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O Papel do Mito em Tristão e Isolda de Wagner II

O mito de Tristão e Isolda toma forma no seio de uma Alemanha medieval cavaleiresca,
época da chamada literatura do amor romântico. Período marcado pelas lutas de poder entre
a igreja e a corte dos Staufen, além da alteração da língua, onde o Althochdeutsch, o alemão
antigo, evoluí para o Mittelhochdeutsch, o alemão médio. Tal mudança é decorrente da
purificação efetuada pelo latim após a cristianização da Alemanha efetuada por São Bonifácio
(680 – 754) e pelos mosteiros beneditinos. Além disto, um outro fato foi de fundamental
importância para as mudanças na língua e na literatura Alemã: o envolvimento de uma nova
classe com a literatura.

Nos períodos anteriores, a literatura alemã constituía-se, basicamente, dos textos de


devoção escritos em latim pelos místicos da igreja medieval, tais como o monge Ekkhard.
Nesse período, porém, vemos uma mudança quando a classe aristocrática, especialmente os
cavaleiros, começam a se envolver com as atividades literárias. Foram esses cavaleiros que
trouxeram o Mittelhochdeutsch para a literatura, na exata medida em que o latim reduzia-se a
um uso mais técnico, próprio dos manuais teológicos e textos científicos. O período em que os
cavaleiros tomaram parte na produção literária coincidiu com a época de perturbação política
entre os Staufen e a igreja, tal conflito refletiu diretamente na produção literária do período.
Otto Maria Carpeux fala o seguinte:

A aristocracia medieva alemã está intimamente ligada aos ideais


políticos do Império, sobretudo aos imperadores da dinastia de Staufen, que
se envolveram numa luta secular com o Papado, reivindicando não somente
o domínio da Itália, mas também o condomínio das almas: o imperador é
soberano temporal e soberano espiritual ao mesmo tempo. Arroga-se uma
posição ao lado do Papa, se não acima do Papa. Justifica suas reivindicações
por uma visão mística da História Universal, resumida na obra de um
historiador que pertencia àquela família imperial: Otto von Freising (1114-
1158). Boa parte da literatura dos cavaleiros é de índole política, mas muitas
vezes com uma subterrânea inspiração mística. (CARPEUX, 000)

Destarte, perceberemos que na literatura produzida por esses cavaleiros encontraremos a


transposição dos ideais da classe aristocrática, ou, retomando as definições dadas
anteriormente, encontraremos parte da cosmovisão da aristocracia. Também é relevante que
tenhamos em mente de que a falta da fé religiosa mediada pela igreja produzirá nessa classe
um vazio que deverá ser preenchido de alguma forma. Carpeux afirma que o amor, tomado de
forma mística, foi o substituto escolhido para preencher esse espaço vazio. Ele diz:

A aristocracia feudal guardou, nos seus castelos, ampla independência. Teve


o tempo e o ócio para dedicar-se a ideais de natureza pessoal. Em primeira
linha: ao amor, que se tornou a religião profana da aristocracia medieval.
(CARPEUX, 000)

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