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EB 2/3 D.

ANTÓNIO FERREIRA GOMES Classificação

Nome:__________________________________

Número:__ Turma:__ Assinatura do Encarregado de educação:_________________________

GRUPO I – LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Mestre Finezas

Agora entro, sento-me de perna cruzada, puxo um cigarro, e à pergunta de sempre


respondo soprando o fumo:
- Só a barba.
Ora é de há pouco este meu à-vontade diante do mestre Ilídio Finezas.
Lembro-me muito bem de como tudo se passava. Minha mãe tinha que fingir-se zangada.
Eu saía de casa, rente à parede, sentindo que aquilo era pior que ir para a escola.
Mestre Finezas puxava um banquinho para o meio da loja e enrolava-me numa enorme
toalha. Só me ficava a cabeça de fora.
Como o tempo corria devagar!
A tesoura tinia e cortava junto das minhas orelhas. Eu não podia mexer-me, não podia
bocejar sequer. -«Está quieto, menino» - repetia mestre Finezas segurando-me a cabeça entre as
pontas duras dos dedos: - «Assim, quieto!» - Os pedacitos de cabelo espalhados pelo pescoço,
pela cara, faziam comichão e não me era permitido coçar. Por entre as madeixas caídas para os
olhos via-lhe, no espelho, as pernas esguias, o carão severo de magro, o corpo alto curvado. Via-
lhe os braços compridos, arqueados como duas garras sobre a minha cabeça. Lembrava uma
aranha.
E eu – sumido na toalha, tolhido numa posição tão incómoda que todo o corpo me doía –
- era para ali uma pobre criatura indefesa nas mãos de mestre Ilídio Finezas.
Nesse tempo tinha-lhe medo. Medo e admiração. O medo resultava do que acabo de
contar. A admiração vinha das récitas dos amadores dramáticos da vila.
(…)
Manuel da Fonseca, «Mestre Finezas» in Aldeia Nova

Vocabulário Arqueados: encurvados


Rente: junto, perto Sumido: encoberto
Tinia: vibrava, soava Tolhido: impedido, paralisado
Esguias: magras Récitas: representações

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1. Toda a acção do texto se desenvolve à volta de momentos que correspondem a
diferentes fases da vida das duas personagens.
1.1. De que personagens se tratam?
1.2. Quais as fases da vida de cada uma delas referidas no texto?

2. Que motivos tinha o narrador para considerar que ir ao barbeiro era «pior que ir à
escola»?

3. Retira do texto as características físicas de Ilídio Finezas, não esquecendo de pôr em


evidência aquelas que se alteram com a passagem do tempo.

4. Enumera as principais diferenças no enquadramento social da personagem Mestre


Finezas no presente.

5. Indica os espaços físicos onde decorre a acção durante a infância do narrador.

6. O conto constrói-se sobre a alternância temporal. Justifica esta afirmação dando


exemplos de expressões que introduzem essa alternância.

7. Classifica o narrador relativamente à sua presença e à sua posição face ao que conta.
Justifica a tua resposta, usando expressões do texto.

8. De entre as afirmações que se seguem, distingue as verdadeiras das falsas:


a) Quando era criança, o narrador tinha medo de cortar o cabelo, porque o Mestre Finezas
lhe batia com os dedos na cabeça.
b) Porém, o narrador admirava o Mestre Finezas por ele o levar ao teatro todas as noites.
c) Já adulto, o narrador, ao reencontrar o barbeiro, sente por ele uma grande ternura.
d) Nas suas confidências ao narrador, Mestre Finezas considera que a arte origina
momentos de beleza inesquecíveis.
e) No final do texto, o narrador explica ao velho homem que ele está prestes a morrer.

8.1. Relê as afirmações falsas e corrige-as.

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GRUPO II – ESTRUTURA DA LÍNGUA PORTUGUESA

1. Classifica de forma correcta os determinantes/pronomes sublinhados nas frases que se


seguem:

a) Este livro não me agrada.


b) Ninguém disse isso!

2. Classifica, de forma completa, os advérbios sublinhados nas frases que se seguem:


a) Deixei o elástico talvez no quarto.
b) Certamente irei tirar boa nota neste teste!
c) Vais tão depressa!

3. Transforma para a voz passiva as frases que se seguem:


a) Os poetas escreveram lindas obras.
b) Manuel da Fonseca já tinha escrito outros contos.

4. Divide e classifica as orações nas expressões que se seguem:


a) Por mais que dance, piso-lhe sempre os pés. – iniciar antes por “apesar de..”
b) Quando puder, faço-te uma visita.
c) Ele disse que vinha hoje.

5. Identifica e classifica as funções sintácticas nas frases que se seguem:


a) Este livro é um policial.
b) Eu disse-lhe isso!
c) Alguém considerou o rapaz o grande herói do dia.

6. Na tua folha de teste, faz corresponder cada fragmento textual enumerado na coluna da
esquerda ao modo de apresentação do discurso da coluna do lado direito.

1.– Que autoridade tem você para falar? Quem lhe a)Discurso indirecto
encomendou o sermão? – resmungava o pobre homem.
- Homem! – clamava o Silvestre, de mão pacífica
no ar. - Calma aí!

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2. Ele disse a Silvestre para que deixasse de ser b)Discurso directo
orgulhoso, mas Silvestre insistiu e ficou ali. Mas era um
frangote! E o Sr. Mateus ? Um Culturista!

3. Ele perguntou ao Silvestre que autoridade tinha ele para


falar e quem lhe encomendara o sermão. c)Discurso indirecto livre

7. Classifica os complementos circunstanciais presentes nas frases seguintes:


a) O vento sossegou ao entardecer.
b) Falou alto para todos ouvirem!
c) Corou de vergonha.

GRUPO III – EXPRESSÃO ESCRITA

“(…) a arte é a coisa mais bela da vida.”


A música, a pintura, a poesia, o teatro, o cinema são formas de arte que dão beleza e
sentido ao nosso quotidiano. Apoiando-te na tua cultura geral e em vivências pessoais, escreve
um texto de opinião em que mostres a importância que a arte tem na vida das pessoas e na
transformação da sociedade. Podes referir as tuas experiências nesses domínios ou alguma outra
que conheças.
Escreve um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras. Deves organizar as ideias
de forma coerente e expressá-las de forma correcta.

FACTORES DE DESVALORIZAÇÃO
Má apresentação; caligrafia incompreensível; desrespeito pelas regras de uso de maiúsculas e minúsculas; uso de
abreviaturas, esquemas e tinta correctora; erros ortográficos.

Bom trabalho!

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