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Trabalho Individual
Agosto de 2017
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................ 3
4. Referências bibliográficas................................................................................................. 16
5. Anexo 1 .............................................................................................................................. 18
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1. Introdução
Nos dias atuais cresce a importância do Direito do Trabalho, diante das imensas
modificações que ocorrem nas relações entre capital e trabalho, sobretudo como
resultado da globalização económica. É, portanto, fundamental conhecer as tendências
do Direito do Trabalho no mundo e em Cabo Verde.
As organizações devem primar pela melhoria de seus produtos e serviços e, para isto,
carecem da colaboração de seus colaboradores, os quais precisam sentir-se motivados e
com condições seguras e agradáveis de trabalho para que possam contribuir para o bom
desenvolvimento, rendimento e satisfação dos clientes.
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2. Referencial Teórico
2.1.História do Direito do Trabalho
O mesmo autor relata sobre os fatores económicos, sociais e políticos que deflagraram o
surgimento do direito do trabalho como ramo específico do direito privado. Pode ser
referido como fator económico o advento do trabalho humano, alheio, produtivo e livre
mas subordinado que caracterizou o emprego industrial; o fator social mais relevante
terá sido a concentração urbana que propiciou a organização das profissões e viabilizou
assim os movimentos obreiros reivindicatórios; os fatores políticos a serem ressaltados
são decerto a liberdade de exercer qualquer profissão ou mesmo do sistema corporativo,
bem assim as ações coletivas que se desencadearam a partir do ambiente de empresa e
geraram não apenas a normatização das condições de trabalho sem a colaboração do
Estado, mas também o modelo de democracia social que se contraporia à solução de
força preconizada por Marx para a conquista de uma sociedade menos desigual. Cabe
destrinçar cada um desses fatos determinantes para o nascimento e consolidação do
direito laboral.
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2.2. Conceitos
Férias do ponto de vista etimológico, a palavra feria procede do latín (feria, feriae;
utiliza-se principalmente em plural: feriae, feriarum).É o período de descanso anual, que
deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja,
por um período de 12 meses (Oromendíaet, al.;2013).
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2.3. Saúde, higiene e segurança no trabalho
Parte dos acidentes de trabalho acontece por causa da má integração entre o homem, a
tarefa e o seu ambiente de trabalho. Portanto, é fundamental uma boa adequação do
ambiente para a execução das tarefas, o seguimento das normas de segurança e o
planeamento das instalações onde serão desenvolvidos os trabalhos e sua organização,
pois além de agilizar os serviços, tem como objetivo evitar riscos para os trabalhadores,
fomentando a necessidade da higiene e segurança no trabalho.
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Características degradadas do ambiente de trabalho, como a presença de agentes
potencialmente causadores de acidentes, equipamentos mal projetados ou em precário
estado de conservação ou layout (arranjo físico) mal definido.
(Idem)
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2.4. Leis relacionados a saúde, higiene e segurança no trabalho
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“Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive à
limitação razoável das horas de trabalho e a férias
remuneradas periódicas” (NAÇÕES UNIDAS, 1948 apud
Cardoso, 2015).
Todo ser vivente manifesta, de forma natural, sua predisposição ao descanso. Constata
se que nenhum animal pode ser sujeitado a uma atividade contínua e prolongada sem
que isso o leve a algum tipo de fadiga ou stress. Como mecanismo natural de defesa,
reagirá buscando seu direito de recompor suas energias. Assim, o descanso, além de
prevenir a fadiga, é para o homem direito de proteção à vida e elemento de inserção
social; é elemento essencial de seu legítimo direito de viver livremente, de acordo com
seu projeto de vida. O descanso, nesse sentido, visa a proteger o ser humano em sua
plenitude para seu pleno desenvolvimento como ser social. Por isso, protege sua vida,
sua saúde, seu projeto de vida e suas relações (Cardoso, 2015).
De acordo com o mesmo autor a evolução social fez com que o apelo religioso cedesse
espaço, no campo normativo, para erigir um novo fundamento para justificação do
repouso semanal, notadamente após a Revolução Industrial: o biológico, o social e o
económico. O biológico, com o objetivo de eliminar a fadiga física; o social, para
propiciar melhor convívio familiar, além de outras atividades recreativas; e o
económico, para equilibrar o desemprego e aumentar a produção.
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2.6. Secção IV Do direito ao repouso
1.Os trabalhadores contratados por tempo indeterminado têm direito, por cada ano de
serviço prestado, a um período de férias de 22 dias úteis.
2. Aplica-se igualmente aos trabalhadores contratados por tempo determinado desde que
a duração do contrato, inicialmente estabelecido ou resultante de renovação, não seja
inferior a um ano.
3. Nos contratos com prazo inferior a um ano os trabalhadores têm direito a um período
de férias proporcional à duração do contrato.
2. No entanto, o trabalhador pode substituir até metade do período de férias a que tiver
direito em abono pecuniário no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes, mediante acordo do empregador.
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Artigo 55º -Retribuição durante as férias
2. As férias podem ser gozadas em dois períodos interpolados, mediante acordo das
partes.
3. As férias podem ser acumuladas até ao máximo de 44 dias úteis, mediante acordo
entre as partes ou quando a aplicação da regra estabelecido no nº l causar grave prejuízo
à empresa ou ao trabalhador e desde que, no primeiro caso, este dê o seu acordo.
1. A marcação do período de férias deve ser feita por mútuo acordo entre o empregador
e o trabalhador.
Obs: Até 31 de Janeiro de cada ano devem indicar o período do ano em que preferem
gozar férias.
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Artigo 59º -Alteração do período de férias
1. O período de férias fixado nos termos do artigo anterior é inalterável, salvo por
razões atendíveis ligadas ao trabalhador ou por exigência imperiosa de funcionamento
da empresa, observando-se, em qualquer dos casos, o disposto nos números seguintes.
1.As férias interrompem-se por doença do trabalhador com incapacidade para o trabalho
superior a 5 dias, comprovada mediante atestado médico, desde que o empregador seja
informado do facto dentro de 5 dias seguintes, prosseguindo o respetivo gozo após o
termo da situação de doença, nos termos em que as partes acordarem, ou, na falta de
acordo, logo após a cessação do impedimento.
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Artigo 62º Retribuição de férias por cessação de contrato
1. O trabalhador a quem não for facultado o exercício do direito a férias fora dos
casos previstos neste Código comunica o facto à Direcção-Geral do Trabalho,
que ordena o efetivo gozo, no período fixado no mapa de férias ou, na falta ou
impossibilidade deste, no período desejado pelo trabalhador.
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b)Do pessoal dos serviços de limpeza ou encarregado de outros trabalhos preparatórios
e complementares que devam necessariamente ser efetuados no dia de descanso dos
restantes trabalhadores;
1. O período normal de trabalho não pode ser superior a oito horas por dia e
quarenta e quatro horas por semana.
2. Nas transações, operações e serviços que não possam ser transferidos para o dia
seguinte o empregador deve criar condições de atendimento ao público por
forma a garantir que o trabalhador não cumpra para além do período normal do
trabalho.
3. Os dias de ausência por doença, bem como os dias de licença por maternidade
são considerados com base no correspondente período normal de trabalho.
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2.7.Importância dos Recursos Humano e o direito no trabalho
Por outro lado, área de Recursos Humanos tem a capacidade para participar na definição
estratégica da organização, gerir talentos, gerir desempenhos, criar políticas de
desenvolvimento e de melhoria de processos, criar claramente um vetor com peso na
participação do caminho e dos objetivos organizacionais (Moita, 2013).
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3. Conclusão
Em suma é necessário fazer uma reflexão, sobre a origem do trabalho humano para
demonstrar que de sua evolução decorre a necessidade do descanso como direito
natural, e que essa mesma evolução o desprende de sua origem etimológica para alçá-lo
como elemento da dignidade humana.
As leis laborais devem ser respeitadas, visando sempre obedecer ao patamar mínimo
civilizatório de cada ser humano. Enfim foi gratificante trabalhar esses dois temas (o
direito ao repouso diário, semanal e anual e o direito a saúde, higiene e segurança no
trabalho), poder aprofundar o conhecimento sobre os temas tratados.
4. Referências bibliográficas
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4. Delgado, M.G. Jornada de trabalho e descansos trabalhistas. 3. ed. São Paulo:
LTr, 2003. p. 117
5. I SÉRIE- Nº 37 SUP.« B.O »DA REPÚBLICA DE CABO VERDE-16 DE
OUTUBRO DE 2007.
6. I SÉRIE- Nº 6 «B.O» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE-3 DE FEVEREIRO
DE 2016.
7. (Legislação Cabo Verdiana Para o Sector Da Saúde, 2010)
8. Ministério da Qualificação e Emprego – Estudo-Diagnóstico sobre o Mercado de
Emprego em Cabo Verde, 2008. Disponível em
https://www.governo.cv/documents/estudo_sobre_mercado_de_emprego.pdf
9. Moita; R. M. C. 2013. A Gestão De Recursos Humanos E O Desempenho
Individual: Mediação Pelo Compromisso Afectivo. Dissertação (Mestre em
Gestão dos Recursos Humanos). Universidade Europeia. Laureate International
Universities
10. Oromendía, R. A.; Martínez.M A.; Crespo. G.D; Historia, definición y
legislación de las ferias comerciales.AJEE, XLVI (2013) 449-466/ISSN 1133-
3677. Disponível em:https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/4183934.pdf
11. Peixoto,H. N.; Ferreira, S.LHigiene OcupacionalI.© Colégio Técnico Industrial
de Santa Maria, 2012. Disponível
emestudio01.proj.ufsm.br/cadernos.../higiene_ocupacional_1.pdf
12. Pontes, C. M. (2008). O novo papel da liderança nas organizações. Fortaleza:
Universidade Estadual Vale do Acaraú. Disponível em: portais.tjce.jus.br/esmec/wp-
content/uploads/2014/12/Célia-Maria-Pontes.pdf
13. Souza, A.R. Principais Objetivos da Higiene e Segurança no Trabalho. Curso de
Ciências Contábeis (Coordenador) - UniFOA. Disponível em:
www.riosulnet.globo.com/web/conteudo/7_289054.asp
14. Teixeira, G. M.; Bastos N.C. P. S.; Oliveira, G. A. Gestão Estratégica de Pessoas.
Rio de Janeiro: FGV, 2005
Sites:
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5. Anexo 1
Cabo Verde
Cabo Verde é um pequeno país insular, formado por dez ilhas, nove das quais habitadas,
situam-se a cerca de 455 km da costa ocidental africana. As ilhas, divididas em dois
grupos: Barlavento no norte e Sotavento no Sul, são diferenciadas em termos de
superfície, condições climatéricas, geográficas e, como a consequência de todos estes
fatores, em número de habitantes e na situação sócio-económica (Carreira, 2000).
Em 2008, Cabo Verde saiu do grupo dos Países menos avançados e integrou o grupo
dos Países de Desenvolvimento Médio. Atualmente Cabo Verde ocupa o 138º lugar,
com o índice de desenvolvimento humano estimado em 0,568 e com o crescimento
durante a última década de 0,75%. Um pouco antes, no mesmo ano de 2008, o país
concluiu o processo de adesão à Organização Mundial de Comércio (OMC). “Cabo
Verde foi o primeiro país africano e o terceiro ainda na qualidade de País Menos
Avançado a aderir à Organização Mundial do Comércio pela via negocial”, tirando
desta adesão várias vantagens, entre as quais: expansão do ambiente de negócios,
criação de um ambiente de negócios seguro e estável, acesso aos mercados de bens e
serviços dos 152 membros da OMC, com maior segurança e com regras iguais para
todos, a liberalização do mercado (Idem).
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encontra-se mais jovens nomeio rural (61%) do que no meio urbano (57%). As
mulheres constituem cerca de 51% da população residente. A população
economicamente ativa é dos 15-64 anos.
A nível nacional, cerca de 40% dos ocupados são trabalhadores não qualificados. A
grande maioria da mão-de-obra com maior nível de qualificação, ou seja, dos
trabalhadores que exercem profissões mais qualificadas, está em Santiago, São Vicente
e Sal.
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