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Glossário:
Cannabis: gênero de algumas plantas.
Antiepilético: Medicamento que combate a epilepsia.
Sedativos: droga capaz de diminuir a atividade cerebral minimizando os sintomas de ansiedade.
Antipisicóticos: drogas que afetam a atividade das células nervosas.
Falando francamente sobre drogas
Argumentos contra a legalização da Maconha
Consideramos importante esta atual abordagem sobre o controvertido tema da maconha porque
ainda persiste no mundo médico-científico uma divergência grande de opiniões, talvez por ignorarem os
danos psico-neuro-sociais em toda a sua abrangência. Graças aos avanços recentes dos recursos é que se
podem esclarecer todas estas dúvidas que rondam o meio médico e, consequentemente, a população leiga.
A maconha é única do ponto de vista farmacológico. Não se assemelha a nenhuma outra droga conhecida.
Suas ações clínicas são únicas, assim como as sustâncias químicas que contém em sua estrutura molecular
(WEIL, 1986). A Cannabis sativa é a maconha cultivada no Hemisfério Ocidental, enquanto que a Cannabis
indica é a maconha cultivada no hemisfério Oriental (SEYMOUR e SMITH, 1987).
Ao contrário do que se pensa a planta não é brasileira. Na realidade, foi trazida pelos escravos
africanos da África Ocidental, que era lá usada para fins intoxicantes. Porém, a África já havia recebido a
planta da Ásia, onde nasce espontaneamente ao pé das montanhas além do lago Baikal. Um imperador
chinês de 2.200 a.C. já descreveu o uso da maconha (LEAVITT, 1995).
Os chineses reconheceram as propriedades psicoativas potentes da maconha há 4000 anos atrás, mas
a sociedade Ocidental reconheceu suas propriedades intoxicantes apenas no século XIX, quando as tropas
de Napoleão III retornaram à França com haxixe Egípcio. Um membro da Comissão de Ciências e Artes
reportou em 1810 que a maconha cultivada no Egito era realmente intoxicante e narcótica (BEAR et aI.,
2007). A maconha foi descrita por vários pesquisadores como a droga 'que é a "porta de entrada"; um estudo
relata que 98% dos usuários da cocaína começaram com a maconha. Mas, apesar disso, existem lugares
onde a maconha é permitida como medicamento o que faz com que a percepção de que a maconha é
perigosa deixe de existir. À medida que a percepção do perigo da droga cai, seu uso sobe (AMEN,2000)..A
planta maconha sintetiza pelo menos 400 substâncias químicas. é única, diferindo tanto da estrutura dos
sedativos quanto da dos psicodélicos.
Composição:
A maconha é constituída por 421 substâncias.
Estatísticas:
A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo e o número de usuários vem crescendo a
cada ano. Em 10 anos (1991 a 2001) houve um aumento de 5,4% do número de usuários nos EUA e também
do teor de THC na maconha - 2,1%.
O uso na vida aumenta a cada ano, com início aos 12 (1%) e pico aos 19 (18%). Aos 25 anos esta
frequência cai para 8 % e chega novamente em 1% entre 50 e 54 anos. 4 milhões de usuários jovens entre
18 e 24 anos (14%) são usuários frequentes, a maioria homens (17%) seguido das mulheres (11%).
22% dos adultos jovens desempregados são usuários, sendo menor este uso por aqueles que estão
empregados (13%) e também entre aqueles que trabalham meio período (15%).
Segundo pesquisa realizada com alunos do Ensino Médio e Fundamental, da rede pública de ensino,
pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID (1997) a maconha é a
droga ilícita mais usada no Brasil.
No levantamento de 1997, as capitais que apresentaram maior consumo foram Curitiba (11,9%) e
Porto Alegre (14,4%). Constatou-se que 7,6% dos estudantes relataram já ter experimentado maconha uma
vez na vida. No estudo realizado por Saibro e Ramos (2003), com 1586 estudantes, em 14 escolas públicas
e privadas do ensino médio e fundamental de Porto Alegre, verificou-se que o uso de maconha teve seu
pico de experimentação na faixa etária dos 14 aos 16 anos (72,5%), sendo a prevalência de uso na vida (uso
experimental) de 21% nesta população. (Rigoni, M.; Oliveira, M; e Andretta, I. (2006). Consequências
neuropsicológicas do uso da maconha em adolescentes e adultos jovens: uma revisão da literatura cientifica
recente. Ciências & Cognição; Ano 03, Vol. 08).
Foi observado um aumento de registros de acidentes de automóveis, motos, trens e até caminhões,
envolvendo motoristas consumidores de maconha. Um experimento com pilotos de aviação avaliou que a
maconha é mais perigosa que o álcool e a mistura de ambas. Existem informações que o THC é 4000 vezes
mais potente que o álcool ao produzir uma diminuição no desempenho de um motorista em condições
adequadamente controladas (KALINA, 1997).
Mecanismo de dependência:
A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos saborosos, uma cerveja geladinha e a
relação sexual excitante, está associada a um "sistema cerebral de recompensa", assim denominado pelo
neurobiólogo americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada
quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que
fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos. Biologicamente, ele tem
uma função específica e essencial: garantir a sobrevivência do indivíduo e da espécie, ao dar motivação
para comportamentos como comer, beber e reproduzir-se. Infelizmente, não somente as funções fisiológicas
normais estimulam este sistema - relacionado à liberação de dopamina, mas também o fazem o álcool e
outras drogas de abuso, e às vezes gerando um prazer muito mais intenso do que as funções naturais
(www.adroga.casadia.org/news/sistemaprazer.htm).
A dopamina circulante no sistema de recompensa pode ser 10 vezes maior que a encontrado durante
prazeres cotidianos, “internos”. Diante de tal estimulação, o sistema reduz sua sensibilidade e a pessoa
precisa de cada vez mais drogas para produzir os mesmos efeitos. A droga muda o "ponto zero" do sistema
de recompensa de tal forma que nunca mais, com ou sem droga, o mesmo grau de prazer ou recompensa
será atingido.
Síndrome de abstinência:
Os sintomas são primeiramente emocionais e comportamentais - humor negativo: irritabilidade,
ansiedade, depressão; insônia - muito embora a mudança de apetite, perda de peso e desconforto físico
sejam frequentemente citados. O início e curso dos sintomas se mostraram semelhantes àqueles encontrados
em síndromes de abstinência provocadas por outras substâncias psicoativas. A magnitude (gravidade destes
sintomas foram consistentes e os achados encontrados sugere que a síndrome de abstinência do cannabis
tem considerável importância clínica).
O tratamento do ex-usuário de maconha deve incluir o suporte durante a síndrome de abstinência e
posteriormente a reabilitação neuropsicoimunendocrinologica deste indivíduo, pois como já foi dito nos
itens anteriores, o dano atinge outros órgãos e sistemas além do cérebro.
Fonte: Adaptado de: http://maconhanao.blogspot.com.br/. Acesso em 03 de maio de 2013.
Glossário:
Neuropsicoimunendocrinologica: o estudo da inter-relação do sistema nervoso, psíquico,
imunológico e endocrinológico.
Sistema endocrinológico: conjunto de glândulas que são caracterizadas pela produção de secreções
denominadas hormônios.
Cannabis Sativa: nome científico para Maconha.
THC: Tetraidrocanabinol.
Canabinoides: são um grupo de compostos presentes na sativa.
Glossário:
Neuroimagiologia: conjuntos de técnicas para obter imagem do encéfalo do paciente por meios não-
invasivos.
Avaliação
No processo de avaliação o professor irá observar o interesse, a motivação e o envolvimento dos
alunos na realização das atividades. Além disso, como as atividades são encenadas com o júri na forma de
apresentação oral, o professor irá adotar os critérios sugeridos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) quando os alunos são envolvidos no processo de produção oral. Esse documento sugere que o aluno
(BRASIL, 1998, p. 51):
Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências da situação e dos
objetivos estabelecidos;
Considere os papéis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à variedade linguística
adequada;
Saiba utilizar e valorizar o repertório linguístico de sua comunidade na produção de textos;
Monitore seu desempenho oral, levando em conta a intenção comunicativa e a reação dos
interlocutores e reformulando o planejamento prévio, quando necessário;
Considere possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de elementos não verbais.