armadura [3] 98 a) Escavação, vertical ou aproximadamente vertical,
47
99 do talude a reforçar por camadas, sendo a
48 100 espessura destas dependentes das características do
49 101 solo e das armaduras utilizadas.
50
51

–2–
Pregagens
Marta Dias

1 b) Projeção do paramento com betão reforçado com 33 sejam adicionados dispositivos que possibilitem a selagem
2 malha de aço com uma espessura entre 5 a 10cm 34 das armaduras com calda de cimento [4].
3 em estruturas de cariz temporário e entre 15 a 35
4 25cm em estruturas definitivas, com vista não só à 36 2.2.2 Furação e selagem
5 estabilização local do solo mas também devido a 37
6 atuar como proteção do maciço face à ação 38 Em grande parte dos casos de reforços com pregagens está
7 degradante dos agentes atmosféricos a que este 39 envolvida a execução de um pré-furo para que sejam
8 está sujeito. 40 introduzidas as armaduras e posteriormente seladas. Este
9 c) Instalação das armaduras destinadas às pregagens, 41 processo compreende uma furação por trado contínuo para
10 quer seja: através da furação do maciço com 42 remover os resíduos de solo à medida que vai rodando.
11 introdução de um varão em aço ou em fibras e 43 Em situações que envolvam solos de maior densidade é
12 posteriormente injetado com calda de cimento; ou 44 utilizada a rotopercussão que consiste na rotação associada
13 com recurso à simples cravação de elementos 45 a uma percussão por martelos de superfície ou de fundo.
14 resistentes tais como perfis de aço. 46
15 Após ter sido realizado o procedimento acima descrito
16 para a primeira camada, torna-se a realizar outra
17 escavação para outro nível de pregagens, repetindo assim
18 as três fases até se perfazer todos os níveis idealizados de
19 pregagens como demonstrado pela 5.
20

47
48 Figura 6 - Furação por rotação com trado contínuo

49

50 Terminada a furação, procede-se à colocação armaduras


51 com centralizadores para, tal como o nome indica, ser
52 garantido o recobrimento da mesma pela calda a injetar.
53 No caso de o ambiente em que as pregagens se inserem ser
54 muito agressivo, é aconselhado a colocação de um tubo
55 corrugado como proteção adicional aos reforços.
56 Após todo este processo é então executada a selagem do
57 furo, por meio de [4]:
58  selagem gravítica – verte-se a calda continuamente
59 com um tubo de injeção, que escoa graviticamente
60 para dentro do furo;
61  injeção a baixa pressão – consiste em injetar a
62 calda no furo a uma pressão de cerca de 0,20 MPa,
63 quandose pretende um furo de melhor qualidade,
64 mais rapidamente e com uma distribuição de calda
65 mais uniforme;
66  sistemas de reinjeção sob alta pressão – realizado
21 67 após a presa, entre 5 e 24 depois do
22 Figura 5 – Fases de construção de pregagens [4] 68 preenchimento do furo, quando se pretende um
23 69 aumento do valor da resistência lateral última
70 através da expansão do diâmetro da furação.
24 2.2.1 Cravação de pregagens 71
25
72
26 A cravação de pregagens é feita diretamente no solo
73 3 DIMENSIONAMENTO
27 através de percussão, vibração ou propulsão por ar
74
28 comprimido. Promove assim um adensamento do solo
75 O projeto geotécnico de soluções de estabilização através
29 circundante o que traduz num aumento direto da sua
76 de pregagens engloba cinco elementos necessários ao
30 capacidade resistente, porém a superfície da armadura fica
77 mesmo, tais como os estudos de caracterização
31 em contacto com o solo o que provocará uma diminuição
78 preliminares para o dimensionamento, estratigrafia do
32 da resistência lateral na interface solo-pregagem caso não
79 terreno e condições do nível freático na zona,
80 comportamento do solo através do estudo quer seja ele em

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Pregagens
Marta Dias

1 laboratório ou in situ, os princípios da mecânica dos solos


2 nos quais são baseados a modelação e análise de
3 estabilidade do projeto, e por fim a experiência do
4 projetista [4].
5
6 3.1 Normas relevantes
7
8 De entre as normas aplicáveis ao problema em análise
9 destacam-se as seguintes:
59
10 a) Eurocódigo 7 (EC 7) Projecto geotécnico. Parte 1: 60 Figura 7 – Mecanismos de rotura externos [4]
11 Regras gerais (NP EN 1997-1, 2010)
12 b) nrEN 14490:2010 Execution of special
13 geotechnical works – Soil nailing (EN 14490,
14 2010)
15 c) Geoguide 7 - Guide to soil nail design and
16 construction (GEO, 2008);
17
18 3.2 Análise de estabilidade
19
20 Na análise de estabilidade de um talude reforçado através
21 de pregagens é necessário considerar vários mecanismos
22 distintos de colapso da estrutura para ações superiores ao
23 valor de cálculo da resistência do conjunto solo-pregagem
24 ou de outro elemento estrutural. Estes mecanismos
25 dividem-se em dois tipos distintos [4]:
26  Mecanismos de rotura externos, provocados pelo
27 desenvolvimento de potenciais superfícies de
28 rotura fora da massa de solo, sendo eles:
29  Perda de estabilidade global (Figura 7
30 (a));
31  Rotura por deslizamento (Figura 7
32 (b));
33  Rotura da fundação e rotura por
34 rotação ( Figura 7 (c)).
61
35  Mecanismos de rotura internos, associados a 62 Figura 8 - Mecanismos de rotura internos [4]
36 roturas dentro da massa de solo reforçada em
63
37 que as potenciais superfícies de rotura
38 intersetam as pregagens, como por exemplo [4]: 64 Para a determinação da resistência unitária da interface
39  Arrancamento das pregagens por 65 mobilizável é necessária a realização de ensaios de
40 rotura da interface solo- 66 arrancamento prévios, de modo a validar os valores
41 pregagem/armadura-calda (Figura 8 67 pressupostos em fase de anteprojeto [3].
42 (a) e (b)); 68 A capacidade resistente de uma pregagem (P) é calculada
43  Rotura estrutural das pregagens por 69 através da seguinte expressão [3]:
44 esforços de tração, corte e flexão 70 Equation Chapter 3 Section 2
71
45 (Figura 8 (c) e (d));
46  Rotura estrutural do revestimento por 72 P  qs    D  Ls (3.2.1)
47 flexão ou punçoamento (Figura 8 (e));
48  Rotura estrutural da placa de apoio por 73
49 punçoamento ou insuficiência de
50 capacidade resistente relativamente às 74 onde:
75
51 tensões aplicadas (Figura 8 (f));
 Rotura do terreno em torno das corresponde ao atrito unitário no contacto maciço-
52 qs bolbo
53 pregagens/ sob a cabeça da pregagem
54 (Figura 8 (g) e (h)); D corresponde ao diâmetro da furação
55  Rotura do revestimento e/ou do solo Ls corresponde ao comprimento da selagem
56 entre as cabeças das pregagens (Figura
76
57 8 (i)).
77
58
78
79

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Pregagens
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1 4. CONCLUSÕES 49
2
50
3 Após a análise da temática em estudo, conclui-se que as
4 pregagens, como solução passiva, desempenham um papel 51
5 de elevada importância na estabilização de estruturas de
6 suporte e contenção de terras, quer sejam elas muros, 52

7 túneis ou taludes. 53
8 Constatou-se também que a análise de estabilidade
9 apresenta-se como um estudo com um maior grau de 54
10 complexidade devido ao elevado número de modelos de
55
11 rotura a que o conjunto está sujeito.
12 Verificou-se ainda a existência de uma vasta quantidade 56
13 de estudos sobre pregagens, o que contribui diretamente
57
14 para análises cada vez mais seguras e, sobretudo, com
15 maior precisão. 58
16
17 5. REFERÊNCIAS 59

18

19 1. Cardoso, A. - A Técnica das Pregagens em Solos


20 Aplicada em Escavações, Universidade do Porto,
21 1987, pp 1-537.

22 2. Alves, H. – Análise da Resistência ao Arranque em


23 Pregagens Instrumentadas, Dissertação de Mestrado,
24 FEUP, 2012, pp 1-233.
25

26 3. Gomes, S. – Análise do Comportamento de Pregagens


27 Seladas Diferenciadamente Através de Ensaios em
28 Protótipos, Dissertação de Mestrado, FEUP, 2011, pp
29 1-193.
30

31 4. Santos, G. - Soluções de Pregagens para a


32 Estabilização de Taludes: uma Contribuição para o seu
33 Dimensionamento, Universidade Nova de Lisboa,
34 2014, pp 1-172.

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DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE

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