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Pequenos Grupos 133

40 Sexta-feira, 6 de outubro

Quem é o
sexo frágilem uma relação?
“Cada um cuide, não somente dos seus
interesses, mas também dos interesses dos
outros.” Filipenses 2:4

A
nalisar as diferenças existentes entre um homem e uma mulher é algo
tão vasto quanto comparar o espaço sideral e as profundezas do oce-
ano! Cada célula do corpo do homem é geneticamente diferente das
células do corpo da mulher. Comportamentos, emoções e a própria estrutura
anatômica de ambos deixam claras as intenções do Criador: Fomos feitos à ima-
gem e semelhança de Deus e nos tornamos completos no momento em que as
forças e fraquezas do homem se encaixam nas fraquezas e nas forças da mulher.
Não há, portanto, uma competição do tipo “Guerra dos sexos”. A proposta de
Deus no relacionamento a dois é o complemento, em que o melhor de cada um
garante a longevidade do relacionamento. Sexo frágil é aquele que se interessa
mais consigo do que com o outro.

Eles precisam saber...


“Alguém disse que, lá uma vez ou outra, um homem consegue um vislumbre da
razão porque sua esposa, namorada ou noiva pensa daquela maneira, e justamente
quando está ponderando sobre isso... ela muda de ideia. ” (Nancy Van Pelt, Felizes
no Amor, p. 66 – grifo acrescentado)

A questão não é entender as mulheres, mas oferecer a atenção de que precisam:


- A mulher sente uma grande necessidade de ter seus sentimentos reconheci-
dos e aceitos.
- O essencial para a mulher não é a solução do problema, mas a compreensão
por parte de seu companheiro.
- Quando está contrariada com alguma coisa, ela quer conversar sobre o as-
sunto e ser ouvida atentamente, sem críticas ou sermões.
- Ela precisa mais de seu tempo do que de seus presentes. Porém, presentes
associados a momentos especiais trazem grandes benefícios ao relacionamento.
- Encontre todos os dias um motivo especial para elogiar sua esposa.

134 Estudo Relacional da Bíblia


Elas precisam saber...
Homens geralmente são objetivos e aparentemente insensíveis. Cada célula de
seu corpo é responsável por sua condição de homem; ele se sente orgulhoso por
todas as características que o distinguem do sexo oposto.

A questão não é mudar o comportamento masculino, mas harmonizar o rela-


cionamento.
- O homem precisa sentir que suas atividades são importantes.
- Quando está estressado ou com problemas, prefere ficar sozinho pensando
em alguma forma de solucioná-lo. Respeite esse momento.
- Quando o homem apresenta suas dificuldades e frustrações, não tente apli-
car sermões ou soluções imediatas. O que ele quer na verdade é desabafar.
O homem se sente bem quando suas qualidades são reconhecidas, especial-
mente honestidade, trabalho, responsabilidade e competência.

O ponto forte do relacionamento


A terra estava perfeita após a criação. Pássaros, rebanhos e animais selvagens
estavam livres para desfrutarem o belíssimo ambiente do paraíso. No entanto, para
Adão, alguma coisa ainda faltava. Observando os animais, percebeu que todos es-
tavam acompanhados. Para ele, no entanto não havia alguém compatível.
O relato de Gênesis 2:20-22 apresenta a importância que Deus dá à unidade e
ao complemento mútuo no relacionamento. Mesmo em um mundo sem pecado, o ho-
mem sentiu falta da sensibilidade e demais características da mulher. Esta, por sua vez,
maravilhou-se com a força e precisão com a qual seu homem cuidava dela e do jardim.
O relacionamento entre um homem e uma mulher é a melhor maneira de exer-
citarmos o cuidado com o próximo. Quando perdemos de vista nossas próprias
vontades e características peculiares ao gênero sexual e usamos o que temos de
melhor com o intuito de fazer com que o outro seja feliz, cumprimos o verdadeiro
propósito do relacionamento a dois e podemos desfrutar aqui na terra um pedaci-
nho que teremos pela eternidade.

Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão,


significando que não o deveria dominar, como cabeça, nem ser
pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado
como igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do
homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu
segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que
deve existir nesta relação.
(E.G.W, Patriarcas e Profetas, 18 – Versão digital)

Pequenos Grupos 135


PARA DISCUTIR:
1. O que você acha que Deus quis dizer quando se referiu a Eva como
“auxiliadora” em Genesis 2:20?
2. Qual sua caraterística mais forte? Como essa característica pode
auxiliar o ponto mais fraco de seu cônjuge, noivo(a) ou namorado(a)?
3 . Como o conhecimento das diferenças entre homens e mulheres
podem te auxiliar no aconselhamento de um casal com problemas?
4. Em que aspectos de seu comportamento você sente a necessidade
de mudanças?
5. O que o relato bíblico de Filipenses 2:4 nos ensina a respeito do
relacionamento?

Conclusão - apelo
As diferenças entre o comportamento masculino e feminino podem ser vistas
como peças diferentes de uma engrenagem. A união harmoniosa de todas essas
peças de diferentes formas e tamanhos mantém em bom funcionamento toda a
máquina...
Assim será nos relacionamentos nos quais há boa comunicação e disposição para
compreender as diferenças. Lembre-se de que suas forças não devem ser utilizadas
para confrontar as fraquezas de seu companheiro, mas, fortalecê-lo. Permita que suas
fraquezas sejam conhecidas por ele a fim de que você também seja fortalecido.
Agindo assim, o relacionamento do casal será fortalecido e as diferenças mini-
mizadas.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Filipenses 2:4
Gênesis 2:20-22

Pr. Fabiano Capeletti


Ministério Jovem Associação Cearense

136 Estudo Relacional da Bíblia


41 Sexta-feira, 13 de outubro

Cada um para
o seu lado
“Andarão dois juntos, se não houver entre
eles acordo?” Amós 3:3

N
a última década, o número de divórcios no Brasil cresceu 160%, atingindo
a assustadora marca de 341 mil divórcios. É muita gente se separando.
Na avaliação dos pesquisadores, a sociedade brasileira passou a aceitar o
divórcio com mais naturalidade. Entre as mulheres, a média de idade para o divór-
cio é de 40 anos e 44 entre os homens, o que coloca muitos aqui em estado de
apreensão e talvez alguém já tenha passado por essa experiência.
Sentimentos negativos tomam o lugar da alegria das promessas do casamento.
Essas são experiências típicas de quem sofreu uma perda, apesar do divórcio re-
presentar para muitos uma libertação. Quando vão “cada um pro seu lado”, perde-
-se o companheirismo, o senso de pertencer, dinheiro (às vezes) e planos para o
futuro. Se você está passando pela experiência do divórcio, entenda que isso não
durará para sempre.
“Não há nenhuma solidão como a solidão daqueles que vivem juntos e, no
entanto, permanecem separados”.

Divorciados de Deus e um do outro


Em Amós 3:3, temos a primeira das orações interrogativas em que as respostas
são sempre “não”. Andarão duas pessoas juntas se não estiverem de acordo? NÃO!
Mas o contrário é visto nessa passagem, se imaginarmos as duas pessoas andando
juntas no deserto árido da Judéia, pois estão de acordo. Andar no deserto certa-
mente não é fácil e só é possível se houver compromisso e um propósito comum.
Assim como o caminhar com Deus não significa um ato ocasional, mas um há-
bito que surge à partir de uma relação estabelecida, duas pessoas devem seguir
em uma só direção para que possam caminhar “juntas”. Quando isso não é real,
cedo ou tarde ocorre o divórcio, tanto na relação com Deus, quanto nas relações
humanas. Com Deus a solução é mais simples: a reconciliação. No caso das relações
humanas, na maioria dos casos, é preciso encarar a vida pós-divórcio com maturi-
dade, paciência e apoio da família e amigos até que tudo se normalize.

Pequenos Grupos 137


O que fazer se o divórcio já aconteceu?
1. Apoie os filhos:
Com exceção dos menores de três anos, os filhos têm o direito de receberem
uma explicação adequada à sua idade e só têm a ganhar com esse conhecimento.
Não se trata de uma tarefa agradável, mas deve ser feita e os conselhos seguintes
ajudarão a realizá-la:
a. Escolha um momento tranquilo para conversar;
b. Pense bem no que vai dizer;
c. Não diga tudo de uma vez;
d. Prepare-se para as perguntas
2. Cuide de si mesmo(a):
Por vezes, pessoas divorciadas querem fazer de uma vez tudo o que não fize-
ram por uma vida inteira e, geralmente, fazem escolhas erradas. O melhor a fazer
é manter a calma e, aos poucos, adaptar-se a essa fase da vida, porque existe vida
depois do divórcio.
3. É conveniente aceitar a realidade e manter um relacionamento cordial com
seu ex-cônjuge.

Como prevenir o divórcio


Alguém observou: “Casamentos são feitos no céu, mas raios e trovões também”.
Todos concordam que não concordamos em tudo. Infelizmente, muitos cristãos já
casam com o contrato de partilha dos bens pronto para quando o divórcio ocorrer.
Não seria melhor fazer o máximo para não chegar até esse momento irreversível?
Na medida do possível, é melhor prevenir o divórcio através de recursos e boa
vontade antes que a relação atinja um nível impossível de ser mantido. Veja algu-
mas prevenções que podem ser úteis:
a. Não se deixe vencer diante dos conflitos;
b. Fortaleça a relação com detalhes que demonstrem amor;
c. Compartilhe as responsabilidades da família;
d. Não descuide do relacionamento íntimo;
e. Procure ajuda externa.

Pesem, os que pretendem casar-se, todo sentimento e observem


todas as modalidades de caráter naquele com quem desejam
unir o destino de sua vida. Seja todo passo em direção da aliança
matrimonial caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade
e o sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento
afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão
sincero não fará planos que Deus não possa aprovar.
Ciência do Bom Viver, 359

138 Estudo Relacional da Bíblia


PARA DISCUTIR:
1. O que pode ser feito para evitar o divórcio com Deus?
2. Que paralelos encontramos entre essas atitudes e as que podem
evitar o divórcio nas relações humanas?
3. Qual foi o mais próximo que você já esteve de uma situação de di-
vórcio? O que poderia ser feito para ajudar as pessoas envolvidas?
4. Como o nosso grupo pode auxiliar os filhos de pais divorciados a
sentirem-se amados e aceitos?
5. Você aprendeu algo novo no estudo de hoje? Compartilhe com o
grupo.

Conclusão - Apelo
A Palavra de Deus não incentiva o divórcio, mas essa prática já era comum
naquela época. No sermão da montanha, Jesus declarou com franqueza que não
deveria ocorrer anulação do casamento, exceto por infidelidade aos votos conju-
gais. (Mt. 5:32).
O divórcio, nos relacionamentos humanos, ocorre em consequência do divórcio
que ocorre entre o homem e Deus. Permanecer em ligação com o criador é a chave
para se manter feliz e casado por toda a vida. Esse deve ser o objetivo de todo casal.
Lembre-se de que “o cordão de três dobras não se quebra facilmente” (Ec 4:12).
Apoie as pessoas que passam por esse momento difícil e cuide para que o seu
relacionamento não termine em divórcio, principalmente com Deus.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Amós 3:3,
Eclesiastes 4:12
Mateus 5:32

Pr. Eliomar Trindade


Ministério Jovem Missão Nordeste

Pequenos Grupos 139


42 Sexta-feira, 20 de outubro

A importância do perdão
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que
tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes
perdoou.” Colossenses 3:13

S
eu cônjuge é seu tesouro! Sua união começou por amor e deve permanecer
eternamente com amor. Algumas vezes, o mundo cega nossa visão e falha-
mos em nosso lar, com nossa família e com nosso amor precioso, falamos
besteiras, acusamos, vemos problemas onde eles não existem, brigamos e machu-
camos por impulso e egoísmo. Mas jamais devemos esquecer que a pessoa com
quem casamos é o nosso tesouro mais precioso, isso não tem preço! Ter o senti-
mento verdadeiro de ternura e carinho é o melhor presente em nosso cotidiano e o
perdão anda lado a lado com o amor.
O perdão traz muita paz consigo. O alívio gerado por ele carrega um sentimento
tão suave e profundo que as palavras não conseguem descrever a sua totalidade.

Perdoar é uma escolha!


Com toda razão a Bíblia diz: "Antes sede uns para com os outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou
em Cristo.” Efésios 4:32
Entenda o que está envolvido em perdoar. A palavra usada na Bíblia para “perdo-
ar” pode significar “deixar ir”. Então, perdoar nem sempre quer dizer que você pre-
cisa esquecer ou minimizar o erro. Para seu bem-estar e o de seu casamento, pode
ser que você, simplesmente, tenha que ‘deixar a mágoa ir’ embora, por assim dizer.
Pense nas consequências de não perdoar. Alguns especialistas dizem que guar-
dar ressentimento aumenta o risco de problemas físicos e emocionais, incluindo
depressão e pressão alta. Isso sem contar o dano que causa ao próprio casamento.

Algumas causas
A Bíblia nos diz que: Todos nós tropeçamos muitas vezes. Tiago 3:2
Alguns maridos e esposas se recusam a perdoarem para terem uma medida de
poder sobre o outro. Daí, quando surge algum conflito, desenterram problemas do
passado para manipular a situação.
Muitas vezes, uma mágoa demora a cicatrizar. O ofendido talvez diga que per-
doou, mas pode ser que ainda guarde ressentimento e até mesmo deseje se vingar.

140 Estudo Relacional da Bíblia


Algumas pessoas casam acreditando que vão viver um conto de fadas. Por isso,
quando surge uma discussão, elas se recusam a cederem porque não aceitam a
ideia de que o “amor da sua vida” tenha uma opinião diferente da sua. Expectativas
irrealistas costumam tornar as pessoas mais críticas e menos perdoadoras.
Muitas pessoas não querem perdoar porque têm conceitos errados sobre o
perdão.

O que você pode fazer


“Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas
ame o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor. ” Levítico: 19.18

Pense nos benefícios de perdoar


O casal que é perdoador não fica “fazendo uma lista” dos erros um do outro e
também não supõe que o outro agiu com má intenção. Isso vai resultar num relacio-
namento livre de ressentimento em que o amor pode crescer.

Seja realista
É mais fácil perdoar quando você aceita a outra pessoa como ela é, apesar
dos seus defeitos. Quando você se concentra nos defeitos da pessoa, é muito fácil
esquecer todas as qualidades que ela tem. Lembre-se de que ninguém é perfeito
— nem mesmo você.

Seja razoável
Da próxima vez que você ficar ofendido com seu marido ou esposa, pergunte-
-se: ‘O problema é tão sério assim? Preciso insistir num pedido de desculpas ou
posso simplesmente deixar para lá e perdoar? ’

Deus
É impossível acontecer o perdão se não estivermos conectados à fonte de todo
perdão. É impossível o amor prevalecer se o próprio Amor não estiver presente em
nossas vidas.

Aquele que recusa perdoar, rejeita a única esperança de


[receber o] perdão.

Ellen G. White. Parábolas de Jesus, pág. 127

Pequenos Grupos 141


PARA DISCUTIR:
1. Você tem maior dificuldade em perdoar ou pedir perdão? Reflita
em alguma situação que você tenha passado na qual tenha senti-
do essa dificuldade.
2. Pense no que você poderia fazer na prática para confrontar a sua
dificuldade da próxima vez em que estiver face a face com ela.
3. Como você acha que o perdão pode influenciar em sua comunhão
com Deus?
4. Quais as consequências do perdão na vida da parte culpada?
5. É possível eu fazer o trabalho de Deus se guardo rancor em meu
coração?

Conclusão - Apelo
Todos nós temos dificuldade em dar e receber perdão. Mas, é importante que
você lembre duas coisas:
1. Deus é Aquele que está disposto a nos dar a cura interior, sempre que vamos
a Ele, sinceramente arrependidos: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9).
2. Assim como o Senhor nos perdoou, devemos perdoar uns aos outros. Va-
mos seguir o exemplo do Mestre?
Que Ele abençoe a sua família.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Colossenses 3:13
Efésios 4:32
Tiago 3:2
Levítico 19:18
1 João 1:9

Pr. Yuri Marques


Ministério Jovem Missão Alagoas

142 Estudo Relacional da Bíblia


43 Sexta-feira, 27 de outubro

Relacionamento a três

“Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão;


o cordão de três dobras não se rompe facilmente.” (Ecl 4:12)

É
melhor 2 do que 1: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn2:18). Essa foi a
conclusão que Deus chegou na semana da criação. Ao criar o homem Deus
percebeu que precisava lhe dar uma auxiliadora, ou seja, um complemento,
para que um apoiasse o outro. Nascia ali o casamento.
Para endossar o que Deus fez na criação e exaltar a importância do casamento
e da família, Jesus inicia seu ministério na Galiléia, em uma festa de casamento. A
Bíblia diz que: “Jesus também foi convidado para o casamento”. No momento que
o vinho acabou, Ele estava ali para ajudar a resolver o problema. Esse casal tomou
a melhor decisão das suas vidas ao começar seu casamento convidando Jesus para
estar com eles.

Realidade da vida a dois:


O IBGE aponta que décadas atrás se viam mais taxas de nupcialidade do que
hoje:

Pequenos Grupos 143


Casamento e divórcio
A idade média dos cônjuges entre casamento e divórcio:
Homens:
Casamento – 27 a 30 anos
Divórcio – 41 a 43 anos
Mulheres:
Casamento – 23 a 27 anos
Divórcio – 38 a 40 anos
A média de duração do casamento desde a década 80, diminuiu de 19 anos
para 15 anos.
O Brasil registrou 341,1 mil divórcios em 2014, antes 130,5 mil registros em
2004. É um salto de 161,4% em dez anos. A cada ano, aproximadamente, 100 mil
crianças enfrentam o divórcio.
Para o IBGE, taxas atuais de divórcios refletem a gradual mudança de compor-
tamento da sociedade brasileira.
Possíveis Causas do Divórcio:
• Casamento sem planejamento.
• Casamento precipitado. As pessoas ainda não se conhecem e casam.
• Não esperam a maturação do casamento e logo optam pelo divórcio.

Melhor três do que dois:


“O cordão de três dobras não se rompe facilmente”:
Quando o cordão é dobrado ele fica mais resistente, e se acrescentar uma do-
bra a mais, fica mais difícil de quebrar.
A terceira dobra faz alusão a uma terceira pessoa no casamento. Não é um filho
ou um triângulo amoroso, mas a presença e intervenção de Deus na vida do casal.
Quando a pessoa luta sozinha fica mais difícil de vencer as dificuldades da vida,
quando compartilhada com o cônjuge a força aumenta, e se buscar a terceira dobra,
em Deus, o problema pode ser resolvido com mais segurança e certeza de vitória.
Na sociedade que estamos vivendo, onde a mudança de comportamento tem le-
vado a destruição de muitos casamentos, nos resta pensar que viver a dois o fracasso
pode estar mais perto que imaginamos. Por mais que viver a dois seja bom, mas a
três, é o ideal de Deus, ou seja, você, seu cônjuge e Deus, um casamento de sucesso.

Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta


instituição tem como seu originador o Criador do
Universo. Quando os princípios divinos são reconhecidos
e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção.
Lar Adventista, 25-26.

144 Estudo Relacional da Bíblia


PARA DISCUTIR:
1. Quais as formas de convidar Jesus para estar em meu casamento?
2. Quem fará o convite para Jesus? O marido ou a esposa?
3. É possível Jesus estar no casamento se os dois não são da mesma
igreja?
4. “O lar cristão deve ser o lugar mais atrativo do mundo, não deve
faltar alegria no lar” (LA21.1). O que o marido pode fazer para que
seu lar seja atrativo e alegre? E a mulher?
5. Quais atividades o casal pode realizar para ensinar outros casais
que, vale a pena viver um relacionamento a 3 com Jesus?

Conclusão - Apelo
A melhor decisão que o casal de Caná da Galileia fez, foi convidar Jesus para
estar em seu casamento, pois quando o problema surgiu, logo foi resolvido.
Deus fez questão de celebrar o primeiro casamento do planeta e Jesus fez Seu
primeiro milagre em um casamento.
O desejo de Deus é estar em sua vida matrimonial. Os problemas não deixarão
de existir, mesmo Jesus estando presente, mas, se aos olhos humanos não tiver
solução, o próprio Deus virá para fazer um milagre em seu casamento.
Estudar a bíblia, orar juntos, orar um pelo outro e ajudar outros casais a viverem seu
relacionamento com Jesus, são algumas das formas de viver esse relacionamento a três.
Por isso, convide Jesus para estar em seu casamento, pois nesse relacionamen-
to é melhor 3 do que 2.
Não se esqueça que o cordão de três dobras não se rompe facilmente. Sendo
a primeira dobra o marido, a segunda a esposa e a terceira Deus, que fortalecerá
sua vida a dois.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Eclesiastes 4:12
Gênesis 2:18
João 2:2

Pr. Flávio Oliveira


Ministério Jovem Associação Pernambucana Central

Pequenos Grupos 145


146 Estudo Relacional da Bíblia
44 Sexta-feira, 3 de novembro

Seja honesto com Deus

"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me


roubais, e dizeis: Em que te roubamos?
Nos dízimos e nas ofertas." Malaquias 3:8

P
ara que alcancemos então as bênçãos de Deus através da oração, precisa-
mos ter um caráter submisso aos ensinos da Sua Palavra, assim como apren-
demos em Deuteronômio 27 e 28, que tudo o que fazemos contra Deus e
contra o próximo traz consequências também sobre nossa vida.
Um dos textos da Bíblia que mais assusta seus leitores é o do profeta Mala-
quias que diz: “‘Será que alguém pode roubar a Deus? ’ Mas vocês têm roubado e
ainda me perguntam: ‘Como é que estamos te roubando? ’ Vocês me roubam nos
dízimos e nas ofertas. Todos vocês estão me roubando, e por isso eu amaldiçoo
a nação toda” (Ml. 3:8). Na realidade, Deus não sai amaldiçoando as pessoas que
não O obedecem. Deus deixa de derramar as bênçãos que são prometidas por Ele
em determinadas áreas. Ele promete uma recompensa, e a falta dessas bênçãos é
sofrer diretamente a consequência da maldição do pecado. No caso de Malaquias,
Ele promete derramar bênçãos grandes e impossíveis de serem mensuradas, pois
Deus promete nos proteger dos laços do maligno.

Em nossa vida, quando não existe fidelidade, retemos essas bênçãos e conse-
quentemente recebemos a interferência do mal, como no caso, Deus afirma: “Por
vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a
vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ml.3:11). Na ver-
dade, o devorador só pode agir na vida financeira daqueles que tem bens e não são
fiéis. Com a sonegação do dízimo, deixamos de receber a bênção holística de Deus
para todas as áreas da vida e passamos a enfrentar as forças do fracasso financeiro,
emocional e espiritual. Entendamos que as promessas decorrentes da obediência
são de felicidade e satisfação. “Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós
sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos. ” (v.12). O interessante desse
texto é que as pessoas é que vão receber dessa felicidade e contentamento.

Insatisfação, medo e infelicidade são frutos daqueles que não obedecem à Pa-
lavra de Deus. Precisamos, constantemente, sermos abençoados e a bênção de
Deus nos é dada mediante a nossa obediência a princípios estabelecidos por Ele.

Pequenos Grupos 147


As bênçãos são consequências diretas de nosso comprometimento e submissão a
Deus. A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, Ele não traz desgosto (Provérbios
10:22). Algumas pessoas dizem que não possuem fé suficiente para devolver o
dízimo, mas eu me preocuparia se considerassem ter fé suficiente para chegar ao
Céu. Se você é capaz de confiar a Deus a sua salvação, então deve ser capaz de
confiar a Deus 10% de sua renda. Você precisa acreditar que 90% com bênção irão
mais longe do que 100% sem a bênção de Deus. Os sapatos vão durar mais tempo
e o telhado será mais forte! Deus é o dono de tudo de qualquer maneira. Ele não
precisa de nosso dinheiro. Ele quer o nosso coração e a nossa entrega. O dízimo
não é a maneira de Deus levantar o dinheiro, é a Sua maneira de levantar cristãos
vencedores! Sem fé é impossível agradar a Deus.

Percebemos que o texto de Malaquias é denso e assustador. Infelizmente aquilo


que o infiel não vê, é que ele está roubando a si mesmo e fechando as janelas dos
Céus sobre si. Alguns cristãos vivem em casas roubadas, dirigem carros roubados,
usam joias roubadas, e isso porque tudo foi pago com dinheiro do dízimo.
Podemos fugir dos homens, mas não podemos fugir dos olhos de Deus. Não
temos para onde ir. Os olhos do Senhor estão em toda parte, contemplando os
bons e os maus. Não podemos fugir com o dízimo que pertence a Deus. Seu Espí-
rito nos incomodará para que possamos restituir aquilo que devemos e voltar para
seus caminhos, pois o ato de não devolver o dízimo é uma forma de esquecer de
Deus e do seu favor.

Examine cada qual suas rendas com regularidade, pois são todas
uma bênção de Deus, e ponha de parte o dízimo como fundo
separado, para ser sagradamente do Senhor. Em caso algum deve
ser esse fundo dedicado a qualquer outro uso; deve ser unicamente
dedicado ao sustento do ministério do evangelho.
Conselho Sobre Mordomia, pág. 81

148 Estudo Relacional da Bíblia


PARA DISCUTIR:
1. Dizimar está relacionado a um mandamento de Deus ou a vontade
humana?
2. Devolver o dízimo é um ato de adoração?
3. É justo que um pobre dê dízimo de suas pequenas entradas?
4. Por que para algumas pessoas é tão difícil dizimar?
5. Você se sente feliz ao dizimar? Conte sua experiência.

Conclusão – Apelo
Você se esqueceu de quem lhe deu tudo o que você possui e está dizendo que
não reconhece o Senhor se achando capaz de viver sem a Sua bênção? É hora de
despertar. Hora de voltar a receber as bênçãos plenas de Deus. Não espere até que
tudo seja removido de sua vida, pelo fato de estar distante da vontade dEle. Curve-
-se diante do Senhor, reconhecendo-o como Deus sobre a sua vida.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Malaquias 3:8, 11 e 12; Provérbios 10:22

Pr. Elmir Santos – Líder de Mordomia da USeB


Adaptado por: Rafaella Andrade – Secretária de Mordomia UNeB

Pequenos Grupos 149


45 Sexta-feira, 10 de novembro

O sofisticado é ser
simples
“O Senhor vela pelos simples.” Salmos 116:6

O
espírito consumista, a valorização do ter em detrimento do ser, é o que
está em alta, e muitas das relações são construídas centradas no que o
outro possui e não pelo que ele é.
“O Senhor vela pelos simples” (Sl 116:6). “Mas receio que, assim como a ser-
pente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa
mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. ” (II Co 11:3) “Eis que
eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como
as serpentes e símplices como as pombas. ”
A vida baseada em simplicidade é abençoada, pois a Bíblia diz: “Deus cuida de
modo especial dos simples”. Quando o assunto é financeiro, devemos buscar as
virtudes básicas do cristão que é aquele que vive ou deveria viver em simplicidade.
Mas nos dias de hoje, cultivar as coisas simples da vida já não é mais a prioridade
de muitos seguidores de Cristo.

O espírito consumista, a valorização do ter em detrimento do ser, é o que está


em alta, e muitas das relações são construídas centradas no que o outro possui e
não pelo que ele é. Acaba que, por hoje, não há mais tempo para a busca da refle-
xão, do estudo das escrituras, da oração e contentar-se com o que se tem, tornou-
-se para nós um pesadelo sem fim. Sempre estamos à procura de algo novo que
satisfaça nosso desejo de consumo, tanto na dimensão religiosa como nas ques-
tões triviais do dia a dia. Nossa maneira de nos relacionarmos com Deus acaba se
transformando em uma relação de barganha, onde na maioria dos casos estamos
na expectativa de receber algo para alimentar nossas ansiedades

Vivemos em uma época em que a estabilidade financeira é sinônimo de fe-


licidade. Uma vida confortável livre de problemas equivale a ser “bem-sucedido
espiritualmente. ” O simples é substituído pelo espetacular e a busca da humildade
tornou-se uma tarefa difícil e dolorosa. A velha natureza, por muitas vezes, predo-
mina vencendo a guerra na luta entre o princípio cristão e o desejo da carne, e isso,
tendendo para a inclinação do eu, pode resultar em morte espiritual.
É na simplicidade que encontramos o caminho da excelência espiritual. Viver
de maneira simples é imitar Cristo em seu estilo de vida. Ele viveu sem ostenta-

150 Estudo Relacional da Bíblia


ção, como descreve o profeta Isaías (Is. 53.2); esvaziou-se de si e tomou forma de
servo (Fp. 2:7). Sua vida foi intensamente marcada pela simplicidade, desprovido
de estabilidade financeira (Mt. 8:20) e, em sua profissão, optou por dignidade e
simplicidade.

Devemos buscar a simplicidade cristã. No exemplo de Jesus de Nazaré, deve-


mos optar por uma vida mais simples longe de ansiedade. Ele cuidará de nós. A
inquietação pelo dia seguinte não é recomendável, porque Deus irá prover o neces-
sário para seus filhos (Mt. 6.25-34). O acúmulo de bens e a busca pelo consumismo
são derrotados quando priorizamos o Reino de Deus e sua justiça. Encarnar os va-
lores do Reino ensinados por Jesus, no sermão do monte, remete-nos a prática de
uma vida simples sem priorizar luxo e ostentação. É importante frisar que quando
estamos aos cuidados do pai celestial, temos algum conforto. Entretanto, isso não
é uma confirmação de que estamos vivendo em conformidade com a simplicidade
ensinada por Jesus. Como já foi dito, essas coisas não devem ser aquilo que nos
guia na busca de uma vida mais simples.

Ele deve possuir a graça, a beleza, a conveniência


da simplicidade natural. Cristo nos advertiu contra o
orgulho da vida, mas não contra sua graça e beleza
naturais. Apontou às flores do campo, aos lírios
desabrochando em sua pureza, e disse: “Nem mesmo
Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer
deles. ” Mt. 6:29. Assim, pelas coisas da Natureza,
Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça
modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que
Lhe tornariam aprazível nossa maneira de vestir. Ele
nos manda que usemos o mais belo vestido na alma.
Nenhum adorno exterior se pode comparar em valor
ou encanto àquele “espírito manso e quieto, que é
precioso diante de Deus”. I Pd 3:4

Ciência do Bom Viver, Pág. 289.

Pequenos Grupos 151


PARA DISCUTIR:
1. Qual o significado de simplicidade para você?
2. O que nos faz sorrir, geralmente não são as coisas mais caras e
mais extraordinárias da vida. Na maioria das vezes, o fator respon-
sável por nosso sorriso são as pequenas coisas, são os pequenos
gestos. Você concorda? Comente.
3. Você acha que hoje, as pessoas estão carentes de coisas simples?
Cite exemplos.
4. Vemos a grande valorização do sucesso, da riqueza, da beleza, do
corpo, roupas, marcas, casas, carros, bens materiais, mas o que tem
gerado cada vez mais corações frustrados, decepcionados e vazios?
5. A simplicidade é um presente de Deus para nós, é uma característi-
ca marcante na personalidade de Jesus. Que ações podem ser reali-
zadas por você e pelo seu PG para seguirem o exemplo de Jesus?

Conclusão – Apelo
A justiça do Reino tem como alvo desafiar o discípulo a viver de maneira mo-
desta. Humildade, mansidão, espírito pacificador e abster-se do acúmulo de bens,
são algumas das marcas daqueles que optaram por seguirem pelo caminho de Cris-
to. Em nossa forma de vida cristã, é preciso adotar a prática do desprendimento,
pois onde estiver nosso tesouro, estará também nosso coração (Lc. 12.34). Por fim,
devemos optar por uma vida mais simples. Viver como Jesus viveu, andar como Ele
andou. Que possamos deixar de lado a soberba da vida, o ajuntamento de bens e o
individualismo e valorizarmos a vida comunitária, na repartição de bens e na busca
do cultivo das coisas mais simples da vida. Que o contentamento seja nosso árbi-
tro, “porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos
levar dele” (1 Tm. 6:7).

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Salmos 116:6; II Coríntios 11:13; Isaías 53:2; Filipenses 2:7; Mateus 6:25-34 e 8:20; Lucas 12:34; I
Timóteo 6:7; I Pedro 3:4

Pr. Elmir Santos – Líder de Mordomia da USeB


Adaptado por: Rafaella Andrade – Secretária de Mordomia UNeB

152 Estudo Relacional da Bíblia


46 Sexta-feira, 17 de novembro

Necessidade x Cobiça
“Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura
não te fartes dele, e venhas a vomitar” Provérbios 25:16

A
cobiça atinge um mal interior que é a raiz de muitos males exteriores. A
cobiça se parece com uma natural necessidade de crescimento e conquista,
mas sua principal característica é ser insaciável.
Existe o desejo legítimo e a cobiça. O primeiro, refere-se ao não suprimento das
necessidades e, em alguns casos, um pouco mais, atingindo o nível do conforto. O
segundo, já vai muito além, alcança o excesso e avança rumo ao proibido. A cobiça
é um desejo forte, constante e insaciável. Mas onde está a exata fronteira entre uma
e outra coisa? Precisamos de sabedoria para encontrar a resposta.

É difícil dizer onde o desejo ingênuo se transforma em cobiça, assim como


não podemos determinar com certeza a exata quantidade de comida que alguém
precisa consumir. Apesar da dificuldade, podemos citar alguns parâmetros de veri-
ficação. Cada um de nós devemos buscar sabedoria de Deus para reconhecer que a
sua necessidade foi suprida e seu apetite saciado. Depois disso, o desejo torna-se
cobiça. “Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura não
te fartes dele, e venhas a vomitar” (Pv.25.16). É preciso observar o ensinamento
bíblico em relação ao que desejamos. Deus estabeleceu limites e foi Ele quem disse
a Adão que poderia comer do fruto de todas as árvores, exceto uma (Gn.2.16-17).
Quando desejamos o que Deus proibiu, está caracterizada a cobiça.

Nos dez mandamentos, está escrito: “não cobiçarás a casa do teu próximo, não
cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu
boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx.20.17). Portanto, o
direito do outro é um dos nossos limites. Se esse mandamento não fosse obedeci-
do, a consequência poderia ser a transgressão de outros, tais como “Não adultera-
rás”, “Não furtarás” e “Não matarás”. Portanto, a proibição da cobiça atinge um mal
interior que é a raiz de muitos males exteriores. A história de Acabe ilustra bem o
conceito. Aquele rei possuía riqueza e todo tipo de bens materiais, mas dirigiu seus
olhos e sua cobiça à vinha de Nabote, seu vizinho. Seu desejo incontido desen-
cadeou uma série de pecados: abuso de autoridade, acusação, falso testemunho,
homicídio e roubo (I Rs.21). “Todo o trabalho do homem é para a sua boca, con-

Pequenos Grupos 153


tudo nada satisfaz a sua cobiça” (Ec.6:7). A gula é confundida com fome e apetite.
Confunde-se luxúria com amor. A cobiça se parece com uma natural necessidade
de crescimento e conquista, mas sua principal característica é ser insaciável. Nada é
capaz de satisfazê-la, por isso, o homem se lança aos excessos.

Tal comportamento pode parecer fruto de uma forte motivação para o trabalho.
Então, o indivíduo deixa de ter tempo para a família e para Deus, pois precisa aten-
der às suas ambições materiais que lhe parecem legítimas, sobretudo no contexto
capitalista atual, no qual a essência do marketing consiste em criar necessidades e
estimular desejos sem fim. O consumismo é a religião dos tempos modernos. Tudo
isso pode levar a muitas conquistas, e um sintoma visível desse tipo de situação
é o caso do indivíduo que adquiriu muito mais do que é capaz de usufruir. Alguns
ambiciosos tornam-se megalomaníacos e o seu prazer está em superar o seu se-
melhante. “Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo,
até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra! A meus
ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão deser-
tas, e até casas grandes e lindas sem moradores” (Is.5:8-9).

Muitos do povo de Deus são entorpecidos pelo espírito do


mundo, e estão negando sua fé pelas suas obras. Cultivam o
amor ao dinheiro, às casas e terras, a ponto de isto lhes absorver
as faculdades da mente e do ser e excluir o amor ao Criador e às
almas por quem Cristo morreu. O deus deste mundo lhes cegou
os olhos; seus interesses eternos se tornam secundários; e o
cérebro, os ossos e os músculos são sobrecarregados ao máximo
para lhes aumentar as posses terrenas. E todo esse acúmulo de
cuidados e aflições é suportado em direta violação da exortação
de Cristo: "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a
ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam."
Mat. 6:19. Esquecem-se de que Ele disse também: Ajuntai para
vós tesouros no Céu; que assim fazendo estarão trabalhando em
seu próprio interesse. O tesouro acumulado no Céu está seguro;
ladrão algum pode aproximar-se nem a traça corroê-lo. Mas seu
tesouro está na Terra, e têm suas afeições em seu tesouro.

Conselho Sobre Mordomia, Pág. 209

154 Estudo Relacional da Bíblia


PARA DISCUTIR:
1. A cobiça é característica da natureza carnal ou espiritual?
2. Você consegue percorrer o shopping e sair sem comprar coisa
alguma?
3. Dizer alguns “nãos” às crianças é uma forma de ensiná-las o con-
trole sobre o desejo? Quando estiver com seu filho numa loja, é
melhor comprar um brinquedo do que dois?
4. O desejo é fonte do bem e do mal. Como podemos diferenciar isso?
5. Algumas situações da vida envolvem concorrência e alguém sairá
perdendo. Até que ponto isso é normal e aceitável?

Conclusão - Apelo
A cobiça pode levar à riqueza. Depois que o homem enriquece, ele se vê no
direito de cobiçar muito mais. Esse pecado encontra mais espaço e recursos para
crescer e se multiplicar, é um ciclo sem fim. Contudo, o pobre não está livre da
cobiça. É verdade que nas questões materiais, ele pode padecer necessidades e
o seu desejo é, muitas vezes, legítimo e natural. Por isso, devemos estar atentos
a esse sentimento e buscarmos a Deus para que Ele possa construir, em nós, o
verdadeiro sentido para uma vida financeira baseada nos princípios cristãos. O
controle da cobiça começa pela conscientização. É preciso saber identificá-la em
nós. Depois, vem a vontade do indivíduo. Precisamos querer controlar a cobiça.
Isto é negar a si mesmo, dizer não para si mesmo (Mt.16.24). Entretanto, precisa-
mos da indispensável ajuda do Espírito Santo, pois só Ele pode produzir, em nós,
o domínio próprio (Gal.5.22).

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Provérbios 25:16; Gênesis 2:16-17; Êxodo 20:17; I Reis 21; Eclesiastes 6:7; Isaías 5:8-9; Mateus
16:24; Gálatas 5:22; Mateus 6;16.

Pr. Elmir Santos – Líder de Mordomia da USeB


Adaptado por: Rafaella Andrade – Secretária de Mordomia UNeB

Pequenos Grupos 155


47 Sexta-feira, 24 de novembro

A oração é a chave
do tesouro
“Tendo- se levantado alta madrugada, saiu, foi
para um lugar deserto, e ali orava.” Marcos 1:35

P
ara que alcancemos, então, as bênçãos de Deus através da oração, precisa-
mos ter um caráter submisso aos ensinos da Sua Palavra, assim como apren-
demos em Deuteronômio 27 e 28, que tudo o que fazemos contra Deus e
contra o próximo traz consequências também sobre nossa vida.
Se você deseja coisas grandes para sua vida, não há como fazer isso sem estar
em constante oração. A oração nos conecta com o Céu e submete nossa vontade à
vontade de Deus. Essa ferramenta está sempre à nossa disposição, pois através de
Cristo Jesus podemos falar livremente com Deus. A oração é uma prática comum na
Bíblia. “Tendo- se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali
orava”. (Marcos 1:35). Essas palavras podem ser interpretadas como um comentá-
rio sobre como era o estilo de vida de Jesus.

Em outro momento na Bíblia, Davi se priva até mesmo de seu sono para estar
com Deus em oração: “de madrugada te buscarei” (Salmos 63:1). Quando os após-
tolos foram tentados a investirem suas energias em outros ministérios importantes
e necessários, decidiram entregar-se continuamente à oração e ao ministério da
palavra para encontrar a resposta vinda do Céu (Atos 6:4). Podemos encontrar a
melhor definição sobre oração nos escritos de Ellen White quando diz: “A oração
é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não que seja necessário a fim de
tornar conhecido a Deus o que somos; mas sim para nos habilitar a recebê-Lo. A
oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele. ” - Caminho a Cristo, p. 93.
Não conseguimos coisas maiores em nossa vida porque pedimos pouco ou não
pedimos nada. A Bíblia diz: “Nada tendes, porque não pedis. ” (Tg 4:2).

Ainda no livro de Tiago, capítulo 4, nos versos 2 e 3, lemos: “Cobiças e nada


tendes e por causa disto matas. Tendes inveja, não podes possuir e por causa disto
combates e fazes guerra. Não tendes nada, porque não pedes e, quando pedes,
não recebes porque pedes mal pensando em gastar em seus próprios deleites”.
O Senhor, em toda sua sabedoria, sabe quando nossas vontades são egoístas e
visam somente o desejo do nosso coração, e como bom Pai que é, sua intenção é

156 Estudo Relacional da Bíblia


nos ensinar. Por falar em ensinar, vale repetir a advertência que Jesus fez aos seus
discípulos e faz a nós também, dizendo: “Vocês erram porque não conhecem as
Escrituras e nem o Poder de Deus. ” (Mateus 22:29). Ele ainda nos ensina que todo
aquele que ouve e pratica suas Palavras, é comparado ao prudente, mas aquele que
não ouve e não pratica suas Palavras, é comparado ao insensato.

Falando sobre a eficácia da oração, na continuação do Sermão do Monte (Ma-


teus 7), Jesus nos ensina que uma oração eficaz tem regras. Ele diz que podemos
pedir que nos será dado; que podemos buscar que acharemos e que podemos
bater que a porta se abrirá, mas faz uma ressalva: “TUDO o que vós quereis que os
homens vos façam, fazei vós também a eles...” Assim, voltamos ao que lemos no
livro de Tiago, quando aprendemos que nossas orações não podem visar somente
ao nosso benefício e a nossa vontade, ou seja, uma petição egoísta, fútil, sem pos-
sibilidades de frutificar, que venha nos afastar de Deus e esquecer o nosso próximo.
Para que alcancemos, então, as bênçãos de Deus através da oração, precisamos ter
um caráter submisso aos ensinos da Sua Palavra, assim como aprendemos em Deu-
teronômio 27 e 28, que tudo o que fazemos contra Deus e contra o nosso próximo
traz consequências também sobre a nossa vida.

As petições de um coração humilde e de um espírito


contrito não desprezará. O abrir do coração a nosso
Pai celestial, o reconhecimento de nossa inteira
dependência, a expressão de nossas necessidades, a
homenagem de grato amor, isso é verdadeira oração.

Orientação da Criança, pág. 518.

DISCUTIR:
PARA

1. O que significa orar de acordo com a vontade de Deus?


2. Existe evidências de que Deus responde as orações? Você tem
alguma experiência de oração respondida?
3. Qual o segredo para uma oração eficaz?
4. Como posso ter minha oração respondida por Deus?
5. Como um cristão deve reagir a uma oração não respondida?

Pequenos Grupos 157


Conclusão – Apelo
Os princípios que precisamos desenvolver são ouvir, obedecer à voz de Deus
e sermos cuidadosos para cumprir todos os seus mandamentos. Porém, muitos de
nós temos o seguinte pensamento: “Ah! Mas Deus estava falando isso antes de nos
oferecer a graça. Então Jesus veio, morreu por nós e nos livrou da lei”. Mas aí é que
está, Jesus foi e é, até hoje, nosso maior exemplo de alguém que cumpriu todos
os mandamentos do Pai e foi obediente até a morte na cruz. Antes da crucificação,
enquanto orava, Jesus disse: “Pai, se for possível passa de mim este cálice, toda-
via, seja feita Sua vontade. ” Então, nessa oração resume-se o que devemos fazer:
entregar tudo nas mãos de Deus para que a vontade dEle seja feita. Tudo isso é
para nossa vitória diária, por isso, se desejamos ter uma vida financeira de sucesso
para honrar e glorificar o nome de Deus, devemos submeter a nossa vontade à
vontade de Deus, seguindo o modelo de desenvolvimento financeiro que a Bíblia
nos orienta e orar, pedindo sabedoria para que seus planos possam também ser
os planos de Deus.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Marcos 1:35; Salmos 63:1; Atos 6:4; Tiago 4:2,3; Mateus 22:29; Mateus 7; Deuteronômio 27 e 28.

Pr. Elmir Santos – Líder de Mordomia da USeB


Adaptado por: Rafaella Andrade – Secretária de Mordomia UNeB

158 Estudo Relacional da Bíblia


Pequenos Grupos 159
48 Sexta-feira, 1 de dezembro

Lavando os pés do mundo


“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as
vestes e voltando à mesa, perguntou-lhes:
compreendeis o que vos fiz?” João 13:12.

Q
uando somos submissos ao lavar os pés de outra pessoa, demonstramos
que não somos importantes nem superiores, pois Jesus deixou as glórias
do céu para servir nosso mundo.
Jesus Cristo é o centro da atenção nos Evangelhos. Embora tenhamos muitas
palavras e instruções do Mestre, temos também muitos exemplos do ministério
compassivo que Ele demonstrou durante os três anos e meio que viveu entre nós.
Em Marcos 1:40-41, temos um exemplo dessa compaixão. Jesus, profundamente
compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: “Quero, fica limpo”. Notamos
que, naquela época, a lepra era considerada um sinal de impureza. É notável, então,
que Jesus tenha tocado o leproso. Foi um toque de compaixão, mas isso não tor-
nou Jesus impuro. Na realidade, o toque dEle tornou o leproso puro.

Nos evangelhos, cada pessoa que veio até Jesus para conseguir Sua ajuda,
sempre recebeu a ajuda que exigiu. Um dos exemplos mais interessantes dis-
so é a história da mulher, siro-fenícia, que pediu pra Jesus curar sua filha (Mar-
cos 7:24-30). Se fizermos apenas uma leitura superficial, poderemos achar
que Jesus mostrou dureza de coração quando respondeu à petição dela com
as palavras: “Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar
o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. Porém, em realidade, Jesus deu
à mulher dois sinais que a encorajaram a pedir com mais insistência. Ele disse
“primeiro”, o que sugere que existe um “segundo”, ou seja, a oportunidade
para a cura da filha dela. A segunda dica que Jesus deu à mulher foi o uso da
palavra “cachorrinhos”. Existiam dois tipos de cães naquela cultura, os que
eram guardados fora de casa, e os que podiam ficar dentro. Quando falavam
sobre cães permitidos dentro de casa, eles usavam diminutivo. Essa é a pala-
vra usada em Marcos 7:27, “cachorrinhos”. Isso implica dizer que Jesus estava
falando sobre cães domésticos. A mulher notou as oportunidades e pediu
com mais insistência.

160 Estudo Relacional da Bíblia


O Senhor Jesus também explicou a ação social do cristão por meio de pará-
bolas. Na parábola do bom samaritano, por exemplo, Jesus estava respondendo à
questão: “Quem é o meu próximo? ” (Lucas 10:29). Certamente, a história concen-
tra bastante atenção na compaixão do bom samaritano, primeiramente por dizer:
“vendo-o, compadeceu-se dele” (Lucas 10:33), mas muito mais, por mostrar seus
atributos. Ele toma tempo para ajudar, usa vinho e óleo para limpar as feridas e
acalmar a dor, coloca o homem no seu animal, o leva até a pousada, cuida do doen-
te durante a noite e deixa dois denários para pagar a conta na hospedaria.
Contudo, é importante salientar o que Jesus perguntou ao fim da parábola:
“Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos
salteadores? ” O doutor da lei perguntou: “Quem é meu próximo? ”. Jesus pergun-
tou: “Quem foi o próximo do homem ferido?” Quando lemos a história, temos a
ideia de que o homem ferido era o próximo, mas Jesus precisamente dá a entender
que o samaritano se fez de próximo. Isso quer dizer que próximo é verbo, não é
substantivo. Temos que perguntar: “A quem posso ajudar? ”

Para qualquer lugar que eu for, sempre terá um próximo, porque sou também
o próximo e tenho oportunidade de ajudar cada pessoa que encontro. Jesus deu
lições práticas disso, Ele foi um exemplo de vida de serviço. Em cada lugar que o
Senhor passava, vidas eram transformadas através de atos de bondade, compaixão
e misericórdia.
Durante a cerimônia em que Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele deu uma
lição de humildade. Depois de lavar os pés dos discípulos, disse: "Ora, se eu, sen-
do o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos
outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem
o enviado, maior do que aquele que o enviou" (João 13:14-16). Jesus se esvaziou,
deixando a glória do céu, para servir aos homens (Filipenses 2:5-8). Ele mostrou
que nós devemos nos humilhar para servir aos outros. Como ele lavou os pés, nós
devemos procurar oportunidades para, humildemente, servir uns aos outros.

Aos que mostram piedade para com os desafortunados, os


cegos, os coxos, os afligidos, as viúvas, os órfãos e necessitados,
Cristo considera como guardadores dos mandamentos, os quais
terão a vida eterna.
Beneficência social, pág 209

Pequenos Grupos 161


PARA DISCUTIR:
1. É possível fazer a obra social, ajudar ao próximo, fazer caridades e
não ter uma relação com Deus?
2. Existe ligação entre a autoridade divina, por exemplo, para expul-
sar demônios, e a compaixão que Jesus mostrou?
3. Qual a importância do ministério da ASA para a igreja?
4. Como podemos, individualmente ou como igreja, transformarmos
a assistência social como parte integral de nossa missão?

Conclusão - Apelo
Visto que Jesus Cristo é o grande exemplo para os cristãos, é necessário que
estes sigam os seus passos. Isso significa que a ação social do cristão sempre deve
ser entendida em relação à ação de Deus. Ação com duas características: abnega-
ção de si mesmo e redenção dos outros; ação humilde e redentiva. Se seguirmos
o exemplo de Jesus de lavar os pés dos outros, mostrando, então, que não prati-
camos somente a ordem da humildade, estamos realmente sendo elevados pelo
serviço. Lavar os pés do mundo, é ser semelhante a Cristo.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


João 13:12-16
Marcos 1:40-41
Marcos 7: 24-30
Lucas 10:29,33

Erinaldo Costa
Diretor Regional da ADRA - Rio Grande do Norte

162 Estudo Relacional da Bíblia


49 Sexta-feira, 8 de dezembro

Um ministério
para hoje
“O Filho do Homem veio buscar e salvar aquele que
estava perdido.” Lucas 19:10

S
alvação parcial não reflete o ministério de Cristo. O ser humano é composto de
aspectos físicos, mentais e também espirituais. Nos esforçamos para salvar almas
e cuidar de suas necessidades espirituais, mas também devemos nos dedicar a cui-
dar do corpo, das emoções e da mente. Pois se negligenciarmos uma dessas áreas, não
estamos cumprindo o ministério de Cristo. Enquanto esteve na Terra, Ele pregou, ensinou
e curou. Foi assim que Ele trabalhou e se queremos ser uma extensão do ministério de
Cristo, temos que pregar a palavra e oferecer salvação à mente e ao corpo.
A missão de Cristo foi salvar e a nossa também. Devemos levar esperança a
todas as pessoas. Contudo, o serviço não termina aí.

Como igreja e religião falamos demasiadamente sobre salvação e um futuro


com esperança, mas esquecemos que o futuro só é possível com a certeza de um
presente. Não podemos pregar de uma esperança futura, que no presente não é
capaz de transformar a vida das pessoas. Não é nosso dever salvas as pessoas da
miséria; é nossa missão salvá-las da miséria. Precisamos fortalecer a visão da sal-
vação e da solidariedade: salvação para o presente e solidariedade para o futuro.
Cremos, que ninguém confiará em uma esperança futura, se não compreender que
há esperança para o hoje. Precisamos ser relevantes hoje, na vida de alguém. De-
monstrar amor desinteressado e então falar-lhe de salvação.

Há ainda um segundo compromisso: trabalhar para o Senhor e não para homens.


Em nossas diferentes iniciativas sociais não devemos buscar trabalhar por aplausos
populares ou por foco midiático; devemos estar focados em Deus. A Bíblia confere ins-
piração sobre esse assunto quando fala do grande julgamento que acontecerá quando
Cristo voltar a esta Terra (Mt 25). Nessa ocasião, ele fala que a solidariedade será um
elemento de destaque no julgamento de Deus. O verso 40 diz: “E o Rei respondendo
lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizeste a um destes meus peque-
ninos irmãos, a Mim o fizestes. ” Quem trabalha para o Senhor cuida daqueles que
pertencem ao Senhor. Se trabalharmos para a mídia, vamos cuidar da mídia e não das
pessoas; se trabalharmos pelos aplausos, vamos estudar maneiras de recebê-los. Por
outro lado, quem trabalha para Deus, cuida daqueles que são preciosos para o Senhor.

Pequenos Grupos 163


Nossa missão é servir e salvar; não teremos completado nossa missão enquanto hou-
ver sofrimento. A obra de Deus que procuramos fazer é cuidar daqueles que ninguém
cuida. Todos foram convocados a fortalecer um movimento que ensine aquilo que Jesus
ensinou, mas que também nos eduque a viver como Ele viveu. Não há como ensinar o
que Ele ensinou sem viver como Ele viveu. Pastor Ted Wilson, líder mundial da Igreja
Adventista do 7º Dia, sobre o assunto alegou: “A sociedade quer ver mais do que ouvir. ”
Se hoje a religião é desacreditada, é porque as pessoas ouvem demais e veem de menos.

...Essa lição não é menos necessária hoje no mundo, do que ao ser


proferida pelos lábios de Jesus. Egoísmo e fria formalidade têm quase
extinguido o fogo do amor, dissipando as graças que seriam por assim
dizer a fragrância do caráter. Muitos dos que professam Seu nome,
deixaram de considerar o fato de que os cristãos têm de representar a
Cristo. A menos que haja sacrifício prático em bem de outros, no círculo da
família, na vizinhança, na igreja e onde quer que estejamos, não seremos
cristãos, seja qual for a nossa profissão. Beneficência Social, p.42

DISCUTIR:
PARA

1. Qual o ministério que Jesus nos conferiu?


2. Como isso deveria modificar a maneira como pensamos e agimos
como igreja?
3. Por que é tão difícil sair da zona de conforto e oferecer salvação de
forma integral?
4. Não há como pregar a mensagem de Jesus se não vivemos como Ele
viveu. O que falta em nossa vida para sermos coerentes?
5. O que o seu PG pode fazer para mudar a realidade de alguém essa
semana? Faça planos e execute-os durante a mesma.

Conclusão - Apelo
Somos chamados a ser uma extensão viva e moderna do ministério de Cristo.
Somos chamados para servir ao Senhor; convidados a vestir nossa roupa de traba-
lho e praticar atos que transformem vidas no presente para alimentar esperança no
futuro que nos foi prometido.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Lucas 19:10; Mateus 25.

Livro: O Evangelho em Roupa de Trabalho


Adaptado por: Pr. Carlos Augusto de Andrade - Ministério Pessoal - União Nordeste Brasileira

164 Estudo Relacional da Bíblia


50 Sexta-feira, 15 de dezembro

O que você tem em


suas mãos?
"Se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita,
então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será
como o meio dia." Isaías 58:10

A
solidariedade é uma atitude constante de quem entregou o coração a Jesus.
Só quem reconhece a grandeza das bênçãos que recebe de Deus, vive essa
bondade nas ações cotidianas.
É comum falarmos de solidariedade e amor ao próximo nesta época do ano.
O clima natalino favorece a sensibilidade e o olhar ao necessitado. É muito triste
pensarmos que, no momento em que estamos ceando com familiares e amigos,
pessoas não têm sequer o que comerem.
Então, definimos como ser esse um momento oportuno para compartilhar,
doar, mobilizar a Igreja e a comunidade em prol do outro. Não há nada de errado
neste sentimento e nesta motivação, afinal, é Natal.
No entanto, esse sentimento de empatia para com o necessitado deve fazer
parte do coração do cristão. Não importa se é janeiro, julho ou dezembro. Importa
servir ao outro com os recursos, dons e talentos que o Senhor nos deu.

A solidariedade vai muito além de apenas nos desfazer do que está sobrando,
dar umas moedas no trânsito ou mesmo doar o que não precisamos. O ser solidário
está mais para uma atitude de bondade, empatia e compaixão em relação ao outro.
Existe um trocadilho da palavra Solidário X Solitário. É justamente a ideia que
ao sermos solidários, estejamos minimizando a solidão de quem tem necessidade.
Como se pudéssemos, com as nossas atitudes, não permitir que o outro se encon-
tre só no mundo.
Talvez não exista algo tão ruim quanto se sentir só. Não ter a quem recorrer,
estar rodeado de pessoas que não te conhecem, que não sabem as suas ne-
cessidades, não conhecem as suas lutas. Ao se solidarizar com alguém, Jesus
convida que conheçamos as pessoas, que entendamos suas faltas, que enxer-
guemos sua dor.
É a forma como enxergamos o nosso próximo que nos faz um ser solidário,
atento, compreensivo e bondoso. É muito mais do que dar algo a alguém, é doar a
si mesmo em amor genuíno.

Pequenos Grupos 165


As palavras podem aliviar, uma atitude pode curar. Mas do que apenas falar, de-
vemos observar como Cristo lidava com a carência do ser humano. A bíblia diz que
Ele passava pelos lugares pregando e curando, ou seja, atendendo as necessidades
humanas com incrível amor e sensibilidade. E quando o assunto era a fome física,
Jesus trazia o pão da vida. Mateus 14:13-21.
Ele mesmo nos ensinou como devemos agir. Às vezes, Ele apenas falava e a
pessoa era curada; outras vezes, tocava ou Se deixava ser tocado, demonstrando
não haver diferenças sociais entre o filho de Deus e o necessitado. Lucas 8: 43-48.
Diante do toque de Cristo, as mais diversas enfermidades eram sanadas, a fome
e a sede saciada e a angústia da alma suprida. Nós somos os representantes de
Cristo e temos a oportunidade de aliviar tais sofrimentos. Sermos sensíveis as ne-
cessidades fazendo o bem sem olhar a quem.

Não há nada tão gratificante quando nos sentimos úteis. Existe uma satisfação
pessoal quando fazemos o bem. A sensação é que os maiores beneficiados somos
nós mesmos a medida que compartilhamos o que possuímos com nosso próximo. É
como se cada recurso empregado e cada minuto disponibilizado retornassem para
nós em forma de alegria e contentamento.
Você já olhou nos olhos de uma criança quando ganha uma simples moedinha?
A caridade engrandece o coração do generoso. A gratidão de quem recebe atinge
quem doa de uma forma irreversível. Já dizia São Francisco de Assis em sua oração:
“é dando que se recebe.” Atos 3: 4-6
De fato, não há recompensa maior do que fazermos parte do povo que usa seus
dons, recursos e talentos para apressar a volta de Cristo.
Se hoje você vir alguém que necessita, estenda a mão.
Se hoje você encontrar alguém que chora, ensine-o a sorrir;
Se hoje te pedirem um pedaço de pão, abra seu coração;
Se hoje Deus colocar alguém no seu caminho, cumpra sua missão.

“A obra de Deus é digna dos nossos melhores


esforços... Estamos muitas vezes tão envolvidos
em nosso próprio interesse egoísta que nosso
coração não tem a possibilidade de dedicar-se as
necessidades e carências da humanidade; estamos em
falta quanto às obras de simpatia e beneficência, em
ministério santo e social aos necessitados, opressos e
sofredores.” – the signs of the times, 16 de setembro
de 1886- BS 146.

166 Estudo Relacional da Bíblia


PARA DISCUTIR:
1. Existe algo errado em ter pena do outro?
2. Como eu posso fazer o bem sem esperar nada em troca?
3. Você acha que o egoísmo do ser humano o impede de ser solidá-
rio? Por quê?
4. Já houve alguma situação em que você quis ajudar a alguém, mas
teve medo?
5. Como seria o mundo se nós fôssemos mais generosos e compar-
tilhássemos mais?

Conclusão - Apelo
A pergunta que se faz neste momento é: O que você tem em suas mãos? O
que tiver, use e o Senhor irá abençoar de tal maneira que outras vidas serão al-
cançadas através de você. Deus deseja nos usar como instrumentos de bênçãos
na vida daqueles que estão ao nosso redor. Se entregue ao Senhor e o milagre
acontecerá hoje!

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Isaías 58:10
Matheus 14:13-21
Lucas 8: 43-48
Atos 3:4-6

Andreza Florêncio Gomes


Professora Associação Pernambucana

Pequenos Grupos 167


51 Sexta-feira, 22 de dezembro

Solidariedade:
amor em ação
“Quem tiver duas túnicas, reparta com quem
não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo.”
Lucas 3:11

S
olidariedade é o substantivo feminino que indica a qualidade de solidário
e um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros.
Tem origem no francês “solidarité” que também pode remeter para uma
responsabilidade recíproca.
Em muitos casos, a solidariedade não significa apenas reconhecer a situação
delicada de uma pessoa ou grupo social, mas também consiste no ato de ajudar
essas pessoas desamparadas.
Ser solidário consiste, não em receber, mas em dar, independente de raça, cor,
status, credo e do sentimento de compaixão.

Você tem sido “termostato ou termômetro”?


Talvez você pergunte: Qual é a diferença entre estes dois termos e qual deles
me representa? É simples, termômetros apenas registram a temperatura (quente ou
fria). Eles refletem apenas o ambiente. São indicadores, não agentes ativos. Registra a
febre dizendo que estou doente, mas ele mesmo não pode fazer nada para propiciar
a cura. Pessoas termômetros são assim: registram o ambiente; isso é tudo.
Os termostatos também registram a temperatura ambiente, mas eles não se
limitam a isso. Trabalham para a mudança do ambiente, a fim de melhorá-lo. Assim,
são as pessoas termostatos: elas registram a temperatura, descobrem as necessi-
dades especificas e, então, avançam melhorando o ambiente. São agentes de mu-
dança. Concordo com Martin Luther King quando disse: “Devemos ser o termosta-
to da sociedade em vez de seu termômetro. ”

As duas palavras, (termômetro e termostato), soam de maneira semelhante,


mas cada um deles desempenha uma tarefa diferente. A diferença principal entre os
dois é a conexão. De igual forma, o grande diferencial entre as pessoas termômetro
ou termostato é se, de fato, estão conectadas. Elas devem estar conectadas a Deus,
desejando, ao mesmo tempo, estar conectadas às pessoas em sua comunidade.
Elas trabalham com a comunidade a fim de melhorá-la, satisfazer-lhe as necessida-
des e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

168 Estudo Relacional da Bíblia


Os indivíduos termostatos creem piamente na declaração de Jesus em João
10:10, tentando reger suas vidas dessa forma: “eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância. ” Há quem considere João 10:10 como a síntese da men-
sagem adventista. Nesse verso, Cristo está preocupado com a qualidade da vida
humana – com sua vida, nesse momento, e não apenas na eternidade. Se o próprio
Jesus está preocupado com isso, não deveríamos estar também? John Andrews
já dizia: “encontre um campo de trabalho, peça a ajuda de Deus, pegue o paletó
e ataque o trabalho. ” Que trabalho? O trabalho de mudar o mundo por amor à
paixão de Deus pelo perdido, por aquele que sofre a devastação provocada pelo
pecado em sua vida.

Com a ajuda de Deus, podemos nos levantar e nos unir à comunidade, dando
ocasião à manutenção da vida de seus habitantes, em vez de apenas nos resignar e
lamentar a respeito da situação degradante que os cerca. Certamente, podemos ser
como termostato quando conectados a Deus, cheios do poder do Espírito Santo.
No livro Parábolas de Jesus na página 363 temos esta certeza: “se nos entregar-
mos completamente a Deus, e seguirmos Sua direção em nosso trabalho, Ele mes-
mo Se responsabilizará pelo cumprimento. Não quer que nos entreguemos a con-
jecturas sobre o êxito de nossos esforços honestos. Nem uma vez devemos pensar
em fracasso. Devemos cooperar com aquele que não conhece fracasso. ” Talvez
Deus não lhe peça para construir lares com cimento e tijolos. Porém, Ele nos chama
para construir e restaurar nossas comunidades mediante o serviço abnegado em
nome de Jesus. Ele pode abençoar e multiplicar até mesmo as “pequenas coisas”
que fazemos. Você e eu estamos dispostos a nos associar a Deus a fim de melhorar
o ambiente atual no qual estamos inseridos? Servir a comunidade com altruísmo,
em nome de Jesus, isso é evangelismo!

A menos que haja sacrifício pelo bem de outros, no


círculo da família, na vizinhança, na igreja e onde quer
que estejamos, não seremos cristãos, seja qual for a
nossa profissão, (...) Ao vermos seres humanos em aflição,
seja devido ao infortúnio, seja por causa do pecado, não
digamos nunca: Não tenho nada com isso.
Desejado de Todas as Nações, (edição de 1979), p. 484.

Pequenos Grupos 169


PARA DISCUTIR:
1. Seu relacionamento diário com Deus tem, de alguma maneira,
despertado em você o desejo de fazer algo pelo próximo?
2. O que tem impedido os jovens de se envolverem em trabalhos
sociais?
3. Cite alguns projetos solidários que deveríamos desenvolver a cur-
to e médio prazo.
4. Existe alguma relação entre projetos solidários e dons espirituais?
Comente.
5. Quais são os benefícios para os membros da igreja quando estão
envolvidos no bem-estar da comunidade?

Conclusão – Apelo
Deus nos chama para darmos as mãos e reerguer nossas comunidades com
altruísmo e amor desinteressados. Estamos dispostos a nos unir com Deus para
melhorarmos o nosso ambiente atual? Será que sonhamos tão alto que, a não ser
pela intervenção divina, não iremos concretizar nada? Jesus estava envolvido nos
“negócios” de Seu Pai com o objetivo de “destruir as obras do Diabo” (I João 3:8).
Nós como discípulos, estamos envolvidos nos “negócios do pai, ” para desfazer o
que o inimigo tem feito? Isso requer que sejamos propositais. Não é suficiente nos
acomodar, registrar ou lamentar a situação vigente. Não peça a Deus para guiar
seus passos se você não estiver disposto a caminhar. Não é suficiente concordar
com o sermão dizendo “amém, ” se ele não afeta as nossas mãos. Que a nossa
oração seja: “Senhor, torna cada um de nós um termostato. Hoje, e a cada dia, ao
passo que nos associamos a Ti com sinceridade, e a nossa comunidade, para con-
sertarmos e restaurarmos a vida daqueles que nos cercam. ”

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Lucas 3:11; João 10:10 e I João 3:8

Pr. Josimar Martins


Distrital Associação Pernambucana

170 Estudo Relacional da Bíblia


52 Sexta-feira, 29 de dezembro

GPS da
relevância
“Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui
os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.” Lucas 14:21

S
e sua igreja fosse arrancada do bairro ou se seu PG fechasse as portas, os
vizinhos sentiriam falta? Sou relevante ou não? Eis o grande drama de qual-
quer pessoa que deseja ser levado a sério. Como igreja ou mesmo em Pe-
quenos Grupos, precisamos fazer esse questionamento e sermos impulsionados a
sermos a diferença.
Se você faz pouco caso de que o mundo saiba da sua existência ou se nem pa-
rou um dia para pensar sobre o assunto, é possível que nunca tenha compreendido
verdadeiramente o que é, para que serve e qual a abrangência do Evangelho de
Jesus Cristo.
Quando compreendemos o Evangelho, percebemos a necessidade gritante de
impactar os que nos cercam e de ser visto como relevante a fim de cumprirmos a
ordem do mestre: “Para que fique cheia a Minha casa” (Lc14:23)

O Mapa do Evangelho
Quando Cristo deu Suas últimas instruções sobre a pregação das Boas Novas,
foi bem incisivo quanto à geografia da missão. Ele disse: “e sereis Minhas teste-
munhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da
terra” (At1:8).
O mundo é muito grande e nós somos muito pequenos, porém aí está o GPS da
Relevância, uma projeção dinâmica para impactar o mundo com a graça salvadora.
A perspectiva de movimentação de Cristo para fazer a diferença no mundo não
contempla saltos, ela trabalha inversamente proporcional ao que estamos acostu-
mados a idealizar. Quem nunca pensou em salvar pessoas do outro lado do mundo
que não conhecem a Jesus, quem nunca sonhou em caminhar sobre os passos do
Mestre e fazer a diferença?
O que muitos não percebem é que a mensagem que chegou a nós percorreu
primeiro os corredores de Jerusalém, depois pela Judeia e Samaria para, só então
espalhar-se pelos confins.

Pequenos Grupos 171


Nossa própria Jerusalém
O mandato de Cristo é que impactemos nossa comunidade imediata: família,
vizinhos e amigos.
Os vizinhos de nossas igrejas mal conhecem os membros e fazem pouquíssima
ideia do que acontece dentro de nossas paredes. No entanto, a culpa não é deles, so-
mos naturalmente um grupo fechado. Para eles, nossa linguagem é esquisita, nossos
costumes são sinistros, nossas roupas, penteados e afins são repelentes naturais.
Estamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe, separados por um abismo que
só aumentamos quando sonhamos em ganhar o resto do mundo. Precisamos cons-
truir pontes sobre este abismo, utilizando a Cruz de Cristo e avançar priorizando os
que estão a nossa volta. Afinal, "a seara é grande e os trabalhadores são poucos"
(Lc10:2), mas esses trabalhadores não precisam morar distantes dos campos.

Construindo Pontes
Uma ponte tem a finalidade específica de ligar dois pontos antes separados
atendendo as necessidades dos que a utilizam. É imprescindível que os constru-
tores de pontes conheçam essas necessidades. Só é possível ser relevante numa
comunidade se ela for assistida naquilo que precisa.
Esse foi o método de Cristo: “Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às
necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” (CBV143)
Essa é a melhor forma de construir pontes. O problema é que estamos tão preo-
cupados com nossas necessidades, que não nos sobra tempo para pensarmos nas
necessidades alheias.
Diminuir as distâncias, criar pontes e atrair mais pessoas para perto do Evan-
gelho precisam ser as principais atividades de qualquer Igreja, Pequeno Grupo e
indivíduo.

Podemos encontrar entre os nossos vizinhos, sofredores e


desafortunados de todas as classes, e quando suas necessidades
são trazidas ao nosso conhecimento, é nossa obrigação aliviá-
las em tudo o que for possível. Seria bom que cada seguidor
de Cristo aprendesse a lição apresentada na parábola (O
Bom Samaritano). Devemos em primeiro lugar satisfazer as
necessidades materiais do indivíduo e aliviar-lhe as necessidades
e sofrimentos físicos e então encontraremos uma avenida aberta
ao coração, onde poderemos plantar as boas sementes da
virtude e religião. (Beneficência Social 88,89)

172 Estudo Relacional da Bíblia


PARA DISCUTIR:
1. Como o movimento missionário no PG pode nos aproximar de
Deus?
2. Como o movimento missionário no PG pode nos aproximar uns dos
outros?
3. Que ações poderiam ser feitas em sua vizinhança para que você
seja notado como servo de Cristo?
4. Com caneta e papel, façam um levantamento rápido das necessida-
des da comunidade que cercam seu PG.
5. No mesmo papel, façam um levantamento rápido dos talentos e
dons dos membros do PG que podem ser usados para atender as
demandas da Seara e comecem a montar um plano de ação.

Conclusão - Apelo
Temos a missão de impactar o mundo com o evangelho de Jesus Cristo. Com o
GPS da relevância na mão, entendemos que a seara imediata é nossa vizinhança,
tanto da igreja, quanto do PG e também em nossa casa. Assim, precisamos cons-
truir pontes que atendam a necessidade de nossa seara.
Os professores de nossas igrejas podem abrir cursos preparatórios para o
ENEM; outros podem dá consultoria jurídica; cursos de arte culinária; artes manu-
ais; escolinhas de futebol; aulas de música; distribuição de sopa; entre outras tantas
atividades que podem ser determinadas por uma pesquisa na comunidade.
Uma coisa está clara: Precisamos ser relevantes, as ações serão determinadas
pela demanda e a partir dos talentos distribuídos entre os crentes pelo poder do
Espírito Santo.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO


Lucas 14:21
Lucas 14:23
Atos 1:8
Lucas 10:2

Pr. André Uziel, distrital Missão Nordeste

Pequenos Grupos 173


174
Estudo Relacional da Bíblia
ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º

1. Quantos estudaram diariamente a Lição da Escola Sabatina?

2. Quantos realizaram o culto familiar?

Comunhão
3. Quantos estão lendo algum livro do Espírito de Profecia

1. Quantos realizaram visitas aos membros?

2. Quantos participaram de encontros sociais do pequeno grupo (passeio, almoço,

Relacionamento
etc.)?

1. Quantos estudos bíblicos estão sendo dados?

2. Quantos visitantes estiveram presentes na última reunião do Pequeno Grupo?

Missão
3. Quantos estão envolvidos em Ministérios?
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Pequenos Grupos 175


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176 Estudo Relacional da Bíblia


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Pequenos Grupos 177


178 Estudo Relacional da Bíblia

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