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DOCES E GELÉIAS
LONDRINA
2016
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO DO PRODUTO
2.2 GELEIAS
Pectina:
São os principais compostos envolvidos na formação do gel. Na
natureza elas formam um grupo complexo de polissacarídeos estruturais que
são encontrados na parede celular primária e nas camadas intercelulares de
plantas terrestres (MILOS; NIKOLIC; MOJOVIC, 2007). São associadas à
celulose, hemicelulose e lignina, e são encontradas mais abundantemente em
cascas de frutas cítricas (30%), sendo o limão a fonte mais abundante
(MORRIS; FOSTER; HARDING, 2002).
As pectinas comerciais são classificadas de acordo com o seu grau de
metoxilação, ou seja, a quantidade de grupos carboxílicos esterificados
presentes na molécula (BOBBIO; BOBBIO, 2003). O grau de metoxilação
possui influencia direta nas propriedades funcionais de capacidade de
geleificação, solubilidade, temperatura e condições de geleificação das
pectinas (SILVA, 2006).
Pectinas com alta metoxilação necessitam da presença de ácidos e
açúcares para a sua geleificação, e apresentam cerca de 50% ou mais de
grupos carboxílicos esterificados, elas também são utilizadas na fabricação de
geleias que possuem partículas de fruta suspensas, que necessitam de uma
geleificação rápida para a fruta não decantar Já as de baixa metoxilação são
provenientes da pectina de alta metoxilação quimicamente modificada,
apresentam menos de 50% destes grupos esterificado, possibilitam a formação
de géis em uma larga gama de pH, com baixas concentrações de açúcar ou
até mesmo na ausência deste, contudo necessita de pequenas quantidades de
cálcio e magnésio (SIGUEMOTO, 1993; MOORHOUSE, 2004; LOPES, 2007).
Pectinas comerciais são obtidas de frutas cítricas, que contenham entre 20 e
30% de pectina, geralmente 1% de pectina é suficiente para produção de uma
geleia firme, porém a porção de pectina a ser adicionada no processo de
fabricação varia de acordo com a quantia de açúcar adicionado e com o teor de
pectina da própria fruta ou suco. Geralmente essa quantidade é calculada entre
0,5% a 1,5% de pectina em relação à quantia de açúcar na formulação. Porém
esse teor pode variar se a fruta apresentar uma alta ou baixa quantidade
presente naturalmente (KROLOW, 2005). Na figura 1 abaixo, está
representada a estrutura básica da molécula de pectina.
Açúcar
Ácido:
- Ácido cítrico: para a correção da acidez nas geleias, porém, outros ácidos
também são empregados. Como o poder acidulante de cada um deles é
diferente, a quantidade necessária para se chegar a um determinado pH varia
com o tipo de ácido.
- Ácido tartárico: não deve ser adicionado em geleias de uva e de maçã, pois
estas frutas já contêm um teor relativamente alto desta substância, podendo a
adição de uma pequena quantidade extra provocar a cristalização do mesmo
sob a forma de tartarato de potássio (LOPES, 2007).
Adição de ácidos ocorre para que haja uma diminuição do pH para que
se obtenha uma geleificação adequada que realce o sabor e aroma natural do
produto, a concentração de ácido é medida pelo pH, e é o principal fator que
interfere na geleificação. A acidez total deve estar em torno de 0,8 e 0,5, acima
de 1% pode levar ocorrer sinerese, que é a exsudação do liquido da geleia
(JACKIX,1988).
pH
O pH ótimo para a formação de gel está entre 3,0 a 3,4. Acima destes
valores a formação do gel não irá ocorrer, pois o excesso de acido enrijece as
fibras da rede (JACKIX, 1988).
3. PROCESSAMENTO
SELEÇÃO/SELEÇÃO
DESCASCAMENTOO
DESINTEGRAÇÃO/DESPOLPAMENTO
DESPOLPAMENTO
DOSAGEM DE INSUMOS
CONCENTRAÇÃO
ENCHIMENTO A QUENTE
RESFRIAMENTO
ROTULAGEM E ARMAZENAMENTO
3.1.3 Lavagem
Métodos de lavagem:
Banho de imersão: é um tratamento inicial (pré- lavagem) utilizado para
retirar a sujeira mais grosseira e amolecer a terra aderida às frutas.
Agitação em água: pode ser feita por pás, hélices, ar comprimido (não
causa danos à superfície das frutas, principalmente em produtos
delicados como por exemplo morango) e os tambores rotativos que
possui uma grande capacidade e possuem as vantagens de não causar
danos às frutas e serem econômicos em água.
Aspersão: expõe todo o produto a jatos de água, os lavadores por
aspersão podem ser de tambores ou de esteiras. É o processo mais
econômico em termos de consumo de água. Sua eficiência dependa da
pressão, volume e temperatura da água utilizada, distância do produto à
origem da aspersão, tempo de exposição ao jato e número de jatos
utilizados.
Processos combinados: são os mais utilizados industrialmente, em geral
são compostos por unidades de imersão e aspersão. Possibilitam o
reaproveitamento da água de lavagem em contracorrente
proporcionando uma grande economia de água. Um procedimento muito
utilizado é a lavagem por imersão com agitação, sendo que uma esteira
passa, continuamente, por dentro do lavador, elevando os frutos em
plano inclinado. A fruta passa por jatos fortes de água clorada para
remoção das sujidades e assepsia (TORREZAN, 2000).
3.1.4 Descascamentos
3.1.5 Desintegração/Despolpamento
Adição de água
Adição do açúcar
Adição do ácido
Adição da pectina
3.1.7 Concentração
3.1.10 Resfriamento
5.6 CRISTALIZAÇÃO
Vários fatores podem alterar a cor das geleias dentre eles a polpa ou
frutas descoloridas decorrentes de resíduos de SO2 que é utilizado para sua
preservação, frutas verdes, frutas maduras, contaminação metálica,
caramelização do açúcar causada pelo tempo de cocção prolongado ou falhas
no processo de envase quando ele é feito em grandes recipientes onde o
resfriamento prolongado resulta no escurecimento na parte central da
embalagem (LOPES, 2007).