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Para que haja a responsabilidade imputada ao agente A, há que preencher em simultâneo os cinco
pressupostos, a saber: acção/omissão, tipicidade, ilicitude, culpa e punibilidade.
A seguir, há que provar se A desrespeitou algum dever de cuidado a que está vinculado.
Falta de cuidado por violações de normas profissionais (legis artis). O médico deveria ter
feito a decisão com profundidade para ver se é necessário submeter M e N para o teste
médico, para ver quem é que tem prioridade no tratamento. Por isso concluímos que, A
violou as normas profissionais do médico quanto ao seu dever prudente. Se o médico fosse
mais prudente no sentido de ter feito antes o Raio X ao M poderia ter evitado a sua morte.
Agora passemos a ver o tipo subjectivo. Entendemos que trata-se de uma negligência
consciente, nos termos do art. 14º a), uma vez que no momento em que o A deu prioridade
ao N, tinha como possível a morte do M, mas em senso comum é lógico que o médico náo
quer que o paciente morra na sua frente
Fica completado o tipo subjectivo.
Quanto à culpa que é um juízo de censura pelo facto de o agente ter agido como agiu e na
culpa negligente censura-se atitude interna do agente, no momento da prática do facto, pelo
seu descuidado ou leviandade em relação à norma jurídico-penal violada. A culpa aqui é
medida através da comparação do agente com a pessoa da mesma espécie como ele. Assim,
a vemos pelo facto de descuidado que teve na falta de realização de testes médicos devidos
para a análise do estado de M. Entendemos que se verifica a culpa negligente do agente.