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TESTE DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS, 12º ANO

Ano letivo de 2015/2016

GRUPO I
PARTE A

Lê atentamente o excerto do Canto X de Os Lusíadas , de Luís de Camões.

147 150
Olhai que ledos vão, por várias vias, Todos favorecei em seus ofícios,
Quais rompentes liões e bravos touros, Segundo têm das vidas o talento;
Dando os corpos a fomes e vigias, Tenham Religiosos exercícios
A ferro, a fogo, a setas e pelouros, De rogarem, por vosso regimento,
A quentes regiões, a plagas frias, Com jejuns, disciplina, pelos vícios
A golpes de Idolátras e de Mouros, Comuns; toda ambição terão por vento,
A perigos incógnitos do mundo, Que o bom Religioso verdadeiro
A naufrágios, a pexes, ao profundo. Glória vã não pretende nem dinheiro.

148 151
Por vos servir, a tudo aparelhados; Os Cavaleiros tende em muita estima,
De vós tão longe, sempre obedientes; Pois com seu sangue intrépido e fervente
A quaisquer vossos ásperos mandados, Estendem não somente a Lei de cima,
Sem dar reposta, prontos e contentes. Mas inda vosso Império preminente.
Só com saber que são de vós olhados, Pois aqueles que a tão remoto clima
Demónios infernais, negros e ardentes, Vos vão servir, com passo diligente,
Cometerão convosco, e não duvido Dous inimigos vencem: uns, os vivos,
Que vencedor vos façam, não vencido. E (o que é mais) os trabalhos excessivos.

149 152
Favorecei-os logo, e alegrai-os Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Com a presença e leda humanidade; Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
De rigorosas leis desalivai-os, Possam dizer que são pera mandados,
Que assi se abre o caminho à santidade. Mais que pera mandar, os Portugueses.
Os mais exprimentados levantai-os, Tomai conselho só d' exprimentados,
Se, com a experiência, têm bondade Que viram largos anos, largos meses,
Pera vosso conselho, pois que sabem Que, posto que em cientes muito cabe,
O como, o quando, e onde as cousas cabem. Mais em particular o experto sabe.

1. Justifica o caráter exortativo destas estâncias, justificando as afirmações que fizeres.

2. Carateriza os portugueses, tal como são vistos pelos olhos do emissor.


1
3. Identifica o destinatário da mensagem e os conselhos que lhe são dados pelo poeta.
NOTA: Perguntas 4 e 5 serão resolvidas mais tarde (intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem ).

GRUPO II

Lê atentamente o texto que se segue.

Só faço a mala à última hora. Nos dias anteriores a uma grande viagem, tento resolver uma
enorme quantidade de assuntos que, com frequência, estavam por tratar há meses. Tento arrumar
tudo, até a consciência, e partir tranquilo. Normalmente, consigo fazê-lo. Soluciono burocracias
acumuladas, organizo gavetas, escrevo e-mails aborrecidos que andava a adiar e que, durante esse
5 tempo, pareciam crescer em tamanho, em número e em aborrecimento.
Nessa vertigem, não tenho consciência daquilo que me espera à distância de horas. A mente,
ocupada com a obsessão de eliminar problemas antigos, não se liberta a conceber a viagem que
começará em breve. Mesmo a fazer a mala, ainda não estou consciente da enorme transformação
que está prestes a acontecer. Mantenho uma noção simultaneamente teórica e prática daquilo que
10 planeio: número de dias, calor/frio, necessidades específicas. Assim, escolho roupa e objetos, entalo
meias nos espaços livres.
As partidas. Saio do táxi e tudo segue uma rotina: ver no placard eletrónico qual o balcão do
check-in certo, caminhar a um ritmo certo, pedir para me arranjarem um lugar que não seja no
meio, e guardo sempre o bilhete e os documentos no mesmo sítio, e sigo sempre a mesma ordem
15 na máquina dos metais. Tenho sempre um livro para ler. Com ele, espero junto ao portão de
embarque. Quando a voz do altifalante avisa que vai começar o embarque, não tenho pressa.
Sei que chegaremos todos ao mesmo tempo. Entro no avião com o pé direito, sento-me e, só
nesse momento, começo a fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo. Faço -o durante toda a
viagem.
20 Miami, Pequim, Moscovo. Antes de levantar voo, mas já com o cinto apertado, tinha ideias
sobre cada uma dessas cidades. Nesse tempo agora irrepetível, acreditava nessas ideias com
firmeza, eram uma realidade que tinha como base leituras, filmes, conversas e uma enorme
quantidade de suspeitas que, em última análise, refletiam a minha visão do mundo. Só concebia
aquilo que era capaz de conceber. A minha experiência passada era muito importante para traçar
25 essas fronteiras, mas aquilo que eu imaginava tinha noção da necessidade de transcender essa
experiência. Não sou capaz de garantir que fosse capaz de fazê-lo. Com base nesse conhecimento,
a escolha destes três destinos teve como eixo a vontade de testemunhar três ângulos essenciais da
contemporaneidade política e civilizacional; três polos de influência mundial que contribuíssem
com pistas para o retrato daquilo que é o mundo hoje e, ao mesmo tempo, permitissem intuir um
30 pouco do mundo que aí vem. Tentando erguer o tripé de um álbum de impressões, memórias,
imagens, detalhes de instantes.
No que diz respeito ao olhar, impôs-se aquele que está lá e que privilegia a experiência
simples dos sentidos. No fundo, para quem foi, o mais fundamental desse tempo, aquilo que
efetivamente lhe acrescentou mundo, foi ter ido, ter estado lá realmente, ter olhado em volta. Há
muito que se pode aprender em enciclopédias, documentários ou na internet, mas também há o
resto: aquilo que se pode sentir.

2
José Luís Peixoto, Volta ao Mundo, n .º 209, março de 2012, In Prova 639/ Época Especial de 2015
(adap. )

1. Para responderes a cada um dos itens 1.1. a 1.7., seleciona a única opção que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1. Para o autor do texto, a “vertigem” referida na linha 6 corresponde à


(A) criação de expectativas sobre a viagem.
(B) angústia provocada pelo desconhecido.
(C) acumulação de tarefas antes da viagem.
(D) idealização de destinos desconhecidos.

1.2. No enunciado “não tenho consciência daquilo que me espera à distância de horas “ (linha 6) a
colocação das palavras segundo uma ordem sintática correta assegura a coesão
(A) frásica.
(B) lexical.
(C) temporal.
(D) referencial.

1.3. “As partidas” (linha 11) caracterizam-se pela


(A) previsibilidade.
(B) confusão.
(C) novidade.
(D) impaciência.

1.4. “Aí” (linha 27) e “lá” (linha 29) são


(A) um deítico espacial e um deítico temporal, respetivamente.
(B) um deítico temporal e um deítico espacial, respetivamente.
(C) deíticos temporais em ambos os casos.
(D) deíticos espaciais em ambos os casos.

1.5. A oração “que vai começar o embarque” (linha 15) é uma oração subordinada
(A) substantiva relativa.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa.
(D) adverbial consecutiva.

1.6. Com o recurso ao pronome “lo” (linha 23), o autor recorre a


(A) uma anáfora.
(B) uma catáfora.
(C) uma elipse.
(D) um correferente não anafórico.

1.7. Classifica a oração “que está lá” (linha 29).


(A) Oração subordinante.
(B) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) Oração subordinada substantiva relativa.
3
(D) Oração subordinada adverbial causal.

2. Responde às questões que se seguem:

2.1. Transcreve a oração subordinada adjetiva relativa presente em “A mente, ocupada com a obsessão
de eliminar problemas antigos, não se liberta a conceber a viagem que começará em breve.” (linhas
6 e 7).

2.2. Retira da frase que se segue os deíticos pessoais: “Saio do táxi e tudo segue uma rotina: ver no
placard eletrónico qual o balcão do check-in certo, caminhar a um ritmo certo, pedir para me
arranjarem um lugar que não seja no meio, e guardo sempre o bilhete e os documentos no mesmo
sítio, e sigo sempre a mesma ordem na máquina dos metais.” (linhas 11-13).

2.3. Identifica o antecedente do pronome “o” presente na frase “Faço-o durante toda a viagem.” (linhas
17).

GRUPO III

Seleciona uma opção:

A)
O poder sem moral converte -se em tirania.
Grandes discursos não provam grande sabedoria.
O novo por não saber e o velho por não poder deitam tudo a perder.
Muitas vezes se perde por preguiça o que se ganha por justiça.

Num texto bem estruturado, com o mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresenta
uma reflexão sobre um dos provérbios apresentados.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles
com, pelo menos, um exemplo significativo.

B) Atenta no início do conto africano “O porco fossão”:

4
O porco e a tartaruga eram grandes amigos. Passavam muito tempo juntos, davam longos
passeios pela savana e pelo mercado. Eram frequentes as visitas a casa um do outro, passando tardes
inteiras em amena cavaqueira, rindo e contando histórias do passado.
Um dia, o casal de tartarugas resolveu fazer uma casa nova e, como o porco, nessa altura, era
rico, foi pedir-lhe um empréstimo; e o porco emprestou-lhe o dinheiro. Passaram-se bastantes meses, e
eles não davam mostras de querer restituir o dinheiro. O porco começou então a perder a paciência.
Sempre que se dirigia a sua casa para obter a devolução, o macho escondia-se debaixo da erva do
jardim. Quando o porco batia à porta, a esposa, respondia de dentro de casa, sem sequer abrir:
― Queres ver o meu marido? Ah, que pena, acabou mesmo agora de sair. Volta amanhã ou daqui
a uma semana. Olha, agora tenho a panela ao lume e não posso atender-te; até à vista, suíno!

Continua o conto, num texto bem estruturado, com o mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas palavras, respeitando as características do texto narrativo. Deves incluir um momento de diálogo
e outro de descrição.

BOM TRABALHO!
A DOCENTE: Lucinda Cunha

COTAÇÕES:

GRUPO I GRUPO II GRUPO III


1 2 3 4* 5* 1 2
50 pontos
20 20 20 20 20 35 15 pontos
pontos pontos pontos pontos pontos pontos (5 pontos
(C12+F8) (C12+F8) (C12+F8) (C12+F8) (C12+F8) (5 pontos cada)
cada)
Conteúdo: C
Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística/ Forma (F):8 pontos (Estruturação do discurso
(E): 4 pontos + Correção linguística (CL): 4 pontos)
GRUPO III: *a realizar posteriormente
Estrutura temática e discursiva-ETD (50 pts)
Tema e tipologia- TT (15 pts)
Estrutura e Coesão: EC (10 pts)
Léxico e adequação do discurso: LAD (5 pts)
Correção Linguística (20 pts)

PROPOSTA DE CORREÇÃO
(NOTA: as questões 4 e 5 serão resolvidas mais tarde, pelo que a cotação total deste teste é de 160 pontos;
uma vez que todas as questões referem a estância a consultar, creio ser desnecessário identificá -las nas
respostas)

GRUPO I (QUESTÕES E PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO RETIRADAS DO MANUAL Outros percursos,


12, DA ASA, P. 142.)

5
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DO GRUPO I
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação
4 Responde adequadamente. 12
3 Responde, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões . 9
2 Responde, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões . 6
OU
Responde, de modo incompleto ou com imprecisões.
1 Responde, de modo incompleto e com imprecisões. 3

1. O caráter apelativo destas estâncias verifica-se na utilização de tempos verbais no imperativo


(“olhai”, “favorecei”, “tende”, “fazei e “tomai”), que originam frases imperativas, características da
função apelativa da linguagem. Observa-se, ainda, a existência clara de um recetor, por exemplo no
primeiro verso das estâncias 148 e 152.
2. Segundo as palavras do poeta, os lusitanos são bravos, encaram todos os desafios de frente de forma
alegre, não recuando diante dos perigos. Afirma ainda que que são experientes e obedecem ao seu
rei. Podem comprovar-se estas afirmações através de expressões como “Olhai que ledos vão (…)/
Quais rompentes leões e bravos touros/ Dando os corpos a fomes e vigias,/ A ferro, a fogo, a setas e
pelouros”; “Por vos servir, a tudo aparelhados;/ De vós tão longe, sempre obedientes;”.
3. O poeta aconselha o rei a olhar atentamente para os portugueses, a beneficiá-los com a sua bondade,
a protegê-los de duras leis, a admirá-los e a louvar os seus nomes: “Favorecei-os logo, e alegrai-os/
Com a presença e leda humanidade;/ De rigorosas leis desalivai-os”; “Todos favorecei em seus
ofícios, / Segundo tem das vidas o talento;”; “Os Cavaleiros tende em muita estima”.

GRUPO II (questões 1.1., 1.3., 1.4., e 1.5. do Exame Nacional, época Especial, 2015)

1.1. C
1.2. A
1.3. A
1.4. B
1.5. B
1.6. A
1.7. B

2.1. “que começará em breve”;


2.2. Saio, me, guardo, sigo;
2.3. “fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo”.

GRUPO III

6
Dada a natureza desta questão, não são apresentadas propostas de resposta. Fica, todavia, o texto na
íntegra:

O porco fossão

Nesta fábula do Benim, a tartaruga engana de tal modo o porco que o transforma num autêntico fossão.

O porco e a tartaruga eram grandes amigos. Passavam muito tempo juntos, davam longos passeios pela savana e
pelo mercado. Eram frequentes as visitas a casa um do outro, passando tardes inteiras em amena cavaqueira, rindo
e contando histórias do passado.
Um dia, o casal de tartarugas resolveu fazer uma casa nova e, como o porco, nessa altura, era rico, foi pedir-lhe um
empréstimo; e o porco emprestou-lhe o dinheiro. Passaram-se bastantes meses, e eles não davam mostras de querer
restituir o dinheiro. O porco começou então a perder a paciência. Sempre que se dirigia a sua casa para obter a
devolução, o macho escondia-se debaixo da erva do jardim. Quando o porco batia à porta, a esposa, respondia de
dentro de casa, sem sequer abrir: «Queres ver o meu marido? Ah!, que pena, acabou mesmo agora de sair. Volta
amanhã ou daqui a uma semana. Olha, agora tenho a panela ao lume, e não posso atender-te; até à vista, suíno!»
Furioso pelo facto de ser sempre mal atendido, um dia o porco chegou repentinamente a casa do casal de tartarugas,
que nem deram conta da sua presença. O macho já não tinha tempo de se esconder e arriscava-se a ser apanhado em
flagrante. O marido pediu então à esposa para o virar com a carapaça para baixo, de forma que a parte do ventre se
assemelhava a um malhadouro para o tabaco. Todos sabemos que o ventre da tartaruga se assemelha a uma
tabaqueira.
O porco entrou e viu a esposa tartaruga a moer o tabaco sobre o ventre duro do marido. Começou a grunhir e dirigiu-
se ao jardim a fossar para o encontrar, mas não viu nada. «Onde está o teu marido, que não quer pagar-me a dívida?»,
perguntou o porco furioso. A esposa tartaruga respondeu: «Peço-te, suíno, para não insultares o meu marido por
motivo nenhum! Ele há-de pagar-te. Mas tu, com as tuas atitudes, aborreces-nos. O meu marido foi ao médico,
porque está muito doente». «Andas a enganar-me», retorquiu o porco desconfiado. «Quando bati à porta, ouvi a voz
dele. O teu marido está escondido, é um gatuno. Se o encontro, vai passar um mau bocado!»
Diante de tanto insulto, a esposa tentou empurrar o porco para fora do jardim. Fê-lo com tanta força que o porco
quase caía. Furioso, quis vingar-se. Com um tremendo grunhido, deu um pontapé na falsa tabaqueira ali junto das
suas patas e atirou com ela para lá dos muros do jardim. Diante disto, a esposa tartaruga atirou-se ao porco e ambos
se agrediam violentamente. Entretanto, a falsa tabaqueira havia-se levantado e, apoiando-se num ramo, viu o porco
a bater na esposa. Reentrou apressadamente pela porta do jardim e tentou separar os litigantes. Depois, dirigiu-se ao
porco com delicadeza: «Amigo, que se passa? Devo-te dinheiro, é certo; mas isso não te autoriza a bater na minha
mulher!»
A mulher, gritou por sua vez: «Ele atirou a tabaqueira lá para longe!» «Oh!, interveio o marido, haja paz, haja paz!
Suíno, o caso resolve-se já. Encontra a tabaqueira, trá-la para cá e levas imediatamente o teu dinheiro.»
O porco saiu a correr, foi para onde julgava que ela caíra, procurou por todo o lado, mas nada. Começou então a
fossar por toda a parte, nos campos, nos bosques, nas lixeiras, em busca daquilo que até hoje ainda não conseguiu
encontrar.
http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEFlAyEVupvxulKnRm
(25/02(2016)

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