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CENTRO DE ESTUDOS CONTÁBEIS

DO RIO DE JANEIRO
Excelência em Capacitação e Estudos na Área Contábil

CONTABILIDADE
DE CUSTOS E
GERENCIAL
Preparatório
Exame de Suficiência

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CENTRO DE ESTUDOS CONTÁBEIS DO RIO DE JANEIRO

1. Conceitos Básicos de Custos

A evolução da contabilidade nos últimos anos é inegável, alavancada pela


convergência das normas ao padrão internacional, principalmente, pela conscientização de que a
Contabilidade deve ser tratada como geradora de informações para suprir os gestores de
informações em tempo hábil, possibilitando a condução do processo de gestão das atividades das
sociedades empresariais.
A contabilidade geral ou financeira tem ao longo do tempo se preocupada com certa
eficiência, com os fins fiscais, que se consubstancia quase que exclusivamente na apuração do
resultado econômico das empresas.
Nesta esteira, surgiu a contabilidade de custos que tinha, inicialmente, a função de
apurar os custos dos estoques e consequentemente o resultado.
Com a abertura dos mercados e a evolução tecnológica, tornou-se de fundamental
importância à geração de informações, principalmente aquelas ligadas ao processo decisório e de
gestão.
Diante deste cenário, a Contabilidade de Custos e suas derivações (Análise de Custos
e Contabilidade Gerencial) foram se adequando a nova realidade, com vistas a se transformar em
eficientes ferramentas no processo decisório.
Acompanhando esta tendência, o mercado está demando cada vez mais profissional
com perfil gerencial, focados na geração de informações e na tomada de decisões.
Obviamente que o Conselho Federal de Contabilidade e a Banca responsável pelo
Exame de Suficiência acompanham essa evolução, sendo cada vez mais cobradas as disciplinas
contabilidade de custos e a contabilidade gerencial.
Esta obra tem o objetivo de propiciar aos candidatos no Exame de Suficiência do CFC,
um embasamento teórico de qualidade e as diretrizes para as resoluções das questões em que é
exigida a demonstração do conhecimento por meio da aplicação de cálculos.

1.1. As Funções Atuais Da Contabilidade De Custos E Da Contabilidade


Gerencial.

A moderna necessidade de geração de informações gerenciais e a intensa disputa por


mercados cada vez mais globalizados transformaram a contabilidade de custos e suas derivações
em uma eficiente ferramenta de tomada de decisão, imputando-a quatro funções básicas: além da
tradicional função de contabilização, o planejamento, o controle e a precificação.
A contabilização é a função tradicional da contabilidade de custos e tem por objetivo
apurar os custos dos estoques ou dos serviços com finalidades fiscais. Trata-se de função
relacionada a contabilidade financeira ou geral.
O planejamento é a primeira das funções gerenciais e utiliza-se de dados históricos
dos custos, da previsão dos dados futuros, além de uma série de informações de cunho
administrativo-gerencial, que estão ligados, principalmente ao sistema orçamentário das
empresas.
O controle é a segunda função gerencial e também se utiliza de dados históricos dos
custos, que tem suas origens e todo o processo de consumo destes custos analisados, com vistas
a melhorar a eficiência das empresas. Como se diz com certa frequência, tudo que não é medido
não pode ser controlado. O estabelecimento de indicadores quantitativos e qualitativos de
consumo de custos permite o seu controle e, por consequência, aumenta aeficiência e a qualidade
da sua gestão.

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A precificação é, em regra, fator determinante para a perenidade das sociedades


empresárias. Em um mundo globalizado e de mercados cada vez mais abertos, o preço dos bens,
produtos e serviços se transformou em elemento fundamental no sucesso das empresas.

1.2. Conceitos Preliminares


A questão terminológica é muito relevante quando estudamos a contabilidade de
custos e suas derivações. Termos com significados aparentemente idênticos, na verdade revelam
diferenças que influenciam diretamente a análise a ser realizada.
Neste panorama, faremos um breve resumo dos termos contábeis preliminares da
contabilidade de custos.
Gasto Na Compra de uma matéria prima, de um produto ou mesmo na contratação
de um serviço, em que exista um sacrifício financeiro, seja ele imediato, mediante o efetivo
pagamento, seja ele posterior, mediante a promessa de pagamento, estamos diante de um
GASTO. Trata-se do conceito preliminar mais amplo de custos.
Desembolso O efetivo pagamento do gasto, ou seja, da aquisição de produto, bem
ou serviço é denominado DESEMBOLSO.
InvestimentoÉ um gasto ativado por dois fatores que podem atuar separadamente
ou de forma consolidada: a sua vida útil ou os benefícios do gasto atribuíveis a futuros períodos.
Custo Quando há um Gasto relativo ao consumo de um bem ou de um serviço, cuja
utilização se dá na produção de outros bens ou serviços, estamos diante de um CUSTO.
DespesaQuando há um Gasto relativo ao consumo de um bem ou de um serviço,
cuja utilização se dá na obtenção de receitas (vendas), estamos diante de uma DESPESA.
Perda Quando há um Gasto relativo ao consumo de um bem ou de um serviço, que
se deu de forma anormal ou involuntária estamos diante de uma PERDA.

1.3. CUSTOS X DESPESAS


A primeira dificuldade conceitual para quem estuda contabilidade de custos é a
diferenciação de “custos” e “despesas”.
É fundamental na contabilidade de custos e para a resolução das questões de
concursos que a diferença entre as duas terminologias citadas anteriormente estejam bem
entendidas e sedimentadas, uma vez o tema é recorrentemente cobrado nas provas de forma
indireta, ou seja, contextualizando-o em questões de outros temas.
Ainda é comum ouvirmos que a diferença entre custo e despesa é que custo é o gasto
da fábrica e que despesa é o gasto do escritório. O que sob o ponto de vista conceitual e
principalmente da abordagem das questões do exame de suficiência é um equívoco.
A análise da diferença entre custo e despesa deve ter como direcionamento único o
objetivo do consumo do gasto. Se um gasto foi consumido com a finalidade de produzir um bem,
produto ou serviço relacionados à atividade da empresa estamos diante de um CUSTO. De outro
modo, se o gasto foi consumido para produzir receita, estamos diante de uma DESPESA.
Já absorvidos os conceitos, vai uma pergunta eletiva: A depreciação é um custo ou
uma despesa?
Se você respondeu custo é possível que esteja certo, assim como se respondeu
despesa, uma vez que a depreciação pode ser tanto um custo como uma despesa, dependerá
se a depreciação foi apurada em ativos utilizados para a produção de bens ou serviços
(CUSTO) ou se foram utilizados para obtenção da receita (DESPESA).
Assim, conclui-se que custos e despesas não são termos sinônimos, cada qual tem a
sua definição, o primeiro ligado diretamente à produção e o segundo ligado à obtenção de
receitas.
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1.4. PERDA X CUSTO X DESPESAS


A perda, como já abordado anteriormente, ocorre quando há um consumo de um bem
ou de um serviço de forma anormal ou involuntária. A condição para que exista a perda é que o
consumo ocorra de forma anormal ou involuntária.
Imaginem uma confecção de camisas!
Durante seu processo produtivo, é provável que no momento do corte ocorra a sobra
de pedaços de tecidos, usualmente chamados de retalhos, como você classificaria esse
consumo de bem (matéria prima)?
Muito provavelmente você respondeu perda, induzido pela definição usual da palavra.
Contudo, a sobra de tecido no processo produtivo de uma confecção é normal (os tecidos não
são fabricados sob medida, logo há sobra) e voluntário (como não há tecidos sob medida,
voluntariamente se corta para obtenção da medida desejada, sendo descartada a sobra). Como o
objetivo do consumo é a obtenção de um bem, estamos diante de um CUSTO.
Esse mesmo tecido se for consumido por um incêndio acidental ocorrido na
confecção, será considerado PERDA, uma vez não é normal, muito menos voluntário, o consumo
de tecido por incêndio.

1.5. CUSTOS X INVESTIMENTOS


Outra confusão conceitual que verificamos recorrentemente é a diferença entre custos
e investimentos, principalmente quando tratamos os materiais diretos e indiretos.
E isso é muito cobrado em diversas questões de concursos.
As matérias primas (diretas e indiretas) quando são adquiridas e contabilizadas no
estoque são classificadas como investimento, uma vez que a aquisição tem o objetivo de obter
benefícios atribuíveis a futuros períodos.
Essas matérias primas quando são solicitadas e entram na produção deixam de ser
um investimento e passam a ser um custo, uma vez que são consumidas para a obtenção de
produto ou um serviço.

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RESUMO DO CAPÍTULO
A Contabilidade de Custos e a Gerencial possuem 4 (quatro) funções
básicas: Contabilização, Planejamento, Controle e Precificação.
Gasto – É qualquer sacrifício representado pelo efetivo pagamento ou
pela promessa de fazê-lo.
Desembolso O efetivo pagamento do gasto, ou seja, da aquisição
de produto, bem ou serviço é denominado DESEMBOLSO.
InvestimentoÉ um gasto ativado por dois fatores que podem atuar
separadamente ou de forma consolidada: a sua vida útil ou os benefícios do gasto
atribuíveis a futuros períodos.
Custo Quando há um Gasto relativo ao consumo de um bem ou de
um serviço, cuja utilização se dá na produção de outros bens ou serviços,
estamos diante de um CUSTO.
DespesaQuando há um Gasto relativo ao consumo de um bem ou
de um serviço, cuja utilização se dá na obtenção de receitas (vendas), estamos
diante de uma DESPESA.
Perda Quando há um Gasto relativo ao consumo de um bem ou de
um serviço, que se deu de forma anormal ou involuntária estamos diante de uma
PERDA.
Não pode confundir: Custo X Despesa, Perda X Custo X Despesa e
Custo X Investimento
É usual as questões que tratam de outros assuntos exigirem o
conhecimento destes conceitos. Estejam atentos!

QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÃO 19 - EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC – 2015/2- Contador

1 - Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes gastos mensais:

Aquisição de matéria-prima no período R$ 25.000,00, Comissão devida aos vendedores pela


venda de produtos no mês R$ 5.000,00, Tributos sobre o lucro R$ 2.000,00 e Imobilizado
adquirido a prazo R$ 60.000,00

Considerando-se as terminologias utilizadas em custos, assinale a opção CORRETA.

a) O total dos investimentos é de R$60.000,00; e o total das despesas é de R$ 32.000,00.


b) O total dos investimentos é de R$ 60.000,00; o total dos custos é de R$ 25.000,00; e o total das
despesas é de R$ 7.000,00.
c) O total dos investimentos é de R$ 85.000,00; e o total das despesas é de R$ 7.000,00.

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d) O total dos investimentos é de R$ 85.000,00; o total dos custos é de R$ 2.000,00; e o total das
despesas é de R$ 5.000,00.

2. Classificação dos Custos

Ultrapassado os conceitos preliminares, trataremos neste capítulo da classificação dos


custos, que é uma das partes mais exigidas nos concursos públicos. Os conceitos oriundos da
classificação dos custos são utilizados em quase todas as questões, seja da forma direta, onde o
foco é a classificação propriamente dita, seja de forma indireta, onde o tema é tratado de forma
secundaria.
Os custos possuem, em regra, três tipos de classificações: quanto ao produto, quanto
à produção e quanto à ocorrência.

PRODUTO

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS PRODUÇÃO

OCORRÊNCIA

2.1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRODUTO


A classificação quanto ao produto, como o próprio termo já deixa claro, leva em
consideração a ligação ou não dos custos com o produto. Cumpre-nos destacar que é importante
ter em mente o conceito da classificação, como já dito o mesmo é relacionado com o PRODUTO.
Quando um determinado custo tem relação direta e objetiva com um produto, este
custo é classificado como CUSTO DIRETO. Isso quer dizer que o custo é facilmente apropriado a
um produto.
Vamos imaginar uma confecção que fabrica camisas de malha, o tecido utilizado na
produção da camisa (matéria prima direta) é facilmente apropriado a um produto, logo é um custo
direto.
Quando um determinado custo não tiver relação direta e objetiva com um produto,
este custo será classificado como CUSTO INDIRETO. Estaremos diante de um custo que não é
facilmente apropriado a um produto, sendo necessária a utilização de algum mecanismo para
esse custo seja alocado aos produtos.
Observa-se que a maioria dos problemas relacionados a custos consiste na alocação
correta dos CUSTOS INDIRETOS aos produtos.
Um exemplo clássico de um CUSTO INDIRETO é o gasto com aluguel do prédio da
fábrica, uma vez que não é possível de forma objetiva sabermos quanto deste custo pertence a
um produto.

2.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PRODUÇÃO


A classificação quanto à produção, leva em consideração a relação existente entre o
custo e a produção. Essa classificação é feita observando o comportamento do custo em relação
a produção, como veremos a seguir:

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Os custos que não são afetados pela produção, ou seja, se o total do custo mantém-
se inalterado mesmo que o nível de produção seja zero, estamos diante de CUSTO FIXO.
Por exemplo, numa fábrica um dos custos fixos é o aluguel das instalações, pois o seu
valor total não se altera mesmo que não se produza um itemsequer.
Já os custos que variam com a produção, ou seja, quanto maior a produção maior
será esse custo e vice e versa, são denominados CUSTOS VARIÁVEIS.
Um exemplo clássico de custos variáveis é o custo de matéria prima, numa fábrica
esse custo está diretamente relacionado com a quantidade produzida, logo é um CUSTO
VARIÁVEL.

Contudo, essa classificação embora pareça extremamente simples, guarda algumas


peculiaridades que são exigidas em concursos públicos.
Essa classificação está diretamente relacionada ao custo total da produção. Os
custos fixos totais mantêm-se inalterados mesmo que existam alterações no volume de
produção, enquanto que os custos variáveis totais variam proporcionalmente a variação da
produção.
Ocorre que ao mudarmos de base (fixas totais e variáveis totais para fixos unitários e
variáveis unitárias) a relação é exatamente oposta, senão vejamos:

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TOTAL UNITÁRIO

NÃO VARIA VARIA


Exemplo: Exemplo:
Custo Custo com aluguel = R$ 5.000,00 Produzindo um único produto o
Fixo custo de aluguel por unidade será
de R$ 5.000,00.
Produzindo 100 unidades de um
produto, o custo do aluguel alocado
a cada produto será de R$50,00.

VARIA NÃO VARIA


Exemplo: Exemplo:
Custo
Variável Com um custo unitário de R$ 1,00, Se eu produzir 1.000 unidades de
produzindo 100 unidades em um um produto, embora o custo total da
período, o custo da matéria-prima matéria prima aumente para R$
consumida no mês éde R$100,00 1.000,00, o custo variável se
manterá a R$ 1,00.

Conclui-se, portanto, que a classificação em relação à produção e a sua lógica tem


como base o custo total (quantidade x custo unitário) e não o custo unitário, conforme podemos
comprovar acima.

As despesas também podem ser classificadas quanto ao volume em fixas e variáveis.


Entretanto, enquanto os custos são em relação ao volume produzido, as despesas são em relação
ao volume vendido.
Os CUSTOS FIXOS podem ser classificados em REPETITIVOS e NÃO
REPETITIVOS. Os repetitivos se repetem em vários períodos seguidos na mesma importância
(aluguel). Já os não-repetitivos são diferentes em cada período (manutenção).
Os CUSTOS FIXOS podem ser classificados ainda em RECORRENTES E NÃO
RECORRENTES. Os custos recorrentes são aqueles que ocorrem sempre, enquanto que os
custos não recorrentes não ocorrem com assiduidade.

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QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÃO COMENTADA
QUESTÃO 13 – EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CRC – Contador – 01/2003 - Banca:
CFC.

1. Uma empresa possui um custo fixo mensal pré-determinado no montante de R$ 297.000,00.


No mês de fevereiro de 2003 produziu 99.000 unidades de seu produto, incorrendo em R$
693.000,00 de custo variável. Se a produção tivesse sido de 74.250 unidades, o valor do custo
unitário da produção seria de:
a) R$ 10,00
b) R$ 11,00
c) R$ 12,33
d) R$ 13,33

Analisando a questão, observamos que a mesma requer os conhecimentos relativos à


classificação dos custos quanto à produção, em especial no que tange à base (total ou unitária).
Foram fornecidas as seguintes informações:
Custo Fixo Mensal (total): R$ 297.000,00
Produção: 99.000
Custo Variável (total): R$ 693.000,00

Pede-se o custo unitário de uma produção de 74.250 unidades.

1º passo - O custo fixo mensal (total) não varia nesta base, mas vai variar se a base for unitária.
Então, o custo total mantém-se inalterado R$ 297.000,00 e para acharmos a base unitária temos
que dividir este montante com a nova quantidade produzida.

CFU = CFT / nova quantidade produzida


CFU = R$ 297.000,00 / 74250 = R$ 4,00

2º passo – Para obtermos o Custo Variável Unitário temos que lembrar que o CV varia na base
total, mas não varia na base unitária. Como a informação foi dada na base total e a questão pede
o Custo Unitário da Produção, precisamos obter o CVU considerando a produção inicial.

CVU = CVT / quantidade produzida


CVU = 693.000,00 /99.000 = R$ 7,00

3º passo – O custo unitário da produção é a soma do custo variável unitário e o custo


fixo unitário.Custo unitário = CVU + CFUCusto unitário = R$ 7,00 + R$ 4,00 = R$ 11,00
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Gabarito: “b”

Em relação à produção e somente sob o ponto de vista gerencial, os custos ainda


podem ser classificados em SEMIFIXOS e SEMIVARIÁVEIS.
Os CUSTOS SEMIFIXOS são aqueles que se comportam como fixo até determinado
nível de produção. Em um determinado momento, o custo total varia e retorna a condição de fixo
até um novo patamar de produção, onde sofre uma nova variação.

Os CUSTOS SEMIVARIÁVEIS são aqueles que variam de acordo com a produção, mas
não na mesma proporção. Em regra esses custos possuem uma parte fixa, sendo que acima
deste patamar há a variação.

Alguns autores não consideram adequadas essas nomenclaturas e entendem que


existem custos que possuem uma parte fixa e outra parte variável.
Para entendermos melhor os CUSTOS SEMIFIXOS é adequado que tratarmos de
mais dois conceitos: capacidade normal, instalada e capacidade ociosa.
CAPACIDADE NORMAL: A capacidade normal é a produção médiaque se espera
atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais; com isso,leva-se em consideração,
para a determinação dessa capacidade normal, a parcela dacapacidade total não-utilizada por
causa de manutenção preventiva, de férias coletivase de outros eventos semelhantes
considerados normais para a entidade.
CAPACIDADE INSTALADA: é o máximo que se pode produzir com uma determinada
estrutura de custos.
CAPACIDADE OCIOSA: é a diferença entre a capacidade instalada e a produção em
um determinado período. É a capacidade que empresa dispõe de produção mas que não é
utilizada.
Para ilustrar as definições, vamos imaginar que uma fábrica tenha custos de R$
10.000,00 com aluguel de um galpão onde cabe uma única máquina que produz no máximo
6.000 unidades, sendo que a sua produção atual é de 5.000 unidades.
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Contudo, a fábrica fechou um novo contrato para produzir mais 5.000 unidades.
Diante deste cenário, temos que a capacidade instalada da empresa é de 6.000
unidades e a produção atual é de 5.000 unidades, gerando uma capacidade ociosa de 1.000
unidades.
Todavia, o novo contrato estabelece um acréscimo de produção de 5.000 unidades,
gerando um déficit de 4.000 unidades. Para cumprir o contrato esta fábrica deverá conseguir um
novo espaço para colocar mais uma máquina ou um novo espaço em que caibam as duas
máquinas. Em ambas as alternativas os custos totais com aluguéis (custo fixo) irão se alterar.

2.3. CLASSIFICAÇÃO DO CUSTO EM RELAÇÃO AO PROCESSO


(OCORRÊNCIA)
Outra classificação importante dos custos é quanto ao momento da sua ocorrência,
dentro de um processo lógico de custos.É comum tratarmos essa classificação como conceitos
soltos dentro da contabilidade de custos, dando pouca importância para o fato dessas
nomenclaturas se referirem a um processamento lógico e seqüencial. Como veremos a seguir:

CUSTO BÁSICO
O que é essencial, “BÁSICO”, para que uma indústria produza um determinado produto?A
matéria prima é o elemento básico para que uma indústria produza seus produtos ou prestem
seus serviços.

CUSTO
BÁSICO

Matéria Prima
É importante destacar que os custos básicos (matérias primas) possuem estoques
iniciais e estoques finais e somente aquelas que forem consumidas são consideradas custos.
Quando da aquisição das matérias primasestamos diante de um investimento,
em face dos benefícios futuros que se deseja auferir.Desta forma, CUSTOS BÁSICOS são os
relacionados exclusivamente com o consumo de matéria-prima.
Um novo conceito foi criado dentro desta linha de raciocínio, é o de CUSTO
PRIMÁRIO, que é representado pelo custo básico (matéria prima) e pela mão de obra direta. A
idéia do termo primárioé relacionada com primeiro, ou seja, são os custos que ocorrem
prioritariamente.

CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO

Para transformarmos a matéria prima (custo básico) em um produto acabado é


necessário TRANSFORMÁ-LO. Dentro desta lógica, quais são esses custos de transformação?
A transformação da matéria prima depende, como já dito anteriormente, da mão de
obra direta. Mas só isso não basta, outros custos indiretos de transformação são necessários para
que a matéria prima se transforme em um produto.

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CUSTO CUSTO
BÁSICO DE
TRANSFORMAÇÃO

Matéria Prima Mão de Obra Direta,


Outros materiais diretos (Ex.: embalagem)
e
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

Depreende-se que os Custos de transformação são todos aqueles que a indústria


incorre para transformar a matéria prima (custo básico) em um produto acabado.

CUSTO DE PRODUÇÃO (OU FABRICAÇÃO, OU APROPRIADOS A


PRODUÇÃO)

A soma do custo básico (matéria prima) com o custo de transformação, ou seja, dos
demais custos necessários que transforme a matéria prima em um produto, é denominado
CUSTO DE PRODUÇÃO.

CUSTO
CUSTO DE
BÁSICO TRANSFORMAÇÃO

Matéria Prima Mão de Obra Direta,


Outros materiais diretos (Ex.: embalagem)
e
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

CUSTO DE PRODUÇÃO(CP) =
BÁSICO + TRANSFORMAÇÃO

ESTOQUE DE PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO

Os custos de produção são alocados no estoque de produtos em elaboração,


permanecendo lá até que os produtos sejam completamente fabricados.

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Portanto, é importante frisar que haverá sempre um estoque inicial e um estoque final
(ainda que seja 0), sofrendo impactos positivos (soma) dos custos de produção e impactos
negativos (diminuição) dos produtos acabados.
É Importante lembrar que somente são apropriados ao estoque de produtos em
elaboração os custos efetivamente ocorridos.

CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS

Quando um produto é totalmente acabado ele automaticamente deixa de ser um


produto em elaboração para figurar no rol dos produtos acabados (ou fabricados, como queiram).
Desta forma, esses custos que compuseram o produto saem do estoque de produtos
em elaboração e passa a formar o estoque dos produtos acabados.

CUSTO CUSTO
BÁSICO DE
TRANSFORMAÇÃO

Matéria Prima Mão de Obra Direta,


Outros materiais diretos (Ex.: embalagem)
e
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

CUSTO DE PRODUÇÃO(CP) =
BÁSICO + TRANSFORMAÇÃO

ESTOQUE DE PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO
CUSTO DOS PRODUTOS
ACABADOS (CPA) =
EIPE + CP - EFPE

ESTOQUE DOS PRODUTOS


ACABADOS

Assim, os custos dos produtos acabados (ou fabricados) correspondem ao custo de


produção ajustado pela variação de estoque de produtos em elaboração, ou seja, o custo dos
produtos acabados é o estoque inicial de produtos em elaboração mais o custo de produção do
período menos o estoque final de produtos em elaboração. Enfim, corresponde ao valor dos
produtos que ficaram prontos no período.

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CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

Quando um produto é vendido ele deixa o estoque dos produtos acabados (ou
fabricados) e é automaticamente levado ao resultado como Custo do Produto Vendido.

CUSTO CUSTO
BÁSICO DE
TRANSFORMAÇÃO

Matéria Prima Mão de Obra Direta,


Outros materiais diretos (Ex.: embalagem)
e
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)

CUSTO DE PRODUÇÃO(CP) =
BÁSICO + TRANSFORMAÇÃO

ESTOQUE DE PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO
CUSTO DOS PRODUTOS
ACABADOS (CPA) =
EIPE + CP - EFPE

ESTOQUE DOS PRODUTOS


ACABADOS
CUSTO DOS PRODUTOS
VENDIDOS (CPV) =
EIPA + CPA - EFPA

CUSTO DOS PRODUTOS


VENDIDOS

Assim, os custos dos produtos vendidos correspondem aos custos dos produtos
acabados ajustados pela variação de estoque de produtos acabados. Ou seja, o CPV é o estoque
inicial de produtos acabados mais o custo dos produtos acabados menos o estoque final de
produtos abacados. Ou seja, corresponde ao valor baixado do estoque pela venda dos produtos
no período.

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QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÕES DO EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC


1 - Uma empresa produziu, no mesmo período, 100 unidades de um produto A, 200 unidades de
um produto B e 300 unidades de um produto C. Considerando R$ 176,25 de custos indiretos e
que os custos diretos unitários de matérias-primas foram, respectivamente, R$ 1,50, R$ 0,90 e R$
0,60 e os custos unitários de mão-de-obra direta, R$ 0,60, R$ 0,30 e R$ 0,25, o custo final indireto
unitário de cada produto, proporcional ao custo direto total de cada produto, será,
respectivamente: (Exame de Suficiência 2000/1)

a) R$ 52,00; R$ 60,00; R$ 63,75


b) R$ 210,00; R$ 240,00; R$ 255,00
c) R$ 3,86; R$ 2,08; R$ 1,44
d) R$ 0,52; R$ 0,30; R$ 0,21

2 - Considere uma empresa que fabrica 5.000 unidades mensais do produto X e que apresenta os
seguintes custos unitários para esta produção: (Exame de Suficiência 2000/1)

Custos variáveis = R$ 18,00


Custos fixos = R$ 10,00
Custo total = R$ 28,00
O preço de venda unitário é R$ 35,00

Esta empresa, no início de março, recebe um pedido de 1.000 unidades deste produto de um
cliente no exterior. No entanto, sua capacidade ociosa é de 800 unidades. Para atender esse
pedido, teria que reduzir, temporariamente para 4.800 unidades as vendas no mercado interno, o
que não lhe comprometeria futuramente. O preço de venda que o cliente está disposto a pagar por
este pedido é de R$ 25,00 a unidade. Caso aceite o pedido, o lucro do mês será:

a) R$ 35.000.00
b) R$ 45.600.00
c) R$ 38.600.00
d) R$ 31.200.00

3 - Custo dos Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos em 31/03/2002 de uma
Companhia, tendo em vista as informações abaixo mencionadas, são: (Exame de Suficiência
2001/2)

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 15


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Registros contábeis do primeiro trimestre de 2002


Aquisições de Matérias-Primas R$ 2.625,00
Custo de Mão-de-Obra Direta R$ 525,00
Custos com Água e Luz da Fábrica R$ 126,00
Depreciação da Fábrica R$ 567,00
Despesas Administrativas R$ 945,00
Despesas de Vendas R$ 490,00
Estoque de Matéria-Prima em 01/01/2002 R$ 315,00
Estoque de Matéria-Prima em 31/03/2002 R$ 210,00
Estoque de Produtos Acabados em 01/01/2002 R$ 910,00
Estoque de Produtos Acabados em 31/03/2002 R$ 735,00
Estoque de Produtos Semi-Acabados em 01/01/2002 R$ 630,00
Estoque de Produtos Semi-Acabados em 31/03/2002 R$ 350,00
Manutenção da Fábrica R$ 304,50
Mão-de-Obra Indireta R$ 1.050,00
Seguro da Fábrica R$ 140,00
Suprimentos da Fábrica R$ 52,50
Vendas R$ 8.750,00

R$ 3.150,00 e R$ 3.325,00
R$ 5.775,00 e R$ 5.950,00
R$ 7.420,00 e R$ 7.420,00
R$ 8.540,00 e R$ 7.315,00

Considere as informações abaixo e responda às questões 4, 5 e 6:


A empresa apresentou os seguintes saldos no mês de agosto:

Materiais Diretos R$ 400.000,00


Depreciação de Equipamentos Administrativos R$ 15.000,00
Vendas R$ 650.000,00
Depreciação de Equipamentos de Fábrica R$ 25.000,00
Energia Elétrica Consumida na Fábrica R$ 80.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 15.000,00
Salário da Equipe de Vendas R$ 6.000,00
Materiais Indiretos R$ 3.000,00
Salário da Equipe de Administração R$ 3.000,00
Mão-de-Obra Indireta R$ 70.000,00
Seguro das Instalações Fabris R$ 2.000,00
Total R$1.269.000,00

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Posição dos Estoques


Estoques Julho 2001 Agosto 2001
Matéria-Prima R$50.000,00 R$20.000,00
Produtos em Elaboração R$40.000,00 R$20.000,00
Produtos Acabados R$40.000,00 R$20.000,00

4 - Indique, respectivamente, a alternativa que concentra os Custos Apropriados à Produção e os


Custos dos Produtos Vendidos: (Exame de Suficiência 2002/1)

a)R$589.000,00 e R$615.000,00
b)R$592.000,00 e R$655.000,00
c)R$593.000,00 e R$635.000,00
d)R$595.000,00 e R$635.000,00

5 - Indique o total dos Custos dos Produtos Fabricados: (Exame de Suficiência 2002/1)

a)R$535.000,00
b)R$615.000,00
c)R$635.000,00
d)R$655.000,00

6 - Indique o Lucro Bruto da empresa: (Exame de Suficiência 2002/1)

a)(R$ 5.000,00)
b)R$15.000,00
c)R$35.000,00
d)R$55.000,00

7 - Uma empresa apresenta seu orçamento de produção estimado para 2003, com um total de
receita de 495.000 unidades, um estoque estimado no início do ano de 82.500 unidades e um
estoque desejado no final do ano de 49.000 unidades. A produção anual total, indicada no
orçamento de produção, em unidades, será de: (Exame de Suficiência 2002/2)

a) 363.500 unidades
b) 461.500 unidades
c) 528.500 unidades
d) 544.000 unidades

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 17


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8 - Numa ordem de produção, utilizaram-se R$ 280.000,00 de mão-de-obra direta e R$


420.000,00 de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram aplicados a uma taxa de 16%
sobre os custos diretos básicos. O custo da ordem de produção foi de: (Exame de Suficiência
2004/1)

a)R$ 252.000,00
b)R$ 588.000,00
c)R$ 812.000,00
d)R$ 1.288.000,00

9 - Uma empresa apresentou, em sua contabilidade em 31.01.2004, os seguintes dados: (Exame


de Suficiência 2004/1)

Aluguel de Fábrica R$ 40.000,00


Compra de Matéria-Prima R$ 120.000,00
Consumo de Matéria-Prima R$ 100.000,00
Custos Diversos R$ 60.000,00
Despesas Administrativas R$ 120.000,00
Despesas de Vendas R$ 80.000,00
Mão-de-Obra da Fábrica R$ 80.000,00

No mês de fevereiro de 2004, foram fabricadas 800 unidades do produto e vendidas 540 unidades
por R$ 650,00 cada uma. O saldo de Estoques de Produtos Acabados e o Custo dos Produtos
Vendidos foram, respectivamente:

a) R$ 91.000,00 e R$ 189.000,00
b) R$ 189.000,00 e R$ 260.000,00
c) R$ 192.000,00 e R$ 162.000,00
d) R$ 280.000,00 e R$ 351.000,00

10 - Uma indústria apresenta os seguintes dados:(Exame de Suficiência 2011/1)

Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00


Aluguel do setor de produção R$ 56.000,00
Depreciação da área de produção R$ 38.000,00
Mão de Obra Direta de produção R$ 100.000,00
Mão de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00
Material requisitado: diretos R$ 82.000,00
Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00
Salários da diretoria de vendas R$ 34.000,00
Seguro da área de produção R$ 38.000,00

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 18


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Analisando-se os dados acima, assinale a opção CORRETA.

a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformação


é a soma da mão de obra direta e custos Indiretos de fabricação.
b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa é a
soma de todos os itens de sua atividade.
c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa é a
soma de todos os itens apresentados.
d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário leva em
consideração a soma da mão de obra e do material direto.

11 - Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de agosto de 2010,


R$50.000,00 de matéria-prima, R$40.000,00 de mão de obra direta e R$30.000,00 de
gastos gerais de fabricação. O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 31.7.2010,
era no valor de R$15.000,00 e, em 31.8.2010, de R$20.000,00. (Exame de Suficiência 2011/1)

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de agosto, foi de R$80.000,00 e não havia
Estoque de Produtos Acabados em 31.7.2010. Com base nas informações, assinale a
opção que apresenta o saldo final, em 31.8.2010, dos Estoques de Produtos Acabados.

a) R$35.000,00.
b) R$55.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$135.000,00.

12 - Uma fábrica de camisetas produz e vende, mensalmente, 3.500 camisetas ao preço de


R$5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos
variáveis são de R$1,20 por unidade. A fábrica tem capacidade para produzir 5.000
camisetas por mês, sem alterações no custo fixo atual de R$6.000,00. Uma pesquisa de
mercado revelou que ao preço de R$4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 6.000
unidades por mês. (Exame de Suficiência 2011/1)

Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda,


mantendo a estrutura atual de custos fixos e capacidade produtiva, o resultado final da empresa:

a) aumentará em R$2.200,00.
b) aumentará em R$200,00.
c) reduzirá em R$3.500,00.
d) reduzirá em R$800,00.

13 - Uma empresa apresenta seu orçamento de produção estimado para 2012, com um total de
vendas de 1.485.000 unidades; um estoque estimado no início do ano de 412.500
unidades; e um estoque desejado no final do ano de 294.000 unidades. A produção anual
total indicada no orçamento de produção em unidades será de:(Exame de Suficiência
2011/2)
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 19
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a) 778.500 unidades.
b) 1.366.500 unidades.
c) 1.603.500 unidades.
d) 2.191.500 unidades.

14 - Em fevereiro de 2012, o estoque inicial de uma determinada matéria-prima numa


indústria era de R$82.500,00. Durante o mês, foram adquiridos R$1.950.000,00 desta
matéria-prima. No final do mês, o estoque era de R$340.000,00. Nessa operação, foram
desconsideradas as operações com impostos.(Exame de Suficiência 2012/1)
O custo da matéria-prima consumida nesse período é de:

a) R$1.527.500,00.
b) R$1.692.500,00.
c) R$2.207.500,00
d) R$2.372.500,00.

15 - Relacione o tipo de custo descrito na primeira coluna com os conceitos na segunda


coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA. (Exame de Suficiência 2012/1)

(1) Custo Fixo ( ) É um custo de natureza mais


genérica, não sendo possível identificar
imediatamente como parte do custo de
determinado produto.
(2) Custo Variável ( ) Um custo que pode ser diretamente
controlado em determinado nível de
autoridade administrativa, seja em curto,
seja em longo prazo.
(3) Custo Direto ( ) Um custo que, em determinado
período e volume de produção, não se
altera em seu valor total, mas vai ficando
cada vez menor em termos unitários com
o aumento do volume de produção.
(4) Custo Indireto ( ) É um custo incorrido em determinado
produto, identificando-se como parte do
respectivo custo.
(5) Custo Controlável ( ) Um custo uniforme por unidade,
mas que varia no total na proporção
direta das variações da atividade total ou
do volume de produção relacionado.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 20


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A sequência CORRETA é:
a) 4, 5, 1, 3, 2.
b) 1, 5, 4, 3, 2.
c) 1, 3, 4, 5, 2.
d) 4, 3, 1, 5, 2.

16 - Uma empresa industrial, no mês de julho de 2012, utilizou em seu processo produtivo o valor
de R$25.000,00 de matéria-prima; R$20.000,00 de mão de obra direta; e R$15.000,00 de gastos
gerais de fabricação (Exame de Suficiência 2012/2).

O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 30.6.2012, era no valor de R$7.500,00 e,


em 31.7.2012, de R$10.000,00.

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de julho, foi de R$40.000,00 e não havia Estoque de
Produtos Acabados em 30.6.2012.

Com base nas informações, assinale a opção que apresenta o saldo final dos Estoques de
Produtos Acabados em 31.7.2012.

a) R$17.500,00.b) R$20.000,00.c) R$57.500,00.d) R$60.000,00.

17 - Os valores a seguir foram extraídos dos registros contábeis de uma empresa industrial:

Matéria-prima consumida R$ 300.000,00


Mão de obra direta R$ 190.000,00
Mão de obra indireta R$ 65.000,00
Energia Elétrica R$ 35.000,00
Seguro de Fábrica R$ 6.000,00
Depreciação de Máquinas R$ 18.500,00
Frete pago para transporte de produtos vendidos R$ 10.000,00

Com base nos dados apresentados, calcule o valor do Custo de Transformação(Exame de


Suficiência 2013/1).

a) R$555.000,00.
b) R$490.000,00.
c) R$324.500,00.
d)R$314.500,00.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 21


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18 - Uma indústria apresentou, no mês de fevereiro de 2013, os seguintes custos de produção:

Matéria-prima R$ 83.500,00
Mão de obra direta R$ 66.800,00
Custos Indiretos de Fabricação R$ 41.750,00

Os saldos dos Estoques de Produtos em Elaboração eram:

Inicial R$ 25.050,00
Final R$ 33.400,00

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de fevereiro, foi de R$133.600,00 e não havia Estoques
de Produtos Acabados em 31.1.2013. Com base nos dados acima, o saldo de Estoques de
Produtos Acabados, em 28.2.2013, é de:(Exame de Suficiência 2013/1).

a)R$50.100,00.
b) R$58.450,00.
c) R$183.700,00.
d) R$192.050,00

19 - Uma indústria de confecções tem sua produção dividida em três setores: corte, costura e
acabamento. No setor de corte, um funcionário, com remuneração mensal de R$8.000,00, tem
como única atividade a supervisão do corte de 50 tipos de produto, executado por 10 funcionários.

A remuneração do supervisor é um custo: (Exame de Suficiência 2013/1)

a) direto, independentemente de o objeto do custeio ser o produto ou o setor.


b) direto, se o objeto do custeio for o produto e indireto, se o objeto do custeio for o setor.
c) indireto, independentemente de o objeto do custeio ser o produto ou o setor.
d)indireto, se o objeto do custeio for o produto e direto, se o objeto do custeio for o setor.

20 - Uma empresa fabrica e vende os produtos A e B. Durante o mês de fevereiro de 2013, o


departamento fabril reportou para a contabilidade o seguinte relatório da produção:

Itens de Custo Produto A Produto B Valor Total


Matéria-prima consumida R$ 1.800,00 R$ 1.200,00 R$ 3.000,00
Mão de obra direta R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00
Unidades Produzidas no período 4.000 12.000 16.000
Custos Indiretos de fabricação R$ 10.000,00

No referido mês, não havia saldos iniciais e finais de produtos em elaboração. A empresa utiliza,
como base de rateio dos Custos Indiretos de Fabricação, o valor da matéria-prima consumida
para cada produto. Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que o Custo Total do
Produto A, no mês, é de(Exame de Suficiência 2013/1):

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 22


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a) R$8.800,00.
b) R$8.400,00.
c) R$7.800,00.
d) R$5.300,00.

21 - Uma indústria, em determinado período, apresentou os seguintes dados:

Descrição Valores
Compra de Matéria-prima R$ 15.600,00
Custos indiretos de produção R$ 10.400,00
Despesas Administrativas R$ 2.600,00
Estoque Final de Matéria-prima R$ 9.100,00
Estoque Final de Produtos em Processo R$ 6.500,00
Estoque Inicial de matéria-prima R$ 6.500,00
Estoque Inicial de produtos acabados R$ 7.800,00
Estoque Inicial de Produtos em processo R$ 5.200,00
Mão de obra direta R$ 13.000,00

Considerando que o Estoque Final de Produtos Acabados é igual a zero, oCusto de Produção do
Período é de(Exame de Suficiência 2013/2):

a) R$33.800,00.
b) R$35.100,00.
c) R$36.400,00.
d) R$42.900,00.

22 - Uma sociedade empresária prestadora de serviços apresentou os seguintes dados no mês de


julho de 2013.

Vendas de serviços R$ 250.000,00


Despesas Financeiras R$ 8.200,00
Custo de Mão de Obra R$ 65.000,00
Baixa por perda de bens do imobilizado R$ 25.000,00
Depreciação de equipamento utilizado na prestação de serviço R$ 4.000,00
Impostos sobre serviços R$ 12.500,00
Custo do Material Aplicado R$ 45.000,00

De acordo com os dados fornecidos acima, o valor do custo dos serviçosprestados corresponde a
(Exame de Suficiência 2013/2):
a) R$114.000,00.
b) R$122.200,00.
c) R$139.000,00.
d) R$151.500,00.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 23


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23 - Uma sociedade empresária apresenta os seguintes itens de custo projetado para a produção
de 500 unidades do Produto A e 300 unidades do Produto B:

Aluguel do galpão da área de produção no valor de R$4.000,00 mensais.


 Custo de matéria-prima: R$2,00 por unidade para o Produto A e R$3,00 por unidade para o
produto B.
 Custo com mão de obra direta: R$6,00 por unidade tanto para o Produto A quanto para o
Produto B.
 Custo com depreciação das máquinas utilizadas na produção de ambos os produtos, calculado
pelo método linear, no valor mensal de R$1.000,00.

24 - No que diz respeito à relação com os produtos, é CORRETO afirmar que(Exame de


Suficiência 2013/2):

a) o custo com aluguel é um custo variável e indireto.


b) o custo com depreciação é fixo e direto.
c) o custo com mão de obra é fixo e indireto.
d) o custo com matéria-prima é um custo variável e direto.

25 - Uma indústria fabrica dois produtos. Em um determinado mês, o departamento de produção


envia para a contabilidade os seguintes dados da produção: (Exame de Suficiência 2014/1)

Custos Produto X Produto Z Valor Total


Matéria-Prima Consumida R$ 8.000,00 R$ 10.000,00 R$ 18.000,00
Mão de Obra Direta Consumida R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 R$ 12.000,00
Unidades Produzidas no Mês 1.000 500 1.500
CIF – Custo Indireto de Fabricação R$ 15.000,00

Sabendo-se que a indústria distribui seus custos indiretos de fabricação deacordo com as
unidades produzidas, os custos unitários dos produtos X eZ são, respectivamente:

a) R$24,00 e R$42,00.
b) R$20,67 e R$48,67.
c) R$21,00 e R$48,00.
d) R$21,50 e R$47,00.

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26 - Uma empresa industrial apresentou os seguintes dados referentes a um mês de produção.


(Exame de Suficiência 2014/1)

Saldo Inicial Saldo Final


Produtos em Elaboração R$ 320,00 R$ 560,00
Produtos Acabados R$ 930,00 R$ 330,00

Foram contabilizados no período os seguintes gastos:

Consumo de Matérias-Primas R$ 1.980,00


Mão de obra direta R$ 890,00
Impostos sobre as vendas R$ 200,00
Gastos Gerais de Fabricação R$ 670,00

Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que o valor apurado como
Custo dos Produtos Vendidos no período é de:

a)R$3.300,00.
b)R$3.540,00.
c)R$3.740,00.
d)R$3.900,00.

27. Uma determinada indústria iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 eapresentou os
seguintes dados, em 28.2.2015:(Exame de Suficiência 2015/1)

Depreciação do Equipamento de Produção R$ 700,00


Mão de obra indireta R$ 9.400,00
Custos Indiretos Consumidos na Fábrica R$ 12.530,00
Estoque Final de Matérias-Primas R$ 15.600,00
Mão de Obra Direta R$ 18.800,00
Estoque Final de Produtos Acabados R$ 25.300,00
Matérias-Primas Compradas R$ 37.600,00

Considerando o Custeio de Absorção e que não havia outros saldos, ovalor de matéria-prima
consumida no período é de:

a) R$15.600,00.
b) R$22.000,00.
c) R$37.600,00.
d) R$63.430,00.

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28. Uma determinada indústria iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 eapresentou os
seguintes dados, em 28.2.2015:(Exame de Suficiência 2015/1)

Comissão dos vendedores R$ 846,00


Custos indiretos consumidos na fábrica R$ 18.800,00
Depreciação do equipamento de produção R$ 1.034,00
Despesas Administrativas R$ 8.460,00
Estoque final de matérias-primas R$ 23.500,00
Estoque final de produtos acabados R$ 37.976,00
Mão de obra direta R$ 28.200,00
Mão de obra indireta R$ 14.100,00
Matérias-primas compradas R$ 56.400,00
Receita Bruta de Vendas R$ 72.850,00

Considerando o Método de Custeio por Absorção e que não havia outros saldos, o Custo dos
Produtos Vendidos será de:

a) R$15.792,00.
b) R$32.900,00.
c) R$57.058,00.
d) R$95.034,00.

29. O custo total de uma empresa, representado por “y”, é determinado por uma equação linear
em que o intercepto representa o Custo Fixo da empresa; o coeficiente angular representa o
Custo Variável por unidade; e “x” representa a quantidade produzida.
Para efeito de determinação da equação linear, foram apresentados os seguintes dados:

_ Custo Fixo R$15.000,00


_ Custo Variável R$500,00

A equação linear que representa o custo total da empresa é:

a) y = 15.000 + 500x
b) y = 30x
c) x = 15.000 + 500y
d) x = 30y

30 - Uma Sociedade Empresária apresentou, no mês de agosto de 2015, os saldos abaixo


(Exame de Suficiência 2015/2):
Contas Inicial Final
Estoque de Matéria-Prima R$ 18.000,00 R$ 13.500,00
Estoque de Produtos em Elaboração R$ 9.000,00 R$ 11.250,00
Estoque de Produtos Acabados R$ 6.750,00 R$ 33.750,00

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 26


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Informações adicionais:
Os custos de mão de obra direta foram de R$ 22.500,00.
Os custos indiretos de fabricação foram de R$ 27.000,00.
Não foram feitas compras de matérias-primas no período.
Não houve registros de perdas por redução ao valor realizado líquido ou de outras perdas em
estoque.
O custo dos produtos vendidos no período foi de:
a) R$ 20.250,00.
b) R$ 24.750,00.
c) R$ 49.500,00.
d) R$ 58.500,00

3. Critérios de Acumulação de Custos e Sistemas de Custeio

3.1. CRITÉRIOS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

Dependendo da forma como uma determinada empresa produz é fundamental


estabelecer ocritério de acumulação de custos,que define a forma ou o critério como será
realizada a identificação, a coleta, o processamento, o armazenamento e a produção das
informações para a gestão de custos.

CRITÉRIOS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

ORDEM PROCESSO ATIVIDADE RESPONSABILIDADE

Mas a escolha do critério não se restringe exclusivamente à forma de operação de


uma empresa, na escolha do critério também deve ser considerada a conveniência contábil e
administrativa da empresa. Caberá ao profissional da área contábil, com base na atividade da
organização (principal fator a analisar) e ma conveniência contábil e administrativa decidir o
critério que será utilizado.

3.1.1 - CRITÉRIO DE ACUMULAÇÃO POR ORDEM


Quando uma empresa tem como característica atender a necessidades e
peculiaridades de cada cliente, gerando um processo produtivo não repetitivo e no qual cada
produto é, em regra, diferente dos demais, é mais adequada a utilização do critério de
acumulação por ordem.
As atividades empresárias que trabalham com encomendas são clássicas. Os custos
são acumulados, no momento da sua ocorrência, em cada encomenda ou ordem que recebem
um número ou um código. Essa conta não para de acumular custos até que a encomenda ou

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 27


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ordem de produção esteja pronta, momento em que os saldos são encerrados e os custos
apropriados aos produtos.

É um critério adequado para produção por encomenda.

3.1.2 - CRITÉRIO DE ACUMULAÇÃO POR PROCESSO (OU CONTÍNUO)


Quando uma empresa produz de modo contínuo, ou seja, em série, a Contabilidade
de Custos pode acumular os custos por processo (fase de produção), por departamentos ou
setores (departamentalização) para posteriormente apropriar estes custos aos produtos fabricados
no processo, durante determinado período.
Conclui-se que neste critério se acumula em grupos representativos das linhas de
produção, para posteriormente proceder à divisão dos saldos acumulados em função da
quantidade produzida. O encerramento das contas e a conseqüente transferência dos custos aos
produtos ocorrem à medida que estes ficam prontos.
É um critério adequado para produção em série.

3.1.3 - CRITÉRIO DE ACUMULAÇÃO POR ATIVIDADES


A fabricação de um produto ou a prestação de um serviço só é possível porque várias
atividades são realizadas até que se transforme uma matéria prima em um produto acabado.
Uma atividade é uma ação que utiliza recursos (matérias primas, recursos humanos,
energia e etc.).
Desta forma, são identificadas as atividades relevantes, que receberão os custos para
posteriormente serem alocados aos produtos de acordo com o consumo destas atividades. Ainda
neste capítulo estudaremos sistemas de custeio, momento em que trataremos mais intensamente
sobre o assunto.

3.1.4 - CRITÉRIO DE ACUMULAÇÃO POR RESPONSABILIDADE


Como já vimos anteriormente, a acumulação por ordem concentra os custos em uma
ordem ou encomenda, enquanto que a acumulação por processo acumula os custos por
processo, departamentos ou setores.
O critério de acumulação por responsabilidade parte do princípio que uma empresa é
um conjunto de centros de responsabilidade, cada um deles representado por um segmento no
seu organograma. Esses centros de responsabilidade podem ou não representar um
departamento ou setor.
Assim, os custos incorridos são separados e apropriados pelos diversos níveis de
responsabilidade. A partir deste conceito, chegamos a uma nova classificação dos custos: os
custos controláveis e os custos não controláveis.
Neste cenário, em que os custos são separados e apropriados por responsabilidade,
alguns custos estão sob responsabilidade e controle do responsável pelo centro de
responsabilidade, sendo assim denominados custos controláveis, enquanto que outros custos não
estão sob responsabilidade e controle do responsável pelo centro de responsabilidade.
Isso não significa que não exista controle sob esses custos, apenas não estão sob
responsabilidade e consequentemente controle do responsável pelo centro de responsabilidade.

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3.2. SISTEMA DE CUSTEIO


Sistema de custeio (ou de custo) pode ser entendido como a forma em que os custos
de produção serão apropriados aos produtos. Observe-se que há uma significativa diferença entre
o critério de acumulação de custos e o sistema de custeio.
A contabilidade de custos possui uma função gerencial ligada ao processo decisório,
assim, a forma com que os dados e as informações são processadas depende das peculiaridades
das empresas sob análise e as informações que os seus gestores necessitam.
Nesta esteira, os profissionais de contabilidade podem decidir o critério que será
utilizado para acumulação de custos, ou seja, quais serão as contas representativas que irão
concentrar os custos, gerando desde então informações relevantes no processo decisório.
O passo seguinte é decidir como esses custos acumulados serão apropriados aos
produtos. Cada tipo de sistema de custeio representa uma forma distinta de apropria os custos
aos produtos.
Importante neste momento lembrarmos que a grande dificuldade está em apropriar os
custos indiretos aos produtos, uma vez que os custos diretos são facilmente identificáveis a cada
unidade produzida.
Para que não restem dúvidas, tanto os custos diretos como os custos indiretos podem
ser acumulados de acordo com os critérios escolhidos, contudo, em regra, os mesmos serão
apropriados aos produtos de forma distintas.
Quanto à forma os sistemas podem ser: monistas ou dualistas.
O sistema de custos será monistasquando existir uma única contabilidade na
empresa, ou seja, todos os registros são concentrados em um único sistema e a contabilidade de
custos está integralmente inserida na contabilidade geral.
Por força do Decreto-lei1.598/77, a utilização do custeio por absorção no Brasil é de
caráter obrigatório,sendo um critério legal exigido pela legislação tributária brasileira.
Logo, se houver um único sistema de custeio, obrigatoriamente, deverá ser o custeio
por absorção.
Quando existirem duas contabilidades distintas dentro da empresa, a externa ou
financeira e a interna ou de custos, o sistema de custos será dualista.
Observa-se que as finalidades das contabilidades são diferentes e, portanto, podem
ser independentes e autônomas.
A Contabilidade externa ou financeira, tem a finalidade de registrar as operações da
empresa com vistas a atender as necessidades fiscais. A contabilidade interna ou de custos (ou
gerencial), com a finalidade de auxiliar ao processo de decisão, mediante a formação de
informações gerenciais.
Quanto ao conteúdo os sistemas podem ser: absorção, variável (direto ou
marginal), por atividades (ABC) e o pleno (ou RKW).
Sistema de Custeio por Absorção:Este sistema consiste em apropriartodos os
custos de produção aos produtos elaborados de forma direta ou indireta (rateio).
Sistema de Custeio Variável (direto ou marginal): Este sistema somente apropria
aos produtosou aos serviços somente os custos e as despesas variáveis ocasionados por esses
itens.
Sistema de Custeio Baseado em Atividade (ABC): Este sistema apropria os “custos
indiretos” aos produtos através de cada “atividade” envolvida no processo, permitindo a
visualização dos custos mais adequadamente.
Sistema de Custeio Pleno (ou RKW): Este sistema consiste na apropriação de todos
os custos e despesas de uma entidade aos produtos e/ou serviços. A sigla RKW
(ReinchskuratoriumfuerWinrtschaftlichtkeit) representa as iniciais de um conselho governamental
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 29
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para assuntos econômicos que existiu na Alemanha. Também é conhecido, por suas
peculiaridades, como custeio por absorção total ou custeio integral.

3.2.1 - CUSTEIO POR ABSORÇÃO.


Consiste em um conjunto de procedimentos realizados para atribuir todos os custos,
sejam eles fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados no período. Desta
forma, todos os custos são efetivamente apropriados aos produtos.
Esse sistema atende a uma das funções atuais da contabilidade de custos: a
contabilização.
Contudo, apesar de não atender às funções gerenciais, sua utilização é obrigatória,
como já dito anteriormente, em face da obrigação legal.

ESQUEMA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

CUSTOS

ACUMULAÇÃO POR ORDEM OU POR


PROCESSO (DEPARTAMENTOS)

INDIRETOS DIRETOS

RATEIO

PRODUTO A

PRODUTO B

PRODUTO C

ESTOQUE DOS
PRODUTOS
ACABADOS

CUSTO DOS
PRODUTOS
VENDIDOS

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3.2.1.1– DEPARTAMENTALIZAÇÃO X CENTRO DE CUSTOS


Um Departamento é uma unidade administrativa de uma empresa que executa
atividades homogêneas e que é utilizada pela contabilidade de custos como referência para
acumulação dos custos por processo.
Os departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos: Os departamentos
de produção e os departamentos de serviços.
Departamentos de produção são aqueles que promovem transformação ou
modificação direta no produto.
Departamentos de serviços são aquele que executam serviços auxiliares que, em
regra, não atuam diretamente no produto.
Centro de custos é uma unidade que pode ou não ser um departamento, onde são
acumulados os custos para apropriação de um produto. Desta forma, os departamentos podem ter
um ou mais de um centro de custos, dependendo da avaliação.
Sintetizando, podemos afirmar que centro de custos é a unidade mínima de
acumulação de custos, podendo ou não ser uma unidade administrativa.

3.2.1.1–OPERACIONALIZAÇÃO DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO


O custeio por absorção tem sua operacionalização sintetizada em 5 (cinco) etapas,
conforme abaixo demonstrado:
1ª etapa – Separação dos custos e despesas
Nesta etapa devem ser separados os custos das despesas, uma vez que as mesmas
não fazem parte do custo do produto fabricado ou vendido no custeio por absorção.
2ªetapa – apropriação dos custos aos departamentos ou centro de custos
Nesta etapa deve-se identificar a relação dos custos com os departamentos ou centro
de custos.
Há uma corrente que defende a tese de que os custos diretos podem ser diretamente
apropriados aos produtos, sem ser acumulados aos departamentos. Sob o ponto de vista contábil
não há problemas, mas sob o ponto de vista gerencial, é adequado se acumule tanto custos
diretos, como os indiretos aos departamentos.
3ª etapa – apropriação dos custos diretos aos produtos
Como os custos diretos são aqueles em que facilmente se identifica a ligação ao
produto, a apropriação destes custos, como o próprio nome sugere, se dá de forma direta.
4ª etapa – estabelecimento do critério de rateio dos custos indiretos
Nesta etapa são estabelecidos os critérios de rateio dos custos indiretos.
5ª etapa – Apropriação dos custos indiretos
A apropriação dos custos indiretos será feita de acordo com os critérios de rateio
previamente estabelecidos.

3.2.2 - CUSTEIO VARIÁVEL OU MARGINAL


O sistema de custeio variável (direto ou marginal) é um sistema que não atende
completamente aos princípios contábeis e, principalmente, ao previsto no Decreto-lei1.598/77.
Justamente por não atender aos princípios contábeis e servir exclusivamente para
funções gerenciais, existem duas correntes: a primeira estabelece que devam ser apropriados aos
produtos somente os custos variáveis e a segunda que entende que serão apropriados aos
produtos os gastos variáveis.
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 31
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O renomado professor Eliseu Martins se posicionou, como segue:


Cabe aqui esclarecer que, apesar de as despesas variáveis integrarem o cálculo da
Margem de Contribuição, não são agregadas ao produto para fins de avaliação dos estoques,
quando do uso interno do Custeio Variável.
Entretanto, outros autores entendem de forma diferente, como podemos verificar
abaixo:
Pelo método de custo marginal, cada produto absorve os custos que incidem
diretamente sobre si mesmo (custos variáveis para produzir e vender), mas a diferença entre
o preço líquido de vendas e o custo unitário variável, chamada lucro marginal (LM), deve contribuir
tanto para absorver os custos fixos como para a obtenção do lucro total da empresa. (DOS
SANTOS, Joel J. Contabilidade e Análise de Custos, 5ª Ed., pg 76. Editora Atlas, 2009).
O custeio marginal (ou variável) parte do princípio de que um produto, uma
mercadoria ou um serviço são responsáveis apenas pelos custos e pelas despesas
variáveis que geram. Pela Conceituação feita anteriormente, os custos e despesas variáveis são
os que variam com o volume de produção e vendas; logo só existiriam se o produto existisse e
não existiriam em circunstância contrária. São os custos e despesas que surgem com o produto e
desaparecem com ele.
Assim, segundo a concepção desse sistema, somente tais custos e despesas
constituem uma efetiva responsabilidade de um produto, uma mercadoria ou um serviço. Os
demais custos e despesas (custos e despesas fixas) constituem custos estruturais (...).
No sistema de custeio marginal, só os custos e as despesas variáveis são
apropriados aos produtos, às mercadorias ou aos serviços. (BEULKE, R; BERTÓ, Dalvio J.
Gestão de Custos, pg 34. Editora Saraiva. 2009).
Pela concepção do Custeio Direto ou Variável somente devem ser apropriados aos
produtos ou serviços os gastos a ele associados (normalmente classificáveis como custos
diretos ou custos variáveis e despesas variáveis). (WERNKE, Rodney. Análise de Custos e
Preços de Vendas. pg 89. Editora Saraiva, 2007).
A banca do Exame Suficiência do CFC tem o mesmo posicionamento do professor
Eliseu Martins, no sentido de que somente deve ser considerado no custeio variável os custos
variáveis.
Todos os demais gastos, segundo este método, devem ser transferidos para a
Demonstração do Resultado DRE como despesa do período, sem serem apropriados aos
produtos fabricados.
Dentre as vantagens deste sistema está o fato de o cálculo ser relativamente simples,
uma vez que não envolve rateios e critérios de distribuição de cálculos. Contudo, a utilização do
sistema exige uma estrutura de classificação rigorosa entre os gastos de natureza fixa e os de
natureza variável.
Dentre as limitações, destaca-se o fato de não ser aceito pela legislação tributária para
fins de avaliação de estoque.

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CUSTOS

ACUMULAÇÃO POR ORDEM OU POR


PROCESSO (DEPARTAMENTOS)

VARIÁVEIS
FIXOS

PRODUTO A

PRODUTO B

PRODUTO C

ESTOQUE DOS PRODUTOS


ACABADOS

CUSTO DOS PRODUTOS


VENDIDOS
RESULTADO

3.2.3 - SISTEMA DE CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC)


Desde a revolução industrial até meados do século passado, os custos tiveram pouca
importância na estrutura das empresas. Com o crescimento das economias e a abertura dos
mercados internacionais a concorrência aumentou significativamente, exigindo que as empresas
se adequassem à nova realidade.
Nesse novo cenário, observou-se que os critérios utilizados no sistema de custeio por
absorção até então utilizados passaram a ser considerados inadequados, uma vez que os critérios
de rateio dos custos indiretos são, em regra, arbitrários, não refletindo de maneira adequada como
os custos foram consumidos.
No intuito de minimizar a utilização de critérios arbitrários para apropriar os custos
indiretos, foi criado o Custeio Baseado em Atividades (ABC – Activity-based costing).
Como o próprio nome sugere, esse sistema parte da premissa de que um produto ou
um serviço só existe porque consome várias atividades de uma empresa e os custos devem
apropriados aos produtos na proporção do consumo destas atividades.
Assim, o primeiro passo é identificar as atividades relevantes que são desempenhadas
por uma empresa, sendo essas atividades realizadas dentro ou fora da empresa. Identificadas as

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 33


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atividades relevantes, deve-se monitorar e conhecer os custos que cada atividade consome.
Portanto, os custos são acumulados nas atividades.
Os custos acumulados serão posteriormente apropriados aos produtos de acordo com
o consumo das atividades. A lógica pode ser explicada no esquema abaixo apresentado:

PRODUTOS
CONSOMEM

ATIVIDADES
QUE GERAM

CUSTOS
PELO CONSUMO DE

RECURSOS

O sistema de custeio baseado em atividades permite que os custos indiretos sejam


apropriados aos produtos de forma mais adequada, uma vez que analisa como os custos são
consumidos e, mais ainda, quais são efetivamente os produtos que consomem esses custos.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 34


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ESQUEMA DO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES

CUSTOS

DIRECIONADORES DE
RECURSOS

ACUMULAÇÃO POR
ATIVIDADES

INDIRETOS DIRETOS

DIRECIONADORES DE
ATIVIDADES

PRODUTO A

PRODUTO B

PRODUTO C

ESTOQUE DOS
PRODUTOS
ACABADOS

CUSTO DOS
PRODUTOS
VENDIDOS

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 35


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3.2.3.1–OPERACIONALIZAÇÃO DO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES


O custeio baseado em atividades tem sua operacionalização sintetizada em 5 (cinco)
etapas, conforme segue demonstrado:

1ª Etapa - identificação das atividades relevantes


Podemos definir atividade como um conjunto de tarefas que são executadas com a
finalidade de produzir produtos ou serviços. Essas atividades consomem os recursos (humanos,
materiais e financeiros) para atingir seus objetivos.
Um departamento, em regra, executa várias atividades, como acumularemos os
custos por atividade, como já visto anteriormente, devemos identificar quais são as atividades
relevantes.
Relembrando, um departamento pode ser ou não um centro de custos e, mais, um
centro de custos pode ou não ser uma atividade. Sem complicar muito, uma vez que não é o
nosso objetivo, podemos montar o seguinte esquema:

DEPARTAMENTO

UM CENTRO DE + DE UM CENTRO
CUSTOS DE CUSTOS

UMA PARTE DE UMA MAIS DE UMA


ATIVIDADE ATIVIDADE ATIVIDADE
(TAREFA) (FUNÇÃO)

2ª Etapa – atribuição de custos às atividades


Todos os sacrifícios que uma atividade necessita para a execução de seu objetivo
devem ser acumulados. Logo, os custos devem ser apropriados às atividades de acordo com o
efetivo consumo.
Podemos apropriar os custos às atividades, em regra, de 3 (três) formas distintas:
alocação direta, rastreamento e rateio.
a) Alocação direta
A alocação direta ocorre quando há a identificação de forma clara e objetiva do custo
com a atividade.
b) Rastreamento
O rastreamento parte do princípio de que todo custo tem uma causa e passa a
identificar o que causou um determinado custo.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 36


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Para tratarmos de rastreamento devemos conhecer os direcionadores de custos,


que nada mais são do que a causa que determina o consumo do custo pela atividade, ou seja, os
direcionadores refletem o motivo do consumo dos recursos.
Existem dois tipos de direcionadores de custos: os direcionadores de recursos e os
direcionadores de atividade.
Os direcionadores de recursos devem identificar e refletir a forma como os custos
são consumidos pelas atividades.
Já os direcionadores de atividade devem identificar e refletir como as atividades
são consumidas pelos produtos.
Desta forma, no rastreamento os custos são alocados às atividades por meio dos
direcionadores de recursos.
É NECESSÁRIO FICAR ATENTO, são os recursos (custos) que são
direcionados às atividades e por isso a nomenclatura utilizada é DIRECIONADOR DE
CUSTOS DE RECURSOS.
c) Rateio

Que deve ser utilizado em casos excepcionais, quando não for possível a utilização
das duas formas anteriores

3ª Etapa – atribuição de custos das atividades aos produtos


A atribuição dos custos das atividades aos produtos é feita por meio dos
direcionadores de atividade, que foi abordado anteriormente e devem identificar e refletir como
as atividades são consumidas pelos produtos.
Deve-se estabelecer da melhor maneira possível, como e em que proporção as
atividades são consumidas pelos produtos, para que os custos apropriados aos produtos reflitam
da forma mais adequada o quanto este consumiu de recursos (custos).

SISTEMA DE CUSTEIO PLENO OU RKW


O Sistema de Custeio Pleno émais conhecido como RKWe é pouco utilizado e muito
questionado pelos autores por não fornecer adequadas informações gerenciais. A sigla representa
as iniciais de um antigo conselho governamental par assuntos econômicos
(ReinchskuratoriumfuerWinrtschaftlichtkeit) que existiu na Alemanha.
O Método de Custeio Pleno é aquele em que todos os custos e despesas de uma
entidade são levados aos produtos e/ou serviços, sendo também conhecidos como Custeio por
Absorção Total ou Custeio Integral. Consiste no rateio não só dos custos de produção como
também de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos
Por meio desta técnica, alavancam-se aos produtos e serviços todos os custos e
despesas, inclusive as financeiras, fornecendo, desta maneira, o montante total dos gastos desta
empresa no esforço completo de obtenção de receita.
Alguns autores dizem que a principal vantagem no método de custeio pleno no fato de
serem levados em conta todos os gastos incorridos em uma organização, sem exceções, tendo,
portanto, uma informação de custos completa e conservadora.
Alguns autores dizem que a principal desvantagem no método de custeio pleno está
na arbitrariedade dos critérios de rateio dos gastos fixos.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 37


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QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÕES DO EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC


1 - Na produção de dois tipos de tratores, incorreram os seguintes custos:(Exame de Suficiência
2004/1)

Trator A Trator B
Matéria-Prima R$ 250.000,00 R$ 150.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 125.000,00 R$ 100.000,00

Os Custos Indiretos de Fabricação totalizaram R$ 125.000,00 e foram alocados nos Centros de


Custos Ca e Cb, no montante de R$ 80.000,00 e R$ 45.000,00, respectivamente. Os custos de R$
80.000,00 pertencentes ao Ca foram rateados proporcionalmente à mão-de-obra direta aplicada
para cada produto, enquanto os de R$ 45.000,00 pertencentes ao Cb foram rateados
proporcionalmente à matéria-prima consumida para cada produto. Todos os produtos foram
concluídos. Os Custos dos Produtos Acabados – Trator A e Trator B foram, respectivamente:

a)Trator A = R$ 375.000,00 e Trator B = R$ 250.000,00.


b)Trator A = R$ 427.427,00 e Trator B = R$ 322.573,00.
c)Trator A = R$ 447.573,00 e Trator B = R$ 302.427,00.
d)Trator A = R$ 455.000,00 e Trator B = R$ 295.000,00.

2 - Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados referentes ao ano de 2010:(Exame


de Suficiência 2011/1)

- Estoque inicial igual a zero.


- Produção anual de 500 unidades com venda de 400 unidades.
- Custo Variável unitário de R$15,00.
- Preço de Venda unitário de R$20,00.
- Custo Fixo anual de R$2.000,00.
- Despesas Fixas anuais de R$350,00.
- Despesa Variável unitária de R$1,50 para cada unidade vendida.

Sabendo-se que a empresa utiliza o Custeio por Absorção, seu Lucro Bruto e o Resultado
Líquido em 2010, são, respectivamente:
a) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Lucro Líquido de R$1.050,00.
b) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Prejuízo de R$950,00.
c) Lucro Bruto de R$400,00 e Lucro Líquido de R$50,00.
d) Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 38
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3 - Uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, apresentou custos com materiais
diretos no valor de R$30,00 por unidade e custos com mão de obra direta no valor de
R$28,00 por unidade. Os custos fixos totais do período foram de R$160.000,00. Sabendo-se que
a empresa produziu no mês 10.000 unidades totalmente acabadas, o custo unitário de
produção pelo Método do Custeio por Absorção e Custeio Variável é, respectivamente:
(Exame de Suficiência 2011/1)

a) R$46,00 e R$44,00.
b) R$58,00 e R$46,00.
c) R$74,00 e R$58,00.
d) R$74,00 e R$74,00.

4 - No primeiro semestre de 2011, uma determinada indústria tem os seguintes custos


indiretos em seu departamento de colocação de tampas em garrafas. (Exame de Suficiência
2011/2)

Mão de Obra Indireta R$ 11.200,00


Lubrificantes R$ 2.450,00
Energia Elétrica R$ 3.325,00
Depreciação R$ 1.750,00
Custos Indiretos Diversos R$ 4.200,00

Neste primeiro semestre, foram produzidas 24.500 dúzias de garrafas de 0,5 litro, 28.000
dúzias de garrafas de 1,0 litro e 17.500 dúzias de garrafas de 1,5 litro.

Com base na quantidade produzida, assinale a opção que apresenta o rateio dos custos
indiretos das garrafas.

a) A garrafa de 1,0 litro totalizou custos indiretos na ordem de R$9.651,43.


b) A garrafa de 1,5 litro totalizou custos indiretos na ordem de R$9.050,79.
c) As garrafas de 0,5 e 1,0 litro totalizaram custos indiretos na ordem de
R$17.193,75.
d) As garrafas de 1,0 e 1,5 litro totalizaram custos indiretos na ordem de
R$18.702,22.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 39


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5 - As seguintes informações foram extraídas do departamento de escuderia de uma


indústria, no mês de junho 2011, que utiliza o Sistema de Custeio ABC:(Exame de Suficiência
2011/2)

Produto Materiais Diretos Mão de Obra Direta Pedidos de alterações Quilowatt-hora


de engenharia
A R$ 22.000,00 R$ 8.000,00 15 7.000W
B R$ 28.000,00 R$12.000,00 25 13.000W
Total R$ 50.000,00 R$ 20.000,00 40 20.000W

Foram identificadas as seguintes atividades relevantes:

Atividade Direcionador de Custo


Realizar Engenharia Pedidos de alterações de Engenharia
Energizar Quilowatt-hora

Os custos indiretos de manufatura para o mês foram:

Realizar engenharia R$ 84.000


Energizar R$ 15.000
Total dos Custos indiretos de manufatura R$99.000

Com base nos dados apresentados, assinale a opção que apresenta o custo total do
Produto “A” e do Produto “B”, utilizando o método ABC, respectivamente:

a) R$66.750,00 e R$102.250,00.
b) R$69.600,00 e R$99.400,00.
c) R$72.429,00 e R$96.571,00.
d) R$73.560,00 e R$ 95.440,00.

6 - De acordo com a Terminologia de Custos, julgue os itens abaixo, como Verdadeiros (V)
ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.(Exame de Suficiência 2012/1)

I. Gargalo compreende um ponto da estrutura organizacional ou um recurso que limita as


atividades operacionais.
II. Margem de Segurança Operacional corresponde à quantidade de produtos ou
receitas que uma empresa opera abaixo do ponto de equilíbrio.
III. Produção em Série é um sistema produtivo no qual as empresas necessitam de um
pedido formal do cliente. Os produtos não são padronizados, sendo produzidos de
acordo com as características pedidas pelos clientes.
IV. Rateio de Custo é a alocação dos custos aos objetos de custeio tendo por base um critério de
rateio previamente definido.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 40


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V. Sistema de Acumulação de Custos por Processo é o sistema de acumulação de


custos utilizados pelas empresas que trabalham em produção em série. Consiste em
acumular os custos em uma conta representativa de um centro de custos e dividi-los
pela produção equivalente para obter o custo de uma unidade de produto.

A sequência CORRETA é:

a) V, F, F, V, V.
b) V, F, F, V, F.
c) F, F, F, V, V.
d) F, V, V, V, F.

7 - Uma sociedade empresária apresentou os seguintes gastos efetuados no mês de agosto de


2012.

-prima para industrialização sem incidência de tributos - R$ 15.000,00


-prima adquirida - R$ 400,00
- prima em produto acabado - R$1.800,00
- R$ 230,00
administrativo-financeira e jurídico - R$1.200,00
- R$ 300,00
- R$ 900,00

Considerando que 50% da matéria-prima adquirida foi consumida na produção, e que a empresa
apresentava no início do mês de agosto e no fim do mês de agosto estoque de produtos em
elaboração zero e, ainda, que vendeu 60% da sua produção, o Custo dos Produtos Vendidos
apurados pelo custeio por absorção é de: (Exame de Suficiência 2012/2)

a) R$5.718,00.
b) R$5.838,00.
c) R$6.090,00.
d) R$6.210,00.

8 - No primeiro trimestre de 2012, uma Indústria concluiu a produção de 600 unidades de um


produto, tendo vendido 400 unidades ao preço unitário de R$120,00. No mesmo período, foram
coletadas as informações abaixo: (Exame de Suficiência 2012/2)

Custo Variável Unitário R$20,00


Total de Custos Fixos R$18.000,00
Despesas Variáveis de Vendas R$2,00 por unidade
Estoque Inicial de Produtos Acabados R$0,00
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Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, o Custo dos Produtos Vendidos
calculado, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção e do Custeio Variável, alcançou os
seguintes valores:

a) R$18.000,00 e R$8.000,00.
b) R$18.000,00 e R$8.800,00.
c) R$20.000,00 e R$8.000,00.
d) R$20.000,00 e R$8.800,00.

9 - Uma sociedade industrial produz dois tipos de produtos: camisa e calça masculina. A produção
se dá em dois departamentos: Corte e Costura. Sua estrutura de custos em determinado período
foi a seguinte:

Custos diretos referentes aos produtos:

Custos Diretos Totais


Calça R$ 126.000,00
Camisa R$ 54.000,00

Custo indireto de produção comum aos dois produtos

Aluguel R$ 6.500,00
Energia elétrica R$ 5.800,00

Outros dados coletados no período:

 Área e consumo de energia de cada Departamento

Departamento de Departamento de Total


Corte Costura
Área em m2 195 455 650
Consumo de Energia em KWH 108 432 540

A empresa utiliza o critério de departamentalização para alocação dos custos aos produtos.
O aluguel é distribuído de acordo com a área e a energia elétrica é distribuída de acordo com o
consumo de cada Departamento.
 Os custos departamentais são distribuídos aos produtos nas seguintes proporções:

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Departamento de Corte Departamento de Costura


Calça 40% 30%
Camisa 60% 70%

Quantidade de produção

Quantidade
Produzida
Calça 10.000 unidades
Camisa 7.000 unidades

Considerando que a empresa produziu no período 10.000 calças, o custode produção de uma
calça é de(Exame de Suficiência 2013/2):

a) R$13,00.
b) R$13,22.
c) R$13,33.
d) R$13,46.

10 - Uma Indústria produz apenas um produto e incorreu nos seguintes gastos durante o mês de
fevereiro de 2014: (Exame de Suficiência 2014/1)

Mão de obra direta R$ 99.000,00


Salário da supervisão da fábrica R$ 22.500,00
Salário da Administração geral da empresa R$ 31.500,00
Comissões dos Vereadores R$ 18.000,00
Outros Custos de fabricação R$ 36.000,00
Compra de Matéria-prima (líquida dos tributos recuperáveis) R$ 45.000,00

Saldos em fevereiro de 2014


Estoque Inicial de Produtos em Processo R$ 54.000,00
Estoque Final de Produtos em Processo R$ 9.000,00
Estoque Inicial de Matéria-Prima R$ 13.500,00
Estoque Final de Material Prima R$ 31.500,00

O Custo da Produção Acabada em fevereiro de 2014, pelo Método de Custeio por Absorção, é de:

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a) R$184.500,00
b) R$202.500,00.
c) R$211.500,00.
d) R$229.500,00.

11 – Uma Sociedade Empresária tem custos fixos totais de R$ 190.000,00 por mês, custos
variáveis de R$ 12,00 por unidade e despesas variáveis com vendas de R$ 2,00 por unidade
vendida.(Exame de Suficiência 2014/2)
No mês de junho de 2014, o volume produzido foi de 10.000 unidades, e todas as unidades
produzidas no mês foram vendidas ao preço de R$ 60,00 por unidade, líquido de impostos.
Não havia estoques iniciais.

Utilizando-se o Custeio por Absorção, é correto afirmar que o Lucro Bruto, em junho de 2014, foi
de:

a) R$ 270.000,00
b) R$ 290.000,00
c) R$ 410.000,00
d) R$ 460.000,00

12 – (Exame de Suficiência – 2014 II) Relacione os métodos de custeio, enumerados na primeira


coluna, com as respectivas descrições na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção
CORRETA.

(1) Custeio Baseado em Atividades () Método que aloca os custos variáveis aos
produtos e considera os custos fixos como
despesa do período, afetando o resultado
desse período.
(2) Custeio por Absorção () Forma de alocação de custos que consiste
no rateio dos custos de produção e de todas as
despesas da empresa, inclusive as financeiras
a todos os produtos.
(3) Custeio Variável () Procura reduzir as distorções provocadas
pelo rateio arbitrário dos custos indiretos, por
meio da utilização de direcionadores de custos.
(4) Custeio Pleno ou RKW () Consiste na apropriação de todos os custos
de produção aos bens elaborados. Todos os
gastos relativos aos esforço de produção são
distribuídos para todos os produtos ou serviços
feitos.

A sequência CORRETA é:
a) 2, 1, 4, 3
b) 2, 4, 1, 3
c) 3, 1, 4, 2
d) 3, 4, 1, 2

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13 – (Exame de Suficiência – 2014 II) – Uma indústria produz um determinado produto e


apresentou as seguintes movimentações em determinado período.

Estoque inicial de produtos acabados Zero unidade


Quantidade produzida no período 200 unidades
Quantidade vendida no período 150 unidades
Preço de venda unitário R$ 50,00
Custo Fixo Total R$ 5.000,00
Custo Variável por Unidade R$ 15,00

Com base no Custeio por Absorção, e desconsiderando os tributos incidentes, os valores do


Estoque Final e do Resultado Líquido com Mercadorias, respectivamente, são de:

a) R$ 1.812,50 e R$ 2.062,50
b) R$ 1.812,50 e R$ 4.262,50
c) R$ 2.000,00 e R$ 1.500,00
d) R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00

14 – (Exame de Suficiência – 2014 II) Durante o mês de julho de 2014, uma indústria que produz
seus produtos em ambientes separados do local de comercialização obteve os seguintes gastos:

Aluguel do prédio da área de vendas R$ 3.620,00


Depreciação das máquinas da produção R$ 3.180,00
Energia Elétrica consumida pela fábrica R$ 5.240,00
Mão de obra direta utilizada na produção R$ 42.400,00
Matéria-prima consumida R$ 31.800,00
Telefone utilizado pelo setor comercial R$ 530,00

Informações adicionais:
 Todas a unidades iniciadas foram concluídas no período
 Não havia produtos em processo no início e no final do período.

Com base nos dados acima, assinale a opção CORRETA:


a) O Custo da Produção Acabada no período foi de R$ 86.770,00
b) O Custo de Produção do período foi de R$ 86.240,00
c) O Custo de Transformação no período foi de R$ 8.420,00
d) O Custo Primário no período foi de R$ 74.200,00

15 - Uma determinada indústria fabrica dois produtos: A e B.(Exame de Suficiência – 2015-I)

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No mês de fevereiro de 2015, a indústria incorreu em Custos Indiretos de Fabricação no total de


R$15.000,00. Nesse mesmo mês, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto.
Para produzir o produto A, foram consumidas 3.000 horas/máquina e, para produzir o produto B,
foram consumidas 7.000 horas/máquina.
Os Custos Indiretos de Fabricação são apropriados aos produtos, com base nas horas/máquina
consumidas.
Os custos variáveis de cada um dos produtos são de R$5,00 por unidade.
Considerando os dados acima, o custo unitário total do produto A, calculado pelo Custeio por
Absorção, no mês de fevereiro, é de:
a) R$7,25.
b) R$7,50.
c) R$8,75.
d) R$10,25.

16 - O Departamento de Custos de uma sociedade industrial apresentou os seguintes dados:


I) Referentes à produção do período:

Produto 1 Produto 2 Total


Produção(unidaes) 10.000 200 10.200
Custo Direto (por unidade) R$ 15,00 R$ 10,00
Custo Direto Total R$ 150.000,00 R$ 2.000,00 R$ 152.000,00
Custo Indireto Total R$ 223.400,00
Número de lotes recebidos e produzidos 50 30 80
Quantidade de ordens de produção 16 4 20
Horas-máquina para operação de equipamento 900 400 1.300

II) Referentes à distribuição dos Custos Indiretos de Fabricação:

Gasto Valor Direcionador de Custos


Recebimento e Movimentação de R$ 72.400,00 Número de lotes recebidos e
Material produziods
Planejamento e Controle de Produção R$ 47.000,00 Quantidade de ordens de produção
Operação do Equipamento R$ 104.000,00 Horas-máquina para operação do
equipamento
Total R$ 223.400,00

Considerando que a empresa adota o Custeio Baseado em Atividades, ocusto de produção do


produto 1 é de:

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a) R$284.040,00.
b) R$289.625,00.
c) R$304.850,00.
d) R$328.720,00.

17 - Uma Indústria apresenta os seguintes custos de produção referentes ao mês de janeiro de


2015 (Exame de Suficiência 2015/2):
Produtos Matéria-Prima Mão de Obra
A R$ 9.100,00 R$ 12.000,00
B R$ 2.600,00 R$ 3.000,00
C R$ 1.300,00 R$ 2.000,00
Os Custos Fixos do mês totalizaram R$ 6.500,00. Esses custos fixos são indiretos e distribuídos
entre os produtos na proporção da matéria-prima consumida, nos casos em que o critério exige
alocação de tais custos.
Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que:
a) o custo do produto A, calculado com base no Custeio Variável, é de R$ 21.100,00.
b) o custo do produto A, calculado com base no Custeio Variável, é de R$ 25.650,00.
c) o custo do produto B, calculado com base no Custeio por Absorção, é de R$ 5.600,00.
d) o custo do produto C, calculado com base no Custeio por Absorção, é de R$ 3.300,00.

18 - Uma Indústria produz apenas um produto. No mês de agosto de 2015, produziu e vendeu 300
unidades desse produto. Os custos e as despesas para produzir e vender os produtos foram os
seguintes (Exame de Suficiência 2015/2):
R$ 10,00 por unidade de custos variáveis.
R$ 8,00 por unidade de despesas variáveis.
R$ 12,00 por unidade de custos fixos.
R$ 7,00 por unidade de despesas fixas.
Com base nos dados acima e considerando-se que não havia saldo inicial, o custo total dos
produtos produzidos e vendidos, utilizando-se o Custeio por Absorção, foi de:
a) R$ 5.700,00.
b) R$ 6.600,00.
c) R$ 8.100,00.
d) R$ 11.100,00.

4. Margem de Contribuição

A análise custo x volume x lucro é sem dúvida a principal ferramenta gerencial


relacionada à contabilidade de custos e a contabilidade gerencial.

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Com base em informações da contabilidade de custos, a ferramenta torna possível a


obtenção de informações fundamentais para que o gestor possa tomar as decisões adequadas.
Dentre as informações relevantes que podem ser obtidas na análise custo X volume x
lucro destacam-se as que seguem:
- Qual produto deve ter suas vendas incentivadas?
- Quantos produtos é preciso comercializar para não ter prejuízo?
- Quanto eu preciso vender para ter um lucro de x %?
- Qual o impacto da diminuição das vendas no meu lucro?
Por ser uma ferramenta muito importante, o tema é um dos mais cobrados nos
concursos públicos.
A análise Custo X Volume X Lucro pode ser dividido em 3 (três) subtemas que se
complementam: Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança.

ANÁLISE
CUSTO X VOLUME X
LUCROS

MARGEM DE PONTO DE MARGEM DE


CONTRIBUIÇÃO EQUILÍBRIO SEGURANÇA

Importante destacar que até então somente tínhamos tratado de custos, mas a partir
de agora outros conceitos serão abordados, tais como, preço de venda e lucro.

4.1. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO


Em regra, os gastos variáveis são diretos, sendo facilmente identificáveis em relação
ao produto. Ou seja, é possível sem maiores dificuldades identificar os gastos variáveis de cada
produto ou de um mesmo tipo de produto.
Os gastos fixos, por sua vez, não possuem relação direta com os produtos e apropriar
esses gastos nem sempre é muito fácil e muitas vezes sequer é possível.
Neste contexto, merece destaque a análise da margem de contribuição que representa
a contribuição mínima de cada produto para cobrir todos os gastos fixos.
Segundo Eliseu Martins ( 2009, 179), Margem de Contribuição por Unidade é:
É a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é
o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o
custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro.

Em outras palavras a Margem de Contribuição é a sobra financeira da


produção de cada produto ou de uma divisão da empresa para pagar as despesas e os
custos fixos e para gerar lucro.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 48


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É possível através da margem de contribuição obter, por exemplo, as seguintes


informações:
Quais os produtos mais lucrativos?
Qual o produto ou serviço produzido, que contribui mais para a recuperação
das despesas e custos fixos?
Quais os produtos deficitários?

4.1.1 – Margem de Contribuição Unitária


O cálculo da Margem de Contribuição Unitária (MCU) pode ser obtido a partir da
seguinte fórmula:
MCU = PV – GVU
Onde:
MCU: Margem de Contribuição Unitária
PV: Preço de Venda
GVUGastos Variáveis Unitários (Custos e Despesas Variáveis unitários).

Muito mais fácil que decorar as inúmeras fórmulas é importante entendermos o que de
fato estamos tratando.
Vamos imaginar uma camisa de um conhecido time de futebol, que é dividida em três
partes:

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PREÇO DE
VENDA

GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS
FIXOS

LUCRO

Margem de Contribuição: Preço de Venda (PV) – Gastos


Variáveis (GV)

Um preço de venda deve cobrir os gastos variáveis e os gastos fixos e, ainda, gerar
lucro.
Ao vendermos uma camisa (preço de venda), após descontarmos os gastos variáveis,
o que sobra contribui para pagar os gastos fixos (aluguel, seguro e etc.) e para gerar o lucro.
Desta forma, cada produto vendido gera uma contribuição para pagamento dos gastos
fixos (que não variam de acordo com a produção) e para gerar lucro. Logo, quanto maior a
margem de contribuição unitária melhor.
Em uma análise comparativa, devem ser incentivadas as vendas dos produtos
que tiverem a maior margem de contribuição unitária, por serem os produtos com maior
capacidade de geração de lucro.

4.1.2 – Margem de Contribuição Total


A Margem de Contribuição Total (MCT) pode ser obtida a partir da seguinte fórmula:
MCT = RVT – GVT
Onde:
MCT: Margem de Contribuição Total
RVT:Receita de Venda Total
GVTGastos VariáveisTotais (Custos e Despesas Variáveis Totais).

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A margem de contribuição total representa o montante que será utilizado para o


pagamento dos gastos fixos totais e para gerar lucro.

É possível também obter a Margem de Contribuição Total a partir da Margem de


Contribuição Unitária (MCU). Para tanto é necessário multiplicar cada MCU pelas respectivas
quantidades de produtos vendidas, para enfim calcular a margem de contribuição total através da
soma de cada margem de contribuição total por produtos.

Lembram da questão comentada acima?Se pegarmos o exemplo que apresentamos


para justificar a resposta temos:

Prato Jarra Bacia Potes Canecas


MCU R$ 2,70 R$ 2,90 R$ 2,30 R$ 1,50 R$ 3,00
Vendas (un) 100 100 100 100 100
R$ 270,00 R$ 290,00 R$ 230,00 R$ 150,00 R$ 300,00

No comentário obtivemos a margem de contribuição totalde cada produto. Para


calcular a margem de contribuição total de uma empresa é necessário somar a MCT de cada
produto.
No exemplo acima teríamos: R$ 270,00 + R$ 290,00 + R$ 230,00 + R$ 150,00 + R$
300,00 = R$ 1.240,00.
4.1.3 – Vantagens e desvantagens da Margem de Contribuição
Dentre as vantagens da utilização da Margem de Contribuição para a tomada de
decisão temos que:

 Auxilia na identificação dos produtos que devem ter suas vendas


incentivadas;
 Identificam os produtos deficitários;
 Auxilia na identificação dos produtos que apesar de deficitários, devem ser
tolerados pelos benefícios de venda que possam trazer a outros produtos (pãozinho na padaria);
 Auxilia na decisão de redução de preços (descontos).

A principal desvantagem deve-se ao fato da análise ter como base o preço de venda,
gerando informação gerencial para ser utilizada no curto prazo, não sendo, por conseguinte, útil
para decisões de longo prazo.

4.1.4 – Margem de Contribuição e limitação na capacidade produtiva


Embora pareça simples, a utilização da margem de contribuição possui variáveis que
precisam ser consideradas nas análises. Uma dessas variáveis é a limitação na capacidade
produtiva.
Para entendermos o conceito de capacidade produtiva e para auxiliar na resolução
de diversas questões, outros conceitos devem ser abordados.
Capacidade Instalada (ou produtiva): é a capacidade máxima de produção de
uma empresa em uma determinada estrutura de custos fixos.
Produção Atual: Como o próprio nome já diz é a produção em um determinado
período.
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Capacidade Ociosa: é o intervalo existente entre a capacidade instalada (ou


produtiva) e a produção atual. Ou seja, é uma capacidade de produção disponível, mas que não
está sendo utilizada.
Teoria das Restrições: Segundo a Teoria das Restrições, também conhecida com
T.O.C (TheoryofConstraints), toda empresa, processo ou sistema possui, no mínimo, uma
restrição, que nada mais é que um gargalo no sistema produtivo, que precisa ser identificado com
o objetivo de otimizar a produção nesses pontos.
Como já vimos anteriormente, se nenhuma outra variável estiver colocada deve se
optar pela produção e/ou incentivo de produtos que tenham a maior margem de contribuição
unitária.
Mas ao nos depararmos com uma restrição ou limitação na capacidade produtiva,
em muitas oportunidades, teremos que escolher dentre alguns produtos, qual, por exemplo, que
diminuiremos ou retiraremos de produção.
Nestes casos, além de considerarmos a margem de contribuição, devemos
relacioná-la com a restrição proposta. Feita esta relação, segue a mesma lógica, deverá ser
produzida e/ou incentivada vendas dos produtos que tenham a maior MCU/restrição.
Por exemplo, se a restrição ou gargalo for a quantidade de horas-máquinas
disponível, deverá ser produzida e/ou incentivada vendas dos produtos com maior MCU/hora
máquina.

QUESTÕES DE PROVAS

1 - Uma empresa obteve, no primeiro semestre de 2002, uma Receita com Vendas no montante
de R$ 1.650.000,00, um Custo Variável de Fabricação de R$ 720.000,00, uma Despesa Variável
de Vendas de R$ 135.000,00 e um Custo Fixo de Fabricação de R$ 320.000,00. A Margem de
Contribuição pelo Custeio Direto e o Resultado Bruto pelo Custeio por Absorção no semestre são,
respectivamente: (Exame de Suficiência 2002/2)

a) R$ 475.000,00 ; R$ 610.000,00
b) R$ 610.000,00 ; R$ 795.000,00
c) R$ 795.000,00 ; R$ 475.000,00
d) R$ 795.000,00 ; R$ 610.000,00

2 - Uma indústria apresenta aos seus analistas de custos as seguintes informações do


mês de fevereiro de 2012: (Exame de Suficiência 2012/1)

Quantidade Quantidade Custo Variável Preço de


Produtos
Produzida vendida Total Venda Unitário
A 1.200 unids 1.100 unids R$ 20.160,00 R$ 40,00
B 750 unids 500 unids R$ 33.000,00 R$ 70,00
C 5.200 unids 5.200 unids R$ 33.280,00 R$ 13,00

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 A empresa adota o Custeio por Absorção.


 Os Custos Fixos Totais são de R$21.610,00 e foram rateados aos produtos
com base nos custos variáveis totais.
 As Despesas Variáveis representam 5% do preço de vendas.
 As Despesas Fixas representam R$6.300,00.

A Margem de Contribuição Total dos produtos A, B e C são, respectivamente:


a) R$23.320,00; R$11.250,00; e R$30.940,00.
b) R$25.440,00; R$16.875,00; e R$30.940,00.
c) R$25.520,00; R$13.000,00; e R$34.320,00.
d) R$27.840,00; R$19.500,00; e R$34.320,00.

3 - Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados (Exame de Suficiência 2012/2):

Vendas R$375.000,00
Custo Variável R$200.000,00
Despesas Variáveis R$45.000,00
Custos Fixos Totais R$100.000,00

Com base nesses dados, a Margem de Contribuição Total é:

a) R$30.000,00.
b) R$130.000,00.
c) R$175.000,00.
d) R$230.000,00.

4 - Uma indústria apresentou R$77.000,00, de custos fixos totais, e R$176.000,00, de custos


variáveis totais, tendo produzido e comercializado 1.100 unidades.

Considerando que a margem de contribuição unitária é de R$145,00 e desconsiderando as


despesas, é CORRETO afirmar que (Exame de Suficiência 2013/1):

a) o preço de venda é de R$305,00, pois a margem de contribuição considera apenas os itens


variáveis.
b) o preço de venda é de R$375,00, pois a margem de contribuição é calculada após considerar
todos os itens de custos.
c) se o preço de venda for de R$222,00, a empresa obterá um lucro líquido de R$167.200,00 no
período.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 53


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d) se o preço de venda for de R$321,00, a empresa obterá um lucro líquido de R$177.100,00 no


período.

Uma Indústria fabrica quatro tipos de produtos e obtém as margens de contribuição a seguir
discriminadas (Exame de Suficiência 2015/2)::

Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4


Preço de Venda R$ 150,00 R$ 300,00 R$ 200,00 R$ 350,00
Custos Variáveis R$ 80,00 R$ 180,00 R$ 170,00 R$ 290,00
Margem de Contribuição R$70,00 R$120,00 R$ 30,00 R$60,00

Na fabricação dos quatro produtos, é utilizado um mesmo tipo de material secundário, nas
seguintes quantidades:
Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4
Quantidades de material
Secundário necessárias à fabricação de umaunidade de produto
2 5 1 3

No mês de julho, ocorreu uma escassez do material secundário no mercado. A indústria


identificou que não dispõe, em seus estoques, de materiais em quantidade suficiente para fabricar
os produtos e atender à demanda pelos quatro produtos.

Considerando-se as informações fornecidas e que o mercado absorve todas as unidades


produzidas, é CORRETO afirmar que, diante da escassez de material secundário, a indústria
deverá priorizar a fabricação do:

a) produto 1, pois é o que apresenta maior margem de contribuição por fator limitativo da
produção.
b) produto 2, pois é o que apresenta menor margem de contribuição unitária.
c) produto 3, pois é o que apresenta menor quantidade de material secundário por unidade
produzida.
d) produto 4, pois é o que apresenta maior preço de venda por produto.

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5. Ponto de Equilíbrio

Na esteira da análise Custo X Volume X Lucro, outro elemento importante do ponto de


vista gerencial é a análise do ponto de equilíbrio e toda as suas variações.

5.1. PONTO DE EQUILÍBRIO


5.2.
Ponto de Equilíbrio é o momento em que o nível de vendas, em unidades ou em
valor, torna nulo o resultado, ou seja, é o nível de vendas onde não há nem lucro, nem
prejuízo.Neste momento, a situação econômica da empresa está em equilíbrio, ou seja, as vendas
são suficientes para cobrir seus custos e despesas totais.
Cumpre-nos destacar que o ponto de equilíbrio não é um estágio único e fixo, uma vez
que cada empresa, de acordo com as suas características, possui seus próprios pontos de
equilíbrio. E mais, uma mesma empresa pode em momentos distintos ter pontos de equilíbrio
igualmente distintos.
Nas indústrias, o ponto de equilíbrio tem a finalidade de revelar o volume a ser
produzido e comercializado para que se consiga ao menos cobrir os seus custos e despesas
totais.
Para melhor entendimento, vamos relembrar o esquema utilizado para descomplicar a
margem de contribuição:

O PREÇO DE VENDA
COBRE:

GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS
FIXOS

LUCRO

Margem de Contribuição: Preço de Venda (PV) – Gastos


Variáveis (GV)

Como explicamos anteriormente, quando tiramos os gastos variáveis do preço de


venda, o que sobra contribui para pagar os custos fixos e gerar lucro.
Como no ponto de equilíbrio o lucro é nulo (R$ 0,00), a margem de contribuição será
utilizada para pagar somente os gastos fixos.
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O PREÇO DE VENDA
COBRE:
GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS
FIXOS

LUCRO = R$
0,00

Margem de Contribuição: Preço de Venda (PV) – Gastos


Variáveis (GV)

A Margem de Contribuição no ponto de equilíbrio contribui


para pagar somente os gastos fixos.

Mais uma dica importante que podemos dar é que a margem de contribuição total no
ponto de equilíbrio será igual aos custos fixos.
Agora vamos imaginar uma situação hipotética onde os gastos fixos sejam de R$
10.000,00 (dez mil reais) e que o preço de venda da camisa seja de R$ 130,00 (cento e trinta
reais) e que o gasto variável desta camisa seja de R$ 80,00 (oitenta reais). Quantas camisas
teriam que ser vendidas para não houvesse lucro ou prejuízo (ponto de equilíbrio)?
Primeiramente seria necessário calcular, quanto cada camisa contribui para pagar os
gastos fixos.
Posteriormente, devem ser calculadas quantas camisas deverão ser vendidas para
pagar todos os gastos fixos.
Utilizando o mesmo esquema, passamos a solução da questão apresentada.

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PREÇO DE VENDA: R$
130,00

GASTOS
VARIÁVEIS: R$
80,00

GASTOS
FIXOS

LUCRO = R$
0,00

Margem de Contribuição: Preço de Venda (PV) – Gastos


Variáveis (GV)
Margem de Contribuição: R$ 130,00 – R$ 80,00
Margem de Contribuição: R$ 50,00

Cada camisa contribui com R$ 50,00 (cinqüenta reais) para


pagar somente os gastos fixos.

Como os gastos fixos são de R$ 10.000,00 será necessário


vender 200 camisas para cobrir esse montante.

CUSTOS FIXOS / MCU = R$ 10.000,00 / R$ 50,00 = 200

De acordo com o exemplo, chegamos a fórmula do ponto de equilíbrio:


Peq (unid) = Gastos Fixos / MCU
Para encontrarmos o ponto de equilíbrio em valor, ou seja, a receita necessária para
pagar todos os gastos fixos e variáveis, devemos multiplicar o Peq (unid) pelo preço de venda.
Peq (R$) = Peq (unid) X Preço de Venda
Oponto de equilíbrio em unidades representa a quantidade mínima que a empresa
deve vender para não apurar prejuízo, enquanto o ponto de equilíbrio em valor representa a
receita de vendas mínima que a empresa deve auferir para não apurar prejuízo.
Este tipo de análise é muito importante para empresas com fins lucrativos e, também,
para as entidades sem fins lucrativos, em função de se verificar como os custos variam em função
do volume produzido e, conseqüentemente, o resultado obtido.

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É muito importante atentar para o fato de que vários conceitos relativamente


simples são cobrados em uma mesma questão, o que dá a sensação de que a questão é
mais complicada do que efetivamente é.

5.3. TIPOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO


O ponto de equilíbrio, como já abordado anteriormente, é o nível de vendas em que
não há nem lucro nem prejuízo, ou seja, quando o resultado é nulo.

O cálculo do ponto de equilíbrio pode variar, por meio da inserção ou retirada de


valores nas variáveis que são utilizadas para o cálculo e pela finalidade da informação que se
pretende alcançar.

Os tipos de ponto de equilíbrio possuem relação direta com aquilo que se pretende ao
utilizar a informação que será gerada.

Os tipos de ponto de equilíbrio podem ser demonstrados no esquema abaixo:

PONTO DE
EQUILÍBRIO

P. P. P.
EQUILÍBRIO EQUILÍBRIO EQUILÍBRIO
CONTÁBIL FINANCEIRO ECONÔMICO

5.3.1 – PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL


O Ponto de Equilíbrio Contábil ou Operacional em Unidades (PEC unid.) representa a
quantidade de produtos que deve ser vendida para que o resultado do período seja nulo sem
considerar nenhuma outra variável.

São considerados somente os gastos fixos contabilizados e a margem de contribuição


unitária. Podemos também, para efeito de memorização, chamá-lo de Ponto de Equilíbrio Puro.

PEC unid = Gastos Fixos (R$) / MCU (R$)

O PEC em Valor (R$) pode ser obtido multiplicando o Ponto de equilíbrio contábil em
unidade pelo preço de venda.

PEC valor = PEC unid x preço de venda

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NO PEC AS VENDAS COBREM:

GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS
FIXOS

5.3.2 – PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO


Como já havíamos abordado anteriormente, o cálculo do ponto de equilíbrio pode
variar, por meio da inserção ou retirada de valores nas variáveis que são utilizadas para o cálculo
e pela finalidade da informação que se pretende alcançar.

O objetivo do ponto de equilíbrio financeiro é estabelecer o nível de vendas em que


não haverá nem lucro nem prejuízo, considerando informações relacionadas ao fluxo financeiro
da empresa.

Para calcular o ponto de equilíbrio financeiro devem ser excluídos os custos que
não geram reflexo financeiro (depreciação) e incluídos outros dispêndios financeiros não
contabilizados como custos (um empréstimo devido ou a aquisição de um bem, por exemplo).

Desta forma, quando uma empresa desejar saber o nível de vendas necessárias para
o pagamento de todos os custos e ainda pagar uma dívida, fazer um investimento ou adquirir um
bem deve recorrer ao ponto de equilíbrio financeiro.

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NO PEF AS VENDAS COBREM:

GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS FIXOS –
DEPRECIAÇÃO

DÍVIDAS NÃO
COMPUTADAS

Neste cenário, podemos afirmar que o ponto de equilíbrio financeiro pode ser em regra
geral, sintetizado na seguinte fórmula:

PEF unid = (Gastos Fixos (R$) – Depreciação(R$)) + Dívidas(R$) / MCU (R$)

Depreende-se que a diferença básica entre o Ponto de Equilíbrio Contábil e o Ponto


de Equilíbrio Financeiro é que neste último exclui-se dos Gastos Fixos o valor relativo à
depreciação, uma vez que é um custo que não representa um desembolso financeiro e é possível
adicionar algum desembolso financeiro adicional não computado anteriormente.

5.3.3 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO


Na mesma linha de inserção de valores, uma empresa pode em um processo de
planejamento e decisão fixar metas de vendas com vistas à obtenção de um determinado lucro.
Isso significa que além de contribuir para o pagamento do custo fixo, a margem de contribuição
deverá cobrir um lucro previamente estabelecido.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 60


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NO PEE AS VENDAS COBREM:

GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS
FIXOS

LUCRO
DETERMINADO

Assim será necessário somar aos gastos fixos, um lucro pré-determinado que será
coberto com a margem de contribuição.

Utilizando a fórmula inicial, o cálculo pode do Ponto de Equilíbrio Econômico pode ser
representado assim:

PEE unid = Gastos Fixos (R$) + Lucro Desejado (R$) / MCU (R$)

5.4. TÓPICOS ESPECIAIS DE PONTO DE EQUILÍBRIO


Em muitas oportunidades nem todas as informações podem ser disponibilizadas e as
questões requerem outros conhecimentos.

A obtenção do ponto de equilíbrio em valor poderá ser feita por meio da utilização do
percentual de margem de contribuição.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 61


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O PREÇO DE VENDA
COBRE
GASTOS
VARIÁVEIS

GASTOS
FIXOS

MC = GASTOS FIXOS
OU % DO PREÇO DE
VENDA

LUCRO = R$
0,00

Margem de Contribuição: Preço de Venda (PV) – Gastos


Variáveis (GV)

Logo, a Margem de Contribuição é um PERCENTUAL do


preço de venda e é esta parte da receita que contribui para
pagar os custos fixos.

Então podemos afirmar que PEC valor = Custos Fixos (R$) / % de margem de
Contribuição.

O PEC valor representa o valor mínimo de vendas (em R$) que a empresa deve
conseguir para que não tenha lucro nem prejuízo.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 62


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QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÃO COMENTADA
Questão 23–Exame de Suficiência do CFC – 2/2011 – CONTADOR

Uma empresa apresenta duas propostas de orçamento para o segundo semestre de


2012.

Orçamento 1 % Orçamento 2 %
Vendas R$ 8.550.000,00 100 R$ 14.400.000,00 100
Custos Variáveis R$ 5.130.000,00 60 R$ 5.760,000.00 40
Margem Contribuição R$ 3.420.000,00 40 R$ 8.640.000,00 60
Custos Fixos R$ 1.795.500,00 21 R$ 4.752.000,00 33
Lucro Líquido R$ 1.624.500,00 19 R$ 3.888.000,00 27

Os pontos de equilíbrio contábil dos Orçamentos 1 e 2, em valores monetários, são,


respectivamente:

a) R$9.450.000,00 e R$17.600.000,00.
b) R$7.735.714,29 e R$11.781.818,18.
c) R$4.488.750,00 e R$7.920.000,00.
d) R$4.061.250,00 e R$6.480.000,00.

A questão cobrada no Exame de Suficiência de CFC é muito apropriada para abordarmos a


questão. Foram informados os dados pelos valores totais e não foram informadas as quantidades
no orçamento o que impossibilita o calculo da margem de contribuição unitária e o ponto de
equilíbrio em unidades.
Além disso, os custos variáveis totais se referem a um nível de vendas que não é o ponto de
equilíbrio e como sabemos os CVTs variam de acordo com as vendas e/ou produção.
Mas como podemos calcular o ponto de equilíbrio em valor (PEC valor)?
Simples, basta dividirmos os custos fixos (que não variam em face da produção) pela margem de
contribuição em percentual, que foi fornecida na questão.
Orçamento 1
R$ 1.795.500,00 / 0,40 = R$ 4.488.750,00
Orçamento 2
R$ 4.752.000,00 / 0,60 = R$ 7.920.000,00

Observe que a banca foi bem legal com os candidatos, já que forneceu os percentuais em uma
tentativa clara de lembrar àqueles que se preparam.
Resposta: letra C.
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O raciocínio aplicado no tópico especial apresentado acima, também se aplica aos pontos de
equilíbrio financeiro e econômico. Para comprovar, vamos comentar mais uma questão:

QUESTÃO COMENTADA
Questão 23–Exame de Suficiência do CFC – 1/2001 – CONTADOR

A Empresa Tauru’s S.A. produz e vende 40 unidades mensais de um determinado produto,


apurando os dados abaixo:

Preço de venda unitário R$ 32.000,00


Custos e despesas variáveis unitários R$ 16.000,00
Custos e despesas fixas R$ 80.000,00

Demonstração de Resultados

Receita de Vendas R$ 1.280.000,


( -) Custos e Despesas Variáveis R$ 640.000,00
(=) Margem de Contribuição R$ 640.000,00
( -) Custos e Despesas Fixas R$ 80.000,00
(=) Resultado Operacional R$ 560.000,00

Com base nesses dados, indique respectivamente:


- o ponto de equilíbrio, em unidades e
- o valor da receita necessária para se obter um lucro líquido de 10% sobre a Receita de Vendas.

a) 5 unidades e R$ 640.000,00
b) 40 unidades e R$ 1.280.000,00
c) 5 unidades e R$ 200.000,00
d) 40 unidade e R$ 640.000,00

A questão trás muitas informações que na prática não serão utilizadas para a resolução das
questões.
Inicialmente devemos ter em mente o objetivo da questão: calcular o Ponto de Equilíbrio Contábil
em unidades e o Ponto de Equilíbrio Econômico em valor.
Para calcular o ponto de equilíbrio contábil devemos encontrar a Margem de Contribuição Unitária
MCU = R$ 32.000,00 – 16.000,00 = 16.000,00
Basta agora dividirmos os gastos fixos pela margem de contribuição:
PEC unid = 80.000 / 16.000 = 5 unidades
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Até aí simples, não é?


Mas como faremos para calcular o ponto de equilíbrio financeiro, se o lucro desejado está em
percentual e não em valor?
Simples, já sabemos que é possível calcular o ponto de equilíbrio com base no percentual (%) de
margem de contribuição.
PEC valor = Custo Fixo / % margem de contribuição
Só que o requerido é o PEE. Podemos então utilizar do exemplo gráfico criado para tentar explicar
como será o cálculo.

NO PEE AS VENDAS COBREM:

GASTOS
VARIÁVEIS (50 %)

GASTOS
FIXOS
(40 %)

LUCRO
DETERMINADO (10%)

COMO OS GASTOS VARIÁVEIS REPRESENTAM 50% E O LUCRO


DESEJADO 10%, OS GASTOS FIXOS REPRESENTAM,
OBRIGATORIAMENTE, 40% RECEITA NECESSÁRIA

Assim, podemos dizer 40% de uma receita qualquer será igual a R$ 80.000,00.

Logo:

40% Receita = 80.000,00


Receita = 80.000 / 40% = R$ 200.000,00

Resposta: letra C.
Fica claro mais uma vez, que fórmulas sem entendimento não auxiliam na resolução das
questões.

QUESTÕES DO EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 65


CENTRO DE ESTUDOS CONTÁBEIS DO RIO DE JANEIRO

1 - Uma indústria produz e vende apenas dois tipos de lancheira. A do tipo exportação, apresenta
uma contribuição unitária de R$ 30,00 e a do tipo nacional, de R$ 50,00. Os custos fixos totalizam
R$ 2.100.000,00 por mês, rateados de acordo com a margem de contribuição total, de cada tipo
de produto. A indústria tem vendido seus produtos conjuntamente, nas seguintes quantidades
mensais: (Exame de Suficiência 2000/1)
Lancheira tipo exportação 70.000 unidades.
Lancheira tipo nacional 42.000 unidades.

Considerando os dados acima, o ponto de equilíbrio de cada produto é:

a) Lancheira tipo exportação 14.000 unidades.


Lancheira tipo nacional 14.000 unidades.
Total ......................................... 28.000 unidades.
b) Lancheira tipo exportação 8.750 unidades.
Lancheira tipo nacional 14.000 unidades.
Total ............................... 22.750 unidades.
c) Lancheira tipo exportação 21.000 unidades.
Lancheira tipo nacional 21.000 unidades.
Total ............................. 42.000 unidades.
d) Lancheira tipo exportação 35.000 unidades.
Lancheira tipo naciona l21.000 unidades.
Total ........................................ 56.000 unidades.

2 - Na produção de 100.000 unidades de um produto X, são incorridos custos variáveis de R$


1.500.000,00, sendo os custos fixos de R$ 900.000,00 e o preço unitário de venda de R$ 25,00.
Indique o ponto de equilíbrio:(Exame de Suficiência 2000/1)
a) 120.000 unid..
b) 90.000 unid..
c) 60.000 unid..
d) 50.000 unid.

3 - A Empresa Tauru’s S.A. produz e vende 40 unidades mensais de um determinado produto,


apurando os dados abaixo: (Exame de Suficiência 2000/1)

Preço de venda unitário R$ 32.000,00


Custos e despesas variáveis unitários R$ 16.000,00
Custos e despesas fixas R$ 80.000,00
Demonstração de Resultados
Receita de Vendas R$ 1.280.000,00
(  ) Custos e Despesas Variáveis R$ 640.000,00
( = ) Margem de Contribuição R$ 640.000,00
(  ) Custos e Despesas Fixas R$ 80.000,00
( = ) Resultado Operacional R$ 560.000,00

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 66


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Com base nesses dados, indique respectivamente:o ponto de equilíbrio, em unidades


eo valor da receita necessária para se obter um lucro líquido de 10% sobre a Receita de Vendas.
a)5 unidades e R$ 640.000,00
b)40 unidades e R$ 1.280.000,00
c)5 unidades e R$ 200.000,00
d)40 unidades e R$ 640.000,00

4 - Uma empresa vende 40 unidades de produtos. O preço unitário de venda é de R$


12.000,00, os custos e despesas variáveis unitários de R$ 3.000,00 e os custos e
despesas fixas mensais totais de R$ 36.000,00.
O Ponto de Equilíbrio em unidades e o Resultado Operacional Líquido das operações normais na
empresa são, respectivamente:(Exame de Suficiência 2002/2)
a)4 unidades ; R$ 48.000,00
b)4 unidades ; R$ 324.000,00
c)30 unidades ; R$ 270.000,00
d)30 unidades ; R$ 360.000,00

5 - Uma empresa investiu R$ 150.000,00 num empreendimento novo e deseja um lucro


correspondente a 6% ao mês. Os dados projetados são os seguintes: Preço de Venda unitário
R$ 7,00, Custo Variável unitário R$ 4,00, Despesas Variáveis 20% do Preço de Venda e
Custos Fixos e Despesas Fixas num total de R$ 5.000,00 por mês. Diante destes fatos o Ponto de
Equilíbrio Econômico esperado é de:(Exame de Suficiência 2002/2)
a)2.500 unidades
b)3.182 unidades
c)4.667 unidades
d)8.750 unidades

6 - No primeiro semestre de 2003 uma empresa produziu e vendeu 5.500 unidades de um


determinado produto, apresentando o seguinte resultado: (Exame de Suficiência 2003/2)
R$ 99.000.000,00
Receita Total
(-) Custos e Despesas Variáveis de Produtos Vendidos R$ 60.500.000,00
Margem de Contribuição R$ 38.500.000,00
Custos e Despesas Fixas R$ 11.000.000,00
Resultado Operacional R$ 27.500.000,00

A alternativa INCORRETA baseada nos dados acima é:


a)O Ponto de Equilíbrio Contábil demonstra que a empresa precisa vender 1.571 unidades para
cobrir seus custos fixos e despesas.
b)O Ponto de Equilíbrio Financeiro demonstra que a empresa precisa vender 1.550 unidades para
cobrir uma dívida total de R$ 13.000.000,00 pagável em 5 parcelas, vencendo a primeira neste
ano e uma depreciação no montante de 25% dos custos e despesas fixas.
c)O Ponto de Equilíbrio Econômico demonstra que a empresa precisa vender 3.235 unidades para
cobrir um lucro desejado de 25% numa política sobre os custos além de levar em conta o custo de
oportunidade.
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d)O Ponto de Equilíbrio Econômico demonstra que a empresa precisa vender 1.335 unidades para
obter um lucro desejado de 30%, numa política sobre os custos e não levando em conta o custo
de oportunidade.

7 - Uma empresa de treinamento está planejando um curso de especialização. Os custos


previstos são: Custos Variáveis de R$1.200,00 por aluno e Custos Fixos de R$72.000,00, dos
quais R$4.800,00 referem-se à depreciação de equipamentos a serem utilizados. O curso
será vendido a R$6.000,00 por aluno. O Ponto de Equilíbrio Contábil se dá com:(Exame de
Suficiência 2011/1)
a) 10 alunos.
b) 12 alunos.
c) 14 alunos.
d) 15 alunos.

8 - Uma empresa apresenta duas propostas de orçamento para o segundo semestre


de 2012. (Exame de Suficiência 2011/1)

Orçamento 1 % Orçamento 2 %
Vendas R$ 8.550.000,00 100 R$ 14.400.000,00 100
Custos Variáveis R$ 5.130.000,00 60 R$ 5.760,000.00 40
Margem Contribuição R$ 3.420.000,00 40 R$ 8.640.000,00 60
Custos Fixos R$ 1.795.500,00 21 R$ 4.752.000,00 33
Lucro Líquido R$ 1.624.500,00 19 R$ 3.888.000,00 27

Os pontos de equilíbrio contábil dos Orçamentos 1 e 2, em valores monetários,


são, respectivamente:

a) R$9.450.000,00 e R$17.600.000,00.
b) R$7.735.714,29 e R$11.781.818,18.
c) R$4.488.750,00 e R$7.920.000,00.
d) R$4.061.250,00 e R$6.480.000,00.

9 - Uma sociedade empresária produz um produto com preço de venda de R$10,00 por
unidade. Os custos variáveis são R$8,00 por unidade e os custos fixos totalizam R$18.000,00
por ano, dos quais R$4.000,00 são relativos à depreciação. O Patrimônio Líquido da empresa
é de R$50.000,00 e a sua taxa mínima de atratividade é de 10% ao ano. (Exame de Suficiência
2012/1)
O ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro são, respectivamente:
a) 9.000 unidades por ano, 11.500 unidades por ano e 7.000 unidades por ano.
b) 9.000 unidades por ano, 11.500 unidades por ano e 9.500 unidades por ano.
c) 9.000 unidades por ano, 7.000 unidades por ano e 9.500 unidades por ano.
d) 9.000 unidades por ano, 9.500 unidades por ano e 7.000 unidades por ano.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 68


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10 - Uma empresa produz e vende três modelos diferentes de produtos, conforme apresentado
abaixo. (Exame de Suficiência 2014/1)

Demonstração da Margem de Contribuição


Produtos A B C Total
Quantidades 2.000 4.000 4.000 10.000

Receitas com Vendas R$ 200.000,00 R$ 240.000,00 R$ 160.000,00 R$ 600.000,00


(-) Custos Variáveis (R$ 100.000,00) (R$) 96.000,00 (R$ 48.000,00) (R$244.000,00)
Margem de contribuição 100.000,00 R$ 144.000,00 R$112.000,00 R$356.000,00
(-) Custos Fixos (R$206.000,00)
Lucro Líquido R$150.000,00

A Média Ponderada da Margem de Contribuição unitária e o Ponto de Equilíbrio Contábil em


unidades, desconsiderando as casas decimais no resultado final são, respectivamente:

a) R$20,60 e 10.000 unidades.


b) R$35,60 e 5.786 unidades.
c) R$45,00 e 12.640 unidades.
d) R$60,00 e 3.433 unidades.

11 – (Exame de Suficiência 2014 – II) Uma sociedade empresária apresentou as seguintes


projeções de custos para o ano de 2014
 Preço de venda: R$ 40,00 por unidade
 Custos Variáveis: R$ 32.00 por unidade
 Custos Fixos Totais: R$ 80.000,00 por ano
 Depreciação: R$ 6.400,00 já incluída nos Custos Fixos Totais.

Em 31.12.2013, o Patrimônio Líquido da empresa era de R$ 160.000,00, e a administração da


empresa determinou que o lucro do ano de 2014 deverá ser equivalente a 7% do Patrimônio
Líquido de 2013.
Com base nos dados acima, assinale a opção CORRETA:

a) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa em 2014 é de 10.800 unidades,


e o Ponto de Equilíbrio Econômico em 2014 é de 10.000 unidades.
b) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa em 2014 é de 9.200 unidades, e
o Ponto de Equilíbrio Econômico em 2014 é de 10.800 unidades.
c) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa em 2014 é de 11.400 unidades,
e o Ponto de Equilíbrio Econômico em 2014 é de 9.200 unidades.
d) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa em 2014 é de 10.000 unidades,
e o Ponto de Equilíbrio Econômico em 2014 é de 11.400 unidades.

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12 – (Exame de Suficiência 2014 – II) Uma sociedade Empresária está analisando a venda de seu
produto, lançado recentemente a R$ 5,00 por unidade. Os custos e despesas variáveis desse
produto totalizam R$ 4,00 por unidade, e suas despesas fixas são de R$ 220.000,00 por ano.
O Ativo total da empresa em 31 de dezembro de 2013, era de R$ 600.000,00, e espera-se obter
um retorno sobre o ativo total que seja superior em 5% à média do retorno de mercado, que é de
18% ao ano.
Sabendo-se que a margem de contribuição unitária é de R$ 1,00 e, ainda, desconsiderando-se a
incidência de impostos sobre o lucro, a quantidade de unidades a serem vendidas para se obter o
retorno desejado é de:
a) 220.000 unidades
b) 250.000 unidades
c) 328.000 unidades
d) 358.000 unidades

13. Uma Sociedade apresentou os seguintes dados, para efeito de planejamento de vendas para
o mês de setembro de 2015 (Exame de Suficiência 2015/2):

Dados Valor
Custos e Despesas Variáveis R$ 300,00 por unidade
Custos e Despesas Fixos R$ 600.000,00 ao mês
Preço de Venda R$ 700,00 por unidade
Lucro desejado R$ 80.000,00 no período

Com base nos dados apresentados, é CORRETO afirmar que o Ponto de Equilíbrio Contábil é de:
a) 1.500 unidades.
b) 1.700 unidades.
c) 600 unidades.
d) 680 unidades.

6. Margem de Segurança

Para finalizarmos a análise Custo X Volume X Lucro, abordaremos a última e não


menos importante variável, que é a Margem de Segurança.

6.1. MARGEM DE SEGURANÇA

A Margem de Segurança (MS)é um conceito que, como o próprio nome sugere, é


uma margem representada pelo volume de vendas ou receita que supera as vendas ou as
receitas verificadas no ponto de equilíbrio.
Representa, portanto, uma margem em que sociedade empresária se encontra segura
em relação à possibilidade de prejuízo.
A Margem de Segurança (MS) é a diferença entre as vendas (unidades e valor) e
o ponto de equilíbrio em um determinado momento.
O conceito pode ser expresso pela seguinte fórmula:
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 70
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Margem de Segurança (MS)= Vendas totais realizadas ou projetadas – Vendas


Totais no ponto de equilíbrio.

A Margem de Segurança pode ser expressa em unidades, em valor (R$) e em


percentual, adequando-se a fórmula acima à realidade requerida.
Para ilustrar, vamos imaginar uma situação hipotética, em que uma empresa fabrique
e comercialize um único produto e tenha obtido em um período os seguintes resultados:
Receitas Totais: R$ 10.000,00
Unidades Vendidas: 1.000
PEC unid: 800

Com base nos conhecimentos abordados podemos inferir que:

MS unid = Vendas em Unidades reais – Vendas em Unidades no PE


MS unid = 1.000 – 800
MS unid = 200

MS (R$) = Vendas realizadas (R$) – Vendas no PE (R$)


MS (R$) = R$ 10.000,00 – R$ 8.000,00
MS (R$) = R$ 2.000,00

MS (%) = MS (R$) / Vendas realizadas (R$)


MS (%) = R$ 2.000,00 / R$ 10.000,00
MS (%) = 20%

QUESTÕES DE PROVAS

1 - Um analista de custos resolveu aplicar as técnicas de análise do Ponto de Equilíbrio


Contábil para verificar o desempenho de uma determinada empresa. Sabia que a empresa
vinha vendendo, nos últimos meses, 30.000 pacotes de produtos/mês, à base de R$35,00 por
pacote. Seus custos e despesas fixas têm sido de R$472.500,00 ao mês e os custos e despesas
variáveis, de R$15,00 por pacote.(Exame de Suficiência 2011/1)

A margem de segurança é de:


a) R$223.125,00.
b) R$270.000,00.
c) R$826.875,00.
d) R$1.050.000,00.

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2 - Uma indústria apresentou os seguintes dados de produção em determinado período:(Exame


de Suficiência 2015/1)

 Custos Fixos totais no período R$ 1.800.000,00


 Depreciação (já inclusa nos Custos Fixos Totais) R$ 585.000,00
 Custos Variáveis totais no período R$ 27.000,00
 Produção acabada e vendida no período 36.000 unidades

Considerando que o preço de venda unitário é de R$1.200,00, é CORRETO afirmar que:


a) o Ponto de Equilíbrio Financeiro é de 36.000 unidades no período.
b) a Margem de Segurança no período é de R$16.200.000,00.
c) a Margem de Contribuição Unitária é de R$450,00.
d) o Ponto de Equilíbrio Contábil é de 22.500 unidades no período.

3 - Uma indústria está lançando no mercado um produto com os seguintes dadosde custos:
(Exame de Suficiência 2015/1)

 Custos indiretos fixos totais R$ 650.000,00


 Depreciação incluída nos custos indiretos fixos totais R$ 32.500,00
 Montante de lucro desejado R$ 97.500,00
 Custo direto variável unitário R$ 12,50
 Preço de venda unitário R$ 32,50
 Expectativa de venda mensal R$ 35.000 unidades

Com base nos dados apresentados, é CORRETO afirmar que:


a) a Margem de Segurança é de R$12,50 por unidade.
b) o Ponto de Equilíbrio Contábil é de 20.000 unidades.
c) a Margem de Contribuição é de R$20,00 por unidade.
d) o Ponto de Equilíbrio Econômico é de 23.000 unidades.

7. Custos para Controle

Custos para controle: Custos reais (históricos), estimados e projetados. Custo Padrão.
Componentes do custo padrão (padrões físicos e padrões financeiros).
Como já havíamos dito no primeiro capítulo, controle é uma função gerencial que se
utiliza de dados históricos dos custos, que tem suas origens e todo o processo de consumo
analisados, com vistas a melhorar a eficiência das empresas. Como se diz com certa freqüência,
tudo que não é medido não pode ser controlado. O estabelecimento de indicadores quantitativos e
qualitativos de consumo de custos permite o seu controle e, por consequência, aumenta a
eficiência e a qualidade da sua gestão.

Custo-Padrão é um custo pré-estabelecido para a produção de uma unidade, ou de


certo número de unidades do produto, durante um determinado período no futuro próximo.

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O custo padrão baseia-se em informações obtidas a partir da análise das condições


“normais” de produção, considerando um desempenho normal e adequado de mão-de-obra, uso
de matéria-prima, máquinas e equipamentos, e outros fatores de produção.

Entendem-se como condições normais de produção, aquelas que são consideradas


desejáveis, obtidas em condições comuns. Não devem ser fictícias ou inatingíveis.

A análise a partir dos conceitos de custos-padrão permite constatar desvios ocorridos,


identificando possíveis irregularidades e ineficiências na utilização de recursos.

Um custo-padrão, como a expressão implica, consiste em duas partes: um padrão e


um custo.

O padrão é amedida de execução de uma tarefa, são medidas quantitativas e


qualitativas, como por exemplo, a utilização de mão-de-obra, horas de mão de obra exigida e etc.

Normalmente, o custo-padrão é dividido em dois tipos: padrão ideal e padrão corrente.

Padrão Ideal: Seria um consumo de material prima, mão de obra, CIF em condições
normais de operação, sem nenhuma interferência, utilizando-se de trabalhadores bem
qualificados, matéria prima de qualidade adequada e perdas de matéria-prima em níveis mínimos
aceitáveis.

Padrão Corrente: é um padrão para um determinado período, para certas condições


e para determinadas circunstâncias. São estabelecidos outros padrões, com vistas a refletir a
modificação de métodos e de preços. É utilizado, por exemplo, para atender uma encomenda
especial ou uma demanda inesperada.

O Custo é o valor monetário de aquisição da matéria prima, do salário da mão de


obras e dos custos indiretos de fabricação. É uma variável ligada ao setor de compras e à
produção. Quanto melhor for a atuação do setor de compras, menor será o valor monetário dos
materiais diretos e indiretos e quanto maior a produção, maior será a economia de escala.

O custo-padrão pode ser utilizado para diversas metas ou objetivos, dentre os quais:
determinar o custo esperado, definir responsabilidades, avaliar o desempenho e a eficácia
operacional.

7.1. CONSTRUÇÃO DO CUSTO PADRÃO


Vamos comentar as situações mais comuns de construção de um padrão.

a) Materiais diretos: A fixação dos padrões físicos cabe à Engenharia de Produção,


no entanto a Contabilidade de Custos deverá trabalhar na tradução monetária desses padrões
físicos.

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Muitos produtos, principalmente os que são elaborados por processo contínuo,


utilizando certas matérias-primas, têm determinado grau de perda ou refugo, que, dentro de
condições técnicas ou científicas, deve ser incorporado ao padrão de quantidade.

O preço-padrão dos materiais diretos deve ser obtido em condições normais de


negociação de compra. A ele devem ser incorporadas as eventuais despesas que devem fazer
parte do custo unitário dos materiais.

O preço-padrão dos materiais e demais insumos industriais deve ser sempre calculado
na condição de compra com pagamento a vista.

b) Mão-de-obra direta: A mão-de-obra também deve ser especificada


quantitativamente pela engenharia de produção e posteriormente traduzida em valores monetários
pela contabilidade de custos.

Normalmente, a mão-de-obra direta padrão é determinada pela quantidade de horas


necessárias do pessoal, ou da quantidade de funcionários diretos, em todas as fases do processo
de fabricação do produto.

A base para a construção dos padrões de mão-de-obra direta é, portanto, o processo


de fabricação. Todas as atividades e processos necessários para fazer o produto requerem
operários para manuseio dos materiais ou dos equipamentos durante os processos.

As estimativas ou padrões de necessidade de mão-de-obra direta podem ser


cientificamente calculadas quando se trabalha em ambientes de alta tecnologia de produção,
gerenciados computacionalmente. Em outros casos, podem se fazer estudos de tempo, por meio
de operações simuladas antecipadamente em ambientes reais. Em todos os casos, deve haver
um estudo para quebras, refugos, retrabalhos, manutenção e necessidades do pessoal.

A base para a valorização dos custos de mão-de-obra direta deve incluir toda a
remuneração dos trabalhadores mais os encargos sociais de caráter genérico. De modo geral,
utiliza-se o critério de custo médio horário dos salários de cada departamento de produção ou da
célula/atividade de processo por onde passa o produto, por meio dos centros de custos ou centros
de acumulação por atividades.

Custos indiretos variáveis: Os custos indiretos variáveis são padronizados


normalmente por meio da construção de taxas predeterminadas em relação a uma medida de
atividade escolhida. Sempre que possível, deve-se evitar o uso de taxas baseadas em valores,
uma vez que isso impede a correta mensuração das variações de quantidade que ocorrerão, bem
como o padrão fica sujeito a eventuais problemas de variação nos preços.

A atividade a ser escolhida como base para a construção das taxas predeterminadas
de custos indiretos variáveis deve ter uma relação causal com os diversos custos indiretos
variáveis. Também a base de atividade escolhida deve ser simples de ser entendida, para
posterior atribuição de responsabilidades.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 74


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Exemplos de bases de atividades para elaboração das taxas predeterminadas de


custos indiretos variáveis são horas de máquinas trabalhadas, quantidade de produto final, horas
de mão-de-obra direta etc., dependendo sempre do gasto e melhor relação que existe entre os
custos variáveis e as atividades envolvidas. Como exemplo, o consumo de energia elétrica é um
custo variável indireto para tipos de indústrias. Para algumas empresas, as horas de máquinas
são os principais fatores; para outras, há uma relação direta com o produto final. Gastos com
lubrificantes e materiais indiretos normalmente têm relação com a quantidade de horas máquinas
trabalhada, e assim por diante.
Equação Fundamental de Custo

Custo do Insumo = Preço do Insumo x Quantidade de Insumo Utilizada


De forma abreviada, temos: C = P x Q

As variações podem ser de preço, de quantidade ou mista.


Esquematicamente, temos:

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QUESTÕES DE PROVAS

1 - O conceito de “Custo Padrão” é: (Exame de Suficiência 2000/1)


a) não é baseado em princípios científicos, uma vez que ele se utiliza de experiências simuladas,
que são realizadas dentro de condições normais de fabricação, registradas e controladas por
medições de natureza operacional e relacionadas à estatística.
b) é um custo planejado para determinado período, analisado cada fator de produção em
condições normais de fabricação.
c) é baseado na indexação do Custo Histórico, atualizando o mesmo apenas para indexar o preço
de venda do produto.
d) Não observa cada fator de produção, a fim de verificar os desvios resultantes de sua
comparação com o Custo Histórico.

2 - O estoque inicial de produtos acabados e o estoque de produtos em elaboração, em unidades,


era de zero. Foram produzidas 7.200 unidades e 60% foram vendidas.(Exame de Suficiência
2001/2)
Considerando as informações abaixo, o Custo dos Produtos Vendidos e o Estoque Final de
Produtos Acabados, de um determinado período, são:
- Custo padrão por unidade de produto:

Custos Indiretos de Fabricação R$ 2,50


Mão-de-Obra Direta R$ 2,80
Material Direto R$ 3,70

- Custo real apurado no final do período:

Custos Indiretos de Fabricação R$ 18.000,00


Mão-de-Obra Direta R$ 22.600,00
Material Direto R$ 28.800,00

a)R$ 38.880,00 e R$ 25.920,00


b)R$ 41.640,00 e R$ 27.760,00
c)R$ 32.360,00 e R$ 37.040,00
d)R$ 44.400,00 e R$ 29.600,00

3 - Uma empresa previu que gastaria 15 quilos de matéria-prima, a um custo de R$45.000,00 o


quilo, para produzir uma unidade de determinado produto. Ao final do período, constatou que,
embora tivesse economizado 20% no preço do material, havia um gasto de 20% a mais de
material que o previsto. A variação do custo padrão da empresa é:(Exame de Suficiência 2002/1)

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 76


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a) Desfavorável em R$45.000,00
b) Desfavorável em R$27.000,00
c) Favorável em R$27.000,00
d) Favorável em R$45.000,00

4 - Uma empresa orçou para o mês de agosto o gasto de 20 toneladas de matéria-prima, a um


custo de R$ 600,00 cada, para produzir uma unidade de determinado produto. Ao final de agosto,
constatou que, embora tivesse economizado 10% no preço do material, havia um gasto de 10% a
mais de material que o orçado. A variação desses custos levou a empresa a ter:(Exame de
Suficiência 2002/2)

a)Um Custo Real de R$ 12.120,00, apresentando assim um comprometimento de R$ 120,00


em relação ao Custo Padrão para ser investido em outras operações na empresa.
b)Um Custo Padrão de R$ 11.880,00, apresentando assim uma sobra de R$ 120,00 em
relação ao Custo Real para ser investido em outras operações na empresa.
c)Um Custo Real de R$ 11.880,00, apresentando assim uma sobra de R$ 120,00 em
relação ao Custo Padrão para ser investido em outras operações na empresa.
d)Um Custo Padrão de R$ 12.120,00, apresentando assim um comprometimento de R$
120,00 em relação ao Custo Real para ser investido em outras operações da empresa.

5 - No primeiro semestre de 2002 as vendas orçadas de uma determinada empresa foram de R$


1.530.000,00 (85.000 unidades x R$ 18,00 a unidade), porém, neste mesmo período, as vendas
efetivas totalizaram R$ 1.600.000,00 (80.000 unidades x R$ 20,00 a unidade). A diferença entre
as vendas reais e as vendas orçadas devido ao fator quantidade e aos valores das vendas totais
são, respectivamente: (Exame de Suficiência 2002/2)

a)Uma redução de R$ 90.000,00 e um aumento de R$ 70.000,00


b)Uma redução de R$ 70.000,00 e um aumento de R$ 90.000,00
c)Um aumento de R$ 70.000,00 e uma redução de R$ 160.000,00
d)Um aumento de R$ 160.000,00 e uma redução de R$ 90.000,00

6 - Uma empresa industrial estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por


unidade:(Exame de Suficiência 2012/1)

QUANTIDADE PREÇO
Matéria-Prima 0,5 kg R$4,00 por kg
Mão de Obra Direta 15 minutos R$10,00 por hora

Em determinado período, foram produzidos 10.000 produtos, com os seguintes


custos reais:
QUANTIDADE PREÇO
Matéria Prima 6.500 kg R$4,20 por kg
Mão de Obra Direta 2.500 h R$12,00 por hora
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 77
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Em relação aos custos apurados no período e variações do custo real em comparação ao


custo padrão, assinale a opção INCORRETA.
a) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável.
b) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no preço.
c) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de matéria-prima e R$2,50
de custo com mão de obra.
d) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às variações no
custo da matéria-prima e no custo da mão de obra.

7 - Uma sociedade estabeleceu os seguintes padrões para sua principal matéria-prima e para a
mão de obra direta (Exame de Suficiência 2012/2):

Consumo Preço
Matéria-prima 2Kg por unidade R$ 4,00/kg
Mão de obra 3 horas por unidade R$ 2,00/hora

produção do período foi de 5.000 unidades.


Foram utilizados 12.000kg de matéria-prima e 15.500 horas de mão de obra direta.
O custo de mão obra direta foi de R$29.450,00.
No início do período não havia Estoque de matéria-prima.
Durante o período, foram comprados 50.000kg de matéria-prima ao custototal de R$205.000,00.
Considerando os dados e a apuração de custos, é CORRETO afirmar que, em relação à
quantidade:
a) a variação da Matéria Prima é R$1.200,00 negativa e a variação da Mão de obra é R$1.550,00
positiva.
b) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 negativa e a variação da Mão de obra é R$1.000,00
negativa.
c) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 positiva e a variação da Mão de obra é R$1.000,00
positiva.
d) a variação da Matéria Prima é R$9.200,00 negativa e a variação da Mão de obra é R$550,00
positiva.

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 78


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8 - Uma indústria fabrica um produto em série. Os seguintes Custos Padrão foram estabelecidos
no mês de fevereiro de 2013:

Quantidades Preço por


Custo Padrão
Item consumida por quantidade
Total
unidade fabricada consumida
Materiais Diretos 1,50 metros por R$ 3,20 por metro R$ 4,80 por
unidade unidade
Mão de Obra Direta 30 minutos por R$ 8,00 por hora R$ 4,00 por
unidade unidade
Custos Indiretos de R$ 3,20 por unidade R$ 3,20 por
Fabricação unidade
Custo Padrão Total R$ 12,00 por
unidade

Os seguintes resultados efetivos foram constatados no mês de fevereiro:

Quantidades Preço por


Custo Padrão
Item consumida por quantidade
Total
unidade fabricada consumida
Materiais Diretos 1,50 metros por R$ 3,00 por metro R$ 4,50 por
unidade unidade
Mão de Obra Direta 45 minutos por R$ 7,00 por hora R$ 5,25 por
unidade unidade
Custos Indiretos de R$ 3,20 por unidade R$ 3,20 por
Fabricação unidade
Custo Padrão Total R$ 12,95 por
unidade

Com base nos dados acima, julgue as afirmações como Verdadeira (V) ou Falsa (F) e, em
seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A indústria apresentou uma variação positiva de R$0,95, por unidade, produzida em


relação ao custo padrão.
II. A indústria apresentou uma variação positiva nos materiais diretos, decorrentes da redução
do custo unitário dos materiais, em relação ao custo padrão.
III. A indústria apresentou uma variação negativa na mão de obra direta, em decorrência do
aumento da quantidade de tempo consumido na fabricação do produto, apesar da variação no
custo da mão de obra.

A sequência CORRETA é (Exame de Suficiência 2013/1):


a) F, F, V.
b) F, V, V.
c) V, F, F.

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d) V, V, F.

9 - Uma indústria estabeleceu os seguintes padrões de consumo de matéria-prima para cada


unidade de produto fabricado: (Exame de Suficiência 2014/1)

Tipo de Matéria-Prima Quantidade Preço


A 2Kg R$ 1,50 por kg
2
B 3m R$ 4,00 por m2

No mês de janeiro de 2014, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto, e ocorreu o
seguinte consumo de matéria-prima:

Tipo de Matéria-Prima Quantidade total Consumida Preço


A 4.000kg R$ 6.800,00
2
B 6.500m R$ 26.000,00

Com base nos dados fornecidos e em relação ao custo com matéria-prima:

a) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de preço
desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima B.
b) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de
quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de preço desfavorável na matéria-
prima B.
c) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de preço
desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima B.
d) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de umaariação de
quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de preço desfavorável na matéria-
prima B.

10 - (Exame de Suficiência 2014-II) Uma sociedade Empresaria elaborou o seguinte plano


operacional de produção para o mês de julho de 2014:

Quantidade projetada de produção para o mês 40.000 unidades


Padrão de horas consumidas para produzir cada unidade 2 horas
Padrão de valor a ser pago para a mão de obra direta R$ 60,00 por hora
Custo Unitário Padrão R$ 120,00

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Ao final do mês, fez o levantamento da produção e dos custos e chegou aos seguintes resultados:

Quantidade produzida no mês 40.000 unidades


Horas consumidas para produzir cada unidade 2.1 horas
Valor pago para a mão de obra direta R$ 58,00 por hora
Custo Unitário realizado R$ 121,80

Com base nos dados acima, assinale a opção INCORRETA:

a) Houve Variação de Preço favorável de R$ 4,00 por unidade


b) Houve Variação de Volume desfavorável de R$ 6,00 por unidade
c) Houve Variação Mista favorável de R$ 0,20 por unidade
d) Houve Variação Total favorável de R$ 1,80 por unidade.

8. Tópicos Especiais de Custos

Selecionamos este capítulo, para abordar o que denominamos tópicos especiais de


custos, assim entendidos aqueles que serão melhor assimilados se todas as outras abordagens
de custos já tiverem sido minimamente absorvidas.
Abordaremos, desta forma, os temas: Equivalente de produção, Custos Conjuntos e
Apropriação dos custos conjuntos aos co-produtos e subprodutos.

8.1. EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO


O objetivo desta técnica é determinar quanto representa os produtos em elaboração
em unidades. Essa determinação é feita estabelecendo uma relação com os produtos acabados,
ou seja, qual o valor dos recursos já apropriados à produção, presentes no Estoque de Produtos
em Elaboração comparados com os custos dos produtos acabados.
Esse cálculo é necessário para estabelecer, dos custos apropriados à produção,
quanto permanecerá no estoque de produtos em elaboração e quanto será transferido para o
estoque de produtos acabados.
Para deixar mais claro, vamos relembrar o gráfico do processo de formação de custos:

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 81


CENTRO DE ESTUDOS CONTÁBEIS DO RIO DE JANEIRO

CUSTO CUSTODE
BÁSICO TRANSFORMAÇÃO

O que se pretende é
ESTOQUE DE PRODUTOS EM determinar o quanto equivale,
ELABORAÇÃO em unidades de produtos
acabados, o saldo dos
estoques de produtos em
elaboração.

ESTOQUE DOS PRODUTOS


ACABADOS

CUSTO DOS PRODUTOS


VENDIDOS

Desta forma, o Estoque de Produtos em elaboração equivalem, em unidades, certa


quantidade de produtos acabados.
Para estabelecer o equivalente de produção, alguns conceitos são necessários, os
quais passamos a abordar.
Grau de acabamento Para que seja possível transformar as unidades em
processamento em unidades equivalentes, é necessário identificar qual o seu grau de
acabamento.
O grau de acabamento representa o quanto do esforço físico e financeiro necessário
para elaboração de um produto já foi efetivamente apropriado ao produto.
Unidades Equivalentes de Produção Identificado o grau de acabamento, é
possível identificar as unidades equivalentes de produção através da conversão das unidades em
processamento em unidades prontas, através da aplicação do grau de acabamento em
percentual.
As unidades equivalentes de produção é uma unidade de medida fictícia que tem
como objetivo demonstrar o quanto as unidades em processamento representam se comparadas
com as unidades acabadas.
Para ilustrarmos os conceitos apresentados, vamos tentar clarear a definição com um
exemplo numérico:
Em uma fábrica de motores, recém inaugurada, foram colocados em produção 500
motores do tipo A. No final do mês, 400 unidades estavam totalmente prontas e 100 unidades
permaneciam em elaboração, com um grau de acabamento de 50%.
Isso significa que 400 unidades estavam acabadas e que as 100 unidades que
estavam em elaboração equivaleriam a 50 (50% de 100 unidades) unidades prontas.
Essa informação é necessária para que se possa estabelecer o valor (R$) do Estoque
dos Produtos em Elaboração e o Estoque dos Produtos Acabados.
PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 82
CENTRO DE ESTUDOS CONTÁBEIS DO RIO DE JANEIRO

Aprofundando o mesmo exemplo, verificou-se que foram apropriados à produção,


custos totais de R$ 540.000,00 (quinhentos e quarenta mil reais). Diante deste cenário, quais
seriam os estoques finais dos produtos em elaboração e o estoque final dos produtos acabados?
Considerando o conceito de equivalente de produção, sabemos que temos 400
unidades prontas e 100 unidades em elaboração que equivalem a 50 unidades prontas. Assim,
para que os custos sejam distribuídos em uma mesma base, devemos distribuir os custos da
seguinte forma:
1º - Achar os custos por unidade pronta:
R$ 540.000,00 / 450.000 = R$ 1.200,00/unidade
2º - Apropriar os custos aos estoques considerando o equivalente de produção.
Estoque de Produtos Acabados: 400 X R$ 1.200,00 = R$ 480.000,00
Estoque de Produtos em Elaboração: 50 (unidades equivalente de produção) x R$
1.200,00 = R$ 60.000,00.
Se não considerássemos o conceito de equivalente de produção, atribuiríamos um
mesmo valor para unidades prontas e para as que estivessem em elaboração, o que não é
adequado e correto.

QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÃO COMENTADA
Exame de Suficiência do CFC – 1/2011 – CONTADOR

1. No mês de setembro de 2010, foi iniciada a produção de 1.500 unidades de um determinado


produto. Ao final do mês, 1.200 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300
unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em processo é de 65%. O
custo total de produção do período foi de R$558.000,00. O Custo de Produção dos Produtos
Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente:

a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.

A presente questão é simples, pois para resolvê-la basta utilizarmos os conceitos básicos de
equivalência de produção, usando os passos já abordados.
1º Identificar o Grau de Acabamento
A questão informa que o grau de acabamento dos produtos em elaboração é de 65%.
2º Estabelecer o equivalente de produção em unidades
A questão informa que foi iniciada a produção de 1500 unidades, sendo que:

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 83


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1200 ficaram prontas ao final do período; e


300 permaneceram em processo, com 65% de acabamento, ou seja, 195 (300 x 65%) unidades
equivalentes de produção.
3º - Achar os custos por unidade
O custo total da produção informado no exercício é de R$ 558.000,00. Assim, considerando o
equivalente de produção, o custo por unidade é calculado da seguinte forma:
R$ 558.000,00 / 1395 (1200 prontas + 195 unidades equivalentes) = R$ 400,00.
4º - Apropriar os custos aos estoques, considerando o equivalente de produção.
Estoque de Produtos Acabados: 1200 X R$ 400,00 = R$ 480.000,00
Estoque de Produtos em Elaboração: 50 (unidades equivalente de produção) x R$ 1.200,00 = R$
78.000,00.
Logo, a resposta é a letra b.
Prosseguindo na abordagem do tema, é preciso ter atenção com a alocação dos custos básicos e
dos materiais indiretos. É possível que toda a matéria prima seja colocada desde o início em
produção.
Nestes casos, na apropriação dos custos aos estoques, os custos com matéria prima ou os
materiais indiretos, conforme o caso, serão apropriados ao estoque sem considerar o equivalente
de produção, enquanto que os custos de transformação (MOD e CIF) serão apropriados
considerando o equivalente de produção.

8.2. CUSTOS CONJUNTOS


Os conjuntos ocorrem quando diversos produtos são fabricados a partir da mesma
matéria prima. Ex: óleo e farelo a partir da soja, gasolina, querosene, emulsão asfáltica a partir do
petróleo.
Subprodutos: são itens que, nascendo de forma normal durante o processo de
produção, possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz respeito à
existência de compradores quanto de preço;
Possui comercialização como os produtos da empresa, mas que representam porção
ínfima do faturamento total.
Sucatas: Itens que podem ou não ser decorrência normal do processo de produção e
não têm valor de venda ou condições de negociabilidade boas.

Coprodutos: São os próprios produtos principais, só que assim chamados porque são
nascidos de uma mesma matéria prima, respondendo substancialmente pelo faturamento da
empresa.
As sucatas não recebem atribuição de nenhum custo e quando são vendidas, têm
suas receitas registradas como Rendas Eventuais ou Outras Receitas Operacionais.
Os subprodutos têm sue Valor Líquido de Realização considerado como redução do
custo de elaboração dos produtos principais.
Quaisquer que sejam os critérios de alocação, são muito mais arbitrários que aqueles
vistos em termos de rateios de Custos Indiretos.
O importante é que a alocação de custos conjuntos seja realizada sempre com base
em critérios racionais e de maneira consistente ao longo do tempo.
Os principais critérios de apropriação dos custos conjuntos são:

PREPARATÓRIO EXAME DE SUFICIÊNCIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL 84


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• Método do valor de mercado;


• Método dos volumes produzidos;
• Método da igualdade do lucro bruto;
• Método das ponderações.
Dos métodos citados, os que são exigidos no exame de suficiência e em outros
concursos são os que seguem:
Método do valor de mercado - Os produtos de maior valor são os que recebem
maior custo.
Método dos volumes produzidos – Os produtos com maiores volumes produzidos
absorvem mais custos.
Esse método é válido quando os coprodutos possuem características semelhantes
entre si e pouca divergência em seus preços de venda

QUESTÕES DE PROVAS

QUESTÕES DO EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC


1 - Uma empresa fabrica um produto que utiliza dois tipos de matérias-primas pesando 2,50 kg,
sendo 1,40 kg de Matéria-Prima A e 1,10 kg de Matéria-Prima B. O método utilizado pela empresa
para valorar seus estoques é o do Custo Médio Ponderado Móvel. Em agosto de 2002, os custos
unitários das requisições foram Matéria-Prima A = R$ 276,00/kg e Matéria-Prima B = R$
632,00/kg. Durante o processo de fabricação existe uma perda de 8% na quantidade requisitada
de matéria-prima. O Custo da Matéria-Prima para cada unidade é de: (Exame de Suficiência
2003/1)
a) R$ 454,00
b) R$ 587,83
c) R$ 908,00
d) R$ 1.175,65

2 - Uma empresa constrói um edifício comercial composto de 10 unidades, sendo 4 unidades de


metragem igual e o restante das unidades com o dobro da metragem. Durante a construção
foram registrados os seguintes custos: Terreno R$ 30.000,00, Projetos R$ 5.000,00, Materiais
Aplicados R$ 105.000,00, Mão-de-Obra Direta R$ 44.000,00 e outros custos R$ 16.000,00. O
custo total das quatro unidades iguais de metragem menor é de:(Exame de Suficiência 2003/1)

a)R$ 25.000,00
b)R$ 50.000,00
c)R$ 75.000,00
d)R$ 80.000,00

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3 - Em determinado período, foram produzidas 5.400 unidades, das quais 400 unidades
defeituosas, que foram vendidas pelo valor líquido de R$ 64.000,00, incluídas as despesas diretas
com vendas. Sabendo-se que os custos de fabricação do período importaram em R$ 616.000,00,
o custo de cada unidade perfeita foi de:(Exame de Suficiência 2004/1)
a)R$ 102,22.
b)R$ 110,40.
c)R$ 114,07.
d)R$ 123,20.

4 - No mês de setembro de 2010, foi iniciada a produção de 1.500 unidades de um determinado


produto. Ao final do mês, 1.200 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300
unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em processo é de 65%. O
custo total de produção do período foi de R$558.000,00. O Custo de Produção dos Produtos
Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente:(Exame de
Suficiência 2011/1)

a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.

5 - Uma determinada empresa iniciou suas atividades no mês de agosto fabricando mesas
escolares. Nesse mês, foram acabadas 700 unidades e 75 ficaram na produção em
andamento com acabamento médio de 36%.(Exame de Suficiência 2011/2)

Custos:

Matéria-Prima R$ 124.000,00
Mão de Obra Direta R$ 50.000,00
Custos Indiretos R$ 36.700,00

A matéria-prima é totalmente requisitada do almoxarifado antes de se iniciar a produção.

Os custos da produção acabada e da produção em andamento são, respectivamente,


de:

a) R$105.350,00 e R$105.350,00.
b) R$190.309,68 e R$20.390,32.
c) R$195.480,06 e R$15.219,94.
d) R$202.874,83 e R$7.825,17.

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6 - Uma indústria apresenta o custo padrão necessário para comprar, cortar e beneficiar
uma tora de madeira.(Exame de Suficiência 2012/1)

 Custos com materiais R$125.000,00.


 Custos de transformação R$55.000,00.

Do processo inicial, sairão dois produtos, partindo desses custos conjuntos: chapas de
madeira e vigas de madeira. Os valores de venda estimados desses dois produtos são os
seguintes:

 Chapas R$252.000,00.
 Vigas R$378.000,00.

Os custos adicionais para venda das chapas são estimados em R$50.000,00 e


para venda das vigas em R$112.000,00.

Considerando o valor das vendas dos produtos finais como base de rateio e considerando
os custos conjuntos das chapas de madeira e das vigas de madeira, as margens
líquidas em percentual de cada produto são, respectivamente:

a) 40,00% e 60,00%.
b) 51,59% e 41,80%.
c) 71,43% e 71,43%.
d) 72,22% e 58,52%.

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