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Iniciação à Matemática
Autores:
Unidade I:
Capítulos I e II
.
Prefácio xi
1 Primeiros Passos 1
1.1 Organizando as Ideias . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.6 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2 Equações e Inequações 31
2.1 Equações do Primeiro Grau . . . . . . . . . . . . . . . 33
vii
viii SUMÁRIO
2.4 Inequações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
2.7 Miscelânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
2.8 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
3 Divisibilidade 89
3.1 Conceitos Fundamentais e Divisão Euclidiana . . . . . 90
5 Contagem 161
5.1 Princípio Aditivo da Contagem . . . . . . . . . . . . . 162
7 Desigualdades 233
7.1 Desigualdade Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . 234
8 Polinômios 255
8.1 Operações com Polinômios . . . . . . . . . . . . . . . . 255
Albert Einstein
esconde.
xi
xii Prefácio
bacharelado em Matemática.
neares.
relacionados.
Echaiz, que nos ajudou ativamente nas notas do Capítulo 5 que origi-
Krerley Oliveira
Adán J. Corcho
1
Primeiros Passos
Redu
tio ad absurdum, que Eu
lides gostava tanto, é uma das mais
G. H. Hardy
plos que abordamos serão úteis para orientar quanto ao cuidado que
mações:
1
2 1 Primeiros Passos
b, então c 2 = a2 + b 2 .
outro lado, as proposições (b) e (e) são falsas. Com efeito, para cons-
que a proposição (e) é falsa basta tomar a = 1/2 e checar que (1/2)2 =
1/4 não é maior do que 1/2 como a sentença arma. Em ambos os
casos temos vericado que as proposições (b) e (e) são falsas apre-
temos que:
Q: c2 = a2 + b2 ,
consequente.
exemplo:
em Matemática.
Uma das coisas que distingue a Matemática das demais ciências natu-
permanecerá assim através dos séculos. Por exemplo, até hoje usamos
sempre.
6 1 Primeiros Passos
enganam ou, como diziam nossos avós, nem tudo que reluz é ouro.
gunta acima, pois podemos nos enganar muito facilmente. Por exem-
sua sala de aula ou no seu ônibus escolar, que deve ter pelo menos
ano. Se você verica que existem duas pessoas que fazem aniversário
no mesmo dia do ano, não é por acaso, pois a chance de isso acontecer
é muito alta. Mas, cuidado! Isso não é uma prova matemática para
este fato. Para provar que este fato é verdadeiro você deve vericar
Capítulo
guinte modo:
Resposta: Um time que perdeu mais é pior que um que perdeu me-
a sua resposta?
mais que a equipe B e ainda assim empataram, então ela deve ter
d1 + e1 + v1 = d2 + e2 + v2 . (1.1)
Por outro lado, note que o número de pontos obtidos pela equipe A é
e1 + 3v1 = e2 + 3v2 .
Ou ainda,
e2 − e1
3(v1 − v2 ) = e2 − e1 ou v2 − v1 = − .
3
Como v1 −v2 > 0, temos que e2 −e1 > 0. Reescrevendo a equação (1.1),
temos que:
e2 − e1 2
d1 − d2 = e2 − e1 + (v2 − v1 ) = e2 − e1 − = (e2 − e1 ).
3 3
Logo, temos que d1 − d2 > 0, pois e2 − e1 > 0. Isso signica que
A teve mais derrotas que B ; logo, qualquer um dos dois critérios de
riosa.
uma proposição.
são verdadeiros.
demonstração.
• Demonstração direta.
Demonstração Direta
A demonstração direta é aquela em que assumimos a hipótese como
a b
β a
b γ
Q α
c b
a
1.1. Com efeito, usando a gura acima temos que a área do quadrado
catetos a
b e, além disso, cada um dos seus ângulos internos
e mede
o
γ = 180 − (α + β) = 180◦ − 90◦ = 90◦ (veja a Figura 1.1).
Portanto,
ab
(a + b)2 = 4 · + c2 ,
2
de onde
a2 + 2ab + b2 = 2ab + c2 ,
e consequentemente
a2 + b 2 = c 2 ,
12 1 Primeiros Passos
como queríamos.
é equivalente à armação
• Hipótese: N2 é par.
• Tese: N é par.
tese e tentando concluir a tese. Note que podemos vericar que nossa
N2 4 16 36 64 100 144
N 2 4 6 8 10 12
1.3 Teoremas e Demonstrações 13
tem que ser ímpar, ou seja, existe p, número inteiro, tal que N = 2p+1.
Logo,
N 2 = (2p + 1)(2p + 1)
= 4p2 + 2p + 2p + 1
= 4p2 + 4p + 1
= 2(2p2 + 2p) + 1
= 2q + 1,
onde q = 2p2 + 2p. Logo, N 2 = 2q + 1 é ímpar e concluímos assim
nossa prova.
lei do terceiro excluído que diz o seguinte: uma armação que não
seguinte proposição:
• Tese: x + 1/x ≥ 2.
x2 + 1 < 2x.
mas
disponíveis.
problema equivalente.
polar os limites!
achar solução depois de muito tentar poderá então passar para a pró-
(A) Vou lhe dar uma dica. O produto das idades deles é 36.
vagão.
que 8 delas têm o mesmo peso e uma moeda é mais leve que as demais.
mais leve.
seguinte: se uma pessoa descobre que possui olhos azuis ela se suicida
Por conta disso, ninguém conversa sobre o assunto, olha para espelhos
Pergunta-se:
1.4 Algumas Dicas para Resolver Problemas 17
que possui é uma corrente com 31 elos de ouro. Para pagar sua conta,
ele acertou com o gerente pagar um elo por dia, sem atrasar ou a-
elos. Depois ele deseja recuperar a corrente e por isso ele quer pagar
(a) (b)
• • •
• • •
• • •
problemas:
azuis e uma com olhos verdes e depois fazer o caso: duas pessoas
anterior.
y e z:
x y z xyz
1 1 36 36
1 2 18 36
1 3 12 36
1 4 9 36
1 6 6 36
2 2 9 36
2 3 6 36
3 3 4 36
A segunda dica dada pela senhora é a soma das idades. Assim,
x y z x+y+z
1 1 36 38
1 2 18 21
1 3 12 16
1 4 9 14
13
1 6 6
13
2 2 9
2 3 6 11
3 3 4 10
Sabemos que após a segunda dica, o matemático ainda não conse-
Por que ele não conseguiu? Imagine que o número da casa fosse
problema. De fato, como o mais velho toca piano, isso signica que
são 2, 2, e 9.
vista pode parecer difícil, mas que quando usamos todas as informa-
a moeda mais leve deve estar no grupo C . No caso (b), um dos grupos
cou mais leve, o que signica que a moeda mais leve está neste grupo.
qual é o grupo em que a moeda mais leve está. Digamos que este grupo
(b) Os pratos cam equilibrados, logo a moeda mais leve foi a que
cou fora.
verdes. Pensando neste caso, a pessoa que tinha olhos azuis só via as
uma pessoa de olhos azuis, ela descobriu que tinha olhos azuis, pois as
prefeitura e pulou. Com isso, a pessoa que tinha olhos verdes descobriu
que tinha olhos verdes, pois se ela tivesse olhos azuis sua companheira
tinha olhos azuis ontem, pois ela veria três pessoas de olhos
azuis.
da cor de seus olhos. Para chegar à conclusão de que seus olhos são
cada uma duas pessoas com olho azul. Logo, elas não te-
Ufa!
ciamento do estrangeiro.
pessoa estava vendo alguma pessoa com olhos azuis. Mas isso não é
verdade.
que existe uma pessoa de olhos azuis ela pode descobrir a cor de seus
olhos. Note que a pessoa de olhos verdes já sabia que existia pelo
menos uma pessoa de olhos azuis. Mas ela não sabia que a pessoa
rente 30 vezes, separando todos os elos. Porém, essa não é a melhor so-
dois elos de uma vez. Assim, daremos dois elos ao gerente e ele de-
volverá um elo de troco. Com este elo pagaremos o terceiro dia. Note
que pagamos três dias fazendo dois cortes na corrente, como mostra a
tabela:
Gerente Viajante
Elos 1, 2 28
de troco um elo solto e um pedaço com dois elos. Com o elo solto,
◦ ◦
pagamos o 5 dia. Assim, no 5 dia teremos os seguintes grupos de
elos:
Gerente Viajante
Elos 1, 4 2, 24
24 1 Primeiros Passos
◦
Assim, pagamos o 6 dia com o pedaço que contém dois elos e
◦
receberemos o elo solto de troco. Finalmente pagaremos o 7 dia com
o elo solto. Note que foi possível pagar 7 dias com apenas três cortes na
do seguinte modo:
Gerente Viajante
Elos 1, 2, 4, 8 16
◦
Para pagar o 16 dia, entregaremos ao gerente o pedaço com os 16
1 2 3
4 5 6
7 8 9
9 9
• 2• •
2• •4 •4
5 5
7 • • • 3 7 • • • 3
• • • •
6 • 8 6 • 8
1 1
a situação descrita na Figura 1.6. Deste modo, ca evidente que não
podemos trocar a posição dos cavalos branco e preto sem que em algum
1.6 Exercícios
1. Uma sacola contém meias cujas cores são branca, preta, amarela
Q T 3 4 6
uma letra. João arma: Qualquer carta que tenha uma vogal
mente virando somente uma das cartas. Qual das 5 cartas foi a
X: Sábado.
Felipe: Que dia será amanhã?
X: Quarta-feira.
Em qual dia da semana foi mantido este diálogo?
que a soma das horas que cam em cada parte seja a mesma.n
12
11 1
10 2
9 • 3
8 4
7 5
6
poderá fazer isso apenas dizendo uma frase. Que frase é essa?
com a 3, ..., a 186 com a 187 e esta última com a roda 1. Pode
reito?
gens?
3x − 3x = 2x − 2x.
D'Alembert
sido inventado ainda. Isso só veio ocorrer por volta dos meados do
31
32 2 Equações e Inequações
los romanos, que eram muito pouco práticos para realizar operações
matemáticas.
assim como Pitágoras não deve ter sido o primeiro a descobrir o te-
orema que leva o seu nome, já que 3.000 a.c. os babilônios tinham
segundo grau, a fórmula que Bhaskara usava não era exatamente igual
a que usamos hoje em dia, sendo mais uma receita de como encontrar
Vièti, que aprimorou esse uso dos símbolos algébricos em sua obra In
Matemática.
Exemplo 2.1. Qual é o número cujo dobro somado com sua quinta
mos que:
x
2x + = 121,
5
ou ainda,
10x + x = 605,
onde 11x = 605. Resolvendo, temos que x = 605/11 = 55.
expressão da forma
ax + b = 0,
34 2 Equações e Inequações
(a) 2x − 3 = 0.
(b) −4x + 1 = 0.
3
(b) x − π = 0.
2
Para trabalhar com equações e resolvê-las, vamos pensar no mo-
números:
a=b =⇒ a + c = b + c.
5x − 3 = 6,
2.1 Equações do Primeiro Grau 35
(5x − 3) + 3 = 6 + 3, ou seja, 5x = 9.
a=b =⇒ ac = bc.
5x 9
x= = ,
5 5
encontrando o número que satisfaz a equação 5x − 3 = 6.
Para nos familiarizarmos um pouco mais com a linguagem das
brincadeira:
Mas não há nada de mágico nisso. Você consegue explicar o que Lucas
fez?
36 2 Equações e Inequações
equações. Vamos ver o que Lucas fez de perto, passo a passo, utili-
• Escolha um número: x.
os lados de uma igualdade por zero. Por exemplo, podemos dar uma
x + 2x = 2x + x.
Logo,
x − x = 2x − 2x
Colocando (x − x) em evidência:
1(x − x) = 2(x − x)
1 = 2. Qual o erro?
2.1 Equações do Primeiro Grau 37
seguinte modo:
ax −b b
= ⇐⇒ x = − .
a a a
b
x=− .
a
quem é x?
38 2 Equações e Inequações
x11 = 100x + 11
11x = 110 + x
1x1 = 101 + 10x
Logo, temos a seguinte equação do primeiro grau:
Logo,
777 − 222
x= = 5.
111
ou diagonal.
1 6
9
Solução: Primeiro, observe que a soma de todos os números naturais
que:
45 = 1 + 2 + · · · + 9 = 3s,
Onde s deve ser igual a 15. Assim, chamando de x o elemento da
1 x 6
linha, uma coluna e duas diagonais que contêm x. Note também que
1 + 2 + 3 + 4 + · · · + 9 + 3x = 60,
mente longo, mas tão longo que você consegue dar a volta na Terra
com ele. Para simplicar a nossa vida e nossas contas, vamos supor
6.378.000 metros.
mesmo centro. Você acha que essa folga será de que tamanho?
pouco o o, a folga que ele vai ter será também muito pequena, di-
gamos alguns poucos milímetros. Mas veremos que isso está comple-
tamente errado!
C de um círculo de raio r é
C = 2πr,
aproximadamente:
CT = 2πrT ∼
= 2 × 3, 1415 × 6.378.000 = 40.072.974 metros,
2.1 Equações do Primeiro Grau 41
π∼
= 3, 1415926535897932384626433832795.
42 2 Equações e Inequações
blema:
2x + 3y = 14. (2.1)
temos que
x + y = 6. (2.2)
várias variáveis.
a1 x1 + a2 x2 + · · · + an xn + b = 0,
2.2 Sistemas de Equações do Primeiro Grau 43
real.
Por exemplo,
2x − 3y = 0
é uma equação do primeiro grau nas variáveis x e y. Assim como,
c
2a − b + =5
3
é uma equação do primeiro grau nas variáveis a, b e c.
Dizemos que os números (r1 , r2 , . . . , rn ) formam uma solução da
equação, se substituindo x1 por r1 , x2 por r2 , . . . , xn por rn , temos
pois
2 · 3 − 3 · 2 = 0.
Note que a ordem que apresentamos os números importa, pois (2, 3)
não é solução da equação 2x − 3y = 0, já que 2 · 2 − 3 · 3 = −5 6= 0.
c
Do mesmo modo, (2, 0, 3) é solução da equação 2a − b + = 5, pois
3
3
2 · 2 − 0 + = 5.
3
Denição 2.13. Um sistema de equações do primeiro grau em n
variáveis x1 , x2 , . . ., xn é um conjunto de k equações do primeiro
conjunto de equações
a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn + b1 = 0,
a x + a x + · · · + a x + b = 0,
21 1 22 2 2n n 2
(2.3)
· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
ak1 x1 + ak2 x2 + · · · + akn xn + bk = 0,
44 2 Equações e Inequações
equações simultaneamente.
2x + 3y = 14,
x + y = 6.
Isolamos o valor de uma das variáveis numa das equações. Por conveni-
x = 6 − y.
2(6 − y) + 3y = 14,
12 − 2y + 3y = 14,
y = 2.
x, y e z dado por
x + y − z − 1 = 0,
(2.4)
x − y − 1 = 0.
x = y + 1. (2.5)
(y + 1) + y − z − 1 = 0,
2y − z = 0,
z = 2y. (2.6)
x = t + 1, y = t, z = 2t
este.
46 2 Equações e Inequações
x + y + 2z − 1 = 0,
x + z − 2 = 0, (2.7)
y + z − 3 = 0.
x=2−z e y = 3 − z.
(2 − z) + (3 − z) + 2z − 1 = 0 ⇐⇒ 4 = 0,
sileira de Matemática.
2.2 Sistemas de Equações do Primeiro Grau 47
2g = p − 1.
3(g − 1) = p.
V2
A2
A1
π
A1 = − A2 ;
4
substituindo esta na segunda equação obtemos
π
− A2 + 2A2 = 1,
4
de onde
π
+ A2 = 1.
4
π
A1 = π4 − 1 − π4 = π
Logo, A2 = 1 − 4
e
2
− 1.
caminhão em 20 minutos.
Carlos descarregando?
minuto. Como Cláudio carrega mais que Carlos, sabemos que y < x.
Do enunciado, sabemos que os dois juntos carregam um caminhão em
em 20 minutos. Logo,
20x = c.
Assim, igualando as duas equações, temos que
dio carrega três vezes mais sacos que Carlos e a resposta do primeiro
nhão quando estão brigados, observamos que a cada minuto eles car-
usamos muito mais tarde, com o francês Vièti. Nesta seção iremos
x2 − 6x − 8 = 0.
x2 − 6x = 8.
(x − 3)2 = 9 + 8 = 17.
√ √
Logo, x−3= 17 x − 3 = − 17. Logo, as soluções
ou são:
√ √
x1 = 3 + 17 e x2 = 3 − 17.
ax2 + bx + c = 0, (2.8)
ax2 + bx = −c
2.3 Equação do Segundo Grau 51
b −c
x2 + x = .
a a
Agora vamos acrescentar um número em ambos os lados da equa-
2 2
b2 b2 − 4ac
b 2 b b c
x+ =x +2 x+ = 2− = .
2a 2a 2a 4a a 4a2
2
b2 − 4ac
b ∆
x+ = 2
= 2. (2.9)
2a 4a 4a
Por isso, para que exista algum número real satisfazendo a igual-
∆ ≥ 0, temos as soluções:
√ √
b b2 − 4ac b b2 − 4ac
x+ = e x+ =− .
2a 2a 2a 2a
Assim, obtemos as seguintes soluções:
√ √
b b2 − 4ac −b + ∆
x1 = − + =
2a 2a 2a
e
52 2 Equações e Inequações
√ √
b b2 − 4ac −b − ∆
x2 = − − = .
2a 4a2 2a
Em resumo,
∆ = b2 − 4ac = (−4)2 − 4 · 2 · 2 = 0.
b 4
Assim, a única solução é x=− = = 1.
2a 4
Exemplo 2.20. Encontre as raízes da seguinte equação do segundo
grau:
x2 − x − 1 = 0.
1
x=1+ ,
1
1+
x
determine os valores possíveis de x.
ção algébrica, que feita com cuidado nos levará a uma equação do
1 x+1
1+ = .
x x
Logo,
1 x 1 + 2x
1+ =1+ = .
1 1+x 1+x
1+
x
1 + 2x
Então devemos ter x= , de onde segue-se que
1+x
x2 + x = 1 + 2x ⇐⇒ x2 − x − 1 = 0.
√
Observação 2.22. O número (1 + 5)/2 é chamado de razão áurea.
da razão áurea. Por exemplo, no arranjo das pétalas de uma rosa, nas
xn+2 − xn+1 − xn = 0.
xn (x2 − x − 1) = 0
√ !n √ !n
1+ 5 1− 5
an = ou an = .
2 2
√ √
−b + ∆ −b − ∆ −2b b
x1 + x2 = + = =− . (2.11)
2a 2a 2a a
Por outro lado, fazendo o produto x1 x2 obtemos
√ ! √ !
−b + ∆ −b − ∆
x1 x2 = ·
2a 2a
√ √
−b+ ∆ −b− ∆ b2 − ∆ (2.12)
= =
4a2 4a2
4ac c
= 2 = .
4a a
Em particular, quando a = 1, temos o seguinte resultado.
x2 − sx + p = 0 (2.13)
α+β =s e αβ = p. (2.14)
56 2 Equações e Inequações
(x − α)(x − β) = x2 − sx + p
de mão.
pessoa 1 foram
A1 = (1, 2), (1, 3), . . . , (1, n) .
58 2 Equações e Inequações
A2 = (2, 3), (2, 4), . . . , (2, n) .
Note que o aperto (2, 1) é o mesmo que o aperto (1, 2), já que se 1
aperta a mão de 2, então 2 aperta a mão de 1. Analogamente,
Ai = (i, i + 1), (i, i + 2), . . . , (i, n) , para 1 ≤ i ≤ n − 1.
relações (
n1 n2 = −2a,
n1 + n2 = 1,
concluímos que −n2 = n1 − 1 ≥ 11. Assim, podemos deduzir que
isto impossível pois a < 75. Assim, a raiz positiva para tal equação
não pode ser maior ou igual que 13, restando somente n1 = 12 como
solução. De fato, essa solução é possível, se considerarmos a = 66.
equações de grau mais alto, desde que elas se apresentem numa forma
Por exemplo,
x4 − 2x2 + 1 = 0. (2.16)
ou x = −1.
seguinte;
ay 2 + by + c = 0, (2.18)
60 2 Equações e Inequações
xk = α,
√
• uma única solução: x= k
α se k é ímpar;
√
• duas soluções: x=±kα se α>0 e k é par.
ax2 + bx + c = 0 (2.19)
Ay 2 + B = 0, (2.20)
r r
B B B
y1 = − e y2 = − − , se − ≥ 0.
A A A
2.3 Equação do Segundo Grau 61
au2 + 2auv + av 2 + bu + bv + c = 0.
−b2 + 4ac
av 2 + = 0.
4a
Observando que a equação assumiu a forma da equação (2.20), temos
b b
x1 = − + v1 e x2 = − + v2 ,
2a 2a
como já obtivemos anteriormente.
62 2 Equações e Inequações
2.4 Inequações
3x ≤ 100. (2.21)
maior valor inteiro de x tal que 3x−100 < 0; porém note que qualquer
número x real menor que 100/3 satisfaz que 3x − 100 < 0. Isto é um
primeiro grau.
2.5 Inequação do Primeiro Grau 63
abaixo
ax + b < 0, ax + b > 0,
(2.22)
ax + b ≤ 0, ax + b ≥ 0,
onde a, b ∈ R e a 6= 0.
O conjunto solução de uma inequação do primeiro grau é o con-
números
ax + b < 0 e ax + b > 0.
Para isto, dividimos a análise em dois casos.
• Caso 1: a>0
Inequação ax + b < 0: neste caso, dividindo por a obtemos
S = {x ∈ R; x < −b/a},
o qual representamos no seguinte desenho:
S
•
−b/a
S = {x ∈ R; x > −b/a},
representado no desenho abaixo:
S
•
−b/a
• Caso 2: a<0
Inequação ax + b < 0: neste caso, quando dividimos por ao
sinal da inequação se inverte, obtendo assim que x + b/a > 0,
logo temos que x > −b/a e, consequentemente,
S = {x ∈ R; x > −b/a},
cuja representação na reta é a seguinte:
2.5 Inequação do Primeiro Grau 65
S
•
−b/a
dado por
S = {x ∈ R; x < −b/a},
cuja representação é a seguinte:
S
•
−b/a
S = {x ∈ R; x ≥ 1/2}.
inequações lineares.
é maior?
66 2 Equações e Inequações
x2 + 3x + 1 ≤ x2 + x − 3,
2x + 4 ≤ 0.
a > b.
primeiro grau.
diferentes temos que a soma dos elementos de cada linha é 15. Logo,
acontecer.
• O número x não pode ser 1, pois nesse caso formaria uma linha,
impossível.
z = 15 − (x + 9) ≥ 1 ⇔ 6 − x ≥ 1,
(a) Qual a posição onde deve ser colocado P de maneira que ` = x+y
seja mínimo?
(b) Qual a posição onde deve ser colocado P de maneira que ` = x+y
seja máximo?
C
a
b
x P y
B c A
ax = 2S − by
2S − by
x= .
a
Somando y em ambos os lados da última igualdade, obtemos
2S − by
x+y = +y
a
2S − by + ay
=
a
2S a − b
= + y,
a a
2.6 Inequação do Segundo Grau 69
logo
` = α + βy,
onde
2S a−b
α= e β = .
a a
Agora notemos que 0 ≤ y ≤ hb , onde hb denota a altura relativa ao
abaixo
ax2 + bx + c < 0, ax2 + bx + c > 0,
(2.23)
ax2 + bx + c ≤ 0, ax2 + bx + c ≥ 0,
isto é,
x2 − 3x + 2 = (x − 1)(x − 2).
sinal:
• Ambos positivos:
x−1>0⇔x>1
x − 2 > 0 ⇔ x > 2,
logo x > 2.
• Ambos negativos:
x−1<0⇔x<1
x − 2 < 0 ⇔ x < 2,
logo x < 1.
2 b 2 c
ax + bx + c = a x + x +
a a
b2 b2
2 b c
=a x + x+ 2 − 2 +
a 4a 4a a
2
2 (2.25)
2 b b b c
=a x + x+ 2 −a −
a 4a 4a2 a
2
b ∆
=a x+ − ,
2a 4a
casos:
em conta o sinal de a.
2
b ∆
a x+ − > 0.
2a 4a
2
b ∆
x+ − 2 > 0.
2a 4a
2 2 √ !2
b ∆ b ∆
x+ − 2 = x+ −
2a 4a 2a 2a
√ ! √ !
b+ ∆ b− ∆
= x+ x+
2a 2a
√ ! √ !
−b − ∆ −b + ∆
= x− x−
2a 2a
= (x − α)(x − β) > 0,
√ √
−b− ∆ −b+ ∆
onde α= 2a
e β= 2a
são as raízes de ax2 + bx + c = 0.
Agora notamos que (x − α)(x − β) > 0 se os fatores (x − α) e
S S
• •
α β
(x − α)(x − β) < 0,
√ √
−b− ∆ −b+ ∆
com α = 2a
e β = 2a
raízes de ax2 + bx + c = 0.
Notemos que a desigualdade acima é válida sempre que os sinais
S
• •
β α
resolver a inequação
2
b
a x+ > 0,
2a
b
a qual é válida para qualquer x 6= − 2a , se a > 0 e sempre falsa, se
a < 0.
Caso 3: ∆ = b2 − 4ac < 0. Neste caso, quando a é positivo todos
∆
é sempre satisfeita, dado que − 4a > 0. Por outro lado, se a é negativo
não temos nenhuma solução possível para a inequação (2.24) já que
2
2 b ∆
ax + bx + c = a x + −
2a 4a
∆
é sempre negativo, dado que − 4a < 0.
ax2 + bx + c < 0
ax2 + bx + c ≥ 0 e ax2 + bx + c ≤ 0
1
x+ ≥ 2.
x
Partimos da seguinte desigualdade, que sabemos vale para qualquer
x ∈ R:
(x − 1)2 ≥ 0
logo
x2 − 2x + 1 ≥ 0 ⇐⇒ x2 + 1 ≥ 2x.
2.6 Inequação do Segundo Grau 75
1
x+ ≥ 2,
x
conforme queríamos provar.
f (x) é o menor (maior) valor possível que pode assumir f (x) quando
que ab ≤ 1/4.
Solução. Notemos que ab = a(1 − a) = −a2 + a. Denindo f (a) =
−a2 + a, basta provar que f (a) ≤ 1/4 para qualquer 0 < a < 1.
Completando o quadrado a função f (a), obtemos
logo este assume seu valor máximo igual a 1/4, quando a = 1/2.
76 2 Equações e Inequações
D C
r y
x
A B
A = 2x · 2y = 4xy.
√
y= r 2 − x2 , (2.27)
obtemos
√
A = 4x r2 − x2 .
que nos dão o máximo para o quadrado desta área, ou seja, basta
dada por
2
r2
A2 = −16z 2 + 16r2 z = −16 z − 2
+ 4r4 ,
r2
de onde segue que o menor valor de A2 é obtido quando z = 2
e
2.7 Miscelânea
maior.
(a) |2x − 5| = 3;
(c) |3 − x| − |x + 1| = 4.
dos:
(b) e (c).
Solução: O método (1) pode ser utilizado para resolver esta equação.
|a| = b ⇐⇒ a = b ou a = −b.
2x − 5 = 3 ou 2x − 5 = −3.
a solução x2 = 1.
2.7 Miscelânea 79
2x − 3 ≥ 0, 2x − 3 < 0,
(a) ou (b)
2x − 3 = 1 − 3x, −(2x − 3) = 1 − 3x.
Exemplo 2.43. |3 − x| − |x + 1| = 4.
Solução. Neste caso usaremos o método de partição em intervalos que
3 − x − (−x − 1) = 4 ⇐⇒ 4 = 4,
3 − x − (x + 1) = 4 ⇐⇒ 2 − 2x = 4,
x = −1.
Intervalo x > 3: Neste caso a equação modular toma a forma
−3 + x − (x + 1) = 4 ⇐⇒ −4 = 4,
√
u= x2 + 3x e v = (x2 − 2)3 .
√
x2 + 3x = 2 ⇐⇒ x2 + 3x = 4,
e v = −1 simultaneamente.
2.8 Exercícios
recebi pelas horas extras. Qual é o meu salário sem horas extras?
a importância.
número.
3a+6 2a+10
8. Determine um número real a para que as expressões 8
e
6
sejam iguais.
é esse número?
2.8 Exercícios 83
14. Obter dois números consecutivos inteiros cuja soma seja igual a
57.
14?
195.
15 cm2 de área.
84 2 Equações e Inequações
8
20. A diferença de um número e o seu inverso é . Qual é esse
3
número?
idades?
α1 + α2
(a) ;
2
√ √
(b) α1 + α2 ;
√ √
4 α + 4 α .
(c) 1 2
26. Encontre o polinômio p(x) = 2x4 +bx3 +cx2 +dx+e que satisfaz
a equação p(x) = p(1 − x).
2.8 Exercícios 85
a2 x2 − (b2 − 2ac)x + c2 = 0,
equação
2x2
= x.
x2 + 1
Obs.: [x] é o menor inteiro maior ou igual a x.
86 2 Equações e Inequações
n > 1.
farinha ?
966666555557 966666555558
e ,
966666555558 966666555559
qual é maior?
1 2 3 n
10 11 · 10 11 · 10 11 · · · 10 11 > 100000.
40. Ache os valores de x para os quais cada uma das seguintes ex-
pressões é positiva:
x x−3 x2 − 1
(a) (b) (c)
2
x +9 x+1 x2 − 3x
41. Resolver a equação:
2
inteiras a2 e b2 , consideramos a equação x + a2 x + b2 = 0. Se a
2
equação x +a2 x+b2 = 0 tem raízes inteiras a3 e b3 , consideramos
2
a equação x +a3 x+b3 = 0. E assim por diante. Se encontramos
uma equação com ∆ < 0 ou com raízes que não sejam inteiros,
encerramos o processo.
88 2 Equações e Inequações
mente.
Referências Bibliográcas
[1] AIGNER, M. e ZIEGLER, G. (2002). As Provas estão
de Matemática.
285
286 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
tica. EDUFCG.
meros. IMPA.
Unicamp.
Iniciação à Matemática
Autores:
Unidade II:
Capítulos III e IV
3
Divisibilidade
Platão
problemas ligados a esta área constituem, até hoje, uma das princi-
89
90 3 Divisibilidade
clidiana
veremos a - b.
b = aq1 (3.1)
c = bq2 . (3.2)
92 3 Divisibilidade
igualdades
b = aq1 , q1 ∈ Z (3.4)
c = aq2 , q2 ∈ Z. (3.5)
Operando com os ambos lados das igualdades (3.4) e (3.5) temos que
b + c = a(q1 + q2 ) e b − c = a(q1 − q2 ),
| {z } | {z }
r∈Z s∈Z
q ≥ 1. (3.6)
b = aq ≥ a > 0,
como esperávamos.
se a|b e b|a |a| divide |b| e |b| divide |a|. Portanto, pelo item
então
(c) temos que |a| ≤ |b| e |b| ≤ |a|, ou seja, |a| ≤ |b| ≤ |a|. Logo,
positivos de 7, isto é:
r1 = 31 − 7 · 1 = 24,
r2 = 31 − 7 · 2 = 17,
r3 = 31 − 7 · 3 = 10,
r4 = 31 − 7 · 4 = 3,
r5 = 31 − 7 · 5 = −4,
r6 = 31 − 7 · 6 = −11,
.
.
.
que alguma das diferenças acima seria igual a zero, o que é impossível
b = aq + r, 0 ≤ r < a.
R = {b − aq ∈ Z; b − aq ≥ 0} ⊆ N ∪ {0} (3.7)
r = b − aq ≥ a ⇒ b − a(q + 1) ≥ 0. (3.8)
b = aq1 + r1 , 0 ≤ r1 < a.
3.1 Conceitos Fundamentais e Divisão Euclidiana 95
na ≤ b < (n + 1)a.
Solução. Para resolver este problema basta achar o resto que deixa o
que aparece em n pelo resto que este deixa na divisão por 3, formando
assim um novo número n1 , ou seja,
n1 = 1 · 2 + 0 · 2 = 2.
n1 = aq1 + r1 e n2 = aq2 + r2 ,
n1 n2 = (aq1 + r1 )(aq2 + r2 )
= a2 q1 q2 + aq1 r2 + aq2 r1 + r1 r2
(3.11)
= a(aq1 q2 + q1 r2 + q2 r1 ) + r1 r2
= aq + r1 r2 ,
r1 r2 = ap + r, p ∈ Z, 0 ≤ r < a. (3.12)
seguir.
2.
k ∈ Z. Logo
Assim,
n2 − 1 = 4m(m + 1).
Observe que de acordo com o exemplo 3.11, m(m + 1) é múltiplo de
n2 − 1 = 4m(m + 1) = 4 · 2q = 8q,
por 3:
n n2
0 0
1 1
2 1
x y
disso some três a esse resultado. Multiplique agora o número que você
obteve por dois. Some isto com o outro número da peça. Qual foi o
resultado?
Foi 40.
Claro que de mágico João não tinha nada e decidiu contar seu
segredo a Pedro.
tema numérico na base 10, todo número pode ser representado como
seguinte forma
muito útil.
s = 1 + a + a2 + · · · + an−1
as = (a + a2 + · · · + an−1 ) + an = s − 1 + an .
102 3 Divisibilidade
an − bn = bn ( ab − 1) ( ab )n−1 + ( ab )n−2 + · · · + ( ab ) + 1
+ an + an−1 + · · · + a1 + a0 .
3.2 Bases Numéricas 103
Pelo Lema 3.14 temos que 10j − 1 = 9qj para todo 1 ≤ j ≤ n, daí
segue-se
N = 13424136 + 1234567890
é divisível por 3.
Solução. Note que não precisamos fazer a soma dos números ante-
riores. Para mostrar isso, basta aplicar o item (b) da Proposição 3.3 e
3.
mérica.
104 3 Divisibilidade
a = rn bn + rn−1 bn−1 + · · · + r1 b + r0 .
a = (rn cn−1 . . . r1 r0 )b ,
segue:
a = bq0 + r0 , r0 < b,
q0 = bq1 + r1 , r1 < b,
q1 = bq2 + r2 , r2 < b,
. . . .
. . . .
. . . .
e assim por diante. Como a > q0 > q1 > q2 > · · · > qj−1 , para algum
j = n deveremos ter que qn−1 < b. Logo, qj = 0 para todo j ≥ n,
assim como rj = 0 para todo j ≥ n + 1. Das igualdades acima, para
3.2 Bases Numéricas 105
1 ≤ j ≤ n, tem-se
a = bq0 + r0 ,
bq0 = b2 q1 + br1 ,
b2 q1 = b3 q2 + b2 r2 ,
(3.19)
. . .
. . .
. . .
a = rn bn + rn−1 bn−1 + · · · + r1 b + r0 .
euclidiana.
única como
a = r6 26 + r5 25 + r4 24 + r3 23 + r2 22 + r1 2 + r0 1,
106 3 Divisibilidade
cada ri ser 0 ou 1 nos diz que não precisamos repetir nenhum dos
1, 22 , 23 , 24 , 25 , 26
100g .
tiplo Comum
meros.
(a, b) = b.
Vejamos (b). Usando o item (b) da Proposição 3.3 temos que
nome de Bachet.
contradição.
3.3 Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum 109
d = λ = ax0 + by0 .
(λa, λb) = min (λa)x + (λb)y > 0; x, y ∈ Z
= λ min ax + by ; x, y ∈ Z
= λ(a, b).
a b a b
(a, b) = d , d =d , .
d d d d
ax1 + cy1 = 1,
bx2 + cy2 = 1.
bx0 + cy0 = 1.
abx0 + acy0 = a.
logo c | a.
ros, encontrá-lo de fato pode ser uma tarefa complicada, sem auxílio
conjuntos.
algoritmo de Euclides .
rn = rn−2 − rn−1 qn o
⇒ rn = rn−2 − (rn−3 − rn−2 qn−1 )qn .
rn−1 = rn−3 − rn−2 qn−1
d = rn = xr1 + yr2 .
4n + 15 = (2n + 8) · 1 + 2n + 7,
2n + 8 = (2n + 7) · 1 + 1,
2n + 7 = (2n + 7) · 1.
dades
19 18
| {z } | {z } = 10 + 10 + · · · + 1 = |11 .{z
mdc.(111 . . . 111, 11 . . . 11) . . 11} .
100 vezes 60 vezes 20 vezes
3.3 Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum 115
desejado. Suponhamos, pelo contrário, que 0 < r < [a, b]. Notemos
que tanto a como b dividem c e [a, b]. Logo, pelo item (b) da Pro-
[λa, λb]
[a, b] ≤ ⇔ λ[a, b] ≤ [λa, λb]. (3.23)
λ
Das igualdades (3.22) e (3.23) segue que
Caso 1: (a, b) = 1.
Sabemos que b | [a, b] e [a, b] = qa, para algum q ∈ N. Então b | qa
e além disso (a, b) = 1. Logo, pelo item (v) da Proposição 3.24 temos
para obter
a b a b
ab = (a, b) , (a, b) , = [a, b] · (a, b).
(a, b) (a, b) (a, b) (a, b)
T = 15n1 = 18n2 ,
118 3 Divisibilidade
ou seja
15 · 18
T = [15, 18] = = 90.
3
Portanto, n1 = 6 e n2 = 5.
Finalizamos esta seção com um exemplo que nos fornece uma bela
D C
A B
AD.
de reexão.
de m
n. É claro que a primeira vez que o raio chega a um vértice
e o
Consideremos a equação
ax + by = c, (3.26)
onde a, b, c ∈ Z, com a 6= 0 e b 6= 0.
A equação (3.26) é chamada de equação diofantina linear e uma
a reta que esta representa. Por exemplo, os pontos (−1, −2) e (1, 1)
são soluções da equação diofantina 3x − 2y = 1, veja a Figura 3.3.
3
y
2
1
•
0
ℓ x
-1
-2
•
-3
-3 -2 -1 0 1 2
resultado nos diz quando isto é possível. Além disso, se uma equação
diofantina linear tem uma solução na verdade ela tem uma innidade
de soluções.
3.3 Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum 121
tem solução se, e somente se, d | c, onde d = (a, b). Além disso,
se (x0 , y0 ) é uma solução, então o conjunto de soluções de (3.27) é
constituído por todos os pares de inteiros (x, y) da forma:
x = x0 + t db e y = y0 − t ad , t ∈ Z. (3.28)
verica a igualdade
ax0 q + by0 q = c,
diofantina.
Com efeito, sendo (x, y) uma outra solução qualquer além de (x0 , y0 ),
vale que ax0 + by0 = c = ax + by , de onde ax0 + by0 = ax + by . Desta
d para obtermos
a b
(x − x0 ) = (y0 − y).
d d
122 3 Divisibilidade
x = x0 + t db e y = y0 − t ad .
Por outro lado, é fácil vericar que para qualquer inteiro t as expressões
achadas acima para x e y resolvem a equação diofantina.
ções diofantinas.
ção tem innitas soluções. Como sabemos, basta achar uma delas
4x + 11y = 9,
x = 5 + 11t e y = 4t − 1, t ∈ Z,
33 = 12 · 2 + 9,
12 = 9 · 1 + 3,
9 = 3 · 3 + 0.
3.4 Números Primos e Compostos 123
3 = 12 − 9 · 1 e 9 = 33 − 12 · 2.
3 = 12 − (33 − 12 · 2) · 1
= 12 − 33 + 12 · 2
= 3 · 12 − 1 · 33,
27 = 12(9x0 ) + 33(9y0 ).
Portanto, x
e0 = 9x0 = 27 e ye0 = 9y0 = −9 resolvem, particularmente,
a equação diofantina. Analogamente, como na alternativa anterior,
x = 27 + 11s e y = 4s − 9, s ∈ Z.
nidade.
124 3 Divisibilidade
n = 10242 − 6252 ,
= (1024 − 625)(1024 + 625),
(3.29)
= 399 · 1649,
= 3 · 133 · 1649.
n = pq ≥ p2 ,
√
e consequentemente vale n ≥ p.
clides cerca de 300 a.C. Para outras seis provas, incluindo a moderna
por
p1 , p2 , p3 , . . . , pk .
126 3 Divisibilidade
Consideremos o número
n = p1 p2 p 3 · · · pk + 1
como ele divide n, teria que dividir 1, o que é impossível. Logo, te-
primos.
maneira:
p | ab =⇒ p | a ou p | b (3.30)
onde a, b ∈ Z.
Demonstração. Primeiramente, suponhamos que p é primo e que p - b,
logo (p, b) = 1. Então, pelo item (f ) da Proposição 3.24 temos que
p | a.
Reciprocamente, suponhamos que, a propriedade 3.30 é válida e
além disso vamos supor, pelo absurdo, que p não é primo. Então,
p ≤ d1 , ou p ≤ d2 , (3.32)
ticos e continua sem solução até os dias atuais. Apesar deles serem
lista
agora a lista
serem compostos.
aplicando o método:
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
2 3 5 7 9
11 13 15 17 19
21 23 25 27 29
31 33 35 37 39
3.5 Procurando Primos 129
2 3 5 7
11 13 17 19
23 25 29
31 35 37
2 3 5 7
11 13 17 19
23 29
31 37
2 3 5 7 11 13 17 19 23 29
31 37 41 43 47 53 59 61 67 71
127 131 137 139 149 151 157 163 167 173
179 181 191 193 197 199 211 223 227 229
233 239 241 251 257 263 269 271 277 281
283 293 307 311 313 317 331 337 347 349
353 359 367 373 379 383 389 397 401 409
419 421 431 433 439 443 449 457 461 463
467 479 487 491 499 503 509 521 523 541
francesa nos séculos XVI e XVII. Apaixonado pelos números, teve en-
Mn = 2n − 1.
primo;
positivo m ≥ 1. Assim,
4 4
520 + 230 = 55·4 + 22 · 228 = 55 + 4 · 27 ,
exemplo,
560 = 56 · 10 = 7 · 8 · 5 · 2 = 7 · 2 · 2 · 2 · 5 · 2,
onde cada um dos fatores que aparecem no produto são números pri-
560 = 28 · 20 = 14 · 2 · 10 · 2 = 7 · 2 · 2 · 5 · 2 · 2.
2 7
5
2
n = p1 β1 , 1 ≤ β1 < n.
n = p1 p2 β2 , 1 ≤ β2 < β1 .
que
n = p1 p2 p3 β3 , 1 ≤ β3 < β2 .
Continuando este processo sucessivamente obtemos então uma sequên-
n = p1 p2 · · · pn .
3.5 Procurando Primos 135
e a igualdade se reduz a
q = q1α1 q2α2 · · · qm
αm
e n = pβ1 1 pβ2 2 · · · pβs s .
Logo,
2 · q1α1 q2α2 · · · qm
αm
= pβ1 1 pβ2 2 · · · pβs s .
Pela unicidade da fatoração, para algum i, com 1 ≤ i ≤ s, o cor-
n.
Exemplo 3.52. Seja A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}. É possível decompor
o conjunto A em dois subconjuntos disjuntos tais que o produto dos
elementos de um seja igual ao produto dos elementos do outro?
Solução. Mostraremos que é impossível fazer esta decomposição. Com
A2 = {q1 , q2 , . . . , qs }. Então
p1 p2 · · · pr = q1 q 2 · · · qs
| {z } | {z }
α β
e além disso, como os conjuntos A1 e A2 são disjuntos, temos que o
simultaneamente. Por outro lado, o Teorema 3.49 nos diz que a fatora-
A = {n, n + 1, n + 2, n + 3, n + 4, n + 5}
n2 =aabb
n2 =103 a + 102 a + 10b + b = 103 + 102 · a + (10 + 1) · b
n2 =1100 · a + 11 · b
n2 =11 100a + b = 11 99a + a + b .
b ∈ {4, 5, 6, 9}.
b ∈ {4, 6, 9}.
um quadrado perfeito;
é um quadrado perfeito;
3.6 Exercícios 139
é um quadrado perfeito.
3.6 Exercícios
28
(c) (1237156 + 34) quando é dividido por 111.
número natural n.
do Exemplo 3.54.
(a) 19892005 ;
(b) 777777 + 250 ;
(c) 1 + 22 + 32 + · · · + 20052 .
1 1 1
(a) αn = 1 ++ + · · · + , com n > 1,
2 3 n
1 1 1
(b) βn = + + · · · + , com n > 0,
3 5 2n + 1
não são inteiros.
irregular se, pelo menos para algum s, este número é ímpar. De-
Leo Tolstoy
143
144 4 O Princípio da Casa dos Pombos
P1 P2 ········· PN
C1 C2 CN
PN +1
zer uma simples contagem dos pombos contidos em todas as casas de-
cada casa não existe mais do que um pombo, então contando todos
a cada casa signica que nela serão colocadas jaqueiras que têm exa-
tamente k frutos. Como 1000 > 602 = 601 + 1, o PCP nos garante
conhecidos.
alguns problemas.
suponhamos pelo contrário que em cada casa não existe mais do que
Exemplo 4.8. Num colégio com 16 salas são distribuídas canetas nas
cores preta, azul e vermelha para realizar uma prova de concurso. Se
cada sala recebe canetas da mesma cor então prove que existem pelo
menos 6 salas que receberam canetas da mesma cor.
Solução. Fazendo a divisão com resto de 16 por 3 temos que 16 =
3 · 5 + 1. Consideramos as 16 salas como sendo os pombos e as três
colocar cada sala em uma das três cores. Assim, o PCP com N =3
e k = 5 nos dá que existe uma casa com pelo menos 6 pombos, ou seja,
existem no mínimo 6 salas que receberam canetas da mesma cor.
contínua; caso contrário traçamos este segmento com uma linha pon-
A3 A2
A4 A1
A5 A6
A.
problema.
0, 1, 2, 3, . . . , n − 1,
algarismos 0 e 1.
Solução. A escolha das casas e dos pombos neste exemplo não é tão ób-
Cj = {2j − 1, 2j}, 1 ≤ j ≤ n.
ax + by = d.
mx + ny = 1
ax + by = d.
Se (a, b) = 1, considere a sequência A = {a, 2a, . . . , ba}. Armamos
1/2, como mostra a gura. Logo, pelo PCP pelo menos dois deles de-
•
•
•
1
• •
que dois triângulos vizinhos, isto é, com um lado comum, são pintados
não tivéssemos nenhum dos casos anteriores, não seria difícil ver que
4.5 Miscelânea 153
C
•
E
• •
•
• •
• •
• •
A D B
4.5 Miscelânea
-1 -1 1
1 0 1
0 -1 0
possíveis para estes números, pelo PCP pelo menos dois deles devem
ser iguais.
quantidade.
sar na fórmula
tan α − tan β
tan(α − β) = . (4.2)
1 + tan α tan β
Sejam x1 , x2 , · · · , x7 os sete números selecionados arbitrariamente.
αi1 αi2
− π2 π
π
2
6
π
0 ≤ αi2 − αi1 ≤ .
6
Usando o fato de que a tangente é uma função crescente e a fórmula
π
tan(0) ≤ tan(αi2 − αi1 ) ≤ tan( ).
6
Equivalentemente,
xi 2 − xi 1 1
0≤ ≤√ .
1 + xi 2 xi 1 3
4.6 Exercícios
Prove que o produto dos números de algum dos grupos deve ser
p : IN → IN
158 4 O Princípio da Casa dos Pombos
fatores é par.)
pontos dados.
um ponto marcado?
por 1.997.
A = {1, 2, 3, . . . , 10}.
Prove que existem dois desses seis números cuja soma é ímpar.
existe um tal que sua diferença com certo número inteiro é menor
0,011.
10. Mostre que entre nove números que não possuem divisores pri-
drado.
cias entre quaisquer dois deles é maior ou igual a um. Prove que
15. Um certo livreiro vende pelo menos um livro por dia. Sabendo que o
livreiro vendeu 463 livros durante 305 dias consecutivos, mostre que
em algum período de dias consecutivos o livreiro vendeu exatamente
144 livros.
Referências Bibliográcas
[1] AIGNER, M. e ZIEGLER, G. (2002). As Provas estão
no Livro. Edgard Blücher.
285
286 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Unicamp.
Iniciação à Matemática
Autores:
Unidade III:
Capítulos V e VI
160
5
Contagem
Fran is Galton
161
162 5 Contagem
por
A1 × A2 × · · · × An := (a1 , a2 , . . . , an ); ai ∈ Ai , i = 1, 2, . . . , n ,
onde a união é dois a dois disjunta. Pelo princípio aditivo, temos que
|A1 ∪ A2 | = |A1 − A2 | + |A2 |. (5.1)
de onde,
como desejávamos.
166 5 Contagem
Não iremos provar essa versão, mas o leitor pode (e deve!) mostrá-la
como exercício, repetindo os argumentos anteriores.
5.1 Princípio Aditivo da Contagem 167
|A1 | = 32,
|A2 | = 40,
|A3 | = 30,
|A4 | = 23,
4
X
nos dão que S1 = |Ai | = 125; as igualdades
i=1
|A1 A2 | = 19,
|A1 A3 | = 13,
|A1 A4 | = 2,
|A2 A3 | = 15,
|A2 A4 | = 15,
|A3 A4 | = 14,
168 5 Contagem
X
nos dão que S2 = |Ai1 Ai2 | = 78; as igualdades
1≤i1 <i2 ≤4
|A1 A2 A3 | = 8,
|A1 A2 A4 | = 8,
|A1 A3 A4 | = 2,
|A2 A3 A4 | = 6,
X
nos dão que S3 = |Ai1 Ai2 Ai3 | = 24; assim como que S4 =
1≤i1 <i2 <i3 ≤4
|A1 A2 A3 A4 | = 2.
[ 4
Segue-se então, do princípio aditivo, que Ai = 125 − 78 + 24 −
i=1
2 = 69.
= S0 − S1 + S2 − S3 + S4 − · · · + (−1)n Sn ,
ou resumidamente,
n !c
[ n
X
c c c
Ai = |A1 A2 · · · An | = (−1)j Sj .
i=1 j=0
170 5 Contagem
Notemos o seguinte: uma vez que coloquemos uma das torres numa
5.2 Princípio Multiplicativo de Contagem 171
A1 = {f1 , f2 , f3 , f4 } e A2 = {t1 , t2 }.
A1 × A2 = (fi , tj ); 1 ≤ i ≤ 4 e 1 ≤ j ≤ 2 ,
B = {b1 , b2 , b3 , b4 , b5 , b6 , b7 , b8 , b9 } e C = {c1 , c2 , c3 , c4 , c5 }.
720 = 24 · 32 · 51 . (5.3)
(d) Para obter o conjunto de todos os divisores de 720 que são qua-
drados perfeitos devemos car com as potências pares nos con-
juntos A, B e C , respectivamente. Portanto, devemos remover
os elementos 21 , 23 do conjunto A. Também devemos remover o
elemento 31 do conjunto B . Finalmente do conjunto C devemos
remover o elemento 51 . Logo, o conjunto de todos os divisores
quadrados perfeitos e positivos de 720 vem dado pelo conjunto
D := A − {21 , 23 } × B − {31 } × C − {51 } .
e em geral, dena
e Multiplicativo
Por exemplo,
• a palavra γγγγγ ∈ Aα ∩ Aβ ;
• a palavra γααγα ∈ Aβ ;
• a palavra βαβββ ∈ Aγ .
S0 = |U| = 35 = 243.
S3 = |Aα Aβ Aγ | = 0.
n! = n · (n − 1) · (n − 2) · · · 2 · 1
σ1 = (a1 , a2 , a3 ),
σ2 = (a1 , a3 , a2 ),
σ3 = (a2 , a1 , a3 ),
σ4 = (a2 , a3 , a1 ),
σ5 = (a3 , a1 , a2 ),
σ6 = (a3 , a2 , a1 ).
Pn = nPn−1 . (5.5)
Pn−1 = (n − 1)Pn−2 ,
5.4 Permutações Simples 183
Apn = nAp−1
n−1 . (5.6)
Ap−1 p−2
n−1 = (n − 1)An−2 ,
p−(p−1)
Apn = n(n − 1)(n − 2) · · · (n − (p − 2))An−(p−1)
= n(n − 1)(n − 2) · · · (n − p + 2)A1n−p+1 .
como desejávamos.
(e) Para obter os números menores do que 400 a casa das centenas
só poderá ser ocupada pelos dígitos 1, 2 ou 3. Como 1 ∈ / O,
temos que as únicas possibilidades em nosso caso são 2 ou 3.
Então, supondo que o primeiro dígito do número seja 2, devemos
preencher duas casas restantes com os dígitos pertencentes a
O − {2}. De forma análoga, existem A2|O−{3}| = A25 = 5! 3!
= 20
números dos achados em (a) e que começam com 3. Logo, dentre
os números achados em (a) existem 20 + 20 = 40 menores do que
400.
seguinte relação:
n n!
p! = Apn = ,
p (n − p)!
de onde segue-se que
n n!
= .
p p!(n − p)!
1 1 1
(a + b) = a + b = a+ b,
0 1
2 2 2 2 2 2 2 2
(a + b) = a + 2ab + c = a + ab + b,
0 1 2
3 3 2 2 3 3 3 3 2 3 2 3 3
(a + b) = a + 3a b + 3ab + c = a + a b+ ab + b.
0 1 2 3
Ω = {1, 2, . . . , 6}.
a) um múltiplo de 3?
b) um número par?
2. Considere o conjunto In = {1, 2, 3, . . . , n−1, n}. Diga de quantos
modos é possível formar subconjuntos de k elementos nos quais
não haja números consecutivos?
3. Considere as letras da palavra PERMUTA. Quantos anagramas
de 4 letras podem ser formados, onde:
a) não há restrições quanto ao número de consoantes ou vogais?
b) o anagrama começa e termina por vogal?
c) a letra R aparece?
d) a letra T aparece e o anagrama termina por vogal?
4. Calcular a soma de todos os números de 5 algarismos distintos
formados com os algarismos 1, 3, 5, 7 e 9.
5. Quantos números podem ser formados pela multiplicação de al-
guns ou de todos os números 2, 2, 3, 3, 3, 5, 5, 6, 8, 9, 9?
6. Entre todos os números de sete dígitos, diga quantos possuem
exatamente três dígitos 9 e os quatro dígitos restantes todos
diferentes?
7. De quantas maneiras podemos distribuir 22 livros diferentes en-
tre 5 alunos se 2 deles recebem 5 livros cada e os outros 3 recebem
4 livros cada?
11. Quantos números inteiros existem entre 1 e 10.000 que não são
divisíveis por 3, 5 e 7?
17. Oito amigos vão ao cinema assistir a um lme que custa um real.
Quatro deles possuem uma nota de um real e quatro possuem
200 5 Contagem
203
204 6 Indução Matemática
Notemos que V é não vazio, pois a condição (a) nos assegura que
n0 ∈ V . A prova do teorema é equivalente a mostrarmos que
V = {n0 , n0 + 1, n0 + 2, n0 + 3, · · · },
6.2 Aplicações
• demonstração de desigualdades;
sp (n) := 2 + 4 + 6 + · · · + 2n.
6.2 Aplicações 207
si (n) := 1 + 3 + 5 + · · · + 2n − 1.
n 1 2 3 4 5 ···
sp (n) 2 = 1 · 2 6=2·3 12 = 3 · 4 20 = 4 · 5 30 = 5 · 6 · · ·
si (n) 1 = 12 4 = 22 9 = 32 16 = 42 25 = 52 ···
p(n) : 2 + · · · + 2n = n(n + 1)
2 + · · · + 2k = k(k + 1),
somando 2(k + 1) a ambos os lados desta igualdade, temos que
p(n) : 1 + 3 + 5 + · · · + 2n − 1 = n2
1 + 3 + 5 + · · · + 2k − 1 = k 2 ,
1 + 3 + 5 + · · · + 2k − 1 + 2k + 1 = k 2 + 2k + 1
= (k + 1)2 .
2 + 4 + · · · + 2n = n(n + 1),
qn = 12 + 22 + 32 + · · · + n2 .
n 1 2 3 4 5 6 ···
sn 1 3 6 10 15 21 · · ·
qn 1 5 14 30 55 91 · · ·
Aparentemente não existe nenhuma relação entre sn e qn . Mas, se
considerarmos o quociente qn /sn , vejamos o que acontece:
n 1 2 3 4 5 6 ···
qn /sn 3/3 5/3 7/3 9/3 11/3 13/3 ···
é válida, pois 1 < 2. Agora supondo que P (n) é verdadeira temos que
2 2
3n = 3n−1 · 3 < 2n · 22n+1 = 2(n+1) ,
Exemplo 6.6. Mostre que para todo número n ∈ N, n > 3, vale que 2n < n!
Demonstração. Para n = 4 a desigualdade é vericada, pois 24 = 16 < 4! =
24. Vamos assumir como hipótese de indução que a desigualdade é válida
para n ≥ 4. Então, precisamos mostrar que a mesma vale também para
n + 1. De fato, por hipótese de indução:
2n < n! (6.2)
concluindo-se a demonstração.
como desejávamos.
agrupando adequadamente,
= múltiplo de 3,
= múltiplo de 9,
(b) se para cada inteiro não negativo k, com n0 ≤ k ≤ n, temos que p(k)
é verdadeira, então p(n + 1) é também verdadeira.
Então, a proposição p(n) é verdadeira para qualquer n ≥ n0 .
N = p1 · p2 · p3 · · · pm , (6.3)
A4 A4
A3
A5 A3
A1 A2 A1 A2
(a) (b)
A4 A4
A3
A5 A3
A1 A2 A1 A2
(a) (b)
• • • • •
• • • • •
• • • • •
• • • • •
• • • • •
| {z }
n×n−pontos
A
• • •
• • •
• • •
D B
Daremos a prova do problema acima por indução. Para isso, veja que
podemos resolver o caso n = 4 continuando a solução do caso n = 3. Como
paramos num dos vértices do quadrado 3×3, acrescentamos mais uma linha
e uma coluna para obter um reticulado 4 × 4. Assim, conseguimos cobrir os
16 pontos utilizando 4 + 2 = 6 linhas, sem tirar o lápis do papel e cobrindo
dois lados do quadrado, como mostram as linhas descontínuas na Figura
6.5.
• • •C •
A
• • • •
• • • •
• • • •
D B
6.4 Miscelânea
pois x − 2 ≥ 0.
Caso 2: y≥4
222 6 Indução Matemática
Observe que nossa proposição é claramente falsa. Mas, mesmo assim, vamos
dar uma prova por indução.
Para n = 1, nossa proposição é verdadeira pois em qualquer conjunto
com uma bola, todas as bolas têm a mesma cor, pois só existe uma bola. As-
suma por hipótese de indução que a proposição é verdadeira para n e prove-
mos que a proposição é verdadeira para n+1. Ora, seja A = {b1 , . . . , bn , bn+1 }
o conjunto com n + 1 bolas referido. Considere os subconjuntos de B e C
de A com n elementos, construídos como:
Exemplo 6.18 (As Torres de Hanói2 ). Diz uma antiga lenda que na origem
dos tempos, em um templo de Hanói, foram colocados 64 discos perfurados
de ouro puro e de diâmetros diferentes ao redor de uma de três hastes de
diamante. Muitos sacerdotes moviam os discos, respeitando as seguintes
regras: eles começam empilhados em ordem crescente de acordo com seu
tamanho (ver Figura 6.6). Os discos podem ser deslocados de uma coluna
para qualquer outra, sendo que nunca pode ser colocado um disco maior em
cima de um menor e a cada segundo os sacerdotes movem um disco.
Quando os sacerdotes transportassem todos os discos de uma coluna para
outra, o mundo se acabaria. Suponha que eles começaram esse processo no
ano 2000 e que a lenda é verdadeira, quanto tempo ainda resta para a Terra?
F1 = 1;
F2 = 1;
Fn = Fn−1 + Fn−2 , se n ≥ 3.
a0 = 8;
a1 = 10;
an = 4an−1 − 3an−2 , ∀n ≥ 2.
k = n + 1. Com efeito,
an+1 = 4an − 3an−1
= 4(7 + 3n ) − 3(7 + 3n−1 )
= 7 + 4 × 3n − 3 × 3n−1
= 7 + 3n−1 4 × 3 − 3
= 7 + 3n−1 9 = 7 + 3n−1 × 32
= 7 + 3n+1 .
λn−k+1 λk − rk−1 λk−1 − rk−2 λk−2 − · · · − r0 = 0. (6.7)
O polinômio
é uma solução.
6.6 Exercícios
10. Mostre que para todo n ∈ Z+ temos que 32n+1 + 2n+2 é um múltiplo
de 7.
6.6 Exercícios 231
11. Mostre que para todo n ∈ Z+ temos que 32n+2 + 26n+1 é um múltiplo
de 11.
285
286 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Iniciação à Matemática
Autores:
Unidade IV:
mais esperto que todo mundo. A segunda é ser mais estúpido que
Raoul Bott
seguintes:
x y
(d)
y
+ x
≥ 2, para quaisquer x, y > 0.
233
234 7 Desigualdades
A B
os pontos A e B.
C
•O
A
•P
OA + OC = AC < P A + P C
OB + OD = BP < P B + P D,
OA + OC + OB + OD < P A + P C + P B + P D,
como esperávamos.
A
B
a Figura 7.4.
A
B
C P D
′
P
B′
BP = B 0 P e BP 0 = B 0 P 0 .
AP 0 + P 0 B = AP 0 + P 0 B 0 ≥ AB 0 = AP + P B 0 = AP + P B,
238 7 Desigualdades
h2 h1
tang(]BP D) = = .
PD d − PD
dh2
Daí tem-se PD = .
h1 + h2
√
mg (a1 , a2 , . . . , an ) = n
a1 a2 · · · an , (7.5)
a1 + a2 + · · · + an
ma (a1 , a2 , . . . , an ) = , (7.6)
n
r
a21 + a22 + · · · + a2n
mq (a1 , a2 , . . . , an ) = (7.7)
n
são chamadas, respectivamente, de média harmônica, média geomé-
trica, média aritmética e média quadrática dos números ai , i = 1, 2, . . . , n.
A seguir provaremos alguns resultados que estabelecem relações de
X n
X X
2
(ai − aj ) = (n − 1) a2i − 2 ai aj (7.8)
1≤i<j≤n i=1 1≤i<j≤n
concluímos que,
X n
X
2 ai aj ≤ (n − 1) a2i , (7.9)
1≤i<j≤n i=1
n
X 2 n
X
ai ≤ n a2i ,
i=1 i=1
(ai − aj )2 = 0,
P
é atingida se, e somente se, o que é verdade se,
1≤i<j≤n
e somente se, a1 = a2 = · · · = an .
fato,
√ √ √
( a1 − a2 )2 = a1 + a2 − 2 a1 a2 ≥ 0.
√ a +a √
Assim, a1 + a2 ≥ 2 a1 a2 e conseqüentemente 1 2 ≥ a1 a2 .
2
Agora provamos que se a desigualdade vale para n = k , então
a1 + · · · + a2k a1 +···+ak
k
+ ak+1 +···+a
k
2k
=
2k √ 2 √
(1) k a1 · · · ak + k ak+1 · · · a2k
≥
2
(2) q √ √
≥ k
a1 · · · ak k ak+1 · · · a2k
√
= 2k a1 · · · a2k ,
√
L= n
a1 · · · an ,
7.2 Desigualdade das Médias 241
a1 + · · · + an + L
| + ·{z
· · + L}
2m −n vezes 2m
p
≥ a1 · · · an · L2m −n
2m √
2m
= Ln · L2m −n = L.
Portanto,
a1 + · · · + an + (2m − n)L
≥ L,
2m
logo
√
a1 + · · · + an ≥ nL = n n a1 · · · an ,
mh (a1 , a2 , . . . , an ) ≤ mg (a1 , a2 , . . . , an ),
min(a1 , . . . , an ) ≤ mh (a1 , a2 , . . . , an )
≤ mg (a1 , a2 , . . . , an )
(7.10)
≤ ma (a1 , a2 , . . . , an )
≤ mq (a1 , a2 , . . . , an ) ≤ max(a1 , . . . , an ).
√
temos que h2 = xy , logo h= xy. A desigualdade entre as médias
√ x+y c
h= xy ≤ = ,
2 2
como queríamos. Além disso, a altura é a metade da hipotenusa se, e
a b
h
x y
c
2
p√
Logo a maior área possível é , a qual é atingida quando
12 3
p p p
2
−a= 2
−b= 2
− c ⇔ a = b = c,
ou seja, quando o triângulo é equilátero. Notemos que neste caso,
2
√
p√ a2 3
12 3
= 4
.
pípedo, ou seja,
AL = 2(ab + ac + bc).
Sendo V o volume do paralelepípedo e usando a desigualdade entre as
n
X n
X n
X 2 X
a2i b2i = ai b i + (ai bj − aj bi )2
i=1 i=1 i=1 1≤i<j≤n
temos que
n
X 2 n
X n
X
ai b i ≤ a2i b2i ,
i=1 i=1 i=1
X
(ai bj − aj bi )2 = 0 ⇐⇒ ai bj − aj bi = 0, 1 ≤ i < j ≤ n,
1≤i<j≤n
o que é verdade se, e somente se, existe α tal que ai = αbi ou bi = αai ,
com i = 1, 2, . . . , n.
√ √ √
a+b=a·1+b·1≤ a2 + b2 12 + 12 = c 2
246 7 Desigualdades
n
X n
X n
X n
X
(ai + bi )2 = a2i + b2i + 2 ai b i . (7.13)
i=1 i=1 i=1 i=1
temos que
v v
n
X n
X n
X
u n u n
uX uX
(ai + bi )2 ≤ a2i + 2
b + 2t
i
2
at b2 i i
i=1 i=1 i=1 i=1 i=1
v v 2 (7.14)
u n u n
uX uX
= t a2 + t b2 .
i i
i=1 i=1
desigualdade de Minkowski.
f λa + (1 − λ)b ≤ λf (a) + (1 − λ)f (b).
y
y = f (x)
•(b, f (b))
(a, f (a)) •
a b x
a2 +b2
onde na passagem (1) usamos a desigualdade ab ≤ 2
.
1 = (λ + (1 − λ))2
= λ2 + 2λ(1 − λ) + (1 − λ)2
(1) a b
2
≤λ + + λ(1 − λ) + (1 − λ)2 (7.16)
b a
a b
= λ2 + λ(1 − λ) + λ(1 − λ) + (1 − λ)2
b a
λ (1 − λ) λ (1 − λ)
= λa + +(1 − λ)b +
a b a b
λ (1 − λ)
= λa + (1 − λ)b +
a b
onde na passagem (1) usamos que a/b + b/a ≥ 2 para quaisquer nú-
1 1 1
≤ λ + (1 − λ) ,
λa + (1 − λ)b a b
1
mostrando isto a convexidade da função
x
.
7.4 Desigualdade de Jensen 249
e quadrática obtemos
2
a1 + a2 + · · · + an a21 + a22 + · · · + a2n
≤ ,
n n
em outras palavras
1
≤ ma (1/a1 , 1/a2 . . . , 1/an ). (7.18)
ma (a1 , a2 , . . . , an )
convexa.
i=0
Então, para quaisquer ai ∈ [α, β] (i = 1, . . . , n) vale
n+1 n+1
(7.20)
X X
f λ j aj ≤ λj f (aj ).
j=1 j=i
Notemos que
n+1
X n
X n
X
λj aj = λ j aj + 1 − λj an+1
j=1 j=1 j=1
(7.21)
n
X λj
=α aj + (1 − α)an+1 ,
j=1
α
n n
P P λj
onde α= λj . Assim, usando que α
= 1 e a hipótese de indução,
j=1 j=i
obtemos
n+1 n
X X λ j
f λj aj ≤ αf aj +(1 − α)f (an+1 )
j=1 j=1
α
n
X λj
≤α f (aj ) + (1 − α)f (an+1 ) (7.22)
j=1
α
n+1
X
= λj f (aj ),
j=1
7.5 Exercícios
semiperímetro deste.
7.5 Exercícios 251
arestas é 12.
não lineares
x 2 + · · · + x 2 = 1
1 10
1 1
2 + · · · + 2 = 100.
x1 x10
a1 a2 · · · an = 1
então
(1 + a1 )(1 + a2 ) · · · (1 + an ) ≥ 2n .
v v v
u n u n u n
uY uY uY
n
t ai + t
n
bi ≤ t
n
(ai + bi ).
i=1 i=1 i=1
252 7 Desigualdades
Schwarz.
n
(ai + λbi )2 ≥ 0.
P
10. Para todo λ real Use este fato para dar outra
i=1
prova da desigualdade de Cauchy-Schwarz.
(ma ≤ mq ).
√
19. Prove que se x ≥ 0, então 2x + 3/8 ≥ 4 x.
d(P ) = P P1 + P P2 .
254 7 Desigualdades
8
Polinômios
Albert Einstein
255
256 8 Polinômios
grau cinco em sua forma geral. Ou seja, nem todas as equações de grau
Por exemplo,
π 4
• t(x) = x é um monômio de grau 4;
2
π
• v(x) = − x4 + 5x2 + 1 é um polinômio de grau 4;
2
• u(x) = 7 é um polinômio de grau 0.
zero.
an xn + an−1 xn−1 + · · · + a1 x + a0 = 0
seja, se r verica
an rn + an−1 rn−1 + · · · + a1 r + a0 = 0.
258 8 Polinômios
2x − 10 = 0.
• p(x) = 3x − 1,
• q(x) = 4x3 + 7x + 1,
• t(x) = π2 x4 ,
• v(x) = − π2 x4 + 5x2 + 1
8.1 Operações com Polinômios 259
temos que
0 + p(x) = p(x).
satisfaz:
p(x) + q(x) = 0.
p(x)q(x) = an bm xn+m .
• Denimos
seguinte fato:
(p(x)q(x))t(x) = p(x)(q(x)t(x))
262 8 Polinômios
1p(x) = p(x).
p(x)q(x) = q(x)p(x).
De fato, suponha por absurdo, que exista q(x) um polinômio com grau
m ≥ 0 tal que
p(x)q(x) = 1.
constante 1 é zero, temos que a igualdade acima não pode valer, onde
chegamos a um absurdo.
mios.
8.2 Algoritmo de Euclides 263
x3 − 1 pois
(x − 1)(x2 + x + 1) = x3 − 1.
não nulo b(x), então o grau de a(x) é menor ou igual ao grau de b(x).
Agora, vamos enunciar um fato que vale para os inteiros e que vale
que
b(q1 − q2 ) = r2 − r1 .
264 8 Polinômios
Note que se a tem grau menor que b, então tomamos o resto com
sendo r = a e o quociente como sendo q = 0. Suponhamos que
an n−m
c1 (x) = a(x) − x b(x).
bm
Observe que o grau de c1 é no máximo n − 1. Se c1 puder se dividido
por b, digamos com c1 (x) = b(x)q(x) + r(x), com grau de r(x) menor
que o grau de b(x), então
an n−m an
a(x) = b(x) x + c1 (x) = b(x)( xn−m + q(x)) + r(x).
bm bm
Logo, reduzimos o problema de dividir o polinômio a(x) por b(x) pelo
problema de dividir o polinômio c1 (x) por b(x), com c1 (x) de grau
dendo como antes, achamos q(x) e r(x) tais que a(x) = b(x)q(x)+r(x)
p(2) = 22 + 3 · 2 + 1 = 11
e fazendo x = −3
Neste caso, temos que existem q(x) e r(x) de modo que r(x) = 0 ou o
sição 8.5 para garantir que existe um polinômio não nulo q1 (x) tal
que
p(x) = q1 (x)(x − s0 ).
Assim, pela Proposição 8.3, o grau de q1 (x) deve ser igual a n − 1.
Note que p(si ) = q1 (si )(si − s0 ). Como para todo i = 1, 2, . . . , k temos
que si > s0 com p(si ) = 0, temos que, necessariamente, q1 (si ) = 0.
q1 (x) = q2 (x)(x − s1 ).
cluir que não podemos repetir esse argumento mais que n vezes, já
Ou seja, não podemos ter mais que n raízes para o polinômio p(x), o
2
não possui raízes rais, já que x ≥ 0 para todo número real x.
p(ri ) = q(ri ) e
t(ri ) = p(ri ) − q(ri ) = 0.
Proposição 8.6.
que p(ri ) = ai .
reais pode não possuir raízes reais. Por exemplo, quando tentamos
números reais, pois não existe número cujo quadrado seja −4, ou seja,
não é possível extrair a raiz quadrada de −4. Isso tirou o sono de
uso, dizendo que esses números eram tão sutis, quanto inúteis.
C = {x + iy; x, y ∈ R},
√
onde i satisfaz i2 = −1. Costuma-se denotar i por −1. Destacamos
(2 − 3i) + (3 + 4i) = 5 + i
complexo da forma r + 0 · i.
Fica para o leitor a vericação de que valem as propriedades de
polinômio, já que:
p(2i) = (2i)2 + 4 = −4 + 4 = 0.
Note que p(x) não possui nenhuma raiz real, mas possui duas raízes
complexas. Como já mencionamos, a grande vantagem em utilizar os
mio qualquer com coecientes complexos, ele sempre tem uma raiz
8.4 Exercícios
x+1 A B
= + .
x −x
2 x x−1
geométrica de razão x.
12. Mostre que o resto r(x) da divisão do polinômio p(x) por x−s
é r(x) = p(s).
Dado o polinômio p(x) = an xn + an−1 xn−1 + · · · + a1 x + a0
denimos a derivada de p(x) como sendo o polinômio:
(i) x + 1;
(ii) x4 + 3 ;
(ii) 1 + x + x2 + x3 + · · · + xn .
(b) Sabendo que p(0) = 1, calcule também o polinômio p(x)
cuja derivada é
(i) x4 .
(ii) −x2 + 1.
274 8 Polinômios
(ii) x3 + 2x2 + 3.
(c) Prove que se p(x) e q(x) são polinômios, então
a2 x4 + 4x3 + 4ax + 7
primos em Z.
constantes.
(a) p - an ;
(b) p | a0 , p | a1 , . . . , p | an−1 ;
(c) p2 - a0 .
Para uma prova desse resultado veja o livro [2]. Faça os seguintes
problemas:
Q.
Sugestão: Use o critério de Eisenstein .
(a) x3 − x + 1
(b) x3 + 2x + 10
(c) x4 − x + 1
grange.
n
X
p(x) = pi (x)
i=1
dos no nal do século XIX e início do século XX. Entretanto, o seu uso
claro são bem antigos e datam pelo menos desde o início do cálculo
diferencial, onde a noção de função era por vezes entendida como sua
279
280 A Apêndice: Funções
nome de função. Para simplicar o seu uso, foi criada uma notação
f : A→B
x → f (x)
para indicar que A é o domínio, B é o contradomínio e que se x é
um elemento de A então a ele associaremos o elemento f (x) de B .
É importante não confundir uma função com sua expressão analítica,
Exemplo A.4. Vamos agora dar outro exemplo em que não temos
uma função, isto é, cuja a nossa aparente correspondência não é de
fato uma correspondência, pois não associa a cada elemento x do do-
mínio um único elemento f (x) do contradomínio. Para tanto, xe o
domínio como sendo o conjunto dos números reais no intervalo [0, 1]
e como contradomínio o conjunto Σ denido pelas sequências de ele-
mentos no conjunto {0, 1, 2, . . . , 9}. Ou seja,
282 A Apêndice: Funções
Σ = (a1 , a2 , a3 , . . . ); ai ∈ {0, 1, 2, 3, . . . , 9} .
Cada elemento x ∈ [0, 1] possui uma expansão decimal x = 0, x1 x2 x3 . . . .
Dena f : [0, 1] → Σ colocando f (x) = (x1 , x2 , x3 , . . . ).
A princípio, parece que f denida desse modo é uma função. Po-
rém, olhando de perto vemos que o número 0, 1 possui mais de uma
representação na base decimal, pois 0, 1 = 0, 09999 . . . . Portanto, f
não está bem denida, isto é, f não associa a cada elemento de [0, 1]
um único elemento de Σ.
Denição A.5. Dada uma função f denida por
f : A→B
x → f (x)
o conjunto imagem de f é o subconjunto f (A) do contradomínio B
formado pelos pontos y do contradomínio tais que existe algum ponto
x no domínio A tal que y = f (x). Ou seja
f (A) = {y ∈ B; existe x ∈ A tal que y = f (x)}.
imagem de um ponto x ∈ A é o ponto f (x). Denimos também
A
Alagoas.
283
(x2 , y) ∈ R então x1 = x2 ;
285
286 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Unicamp.