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ANTÓNIO é médico do Hospital Aleluia.

Certo dia, Manuel e Nuno dão entrada no serviço


de urgência, ambos com intoxicação grave, por exposição a produtos tóxicos no local de
trabalho. Ambos estavam inconscientes. Existia apenas um ventilador no Hospital.
ANTÓNIO admitiu que ambos estivessem em situação clinica idêntica e, por isso, sem
outro critério que não o da ordem de chegada dos doentes à urgência, colocou Nuno no
ventilador e Manuel na enfermaria a aguardar.

De facto, quando Manuel chegou ao hospital estava já em perigo de vida iminente e,


portanto, numa situação muito mais grave do que Nuno, o qual poderia ter aguentado
alguns dias sem ventilação. Um Raio-X ao tórax teria revelado essa situação.

A questão colocada é a de saber a responsabilidade jurídico-penal de A em a M. O tipo incriminador


aplicável a esse caso, à primeira vista, deve ser o do art.º 134.º do CP, sendo este um crime de
resultado.

Para que haja a responsabilidade imputada ao agente A, há que preencher em simultâneo os cinco
pressupostos, a saber: acção/omissão, tipicidade, ilicitude, culpa e punibilidade.

1. Acção/omissão: o facto que se pode considerar a acção jurídico-penalmente relevante deve


ser facto humano, por isso exclui-se daqui outros factos provenientes de natureza e animal,
e voluntário, assim excluem-se as acções de reflexão e as sob a coacção absoluta. Aqui o
facto que A levou a cabo em relação a M é uma omissão, que desenvolveremos bem em
sede da tipicidade, afirmamos agora que este facto é humano voluntário, sendo por isso
jurídico-penalmente relevante.
2. Tipicidade: o tipo pode ser objetivo e subjectivo. No tipo objetivo, o crime em causa é o
de resultado, por isso há que imputar o resultado ao facto omitido pelo A. Para essa
imputação objectiva, estando em causa a omissão e a negligência do tipo, deve cada uma
delas ser provadas. Começamos por provar os elementos de omissão:
2.1 Omissão da acção esperada: art.º 9.º, n.º 1.
2.2 Dever jurídico: assunpção da função de guarda e assistência dos bens jurídicos
2.3 Possibilidade fáctica (pessoalmente): um Raio-X ao tórax teria revelado essa situação,
Verificados esses três pressupostos, forma-se a posição de garante de A em relação a M.
Provada uma omissão da acção devida, à qual sendo imputado o resultado de M morrer.
Agora passemos a analisar o aspecto de negligência, é um crime negligente, assim,
conforme previsto no art.12º, só é punível quando a lei assim o dizer. Conforme o art.º 134,
a lei diz que a negligencia do homicídio é punível.

A seguir, há que provar se A desrespeitou algum dever de cuidado a que está vinculado.
Falta de cuidado por violações de normas profissionais (legis artis). O médico deveria ter
feito a decisão com profundidade para ver se é necessário submeter M e N para o teste
médico, para ver quem é que tem prioridade no tratamento. Por isso concluímos que, A
violou as normas profissionais do médico quanto ao seu dever prudente. Se o médico fosse
mais prudente no sentido de ter feito antes o Raio X ao M poderia ter evitado a sua morte.

Provados os pressupostos da omissão e de negligência, assim fica completado o tipo


objetivo.

Agora passemos a ver o tipo subjectivo. Entendemos que trata-se de uma negligência
consciente, nos termos do art. 14º a), uma vez que no momento em que o A deu prioridade
ao N, tinha como possível a morte do M, mas em senso comum é lógico que o médico náo
quer que o paciente morra na sua frente
Fica completado o tipo subjectivo.

Quanto ao tipo justificar, há ou não há causas em que se justificam a ilicitude da omissão


de A em relação a M. Não há.

Quanto à culpa que é um juízo de censura pelo facto de o agente ter agido como agiu e na
culpa negligente censura-se atitude interna do agente, no momento da prática do facto, pelo
seu descuidado ou leviandade em relação à norma jurídico-penal violada. A culpa aqui é
medida através da comparação do agente com a pessoa da mesma espécie como ele. Assim,
a vemos pelo facto de descuidado que teve na falta de realização de testes médicos devidos
para a análise do estado de M. Entendemos que se verifica a culpa negligente do agente.

Quanto à punibilidade, não há causas de exclusão de punibilidade. Assim o facto é punível.

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