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Resumos de História B- 2ºteste 11ºano:

A Grande Depressão e o seu impacto social:

Após a 1ª Guerra Mundial, a América tornou-se a principal potência mundial, visto


que a Europa encontrando-se numa situação devastadora perdeu aos poucos a sua
hegemonia. Desta maneira, o capitalismo instalou-se basicamente em todo o mundo.
A Europa dependia economicamente dos EUA, pois eram estes quem lhe fornecia
apoios financeiros para esta conseguir recuperar após a guerra. Dado que o
continente europeu tinha o apoio dos EUA, este aos poucos conseguio desenvolver e
recuperar a sua situação económica. Desta maneira, a Europa passa a importar
menos produtos vindos da América, mas sem que esta se apercebesse e continuasse
a aumentar a produção. Foi desta forma que chegando a 1929 os EUA confrontam-se
com uma grave crise de superprodução fazendo com que o dólar perde-se o seu
valor por completo e com que todas as ações fossem postas à venda pelos
empresários a preços ridículos, visto que eram bastante baixos em relação ao valor
real destas mesmas. Vivia-se então num clima de Grande Depressão.

Obviamente que seguiram-se graves consequências: um grande número de bancos


faliram, o desemprego instalou-se, a produção industrial contraiu-se, os preços
baixaram drasticamente, as fábricas fecharam, a agricultura foi destruída, houve a
subidas das taxas de juros, instalou-se a miséria total por todo o território
americano. Os salários sofreram um corte drástico.

Contudo a grande depressão não atingiu apenas os EUA, tendo em conta que um
grande número de países dependia da economia destes. A grande deflação
expandiu-se por todo o mundo e todos os países (devedores) viram-se aflitos ao
devolverem as dívidas que tinham para com os americanos (credores) visto que

estes aumentaram os impostos. Todo este acontecimento ficou conhecido como o


Crash da Wall Street (24 de Outubro de 1929) "Quinta-feira negra", pois foi lá que a
catástrofe económica teve o seu início.

Os investidores ficaram em pânico, os acionistas tentaram vender as suas ações e


mesmo que estas tenham baixado o preço vigorosamente ninguém as comprou.

A Bolsa entrou em rutura: iniciando-se um período de depressão económica


(acumulação de mercadorias, os preços de produtos e bens diminuíram, bancos e
empresas faliram) originando uma conjuntura de deflação).

A mundialização da crise:

Como os países europeus eram dependentes dos EUA, estes rapidamente sofreram
com a crise, havendo uma mundialização (ou prolongamento) da crise. A Alemanha,
a Inglaterra e a Áustria foram os mais afetados. Os bancos faliram, o crédito foi
cortado originando a falência das empresas. A desvalorização da moeda e a inflação
estavam presentes em quase todos os países dificultando as relações comerciais.
Isto aconteceu devido à retirada dos capitais americanos da Europa. As colónias
foram igualmente afetadas porque não havendo exportações nem importações, não
vale a pena produzir.

A crise económica tornou-se crise social e política:

Com o aumento da crise os problemas sociais surgiram; estes eram o desemprego,


manifestações e greves. Todas as classes estavam descontentes e reivindicavam a
intervenção do Estado.

Esta crise trouxe ao de cima as fraquezas do capitalismo e da democracia liberal:

Comunistas: como achavam que o capitalismo iria cair, ficaram contentes com esta
crise e aproveitaram para intensificar a luta de classes.

Socialistas: defendiam que para combater a crise eram necessárias medidas


profundas, originando uma socialização da economia.

Outros: diziam que um Estado forte com um chefe forte salvaria os países.

A crise vinha pôr em causa o capitalismo liberal e o parlamentarismo.

As opções totalitárias:
Os fascismos: teoria e práticas: uma nova ordem nacionalista,
antileberal e antissocialista:

Entre a primeira guerra mundial e a segunda, a vida política da Europa foi


caracterizada por um surgimento do totalitarismos (regime político no qual o poder
se concentra só no estado, que tem o controlo da vida social e individual opondo-se
à liberdade). Vários fatores contribuíram para a sua implantação:

- A crise económica e social (“Grande Depressão”);

- O ressentimento resultante da humilhação provocada pela derrota na


guerra ou por uma vitória sem recompensas;

- O receio do avanço no comunismo (no caso dos regimes de direita);

- A fragilidade das democracias liberais.

Assim o otimismo que se vivia na época foi subestituido pelo pessismo devido ao
antiparlamentarismo, ao irracionalismo, ao nacionalismo agressivo e à defesa de
soluções violentas e ditatoriais para os problemas colocados na crise.

Assim, movimentos políticos submeteram/dominaram o povo a um Estado


totalitário e esmagador.
Na Rússia Soviética, o totalitarismo adquiriu uma carácter revolucionário: nasceu da
aplicação do marxismo-leninismo e culminou no estalinismo;

Fascismo (1922-1945) Sistema político instaurado por Benito Mussolini na Itália, em


1922. Acaba com as liberdades individuais, defende a supremacia do Estado, e é
profundamente totalitário e autoritário, ou seja, anti-democrático e anti-socialista. O
termo fascismo também pode ser aplicado a todos os regimes autoritários de direita
que se seguiram ao fascismo italiano (como o nazismo).

1921- Fundação do Partido Nacional Fascista, por Benito Mussolini


1922- Marcha sobre Roma de 50mil partidários de Mussuline (“camisas Negras”). o
Rei convidou Mussulini a formar governo
1924- O Partido Nacinal Fascista obteve maioria absoluta em eleições
1925- Exestência de um único partido, da censura e da polícia política
Decadas de 30 (sec XX)- Reação à Grande Depressão através da contrução de
grandes obras públicas
Nazismo (1933-1945) Sistema político imposto na Alemanha, criado por Adolf Hitler.
Tem os mesmos princípios que o fascismo, acrescenta-se, porém, o racismo e
anti-semitismo que foi praticado de forma violentíssima. Proclamou a superioridade
da raça alemã, negando completamenteoutras etnias (daí as perseguições aos
judeus).

1919- Fundação do Partido Nacinal Socialista, por Adolf Hitler


1923- Organização de um golpe de Estado po Hitler, mas falhou e foi preso e escreve
um livro onde apresenta as ideologias nazis
1932- O Partido Naconal Nazi teve 37.4% dos votos
1933- O presidente Hindenburg convidou Hitler para chanceler (chefe do Governo)

O fascismo, teoria e prática: elites e enquadramento de massas:

Para além do seu carácter totilitário, o fascismo desenvolveu outras características:

1) Antiparlamentarismo: O fascismo afirmava a desigualdade, por isso proíbia o


sufrágio universal (eleições) (todos podem votar) que confere igualdade política a
todos os cidadãos.

2) Existência de um Partido Único.

3) Culto ao Chefe: separação de poderes deixa de existir, centralizando-se na figura


de um líder inquestionável que representa a Nação

4) Superioridade que reconhecia e atribuía às suas elites: Estas elites eram


preparadas desde a infância pela forte propaganda levada a cabo pelo regime nas
escolas: controlo dos programas e dos professores, criação de associações infantis e
juvenis que integravam atividades recreativas, desportivas e paramilitares, através
das quais os jovens eram doutrinados na ideologia do regime

5) Racismo
Os fascismos, teoria e prática: o culto da força e da violência e a
negação dos direitos humanos:

No Nazismo nasceu o mito da raça superior, a raça alemã pura ou os alemães de tipo
ariano.

O fascismo com carácter autoritário, elitista e antidemocrático pretendia a adesão


das massas e o apoio popular, mas de uma forma pacifica e obdiente (
enquadramento das massas). Para isso os regimes fascistas impeseram uma imagem
de poder, de força, de trabalho e de ordem através:

1) Das propagandas como: a rádio, a impresa, os espetáculos, a arte e o desporto

2) DO cunho militarista do governo e do partido unico (os chefes apareciam ao


público de farda milita, impondo respeito e ordem)

3) Grandes Comícios e festejos oficiais ou as gigantescas paradas militares,


destinadas a cativar emocionalmente o cidadão

4) A inscrição de todos os trabalhadores nos sindicatos fascistas, isto era obrigatório


pois os sindicatos livres foram extintos e proibidos. A defesa dos interesses dos
trabalhadores estava a carga do partido único que se encarregava de colocar os
direitos dos trabalhadores iguais aos dos patrões

5) Censura e Polícia Política como: O.V.R.A (Organização de Vigilância e Repressão


do Antifascismo) na Itália e Gestapo na Alemanha

6)Milícias armadas: grupos armados que aterrorizavam qualquer forma de oposição


política como as S.A (Secção de Assalto) e as S.S. (Secções de Segurança do Partido)
na Alemanha; as Camisas Negras do Partido Nacional Fascista na Itália

7)Campos de concentração: criados na Alemanha, em 1933, eram locais onde as


vítimas do regime fascista eram sujeitas a trabalhos forçados, tortura e ao
extermínio em câmaras de gás.

Os fascismos, teoria e prática: a autarcia como modelo económico; o


corporativismo italiano:

O Facismo italiano era anti-individualista e antimarxista, tendo inovado na


regulamentação da ligação capital-trabalho e as relações socioeconómicas. Aceitava
a propriedade privada, porém rejeitava o individualismo liberal, organizando as
diferentes profissões em coorporações e admitia dois sindicatos: um dos patrões e
outro dos operários. O Governo proibiu as greves e os lock-outs e submeteu as
relações entre sindicatos da mesma corporação à arbitragem do estado de modo a
incentivar a justiça social e a progredir a economia nacional. Deste modo, o estado
deveria assumir o controlo de toda a economia e deveria ser autossuficiente. O êxito
do corporativismo levou à trasformação dos sindicatos fascistas em sindicatos
unificados de patrões se empregados- corporações mistas. O estado tornou-se um
Estado corporativo quando a câmara dos deputados foi substituída por uma câmara
composta por altos representantes do partido e representantes das corporações
mistas.

O racismo Nazi:

O nazismo estabeleceu o racismo como a política do Estado. Este racismo tinha


como bases a convicção da superioridade da raça ariana. Esta teoria foi celebrizada
por Hitler, que procurou outras teorias científicas para formar a sua.

Como para Hitler a raça ariana era superior, este orientou a sua politica no sentido
da conquista do «espaço vital» (território sobre a governação de algo/alguém) e da
unificação de todos os alemães num único espaço.

As suas medidas foram a defesa das qualidades da raça alemã e o seu apuramento
progressivo: escolhas dos melhores genes e eliminação dos maus. Isto resultou no
cruzamento genético entre pessoas com genes «puros», levou à proibição de
casamentos mistos, à esterilização obrigatória dos alemães degenerados e morte de
crianças deficientes ou em estado terminal e a discriminação das outras raças: todas
as raças que não fossem arianas eram consideradas inferiores (judeus,
essencialmente).

O povo alemão estava convicto de que os judeus eram uma raça a erradicar e
implantaram o antissemitismo (perseguição aos judeus). Isto incentivou a população
a fazer de tudo para não deixar que os judeus enriquecessem e pudessem interferir
com as suas políticas, assim como, tentar acabar com esta raça.

Os judeus tinham que estar identificados com uma estrela amarela e foram
mandados para guetos (Polónia e Holanda) ou para campos de concentração. A
morte dos judeus era considerada a solução final para o problema judaico na
Alemanha, sendo esta exterminação denominada por genocídio.

O estalinismo: planificação da economia, coletivização dos campos,


burocratização do partido; repressão:

Depois da morte de Lenine, causou-se um vazio político e ideológico na Rússia.


Estaline assumiu o seu lugar tendo exercido vários cargos ao mesmo tempo( os
cargos de Comissário das Nacionalidades). Afastando os seus opositores, usando
como armas a autoridade dos cargos e o poder que detinha dentro do partido,
conseguiu com que a sua popularidade aumentasse.

Travou uma "luta" com Trostski, seu opositor, e através das purgas (operações de
limpeza ideológicas para eliminação de provas de práticas duvidosas dentro do
partido) "eliminou" variados adversários.

Estaline tornou-se o representante dos ideais comunistas no Mundo e associou-as


ao seu trabalho a fé e espírito de sacrifício dos bolcheviques. O seu governo teve
medidas importantes para a história mundial:

-concretização social e económica da revolução comunista, fazendo com que a URSS


se elevasse entre as nações industrializadas;

-alargou a solidariedade entre as nações soviéticas;

- tornou-se chefe do socialismo;

-edificou a "máquina" burocrática a administrativa do Estado soviético através de um


cariz totalitário.

(Continuação...):

Durante a vigência do regime estalinista, a economia soviética assentou em dois


deputados: a coletivização de todos os meios de produção, abolindo toda e qualquer
propriedade privada, e a planificação da economia.

Assim, tudo passava a ser do Estado. Nos campos, as terras foram organizadas em
cooperativas – kolkhozes – que eram trabalhadas pelos habitantes da mesma aldeia,
o que levou muitas vezes á oposição dos lavradores, que chegaram a abater o gado
para não o entregar aos kolkhozes.

Estaline tomou medidas mais rígidas:

-Para o comércio: organizaram-se cooperativas de consumo e armazéns estatais.

-Para o comércio: planos quinquenais(cinco anos) que estabelecia objetivos, onde se


estabeleciam, de modo rigoroso, os objetivos a atingir em cada etapa de
crescimento. Esta organização levou a uma planificação centralizada de toda a
economia sob autoridade do Estado.

O centralismo económico estalinista correspondia a um centralismo político,


através do poder e da burocratização crescente do partido único., com vista a
representar o proletariado. Surgiu então duas linhas de atuação política:

-linha democrática: em que havia sufrágio universal e instituía órgãos do poder


político e administrativo de acordo com a maioria;

-linha autoritária: centralizadora e repressiva que obrigava todos os órgãos a


obedecer à hierarquização – centralismo democrático.
A resistência das democracias liberais:

Nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra os partidos opuseram-se ao


totalitarismo, apostando num governo intervencionista que combatesse as causas da
crise, de forma a atenuar os seus efeitos e a evitar um ambiente propício
para contestações politicas.

O intervencionismo do Estado:

Após a depressão dos anos 30, caracterizada por crises cíclicas, John Keynes, um
economista britânico, defendeu a necessidade do estado intervir na economia, de
forma a combater as desigualdades sociais e a travar as consequências das crises
cíclicas. Assim, John defendeu a adoção de uma inflação controlada em que os lucros
gerados pelas empresas iriam aumentar a procura e a produção que, por sua vez,
criava novos postos de trabalho que contribuíam para melhorar as condições de vida
da população, que passa a ter mais oportunidades de emprego e mais poder de
compra, o que estimulava a economia do país. Neste contexto, o Estado teria um
papel importante, uma vez que teria a função de adotar políticas de investimento
e de desenvolvimento das empresas e também iria controlar os preços, os salários e
as condições de trabalho.

Os Estados Unidos, com Roosevelt na presidência, adotaram o New Deal, que


consistiu num conjunto de medidas que tinham como objetivos ultrapassar as
consequências da grande depressão e garantir uma melhor qualidade de vida à
população.

Na primeira fase, as medidas tomadas tinham como propósito ultrapassar as


consequências da grande depressão, relançando a economia. Assim combateu o
desemprego, através do lançamento de grandes obras públicas (pontes, barragens,
centrais elétricas, caminhos de ferro, escolas, hospitais...), assumidas pelo Estado, as
quais, por sua vez, lançaram infraestruturas necessárias ao desenvolvimento
económico; numerosos novos postos de trabalho; contribuindo para a diminuição da
miséria social e para o aumento do consumo interno.

O intervencionismo do Estado ,teve repercussões, muitos países iniciaram as


primeiras medidas efetivas de: proteção ao trabalho, apaziguando as reivindicações
sindicais e de assistência e segurança social, melhorando a qualidade de vida dos
trabalhadores.

A Inglaterra adotou estas mesmas medidas como também criou: os subsídios de


desemprego, de viuvez, de orfandade e de velhice e promulgou legislação sobre
habitação social, acompanhada da construção de bairros de renda económica,
equipados com água, instalações sanitárias e eletricidade.

Para além disso houve um dirigismo económico moderado, que promoveu o


desenvolvimento agrícola e o crescimento industrial , através de créditos
bonificados, incentivo do consumo dos produtos nacionais, reativando o comercio
colonial.

A França aplica medidas inspiradas nas ideias da New Deal, a Suécia e a Noruega
tomaram medidas intervencionais, acompanhadas de reformas económicas e sociais.
Os governos de Frente Popular e a mobilização dos cidadãos:

Em França os governos de direita tomaram medidas para ultrapassar a depressão


económica, tais como: reduzir os salários e a despesa pública e as importações
sofreram uma baixa significativa. Porém estas medidas nao resultaram e aumentou a
contestação social.

Com este clima de instabilidade, os partidos de esquerda uniram-se formando a


Frente Popular, constituída pelo Partido Comunista, pelo Partido Socialista e pelos
Radicais. Em 1936, a Frente Popular vence em França, chefiada pelo socialista Leon
Blum.

Este governo tomou medidas favoráveis aos trabalhadores, como:

- Aumentou os salários

- Reduziu a semana de trabalho para 40 horas

- Instituiu um período de férias pagas

- Nacionalizou as indústrias de armamento e os caminhos de ferro

Contudo, a economia francesa nao conseguia suportar estas medidas, obrigando o


governo a desvalorizar a moeda.

Em Espanha também venceu a Frente Popular, em 1936, composta por partidos de


esquerda e sindicatos operários, consequentemente houve um crescimento do
grupo fascista Falange, criado em 1933.

A Legislação incluía várias medidas de auxílio social, como:

- aumento dos salários

-. promulgação do direito à greve

Mas uma aliança de forças conservadoras , a Frente Nacional, provocou a Guerra


Civil de Espanhola (1936 a 1939) da qual saíu vencedora, colocando no poder
Francisco Franco, que instaurou um governo ditatorial, fascizante e corporativo.

A dimensão social e política da cultura:


A cultura de massas:

A cultura de massas passou, a ser uma "industria cultural" que transformou uma
vasta gama de bens em consumíveis. Destinada, essencialmente, à ocupação de
tempos livres das grandes massas, foi criada para compensar as multidões
trabalhadoras, em especial, da monotonia e da solidão próprias das sociedades
desenvolvidas
Características da cultura de massas:

- Multifacetada, quer nos conteúdos, quer nas formas, é de duração efémera(curta);

- Aborda os temas de forma superficial;

- Tende a formar “um tipo de pessoa média”, através de modelos de


comportamento, atitudes, valores, crenças com vista à sua integração passiva no
sistema político, económico e social vigente;

-É pensada e elaborada para ser transmitida às grandes massas na forma de bens de


consumo culturais;

-Direcionar-se para o "culto da novidade", para a fuga aos problemas do quotidiano,


num claro desejo de evasão (escapadela/fuga):

-Recorre à publicidade e à propaganda com uma dupla função:

-económica-> procurar incluir necessidades de consumo

- sociocultural-> procurar impor códigos de comportamentos e de valores

-Ser difundida pelos mass media, como radio, jornais e cinema.

Os grandes entretenimentos coletivos:

A musica: surgiram novos estilos de musica, como o jazz e o samba, com o apoio das
musicas surgiram novos tipos de dança como swing e o lambeth walk.

O desporto: Influenciado pelos media, o desporto internacionaliza-se e torna-se um


fenómeno de massas destacando: boxe, futebol e ciclismo que adquirem grande
popularidade e que são desportos por ser um meio de ascensão para os mais
pobres. Outras novas modalidades foram se afirmando como o ténis de mesa, o
esqui, o montanhismo e a natação.

O desporto de massa satisfaz o desejo de ascensão social. Os atletas são de uma


forma geral oriundos de meios pobres e que ao atingirem a fama e riqueza são alvo
de fascínio das multidões.

O desporto serve ainda para libertar as tensões acumuladas no dia a dia.

Em 1936, os Jogos Olímpicos realizaram-se em Berlim e Adolf Hitler tentou


manipulá-los através de propaganda das suas ideias racistas. Por ironia do destino, o
grande heroí desses jogos foi um atleta negro.

Além da ocupação dos tempos livres, a cultura de massas assume outras funções
importantes: proporciona caminhos de evasão da rotina diária, dura e desgastante;
incute valores e homogeneíza comportamentos, contribuindo para a coesão do
grupo social.
Os media, veículos de evasão e de modelos socioculturais:

A imprensa, a rádio e o cinema foram os mais importantes meios de comunicação da


primeira metade do século XX.

Imprensa: O progresso económico aliado à generalização do ensino criaram


condições favoráveis à leitura. A liberdade de expressão trazida pelo liberalismo e o
desenvolvimento do comboio são alguns dos fatores que explicam a grande difusão
dos jornais no seculo XX. O livro torna-se um produto de consumo popular.

Rádio: Em 1896, abriu o caminho a radio que se torna, entre duas guerras, o mais
popular dos meios de comunicação e o mais influente. Foi muito importante durante
a 2ª Guerra Mundial, na política e na formação da opinião pública.

Cinema: Surgiu em França pelos irmãos Lumière.

Qualquer que fosse o género cinematográfico – drama, aventura, musicais, ação, etc.
– conduzia o espectador a uma outra dimensão. O homem vulgar era transportado a
um mundo de sonhos, identificando-se com as personagens e permitindo que se
evadissem da sua própria vida.

Assim, o cinema era e é considerado uma “fábrica de ilusões”.

A literatura: Na primeira metade do século XX, sugiram tambem escritores que,


aproveitando o gosto das grandes massas por um género de literatura de
"suspense", difundiram a novela politica.

A banda desenhada: Representou também um género com grande popularidade. A


"historia aos quadradinhos" tornou-se um sucesso mundial. Por exemplo a Walt
Disney.

O caso português: Em Portugal, a evolução da imprensa ocorreu no século XIX, com


o aparecimento dos diários Jornal do Comércio em Lisboa e o Comércio do Porto.

Portugal também conheceu o cinema mudo nos finais do século XIX. O cinema mudo
português acabou por conhecer grande sucesso, em especial com os filmes Maria do
Mar de Manoel de Oliveira. Leitão de Barros foi o pioneiro do cinema sonoro.
As preocupações socias na literatura e na arte:

No período entre as duas guerras, a literatura torna-se combativa e interventiva a


nível social, manifestando-se na reação contra divinização do Estado, o sentimento
da miséria humana, fruto de forças desumanas e todo-poderosas.

As personagens são tipos sociais, uma vez que se considera que a literatura tem uma
missão social a cumprir. Destacamos o dramaturgo alemão Bertolt Brecht, francês
André Maldraux e o inglês Aldus Huxley. Em Portugal, além dos atores Alquilino
Ribeiro, Ferreira de Castro, destacam-se também Alves Redol etc.

Funcionalismo e o Urbanismo:

A 2ª Revolução Industrial, no século XIX, abriu portas á inovação, introduzindo nos


edifícios fabris o ferro, o aço, o betão e o vidro, chamando a atenção para a
construção de habitações de qualidade. Numa Europa destruída, a cidade tem agora
um aspetos funcional: um organismo produtivo, social, politico, tecnológico e tem
em conta a higiene social. A imagem do arquiteto iria mudar: antes de ser
construtor tem de ser urbanista. A adaptação do edifício aos fins a que se
destinava deu origem ao Funcionalismo ou arte funcional, que apresentou duas
vertentes: funcionalismo racionalistas e o funcionalismo orgânico.

Características do Funcionalismo:

-prioridade do planeamento urbanístico sobre o projeto arquitetónico;

-a rendibilização do terreno para a construção habitacional, procurando conciliar a


quantidade com a qualidade;

-a racionalidade das formas arquitetónicas;

-o recurso á tecnologia industrial, á estandardização e a pré-fabricação em série, ou


seja, progressiva industrialização da produção de objetos da vida diária (design
industrial);

-a conceção da arquitetura e da produção da arquitetura e da produção industrial


qualificada como condicionantes do progresso social e da educação democrática da
comunidade.

Para Le Corbusier, arquiteto e pintor suíço radicado em França, a arquitetura é o


ponto de encontro entre a atividade do engenheiro e a poesia plástica do escultor.

Na Alemanha surgiu um movimento de renovação arquitetónica na famosa escola


Bauhaus.
A Difusão do Funcionalismo:

A Bauhaus deu um grande contributo para o nascimento de um arte funcional, ao


serviço das massas, assumindo novos ideais e novas esperanças, contudo, quando o
regime nazi ascendeu ao poder a Bauhaus foi encerrada.

Paralelamente ao funcionalismo racionalistas, o funcionalismo orgânico , de Wright,


defendia que a construção deveria partir de dentro para fora.

Oscar Neimeyer, rompeu com o ângulo reto preconizado por Ler Corbusier, para
adotar a linha curva do barroco.

Em 1930, surgiu na Rússia o realismo socialista, movimento literário e artístico


pouco fiel ás características iniciais do realismo, em 1834 é adotado pelo Comité
Central do PUSC como estilo oficial ao serviço da ideologia.

A cultura e o desporto ao serviço dos estados:

A integração ativa das populações no desenvolvimento económico e no progresso


social do país passou a constituir cada vez mair preocupação dos Estados. Deste
modo a cultura, o ensino, o desporto e os meios de comunicação de massas
(impresa, rádio, cinema...) eram postos aos serviços dos Estados. Uma maior
escolaridade correspondia a um melhor nível de vida e a uma maior realização
pessoal, e o Estado tambem, através da alfabetização e da educação profissional,
obteria uma mão de obra mais qualificada.

Em Portugal, na 1ª República registou-se um grande esforço de alfabetização, e mais


trade no Estado Novo o nivel de alfabetização aumentou numerosamente, mas
apenas iam à escola as pessoas com posses.

No salazarismo, apesar de alguns setores do Estado defenderem a inutilidade de


alfabetizar os camponeses, outros defendiam a alfabetização, embora esta devesse
ser feita em moldes legitimadores do regime (ou seja, os alunos só podiam estudar
um livro imposto por salazar), sendo um instrumento de inculcação de valores
(principalmente o respeito) e de imposição de uma nova disciplina social, na cultura
e no desporto. Os programas, os livros, os professores e os diretores das escolas,
eram rigorosamnete controlados, o mesmo se aplicava aos alunos que eram na
Mocidade Portuguesa, esta organização visava sobretudo a mentalização das
camadas mais jovens na defesa do Estado Novo. Nesse sentido, o Estado iniciou uma
reforma educativa por Carneiro Pacheco.
Portugal: O Estado Novo:
O triunfo das forças conservadoras:

A 1ª República portuguesa foi iniciada a 5 de Outubro de 1910, teve o seu fim com o
golpe militar de 28 de maio de 1926, apoiado pelo exército e apoiado por
Republicanos e monárquicos. Porém a Ditadura Militar (1926-1930) nao melhorou a
situação do país continuando a instabilidade económica, social e política(1926-1930),
que só foi ultrapassada com a vitória do general Óscar Carmona nas eleições
presidenciais de 1928 e com a escolha de António de Oliveira Salazar para a pasta
das Finaças.

Salazar conseguiu equilibrar o orçamento público e a divida externa, e assim em


1932 foi nomeado presidente do conselho (1ºministro/chefe do governo), com o
apoio de todas as forças coservadoras e tradicionalistas, reunidas no Partido da
União Nacional, que tornou-se mais tarde um partido único, com a instituição do
regime, em 1933.

Com a nova Constituição de 1933, Salazar lançou novas bases ideológicas e


político-institucionais, que deram o nome de Estado Novo ( este era autoritário,
dirigista, nacionalista, colonial, corporativo, antiliberal, antiparlamentar) com as
seguintes caracteristicas:

- Exaltação da História da pátria e dos seus heroís

- Preservação das tradições culturias e artísticas de cada região do país, com vista a
adoção de um projeto cultural do regime

- Adoção do catolicismo como religião oficial dos Portugueses

- Valorização do estilo de vida dos portugueses , identificado com o das populações


rurais, modestas, honestas e trabalhadoras, “temen-tes a Deus” e obdientes à ordem
estabelecida

A progressiva adoção do modelo italiano nas instituições e no


imaginário político:

A ideologia fascistas de Mussulini inspirou Salazar na construçao do Estado novo.


Este tinha as seguintes características:

- Formação de um Estado forte, autoritário e dirigista, através da instauração de um


regime de poder pessoalizado, ditatorial e antiparlamentar

- Defesa do nacionalismo, do patriotismo e do colonialismo


- Existência do “partido único” -> regime antiparlamentar

- Existência de milícias próprias: -> legião Portuguesa (1936)

-> defesa do “património espiritual da Nação”

- Controlo da formação ideolóhica da população em geral, da juventude (Mocidade


Portuguesa) e da opinião publica pela propaganda política, pelo controlo do ensino
e da educação ( existência do “livro único”

- Culto do Chefe -> Salazar foi proclámado como um génio, este era tratado como se
fosse um “santo”

- Cáracter repressivo do poder com a criação da polícia política: PVDE- polícia de


vigilância e defesa do Estado e PIDE- polícia internacional de defesa do Estado, e a
instituição da Censura

- Organização corporativa do trabalho e da sociedade em geral: a colaboração de


classes ao serviço do bem comum (definido pelo Estado), sendo a base económica
privada e do trabalho

Uma economia submetida aos imperativos políticos:

A política de Salazar repousou em valores e conceitos morais que jamais alguém


deveria questionar: Deus, Pátria, Família, Autoridade, Paz Social, Hierarquia,
Moralidade.

Respeitou as tradições nacionais, promoveu um Portugal rural e tradicionalista,


voltando costas á modernidade.

Quando Salazar assumiu a pasta das Finanças deu prioridade á estabilidade


financeira, assim a conceção da politica económica, assentava num "estado
interventivo e orientador da iniciativa privada, que deveria harmonizar-se com fins
globais da Nação superiormente definidos".

Salazar e os ideólogos do Estado Novo, defendiam a ruralidade , para eles só através


do desenvolvimento da agricultura se poderiam resolver os problemas sociais dos
Portugueses (visão muito pequena).

Para atingir estes objetivos o Estado Novo implementou uma política económica e
social que visa: -consolidar a base social de apoio ao regime, num equilíbrio entre
os vários interesses e grupos- e classes médias, pequenas burguesias, assalariados;

-controlar o crescimento dos trabalhadores industriais(operariado fabril


urbano);

-controlar o crescimento urbano;

-avaliar as tensões socias nos campos, adotando uma política de emigração


controlada.

Durante a 2ª Guerra Mundial, a prioridade política centrou-se em duas grandes


finalidades:

-a regularidade do abastecimento interno;

-defesa da manutenção de alguns mercados externos essenciais.


Obras públicas e condicionamento industrial:

Apesar de Salazar e os ideólogos defenderem a ruralidade, mostrou-se o caminho da


índustria, contudo a economia portuguesa mantinha a feição rural.

Somente com o I Plano de Fomento (1953-58) se introduziu o conceito de


planificação da economia nacional, as prioridades deste plano pendiam para as
infraestruturas e industrias pesadas: refinação de petróleo, siderurgia, eletricidade,
adubos, celulose e do papel, vias de comunicação e meios de transporte, construção
de hospitais (saúde), tribunais e prisões (justiça), (desporto) estádios, bairros para
trabalhadores, casas do povo, casa dos pescadores (habitação e apoio social), (forças
armadas) quartéis e estaleiros, (ensino) escolas primarias, liceus, escolas técnicas e
edifícios universitários, (turismo e cultura) pousadas, restauro de monumentos e
estatuárias.

As obras públicas no Estado Novo, revestiam-se de marcas identificadoras do regime,


como monumentalidade.

A corporativização dos sindicatos:

A Constituição de 1933 definida o Estado português como uma república unitária e


corporativa, semelhante ao fascismo.

A Nação, não era vista como um conjunto de indivíduos isolados, mas sim, como a
reunião de grupos e associações (familiares, profissionais, culturais, morais..), com
funções distintas mas todas interligadas e independentes, sendo a família o grupo
mais importante. Era através do chefe de família (pai) que se elegiam as juntas de
freguesia.

O Estado Novo defendia a organização corporativa do trabalho( trabalhadores


deviam cooperar com os patrões). Os sindicatos passaram a ser controlados pelo
poder, para que não houvesse contestação social.

A política colonial:

A política Ultramarina do Estado Novo baseou-se na “nacionalização das colónias, na


contenção do desenvolvimento e na integração económica”

O Ato Colonial (aprovado em 1930) passou a fazer parte da constituição de 1933 e


salientou bem a importância das colónias à sobrania portuguesa, o Ato Colonial e a
Revisão Constitucional de 1951 marcaram o carácter unitário dos vários territórios
que compunham “a Nação Pluricontinental”
O projeto cultural do regime:

A SPN- secretariado de Propaganda Nacional dizia que a literatura, a impresa, a arte,


o cinema, o teatro e a radiodifusão eram fundamentais. A SPN procurava a aquisição
de uma Política de Espírito. Esta para influenciar os diversos ramos da produção
cultural recorreu a:

- Prémios a “ artistas de talentos vários” (escritores, jornalistas, pintores, músicos,


cineastas, etc)

- patrocínios de exposições individuais e colectivas

- apoio ao livro e à literatura, através da criação das bibliotecas ambulantes

- etc

O Plano da Educação Popular (1952) foi uma campanha nacional contra o


analfabetismo.

Com a institucionalização do Estado Novo, multiplicaram-se festejos, exposições,


obras Publicas, restauro de monumentos, arquitetura e artes plásticas , com o
objetivo de cativar a simpatia dos portugueses pelo regime.

A irradiação do fascismo no Mundo:

A democracia liberal, entrou em crise nas décadas de 1920 e 1930, devido aos
seguintes fatores:

- A intensificação da luta de classes entre a burguesia e o proletariado Unica


solução:
- O desenraizamento de amplos setores da população durante a 1ªGrande Guerra
(mandou muitos homens para a guerra) e por largos períodos de serviço militar

- Crise económica e financeira e o desemprego Ditadura

- as lutas internas pelo poder entre Estados de formação recente

Uma das características:

- exaltação do nacionalismo Começaram a surgir na Europa


vários regimes tolitários, na
Alemanha, Portugal, Itália e
Espenha
O prestígio nacional exigia uma
política internacional baseada na
força e na guerra, e por isso, no
rearmamento
Neste sentido, na Alemanha, Hitler desrespeita o tratado de versalhes e restabelece
o serviço militar e procedeu a um armamento.

Hitler e Mussulini, assinaram em 1936 o Pacto de Amizade de que resultou a Eixo


Roma-Berlim e mais tarde o Japão também se junta a se pacto (1940) criando o Eixo
Roma-Berlim-Tóquio

Em Espanha a Guerra Civil (1936-1939) iria constituir uma espécie de campo de


ensaio para a 2ª Guerra Mundial.

As hesitações face à Guerra Civil de Espanha:

Uma série de acontecimentos colocaram em risco a paz mundial. O confronto entre


as potências totalitárias da Itália e da Alemanha e os países democráticos era uma
evidencia desde 1936. Exemplo deste confronto foi a Alemanha, quando um
movimento militar nacionalistas se insurgiu contra o governo republicano do Frente
Popular, dando origem à Guerra Civil de Espanha.

Em Espanha, as eleições de 1936 deram a vitória à Frente Popular, coligação dos


partidos de esquerda (socialistas, comunistas e anarquistas), o que levou a uma
imediata reação das forças conservadoras, ansiosas para a implantação do
comunismo no pais: Guerra Civil Espanhola.

Pensava-se que o exercito franquista iria ter uma ação violenta e de curta duração,
sem necessidade de estabelecer compromissos com forças políticas, contudo, a
guerra durou 3 anos (1936-39), devido a resistência da capital e das principais
cidades (Barcelona, Valência..)

As principais potencias europeias estabeleceram Acordos de Não Intervenção, as


razões dessas alianças não foram muito claras.

No entanto, a realidade foi outra:

-Por um lado, a URSS enviou material de guerra, as Brigadas Internacionais


intervieram a favor da República, a França autorizou a passagem de tropas e de
material de guerra para a Espanha.

-Por outro lado: a Alemanha e a Itália apoiaram as forças nacionalistas (franquistas),


a Itália para experimentar as suas armas e a Alemanha também e para ganhar um
regime amigo no sul das fronteiras da França.

A Guerra Civil Espanhola, contou com a intervenção estrangeira e prefigurou


(supôs) que os blocos que iriam se confrontar na 2ª Guerra Mundial. De facto, se
os republicanos tinham a simpatia das democracias ocidentais(França) e da URSS, os
nacionalistas era apoiados pelas ditaduras fascistas ( Alemanha e Itália).

A vitória dos nacionalistas (conquista de Madrid em 28 de Março de 1939) inaugurou


na Espanha a ditadura de franco, que durou ate 1976.

No dia 1 de Setembro de 1939, no mesmo ano que acabava a Guerra Civil Espanhola,
a Alemanha invadia a Polónia e, dois dias depois, começava a 2ª Guerra Mundial.

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