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VOLUME I – PROJETO BÁSICO

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE VIÇOSA

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO – ETE BARRINHA

PROJETO DE ADEQUAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS

PARA CONTINUIDADE DAS OBRAS

VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

SETEMBRO/2017

0
04757044-AA-BS-01-EAT-EAT01-MD-001-0-DES-2014.doc
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE VIÇOSA

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO

ETE BARRINHA

CONTRATO: SAAE – 022/2017


RESUMO:
Contratação de Consultoria Especializada para a Revisão e Atualização dos Documentos
Referentes ao Projeto Executivo da Estação de Tratamento de Esgoto de Viçosa – ETE
Barrinha.

PARA APROVAÇÃO
VER DATA TIPO DESCRIÇÃO POR VERIFICADO AUTORIZADO APROVADO
EMISSÕES
A - PARA APROVAÇÃO C - ORIGINAL
TIPOS
B - REVISÃO D - CÓPIA

DESPRO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS E


CONSULTORIA LTDA
Rua dos Pampas, n° 434, Prado, CEP: 30411-030 – Belo
Horizonte/MG.
Tel. (31) 3213-8049 - e-mail: despro@desproprojetos.com.br
EQUIPE TÉCNICA:

Alberto Oliveira Chaves Eng.º civil e Sanitarista


Jairo Batista de Oliveira Eng.º civil e Sanitarista
Ricardo Estanislau Braga Eng.º civil e Ambiental
Joana de Paula Taliberti Engª civil

VOLUME:

VOLUME V: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.


REFERÊNCIA:

SETEMBRO/2017

SUMÁRIO

376657532.doc 18/11/2011 1
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

O Projeto Básico / Executivo de engenharia destinado a Revisão e Atualização de documentos,


tendo com vista à continuidade das obras da Estação de Tratamento de Esgotos de Viçosa /
MG - ETE Barrinha, de acordo com o Termo de Referência, engloba os seguintes volumes:

VOLUME I – DIAGNÓSTICO

VOLUME II – LAUDO TÉCNICO DOS SERVIÇOS E OBRAS ESTRUTURAIS EXECUTADAS

VOLUME III – PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA

TOMO A – MEMÓRIA DESCRITIVA, JUSTIFICATIVA E DE CÁLCULO;

TOMO B – PEÇAS GRÁFICAS 1

TOMO C – PEÇAS GRÁFICAS 2

VOLUME IV – ORÇAMENTO

VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

VOLUME VI – PROJETO ELÉTRICO DE ADEQUAÇÃO.

VOLUME VII – PROJETO ESTRUTURAL DE ADEQUAÇÃO

2
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
2 INSTALAÇÃO DO CANTEIRO E SERVIÇOS PRELIMINARES......................................................11
2.1 GENERALIDADES.................................................................................................................. 11
2.1.1 Equipamentos...................................................................................................................... 11
2.1.2 Segurança............................................................................................................................ 11
2.1.3 Regulamento Interno............................................................................................................ 11
2.1.4 Seguro.................................................................................................................................. 11
2.1.5 Manutenção......................................................................................................................... 12
2.1.6 Retirada das Instalações...................................................................................................... 12
2.1.7 Segurança do Trabalho nas Atividades de Construção Civil................................................12
2.1.8 Construção do Escritório de Obras e Almoxarifado..............................................................12
2.1.9 Controles Topográficos e Geológicos / Geotécnicos............................................................12
2.1.10 Custos de Serviços.......................................................................................................... 13
2.2 PLACAS INDICATIVAS DAS OBRAS.....................................................................................13
2.3 LUMINÁRIAS DE SINALIZAÇÃO...........................................................................................13
2.4 PLACAS DE SINALIZAÇÃO................................................................................................... 13
2.5 PASSADIÇOS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES..................................................................13
2.5.1 Para Veículos....................................................................................................................... 13
2.5.2 Para pedestres..................................................................................................................... 13
3 EXECUÇÃO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E TRATAMENTO.........................................................14
3.1 LOCALIZAÇÃO DAS OBRAS.................................................................................................14
3.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS................................................................................................ 14
3.2.1 Escavação para:.................................................................................................................. 14
3.3 PROVIDÊNCIAS RELATIVAS AO TRÂNSITO........................................................................15
3.4 NORMAS GERAIS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS E FORNECIMENTO DE
MATERIAIS........................................................................................................................................... 16
3.4.1 Locação de redes................................................................................................................. 16
3.4.2 Demolição de Pavimentos.................................................................................................... 17
3.4.3 Escavações para construção das redes..............................................................................17
3.4.4 Fundo das Valas.................................................................................................................. 21
3.4.5 Terraplenagem da área da Estação Elevatória e da ETE....................................................21
3.4.6 Esgotamento........................................................................................................................ 21
3.4.7 Escoramento........................................................................................................................ 22
3.4.8 Estruturas de Concreto........................................................................................................ 23
3.4.9 Cadastramento das Redes Coletoras, Interceptores e Linha de Recalque..........................38
3.4.10 Controle de Compactação............................................................................................... 38
4 MATERIAIS...................................................................................................................................... 40
5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS........................................................................................ 41
5.1 OBJETIVO / NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS...................................................................41
5.2 DOCUMENTOS TÉCNICOS DE PROJETO............................................................................42
5.3 DOCUMENTOS TÉCNICOS A SEREM FORNECIDOS..........................................................42
5.4 CONDIÇÕES GERAIS DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS........................44
5.5 AS BUILT................................................................................................................................. 50
5.6 CONDIÇÕES DE PROJETO A SEREM ATENDIDAS.............................................................51
5.6.1 Características construtivas................................................................................................. 51
5.6.2 Solicitações no concreto...................................................................................................... 51
5.6.3 Efeito do vento..................................................................................................................... 52
5.7 EQUIPAMENTOS MECÂNICOS – MATERIAIS E FABRICAÇÃO..........................................52
5.7.1 Peças forjadas..................................................................................................................... 52
5.7.2 Peças fundidas..................................................................................................................... 53
5.7.3 Aço estrutural....................................................................................................................... 53
5.7.4 Elementos de fixação (Rebites, chumbadores, parafusos e arruelas).................................53
5.7.5 Acionamentos...................................................................................................................... 54
5.7.6 Mancais e rolamentos.......................................................................................................... 54

3
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

5.7.7 Bases................................................................................................................................... 55
5.7.8 Soldas.................................................................................................................................. 55
5.7.9 Lubrificação.......................................................................................................................... 57
5.8 PINTURA E PROTEÇÃO ANTICORROSIVA DAS SUPERFÍCIES.........................................58
5.8.1 Generalidades...................................................................................................................... 58
5.8.2 Normas................................................................................................................................ 59
5.8.3 Preparação das superfícies.................................................................................................. 59
5.8.4 Pintura.................................................................................................................................. 60
5.8.5 Aplicação da pintura............................................................................................................. 60
5.8.6 Cuidados com as superfícies pintadas.................................................................................61
5.8.7 Retoques.............................................................................................................................. 61
5.8.8 Outros tipos de proteção...................................................................................................... 61
5.9 MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS......................................................................................61
5.9.1 Montagem dos equipamentos na fábrica.............................................................................62
5.9.2 Montagem dos equipamentos na obra.................................................................................62
5.10 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO....................................................................................63
5.10.1 Embalagem...................................................................................................................... 63
5.10.2 Armazenagem................................................................................................................. 64
5.11 TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.............................................................65
5.12 ENSAIOS E INSPEÇÕES DOS EQUIPAMENTOS..................................................................65
5.12.1 Pedidos de compra.......................................................................................................... 65
5.12.2 Certificado de ensaios dos materiais e de componentes.................................................65
5.12.3 Especificações das tintas................................................................................................. 66
5.12.4 Condições gerais da inspeção......................................................................................... 66
5.12.5 Ensaios de recebimento.................................................................................................. 68
5.13 PRÉ-OPERAÇÃO/ACEITAÇÃO DEFINITIVA..........................................................................69
5.14 PEÇAS SOBRESSALENTES.................................................................................................. 70
5.15 GARANTIA.............................................................................................................................. 70
6 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA COMPORTAS, PLACAS VERTEDORAS, CALHAS
COLETORAS DE EFLUENTES, GUARDA-CORPOS, GRADES DE PISO E ESCADAS / SUPORTES
METÁLICOS............................................................................................................................................. 71
6.1 OBJETIVO............................................................................................................................... 71
6.2 GENERALIDADES.................................................................................................................. 71
6.3 FORNECIMENTO.................................................................................................................... 72
6.4 DIMENSÕES E CARACTERÍSTICAS DE PROJETO.............................................................73
6.5 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO................................................................................................ 73
6.6 DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS EQUIPAMENTOS.....................................................................73
6.6.1 Comportas em PRFV........................................................................................................... 73
6.6.2 Comportas em Aço Inox....................................................................................................... 75
6.6.3 Placas vertedouras, calhas coletoras de efluentes e de escuma.........................................77
6.6.4 Guarda-corpo em aço carbono............................................................................................ 77
6.6.5 Grades de piso..................................................................................................................... 78
6.6.6 Escada metálica................................................................................................................... 78
6.6.7 Escada de marinheiro.......................................................................................................... 79
6.6.8 Suportes metálicos............................................................................................................... 79
6.7 PINTURA E PROTEÇÃO......................................................................................................... 79
6.7.1 Preparação das superfícies.................................................................................................. 79
6.7.2 Pintura.................................................................................................................................. 79
6.7.3 Outros tipos de proteções.................................................................................................... 80
6.8 ENSAIOS E INSPEÇÕES........................................................................................................ 80
6.9 PEÇAS SOBRESSALENTES.................................................................................................. 81
6.10 GARANTIAS............................................................................................................................ 81
7 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA O FORNECIMENTO DE VÁLVULAS, TUBULAÇÕES E
CONEXÕES.............................................................................................................................................. 82
7.1 OBJETIVO............................................................................................................................... 82
7.2 GENERALIDADES.................................................................................................................. 82
7.3 FORNECIMENTO.................................................................................................................... 82
7.4 DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS VÁLVULAS, TUBULAÇÕES E CONEXÕES...........................82
7.4.1 Características gerais das válvulas......................................................................................82

4
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

7.4.2 Tipos de válvulas.................................................................................................................. 83


7.4.3 Características gerais das tubulações.................................................................................86
7.5 PINTURA E PROTEÇÃO......................................................................................................... 91
7.6 ENSAIOS E INSPEÇÕES........................................................................................................ 91
7.6.1 Ensaios e inspeções na fábrica............................................................................................ 91
7.6.2 Ensaios e inspeções na obra............................................................................................... 91
7.7 PEÇAS SOBRESSALENTES.................................................................................................. 92
7.8 GARANTIAS............................................................................................................................ 92
7.9 RELAÇÃO DE VÁLVULAS, TUBULAÇÕES E CONEXÕES..................................................92
8 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA O TRATAMENTO PRELIMINAR.....................................93
8.1 SISTEMA DE GRADEAMENTO.............................................................................................. 93
8.1.1 Objetivo................................................................................................................................ 93
8.1.2 Escopo de fornecimento...................................................................................................... 93
8.1.3 Montagem dos equipamentos.............................................................................................. 94
8.1.4 Condições de operação....................................................................................................... 94
8.1.5 Grade média mecanizada.................................................................................................... 94
8.1.6 Correia transportadora......................................................................................................... 96
8.1.7 Caçambas............................................................................................................................ 97
8.2 SISTEMA DE PENEIRAMENTO.............................................................................................. 97
8.2.1 Objetivo................................................................................................................................ 97
8.2.2 Escopo de fornecimento...................................................................................................... 97
8.2.3 Montagem dos equipamentos.............................................................................................. 98
8.2.4 Condições de operação....................................................................................................... 99
8.2.5 Peneiras mecanizadas......................................................................................................... 99
8.2.6 Rosca transportadora......................................................................................................... 100
8.3 SISTEMA DE DESARENAÇÃO.............................................................................................101
8.3.1 Objetivo.............................................................................................................................. 101
8.3.2 Escopo de fornecimento.................................................................................................... 101
8.3.3 Montagem dos equipamentos............................................................................................ 102
8.3.4 Condições de operação..................................................................................................... 102
8.3.5 Desarenadores................................................................................................................... 102
8.3.6 Rosca transportadora......................................................................................................... 106
8.4 CALHA PARSHALL E MEDIDOR DE VAZÃO UTRASSÔNICO...........................................108
9 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA OS REATORES UASB..................................................109
9.1 OBJETIVO............................................................................................................................. 109
9.2 GENERALIDADES................................................................................................................ 109
9.3 FORNECIMENTO................................................................................................................... 110
9.4 MONTAGEM........................................................................................................................... 111
9.5 GARANTIA............................................................................................................................. 111
9.6 ENSAIOS E INSPEÇÕES...................................................................................................... 112
9.6.1 Ensaios e inspeções na fábrica..........................................................................................112
9.6.2 Ensaios e inspeções na fábrica..........................................................................................112
9.6.3 Garantia.............................................................................................................................. 112
10 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA SISTEMA DE MEDIÇÃO E QUEIMA DE BIOGÁS........114
10.1 OBJETIVO............................................................................................................................. 114
10.2 GENERALIDADES................................................................................................................. 114
10.3 FORNECIMENTO................................................................................................................... 115
10.4 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO E DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS COMPONENTES
MECÂNICOS....................................................................................................................................... 116
10.4.1 Condições de operação................................................................................................. 116
10.4.2 Descrição técnica dos componentes do sistema...........................................................116
10.4.3 Montagem dos equipamentos........................................................................................ 118
10.5 PINTURA E PROTEÇÃO....................................................................................................... 119
10.5.1 Preparação das superfícies............................................................................................ 119
10.5.2 Pintura............................................................................................................................ 119
10.5.3 Demais proteções.......................................................................................................... 119
10.6 ENSAIOS E INSPEÇÕES...................................................................................................... 120

5
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

10.6.1 Ensaios e Inspeções na fábrica.....................................................................................120


10.6.2 Ensaios e inspeções na obra......................................................................................... 120
10.7 PEÇAS SOBRESSALENTES................................................................................................ 121
10.8 GARANTIAS.......................................................................................................................... 121
10.9 PINTURA E PROTEÇÃO....................................................................................................... 121
10.9.1 Preparação das superfícies........................................................................................... 121
10.9.2 Pintura........................................................................................................................... 121
10.9.3 Demais proteções.......................................................................................................... 121
10.10 ENSAIOS E INSPEÇÕES...................................................................................................... 122
10.10.1 Ensaios e Inspeções na fábrica.....................................................................................122
10.10.2 Ensaios e inspeções na obra......................................................................................... 122
10.10.3 Ensaios de recebimento provisório – Testes..................................................................122
10.10.4 Pré-operação do equipamento e recebimento provisório..............................................122
10.10.5 Recebimento definitivo................................................................................................... 123
10.11 PEÇAS SOBRESSALENTES................................................................................................ 123
10.12 Garantias................................................................................................................................ 123

6
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1 INTRODUÇÃO

As especificações a seguir têm por objetivo estabelecer normas e preceitos que devem ser
obedecidas pela Empreiteira, nos trabalhos de construção e fornecimento de materiais para
Estação Elevatória e Estação de Tratamento de Esgoto, da cidade de Viçosa / MG.

Farão parte integrante desta Especificação Particular, as Normas, Especificações Técnicas e


Métodos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) relacionadas direta ou
indiretamente com obras, serviços e materiais.

A não observância desta Especificação implicará em suspensão temporária dos serviços e


respectivos pagamentos, até que ela seja observada, ou a suspensão definitiva da Empreiteira,
com as penalidades cabíveis.

As obras necessárias e previstas para esse sistema de esgotos sanitários são:

 Instalações Preliminares e Canteiro de Obras;

 Estação Elevatória;

 Estação de Tratamento de Esgotos.

A Empreiteira, antes do início das obras deverá atender aos prazos e seguir as condições e
diretrizes do projeto.

Resumo Descritivo das Obras

a) Estação Elevatória

A Estação Elevatória Final – EEF projetada possui as seguintes características:

 Vazão: .................................................................................................. 374,78 l/s;


 Vazão de cada bomba: ........................................................................... 93,70 l/s;
 Altura Manométrica: ................................................................................ 47,72 m;
 Bombas
 Número de bombas (1ª Etapa): ................... 3 + 1 (Rodízio / Reserva);
 Número de bombas (2ª Etapa): .................. 4 + 1 (Rodízio / Reserva);
 Tipo: ................................................................................ Submersível;
 Fabricante: .............................................................................. EBARA;
 Modelo: ............................................................... 150DSC4 BC-46120;
 Rotação: ............................................................................... 1800 rpm;
 Rendimento: ............................................................................. 73,5 %;

7
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Submergência requerida: ....................................................... 77,6 cm;


 Potência: ................................................................................. 120 CV;
 Barrilete de recalque
 Diâmetro: ................................................................................ 250 mm;
 Material: ...................................................................................... FoFo;
 Canalização de recalque
 Diâmetro: ................................................................................ 500 mm;
 Material: ...................................................................................... FoFo;
 Extensão: ............................................................................... 246,4 m;

b) Estação de Tratamento de Esgotos

 Remoção de sólidos finos

Optou-se pela implantação de peneira rotativa a jusante do desarenador para remoção de


sólidos finos, favorecendo a operação dos reatores UASB, consequentemente a redução de
escuma.

A Peneira Rotativa foi dimensionada para a Vazão de 245 l/s, constituída de:

- Cesto filtrante em aço inoxidável AISI-304, diâmetro de 2.000 x 4.000 mm de comprimento,


formado por 03 (três) módulos de 1.330 mm x 2.000 mm.
- Módulos estes formados por 06 (seis) partes moduladas e intercambiáveis com fechamento
em perfis de ¼” x 2”, ou equivalente, reduzindo a quantidade de solda, proporcionando perfeita
circularidade do cesto; e
- Suporte do distribuidor de efluente construído em aço carbono e distribuidor de efluente em
aço inoxidável AISI-304.

 Desarenador

O desarenador será composto de duas caixas de areia por gravidade, quadradas, as quais
consistem de tanques de formato quadrado em planta, de limpeza mecanizada, onde o
fenômeno de separação da areia se baseia fundamentalmente nos princípios da sedimentação.

O canal de condução do esgoto efluente da unidade de remoção dos resíduos sólidos - Peneira
para os desarenador, com dimensões internas iguais com 3,0 m de largura, 1,80 m de
comprimento e 1,0 m de altura.

- Nº de unidades................................................................................................................... 02

8
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

- Profundidade útil da caixa de areia..............................................................................0,60m


- Dimensões das caixas...........................................................................................5,0 x 5,0 m

 Caixa distribuidora – CDV1

Depois de passar pelo tratamento preliminar, o esgoto é encaminhado para a caixa


distribuidora de vazão – CDV1 que posteriormente será distribuído aos reatores UASB.

A distribuição do efluente do tratamento preliminar para o UASB, será por intermédio de 3


câmaras, com vertedouros retangulares, regulados com dispositivo de abertura e fechamento
com comportas em fibra de vidro (PRFV).

Dimensões da CDV1....................................................................................... 4,4 m x 3,80 m.

 Reator Anaeróbio

As principais características desta unidade ajustada pela empresa DESPRO estão descritas
abaixo:

- Vazão média:..................................................................................................................80 l/s


- Tempo de detenção para vazão média:..................................................................10,0 horas
- Altura útil:..................................................................................................................... 5,00 m
- Formato:................................................................................................................Retangular
- Tamanho:................................................................................................................ 24m x 6 m
- Número de unidades:...........................................................................2 unidades (1ª Etapa)
- Número de unidades:.............................................................................1 unidade (2ª Etapa)
- Eficiência da remoção de DBO:..................................................................................78,93%
- Eficiência da remoção de DQO: .................................................................................70,00%

 Filtro Biológico

As dimensões de cada serão, portanto:


- Volume útil do FPB............................................................................................... 603,93 m3
- Área superficial com material filtrante....................................................................241,45 m²
- Diâmetro dos braços giratórios..................................................................................17,00 m
- Profundidade útil com material filtrante......................................................................... 2,5 m

 Decantador do tipo lamelar

9
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

- Vazão de projeto por decantador..................................................................................80 L/s


- Velocidade de sedimentação............................................................................ 24 m³ /m².dia
- Área útil.................................................................................................................... 79,52 m²
- Altura útil..................................................................................................................... 4,30 m
- Volume útil.............................................................................................................341,94 m³

 Leito de Secagem

O leito de secagem é a unidade destinada à desidratação final do lodo estabilizado gerado no


Reator e nos Filtros.

Assim sendo, serão implantados 12 módulos de leito de secagem para cada reator, totalizando
em 8 módulos para 1ª Etapa e os outros 4 módulos para 2ª Etapa.

Dimensões:.................................................................................................... (9,70 x 24,60) m

 Casa de Controle e laboratório

Será composto de uma sala para laboratório propriamente dito, equipada com bancada de
granito e bojo profundo, armários em laminado e instalações adequadas ao fim que se destina,
além de uma copa e banheiros.

Dimensões: (17,10 x 8,65) m

Junto a esse prédio, está sendo prevista a implantação de um reservatório elevado metálico de
5 m³, de concepção muito simples visando à máxima redução de custos, que deverá abastecer
o futuro prédio e as linhas de água de serviço que abastecerão as diversas unidades da ETE.

10
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1 INSTALAÇÃO DO CANTEIRO E SERVIÇOS PRELIMINARES

1.1 GENERALIDADES

A localização, construção, operação e manutenção do canteiro de obras serão submetidos à


aprovação prévia da FISCALIZAÇÃO, bem como os métodos de trabalho a serem adotados
nos serviços preliminares.

1.1.1 Equipamentos

Ficará a cargo da EMPREITEIRA:

Um número suficiente de equipamentos para execução dos trabalhos dentro dos prazos
previstos no cronograma da execução.

Equipamentos de reserva suficientes para substituir máquinas em reparo ou deficientes.

A relação do equipamento principal deverá ser aprovada previamente no início da obra pela
FISCALIZAÇÃO, sendo exigida a permanência na obra do equipamento mínimo apresentado
pela EMPREITEIRA. O transporte do equipamento à obra, bem como sua remoção para
eventuais consertos, ou sua remoção definitiva da obra, correrá por conta da EMPREITEIRA.

1.1.2 Segurança

A EMPREITEIRA será responsável pela ordem e segurança no canteiro, providenciará,


construirá e manterá todas as barricadas e sinalização necessárias.

Deverá tomar todas as providências cabíveis para a proteção da obra e segurança do público.

A critério da FISCALIZAÇÃO todas as barricadas e obstruções deverão ser iluminadas durante


a noite.

1.1.3 Regulamento Interno

A EMPREITEIRA será responsável pela manutenção da boa ordem no canteiro e no


acampamento, e empregará para este fim, pessoal adequado. O número deste pessoal e o
regulamento interno do canteiro deverão ser submetidos a aprovação da FISCALIZAÇÃO.

1.1.4 Seguro

Durante o período das obras a EMPREITEIRA deverá providenciar seguro contra incêndio de
todas as instalações, sem prejuízo das exigências contidas no Edital de Concorrência.

11
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.5 Manutenção

Caberá a EMPREITEIRA a manutenção das construções, instalações, estradas, pátios e


cercas do canteiro até o final da obra.

A EMPREITEIRA deverá preencher todas as exigências da lei e regulamentos em vigor, que


afetam as construções, sua manutenção e operação e será responsável por todas as
demandas resultantes de má administração dos trabalhos.

1.1.6 Retirada das Instalações

Após o término das obras e antes do pagamento final contratual, a EMPREITEIRA removerá
todos os prédios temporários, todas as construções com exceção das propriedades de outros,
e das que a FISCALIZAÇÃO determinar.

1.1.7 Segurança do Trabalho nas Atividades de Construção Civil

A EMPREITEIRA, durante todo o período de execução de obras, deverá dotar e manter um


sistema de Segurança do Trabalho e para isto se reportará à Portaria nº 3214 de 8 de junho de
1978 do Ministério do Trabalho.

1.1.8 Construção do Escritório de Obras e Almoxarifado

O escritório de obra, bem como o almoxarifado, serão construídos segundo padrão a ser
fornecido pela AUTARQUIA MUNICIPAL.

A EMPREITEIRA deverá planejar e localizar todas as unidades que comporão o canteiro de


obras submetendo-os à prévia aprovação da FISCALIZAÇÃO.

1.1.9 Controles Topográficos e Geológicos / Geotécnicos

As indicações topográficas planialtimétricas constantes deste projeto tiveram origem nos


marcos e referências de nível indicados nos desenhos dos projetos. Essas indicações deverão
ser confirmadas durante as obras por controle instrumental apropriado. A ocorrência de
distorções em relação aos valores indicados, desde que excedentes às tolerâncias
convencionais, deverão ser comunicadas à Fiscalização da Autarquia Municipal, a quem
caberá a indicação dos equacionamentos necessários.

Os elementos construtivos, detalhados explicitamente ou indicados neste projeto relativos às


fundações das elevatórias e tratamento deverão ser verificados na fase de execução das
obras, em função das condições geológicas e geotécnicas específicas, reveladas pelo subsolo
escavado.

Em decorrência do exposto, caso seja necessária qualquer reavaliação dos procedimentos


indicados nesse projeto, ela deverá ser feita pela Fiscalização da AUTARQUIA MUNICIPAL, a
quem caberá a indicação dos equacionamentos necessários.

12
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.10 Custos de Serviços

Os custos dos serviços descritos no item 1.0 e seus sub-itens, bem como toda mobilização e
desmobilização de equipamento e pessoal, devem estar inclusos no item “Canteiro de Obras”.

1.1 PLACAS INDICATIVAS DAS OBRAS

Fornecimento e colocação de placas, com dizeres sobre a obra conforme padronização da


AUTARQUIA MUNICIPAL, em locais a serem indicados pela FISCALIZAÇÃO.

1.2 LUMINÁRIAS DE SINALIZAÇÃO

Fornecimento, instalação e manutenção de luminárias de sinalização, conforme Projeto Padrão


da AUTARQUIA MUNICIPAL.

1.3 PLACAS DE SINALIZAÇÃO

Fornecimento, instalação e manutenção de placas de sinalização, conforme Projeto Padrão da


AUTARQUIA MUNICIPAL.

1.4 PASSADIÇOS PARA VEÍCULOS E PEDESTRES

1.1.11 Para Veículos

Metálicos - Serão executados em chapas de aço 1020, espessuras de 3/4” a 7/8”, com
módulos de 1,50 x 1,00 m.

Madeira - Serão executados com pranchões de madeira de lei de 30 x 4 cm contraventada com


dois pranchões idênticos aos primeiros e dotados de peças de madeira de 8 x 8 cm em suas
extremidades, para funcionarem como guias.

1.1.12 Para pedestres

Serão executados em pranchões de madeira de lei de 30 x 4 cm, com guarda corpo também
em madeira de lei, com módulos de 1,50 x 1,00 m.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

2 EXECUÇÃO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E TRATAMENTO

2.1 LOCALIZAÇÃO DAS OBRAS

Os serviços necessários à execução das obras e serviços auxiliares serão desenvolvidos na


área onde as obras encontram-se paralisadas, conforme consta dos desenhos do Projeto.

A localização será feita de acordo com os respectivos projetos. Para execução da linha de
recalque será admitida, no entanto, alguma flexibilidade na escolha definitiva de posição, em
face de existência de obstáculos não previstos bem como da natureza do subsolo que servirá
de apoio, a critério da FISCALIZAÇÃO.

2.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços previstos constam de:

Serviços preliminares e instalação, conforme se definiu no item 1 desta Especificação, inclusive


providências relativas ao licenciamento das obras junto ao órgão de controle do trânsito da
Cidade.

Locação das obras e elaboração das Notas de Serviço, a partir dos marcos e referências de
nível indicados no projeto.

1.1.13 Escavação para:

 construção das tubulações de esgoto, com separação dos materiais reutilizáveis e


remoção imediata dos inaproveitáveis;

 execução das cavas para implantação das unidades das elevatórias, com rebaixamento
do lençol freático e escoramento conforme projeto específico, com remoção do material
excedente;

 execução de terraplenagem para a área da estação de tratamento, inclusive escolha e


disponibilização de área para empréstimo de solo e bota-fora.

Obras, serviços e providências para proteção, sustentação, reconstrução ou desvio, onde


indispensável, de canalização de água potável, água pluvial, cabos elétricos, telefônicos, etc.,
que possam ser encontrados ao se efetuarem as escavações; sustentação provisória ou
proteção de partes de edifícios, de postes e outras eventuais instalações que possam sofrer
danos em consequência da execução da obra. Os danos que ocorrerem em virtude de má
execução ou falta das proteções, serão responsabilidade da EMPREITEIRA e por ela,
reparados, às suas expensas.

14
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Construção da estação elevatória e ETE englobando montagens de equipamentos mecânicos,


elétricos e hidráulicos relativos a:

 tubulações da linha de recalque;

 tubos, peças, conexões, aparelhos e acessórios destas unidades;

 conjuntos moto-bomba;

 instalações elétricas de iluminação, força e comando.

Construção de eventuais obras complementares ao longo das redes de esgotos, como caixas,
ancoragens, passagens por cursos d’água, conforme projetos específicos.

Reaterro e compactação das valas das redes de esgotos, poços de visita e das obras
complementares eventuais, bem como o controle tecnológico necessário a perfeita execução
desses serviços.

Reconstrução de pavimentação, e, se for o caso, de passeio, recolocação de tudo o que tiver


sido removido para a construção como, por exemplo: meios-fios, tampões e ralos para águas
pluviais.

Execução das obras de urbanização e paisagismo da área da elevatória e da área da ETE.

Fornecimento de todos os materiais e equipamentos mecânicos, elétricos e hidráulicos a serem


empregados, conforme especificado no projeto.

Reabertura do trânsito, remoção das sobras e entulhos, limpeza e reconstrução perfeita do


ambiente preexistente nos locais das obras.

Execução de estruturas para drenagem pluvial em função da avaliação em campo das áreas
adjacentes.

Restauração das áreas de empréstimo com replantio da vegetação e proteção contra erosão.

Enchimento da ETE com água e teste de campo das estruturas, tubulações e equipamentos.

2.3 PROVIDÊNCIAS RELATIVAS AO TRÂNSITO

Nas áreas públicas abrangidas pela construção das obras, terão que ser adotadas as
providências necessárias para evitar acidentes ou danos às pessoas e aos veículos, ficando a
FISCALIZAÇÃO com poderes de julgá-las. Em particular deverá ser providenciado:

Delimitação das áreas em que serão desenvolvidos ou acumulados os materiais necessários à


construção das obras previstas, obedecendo às prescrições do Código Nacional do Trânsito,
do Ministério do Trabalho e da Prefeitura. A delimitação será feita nos moldes prescritos pelos
referidos órgãos. A sinalização adotada deverá permanecer acesa, mesmo durante as chuvas

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

pesadas ou fortes ventanias. Nas ruas em serviço, deverão ser colocados avisos nas esquinas
mais próximas.

As áreas delimitadas deverão ser reduzidas ao indispensável de modo a causar o mínimo


obstáculo ao trânsito. Poderá ser interrompida a circulação dos veículos na metade da rua, e,
somente em casos de absoluta necessidade, interrompida totalmente a circulação, com desvio
do trânsito dos veículos para as ruas adjacentes.

Programação preliminar das delimitações a que se refere o item precedente, de acordo com a
Prefeitura.

Construção de passadiços e proteção adequados para livre circulação e incolumidade dos


pedestres de modo a permitir o acesso dos mesmos às travessias dos logradouros, aos
edifícios, lojas, etc.

Em logradouros, nos quais a FISCALIZAÇÃO julgar necessário as valas serão cobertas com
chapas metálicas, a fim de permitir o livre trânsito de veículos.

Construção de passarelas adequadas, onde indispensáveis, a critério da FISCALIZAÇÃO, para


permitir a entrada e saída de veículos dos edifícios importantes, garagens, oficinas, hospitais,
etc.

Terminados os serviços, fazer comunicação aos órgãos competentes para reabertura do


trânsito, mediante autorização prévia da FISCALIZAÇÃO.

Todos os materiais necessários, inclusive luminárias, placas metálicas para delimitação de


áreas e chapas de aço para uso em vias de grande tráfego, serão fornecidos, instalados e
mantidos pela EMPREITEIRA.

2.4 NORMAS GERAIS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS E FORNECIMENTO DE


MATERIAIS
1.1.14 Locação de redes

Caberá a EMPREITEIRA a responsabilidade da locação das obras projetadas e a elaboração


das respectivas Notas de Serviço, ficando condicionado o início das obras à aprovação pela
FISCALIZAÇÃO das referidas notas.

O estaqueamento das obras lineares será feito de 20 em 20 m e fração. Deverão ser deixados
pontos de referência de nível fora da diretriz dos coletores, aproximadamente a cada 200 m.

O contranivelamento será obrigatoriamente executado.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.15 Demolição de Pavimentos

Antes de qualquer obra em ruas pavimentadas e passeios, a EMPREITEIRA deverá tomar


conhecimento prévio da natureza dos serviços a serem executados, objetivando as
providências necessárias para a recomposição do pavimento.

Paralelamente aos serviços de demolição da pavimentação propriamente dita, o material


retirado deverá ser removido do local, se não puder ser aproveitado posteriormente, e
devidamente armazenado se ainda útil na recomposição do pavimento, (paralelepípedos,
poliédricos, blockret, etc.).

As demolições serão efetuadas de acordo com a natureza dos pavimentos existentes (ruas e
passeios), por processos mecânicos (marteletes pneumáticos) quando asfalto ou concreto e
manuais para os demais.

A EMPREITEIRA será a única responsável pela integridade e conservação dos materiais


reempregáveis, os quais, em qualquer caso, serão reintegrados ou substituídos de modo que
as reconstruções fiquem perfeitas e conforme as preexistentes.

1.1.16 Escavações para construção das redes

As escavações deverão obedecer às prescrições da NBR 6122, concernentes ao assunto.

Deverão ser protegidas contra a ação de água superficial ou profunda, mediante drenagem,
esgotamento ou rebaixamento do lençol freático.

As cavas com profundidades superiores a 1,50 m deverão ser protegidas com dispositivos de
contenção ou taludadas, se as condições locais permitirem.

Deverão ser feitas com o equipamento mais adequado à economia, cumprimento do


cronograma e garantia da segurança da obra, seus trabalhadores, edificações e obras públicas
vizinhas. As escavações estão previstas, no caso, para:

 o nivelamento do terreno nas cotas fixadas pelo projeto;

 construção de fundações;

 execução de valas para assentamento de tubulações.

O nivelamento do terreno deverá obedecer ao projeto de terraplenagem;

As cavas de fundação deverão ser executadas conforme projeto executivo;

A escavação da vala para construção das redes somente será iniciada após a aprovação
referida no item 3.4.1 e depois de satisfeitas as prescrições, dos itens 3.2.5 e 3.3.

Os serviços serão conduzidos, conforme os melhores procedimentos técnicos sendo adotada a


escavação mecanizada, e, eventualmente, a escavação manual. A FISCALIZAÇÃO

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

determinará a extensão máxima da vala que poderá ser aberta, objetivando a imediata
construção das redes e poços de visita, reaterro das valas, recomposição do pavimento e
testes.

A largura de vala “L” será sempre definida pela FISCALIZAÇÃO, quando da elaboração das
Notas de Serviço, obedecidos, entretanto os limites estabelecidos na Tabela n.º 1 a seguir.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Tabela nº 1 - larguras máximas de valas nas redes e linhas de recalque

DIÂMETRO PROFUNDIDADE LARGURA DA VALA (m)


sem escoramento ou
DA ESCAVAÇÃO escoramento
(mm) escoramento
(m) contínuo
descontínuo
Até 2,0 0,65 0,80
2,1 a 4,0 0,70 1,00
150
4,1 a 6,0 0,80 1,20
6,1 a 8,0 0,90 1,40
Até 2,0 0,70 0,80
2,1 a 4,0 0,70 1,00
200
4,1 a 6,0 0,80 1,20
6,1 a 8,0 0,90 1,40
Até 2,0 0,75 0,85
2,1 a 4,0 0,75 1,05
250
4,1 a 6,0 0,85 1,25
6,1 a 8,0 0,95 1,45
Até 2,0 0,80 0,90
2,1 a 4,0 0,80 1,10
300
4,1 a 6,0 0,90 1,30
6,1 a 8,0 1,00 1,50
Até 2,0 0,85 0,95
2,1 a 4,0 0,85 1,15
350
4,1 a 6,0 0,95 1,35
6,1 a 8,0 1,05 1,55
Até 2,0 1,00 1,30
2,1 a 4,0 1,00 1,50
400
4,1 a 6,0 1,10 1,70
6,1 a 8,0 1,20 1,90
Até 2,0 1,20 1,50
2,1 a 4,0 1,20 1,70
600
4,1 a 6,0 1,30 1,90
6,1 a 8,0 1,40 2,10
Até 2,0 1,30 1,60
2,1 a 4,0 1,30 1,80
700
4,1 a 6,0 1,40 2,00
6,1 a 8,0 1,50 2,20
Até 2,0 1,40 1,70
2,1 a 4,0 1,40 1,90
800
4,1 a 6,0 1,50 2,10
6,1 a 8,0 1,50 2,30

Fica estabelecido que a largura mínima das valas será obtida pela expressão L = D + 0,40 m,
sendo D o diâmetro nominal da tubulação.

Somente quando for absolutamente indispensável será admitido o uso de explosivos para
abertura de vala. Ocorrendo a hipótese, a FISCALIZAÇÃO dará a autorização apropriada,

19
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

cabendo à EMPREITEIRA a obtenção de todas as permissões e o cumprimento de todas as


exigências legais relacionadas com o uso de explosivos. A EMPREITEIRA arcará com todas
as responsabilidades e prejuízos decorrentes do emprego de explosivos.

O material resultante da escavação ou demolição que não puder ser empregado será
imediatamente removido para locais aprovados pela FISCALIZAÇÃO. O material passível de
aproveitamento será depositado, provisoriamente, de um só lado da vala, a uma distância
adequada, de modo a não perturbar os serviços, não comprometer a estabilidade dos taludes e
não permitir a invasão da vala pelas águas das chuvas.

Somente após vistoria e aprovação pela FISCALIZAÇÃO, os trabalhos de escavação de


qualquer trecho serão considerados terminados. Para a vistoria, a vala deverá estar limpa e
desimpedida de fragmentos de rocha, lama ou detritos de qualquer natureza.

Dependendo do tipo de material encontrado, as escavações a realizar compreenderão:


escavações em terra ou moledo e em rocha.

2.4.1.1 Escavações em terra ou moledo

Sob a denominação em terra ou moledo entendem-se todos os materiais que não necessitam
meios especiais para a sua extração.

Incluem-se nesta classificação, além da terra propriamente dita, a piçarra, o cascalho, os xistos
argilosos, o grés mole, rocha decomposta e todos os materiais semelhantes. Estão incluídos
também os blocos soltos de rocha ou material duro, de diâmetro inferior a 0,30 m,
aproximadamente.

2.4.1.2 Escavação em rocha

Sob a denominação de rocha, entendem-se todos os materiais que necessitam de brocas,


marretas ou marrões, encunhamentos, etc., para a sua extração e ainda, os blocos soltos de
materiais idênticos de diâmetro aproximado maior do que 0,30 m.

Qualquer processo de saliência ou depressão no fundo de vala deverá ser preenchido com
areia, pó de pedra ou outro material granular de boa qualidade.

Quaisquer danos causados em canalizações de água potável, água pluvial, cabos elétricos,
telefônicos, esgotos sanitários, etc., ainda que não sejam por má execução ou falta de
proteção, serão reparados às expensas da EMPREITEIRA, ficando claro que a AUTARQUIA
MUNICIPAL/MG em hipótese alguma indenizará a EMPREITEIRA pela execução destes
reparos.

20
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

As escavações em rochas decompostas, pedras soltas e rocha viva devem ser feitas abaixo do
nível inferior da tubulação, para que seja possível a execução de um berço de material granular
de espessura compatível com o diâmetro da bolsa do tubo empregado.

1.1.17 Fundo das Valas

O fundo da vala deve ser regular e uniforme, obedecendo à declividade prevista no projeto,
isento de saliências e reentrâncias. As eventuais reentrâncias devem ser preenchidas com
material adequado, convenientemente compactado, de modo a se obter as mesmas condições
de suporte da vala normal.

Nos locais onde há presença de água do lençol freático o fundo das valas deverá ser
preparado com drenos, da forma descrita a seguir ou equivalente aprovado pela Fiscalização.

Para a rede coletora e linha de recalque prevê-se a utilização de dois tipos de dreno:

 - um em brita, com espessura de 2 cm e largura igual à da vala;

 - outro em manilha cerâmica, DN 100, sem rejuntamento, envolta em camada de brita


de 20 cm de espessura e largura igual à da vala.

1.1.18 Terraplenagem da área da Estação Elevatória e da ETE

As operações envolvidas nessa atividade são as seguintes:

 Limpeza da área;

 Cortes conforme indicado no projeto;

 Aterros conforme indicado no projeto;

 Transporte dos materiais da área de empréstimo para a área da ETE;

 Compactação do solo com controle visual do mesmo;

1.1.19 Esgotamento

Quando a escavação atingir o lençol d’água, fato que poderá criar obstáculos à perfeita
execução da obra, dever-se-á ter o cuidado de manter o terreno permanentemente drenado,
impedindo-se que a água se eleve no interior da vala, pelo menos até que sejam feitos os
testes.

A água deverá ser captada em sistema de drenagem de fundo de vala, conforme item anterior,
e lançado em local apropriado por meio natural ou por recalque.

1.1.20 Escoramento

Destina-se a garantir a incolumidade das pessoas, evitar danos a terceiros e possibilitar o


normal desenvolvimento dos trabalhos. Todos os cortes com profundidades superiores a 1,25

21
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

m deverão ser protegidos através de taludamento adequado ou estruturas de contenção


denominadas escoramento.

No caso, os escoramentos serão utilizados para as seguintes finalidades:

 execução de cavas de fundação;

 contenção das paredes das valas.

Para escavação das cavas de fundação a Empreiteira deverá executar conforme projeto
específico.

A Empreiteira poderá sugerir outra estrutura de escoramento que terá que garantir as mesmas
condições de execução da obra. Esta nova estrutura deverá ter seu projeto, previamente,
aprovado pela AUTARQUIA MUNICIPAL MG.

Em toda vala com profundidade superior a 1,25 m, será obrigatório o escoramento. A


EMPREITEIRA, com aprovação da FISCALIZAÇÃO providenciará sob sua responsabilidade, o
escoramento adequado das valas de escavações em geral, de modo a garantir a incolumidade
das pessoas, evitar danos a terceiros e possibilitar o normal desenvolvimento dos trabalhos.

A FISCALIZAÇÃO, em qualquer tempo, poderá exigir a apresentação de memória de cálculo


referente ao escoramento utilizado.

Os tipos de escoramento usualmente considerados são:

2.4.1.3 Descontínuo

Com pranchões de 0,04 x 0,30 m, espaçadas de no máximo 0,30 m travadas horizontalmente


por longarinas de 0,075 x 0,15 m, em toda a sua extensão e contraventadas com eucalipto de 
0,12 m, cada 1,35 m.

2.4.1.4 Contínuo

Com pranchões de 0,04 x 0,30 m unidas uma às outras, travadas horizontalmente por
longarinas de 0,075 x 0,15 m em toda a sua extensão e estroncadas com eucalipto de  0,12 m
espaçadas de 1,35 m.

2.4.1.5 Especiais

Com estacas prancha de concreto, conforme projeto.

A vala somente será considerada escorada para efeito de pagamento, quando o escoramento
for sendo removido, ao mesmo tempo que o reaterro seja completado. Somente quando a
profundidade for igual ou inferior a 1,50 m (um metro e meio) o escoramento poderá ser
totalmente removido.

22
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.21 Estruturas de Concreto

Deverão obedecer ao prescrito da AUTARQUIA MUNICIPAL-MG e normas da ABNT, para


Projeto e Execução de Estruturas em Concreto para Obras de Saneamento e particularmente
ao que se segue, principalmente para obter perfeita impermeabilização / estanqueidade das
peças de concreto das elevatórias.

Antes do início da obra a Empreiteira deverá estudar os planos de concretagem, com o objetivo
de evitar reparos posteriores. É imprescindível na obra equipamentos para tratamento das
juntas de concretagem.

2.4.1.6 Formas

Painéis

 As formas, para estruturas de concreto que terão superfícies aparentes, deverão ser
executadas em painéis de madeira compensada, revestidas de filme plástico.

 As espessuras dos painéis deverão ser adequadas às dimensões das peças estruturais
com dimensões mínimas de 15 mm. Os painéis deverão ser resistentes aos esforços
solicitantes dos trabalhos de concretagem, propiciando concreto aparente com
superfície especular.

 Os painéis deverão ser dispostos de modo a formarem juntas corridas nas direções
horizontais e verticais.

 As juntas formadas pela justaposição dos painéis, num plano ou em ângulo, deverão
ser perfeitamente estanques.

 Os painéis de forma poderão ser várias vezes reaproveitados, desde que não
apresentem defeitos em suas superfícies, que não possam deixar vazar massas de
concreto, e que o revestimento impermeabilizante não esteja danificado.

 Poderão ser exigidos pela fiscalização reforços especiais nos painéis de forma da
estrutura de concreto aparente, para que seja garantida uma superfície plana, sem
ondulações e especular.

 Poderão ser utilizados, produtos específicos, para aplicação nas faces internas das
formas, que objetivam uma maior facilidade de desforma.

 Estes desmoldantes deverão ser aplicados antes da colocação da ferragem e serem


garantidos pela Empreiteira quanto a qualquer ação química sobre a superfície do
concreto.

 Antes da colocação das ferragens, as formas deverão se apresentar perfeitamente


acabadas e limpas. Se as formas forem tratadas internamente com pintura de

23
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

produtos desmoldantes, a sua limpeza só poderá ser efetuada por ação de ar


comprimido, não podendo ser utilizada água para lavagem.

Travamentos

 Todos os materiais necessários aos reforços e travamentos dos painéis, quer sejam de
madeira ou metálicos, deverão ser convenientemente dimensionados e posicionados,
de tal forma a garantir a perfeita estabilidade dos painéis.

 Nas peças esbeltas, para que sejam garantidos os alinhamentos e o paralelismo dos
painéis das formas, poderão ser utilizados tirantes metálicos passantes que se fixarão
externamente nas peças de travamento.

 Estes tirantes deverão ser solidários à estrutura, não podendo ser isolados do maciço
de concreto. Após a retirada das formas, estes tirantes serão cortados com talhadeira, a
uma distância de 3 cm para dentro da superfície, em ambos os lados da peça estrutural,
e as cavidades deverão ser bloqueadas com argamassa forte e compacta.

Cimbramentos

 O cimbramento deverá ser convenientemente dimensionado de modo a não sofrer, sob


ação do peso próprio da estrutura e das sobrecargas advindas dos trabalhos de
concretagem, deformações ou movimentos oscilatórios prejudiciais à estrutura.

 Todos os cimbramentos poderão ser executados com peças de madeira retangulares ou


roliças ou metálicas em perfis tubulares.

 Para peças retangulares de madeira, a seção mínima deverá ser de 8 cm x 8 cm e,


quando roliças, o diâmetro mínimo deverá ser de 9 cm.

 Escoras verticais de madeira, quando não dimensionadas à flambagem, não poderão


ter comprimento livre superior a 3 m.

 Para alturas maiores, será necessário o travamento horizontal em duas direções


ortogonais.

 Em cada escora de madeira só poderá existir uma emenda a qual deverá estar
posicionada fora do terço médio da sua altura. Os topos de duas peças emendadas
deverão ser bem justapostas, sem excentricidades, e acoplados por cobre-juntas em
todo o perímetro de emenda.

 Os pontos de apoio das peças do cimbramento deverão ter condições de suporte


condizentes com as cargas e não estar sujeitas a recalques.

 Quando de madeiras, as peças deverão ser calçadas com cunhas de madeira, de forma
a facilitar a operação de decimbramento.

24
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Desforma e decimbramento

 As formas de peças verticais das estruturas deverão ser mantidas pelo prazo da tabela
seguinte, para que se tenha garantida a cura superficial do concreto destas peças.

LOCAL PRAZO MÍNIMO (dias)


1) Paredes, pilares e faces laterais de vigas 3
2) Faces inferiores, deixando-se pontaletes bem
14
encunhados e espaçados
3) Faces inferiores sem pontaletes 21
4) Lajes até 10 cm de espessura 7
5) Lajes de mais de 10 cm de espessura e faces
21
inferiores de vigas até 10 m de vão
6) Faces inferiores de vigas de mais de 10 m de vão 28
 Nos serviços de desforma, deverão ser evitados impactos ou choques sobre a estrutura
e deverão ser evitados contatos de ferramentas metálicas sobre a superfície aparente
do concreto.

 Durante as operações de desforma, deverão ser cuidadosamente removida da estrutura


quaisquer rebarbas de concreto formadas nas juntas das formas e removidas todas as
pontas de arame ou tirantes de amarração.

 Os decimbramentos deverão obedecer a um plano previamente estabelecido de modo a


atender aos prazos mínimos necessários, determinados.

Embutidos

 Núcleos a serem acoplados nas formas e necessários para futuras passagens de tubos
deverão estar corretamente locados e com fixação adequada, para que sejam
resistentes aos serviços de concretagem.

 As peças embutidas deverão estar perfeitamente limpas e livres de qualquer tipo de


impedimento que prejudique a aderência do concreto.

 Tubulações embutidas deverão estar bem posicionadas.

2.4.1.7 Armaduras

Aço

 Quando não especificado em contrário, os aços serão das classes CA 50, laminados a
quente, com escoamento definido por patamar no diagrama tensão-deformação.

 Não poderão ser utilizados aços de qualidade ou características diferentes das


especificadas no projeto, sem a aprovação da fiscalização.

25
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Todo o aço a ser utilizado na obra deverá, preferencialmente, ser sempre de um único
fabricante.

Recebimento e estocagem

 Todo o aço deverá ser estocado em local apropriado e protegido contra intempéries,
devendo ser disposto sobre estrados isolados do solo e agrupados por categoria e
bitola, de modo a permitir um adequado controle de estocagem.

Preparo das Armaduras

 As barras de aço deverão ser previamente retificadas por processos manuais e


mecânicos, quando então serão vistoriados quanto às suas características aparentes,
como sejam, desbitolagem, rebarbas de aço, ou quaisquer outros defeitos
aparentemente visíveis.

 O corte e o dobramento das armaduras deverão ser executados a frio, com


equipamentos apropriados e de acordo com os detalhes do projeto.

 Não será permitido o uso do corte oxido-acetilênico e nem o aquecimento das barras
para facilidades de dobragem.

 Não será permitido nenhum processo de emenda soldada para as barras de aço.

Colocação das armaduras

 As armaduras deverão ser transportadas para os locais de aplicação, já


convenientemente preparadas e identificadas.

 O posicionamento das armaduras nas peças estruturais será feito rigorosamente de


acordo com as posições e espaçamentos indicados nos projetos.

 As armaduras posicionadas deverão ser convenientemente fixadas, de modo a


permanecerem indeslocáveis durante os serviços de concretagem.

 Os recobrimentos das armaduras deverão ser assegurados pela utilização de um


número adequado de espaçadores ou pastilhas de concreto.

 As pastilhas de concreto deverão ser fabricadas com o mesmo tipo de concreto a ser
utilizado na estrutura, e deverão conter dispositivos adequados que permitam a sua
fixação nas armaduras.

 As espessuras de recobrimento deverão ser rigorosamente obedecidas, de acordo com


as indicações dos projetos.

 As armaduras de espera ou ancoragem deverão ser sempre protegidas, para evitar que
sejam dobradas ou danificadas.

26
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Na sequência construtiva, antes da retomada dos serviços de concretagem, estas


armaduras deverão estar perfeitamente limpas e intactas.

 Após montadas e posicionadas nas formas, as armaduras não deverão sofrer quaisquer
danos ou deslocamentos, ocasionados pelos equipamentos de concretagem, ou sofrer
ação direta dos vibradores.

 As emendas das armaduras só poderão ser executadas de acordo com os


procedimentos indicados nos projetos.

2.4.1.8 Concreto Estrutural

Disposições Gerais / Composições

 O concreto será composto pela mistura de cimento de alto forno (AF) ou pozolânico
(CPIV), água, agregados inertes e, eventualmente, de aditivos químicos especiais.

 A composição ou traço da mistura deverá ser determinado pelo laboratório de concreto,


de acordo com a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, baseado na
relação do fator água / cimento e na pesquisa de agregados mais adequados e com
granulometria conveniente, com a finalidade de se obter:

 Mistura plástica com trabalhabilidade adequada;

 Produto acabado com a resistência indicada em projeto.

 Especificamente para a unidade do projeto em questão, para garantia de durabilidade e


estanqueidade foram adotadas no cálculo estrutural as seguintes premissas básicas:

 fck  250 kgf/cm2 , com teor mínimo de cimento de 350 Kg/m3;

 cobrimento mínimo de ferragem  4 cm nas superfícies em contato com o esgoto ou


seus gases e  3 cm nas demais;

 dimensões mínimas de paredes e fundos de tanques  20 cm;

 espaçamento máximo das armaduras = 15 cm;

 abertura máxima de fissura conforme preconizado pela NBR 6118 = 0,1 mm, para as
superfícies em contato com o esgoto e 0,2 mm para as em contato com o solo.

 Ainda para garantia da durabilidade e estanqueidade da obra deverão ser,


obrigatoriamente, atendidas as seguintes providências básicas:

 fator água cimento de 0,45 l/kg;

 utilização de agregado originário de rochas calcárias e sãs;

 utilização de cimento de alto forno ou pozolânico.

27
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Para melhorar a trabalhabilidade do concreto poderá ser utilizado aditivo incorporador


de ar, previamente aprovado pela fiscalização.

 As embalagens do cimento deverão apresentar-se íntegras por ocasião do recebimento,


devendo ser rejeitados todos os sacos que apresentarem sinais de hidratação.

 Os sacos deverão ser armazenados em lotes, que serão considerados distintos,


quando:

 Forem de procedência ou marcas distintas;

 Forem de tipo ou classe de resistências diferentes;

 Tiverem mais de 400 sacos.

 Os lotes de cimento deverão ser armazenados de tal modo que se torne fácil a sua
inspeção e identificação.

 Quando em sacos, as pilhas deverão ser de 10 sacos no máximo, e o seu uso deverá
obedecer à ordem cronológica de chegada aos depósitos.

 Todo cimento ensacado deverá ser depositado sobre estrados de madeira, ao abrigo de
umidade e intempéries.

 O agregado miúdo será a areia natural, de origem quartzoza, cuja composição


granulométrica e quantidade de substâncias nocivas deverão obedecer às condições
impostas pela NBR 7211 da ABNT.

 O agregado graúdo deverá ser constituído de britas obtidas através de britagem de


rochas calcárias, sãs.

 O diâmetro máximo de agregado deverá ser inferior 1/4 da menor espessura da peça a
concretar a 2/3 do espaçamento entre as barras de aço das armaduras.

 A estocagem dos agregados deverá ser feita de modo a evitar a sua segregação e a
mistura entre si.

 Os silos de estocagem deverão ser pavimentados em concreto magro, com superfícies


planas e com declividade para facilitar o escoamento das águas de chuvas ou de
lavagem.

 A água destinada ao preparo do concreto deverá ser isenta de substâncias estranhas


tais como: óleo, ácidos, sais, matérias orgânicas e quaisquer outras que possam
interferir com as reações de hidratação do cimento e que possam afetar o bom
andamento, cura e aspecto final do concreto.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Quando autorizados pela Fiscalização os aditivos para a melhoria das qualidades do


concreto, deverão atender às normas ABNT NBR 11768.

 A percentagem de aditivos deverá ser fixada conforme recomendações do Fabricante,


levando em consideração a temperatura ambiente e o tipo de cimento adotado.

 A eficiência dos aditivos deverá ser sempre previamente comprovada através de


ensaios, que referenciam ao tempo de pega, resistência da argamassa e consistência.

 Cuidados especiais deverão ser observados quanto à estocagem e idade da fabricação,


considerando a fácil deterioração deste material.

Dosagem

 A dosagem do concreto deverá ser experimental, objetivando a determinação de traços


que atenda economicamente às resistências especiais no projeto, bem como a
trabalhabilidade necessária e a durabilidade, resguardadas as indicações contidas nos
desenhos do projeto estrutural.

 A dosagem experimental do concreto deverá ser efetuada atendendo a qualquer


método que correlacione a resistência, durabilidade, relação água/cimento e
consistência.

 A trabalhabilidade deverá atender às características dos materiais componentes do


concreto, sendo compatível com as condições de preparo, transporte, lançamento e
adensamento, bem como as características das dimensões das peças a serem
concretadas.

 Levando-se em consideração a agressividade do meio, independentemente da


quantidade de cimento necessária para alcançar a resistência desejada, nessa obra
deverá ser empregada uma relação mínima de 350 kg de cimento por metro cúbico de
concreto.

Preparo do Concreto

 O preparo do concreto poderá ser através da central de concreto instalada em canteiro,


convenientemente dimensionada para atendimento ao plano de concretagem
estabelecido de acordo com o cronograma da obra.

 A central de concreto deverá ser operada por pessoal especializado, para as correções
que se fizerem necessárias no traço do concreto.

 Antes do início das operações de produção do concreto, deverão ser feitas as aferições
dos dispositivos de pesagem e as determinações da umidade dos agregados, para
correção do fator água/cimento.

29
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Para cada carga de concreto preparado, deverá ser preenchida uma ficha de controle
que deverá constar: peso do cimento, peso dos agregados miúdo e graúdo, fator água-
cimento, hora do término da mistura e identificação do equipamento de transporte.

 Caso seja utilizado concreto de usina local o mesmo deverá ser acompanhado de
atestado de forma clara e inequívoca de possuir as seguintes características mínimas:

 Na sua composição foram utilizados:

 Cimento de alto forno (AF) ou pozolânico (CP IV);

 Brita proveniente de rocha calcária;

 Areia quartzoza.

 fator água/cimento de 0,45 l/kg;

 resistência do concreto  250 kg/cm2;

 teor mínimo de cimento  350 kg/m3;

 indicação de qualquer produto químico utilizado.

Transporte

 O concreto deverá ser transportado, desde o seu local de mistura até o local de
colocação com a maior rapidez possível, através de equipamentos transportadores
especiais que evitem a sua segregação e vazamentos.

Lançamento

 O concreto deverá ser depositado nos locais de aplicação, tanto quanto possível,
diretamente em sua posição final, através da ação adequada de vibradores, evitando-se
a sua segregação.

 Qualquer dispositivo de lançamento que for causar segregação do concreto será


recusado pela fiscalização.

 Não será permitido o lançamento do concreto com alturas superiores a 2,0 m.

 Antes do lançamento do concreto, os locais deverão ser vistoriados e retirados


quaisquer tipos de resíduos.

 Nas operações de lançamento de concreto, deverão ser tomados cuidados especiais


que evitem os deslocamentos das armaduras e vibrações das formas.

 Para o lançamento do concreto em camadas de grandes dimensões horizontais,


deverão ser definidas formas provisórias que possibilitem o confinamento do concreto
durante o seu adensamento.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 O lançamento do concreto, através de bombeamento, deverá atender às especificações


da NBR 14.931 e o concreto deverá ter um índice de consistência adequado às
características do equipamento, sem prejuízo da obra.

Adensamento

 O adensamento do concreto deverá ser executado através de vibradores de alta


frequência, com diâmetro adequado às dimensões das formas.

 Os vibradores de agulha deverão trabalhar sempre na posição vertical e movimentados


constantemente na massa de concreto, até a caracterização do total adensamento, e os
seus pontos de aplicação deverão ser distante entre si de cerca de uma vez e meia o
seu raio de ação.

 Deverá ser evitado o contato prolongado dos vibradores junto às formas e armaduras.

 As armaduras parcialmente expostas, devido à concretagem parcelada de uma peça


estrutural, não deverão sofrer qualquer ação de movimento ou vibração antes que o
concreto, onde se encontram engastadas, adquira suficiente resistência para assegurar
a eficiência da aderência.

 Os vibradores de parede só deverão ser usados se forem tomados cuidados especiais,


no sentido de se evitar que as formas e as armaduras possam ser deslocadas.

 Toda a concretagem deverá obedecer a um plano previamente estabelecido, onde


necessariamente serão considerados:

 Delimitação da área a ser concretada em uma jornada de trabalho, sem interrupção de


aplicação do concreto, com definição precisa do volume a ser lançado.

 Na delimitação destas áreas ficarão definidas as juntas de concretagem, que deverão


ser sempre verticais e atender às condições de menores solicitações das peças.

 Planejamento dos recursos de equipamentos de mão-de-obra necessários à


concretização dos serviços.

 Verificação dos sistemas de formas e se as condições do cimbramento estão


adequadas às sobrecargas previstas.

 Estudos dos processos de cura a serem adotados para os setores delimitados por este
plano de concretagem.

 Todo o concreto deverá ser cadastrado de forma a estabelecer uma correlação entre o
local de aplicação e o número do lote do concreto lançado, para possibilidade de um
adequado controle de qualidade.

Juntas de Concretagem

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Devem ser perfeitamente, localizadas nas seções de tensões tangenciais mínimas, ou


seja, onde forem menores os esforços de cisalhamento, como por exemplo:

 nos pilares: devem ser localizadas na altura da face inferior das vigas;

 nas vigas biapoiadas: deve-se ser localizar no terço médio do vão;

 nas lajes: no terço central;

 nas paredes bi-engastadas: acima do terço inferior;

 As juntas devem ser verticais ou horizontais;

 No caso de juntas que ocorram em pontos críticos das peças estruturais, no que diz
respeito às solicitações, deverá ser utilizado adesivo estrutural para garantir a
estanqueidade, obedecendo as recomendações do seu fabricante.

 Recomenda-se, para uma melhor emenda, a aplicação de um filme adesivo epóxico, no


local de contato, antes do lançamento do novo concreto.

 Deve-se prever a limitação da parte superior de cada camada de concreto de uma


espessura igual a cobertura da armadura (4 cm), que deverá ser retirada antes do
lançamento da camada seguinte.

 A junta dever ser tratada por qualquer processo que elimine a camada superficial de
nata de cimento, deixando os grãos de agregados parcialmente expostos, podendo
empregar:

 Jato de ar e água após o início do endurecimento;

 Jato de areia após 12 horas de interrupção;

 Apicoamento da superfície da junta após 12 horas de interrupção.

 As superfícies devem ser mantidas úmidas e antes da concretagem deve-se proceder


uma limpeza com água ou ar para remoção de todos os restos de concreto solto e
poeira.

 O concreto deverá ser perfeitamente adensado até a superfície da junta, usando-se


forma se necessário.

Reparos da estrutura

 Os reparos superficiais do concreto são medidas adotadas para corrigir defeitos da


concretagem, aparentes após a desforma e serão executados sempre que a
Fiscalização julgar conveniente, às expensas da Empreiteira.

 As falhas detectadas serão analisadas para mapeamento e análise dos processos de


reparos a serem adotados.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Caso o nível de reparos venha comprometer a plástica da obra, esta deverá ser
restabelecida às expensas da Empreiteira. O caso mais comum ocorre na superfície de
concreto aparente. Caso ela fique manchada por “reparos”, ela deverá ser lixada e
tratada à base de cimento às expensas da Empreiteira, de forma que toda a superfície
aparente apresente coloração uniforme.

Segundo estágio de concretagem

 Após a instalação e inspeção de alinhamento, níveis e tolerância de tubulações a serem


embutidas, será executada a concretagem do segundo estágio, tomando-se cuidados
especiais para se evitarem eventuais deslocamentos dos dispositivos embutidos.

 O diâmetro máximo dos agregados do concreto será fixado em função das folgas
existentes e, a critério da Fiscalização, serão empregados recursos com a finalidade de
reduzir a retração da mistura. Serão respeitados os limites estabelecidos pela ABNT, no
caso do uso de aditivos.

 Antes da instalação dos dispositivos a serem embutidos, todas as superfícies de


concreto, para contato com o segundo estágio, serão inteiramente apicoadas e tratadas
com jatos de areia-água, a fim de assegurar a máxima aderência.

 Todas as superfícies deverão ser mantidas molhadas pelo menos durante 2 (duas)
horas antes da colocação no novo concreto, com exceção dos casos onde for
necessário e aconselhável, o uso de cola colma-Fix ou similar, e, neste caso, os jatos
anteriores, serão puramente de areia.

Cura do concreto

 Deverão ser tomadas medidas prévias para evitar a perda prematura da água
necessária à hidratação do concreto. Poderão ser utilizados os seguintes processos:

 Irrigação contínua das superfícies expostas;

 Cobertura das superfícies expostas com panos, sacaria molhada ou areia molhada;

 Cobertura com produtos impermeáveis.

 Qualquer dos processos a serem utilizados deverá obedecer a prévia autorização da


Fiscalização.

 A cura deverá ser iniciada no máximo duas horas após o lançamento do concreto e se
estender durante quatorze dias.

 Nas paredes verticais a cura deverá ser efetuada mediante irrigação ou outro processo
aprovado pela Fiscalização, que deverá prolongar-se por no mínimo quatorze dias.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Atenção: a cura do concreto deverá merecer especial cuidado da Empreiteira e


Fiscalização, por tratar-se de estrutura destinada ao uso hidráulico, face a
inconveniência do aparecimento de fissuras, com perigo de possíveis escamações
superficiais, das quais poderão resultar uma redução da durabilidade das peças de
concreto e vazamentos não admissíveis.

2.4.1.9 Alvenarias

Deverão ser executadas de acordo com o que se segue.

As alvenarias destinadas aos muros de divisa e ao fechamento das elevatórias e abrigos serão
em blocos de concreto ou de tijolos furados de boa qualidade podendo, caso não o sejam,
serem rejeitados pela Fiscalização da AUTARQUIA MUNICIPAL-MG. Deverão ser assentes
com argamassa de cimento e areia, traço 1:6.

Os blocos ou tijolos deverão ser bem molhados e assentados com regularidade, resultando
fiadas perfeitamente niveladas, prumadas e alinhadas, de modo a evitar revestimentos com
espessura superior a 10 mm.

2.4.1.10 Revestimento

Deverão ser executadas de acordo com o que se segue:

De paredes de blocos de concreto: com chapisco e massa paulista (cimento, cal em pó e areia
peneirada, traço 1:3,5:4,5), exceto as paredes do banheiro da casa do operador.

De pisos internos dos abrigos da subestação e do QCM e de parte da casa do operador: em


cimento liso traço 1:6, de cimento e areia, desempenado a feltro, queimado à colher com
cimento em pó. O piso deverá ser dividido em painéis quadrados de 50 cm, utilizando juntas
plásticas de cor preta. A divisão dos painéis deverá ser feita de modo que dimensões diferentes
de 50 cm fiquem paralelas e contíguas às paredes do cômodo.

De faixa de 1,80 m de altura da parede do banheiro e 0,50 m acima da pia da casa do


operador: com azulejos brancos de 1a qualidade ou extra.

De piso do banheiro da casa do operador: com ladrilhos cerâmicos de 9,5 x 19,5 cm, de 1ª
qualidade ou extra.

De passeios: em cimento liso desempenado, traço 1:6, de cimento e areia, sobre base de
concreto simples, inclusive sob as caçambas coletoras de areia, com juntas fracas a cada 60
cm.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Do muro de divisa: com chapisco rústico.

2.4.1.11Cobertura

Deverá ser executada com telhas fibrocimento (perfis trapezoidais).

2.4.1.12 Serralheria / Esquadrias

Deverá ser executada de acordo com as indicações dos desenhos do projeto.

2.4.1.13 Pintura

Deverá ser executada de acordo com o que se segue:

De paredes, revestidas com massa paulista: à base de látex, diretamente sobre o revestimento.
Cores indicadas em projeto ou a serem definidas pela Fiscalização;

Das esquadrias, tampas e grades, metálicas: com zarcão e esmalte, na cor indicada em projeto
ou de acordo com definição da Fiscalização;

Das tubulações aparentes: com tinta à óleo ou esmaltes, nas cores padronizadas pela
AUTARQUIA MUNICIPAL/MG.

Das esquadrias de madeira: com esmalte, na cor a ser definida pela Fiscalização;

Do muro de divisa: três demãos de cal.

2.4.1.14 Pavimentação de Áreas Internas / Urbanização


Deverá ser executada de acordo com o prescrito em projeto.

2.4.1.15 Paisagismo
Deverá ser executado de acordo com as indicações do projeto.

2.4.1.16 Assentamento das Tubulações

Os tubos devem ser transportados até a vala, manualmente ou em caminhões, apoiados sobre
sarrafos, com as bolsas livres. Devem ser dispostos ao longo da vala, também, com as bolsas
livres, ou seja, apoiados ao longo da geratriz inferior, sobre local livre de pedras ou objetos
salientes. Devem permanecer neste local o menor tempo possível afim de evitar acidentes e
deformações.

A descida dos tubos na vala deve ser manualmente, sem arrasto.

35
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os tubos devem ser colocados com a sua geratriz inferior coincidindo com o eixo da vala e
berço, de modo que as bolsas fiquem nas escavações previamente preparadas, assegurando
um apoio contínuo do corpo do tubo.

Devem ser montados, de preferência, com as bolsas dos tubos voltados para montante, para
serem acoplados às pontas dos tubos subsequentes.

Sempre que for interrompido o trabalho, o último tubo assentado deverá ser tamponado, a fim
de evitar entrada de elemento estranho na tubulação.

2.4.1.17 Poços de Visita

Os poços de visita serão executados de acordo com os padronizados pela AUTARQUIA


MUNICIPAL MG. Deverão ser construídos rigorosamente conforme estabelecido. Nos locais
onde for verificada a presença de água do lençol freático, os poços deverão ser revestidos
externamente e pintados com tinta impermeabilizante, para evitar infiltrações. Fora de vias, os
poços deverão prolongar-se acima do solo por 50 cm, ou acima das cotas de inundação.

Os poços serão providos de canaletas de fundo concordando em forma e declividade com as


canalizações que têm acesso ao poço. As canaletas serão executadas em concreto, revestidas
como indicado no item anterior. O enchimento lateral será sempre em concreto, sendo vedado
o uso de tijolos. O fundo do poço deve ter uma declividade de no mínimo 2% em direção às
canaletas.

2.4.1.18 Tubos de Queda


Sempre que houver uma diferença de cotas de 50 cm ou mais, entre a canalização de chegada
e a saída, utilizar-se-á o emprego do tubo de queda. Este será executado conforme desenhos
de poços de visita, citados na letra “a”, anterior.

2.4.1.19 Reaterro de Valas


Antes de se iniciar o aterro da tubulação, será realizado pela EMPREITEIRA, com a
FISCALIZAÇÃO presente, o teste do espelho, ou outro a critério da FISCALIZAÇÃO. Após o
reaterro superior da vala até uma altura de 30 cm acima da geratriz superior da tubulação, mas
sempre antes do reaterro final, será feito novo teste de espelho para verificar o eventual
deslocamento dos tubos durante a compactação.

O complemento do aterro das redes só será executado após estes testes e autorização da
FISCALIZAÇÃO. O aterro será executado com material apropriado, proveniente da escavação
da vala ou de empréstimo. O serviço será feito em camadas sucessivas que serão
devidamente compactadas com o grau de umidade adequado. O adensamento será feito até
obter-se no mínimo o grau de compactação de 97% (noventa e sete por cento ). Decorrido um

36
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

tempo conveniente, será efetuado o serviço de reconstrução da pavimentação preexistente. No


caso de vias sem pavimento o grau de compactação será tal que a densidade do aterro seja
aproximadamente a mesma das paredes da vala.

2.4.1.20 Recomposição de Pavimentos


A EMPREITEIRA será a única responsável pela conservação dos materiais reempregáveis,
cabendo-lhe substituir os que faltarem ou tiverem sido danificados, de modo que as
reconstruções fiquem perfeitas e conforme as preexistentes.

A reconstrução somente será iniciada quando as condições de compactação do aterro atender


às especificações do item 3.4.18. A reconstrução do pavimento implica na execução de todos
os trabalhos correlatos e afins, tais como recolocação de meios-fios, tampões, boca de lobo,
etc, eventualmente demolidos ou removidos por exigência dos serviços.

Na hipótese de, por exigência da obra (atestada pela FISCALIZAÇÃO) serem danificados
passeios, sua reconstrução será obrigatória pela EMPREITEIRA, com utilização do mesmo tipo
de material e mão de obra do preexistente. A FISCALIZAÇÃO fornecerá, em cada caso, as
especificações a serem seguidas.

Recomposição de Pavimento Asfáltico: Quando não houver nenhuma especificação ou


condição especial adotar-se-á esta especificação para pavimento asfáltico: sobre a vala
apiloada e com grau de compactação aprovado, será executada a base com espessura mínima
de 20 cm, com material aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Após o acabamento a base ficará no mínimo, 4,5 cm abaixo do revestimento primitivo. Esta
base deverá ter CBR superior a 70. Terminada a compactação a base receberá completa
imprimação com ligante apropriado. A seguir, será executado o revestimento tipo concreto
betuminoso, usinado a quente, com espessura adequada. A distribuição do concreto
betuminoso será feita de maneira homogênea e a compactação final será feita com rolo
compressor tipo Tandem, de 12 toneladas.

A recomposição dos pavimentos deverá acompanhar os comprimentos de canalização


assentadas, de forma a permitir a reintegração do tráfego no trecho acabado.

2.4.1.21 Transporte Especial de Material Escavado


Em ruas de tráfego intenso, grande concentração de casas comerciais, de localização de
prédios educacionais ou públicos, a critério da AUTARQUIA MUNICIPAL MG, esta poderá exigir
o transporte de todo o material escavado, de forma a deixar a pista completamente
desimpedida, a menos do local da vala.

Este material poderá ser transportado para um depósito anteriormente preparado ou para bota-
fora.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.22 Cadastramento das Redes Coletoras, Interceptores e Linha de Recalque

Será executado pela EMPREITEIRA o cadastro das redes de esgotos, incluindo, se for o caso,
modificações introduzidas em outras redes de esgoto existentes no trecho. O cadastro será
feito em obediência às normas para cadastramento da AUTARQUIA MUNICIPAL/MG, em fichas
fornecidas pela AUTARQUIA MUNICIPAL/MG e os respectivos desenhos.

O pagamento das medições ficará condicionado à apresentação das fichas de cadastro e os


desenhos, ambos visados pelo Engenheiro fiscal da obra.

A ficha será preenchida conforme instruções e modelo fornecidos.

1.1.23 Controle de Compactação

Os serviços de controle tecnológico de compactação serão efetuados pela EMPREITEIRA,


sendo obrigatórias suas apresentações para liberação das medições correspondentes aos
trechos em execução.

Na eventualidade dos serviços de compactação a cargo da Empreiteira se apresentarem


dentro de um nível de amostragem, aleatório, fora dos parâmetros técnicos especificados, a
AUTARQUIA MUNICIPAL/MG contratará diretamente com empresas especializadas, e às
expensas da Empreiteira titular, os serviços de controle tecnológico necessários.

38
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

3 MATERIAIS

Os materiais a serem empregados na rede, elevatórias e ETE estão indicados nos desenhos
do projeto.

A substituição de qualquer um deles só poderá ser feita antes do processo licitatório, mediante
justificativa técnica e econômica previamente aprovada pela AUTARQUIA MUNICIPAL/MG,
após o que a AUTARQUIA MUNICIPAL/MG dará seu parecer por escrito, para conhecimento de
todos os licitantes.

 Tubos, peças, conexões, aparelhos e acessórios de ferro fundido conforme NBR 7663 e
7675 e tubos de PVC, PBA, rígido, conforme NBR 5647, da ABNT, e relação de
materiais que a acompanha.

 Tubos, peças e conexões de PVC rígido com junta elástica de acordo com a Norma
NBR 7362, da ABNT, e relação de materiais que a acompanha.

 Tubos e conexões em concreto armado classe A2, fabricados conforme NBR 8890 da
ABNT (EB-969), e relação de materiais que a acompanha.

 Tubos de concreto simples, com junta elástica, conforme NBR 8889, da ABNT 1985
Versão Corrigida de1990.

 Tubo cerâmico para poço luminar e interligação à rede coletora, de seção circular de
juntas não elásticas, fabricados de acordo com a NBR 5645 da ABNT.

 Tampão de ferro fundido para poço luminar, fabricado conforme projeto padrão da
AUTARQUIA MUNICIPAL.

 Tampões de ferro fundido conforme norma da NBR 101606, da ABNT e projeto padrão
da AUTARQUIA MUNICIPAL;

 Tubos de polietileno de alta densidade, PEAD, classe de pressão de 4 Kg/cm2,


conforme norma NBR 15561 e ISO 4427. Quadros de comando de motores conforme
norma da AUTARQUIA MUNICIPAL.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

4.1 OBJETIVO / NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS

Esta documentação tem por objetivo estabelecer as características básicas e condições


mínimas a serem atendidas na execução dos serviços de fornecimento dos equipamentos,
acessórios, tubulações e materiais destinados às unidades componentes da Estação de
Tratamento de Esgotos de Viçosa, na cidade de Viçosa, da AUTARQUIA MUNICIPAL.

Os fornecedores deverão complementar os dados aqui apresentados, com base em sua


experiência comprovada, objetivando o fornecimento dos equipamentos que possam da melhor
forma possível, preencher as condições de desempenho, operação, manutenção e vida útil
requeridas. As exigências deste documento serão complementadas pelas especificações
particulares de cada equipamento.

As especificações técnicas particulares prevalecerão sobre as especificações técnicas gerais,


sempre que houver conflito entre elas.

Como base, deverão ser usadas Normas Técnicas da ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas, aplicáveis a cada caso.

Na falta destas, outras normas poderão ser usadas:

 AGMA – American Gears Manufacturers’ Association;

 ANSI – American National Standards Institute;

 DIN – Deutsche Industrie Normen;

 AFBMA – Anti-friction Bearings Manufacturers’ Association;

 AFNOR – Association Française de Normes;

 ASTM – American Society for Testing Materials;

 SAE – Society of Automotive Engineers;

 AWS – American Welding Society;

 AISI – American Iron and Steel Institute;

 AWWA – American Water Works Association;

 ASME – American Society of Mechanical Engineers;

 AISC – American Institute of Steel Construction;

 NEMA – National Electrical Manufacturers Association;

40
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 NEC – National Electrical Code;

 Outras normas reconhecidas no Brasil.

Quando houver discrepância entre as normas citadas, deverá ser utilizada a mais rigorosa.

4.2 DOCUMENTOS TÉCNICOS DE PROJETO

Definem-se como documentos técnicos de projeto os desenhos, o cronograma de implantação,


os levantamentos de campo, memórias de cálculo, desenhos, listas de materiais, e manuais
necessários ao detalhamento, fabricação, ensaios e testes de fábrica e de campo, transporte,
montagem, operação e manutenção do equipamento.

A CONTRATADA deverá apresentar todos os documentos técnicos de projeto, de conformidade


com os critérios e condições de elaboração a seguir determinados.

Todos os documentos e correspondências deverão ser redigidos em português, ou se redigidos


em língua estrangeira, serão acompanhados da respectiva tradução;

Manuais originais redigidos em língua estrangeira deverão ser acompanhados das respectivas
traduções;

As unidades de medida utilizadas nos documentos técnicos de projeto deverão ser do sistema
Internacional (SI). Valores indicados por conveniência em qualquer outro sistema de medidas
deverão trazer obrigatoriamente a conversão para o Sistema Internacional (SI);

Os documentos técnicos de projeto deverão ser encaminhados à AUTARQUIA MUNICIPAL


para análise e aprovação. A aprovação dos referidos documentos pela AUTARQUIA
MUNICIPAL não isenta a CONTRATADA do cumprimento das obrigações contratuais, nem da
responsabilidade sobre o correto desempenho do equipamento, quando colocado em
operação;

Os documentos técnicos de projeto serão considerados propriedade da AUTARQUIA


MUNICIPAL e serão utilizados de acordo com as conveniências da mesma para reparos e
manutenção dos equipamentos fornecidos.

4.3 DOCUMENTOS TÉCNICOS A SEREM FORNECIDOS

Para todo e qualquer equipamento a ser fornecido, deverá ser enviado à AUTARQUIA
MUNICIPAL, uma quantidade de cópias de cada documento técnico solicitado conforme
especificado em contrato.

Nos casos em que o equipamento contenha componentes de terceiros, tais como válvulas,
atuadores, motores, redutores, acoplamentos etc., a exigência de fornecimento dos
documentos técnicos solicitados também se aplica a esses componentes.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

A seguir estão relacionados os documentos técnicos que deverão ser fornecidos à AUTARQUIA
MUNICIPAL para análise, conforme os termos desta especificação:

Lista completa de todos os documentos a serem fornecidos: O FORNECEDOR deverá


apresentar uma lista contendo a descrição do equipamento, sua numeração e a revisão em
que se encontra para controle de entrega e o status em que se encontra (aprovado, aprovado
com comentários ou não aprovado). Esta lista deverá ser em formato A4, devendo ser
atualizada semanalmente. Fazem parte desta lista os seguintes documentos:

 Cronograma;

 Memorial de cálculo;

 Desenhos;

 Folha de dados dos equipamentos;

 Especificações;

Desenhos com plantas, vistas e cortes necessários para mostrar, em cada unidade do
processo, todos os equipamentos a serem instalados, com os respectivos números de desenho
do conjunto;

Desenho do diagrama de fluxo geral do tratamento, quando aplicável;

Desenhos dos isométricos das tubulações de cada unidade do processo, quando aplicável;

Desenhos de detalhe e de posição dos suportes das tubulações, para todas as unidades do
processo;

Plano de carga sobre as fundações, relativo a cada equipamento;

Equipamentos mecânicos:

 desenhos de conjunto com listas de materiais, posicionando todos os subconjuntos e


demais componentes do equipamento, e indicando as dimensões de contorno, de
montagem, de ajustes e tolerâncias requeridas para a fabricação e instalação;

 desenhos de subconjuntos como lista de materiais, posicionando cada componente, e


indicando as dimensões de contorno, de montagem, de ajustes e tolerâncias, além de
detalhes construtivos e de intertravamento no conjunto principal;

 desenhos de fabricação das partes estruturais;

 desenhos com detalhes de montagem/desmontagem;

 memória de cálculo dos rolamentos e componentes mecânicos e estruturais;

 detalhes das peças;

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 desenhos de itens e acessórios integrantes do equipamento;

 desenho de instalação do equipamento e acessórios em campo;

 catálogos técnicos do equipamento e de seus acessórios;

 relação de peças de desgaste do equipamento e de seus acessórios;

 relação de ferramentas especiais e equipamentos de manutenção;

 plano de pintura para o equipamento a seus acessórios.

Equipamento elétricos, conforme Especificações Elétricas;

Fornecimento de manuais:

 Manual de “Start up” e Operação;

 Manual de Manutenção Mecânica;

 Manual de Manutenção Elétrico/Eletrônica;

 Manuais e literatura sobre os processos necessários para transporte, manuseio e


estocagem de peças e equipamentos;

 Diagramas elétricos.

Cronogramas:

- cronograma físico do empreendimento, elaborado segundo as condições contratuais;

- cronograma de fabricação dos equipamentos;

- cronograma de montagem.

4.4 CONDIÇÕES GERAIS DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS

4.4.1.1 Desenhos

Deverá ser adotada a seguinte norma técnica da ABNT para a elaboração dos desenhos:

 NBR 10647 – Norma Geral de Desenhos Técnicos;

No caso de desenhos de origem estrangeira, serão aceitas outras normas, desde que
reconhecidas internacionalmente.

Todos os desenhos deverão conter, nos espaços próprios, as seguintes informações:

 Identificação do cliente (AUTARQUIA MUNICIPAL);

 Identificação completa da obra (Estação de Tratamento de Esgotos de Viçosa);

 Título do desenho;

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Numeração de desenho;

 Escala empregada;

 Os desenhos deverão ter notas quanto a condições específicas de instalação e


montagem, possuindo ainda especificação de pintura, de motores, redutores,
acessórios, etc.;

 Data da elaboração ou de revisão;

 Desenhos de referência;

 Lista de materiais;

 Assinatura dos responsáveis.

As revisões deverão ser claramente identificadas no corpo do desenho e assinaladas por um


número ou letra. No espaço próprio do selo do desenho a referida revisão deverá ser anotada,
registrando-se o assunto, a data e os responsáveis pela mesma.

Serão apresentadas à AUTARQUIA MUNICIPAL, para aprovação, cópias dos desenhos em


papel sulfite, 90 gr.

A AUTARQUIA MUNICIPAL, após a análise, devolverá uma cópia devidamente carimbada, com
uma das seguintes observações:

 Aprovado: significando que o desenho corresponde integralmente às especificações e


exigências apresentadas;

 Aprovado com comentários: significando que o desenho corresponde às especificações


e exigências apresentadas, mas existem correções a serem feitas;

 Não aprovado: significando que o desenho não corresponde às especificações e


exigências apresentadas e que deverá ser refeito e reapresentado.

Quaisquer revisões feitas nos desenhos, depois que os mesmos tenham sido aprovados pela
AUTARQUIA MUNICIPAL, implicam na sua reapresentação para nova aprovação. A emissão
final dos desenhos aprovados será feita em meio digital acompanhado de três cópias em papel
sulfite, 90 gr.

Os desenhos de conjunto dos equipamentos deverão indicar, claramente, as características de


operação dos mesmos, tais como capacidades, vazões, velocidades, potências, cursos, etc.

Os desenhos de conjunto deverão conter a relação de identificação das peças e dos conjuntos
parciais que o compõem.

Os desenhos deverão ser executados dentro dos formatos A1, A2, A3 ou A4 em Autocad 2010
ou versão superior.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os desenhos e documentos no formato A3 e A4 deverão necessariamente possuir capa de


apresentação.

Os desenhos mostrarão as dimensões principais, pesos, esforços, detalhes, de montagem,


acabamento, folgas e demais dados e informações necessários, bem como as tolerâncias de
fabricação e montagem e demais características mecânicas exigidas, segundo o sistema
internacional (ISO).

As ligações a serem executadas na obra, quando da montagem dos equipamentos, deverão


ser claramente mostradas nos desenhos, com a indicação da sequência de montagem e
especificações dos eletrodos, quando se tratar de ligação soldada.

O projeto deverá ser desenvolvido atendendo às limitações de peso e dimensões definidos nas
especificações de embalagem e transporte.

Os equipamentos deverão ter todos os seus desenhos devidamente relacionados nos


desenhos de conjunto e subconjuntos, onde constarão as seguintes informações:

 Nº do desenho e letra da revisão;

 Título do desenho e data de emissão da lista.

4.4.1.2 Lista de materiais

Trata-se de relações completas dos materiais e componentes empregados na construção dos


equipamentos, as quais deverão conter as seguintes informações:

 Descrição completa do material, inclusive código do fabricante;

 Quantidade empregada por peça e/ou por conjunto;

 Referência do FABRICANTE e/ou FORNECEDOR;

 Peso;

 Notas sobre os processos especiais de usinagem, tratamento térmico, etc.

As quantidades indicadas nas listas deverão ser líquidas, sem acréscimos para compensar
perdas eventuais.

4.4.1.3 Memórias de cálculo

Deverão ser submetidas à AUTARQUIA MUNICIPAL memórias de cálculo das diferentes


especialidades envolvidas no projeto. Cada especialidade deverá ter sua memória de cálculo
específica elaborada separadamente das outras.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

As memórias de cálculo, elaboradas dentro de uma sequência adequada, deverão citar todas
as normas aplicadas, bibliografias de referência, todas as características mecânicas dos
materiais empregados, tensões admissíveis e critérios de dimensionamento adotados.

O FORNECEDOR deverá ter disponíveis cópias das normas aplicadas e das bibliografias, que
não sejam facilmente encontráveis no Brasil, para fornecimento à AUTARQUIA MUNICIPAL,
sempre que solicitado.

Deverão ser anexados às memórias de cálculo, gráficos e resultados de ensaios, sempre que
necessário.

As memórias de cálculo deverão ser elaboradas separadamente segundo o assunto a que se


referem, conforme abaixo relacionado:

 Memórias de cálculo de projeto:

- projetos estruturais;

- redes e elementos hidráulicos;

- redes e elementos de fluidos;

- redes e elementos elétricos (anexar curvas e gráficos);

- dimensionamento e especificação dos equipamentos mecânicos e elétricos.

 Informações específicas dos equipamentos necessárias ao desenvolvimento das obras


envolvidas com os mesmos:

- desenhos de contorno e certificados;

- diagramas de cargas;

- parâmetros admissíveis.

O FORNECEDOR deverá apresentar memoriais de cálculo dos seguintes equipamentos;

 passadiços;

 acionamentos;

 elementos de fixação;

 hastes de comportas;

 gavetas de comportas;

 quadros e guias das comportas; cálculo hidráulico.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

4.4.1.4 Manuais

 Manual de montagem

O manual de montagem deverá conter instruções completas e detalhadas de todas as etapas


desta atividade na obra e incluirá, no mínimo, as seguintes informações:

 desenhos esquemáticos e/ou ilustrações;

 relação das partes que deverão ser montadas na obra;

 indicação das peças de maiores pesos e/ou dimensões;

 dados completos sobre chumbadores fornecidos (tipos, especificações e quantidades);

 desenhos de conjunto com a codificação de montagem para as partes transportadas


separadamente;

 especificações das soldas de campo, inclusive eletrodos;

 aperto de parafusos (torques recomendados);

 regulagens, ajustes e folgas;

 recomendações para estocagem.

 Manual de “Start up” e operação

O manual de start up e operação deverá conter instruções completas e detalhadas sobre estas
atividades, objetivando fornecer:

 Descrição dos princípios básicos de operação dos equipamentos e identificação dos


principais componentes do mesmo;

 Instruções para start up e operação normal do equipamento, passo a passo;

 Itens de controle;

 Dados técnicos de capacidade e performance;

 Instruções sobre segurança das operações;

 Lista dos operadores necessários e suas funções.

 Manuais de manutenção

Manual de manutenção mecânica:

O manual de manutenção mecânica deverá conter, basicamente, os seguintes itens:

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Descrição dos princípios básicos de operação dos equipamentos e identificação dos


seus principais componentes;

 Instruções detalhadas para manutenção preventiva e preditiva e para inspeções


periódicas, com recomendações quanto a testes e calibragens e sequência correta de
operação;

 Plano de manutenção preventiva e preditiva;

 Instruções detalhadas para desmontagem, manutenção e montagem dentro de uma


correta sequência dos componentes, com desenhos e/ou esquemas ilustrativos e
identificação dos mesmos, em consonância com o catálogo de sobressalentes;

 Instruções e tabelas de lubrificação periódica, com indicação dos lubrificantes


recomendáveis e seus equivalentes dos FABRICANTES conhecidos, inclusive com as
características principais dos lubrificantes;

 Lista de todas as peças componentes com números de catálogos e demais informações


necessárias à encomenda de peças de reposição;

 Listas de ferramentas normais e especiais que deverão acompanhar cada equipamento,


dispositivos e instrumentos necessários para a manutenção, inspeção e testes,
anexando os desenhos de ferramentas e dispositivos especiais;

 Catálogos e desenhos dos equipamentos de subfornecedores, com instruções


detalhadas sobre a manutenção dos mesmos, sequência de montagem e desmontagem
e lubrificação.

Manual de manutenção elétrica e de instrumentação

O manual de manutenção elétrica e de instrumentação deverá conter, basicamente, os


seguintes itens:

 Descrição dos princípios básicos da operação dos equipamentos e identificação de


seus componentes com suas características principais;

 Diagramas elementares;

 Diagramas unifilares e de interligação;

 Diagrama de distribuição de eletrodutos, fios e cabos;

 Instruções detalhadas para manutenção preventiva e para inspeções periódicas, com


recomendações quanto a testes e ajustes de relés;

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Instruções detalhadas para desmontagem, manutenção e montagem dos componentes,


com desenhos e/ou esquemas ilustrativos e identificação dos mesmos em consonância
com o catálogo de sobressalentes;

 Sequência de operação e “time-chart” dos relés;

 Instruções detalhadas de segurança para manuseio dos equipamentos;

 Lista de ferramentas normais e especiais, dispositivo e instrumentos para manutenção,


inspeção e testes, anexando os desenhos de ferramentas e dispositivos especiais;

 Catálogos dos materiais de subfornecedores;

 Memorial descritivo de aterramento dos equipamentos e de proteção atmosférica da


instalação;

 Listas de instrumentos;

 Catálogos técnicos de instrumentos;

 Manuais de instrução de montagem / desmontagem e calibração de instrumentos;

 Relação de componentes sobressalentes, para 02 anos de operação;

 Treinamento da equipe para operação / manutenção dos instrumentos.

Manual de segurança

O manual de segurança deverá conter as instruções básicas operacionais e medidas de


segurança, que deverão ser seguidas rigorosamente durante a instalação, operação e
manutenção, visando à integridade física dos operários, equipamentos, instalação e meio
ambiente.

4.5 AS BUILT

No final da montagem, a CONTRATADA deverá apresentar um conjunto de desenhos,


contendo cópias de cada desenho, em papel sulfite, neles contendo as alterações e
modificações introduzidas no projeto original (As Built). Juntamente com estas cópias deverão
ser entregues cópias eletrônicas em PDF ou versão superior.

4.6 CONDIÇÕES DE PROJETO A SEREM ATENDIDAS

1.1.24 Características construtivas

Todas as partes componentes do equipamento, que necessitem de manutenção preventiva e


substituição periódica deverão ser posicionadas convenientemente, de modo a facilitar ao
máximo tais operações.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

As montagens especiais deverão ser feitas com auxílio de pinos guia ou com dispositivos
similares de ajustes, com acompanhamento técnico especializado.

Peças correspondentes de unidades idênticas deverão ser intercambiáveis. O mesmo deverá


ocorrer com as peças sobressalentes, as quais deverão ser também, exatamente idênticas às
correspondentes peças originais instaladas.

A variedade dentro de cada tipo de componente padronizado deverá ser menor possível,
inclusive para componentes comerciais.

Dispositivos para içamento deverão ser previstos nos equipamentos, de modo a facilitar as
operações de transporte, estocagem e instalação. Estes dispositivos deverão ser corretamente
dimensionados e posicionados.

As peças dos equipamentos que, devido à forma, dimensões ou qualquer outra razão,
necessitem de recursos adicionais para facilitar seu manuseio, deverão também ser providas
de dispositivos para içamento.

Placas de identificação e indicação dos principais dados do equipamento deverão ser de aço
inox e espessura apropriada para longa permanência e exposição a intempéries. As gravações
deverão ser em português e altamente resistentes. A fixação das placas deverá ser por meio de
solda ou parafusos em aço inox, sendo vedada por adesivo ou cola e não deverá ser feita em
componentes de desgaste natural do equipamento.

1.1.25 Solicitações no concreto

A tensão máxima de compressão para o concreto deverá estar de acordo com o especificado
no projeto estrutural, limitando, desta forma, a pressão de contato entre o equipamento e o
concreto. Esta pressão só poderá ser ultrapassada mediante autorização por escrito da
AUTARQUIA MUNICIPAL.

Os chumbadores deverão ser providos de gancho ou dispositivo especial de fixação na


extremidade ancorada.

O desenho de conjunto do equipamento deverá conter o diagrama de cargas sobre o concreto


e os chumbadores.

1.1.26 Efeito do vento

O efeito vento deverá ser determinado em cada caso, em conformidade com as prescrições da
Norma NBR 6123 da ABNT, tendo em vista as condições locais.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

4.7 EQUIPAMENTOS MECÂNICOS – MATERIAIS E FABRICAÇÃO

Todos os equipamentos deverão ser aprovados pela AUTARQUIA MUNICIPAL, antes do início
de fabricação. Esta aprovação dar-se-á através da análise dos desenhos e documentos
técnicos que deverão ser encaminhados pelo FORNECEDOR à AUTARQUIA MUNICIPAL, para
a verificação da conformidade técnica do equipamento proposto com a especificação do
projeto.

Os equipamentos e materiais deverão ter a qualidade adequada às condições operacionais do


equipamento no processo e aferida através de norma e/ou bibliografia comprovadamente
aplicada ao equipamento.

O FORNECEDOR deverá possuir um rigoroso controle de qualidade em todas as fases de


fabricação, inclusive quando se tratar de subfornecimento.

Todo equipamento deverá ser inspecionado pela AUTARQUIA MUNICIPAL que verificará a
observância às especificações, normas e desenhos.

Todos os materiais deverão ser devidamente especificados e terão comprovadas suas


propriedades mecânicas e composição química por meio de certificado de qualidade emitido
pelos próprios FABRICANTES ou através de ensaios.

1.1.27 Peças forjadas

O aço forjado deverá se apresentar sem quaisquer imperfeições e com uma superfície natural
lisa.

O aço carbono e o aço liga forjados deverão observar a norma ASTM A-668 e a norma NBR
5580 da ABNT.

As peças expostas à corrosão intensa, cuja substituição não é esperada durante a vida útil do
equipamento e que exijam interrupções superiores a 24 horas no processo, deverão ser de aço
inoxidável, adequadas à resistência preconizada.

Peças forjadas não poderão ser recuperadas por solda, caso apresentem defeitos de
fabricação.

Peças de grande solicitação deverão ser ensaiadas pelo método de ensaio por ultra-som em
suas regiões críticas, com apresentação de laudo à AUTARQUIA MUNICIPAL.

1.1.28 Peças fundidas

As peças fundidas deverão se apresentar sem defeitos e rebarbas de fundição.

Os tratamentos térmicos empregados deverão estar claramente indicados nos desenhos de


fabricação.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os materiais fundidos deverão observar as normas da ABNT ou da ASTM relacionadas:

Ferro fundido cinzento:............................NBR 6589 da ABNT / ASTM A-48, Classe 30 (mínimo);


Ferro fundido nodular:.........................NBR 15880 da ABNT / ASTM A-536, Classes 65, 45 e 12;
Aço fundido:.............................................................................NBR 5889 da ABNT / ASTM B-30.

Peças de ferro fundido que apresentem defeitos de fabricação, não poderão ser recuperadas
por qualquer meio.

Devem ser utilizados aços fundidos de alta resistência (norma ASTN A-148 e NBR 7242). Para
partes de menor responsabilidade, que não envolvam segurança, risco de grandes
interrupções da operação e intervenções demoradas para manutenção, será admitida a
utilização do aço carbono fundido (NBR 7397 e ASTM A-27).

1.1.29 Aço estrutural

O aço estrutural deverá estar de acordo com a norma ASTM-A-36-70 A ou equivalente. Outros
materiais deverão estar de acordo com as respectivas normas da ASTM, ou equivalentes. A
escolha destes materiais deverá estar vinculada ao seu uso contínuo e com bons resultados,
em condições semelhantes de serviços.

Perfis ou chapas em contato direto com o efluente deverão ter espessura mínima de ¼”.

Todo passadiço deverá ser projetado para suportar, pelo menos, 120 Kg/cm2 de carga viva.

1.1.30 Elementos de fixação (Rebites, chumbadores, parafusos e arruelas)

Todas as peças de fixação que estarão imersas no esgoto deverão ser em aço inox AISI 304.
Os demais fixadores serão zincados a quente conforme a norma ASTM-A-153 classe C.

Sempre que possível, deverão ser empregados parafusos do tipo passante.

As porcas deverão ter cabeça hexagonal.

Sempre que necessário, deverão ser empregados parafusos e porcas de aço inox, conforme
definidos para os chumbadores.

Os parafusos devem estar em conformidade com as atuais especificações ASTM A325 ou


ASTM A490.

1.1.31 Acionamentos
4.7.1.1 Acionamento por engrenagens

Todos os acionamentos por engrenagens deverão ser fabricados de acordo com as normas
AGMA (American Gear Manufacturers’ Association) ou DIN, com as engrenagens no sistema
módulo, com vida útil para 100.000 horas.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Tratamentos superficiais de endurecimento de dentes (têmpera ou cimentação), quando


necessários, deverão ser devidamente especificados. Deverão ser feitos testes para verificação
de uniformidade, profundidade e dureza da superfície.

Redutores de velocidade deverão ser, sempre que possível, de linha normal de fabricação e
deverão ser especificados pela potência máxima consumida com fator de serviço mínimo de
1,5.

Todas as caixas de redutores de velocidade deverão possuir respiro com filtro de poeira, bujões
de enchimento e drenagem, visores de nível alto e baixo ou vareta de medição de nível e
janela de inspeção. Deverão ser totalmente fechadas, à prova de vazamentos de óleo e
testados hidrostaticamente antes da montagem.

4.7.1.2 Acionamento por correias em V

Acionamentos por correia em V deverão ser fornecidos completos incluindo-se as próprias


correias, polias, fixações, sistema de esticamento, proteção e demais acessórios e
acionamento.

As correias em V devem ser fornecidas em comprimento e seção padronizados.

Polias para motores elétricos deverão estar de acordo com as normas NEMA MG1-14.43 e
MG1-14.62, quanto ao diâmetro mínimo.

As polias para sistemas com velocidade até 1.500 m/min deverão ser balanceadas
dinamicamente no grau Q 6.3, após serem instalados no eixo operacional.

As normas da ABNT aplicáveis são NBR 8319, NBR NM 6506-1 e NBR ISO 6892.

1.1.32 Mancais e rolamentos

Os mancais deverão ser de fácil desmontagem e possuir vedação eficiente contra entrada de
poeira e umidade.

Os mancais de eixos não passantes, lubrificados a óleo, deverão ser fechados com tampa de
fixação macho e fêmea.

Os rolamentos deverão ser padronizados ao máximo possível e especificados para uma


durabilidade da ordem de 50.000 horas, considerando carga axial mínima de 10% da carga
radial.

1.1.33 Bases

Todas as bases de equipamentos deverão ser projetadas levando-se em conta a resistência


mecânica, as vibrações mecânicas e a resistência à corrosão.

Os furos para chumbadores deverão ser fornecidos com parafusos de nivelamento.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Observa-se ainda que, onde houver possibilidade de contato com o esgoto ou lodo, os
chumbadores deverão ser de aço inox AISI 304.

As bases compostas de duas ou mais partes deverão ser fornecidas com pinos guia. Os locais
das bases onde serão montados motores elétricos de acoplamento direto ou de acoplamento
hidráulico a itens como ventiladores, bombas, redutores de velocidades, etc., deverão ser
usinados de forma a permitir a colocação de calços adequados ao nivelamento dos mesmos,
limitado a um número máximo de calços em até 3 (três) bitolas diferentes. Em qualquer
hipótese a espessura mínima deverá ser de 6,3 mm para chapas e perfis utilizados. Estes
locais das bases não poderão ser pintados. Para evitar corrosão, deverão ser utilizados
vernizes protetores contra oxidação.

1.1.34 Soldas

Os serviços de soldagem deverão ser executados em conformidade com as normas abaixo


relacionadas:

 Para estruturas metálicas: AWS D 1.1 – DNV;

 Tubulações: ANSI B 31.1 / 31.3 e ASME Section IX;

 Tanques de armazenagem: API 650 e ASME Section IX;

 Vasos de pressão: ASME Section IX;

 Materiais fundidos: ASME A – 488.

Todos os aços inoxidáveis a receberem processo de soldagem devem ser de microestrutura


austenítica (AISI 304 – 310)

O processo de soldagem e os soldadores deverão ser qualificados de acordo com a seção IX


do Boiler and Pressure Vessel Code da ASME.

As soldas não deverão apresentar os defeitos típicos e/ou falhas abaixo relacionadas:

 Deposição excessiva ou insuficiente;

 Falta de fusão;

 Falta ou excesso de penetração;

 Mordeduras;

 Respingos;

 Inclusão de escória;

 Inclusão de tungstênio;

 Rugosidade superficial;

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Rechupe de cratera;

 Porosidade;

 Fissuração a quente / liquação;

 Decoesão lamelar;

 Trincas em revestimento duro;

 Sensitização.

A especificação do eletrodo deverá levar em conta à composição química do material base, das
posições de soldagem requeridas e das condições de execução dos cordões (penetração).

O primeiro e o último cordão deverão ser feitos obrigatoriamente com eletrodo ligado e na
posição sobrecabeça; o diâmetro do eletrodo deverá ser de no máximo 4 mm de diâmetro.

As soldas deverão ser inspecionadas, conforme as normas especificadas, de acordo com o


que se segue:

 Soldas de campo:

- Inspeção visual em todas as soldas;

- Inspeção por líquido penetrante em todas as soldas rejeitadas na inspeção visual;

- Inspeção por ultra-som ou gamagrafia em todas as soldas de ligação estrutural com


caráter de segurança operacional e pessoal.

 Soldas de oficina e de fabricação

- Inspeção visual em todas as soldas;

- Inspeção por partículas magnéticas em todas as soldas;

- Inspeção por ultra-som nos casos recomendados por norma;

- Inspeção por gamagrafia nos casos e nos termos recomendados por norma.

As superfícies a soldar serão bem limpas com picadeiras e escovas de aço. Após cada passe,
a superfície do cordão será completamente limpa e liberada de escória. As soldas só poderão
ser pintadas após a inspeção visual ou a realização dos ensaios recomendados.

Os defeitos encontrados deverão ser reparados antes do processo de usinagem e tratamento


térmico para alívio de tensões.

A soldagem deverá ser executada por soldadores devidamente qualificados, de acordo com as
normas da MB-262 da ABNT / ASME – Section IX e os processos serão qualificados de acordo
com as prescrições desta norma, cujos testes, inclusive fornecimento de corpos de prova e
eletrodutos, serão da inteira responsabilidade do FORNECEDOR.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

A solda acabada será martelada para melhor controle das distorções, alívio das tensões
residuais e melhoramento da qualidade da solda.

A estocagem e o manuseio dos eletrodos obedecerão às recomendações do FABRICANTE.


Poderão ser utilizados os seguintes métodos de soldagem, onde aplicáveis: solda a arco
submerso, solda MIG, solda TIG e solda a arco elétrico com eletrodo revestido.

1.1.35 Lubrificação

Os equipamentos deverão possuir lubrificação adequada em todas as partes as quais


necessitarem.

Os equipamentos deverão ser fornecidos com todos os dispositivos, conexões e acessórios


necessários à operação de lubrificação, com o equipamento em operação.

Sistemas centralizados de lubrificação, sempre que tecnicamente recomendáveis, deverão ser


previstos e fornecidos em conjunto com os equipamentos.

Todas as instalações centralizadas de lubrificação deverão ser, preferencialmente, de um


mesmo FABRICANTE.

Pontos que requerem lubrificação, não incorporados a sistemas centralizados de graxa ou óleo,
deverão ser fornecidos com graxeiras que deverão ser posicionadas em locais de fácil acesso,
e lubrificação do equipamento em operação, bem como vedação contra umidade.

Deverão ser fornecidas as seguintes informações para cada ponto de lubrificação, de acordo
com as suas características operacionais.

 Especificação do lubrificante, indicando: nome comercial do lubrificante e características


principais;

 Quantidade necessária e intervalo de lubrificação recomendado;

 Esquema de lubrificação.

O esquema de lubrificação (tabela e programação) deverá ser preparado com base em, pelo
menos, 3 (três) FABRICANTES que possuam produtos comercializados no Brasil.

Deverá ser especificado o menor número possível de tipos diferentes de lubrificantes.

Sempre que possível todo o equipamento deverá ser adequadamente lubrificado na fábrica,
antes do embarque.

Quando isso não for possível, deverá ser indicado, em local de forma bem visível, a instrução:
“lubrificar antes de colocar em funcionamento”, ficando a lubrificação para seu primeiro ciclo de
vida, por conta do FORNECEDOR.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os lubrificantes fornecidos de fábrica deverão conter inibidores contra corrosão, a fim de


proteger o equipamento durante o período anterior à entrada em operação.

4.8 PINTURA E PROTEÇÃO ANTICORROSIVA DAS SUPERFÍCIES

1.1.36 Generalidades

A pintura de qualquer parte do equipamento e toda proteção a ser empregada só deverá ser
aplicada após inspeção e liberação do equipamento pela AUTARQUIA MUNICIPAL.

Todos os materiais ou superfícies que, pela sua natureza ou função, não devam sofrer a ação
de abrasivos e/ou pintura, deverão ser convenientemente protegidos contra a ação desses
agentes.

Os equipamentos deverão ser protegidos contra a entrada de abrasivos em suas partes


rotativas ou deslizantes.

Os equipamentos removíveis deverão ser desligados e removidos a fim de permitir a limpeza e


pintura das superfícies contíguas.

Todo e qualquer equipamento, acessórios, suportes e tubulação deverão receber a pintura e


proteção anticorrosiva adequada.

Todas as superfícies usinadas, que não serão pintadas, após a limpeza e secagem deverão ser
protegidas com uma aplicação de compostos anticorrosivos do tipo verniz, óleo ou graxa,
dependendo de cada caso específico.

Na fase de montagem do equipamento, tais proteções serão facilmente removíveis por meio de
solventes apropriados.

As partes internas das vigas caixão ou outro elemento estrutural, que tenham contato
permanente com o ar, deverão ser convenientemente protegidas contra a corrosão, conforme
especificado.

As tubulações de aço deverão ser fornecidas sem pintura ou com a pintura normal do
fabricante. A proteção, pintura básica e pintura de acabamento final serão feitas pela
empreiteira na obra, com fiscalização da AUTARQUIA MUNICIPAL.

A pintura de acabamento final dos equipamentos de processo, quando houver, será feita pelo
FORNECEDOR na obra, com fiscalização da AUTARQUIA MUNICIPAL.

As cores das pinturas de acabamento para identificação deverão ser de acordo com as normas
da AUTARQUIA MUNICIPAL.

Na pintura de eventuais juntas de solda, a proteção e pintura básica serão feitas pela
CONTRATADA, com a presença da fiscalização da AUTARQUIA MUNICIPAL.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Retoques de pintura na obra serão feitos com os mesmos padrões citados no parágrafo
anterior.

O FORNECEDOR deverá especificar que tipos de proteção e/ou pintura serão dados às peças
de madeira, de acordo com sua qualidade, local de utilização (submerso ou não submerso) e
desgaste previsto no funcionamento dos equipamentos.

1.1.37 Normas

As normas e recomendações técnicas que regerão a limpeza, pintura e proteção de qualquer


parte do equipamento, serão aquelas citadas no Manual de Pintura de Estruturas Metálicas,
elaborado pelo “Steel Structures Painting Council” – SSPC.

Os tipos de limpeza obedecerão às Normas SSPC e os aspectos das superfícies limpas


corresponderão aos padrões da norma sueca SIS 05 5.900.

NORMA PADRÃO
Limpeza com solventes SSPC-SP1
Limpeza com ferramentas manuais SSPC-SP2 St2
Limpeza com ferramentas mecanizadas ou
SSPC-SP3 St3
pneumáticas
Limpeza com jato de areia comercial SSPC-SP6 Sa2
Limpeza com jato de areia ao metal quase branco SSPC-SP10 Sa2 1/2
Limpeza com jato de areia ao metal quase branco SSPC-SP5 Sa3

1.1.38 Preparação das superfícies

As superfícies externas deverão ser devidamente preparadas para receber pintura


anticorrosiva.

Deverão ser isentas de todos os vestígios de carepas de laminação, ferrugem, respingos de


solda, óleos, graxas, sujeiras e demais substâncias estranhas, objetivando-se obter superfícies
totalmente limpas e secas.

As superfícies de aço deverão ser jateadas com areia ao grau de metal quase branco,
conforme a norma SSPC-SP10-68T (SIS Sa 2,5).

1.1.39 Pintura

A pintura básica para proteção anticorrosiva das superfícies dos equipamentos de processo
será de acordo com a norma SSPC-SP-11-01-68 Y, conforme resumo abaixo:

 Partes imersas ou expostas a ataque de gases:

 Revestimento em epóxi alcatrão de hulha de alta espessura, tonalidade Munsell N1;

 Espessura seca por demão: 200 m;

 Espessura final do sistema: 400 m.

58
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Partes emersas:

 Fundo em duas demãos de Epóxi Mastique alta espessura na cor cinza, tonalidade
Munsell N 6.5, com 60 μm de espessura, totalizando 120 μm;

 Acabamento em duas demãos de Esmalte Poliuretano Alifático, com 40 μm de


espessura, totalizando 80 μm;

 Espessura total da pintura de 200 μm.

Os equipamentos mecânicos auxiliares e elétricos de linha padronizada de fabricação,


normalmente fornecidos com acabamento de fábrica, deverão receber do Fabricante
tratamento superficial adequado para serviço sujeito a intempéries e/ou à agressividade do
ambiente onde irá operar.

1.1.40 Aplicação da pintura

As superfícies pintadas não deverão apresentar falhas, poros, escorrimentos, pingos,


rugosidades, ondulações, trincas, marcas, marcas de processo de limpeza, bolhas, bem como
variações na cor, textura e brilho. A película deverá ser lisa e de espessura uniforme.

Arestas, cantos, pequenos orifícios, emendas, juntas, soldas, rebites e outras irregularidades
de superfície deverão receber tratamento especial, de modo a garantir que elas adquiram uma
espessura adequada de pintura.

A pintura só poderá ser aplicada em superfícies adequadamente preparadas e livres de


umidade.

A pintura não será aplicada em superfícies aquecidas por exposição direta ao sol ou outras
fontes de calor.

Não poderá ser aplicada pintura em ambientes onde a umidade relativa do ar seja superior a
85%; havendo necessidade imperiosa de execução da pintura, a umidade será mantida abaixo
deste limite por meio de abrigos e/ou aquecimento durante toda a sua execução e até que a
película tenha secado.

1.1.41 Cuidados com as superfícies pintadas

Peças que tenham sido pintadas não deverão ser manuseadas ou trabalhadas até que a
película esteja totalmente seca e dura.

Antes da montagem final todas as peças pintadas deverão ser estocadas fora do contato direto
com o solo, de tal maneira e locação que seja evitada a formação de águas estagnadas.

59
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.42 Retoques

Sempre que se torne necessário manter a integridade da película de pintura, qualquer


contaminação ou deterioração da mesma será removida, fazendo-se, em seguida, retoque com
a tinta especificada.

Para todo equipamento que inclua proteção e pintura na fábrica, o FORNECEDOR fornecerá,
junto com cada unidade entregue, as tintas à base de “primers” e as tintas de acabamento
necessárias para retocar a pintura eventualmente danificadas nas operações de transporte,
montagem e instalação.

1.1.43 Outros tipos de proteção

As superfícies que obviamente não devem ser pintadas, tais como pontas de eixos e
engrenagens, deverão ser protegidas contra corrosão por meio de recobrimento apropriado, tal
como graxa ou esmalte removível. Esta proteção deverá ser mantida durante todo o período de
montagem na obra e removida apenas quando da entrada do equipamento em operação.

Dependendo da peça outros tipos de proteção poderão ser necessários, tais como
metalização, zincagem, cromação, cadmiagem, etc., e caberá à CONTRATADA fornecê-la com
a proteção adequada.

Salvo especificado em contrário, os parafusos, porcas e arruelas planas e de pressão,


previstos nos equipamentos sujeitos às intempéries, deverão ser zincados a quente, de acordo
com a Norma ASTM A-153, classe C.

4.9 MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS

A montagem dos equipamentos deverá atender rigorosamente aos requisitos constantes do


manual de montagem e características técnicas do projeto.

1.1.44 Montagem dos equipamentos na fábrica

Todos os equipamentos serão pré-montados na fábrica a fim de que sejam testados e para que
sejam verificadas as condições de operação e as dimensões, a menos que indicado em
contrario nas Especificações Técnicas Particulares.

Após a pré-montagem todas as partes serão identificadas por estampagem, de modo a facilitar
a montagem na obra. Os equipamentos deverão ser liberados para embarque somente após a
inspeção e testes dos mesmos.

60
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.45 Montagem dos equipamentos na obra

4.9.1.1 Geral

Todos os equipamentos e instalações deverão ser instalados e receber um tratamento e


proteção contra descargas atmosféricas adequado. O FORNECEDOR e o Fabricante dos
equipamentos deverão apresentar a documentação técnica, referente ao aterramento
mencionado, para aprovação da AUTARQUIA MUNICIPAL-MG da execução no campo.

Fazem parte dessa especificação os seguintes serviços a serem considerados como escopo de
fornecimento:

 Limpeza de toda a área de trabalho, com a remoção de detritos e respectiva carga e


descarga e compactação em bota-fora previamente estabelecido com a Fiscalização;

 Assentamento de chumbadores comuns e de expansão;

 Grauteamento adequado dos equipamentos e das estruturas metálicas ou de fibras de


vidro a eles intimamente ligados, incluindo o fornecimento e preparo das argamassas;

 Serviços eventuais de obras civis, tais como: Execução de aberturas de passagem e


sua recomposição posterior, retoques em fundações e nichos para chumbadores,
fornecimento, preparação e aplicação de lastros de concreto, quando necessários;

 Antes de iniciar a fabricação, o fornecedor deverá conferir, em campo todas as


dimensões civis importantes para seu projeto;

 Caso haja necessidade de pré-montagem de estruturas metálicas e montagem de sub-


conjuntos ou conjuntos que compõem um equipamento, o FORNECEDOR deverá
efetuar todos os serviços necessários, tais como: ajustes, alinhamento, conexão,
soldas, furações, fixação de parafusos, pinos-guia e outros serviços;

 Assentamento de elementos anti-vibratórios, se necessários.

4.9.1.2 Mecânica

Os serviços de mecânica incluídos são, basicamente, os seguintes:

 Montagem dos equipamentos com seus respectivos acessórios e periféricos;

 Execução de todos os serviços necessários para instalação final dos equipamentos, tais
como: preparo e limpeza das bases e chumbadores, colocação de calços, limpeza,
instalação nos locais de projeto, alinhamentos e nivelamentos, fornecimento e aplicação
da argamassa de grauteamento, montagem de todos os acoplamentos das peças
mecânicas, subconjuntos e acessórios componentes, execução de ligações e soldas,

61
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

instalação de todas as conexões com os equipamentos adjacentes e demais serviços


necessários;

 Execução de toda a montagem dos instrumentos que são fornecidos com os


equipamentos;

 Colocação e complementação dos níveis de óleo e graxa necessário à lubrificação de


todos os equipamentos, de acordo com a especificação e instruções dos Fabricantes;

 Entrega de todos os equipamentos e sistema operando corretamente, devidamente


testados e em perfeitas condições de funcionamento, estando incluídos os testes finais
de pré-operação.

4.9.1.3 Estrutura metálica

A correção de pequenos erros de fabricação durante a montagem será considerada parte


integrante da montagem, quando envolver serviços com alargamento, corte, aparamento ou
desempeno. Entretanto, qualquer erro de fabricação ou deformação resultante do manuseio ou
transporte que não possa ser corrigido com os meios acima citados, deverá ser levado ao
conhecimento da Fiscalização para aprovação do método da correção a ser empregada.

4.10 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

1.1.46 Embalagem

Todos os equipamentos e peças deverão ser adequadamente embalados, às expensas e sob


responsabilidade exclusiva do FORNECEDOR.

As embalagens deverão ser feitas dentro dos critérios usuais. As dimensões, pesos e tipos de
volume deverão atender às regulamentações de transporte pesado rodoviário, ferroviário e
marítimo, conforme o caso.

As peças e equipamentos deverão sair da fábrica com pintura recomendada (anticorrosiva)


sempre que possível, ou seja, sempre que peças e equipamentos não forem sofrer processos
de soldagem e abrasão no campo.

Quando os equipamentos ou peças não tiverem rigidez suficiente, deverão ser providenciados
suportes, escoramentos ou nervuras provisórias de modo a garantir que as formas sejam
preservadas.

Caixas suficientemente rígidas deverão ser providenciadas para embalagem das peças
pequenas. As peças deverão estar adequadamente escoradas e protegidas dentro das caixas.

Sempre que possível os equipamentos elétricos deverão ser embalados já montados, com o
objetivo de minimizar o tempo de instalação e facilitar o manuseio.

62
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Peças sobressalentes, ferramentas especiais e caixas de ferramentas que façam parte do


fornecimento deverão ser embaladas em volumes separados.

Todos os volumes deverão ser perfeitamente identificados com o nome do cliente e da obra,
contendo, basicamente, as seguintes informações: peso bruto; peso líquido; número do
volume; indicação de posição. Outras informações consideradas necessárias deverão ser
fornecidas.

Quaisquer acidente ou avarias nos equipamentos durante o transporte até a armazenagem


será de responsabilidade do FORNECEDOR.

1.1.47 Armazenagem

O FORNECEDOR deverá orientar à AUTARQUIA MUNICIPAL com relação aos requisitos a


serem observados quando da armazenagem de equipamentos e materiais na obra.

Para tanto deverá ser fornecida uma lista completa dos equipamentos, por número de caixas,
indicando as condições sob as quais cada um deverá armazenar, até a época da montagem na
obra ou realização dos ensaios de recebimento. Se houver atraso na montagem ou na
realização dos ensaios de recebimento, a AUTARQUIA MUNICIPAL deverá ser notificada, por
escrito, sobre quaisquer outras providências adicionais que devam ser tomadas, visando
proteger o equipamento ou material.

O FORNECEDOR será responsabilizado por quaisquer danos aos equipamentos, advindos de


uma armazenagem inadequada, por omissão de orientação à AUTARQUIA MUNICIPAL.

Os locais de armazenagem dos equipamentos serão definidos pela AUTARQUIA MUNICIPAL


na época oportuna.

4.11 TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

O transporte de equipamentos deverá ser feito com meios, equipamentos e processos que
possam garantir a indeformabilidade dos diversos elementos e perfeita integridade do
revestimento, como também oferecer menor obstáculo para o trânsito.

As operações de carga, descarga e armazenagem deverão ser feitas com métodos e


equipamentos adequados, tendo em vista:

 Condições de segurança do trabalho;

 integridade dos materiais e equipamentos;

 Conservação dos materiais e equipamentos em condições tais que garantam a


preservação de suas características.

63
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Todos os materiais e equipamentos deverão ser manuseados, transportados e estocados em


estrita obediência às recomendações dos fabricantes.

4.12 ENSAIOS E INSPEÇÕES DOS EQUIPAMENTOS

1.1.48 Pedidos de compra

Todos os pedidos de compra de matérias primas das peças fundidas, forjadas ou pultrudadas
deverão conter as especificações dos materiais, de conformidade com aqueles definidos
nestas Especificações Técnicas, inclusive destacando os valores ditados pelas normas, que
caracterizam as suas propriedades químicas e mecânicas.

1.1.49 Certificado de ensaios dos materiais e de componentes

O FORNECEDOR deverá enviar para a AUTARQUIA MUNICIPAL todos os certificados de


análises físicas e químicas relativos às chapas e perfis estruturais, fundidos, forjados,
pultrudados, aços inoxidáveis e peças importantes que serão usadas na fabricação de cada
equipamento. Tais certificados comprovarão as características físicas e químicas dos materiais
definidos nas listas de materiais e desenhos devidamente aprovados ou determinados por esta
especificação, e serão emitidos por um órgão oficial ou entidade aprovada pela AUTARQUIA
MUNICIPAL. Também para os componentes elétricos e eletrônicos deverão ser apresentados
certificados oficiais de aferição e ensaios.

Caso os certificados não sejam emitidos por órgãos oficiais ou entidades aprovadas pela
AUTARQUIA MUNICIPAL, os ensaios para comprovação das características técnicas serão
então realizados na presença da AUTARQUIA MUNICIPAL.

1.1.50 Especificações das tintas

O FORNECEDOR entregará à AUTARQUIA MUNICIPAL, cópias das especificações do


FABRICANTE das tintas que serão empregadas nos equipamentos e deverão conter pelo
menos as seguintes informações:

 Tipo e características da tinta de base (“primer”) e da tinta de acabamento, quando for o


caso, inclusive as composições em percentual de peso, de acordo com a finalidade de
sua aplicação;

 Tipo genérico;

 Condições de limpeza exigidas das superfícies para aplicação das tintas, para o serviço
proposto;

 Tempo de secagem de cada demão antes da aplicação da demão seguinte;

 Tempo de aplicação de demão intermediária de epóxi, antes que a demão inicial possa
ser lixada para permitir aderência adequada da demão final;

64
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Tempo total de cura antes da exposição a intempéries ou imersão em água ou esgotos;

 Espessura mínima da película seca por demão e total;

 Tipo de aplicação.

1.1.51 Condições gerais da inspeção

O FORNECEDOR deverá promover todas as facilidades em sua fábrica para uma inspeção
pormenorizada dos materiais e trabalhos concernentes e dará toda a mão-de-obra auxiliar e
instrumentação que forem necessárias à inspeção.

Os materiais aprovados pela AUTARQUIA MUNICIPAL deverão ser marcados para possibilitar
sua futura identificação, quando exigida.

Os exames e ensaios de rotina de todos os componentes da encomenda correrão por conta do


FORNECEDOR e deverão ser realizados, de preferência, na sua própria fábrica.

Os ensaios e exames de rotina envolvem todos os previstos nas normas técnicas correlatas
(ABNT, ASTM, ANSI e outras), tais como:

 Ensaios não destrutivos;

 Verificação dimensional dos componentes e dos conjuntos;

 Verificação de funcionamento dos equipamentos mecânicos auxiliares (motores,


bombas, etc.);

 Verificação de funcionamento dos conjuntos;

 Verificação de funcionamento dos circuitos elétricos de comando e proteção em


conjunto com o funcionamento da parte mecânica/hidráulica;

 Verificação da pintura e de outros tipos de proteção.

O FORNECEDOR obrigar-se-á a realizar os ensaios e as inspeções definidas nesta


especificação.

A relação dos ensaios e inspeções definidos nesta especificação é orientativa, devendo a


AUTARQUIA MUNICIPAL, por ocasião da elaboração dos roteiros correspondentes, basear-se
nas informações relativas a ensaios e inspeções contidas nas especificações particulares e
definir, de comum acordo com o FORNECEDOR, todos os ensaios e inspeções a serem
realizados para a verificação da qualidade e desempenho do equipamento.

Os ensaios e testes serão executados de acordo com o especificado para cada equipamento.

Os equipamentos somente poderão ser embalados e encaminhados à obra após a certificação


por escrito, pela AUTARQUIA MUNICIPAL ou preposto designado, da realização de todos os
testes ensaios e atividades previstas.

65
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

4.12.1.1 Inspeções e ensaios em partes mecânicas

Os corpos de prova para os ensaios mecânicos deverão ser autenticados e numerados pela
AUTARQUIA MUNICIPAL.

Os ensaios de tração e os de dobramento obedecerão às exigências das Normas ABNT NBR


ISO 6892 “Ensaios de Tração de Materiais Metálicos” e ABNT NBR ISO 7438 “Ensaios de
Dobramento de Materiais Metálicos” ou equivalentes.

Para as chapas e perfilados serão feitos ensaios de tração e dobramento por amostragem, a
critério da AUTARQUIA MUNICIPAL, desde que o FORNECEDOR não tenha condições de
apresentar os certificados emitidos pelo subfornecedor ou FABRICANTE.

Os corpos de prova das peças fundidas deverão ser preparadas conforme prática usual e
autenticados pela AUTARQUIA MUNICIPAL; deverão ser feitos ensaios de tração na presença
da AUTARQUIA MUNICIPAL. Para as soldas deverão ser feitos ensaios de tração e
dobramento de corpos de prova em apenso às soldas, segundo a Norma ABNT ou equivalente.

4.12.1.2 Ensaios não destrutivos

Deverão ser empregados os tipos de ensaios mais adequados ao equipamento ou


componente, conforme especificado em cada caso.

Os critérios de aceitação das soldas serão conforme a Norma ABNT NBR 16035. Serão
verificadas as espessuras de camadas protetoras da seguinte forma:

 Cromação e outros processos similares – verificação da camada através de medidor


magnético (Elcômetro) ou outro aparelho indicado.

 Pintura – a demão de pintura básica será verificada antes da aplicação da demão de


acabamento. Será utilizado medidor magnético.

4.12.1.3 Verificação dimensional

Quando adotado o método de amostragem, os critérios serão regidos pelas Normas MIL-STD-
105D.

 para partes estruturais: antes da montagem dos elementos mecânicos e elétricos após
a aprovação das soldas, após tratamento térmico e após usinagem final, as partes
estruturais serão submetidas a verificação dimensional completa e verificação de
acabamento de usinagem;

 componentes mecânicos: os componentes mecânicos principais serão submetidos à


inspeção dimensional de acabamento, após a usinagem final, após o tratamento térmico
e antes de qualquer montagem, em 100% (cem por cento) dos lotes;

66
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 peças sobressalentes: todas as peças sobressalentes deverão ser submetidas à


verificação dimensional completa e também será exigida análise do material utilizado.

1.1.52 Ensaios de recebimento

4.12.1.4 Ensaios de recebimento provisório

Todos os equipamentos, tubulações, conexões, acessórios, após adequadamente montados na


obra, deverão ser submetidos a ensaios completos de funcionamento (em vazio e com água
limpa, com carga nominal e com sobrecarga), quando deverão demonstrar sua capacidade de
operação sem vibrações e superaquecimento, e atendimento aos parâmetros operacionais,
que serão aferidos pelos valores especificados pela AUTARQUIA MUNICIPAL.

Os testes serão executados da seguinte forma:

 Teste a seco e em vazio: Testes de todos os equipamentos cuja operação em vazio e


seco seja permitida;

 Testes com água limpa de todos os equipamentos, tubulações, conexões;

 Testes dos painéis elétricos, automatização e sistema de supervisão.

Somente após a realização de todos os ajustes e correções verificadas nos testes com água
limpa é que serão iniciados os testes com efluentes.

O FORNECEDOR é responsável por todos os recursos materiais e humanos para a realização


de todos os testes a seco, com água e esgotos.

Deverão ser comprovadas todas as características de funcionamento exigidas nas


especificações técnicas gerais e particulares, bem como todas aquelas estabelecidas pelo
FORNECEDOR nos documentos técnicos de projeto dos equipamentos, inclusive nos
catálogos. Deverá ser verificado o funcionamento de todos os componentes mecânicos e
elétricos dos equipamentos sob as condições normais de operação definidas nestes
documentos e/ou em normas técnicas aplicáveis.

Deverá ser verificado também o perfeito funcionamento de todos os dispositivos de comando,


proteção, sinalização e automatismo dos equipamentos.

Todo e qualquer defeito verificado durante os ensaios deverão ser repetidos até que sejam
obtidos resultados considerados satisfatórios pela AUTARQUIA MUNICIPAL.

Caso o FORNECEDOR não seja capaz de demonstrar à AUTARQUIA MUNICIPAL que o


equipamento desempenhará satisfatoriamente o serviço para o qual foi projetado, este
equipamento poderá ser rejeitado e o FORNECEDOR deverá então retirar o mesmo às suas
próprias expensas e reparar ou substituir os componentes defeituosos. Após os reparos, o
equipamento deverá ser remontado a expensas do FORNECEDOR e nova série de ensaios

67
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

será executada, até que o equipamento esteja em condições de ser aceito pela AUTARQUIA
MUNICIPAL.

4.13 PRÉ-OPERAÇÃO/ACEITAÇÃO DEFINITIVA

Após o recebimento provisório dos equipamentos, será iniciado o período de pré-operação,


quando cada subunidade será operada com esgoto, sendo verificados e aferidos todos os
parâmetros de eficiência e desempenho.

O FORNECEDOR deverá apresentar à AUTARQUIA MUNICIPAL, para aprovação, um plano


para o desenvolvimento da pré-operação, onde estarão definidas todas as atividades a
executar, os recursos humanos e materiais necessários, a metodologia de execução, os
parâmetros a verificar e aferir, com a indicação dos valores a atingir, e demais informações
julgadas necessárias ao desenvolvimento e acompanhamento da pré-operação.

A pré-operação deverá se estender pelo período mínimo de 30 dias a partir da data de início de
operação dos equipamentos com efluente.

A pré-operação deverá ser utilizada para se fazer os ajustes e correções que os equipamentos
exigirem e, portanto se encerrará tão logo se atinja esta objetivo e posteriormente ao prazo
anteriormente estabelecido (mínimo 30 dias de operação contínua).

A CONTRATADA deverá ser responsável por todas as providências referentes aos testes dos
equipamentos e os rodízios dos mesmos a ser feito durante o período da pré-operação.

Após o período de pré-operação, tendo sido satisfatórios os resultados de eficiência e


desempenho dos equipamentos, eles serão recebidos definitivamente, iniciando-se a partir
desta data o período de garantia.

4.14 PEÇAS SOBRESSALENTES

Baseado em sua própria experiência e de seus fornecedores, a CONTRATADA deverá fazer


suas recomendações para aquisição de peças sobressalentes, para um período de 02 (dois)
anos operação dos equipamentos por ele fornecidos.

A aquisição das peças sobressalentes será objeto de contratação à parte, segundo critérios da
AUTARQUIA MUNICIPAL, considerando os preços da lista que a CONTRATADA deverá
apresentar à AUTARQUIA MUNICIPAL, junto com os documentos técnicos de cada
equipamento a ser aprovado.

Peças sujeitas à falha, ou seja, aquelas que paralisam definitivamente o equipamento, tais
como placas de circuito, diodos, fusíveis e etc., deverão ter uma réplica entregue junto com o
equipamento, estando, pois inclusas no custo do mesmo.

68
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

4.15 GARANTIA

Os equipamentos deverão apresentar garantia de desempenho e eficiência, quando operando


nas condições especificadas. O FORNECEDOR garantirá o rendimento global para cada
unidade na sua proposta. Os termos das garantias deverão abranger um período de vinte e
quatro meses, contados à partir do término da pré-operação.

69
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

5 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA COMPORTAS, PLACAS


VERTEDORAS, CALHAS COLETORAS DE EFLUENTES, GUARDA-
CORPOS, GRADES DE PISO E ESCADAS / SUPORTES METÁLICOS

5.1 OBJETIVO

O objetivo da presente Especificação é fixar diretrizes e procedimentos básicos a serem


observados na fabricação, execução de testes de fábrica, transporte, manuseio, montagem e
execução de testes de campo, com fornecimento de equipamentos, materiais, mão-de-obra, e
serviços necessários para execução das comportas, placas vertedoras, calhas de
recolhimento, placas retentoras de escuma, guarda-corpos e escadas / suportes metálicos a
serem instalados no Tratamento de Esgotos de Viçosa.

5.2 GENERALIDADES

A concepção e o arranjo geral de comportas, placas vertedoras, calhas de recolhimento,


guarda-corpos, grades de piso e escadas / suportes metálicos desta estação de tratamento
estão indicados nos desenhos referentes às diversas unidades do tratamento.

As dimensões básicas de comportas, placas vertedoras, calhas de recolhimento, guarda-


corpos, grades de piso e escadas / suportes metálicos são dadas nas relações de materiais
anexas aos desenhos, sendo que estas dimensões são as recomendadas pelas condições
básicas do projeto.

A CONTRATADA deverá fornecer as unidades objeto desta especificação completas, podendo


adquirir os acessórios necessários de fabricantes ou subfornecedores renomados, assumindo
responsabilidade total pelo fornecimento das unidades completas.

A utilização de eventuais subfornecedores não isentará o FORNECEDOR de sua total


responsabilidade pelo fornecimento da unidade completa e montada, bem como pelo
desempenho e eficiência dos componentes, acessórios e da unidade como um todo.

O projeto e a fabricação das partes estruturais dos mecanismos deverão estar de acordo com
os requisitos das especificações mais recentes da ABNT e da AWWA (American Water Works
Association), ou normas internacionais equivalentes.

Todos os materiais empregados deverão ser apropriados para as finalidades previstas e serão
padronizados segundo normas internacionais reconhecidas.

O projeto deverá ser desenvolvido de modo a proporcionar a máxima economia e o mínimo


dispêndio de tempo na montagem, em eventuais substituições e na manutenção geral.

70
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Esta especificação é complementada pelas Especificações Técnicas Gerais nos itens que
sejam pertinentes a este fornecimento.

As especificações seguintes aplicar-se-ão a equipamentos completos, conforme indicado a


seguir no item 3 – Fornecimento. Caso o equipamento proposto apresente especificações
diferentes, o FORNECEDOR apresentará suas especificações, com justificativas técnicas
detalhadas das diferenças apresentadas. Sua utilização dependerá de aprovação da
FISCALIZAÇÃO e obrigará o FORNECEDOR a arcar com todos os ônus direta ou
indiretamente derivados da modificação proposta.

5.3 FORNECIMENTO

O FORNECEDOR deverá entregar à AUTARQUIA MUNICIPAL os equipamentos completos,


com todo o material e acessórios necessários para a instalação, montagem e ao seu perfeito
funcionamento, operação e manutenção, para a finalidade para os quais estão previstos.

O fornecimento constará dos materiais discriminados na lista ao final desta especificação, os


quais serão instalados nos locais respectivamente referenciados.

A montagem dos equipamentos será feita de acordo com os termos das Especificações
Técnicas Gerais. A CONTRATADA será responsável pelo fornecimento e a montagem dos
equipamentos e materiais constantes da lista ao final desta especificação, definidas como de
sua competência.

As cotas de nível de pedestais e soleiras bem como os níveis de líquido e qualquer outra cota
eventualmente necessária deverão ser obtidas nos desenhos. O cálculo das pressões
favoráveis ou desfavoráveis ou fechamento deverão ser feitos pelo FORNECEDOR.

Também fazem parte deste fornecimento, os seguintes serviços e materiais:

 Projeto dos equipamentos;

 Fabricação;

 Proteção ou pintura básica, conforme especificado;

 Montagem de subconjuntos na fábrica;

 Todas as tintas de retoque conforme especificado;

 Todos os óleos e graxas do primeiro enchimento, com adicional suficiente para atender
a um período de 06 (seis) meses de operação de todos os equipamentos fornecidos;

 Todos os cabos elétricos e eletrodos eventualmente necessários à montagem na obra;

71
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Adicional de montagem, correspondente a uma quantidade suplementar de 10% (dez


por cento) dos parafusos, chumbadores, porcas, arruelas, pinos, etc., que serão
utilizados para montagem na obra;

 Todas as ferramentas e dispositivos especiais exigidos para transporte, montagem e


desmontagem, ensaios e testes dos equipamentos;

 Todos os insumos necessários à completa montagem dos equipamentos na obra;

 Em caráter provisório, todos os materiais e aparelhos necessários à realização de


testes e ensaios, na fábrica e na obra;

 Um jogo de ferramentas especiais para manutenção;

 Peças sobressalentes;

 Embalagem para transporte de componentes;

 Supervisão de montagem e de ensaios na obra;

 Supervisão e aprovação pela moldagem final dos fundos dos canais, se as


características desses forem relevantes para o desempenho ou para o desgaste do
equipamento;

 Guia civil, acompanhamento e recomendações de acabamento das estruturas de


assentamento e apoio de equipamentos.

5.4 DIMENSÕES E CARACTERÍSTICAS DE PROJETO

As dimensões básicas, número de unidades e a localização de comportas, placas vertedoras,


calhas de recolhimento, placas retentoras de escuma, guarda-corpos, grades de piso e
escadas / suportes metálicos desta estação de tratamento de esgotos estão indicadas nos
desenhos de projeto.

5.5 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

As condições de operação das comportas, placas vertedoras, calhas de recolhimento, placas


retentoras de escuma, guarda corpos, grades de piso e escadas / suportes metálicos estão
descritas nas especificações das diversas unidades e indicadas nos desenhos.

5.6 DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS EQUIPAMENTOS

1.1.53 Comportas em PRFV

As comportas deverão ser operadas manualmente.

As comportas deverão possuir guias de embutir ou guias tipo flanges para fixação em parede
através de parafusos chumbadores do tipo expansão em aço inoxidável AISI 304 de embutir.

72
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os suportes, quadros gavetas, guias e demais peças que sofrem acoplamento, deverão ter as
faces de encostos planas e com paralelismo adequado às condições de montagem da
comporta.

O material de vedação utilizado deverá ser resistente à ação química e aos esforços
resultantes do deslizamento da comporta sobre a guia.

As comportas construídas em PRFV deverão ser apropriadamente estruturadas para suportar


as condições de pressão nas diversas aplicações.

As comportas de acionamento com volante deverão ser constituídas de chapa reforçada e uma
haste de acionamento ligada ao volante, montado em uma moldura superior em aço carbono. A
haste de acionamento deverá ser ligada à gaveta da comporta através de elemento articulado
e em aço inoxidável.

A soleira e as guias deverão ser construídas de cantoneiras, canaletas de PRFV chumbadas


no concreto com sistema tipo flange, salvo indicação contrária no projeto. As cantoneiras terão
superfícies de assentamento da comporta adequadamente projetadas de acordo com as
dimensões da comporta, para as cargas hidráulicas aplicadas e para o sistema de vedação
aplicado. Deverá ser apresentado memorial de cálculo detalhado do dimensionamento do
equipamento. As guias se estenderão para cima, de tal forma que a comporta estará em
contato com as sedes de assentamento em todas as posições.

A vedação das comportas deve ser boa e bem ajustada, com juntas de vedação resilientes nas
guias e na soleira.

O material das comportas deverá ser basicamente de resina poliéster, reforçado com fibra de
vidro e, nas faces externas, a barreira química será em resina vinil éster com espessura
mínima de 1,3 mm. A resina deverá ser comprovadamente apropriada para resistir aos efeitos
corrosivos do esgoto A resina poderá conter corante desde que seja comprovada a sua
adequabilidade para o serviço.

As superfícies externas em PRFV deverão receber proteção contra a luz solar através de
absorvedores de ultravioleta. A resistência contra os efeitos da luz solar (raios ultravioletas)
deverá ser comprovada.

As propriedades mecânicas do material deverão ser iguais ou exceder às seguintes:

Resistência limite de tração.........................................................................................840 kg/cm²


Resistência à flexão..................................................................................................1.340 kg/cm²
Módulo de elasticidade............................................................................................60.000 kg/cm²
Dureza Barcol mínima............................................................................................................... 35

73
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os procedimentos a serem utilizados na determinação das propriedades deverão estar de


acordo com as normas ASTM D 638/61 e D 790/61, parte 9, ou normas equivalentes.

As comportas deverão ter reforços de estrutura, suficientes para as máximas pressões


existentes. O projeto e a fabricação da comporta deverão atender ao seguinte:

 Todo e qualquer corte feito nas comportas deverá ser recomposto com resina;

 As hastes das comportas serão feita em aço inoxidável AISI 304;

 Perfis metálicos, quando utilizados no reforço das comportas, deverão receber


revestimento anti-corrosivo com o próprio material da barreira química da comporta;

 A utilização de propriedades mecânicas do PRFV acima das mínimas especificadas


deverão ser ratificadas por memorial de cálculo e de testes destrutivos.

1.1.54 Comportas em Aço Inox

As comportas deverão ser fornecidas como um equipamento único montado e testado quanto a
vazamentos na fábrica, não sendo necessários ajustes de campo nos dispositivos de vedação.

Deverão atender os requisitos da norma AWWA-C-561, no que diz respeito ao cálculo estrutural
e ao índice de estanqueidade.

5.6.1.1 Componente das comportas

 Quadro estrutural;

 Gaveta;

 Vedação lateral e superior;

 Vedação inferior e traseira;

 Haste de acionamento;

 Pórtico;

 Pedestal de manobra.

5.6.1.2 Quadro estrutural

Será construído de aço inoxidável em uma única peça e deverá permitir seu assentamento
diretamente sobre o concreto. A peça deverá ser rígida o bastante de modo que não se
deforme durante o transporte e a montagem.

O quadro deverá permitir a correção de possíveis imperfeições na parede, de modo que os


chumbadores alcancem concreto de alta resistência.

74
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

O quadro estrutural deverá ser fixado na parede através de chumbadores tipo “parabolt” de aço
inoxidável.

5.6.1.3 Gaveta

A gaveta deverá ser construída em chapa de aço inoxidável e reforçada com nervuras de
acordo com a solicitação estrutural

5.6.1.4 Vedações

As vedações laterais e superior deverão ser em polietileno de Ultra Alta Densidade (PUAD),
devendo ser fixadas no quadro estrutural por meio de um flange aparafusado.

As peças de polietileno deverão possuir um canal por onde corre a gaveta.

A vedação se dará através de um cordão de borracha nitrílica que pressiona a peça de PUAD
contra a gaveta de aço inox.

O desgaste será compensado automaticamente pela compressão da peça de PUAD contra a


gaveta, evitando-se vazamento por desgaste.

As vedações laterais e superiores serão auto-lubrificadas, com um baixo coeficiente de fricção


(máximo 0,25). Isto garantirá menor necessidade de torque do acionamento.

A vedação inferior deverá ser de Neoprene elástico, soldado no mesmo nível do canal, de
modo que o fluxo de líquido carregue os sólidos que por ventura venham a depositar. A
estanqueidade da vedação inferior se dará pela compressão da gaveta contra o Neoprene
elástico.

A vedação entre o flange traseiro e a parede de concreto será feita por meio de uma manta de
EPDM macio, com espessura de no mínimo 10 mm.

5.6.1.5 Haste de acionamento

Deverá ser fabricada de aço inoxidável e rosqueada conforme o padrão ACME. Deverá ser
dimensionada para o esforço de compressão de pelo menos 178N no acionamento manual
(volante ou manivela). Dependendo do comprimento da haste, deverão possuir mancais guias
intermediários de aço inox com buchas internas de PUAD (para minimizar atrito entre a haste e
o mancal guias).

O topo da haste deverá possuir um tubo protetor de policarbonato, devidamente calibrado,


indicando a respectiva abertura da comporta.

5.6.1.6 Materiais
Quadro:.............................................................................Aço inoxidável ASTM A-240 AISI 316L

75
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Gaveta: .............................................................................Aço inoxidável ASTM A-240 AISI 316L


Vedação superior:.......................................................Polietileno de Ultra Alta densidade (PUAD)
Vedação lateral:..........................................................Polietileno de Ultra Alta densidade (PUAD)
Vedação inferior: ..................................................Neoprene elástica ASTM D-2000 grau BC-510
Cordão de compressão: ............................................Borracha nítrilica ASTM D-2000 M6BG 708
Haste: ......................................................................Aço inoxidável ASTM-A-276 304 ou MX 303
Protetor da haste: .....................................................................Policarbono com régua graduada
Chumbadores: ..........................................................................‘Aço inoxidável ASTM-A-276 304

1.1.55 Placas vertedouras, calhas coletoras de efluentes e de escuma

Deverão ser fornecidas placas vertedouras ajustáveis e calhas coletoras de efluentes e escuma
para as diferentes unidades da ETE, em plástico reforçado com fibra de vidro para a calha de
escuma e em aço inox para a calha de efluente. A fixação das placas deverá ser feita por meio
de chumbadores e parafusos de aço inoxidável AISI-304.

Ambas as superfícies das placas deverão ser lisas e ricas em resinas, sem apresentação de
fibras de vidro nas mesmas, quando for este o caso.

A largura e espessura das placas deverão ser compatíveis com a geometria das unidades nas
quais estarão inseridas, devendo ter seu projeto apresentado para aprovação da AUTARQUIA
MUNICIPAL.

O material empregado na fabricação das placas deverá ser resistente à ação da luz solar e aos
efeitos corrosivos do esgoto afluente.

Após a instalação, as placas vertedouras deverão estar perfeitamente niveladas permitindo o


escoamento uniforme do efluente ao longo de todo o perímetro das mesmas, sem permitir
vazamentos na junta entre as placas e a parede, se for este o caso.

O CONTRATADO deverá fornecer junto à sua proposta os catálogos correspondentes. Deverão


ser apresentados, também na proposta, os certificados de testes físicos de qualidade do
material de fabricação das peças, de conformidade com a Norma ASTM, ou equivalente.

1.1.56 Guarda-corpo em aço carbono

Os guarda-corpos serão fornecidos em tubo de aço carbono SCH.40 diâmetros de 1.1/2” e 1” e


serão fixados em chapa de #6.33mm ASTM A-36 com chumbadores de expansão M10.

A CONTRATADA deverá fornecer e instalar aproximadamente 2500 metros de guarda corpo,


confeccionados em cantoneiras de aço laminado de 2”x ¼”ASTM A-36, a serem instalados nas
unidades da estação conforme projeto básico.

Os guarda-corpos deverão ser removíveis e fabricados com as seguintes características:

76
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Altura de 110 cm;

 Espaçamento máximo entre postes de 2,10 m;

 Possuir barras intermediárias em cantoneiras de aço laminado de 1”x ¼”ASTM A-36;

 Chumbadores em aço inoxidável, espessura mínima de ½”;

 Possuir rodapé em barra chata de 4”x ¼”;

 Pintura conforme especificações técnicas gerais na cor amarelo segurança;

 Chapas de fixação no piso ou na lateral.

1.1.57 Grades de piso

As grades de piso deverão ser confeccionadas em pultudrado de fibra de vidro, formato “I”,
com um percentual de fibra de vidro de 65%, com resina estér-vinilica nas dimensões e
quantidades estabelecidas pelo projeto básico.

As grades se apoiaram em suportes também fabricados em perfilados de fibra de vidro e


deverão ser projetadas para suportar uma carga mínima de 120 Kg/cm².

Todos os elementos de fixação das grades deverão ser em aço inoxidável.

1.1.58 Escada metálica

As estruturas das escadas serão fabricadas em perfilados de aço carbono revestido conforme
especificações técnicas gerais.

As dimensões serão como as determinadas no projeto básico.

As escadas deverão possuir guarda corpo removíveis, constituído cantoneiras de aço laminado
de 2”x ¼”ASTM A-36, com 110 cm de altura, barras horizontais intermediárias também em
tubos de aço carbono, rodapé em barra chata de 4”x ¼”.

Os postes de fixação dos guarda corpos deverão ser em cantoneiras de aço laminado de 2”x
¼”ASTM A-36, espaçamento máximo entre postes de 2,10m e base fixada por parafusos para
permitir desmontagem do guarda-corpo.

Os parafusos de fixação do guarda corpo deverão ser em aço inoxidável AISI 304, espessura
mínima de 12mm.

Os chumbadores de fixação das escadas deverão ser em aço inoxidável AISI 304 espessura
mínima de ½”.

1.1.59 Escada de marinheiro

As escadas de marinheiro serão compostas por estruturas de barras chatas em aço carbono
ASTM A- 36 de 2 ½”x1/4” e degraus fabricados por barra redonda ASTM A-36, Ø de ¾” . As

77
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

escadas deverão possuir guarda corpo, também fabricados em barras chatas e proteção de
pintura conforme especificações técnicas gerais. Os guarda-corpos deverão ser removíveis
através de parafusos em aço inoxidável AISI 304

Os chumbadores de fixação das escadas deverão ser em aço inoxidável AISI 304 espessura
mínima de ½”.

1.1.60 Suportes metálicos

Os suportes metálicos deverão ter seus apoios fabricados em perfil ”I” espessura igual a 4”
com os apoios dos tubos em perfil “L”, espessura de 2.1/2” x ¼”, recebendo pintura conforme
especificado no item 7.

A fixação de suportes deverá ser feita por meio de chumbadores de expansão Ø1/2” fixados
sobre base em concreto conforme projeto estrutural.

5.7 PINTURA E PROTEÇÃO

1.1.61 Preparação das superfícies

Antes de serem expostos ao tempo, todos os componentes ferrosos dos equipamentos


deverão ser devidamente limpos, como indicado a seguir, de crostas de laminação, sujeira,
ferrugem, graxas e outras substâncias estranhas, objetivando-se obter uma superfície limpa e
seca.

Todos os cantos vivos que ficarão submersos deverão ser embotados com esmeril ou lima para
aço, para melhorar a aderência da tinta.

As superfícies de aço deverão ser jateadas com areia até metal quase branco. A limpeza com
jato de areia deverá ser igual ou superior à requerida pela Norma SIS-05-5900.

1.1.62 Pintura

A pintura será executada de acordo com a norma SSPC-PS-11-01-68 T do “The Steel


Structures Painting Council” e demais normas nela citadas ou equivalentes, conforme resumo
abaixo:

 Material:Coal Tar Epoxy Polyamide (Dark red), conforme SSPC-P-16-68T

 Número mínimo de camadas: 2 (duas)

 Espessura mínima seca: 400 microns (16 mils)

 Tempo de secagem: 5 a 10 dias

A pintura básica para proteção anticorrosiva das superfícies dos equipamentos de processo
será de acordo com a norma SSPC-SP-11-01-68 Y, conforme resumo abaixo:

78
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Partes imersas ou expostas a ataque de gases:

 Revestimento em Epóxi Alcatrão de Hulha de alta espessura, tonalidade Munsell


N1;

 Espessura seca por demão: 200 m;

 Espessura final do sistema: 400 m.

 Partes emersas:

 Fundo em duas demãos de Epóxi Mastique alta espessura na cor cinza,


tonalidade Munsell N 6.5, com 60 μm de espessura, totalizando 120 μm;

 Acabamento em duas demãos de Esmalte Poliuretano Alifático, com 40 μm de


espessura, totalizando 80 μm;

 Espessura total da pintura de 200 μm.

Os equipamentos mecânicos auxiliares e elétricos de linha padronizada de fabricação,


normalmente fornecidos com acabamento de fábrica, deverão receber do Fabricante
tratamento superficial adequado para serviço sujeito a intempéries e/ou à agressividade do
ambiente onde irá operar.

1.1.63 Outros tipos de proteções

Superfícies de eixos para suporte de rolamentos, engrenagens e outras superfícies que


obviamente não devem ser pintadas, deverão ser protegidas contra a corrosão com uma
camada espessa de graxa ou outro tipo aprovado de comprovada eficiência de proteção
antiferruginosa. Esta proteção deverá ser mantida durante todo o período de montagem na
obra e deverá ser inspecionada e aprovada pela AUTARQUIA MUNICIPAL.

Parafusos, porcas e arruelas de aço carbono sujeitos às intempéries deverão ser zincados a
quente, de acordo com a Norma ASTM-A-153, classe C.

5.8 ENSAIOS E INSPEÇÕES

Os ensaios e inspeções deverão ser formalizados pela AUTARQUIA MUNICIPAL segundo


Roteiro de Inspeções a ser elaborado de comum acordo com o CONTRATADO.

Em princípio, estão previstos aqueles indicados nas Especificações Técnicas Gerais.

5.9 PEÇAS SOBRESSALENTES

O CONTRATADO deverá propor, para cada unidade instalada, peças sobressalentes que
deverão ser fornecidas para um período de operação de 2 (dois) anos. As peças
sobressalentes deverão ser cotadas em separado na proposta.

79
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

5.10 GARANTIAS

Os equipamentos deverão apresentar garantia de desempenho e eficiência, devendo o


CONTRATADO apresentar esta garantia na sua proposta, quando operando nas condições
especificadas. Os termos das garantias deverão abranger um período de 24 meses, contados a
partir do início da operação do equipamento.

80
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

6 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA O FORNECIMENTO DE


VÁLVULAS, TUBULAÇÕES E CONEXÕES

6.1 OBJETIVO

O objetivo da presente Especificação é fixar diretrizes e procedimentos básicos a serem


observados na fabricação, execução de testes de fábrica, transporte, manuseio, montagem e
execução de testes de campo, com fornecimento de equipamentos, materiais, mão-de-obra, e
serviços necessários para execução da Estação Elevatória e Estação de Tratamento de
Esgotos de Viçosa.

6.2 GENERALIDADES

As especificações e requisitos descritos a seguir devem ser interpretados como sendo os


mínimos exigidos, podendo ser aplicados materiais e critérios que excedem a estes.

As válvulas, tubulações e conexões deverão atender aos requisitos dimensionais e de


desempenho previstos nas especificações, desenhos e fluxogramas do projeto. Qualquer
alteração proposta deverá ser aprovada pela Fiscalização e qualquer ônus será de
responsabilidade do FORNECEDOR.

Deverão fazer parte do escopo do fornecimento todos os acessórios referentes à proteção


física de válvulas expostas ao tempo e à sua operação, conforme especificado.

Esta especificação é complementada pelas Especificações Técnicas Gerais nos itens que
sejam pertinentes a este fornecimento.

6.3 FORNECIMENTO

Em geral, válvulas, conexões, tubulações e seus acessórios nas linhas internas às unidades do
processo serão fornecidas e montadas pela CONTRATADA.

Nas tubulações enterradas e/ou componentes do sistema de interligação das unidades do


processo, o fornecimento e a montagem serão de responsabilidades da mesma, de acordo
com a discriminação constante da Relação de válvulas, tubulações e conexões constantes nas
relações de materiais dos desenhos.

6.4 DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS VÁLVULAS, TUBULAÇÕES E CONEXÕES

1.1.64 Características gerais das válvulas

As válvulas deverão ser produto de fabricantes com longa experiência no ramo, e cujos
produtos tenham comprovado serviço efetivo, durante um razoável número de anos, em

81
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

instalações semelhantes. A CONTRATADA deverá submeter à AUTARQUIA MUNICIPAL uma


relação das instalações onde o equipamento proposto esteja em uso contínuo e satisfatório,
em aplicações semelhantes às do projeto em questão.

Todas as válvulas, independentemente da concepção de seu projeto, deverão atender as


características técnicas especificadas.

Não serão aceitas válvulas cuja construção faça uso de materiais incompatíveis com o
ambiente operacional e o processo no qual estarão sendo usadas. Isto incluirá elementos
fixados por cola, ou similares.

Em se tratando do mesmo tipo de válvulas, estas e seus acionadores deverão ser


padronizados quanto ao modelo e fabricante.

As manobras das válvulas deverão ser por acionamento direto ou caixa de redução conforme
recomendação do fabricante, ou ainda por imposição do espaço físico.

Todas as válvulas deverão estar acessíveis para operação, devendo, no caso de


impossibilidade, serem providas de acessórios de manobra que permitam sua operação do
piso mais próximo. Onde forem usadas correntes para operar válvulas, devem ser previstos
dispositivos cabides para as mesmas, de modo a não perturbar o livre trânsito na área.

Todas as válvulas de diâmetro 50 mm (2”), ou maiores, deverão possibilitar a troca de peças


cambiáveis sem remover a válvula da linha.

Nas linhas horizontais de esgoto ou lodo, as válvulas tipo macho excêntrico deverão ser
instaladas com haste na posição horizontal de modo que, na posição aberta, o macho
excêntrico se localize na parte superior da válvula. Na posição fechada, o macho excêntrico
deve permanecer no lado a jusante da válvula.

As válvulas de lodo ou esgoto não devem ser instaladas com as hastes abaixo do plano
horizontal. Todas as válvulas utilizadas em lodo ou esgoto devem ter passagem plena, quando
totalmente abertas.

Quando em linhas enterradas, as válvulas deverão ser protegidas por caixas de concreto,
sendo operadas, quando necessário, por extensões apropriadas.

Todas as partes sujeitas a desgaste deverão ser facilmente cambiáveis.

1.1.65 Tipos de válvulas

6.4.1.1 Válvula tipo gaveta

 ½” até 1 ½” – corpo de bronze ASTM B 62, internos de bronze ASTM B 62 – haste
ascendente com rosca interna – castelo tipo união – rosqueada BSP – 125 libras;

82
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 DN50 até DN300 – corpo em ferro dúctil NBR 6916, haste aço inox AISI 410, anéis de
vedação bronze ASTM B 62, cunha de borracha ferro dúctil NBR 6916 e borracha
EPDM, flanges face a face conforme ISO 5752, dimensões conforme NBR 7675 e ISO
2531, classe PN10 e PN16, conforme local de aplicação;

 DN350 e maiores – corpo em ferro dúctil NBR 6916, haste em aço inox ASTM A276 não
ascendente, cunha e corpo em bronze fundido ASTM B62, acionamento redutor com
volante, flanges face a face conforme ISSO 5752 e dimensões conforme NBR 7675 e
ISO 2531, classe PN10 e PN16, conforme local de aplicação.

 As válvulas deverão ser projetadas para pressões de trabalho com água, em


temperatura ambiente normal:

 de  75 mm (3”) a  300 mm (12”)...........................................12,0 kg/cm².

6.4.1.2 Válvula tipo retenção (para esgoto)

Válvulas de retenção de 3” e maiores serão de ferro nodular, com internos em bronze, abertura
plena, tipo portinhola única, tampa parafusada, extremidades flangeadas classe 125 lb, flanges
padrão ISO 2531/PN-10 ou PN 16, conforme local de aplicação. Todas as válvulas devem ser
providas de alavanca externa e contrapeso. As válvulas deverão ser projetadas para as
seguintes pressões de trabalho, com água à temperatura ambiente normal.

 de  75 mm (3”) a  350 mm (12”).................................................12,0 kg/cm²

Válvulas de retenção de 2” e menores serão de bronze ASTM B 62, tipo portinhola única,
tampa rosqueada com disco e vedação substituível, eixo em aço inox AISI 304.

Nas tubulações de esgoto ou lodo, as válvulas deverão ser instaladas na posição horizontal.

6.4.1.3 Válvula tipo esfera (para gás)

Deverão ser usadas válvulas esfera do tipo “Fire Safe”, apropriadas para trabalhos com gases
inflamáveis, tendo dupla vedação para impedir vazamentos de gás.

Corpo em aço carbono fundido ASTM A216 GR WCB, esfera em aço inox AISI 304, anéis de
teflon, com extremidades flangeadas para 3” e acima, flanges classe 150 lb ANSI B16-5.
Abaixo de 3” as válvulas deverão ser rosqueadas.

6.4.1.4 Válvula tipo macho excêntrico (para lodo e escuma)

As válvulas do tipo macho excêntrico a serem instaladas nas linhas de lodo e esgoto deverão
atender, no mínimo, às características abaixo discriminadas:

Flange de acoplamento com o acionador conforme a norma ISO 5211;

83
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Área de passagem do fluxo 100% livre quando a válvula estiver na posição totalmente aberta;

Estanqueidade de 100% do fluxo, quando a válvula estiver na posição totalmente fechada;

Acionamento manual, de acordo com a especificação, com garantia de desempenho sob a


responsabilidade do fabricante da válvula;

Permitir acesso à seção de vedação e componentes internos da válvula sem necessidade de


desconectar os flanges ou retirar a carcaça de linha de fluxo;

Fechamento ou abertura através de giro de 90º (noventa graus) do obturador de fluxo, para um
esforço máximo de 15 Kgf, com curso limitado por sedes fundidas no corpo da válvula, nas
posições aberta e fechada;

Classe de pressão PN 10. Pressão de fechamento normal da válvula;

Flanges conforme norma ISO 2531 – PN 10, distância face a face conforme norma ISO 5752;

Vedação do obturador (macho) com a sede de vedação por aproximação e interferência, de


modo que ocorra no momento do fechamento;

Eixo e mancais selados contra o contato com o fluído;

Mancais de desligamento auto-lubrificáveis;

Eixo e obturador fundidos em uma única peça;

Testes na fábrica:

 Teste hidrostático por 30 minutos à pressão de 15 kgf/cm²;

 Teste de fechamento e abertura à pressão de 11 kgf/cm² e próximo de zero;

 Tempo de fechamento e abertura;

 Teste de estanqueidade e vedação 100%, à pressão de 11 kgf/cm²;

Materiais:

 Corpo – Ferro fundido;

 Eixo – Aço inox;

 Obturador – Aço inox recoberto com uma camada de Buna-N por injeção a quente, com
curvatura do obturador uniforme.

6.4.1.5 Válvula esfera para dreno de amostragem

Nas tubulações para amostragem do lodo produzido nos reatores UASB, foram previstas
válvulas esferas, de modo a permitir a coleta de amostras do lodo em três níveis diferentes.

84
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Deverá ter corpo em aço carbono fundido ASTM A 216 Graus. WCB, esfera em aço inox AISI
304, anéis de teflon, classe 150 Lb, com extremidades flangeadas padrão ANSI 16.5.

6.4.1.6 Tomada de água para serviços de limpeza

Para os serviços de limpeza, serão previstos pontos de tomadas de água na área da ETE.
Serão compostos, basicamente, do seguinte elemento:

 Torneira cromada com adaptador para mangueira, diâmetro 1/2”;

1.1.66 Características gerais das tubulações

Os tipos de tubulação e acessórios estão identificados apropriadamente nos desenhos.

De um modo geral, as tubulações de ferro fundido e aço carbono são aparentes, sendo
conectadas através de soldas, junta elástica (ponta e bolsa) ou flanges.

As tubulações em PVC e concreto serão enterradas. As tubulações para o sistema de biogás


serão aparentes, em aço carbono.

As tubulações devem ser instaladas de forma a serem evitados bolsões, devendo, quando isso
for inevitável, serem dotadas de respiros e drenos convenientemente localizados.

Nas sucções das bombas devem ser usadas reduções excêntricas com a parte plana para
cima.

As ramificações deverão ser feitas com tê, quando de igual diâmetro. Quando em linhas de
ramificação menor, usar tê de redução ou conforme prática e recomendação do fabricante.

6.4.1.7 Tipos de tubulação e conexões

 Tubulação de ferro fundido

Deverão ser de ferro fundido dúctil, de conformidade com as Normas ISO 2531 com
revestimento interno de argamassa de cimento aluminoso.

Quando de ponta e bolsa, deverão ser de conformidade com a Norma NBR 7663 e ISO 2531.

 Tubulação de aço carbono

Tubulações enterradas deverão ser protegidas conforme o estabelecido nas normas C-203 e
C-209 da AWWA (American Water Works Association).

Os elementos tubulares e peças serão montados conforme normas e recomendações da


ABNT, AWWA e ASTM.

As tubulações serão montadas em aço carbono preto, ASTM A120, com costura:

 de ½” até 2 ½” – Schedule 80, com pontas rosqueadas, com luvas;

85
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 de 3” até 10” – Schedule 40, com pontas biseladas para solda.

Aço Carbono Galvanizado ASTM A120, com costura, pontas rosqueadas com luvas,
espessuras de parede acima indicadas.

Aço Carbono Preto ASTM A53 Gr A, sem costura, pontas biseladas para solda, espessuras de
parede acima indicadas.

Aço carbono conforme AWWA-C 200/ASTM A 283 C. (esp = 6,35mm), dimensões do flanges
conforme NBR 7675-PN10/ISO 2531.

 Tubulação de PVC

 Tubos e conexões enterrados, tipo soldável, fabricados em PVC rígido de acordo com a
especificação da ABNT NBR 5648;

 Tubos e conexões expostos ou embutidos, tipo roscável, fabricados em PVC rígido, de


acordo com a especificação da ABNT NBR 5648. As conexões terão buchas de reforço
em latão;

 Tubos e conexões de PVC rígido de acordo com a especificação da ABNT (NBR 7665);

 Tubos e conexões de PVC rígido com junta elástica, tipo PBA, de acordo com a
especificação da ABNT (NBR 5665);

 Tubos e conexões enterrados de PVC para esgoto de acordo com a especificação da


ABNT (NBR 7362).

 Tubos em concreto

 Tubos para esgoto sanitário em concreto simples, fabricados de acordo com a norma
NBR 8889, da ABNT;

 Tubos para esgoto sanitário em concreto armado, fabricados de acordo com a norma
NBR 8890, da ABNT.

 Tubos em PRFV e RPVC

As tubulações em RPVC e PRFV devem atender as seguintes normas de fabricação e controle


de qualidade:

 AWWA C950 - Standard For Fiberglass Pressure Pipe;

 ASTM-D 3517 - Standard Specification For Fiberglass Pressure Pipe;

 ASTM-D 3262/88- Standard Specification For Fiberglass (Glass-Fiber- Reinforced


Thermosetting Resin) Sewer Pipe;

 ASTM-D 3754 - Standard Specification For Fiberglass Sewer and Industrial Pipe;

86
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 ASTM-D 2992 - Standard Practice For Obtaining Hidrostatic or Preassure Design Basis
(HDB) for fiberglass Pipe;

 ASTM-D 5365 - Standard Test Method For Long therm Ring Bending Strain of
Fiberglass Pipe;

 ASTM-D 3681- Standard Test Method For Chemical Resistance Of Fiber Glass (Glass-
FiberReinforced-Resin) Pipe In A Deflected Condition;

 ISO 7685 – Plastics piping systems Glass reinforced thermosetting plastics (GRP) pipes
Determination of initial specific ring stiffness;

 Manual AWWA M-45 Fiberglass pipe design;

 ASTM D-3839 Standard Practice for Underground Installation of Fiberglass Pipe;

 ISO 9001:2000

 Tubos em CPVC

 ASTM F441 / F441M - Standard Specification for Chlorinated Poly(Vinyl Chloride)


(CPVC) Plastic Pipe

 ASTM F439 - 11 Standard Specification for Chlorinated Poly (Vinyl Chloride) (CPVC)
Plastic Pipe Fittings

 ASTM D1498 - 08 Standard Test Method for Oxidation-Reduction Potential of Water

 Conexões

As conexões serão da seguinte forma:

 Ferro Fundido Dúctil, tipo ponta e bolsa, conforme Norma ISO 2531 e ABNT NBR 7663;

 Ferro Fundido Dúctil, tipo flangeado, conforme Norma ISO 2531/PN-10 e PN 16,
conforme local de aplicação;

 Ferro Galvanizado ou Preto ASTM A197, rosqueada com reforço nas extremidades,
classe 300 lb;

 Aço Carbono ASTM A234 GR WPA ou WPB, extremidades biseladas para solda de
topo, escala de conformidade com o tubo empregado;

 Aço Carbono da elevatória final e interligações da CDV-1 à CDVs-2, conforme AWWA-C


208;

 Uniões integrais de assento cônico de aço forjado ASTM 181 Gr I ou II, 2.000 lb.

 Uniões de ferro galvanizado ou preto assentam de bronze, plana, ASTM A197, 300 lb.

87
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

6.4.1.8 Recomendações gerais (tubulações enterradas e externas)

As seguintes recomendações gerais de assentamento se aplicam às tubulações, independente


do tipo de material.

O alinhamento e nivelamento da base da tubulação serão executados com a utilização de


aparelhos topográficos. O assentamento e montagem da tubulação somente poderão ser
executados após aprovação pela Fiscalização.

O abaixamento do tubo na vala somente poderá ser iniciado após um rigoroso exame de suas
condições, visando à identificação de defeitos ou danos no seu revestimento interno, e após
verificação das condições de suporte do fundo da vala.

Quaisquer irregularidades ou defeitos observados deverão ser corrigidos prontamente pela


CONTRATADA.

Antes do início da operação de abaixamento e acoplamento da tubulação, a CONTRATADA


deverá comunicar à Fiscalização os recursos de pessoal e equipamentos que pretende utilizar
para execução do assentamento dos tubos na vala.

Os tubos serão alinhados ao longo da vala, no lado oposto da terra retirada da escavação ou
sobre esta, em plataforma devidamente preparada. Quando não for possível essa solução, os
tubos deverão ficar livres de eventual risco de choques, resultantes principalmente da
passagem de veículos e máquinas.

A descida do tubo ao fundo de vala deve ser executada de modo que a sua extremidade não
se choque com a extremidade do outro tubo já assentado. Em seguida o tubo será conduzido
lentamente até o outro, estando os eixos alinhados.

O FORNECEDOR deverá realizar a movimentação dos materiais, mesmo em distâncias


pequenas, utilizando-se processos, equipamentos e cuidados apropriados e considerando que
cada material exige um método diferente, peculiar às suas características físicas.

Os tubos e conexões exigem tratamento especial na sua manipulação, sendo terminantemente


vedado o uso de corrente, alavancas, ganchos, peças de madeira estreitas, cordas ou cabos
de aço, sem a devida proteção. Deve-se usar pranchões largos e tiras de lona para
movimentação dos tubos, tendo-se sempre extremo cuidado com o revestimento externo.

O assentamento dos tubos deverá obedecer rigorosamente às cotas e aos alinhamentos


indicados no projeto, observando-se que a bolsa de cada unidade esteja sempre na posição de
montante, em relação ao sentido de escoamento.

Antes de sua colocação na vala, os tubos a serem utilizados sofrerão vistoria da


CONTRATADA, juntamente com a Fiscalização, não se aceitando em hipótese alguma, o
assentamento de tubos defeituosos.

88
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

O tipo de embasamento a executar, conforme indicado no projeto, será em função do terreno


sobre o qual se assentará a tubulação, bem como de sua própria natureza.

Deverão ser construídos blocos de ancoragem e envelopamento de concreto nos locais


requeridos.

6.4.1.9 Suportes de tubulação

A CONTRATADA deverá projetar e fornecer todos os pendurais, ancoragens, guias e suportes


para os diversos sistemas do complexo.

Os suportes deverão ser completos com todos os acessórios tais como calças, grampos,
parafusos, porcas, arruelas, vergalhões, membros estruturais intermediários (quando
necessário), etc.

O fornecimento deverá abranger em sua totalidade os suportes necessários para o perfeito


funcionamento de todos os sistemas, independente de estarem indicados nos desenhos.

Todos os componentes deverão ser projetados para as pressões e temperaturas máximas


obtidas em operação ou teste.

As tubulações de ponta e bolsa deverão ser dotadas de ancoragens que detenham as forças
axiais acima do normal, evitando vazamento e a desmontagem da tubulação por estas forças.
O projeto e instalação destas ancoragens ficarão a cargo da CONTRATADA. O projeto de
ancoragem de todas as tubulações deverá ser submetido à aprovação da AUTARQUIA
MUNICIPAL.

As demais tubulações devem ser suportadas, ancoradas e/ou guiadas adequadamente levando
em conta sua possível dilatação térmica. Os esforços resultantes em bocais e equipamentos
devem ser minimizados ou anulados, conforme recomendação dos fabricantes do
equipamento.

6.5 PINTURA E PROTEÇÃO

Válvulas e conexões deverão ser enviadas para a obra com a devida proteção anticorrosiva,
segundo os padrões internacionais.

As tubulações de ferro fundido deverão ser enviadas com uma proteção externa à base de
primer betuminoso.

6.6 ENSAIOS E INSPEÇÕES

1.1.67 Ensaios e inspeções na fábrica

Os ensaios e inspeções deverão ser formalizados pela AUTARQUIA MUNICIPAL, segundo um


Roteiro de Inspeções a ser elaborado de comum acordo com o FORNECEDOR.

89
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.68 Ensaios e inspeções na obra

6.6.1.1 Ensaios de recebimento provisório – Testes

Após a instalação final, quando todos os componentes estiverem adequadamente montados e


alinhados, todo o equipamento deverá receber um ensaio completo de funcionamento, onde
deverá demonstrar sua capacidade de operação provando sua adequação ao serviço proposto.
Durante os ensaios, serão verificados os principais parâmetros de eficiência e desempenho.

Eventuais defeitos detectados deverão ser corrigidos pelo FORNECEDOR, repetindo-se os


ensaios até que sejam obtidos resultados satisfatórios.

Se o FORNECEDOR não for capaz de demonstrar à AUTARQUIA MUNICIPAL que o


equipamento desempenhará satisfatoriamente o serviço para o qual foi projetado, este
equipamento deverá ser rejeitado e o FORNECEDOR deverá então desmontar e retirar o
equipamento, às suas próprias custas, e reparar ou substituir os componentes defeituosos.
Após os reparos e remontagem, nova série de ensaios será executada, até que o equipamento
esteja em condições de ser aceito.

6.6.1.2 Pré-operação do equipamento e recebimento provisório

O FORNECEDOR deverá supervisionar a operação do equipamento em condições reais de


funcionamento. Quaisquer deficiências então observadas deverão ser por ele reparadas e o
equipamento só será considerado apto para operação quando seu desempenho for julgado
satisfatório pela FISCALIZAÇÃO e de acordo com os termos desta Especificação Técnica.

Ao FORNECEDOR competirá providenciar todos os recursos e coordenar todas as atividades


necessárias à execução dos testes das tubulações, destinados a determinar possíveis falhas
de material, mão-de-obra e/ou método de construção.

Assentadas as tubulações concreto armado, PVC e ferro fundido, e completado o envolvimento


lateral, antes, porém do reaterro complementar das valas, deve-se executar o ensaio de
estanqueidade das juntas mediante teste hidrostático.

Os testes deverão ser executados com água doce, limpa e sem elementos agressivos à
tubulação, após o fechamento da extremidade de jusante do trecho em teste.

A execução dos trabalhos de correção das eventuais falhas verificadas por meio do teste
hidrostático será de responsabilidade do FORNECEDOR, devendo ser as mesmas
imediatamente reparadas.

90
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

O FORNECEDOR deverá dispor de equipamentos e dos materiais necessários a tais ensaios e


testes. A FISCALIZAÇÃO poderá exigir que o FORNECEDOR aloque equipamentos e materiais
mais convenientes para os testes e ensaios.

O equipamento será considerado como recebido provisoriamente após o término da pré-


operação, de acordo com as condições acima estabelecidas.

6.6.1.3 Recebimento definitivo

O equipamento será considerado como recebido definitivamente após três meses consecutivos
de funcionamento julgado satisfatório pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com os termos desta
Especificação Técnica.

6.7 PEÇAS SOBRESSALENTES

O FORNECEDOR deverá propor, para cada unidade instalada, peças sobressalentes que
deverão ser fornecidas para um período de operação de dois anos. As peças sobressalentes
deverão ser cotadas em separado na proposta.

6.8 GARANTIAS

Os equipamentos deverão ser garantidos quanto a possuir a capacidade de operação


requerida, quando operados nas condições especificadas.

A CONTRATADA deverá também apresentar garantias de desgaste dos componentes e vida


útil dos equipamentos.

Os termos das garantias deverão abranger um prazo de 24 meses, contados a partir do início
da operação do equipamento.

6.9 RELAÇÃO DE VÁLVULAS, TUBULAÇÕES E CONEXÕES

Conforme Relação de Materiais apresentadas nos desenhos.

91
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

7 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA O TRATAMENTO PRELIMINAR

Especificação particular destinada ao fornecimento e execução dos serviços de instalação


hidromecânica do tratamento preliminar do sistema de esgotamento sanitário de Viçosa – MG.

7.1 SISTEMA DE GRADEAMENTO

1.1.69 Objetivo

O objetivo da presente Especificação é fixar diretrizes e procedimentos básicos a serem


observados na fabricação, execução de testes de fábrica, transporte, manuseio, montagem e
execução de testes de campo, com fornecimento de equipamentos, materiais, mão-de-obra, e
serviços necessários para execução do gradeamento, destinado à separação de sólidos de
granulométrica excessiva ao efluente dos desarenadores e demais unidades a jusante da
Estação de Tratamento de Esgotos de Viçosa.

1.1.70 Escopo de fornecimento

Faz parte do fornecimento a fabricação e a montagem, incluindo grauteamento e obras civis de


tudo que foi previsto pelo Projeto Básico, pelas Especificações, pela Lista de Regulamentação,
ou tudo aquilo que mesmo não estando listado, mas que por ventura for essencial para o
perfeito funcionamento do processo ou dos equipamentos do tratamento preliminar. Fazem
parte do fornecimento os desenhos elétricos, de instrumentação, de conjunto e de detalhes,
fluxograma do processo, isométricos, manuais de operação, instalação e manutenção,
catálogos de subconjuntos, planos de inspeção e testes de eficiência, memoriais de cálculo,
especificação de pintura, treinamento, etc.

Apresenta-se, a seguir, uma lista resumida, de caráter não limitativo, dos equipamentos e
serviços a serem fornecidos:

 Elaboração dos projetos executivos de fabricação e montagem;

 Pintura geral dos equipamentos, conforme especificação técnica geral;

 Fornecimento de lubrificantes para inicio de operação e pré-operação;

 Supervisão de montagem e de partida dos equipamentos;

 Todas as tintas de retoque conforme especificado;

 Todas as ferramentas e/ou dispositivos especiais exigidos para transporte, montagem,


desmontagem e ensaios do equipamento;

 Um jogo de ferramentas especiais de manutenção, se existir;

92
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Embalagem para transporte dos componentes;

 Em caráter provisório, todos os materiais e aparelhos de medição necessários para


realização dos ensaios na fábrica e na obra;

 Montagem e testes pré-operacionais de subconjuntos na fábrica.

1.1.71 Montagem dos equipamentos

A montagem dos equipamentos será feita de acordo com os termos das Especificações
técnicas gerais e Específicas, as normas da AUTARQUIA MUNICIPAL, as normas pertinentes,
ficando a Contratada responsável pelo fornecimento de mão-de-obra, materiais, equipamentos
e os recursos necessários para a montagem dos equipamentos e serviços constantes da
relação de materiais, ou definidos como de sua competência incluindo as obras civis
necessárias para instalação.
1.1.72 Condições de operação

O esgoto proveniente da câmara de chegada se dividirá em dois canais dotados de grades,


cuja função e a retirada de sólido. Após este gradeamento o esgoto se encaminhará para as
peneiras onde serão retirados os sólidos com dimensões maiores. A operação das grades
deverá ser automática, através de controladores de tempo para ciclo de limpeza. Os sólidos
retirados cairão na correia transportadora, que por sua vez transportará os sólidos para as
caçambas.
1.1.73 Grade média mecanizada

O sistema será constituído de grades, do tipo cremalheira, com rastelos mecanizados a serem
instaladas nos canais a jusante da caixa de distribuição de vazão e a montante das peneiras.

As grades consistirão de barras de aço inoxidável AISI 316, substituíveis, com abertura e
espessuras constantes.

As grades deverão operar automaticamente, mediante controlador de tempo (timer), o qual fará
o controle da frequência de operação do mecanismo de limpeza da grade. As regulagens
deverão ser tais que permitam ao operador estabelecer a ciclagem mais conveniente de acordo
com as condições operacionais, permitindo uma variação de intervalo de tempo de 0 a 120
minutos.

O dispositivo de limpeza da grade deverá ser fabricado em aço inoxidável AISI 316, de
comprimento igual à largura das grades e dotado de dentes que se encaixem entre as grades,
removendo o material ali depositado. O rastelo se deslocará em trilhos-guia, posicionados nos
dois lados do canal e que será parte da estrutura suporte do conjunto.

93
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Um conjunto de acionamento motoredutor será montado diretamente no eixo de acionamento e


acionará rodas dentadas que se engrenarão em cremalheiras fixadas na estrutura. Os braços
deverão ser dotados de roletes-guia.

No ponto de descarga deverá ser previsto um mecanismo de limpeza do rastelo, para remoção
de materiais nele acumulado. O limpador deverá operar sem impacto e limpar toda a superfície
do rastelo na sua passagem pelo ponto de descarga, descarregando o material gradeado na
correia transportadora colocada na parte posterior da estrutura. Deverão ser previstos
dispositivos para amortecimento do impacto do limpador.

O rastelo deverá ter dentes em aço inoxidável, com espessura mínima de 5/8”, cortados de
forma a se encaixarem e limparem a frente e os lados das barras sem engripamento.

O rastelo deverá possuir fim-de-curso que o faça parar em posições pré-determinadas, que não
interfiram com a placa de fundo e que mantenha-o fora do líquido quando não em operação.

A velocidade de arraste do rastelo não deverá ser excessiva, de modo a evitar a queda do
material gradeado no esgoto do canal. A velocidade não deverá exceder a 3m/minuto.

Todos os componentes das grades e dispositivos de limpeza deverão ser devidamente


dimensionados para todos os esforços que possam ocorrer durante a operação.

O rastelo deverá possuir proteção contra sobrecarga de forma a prevenir esforços indevidos
durante a operação.

As barras das grades deverão possuir inclinação de 80º com a horizontal e fixadas na parte
superior num anteparo colocado acima do nível do liquido, e na parte inferior no fundo do
canal. As barras deverão ser contínuas, desde o fundo até o topo do canal, fabricadas em aço
inoxidável.

Os parafusos, arruelas, porcas e rebites deverão ser aço inoxidável AISI 304, resistentes à
corrosão, com arruelas de pressão do mesmo material.

Exceto quando indicado em contrário, nenhuma parte de material ferroso poderá ter espessura
inferior a 9,53mm (3/8”) ou diâmetro inferior a 12,70mm (1/2”).

O redutor de velocidade deverá ser do tipo engrenagens, completamente fechado, operando


em banho de óleo, com rolamento de esferas, ou roletes e fator de serviço mínimo de 1,5.

O motor deverá ser amplamente dimensionado, do tipo indução com rotor em curto-circuito,
tipo gaiola de esquilo, com fator que cubra a sobrecarga do equipamento.

1.1.74 Correia transportadora

O material gradeado retirado das grades mecanizadas será depositado em uma correia
transportadora de movimento contínuo, situada em cota inferior ao ponto de descarga das

94
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

grades. O volume de transporte a ser considerado deverá levar em conta a intermitência de


descarga do material gradeado e o volume de lodo médio diário estimado para a segunda
etapa.

A velocidade de operação da correia não deverá exceder a 10m/minuto.

O projeto da correia transportadora deverá ter comprimento suficiente para transportar o


material até a caçamba de recolhimento de sólidos gradeados. Deverá possuir largura mínima
de 0,5m, concavidade adequada e todos os dispositivos eventualmente necessários para evitar
o derramamento de líquidos.

O acionamento da correia deverá ser automático, intermitente e intertravado com o


acionamento das grades, parando cerca de um minuto após a parada das grades. Esta
duração corresponderá a um tempo extra à duração do ciclo das grades, necessário para o
transporte completo do material retirado das grades no ciclo.

O acionamento consistirá de um motoredutor de eixos paralelos, motor de ventilação externa e


com características especificas para a aplicação.

A correia transportadora se compõe basicamente de roletes de carga e retorno, estrutura,


tambor de acionamento e acionado, mancais, dispositivos para alinhamento, raspadores,
acionamento, roletes-guia e acessórios (chave de segurança, sensor de velocidade, chave de
desalinhamento etc).

Os roletes deverão ser normalizados nas suas principais características tais como: diâmetros,
eixos, rolamentos, inclinação dos roletes, devendo os cavaletes possuir três roletes, de forma a
atender a concavidade adequada ao material transportado.

A estrutura suporte do transportador deverá ser resistente e capaz de suportar a correia e


demais acessórios sem esforço e flambagens indevidas. A estrutura deverá ser em perfilados
soldados e contraventadas.

Os tambores motrizes e de acionamento deverão ser revestidos com borracha ranhurada tipo
espinha de peixe, de dureza Shore 55/60 e possuir diâmetro adequados. O tambor será
construído em chapas de aço perfeitamente calandrado e soldado, ou por tubos. Os discos de
fechamento laterais deverão formar com o tambor uma peça única, ligada através de solda
contínua, evitando a entrada de água internamente.

Os cubos dos tambores serão de aço, perfeitamente centrados, com rasgo para fixação e
deverão ser soldados aos discos laterais. Os eixos dos tambores deverão ser fabricados em
aço laminado SAE-1045, ou superior, dimensionado segundo critérios normalizados.

95
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

O material de construção da correia deverá ser reforçado e contínuo, do tipo correia sem-fim,
com carcaça em nylon com cobertura de borracha de alta resistência à abrasividade. A emenda
da correia não poderá ser de material com baixa resistência a corrosão.

Os mancais deverão ser de rolamentos autocompensadores, com caixas fundidas e graxeiras


para lubrificação de fácil acesso.

A correia deverá ser mantida tensionada por meio de esticadores tipo parafuso com o eixo livre,
fabricado em aço carbono.

A correia transportadora deverá ter os acessórios necessários para a sua boa performance tais
como: guias laterais, chutes de descarga, raspadores, limpadores em V, chave de segurança,
sensor de velocidade, roletes-guia, chave de desalinhamento, etc.
1.1.75 Caçambas

Deverão ser fornecidas três (3) caçambas em aço carbono, tipo “Brooks”, para transporte dos
detritos gradeados, com volume unitário de 9 m³. As caçambas deverão possuir bocal de
descarga central. Deverão ser pintadas conforme especificações técnicas gerais, na cor
amarela segurança.

7.2 SISTEMA DE PENEIRAMENTO

1.1.76 Objetivo

Esta Especificação Refere-se aos serviços de fornecimento com montagem de um sistema de


peneiramento, transporte e compactação de sólidos efluentes dos desarenadores do
tratamento preliminar da Estação de Tratamento de Viçosa.

As condições e parâmetros aqui estabelecidos deverão ser considerados como mínimos a


serem atendidos e, portanto não limitativos frente à adoção de outros de qualidade técnica
superior.
1.1.77 Escopo de fornecimento

Faz parte do fornecimento a fabricação e a montagem de tudo que foi previsto pelo Projeto
Básico, pelas Especificações, pela Lista de Regulamentação, ou tudo aquilo que mesmo não
estando listado, mas que por ventura for essencial para o perfeito funcionamento do sistema de
peneiramento.

Fazem parte do fornecimento os desenhos de conjunto e de detalhes, fluxograma do processo,


manuais de operação, instalação e manutenção, catálogos de subconjuntos, planos de
inspeção e testes de eficiência, memoriais de cálculo, especificação de pintura, treinamento,
etc.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Apresenta-se, a seguir, uma lista resumida, de caráter não limitativo, dos equipamentos e
serviços a serem fornecidos:

 Proteção e pintura conforme especificado;

 Todas as tintas de retoque conforme especificado;

 Fornecimento de todos os óleos e graxas do primeiro enchimento, com adicional


suficiente para atender a um período de pré-operação de todos os equipamentos
fornecidos;

 Fornecimento de componentes elétricos, limitadores de torques, fins-de-curso, do tipo


magnético, pertinentes a cada equipamento a ser fornecido;

 Fornecimento de todas as ferramentas e/ou dispositivos especiais exigidos para


transporte, montagem, desmontagem e ensaios do equipamento;

 Um jogo de ferramentas especiais de manutenção, se existirem;

 Fornecimento de passadiços e plataformas para a manutenção/operação com guarda


corpo para cada equipamento em aço carbono;

 Fornecimento de embalagem e transporte dos componentes;

 Todos os recursos materiais e humanos necessários para a instalação dos


equipamentos;

 Supervisão de montagem e ensaios na obra;

 Fornecimento de todos os materiais e aparelhos de medição necessários para a


realização dos ensaios na fábrica e na obra;

 Completa adequação da obra civil frente às necessidades de cada equipamento;

 Todos os itens das Especificações Técnicas Gerais pertinentes a este fornecimento.

1.1.78 Montagem dos equipamentos

A montagem dos equipamentos será feita de acordo com os termos das Especificações
Técnicas Gerais e Específicas, as normas da AUTARQUIA MUNICIPAL, as normas pertinentes,
ficando a Contratada responsável pelo fornecimento mão de obra, materiais, equipamentos e
os recursos necessários para a montagem dos equipamentos e serviços constantes da relação
de materiais, ou definidos como de sua competência, incluindo as obras civis necessárias para
instalação dos equipamentos.
1.1.79 Condições de operação

Após ser submetido ao gradeamento, o fluxo de esgoto se encaminhará ao peneiramento onde


sólidos predominantemente inorgânicos, de tamanho igual ou superior a 6 (seis)mm, serão

97
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

recolhidos através de duas peneiras mecânicas tipo Step screen. Quando o diferencial de nível
preestabelecido for atingido a peneira fará o movimento de um ciclo, e assim sucessivamente
até os sólidos serem lançados através de calhas em uma rosca transportadora, cujo
funcionamento esta intertravado com o ciclo de funcionamento das peneiras. Os sólidos, então,
serão transportados através das roscas transportadoras para as caçambas.

O acionamento deverá ser regido pela medida da diferença de nível entre a montante e a
jusante, os quais deverão ser medidos por medidores acoplados às peneiras.

Os Medidores de Nível deverão apresentar medição contínua, grau de proteção IP-65,


alimentação de 220 V e sinal de saída de 4 – 20 mA.
1.1.80 Peneiras mecanizadas

O sistema será constituído de peneiras mecanizadas, a serem instaladas em canal a jusante


dos desarenadores e a montante dos canais afluentes dos reatores UASB.

O principio de funcionamento consiste na retenção de sólidos, de partículas maiores que a


abertura entre barras que é de 6 mm. Logo que se dá a formação de um filme de sólidos
retidos na superfície da peneira, as placas paralelas, que possuem movimento relativo entre si
se movimentam, passando o filme de detritos para o degrau acima, e assim sucessivamente,
até atingir o ponto de descarga.

O ciclo de limpeza será estabelecido por indicadores de nível, o qual fará a máquina parar
automaticamente (nível baixo de líquido), ou iniciar ciclo de limpeza (nível auto).

O equipamento deverá ser projetado de forma rígida para suportar cargas dos detritos sem
danificá-lo. Todos os elementos em contato com o esgoto deverão ser em aço inox AISI 304 ou
superior e devem evitar o contato do acionamento, mancais ou correntes com o efluente.

O conjunto de acionamento deverá ser constituído de um moto-redutor em montagem


monobloco, com redutor tipo coroa/rosca-sem-fim ou engrenagens helicoidais em banho de
óleo, dimensionados para trabalho contínuo de 24 horas/dia, localizado no topo da peneira. Um
sistema de braços rígidos movimenta o conjunto de placas de barras. Os mancais que
suportam os braços articulados, bem como os eixos de acionamento dos mesmos serão
projetados para suportar altas cargas, serão do tipo caixa de rolamentos de esferas, com
retentores para selagem da lubrificação de graxa.

As barras inclinadas serão fabricadas em chapas de aço inox AISI 316, e devem apresentar um
paralelismo perfeito para que possam obter uma tolerância necessária ao seu bom
desempenho. As placas deverão ser soldadas em perfis e chapas, adequadamente
estruturadas formando um único conjunto de barras.

98
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

A peneira deve possuir um sensor de proximidade do tipo magnético, atuando como


posicionador de lâminas, visando garantir o ciclo completo de funcionamento das lâminas.

A estrutura da peneira deverá ser de aço inox AISI 304 ou superior fixada na lateral e na soleira
por chumbadores também de aço inox, devendo possuir um sistema de vedação entre a
estrutura e a parede de modo a garantir que não ocorra fuga de sólidos.

O equipamento deve possuir sistema de proteção contra sobrecarga, quadros elétricos


montados em suportes apropriados para instalação ao tempo, com botoeiras liga/desliga e
parada de emergência para operação manual, comandos automáticos feitos por timer e
controladores de diferencial de nível, sinalização luminosa de motores operando e de proteção
e defeito dos motores, rele térmico e chave de limitorque.
1.1.81 Rosca transportadora

A rosca consistirá de hélices executadas em aço inoxidável AISI 304, ou superior espessura
mínima de ¼” soldadas em ambos os lados em um tubo central, com uma, duas ou três
entradas contínuas. Ambas as extremidades do tubo central serão fechadas com chapas de
aço inox que terão como função a perfeita vedação do eixo tubular, servindo também como
flange de acoplamento dos eixos dos mancais.

Após a soldagem das hélices sobre o tubo, a superfície lateral da rosca será refilada de modo a
se obter uma forma externa cilíndrica. As tampas do tubo serão usinadas a fim de que se
obtenha uma superfície de acoplamento perfeitamente perpendicular ao eixo da rosca.

A rosca poderá apresentar uma deflexão máxima não superior a 3mm seja na condição
estática ou na de transporte. As extremidades das roscas serão conectadas a eixos executados
em aço inox AISI 304 ou superior.

O tubo será construído em aço inox AISI 304, com espessura mínima de 5/16”. Os discos de
fechamento do tubo deverão ter espessura de 1”. A relação entre o diâmetro externo do tubo e
o diâmetro da hélice deverá ser menor ou igual a 0,4. A calha será construída em aço inox AISI
304, com espessura mínima de ¼”, tampas de vedação também em aço inox dotadas de
tampa de visita.

O mancal do lado do acionamento será do tipo duplo rolamento projetado para suportar cargas
axiais e radiais, os rolamentos deverão ser do tipo auto compensador de rolos, montados em
um corpo único de forma a não haver folga no eixo da rosca. A vedação do mancal deverá ser
dupla com retentores de borracha com mola para se garantir a lubrificação adequada dos
rolamentos, e possuirá ponto para lubrificação forçada. Os rolamentos deverão ser projetados
para uma vida útil mínima de 80.000 horas de operação continua, com carga máxima.

O mancal do lado movido será constituído por bucha de bronze lubrificado sob pressão
devendo o eixo ter folga longitudinal para previsão de dilatação. Caso haja mancal

99
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

intermediário, ele deverá ser de constituído de bucha de bronze e deverá ter ponto de
lubrificação forçada.

A rosca deverá ser fornecida com um sistema de lubrificação automático para lubrificação dos
mancais dotada de dispositivos de alarme de falha na lubrificação.

A rosca será acionada por motor elétrico e redutor de velocidades. O redutor será selecionado
por um fator de serviço igual a 1,5 em relação a potencia máxima de trabalho, ou um mínimo
de 1,0 em relação a potencia do motor, considerando-se o que for maior.

O acionamento deverá ser pelo CCM geral do tratamento preliminar.

7.3 SISTEMA DE DESARENAÇÃO

1.1.82 Objetivo

Esta Especificação Refere-se aos serviços de engenharia e montagem com fornecimento de


equipamentos, materiais, ferramentas e mão-de-obra para implantação sistema de remoção e
transporte de areia e sólidos a jusante das peneiras da Estação de Tratamento de Esgoto de
Viçosa.

As condições e parâmetros aqui estabelecidos deverão ser considerados como mínimos a


serem atendidos e, portanto não limitativos frente à adoção de outros de qualidade técnica
superior.
1.1.83 Escopo de fornecimento

Faz parte do fornecimento a fabricação e a montagem de tudo que foi previsto pelo Projeto
Básico, pelas Especificações, pela Lista de Regulamentação, ou tudo aquilo que mesmo não
estando listado, mas que por ventura for essencial para o perfeito funcionamento do processo
ou dos equipamentos do tratamento preliminar incluindo obras civis necessárias para
instalação dos equipamentos ou necessárias para garantir a eficiência dos mesmos tais como
acabamento do fundo do tanque dos desarenadores.

Fazem parte do fornecimento os desenhos de conjunto e de detalhes, fluxograma do processo,


manuais de operação, instalação e manutenção, catálogos de subconjuntos, planos de
inspeção e testes de eficiência, memoriais de cálculo, especificação de pintura, treinamento,
etc.

Apresenta-se, a seguir, uma lista resumida, de caráter não limitativo, dos equipamentos e
serviços a serem fornecidos:

 Pintura geral dos equipamentos, conforme especificação técnica geral;

 Fornecimento de lubrificantes para inicio de operação e pré-operação

 Supervisão de montagem e de partida da estação;

100
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Treinamento de manutenção e operação;

 Todas as tintas de retoque conforme especificado;

 Todas as ferramentas e/ou dispositivos especiais exigidos para transporte, montagem,


desmontagem e ensaios do equipamento;

 Um jogo de ferramentas especiais de manutenção, se existirem;

 Embalagem para transporte dos componentes;

 Em caráter provisório, todos os materiais e aparelhos de medição necessários para


realização dos ensaios na fábrica e na obra;

 Montagem e testes pré-operacionais de subconjuntos na fábrica.

1.1.84 Montagem dos equipamentos

A montagem dos equipamentos será feita de acordo com os termos das Especificações
Técnicas Gerais e Específicas, das normas da AUTARQUIA MUNICIPAL, das normas
pertinentes, ficando a Contratada responsável pelo fornecimento da mão-de-obra, materiais,
equipamentos e os recursos necessários para a montagem dos equipamentos e serviços
constantes da Lista de regulamentação, ou definidos como de sua competência.
1.1.85 Condições de operação

Após ser submetido ao sistema de gradeamento à montante, o fluxo do esgoto se encaminhará


aos desarenadores, onde os sólidos predominantemente inorgânicos, de tamanho igual ou
superior a 0,15 mm serão decantados do afluente e recolhidos por um raspador de fundo, que
encaminhará o material para um poço de descarga na periferia do tanque, a partir de onde o
mecanismo de lavagem e transporte coletará o material, depositando-o em caçambas tipo
Brooks.
1.1.86 Desarenadores

O tanque terá na sua seção de entrada um número adequado de defletores ajustáveis,


uniformemente espaçados, que permitirão uma posterior regulagem da distribuição do fluxo ao
longo de toda largura.

O acionamento manual do dispositivo de posicionamento das placas defletoras poderá ser por
volante ou manivela e com um esforço máximo de 15,0 KGF para acionamento.

O equipamento de remoção de areia será constituído por um raspador de fundo, que deverá
abranger a área total delimitada pelo círculo desenvolvido pela extremidade do raspador. O
acionamento do raspador deverá ser realizado por intermédio de um motor central, ao qual
será acoplado um eixo vertical removível, fixado a estrutura do raspador.

101
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

7.3.1.1 Acionamento

O acionamento central se apoiará no centro diametral de uma ponte fixa, que possibilitará o
acesso ao motor a partir das duas extremidades, por uma passarela, com largura não inferior a
900 mm, provida de guarda-corpos de ambos os lados. O mecanismo de acionamento e os
braços raspadores serão suportados pela ponte diametral.

Um motor elétrico, dotado de redutor de velocidade, deverá imprimir ao raspador uma


velocidade periférica de 5 a 6 metros por minuto.

O dimensionamento do eixo central deverá prever a sustentação do mecanismo de raspagem,


resistindo ainda ao torque máximo impresso pelo mecanismo de acionamento.

A base rotativa deverá ter uma pista anular de esferas, substituível, em cima da qual rodará a
engrenagem. A pista de esferas deverá ter um diâmetro mínimo que assegure a estabilidade do
eixo e braços raspadores. O rolamento deverá possuir lubrificação adequada e vedação
apropriada.

O projeto do mecanismo central deverá permitir a remoção da engrenagem e a reposição das


esferas e segmentos da pista ou do conjunto do rolamento, sem remoção ou levantamento da
ponte de acesso e sem remoção da unidade de acionamento ou do motor.

A unidade de acionamento deverá ser fixada à base rotativa e terá os seguintes componentes:

 Motoredutor primário, tipo coroa e rosca sem-fim;

 Redutor de velocidade secundário, tipo engrenagens cônicas, com eixos ortogonais;

 Pinhão, montado no eixo de saída do redutor secundário;

 Rolamento central, com engrenagem na pista externa.

A rosca sem-fim e o seu eixo deverão ser inteiriços, em ferro nodular ASTM A-536 ou superior,
para proporcionar à rosca sem-fim as propriedades físicas e mecânicas requeridas.

O sem-fim e sua coroa deverão ser alojados em um corpo de ferro fundido nodular, com uma
tampa em cima da coroa e uma tampa de inspeção em cima do sem-fim.

Deverá ser fornecido um medidor de nível de óleo, do tipo vareta. Deverá se providenciado um
dreno de óleo com válvula de bloqueio, de maneira a permitir a drenagem.

O dimensionamento da unidade deverá permitir que os níveis de óleo e as engrenagens dos


redutores da base rotativa sejam facilmente inspecionados. O cubo da roda do sem-fim deverá
ser chavetado ou integrado com o eixo do pinhão.

Todos os rolamentos do eixo do pinhão e do sem-fim deverão ser de rolos ou esferas e


deverão trabalhar em banho de óleo. A circulação de óleo por bomba não será aceita.

102
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

O empuxo do sem-fim deverá ser absorvido por um mancal de escora, incorporado num
dispositivo mecânico de sobrecarga que permita ao sem-fim movimentar-se axialmente.

A engrenagem do eixo do motor deverá ser de categoria AGMA, classe II, para conjuntos
moto/redutor e fator de serviço de 1,6 para redutores, ou equivalente.

A unidade de acionamento e o motor deverão ser montados de maneira a permitir um acesso


conveniente ao mecanismo central.

Um dispositivo de proteção contra sobrecarga será montado no eixo de saída do motoredutor.


Este dispositivo será regulável e fornecido com uma chave fim-de-curso que fará soar um
alarme quando o equipamento atingir um torque próximo do máximo e desligará o motor no
torque máximo de operação.

7.3.1.2 Passadiço

A ponte de acesso deverá ser composta de duas vigas ou treliças de aço, colocadas
paralelamente para suportar um passadiço de pelo menos 90 cm de largura. As extremidades
de ponte serão assentadas em apoios adequados sobre a parede do tanque.

Os apoios em cima da parede deverão permitir movimentos de expansão e contração. O


passadiço deverá ser do tipo antiderrapante, de grades ou chapas de fibra de vidro
pultrudadas. A ponte deverá ser projetada com uma curvatura suficiente para cancelar
completamente a deflexão produzida pela carga morta da ponte completa. Em ambos os lados
do passadiço deverão ser montados guarda-corpos de aço carbono com 110 cm de altura,
feitos de cantoneiras de aço laminado de 2”x ¼” ASTM A-36, com barras horizontais
intermediárias em cantoneiras de aço laminado de 1”x ¼”ASTM A-36. Estes guarda-corpos
deverão ser estendidos ao redor da plataforma central. Todo o passadiço deverá ser projetado
para, pelo menos, 120 Kgf/Cm2 de carga viva.

Os guarda-corpos deverão ser projetados para serem facilmente removíveis em caso de


desmontagem e remoção dos equipamentos da unidade de acionamento, ou as treliças
deverão ser projetadas de tal forma a terem sistemas tipo monotrilhos ou equivalente, que
permitam o transporte destes equipamentos do centro até a periferia do tanque.

7.3.1.3 Braços raspadores

Cada unidade deverá ter braços raspadores rotativos, construídos de perfilados de aço ou de
vigas tipo caixão, que deverão ser rigidamente ligados à gaiola central. Cada braço deverá ser
provido de lâminas de aço fixadas a 45º no braço por meio de suportes, para raspar a areia
assentada no fundo do tanque, transferindo-a para periferia do tanque. As lâminas raspadoras
deverão ser de aço inox tendo seu bordo inferior guarnecido de borracha sintética. Elas
deverão ser colocadas abaixo dos braços, ajustadas e fixadas com parafusos e porcas de aço

103
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

inoxidável AISI 304. O assentamento das lâminas dos raspadores deverá ser idêntico para
cada braço, com as lâminas espaçadas de tal maneira que em cada revolução completa, o
fundo do tanque deverá ser raspado duas vezes.

7.3.1.4 Acabamento do fundo de tanque

O acabamento final do fundo do tanque seja ele com concreto primário ou com concreto
secundário (graute), deverá ser feito, por conta e com a supervisão integral da CONTRATADA,
evitando-se desnivelamentos, mossas, elevações locais, etc, que possam afetar o bom
funcionamento dos raspadores ou que permitam a cumulação de areia e lodo que não seja
possível serem removidos.

O acabamento deverá ser feito pelos braços raspadores já montados e ajustados, com a
colocação de raspadeiras de madeira ou metal que possam moldar o groute com o
acionamento do equipamento.

7.3.1.5 Dispositivo de proteção contra sobrecarga

Cada conjunto de acionamento deverá ser equipado com dispositivos de sobrecarga através de
chaves de torque ajustáveis. As chaves deverão ser de construção robusta, blindada, para
instalação ao tempo e deverão ser equipadas com um mínimo de dois contatos. Um dos
contatos será destinado para dar um alarme remoto quando o torque estiver próximo ao
máximo permissível e, num 2o estágio, para e desligar o motor quando o torque limite for
atingido.

Os dispositivos de sobrecarga deverão ter carcaças à prova de intempéries, que serão


projetadas para suportar o máximo empuxo do eixo sem-fim e deverão ter meios para indicar
continuamente a carga atuando no mecanismo.

7.3.1.6 Placas defletoras

Cada desarenador será constituído de um conjunto de placas defletoras, cujo objetivo é


distribuir de forma uniforme a entrada do fluxo de esgoto nos desarenadores. Estas placas
defletoras serão constituídas de chapas de aço carbono (espessura mínima de ¼”), soldadas
em um tubo mecânico, apoiado em um mancal inferior e um superior. O mancal superior
deverá ser dotado de um sistema de regulagens, com ajuste milimétrico de posição, que
permita a mudança de posição da placa e o direcionamento do fluxo com facilidade.

Não serão aceitos dispositivos de ajuste que necessitem de força superior a 15 Kgf para
alteração do posicionamento das placas.

104
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.87 Rosca transportadora

A rosca transportadora consistirá de hélices executados em aço carbono, soldados em ambos


os lados sobre um tubo central, com uma, duas ou três entradas contínuas. Ambas as
extremidades do tubo central serão fechadas com chapas de aço que terão como função a
perfeita vedação do eixo tubular, servindo também como flange de acoplamento dos eixos dos
mancais superiores e inferiores.

Após a soldagem das hélices sobre o tubo, a superfície lateral da rosca transportadora será
refilada de modo a se obter uma forma externa cilíndrica. As tampas do tubo serão usinadas a
fim de que se obtenha uma superfície de acoplamento perfeitamente perpendicular ao eixo da
mesma.

A rosca transportadora poderá apresentar uma deflexão máxima não superior a 3 mm seja na
condição estática ou na de trabalho. A extremidade superior da rosca transportadora será
conectada com o eixo de acionamento executado em aço carbono e a extremidade inferior com
um eixo em aço inoxidável AISI-304.

O tubo parafuso será construído em aço carbono ASTM A-36, com espessura mínima para a
hélice de 1/4" e espessura de parede do tubo de 5/16", os discos de fechamento do tubo
deverão ter espessura de 3/4". A relação entre o diâmetro externo do tubo e o diâmetro da
hélice deverá ser menor ou igual a 0,4 e a relação entre o comprimento da hélice e o seu
diâmetro deverá ser menor ou igual a 6,0.

A rosca transportadora deverá ser instalada com um ângulo de inclinação de 30º. A


CONTRATADA deverá estabelecer as características de ângulo de inclinação, diâmetro da
hélice, número de entradas (ou passos) e rotação, a fim de atender as necessidades do projeto
e explicitar tal dados quando da apresentação do projeto.

O mancal superior será do tipo de duplo rolamento projetado para suportar cargas radiais e
axiais, possuindo lubrificação periódica com graxa automatizada. Os rolamentos deverão ser
do tipo autocompensador de rolos, e do tipo axial autocompensador de rolos montados em um
corpo único de forma a não haver folga no eixo da bomba. A vedação do mancal deverá ser
dupla com retentores de borracha com mola para se garantir a lubrificação adequada dos
rolamentos. O mancal deverá ser montado, apoiando-se sobre uma placa e aço fixada na
estrutura. Os rolamentos deverão ser projetados para uma vida mínima de 80.000 horas de
operação continua, com carga máxima.

O mancal inferior será especialmente projetado para trabalhar mergulhado no esgoto, e será
constituída por bucha de bronze lubrificado a graxa sob pressão.

Caso existam mancais intermediários, os mesmos deverão possuir buchas de bronze, com
lubrificação automatizada.

105
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Cada bomba parafuso será fornecida com um sistema de lubrificação automático para lubrificar
o mancal inferior, o superior e os intermediários (se houver), quando a bomba estiver em
operação. O sistema de lubrificação será completo com conexões, tubos, reservatórios de
graxa, bomba e tubulação desde o sistema de lubrificação até os mancais.

O conjunto de lubrificação será instalado junto ao equipamento, e trabalhará em função do


ajuste de um temporizador, que ajustará a peridiocidade e o intervalo da lubrificação. O
lubrificante injetado no mancal inferior, além da lubrificação, terá a finalidade de impedir a
entrada de material abrasivo através do retentor.

O mancal inferior será vedado contra infiltração do líquido por meio de 01 (uma) carreira de
retentor com mola. O mancal deverá ser dimensionado para operar com uma pressão
especifica inferior a 7 kgf/cm2.

O eixo deverá ter uma folga longitudinal com a bucha, para previsão de dilatação longitudinal
da rosca, visto que a mesma trabalhará ao tempo.

Ambos os mancais, superior, intermediários e inferior deverão ser projetados para serem
facilmente inspecionados sem a remoção da rosca da calha.

A rosca transportadora será acionada por um motor elétrico conectado a um redutor de


velocidade. O redutor será selecionado com um fator de serviço igual a 1,5 em relação à
potência necessária, ou um mínimo de 1,0 em relação à potência do motor, considerando-se o
que for maior.

O motor elétrico será instalado será do tipo para ambientes agressivos e deverá ser conectado
ao redutor através de uma transmissão por acoplamento flexível.

O redutor será do tipo engrenagem helicoidal, eixos em aço liga, e saída horizontal com
carcaça em ferro fundido, hermeticamente fechado e engrenagens trabalhando em banho de
óleo.

As engrenagens de redutor serão conforme as normas AGMA ou equivalente, com dentes com
dureza mínima de 30 a45 Rockwell C. e o pinhão com dureza de 35 a 40 Rockwell C.

As calhas das roscas deverão ser do tipo tubular, constituídas a partir de chapas de aço
carbono ASTM A-36, espessura mínima de ¼”, calandradas, soldadas e revestidas conforme
especificações técnicas gerais.

7.4 CALHA PARSHALL E MEDIDOR DE VAZÃO UTRASSÔNICO

A Calha Parshall será instalada na saída dos desaneradores, precedendo a Caixa de


Distribuição de Vazão 1. Ela será fornecida em fibra de vidro nas dimensões indicadas em
projeto.

106
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Nela será instalado o medidor ultrassônico de vazão com as seguintes características:

 Material: Envoltório em fibra de vidro; sensor e conexão em polipropileno;

 Conexão do processo: Ø 2” - BSP

 Sinal de saída: 4 a 20 mA

 Alimentação: 12 a 36 Vcc

107
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

8 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA OS REATORES UASB

Especificação particular destinada ao fornecimento e montagem dos reatores UASB do sistema


integrado de esgotamento sanitário de Viçosa - MG.

8.1 OBJETIVO

O objetivo da presente Especificação é fixar diretrizes e procedimentos básicos a serem


observados na fabricação, execução de testes de fábrica, transporte, manuseio, montagem e
execução de testes de campo, com fornecimento de equipamentos, materiais, mão-de-obra, e
serviços necessários para execução dos reatores anaeróbios de fluxo ascendente da Estação
de Tratamento de Esgotos do Sistema de Viçosa.

8.2 GENERALIDADES

A concepção e o arranjo geral dos reatores anaeróbios desta estação de tratamento estão
indicados nos desenhos do projeto.

A CONTRATADA deverá fornecer a calha medidora de vazão, o medidor ultrassônico, as


peneiras estáticas e o os componentes necessários para a utilização do efluente na
retrolavagem das linhas de descarga de lodo e escuma, podendo adquirir os acessórios
necessários de fabricantes ou subfornecedores renomados, assumindo responsabilidade total
pelo fornecimento da unidade completa.

A utilização de eventuais subfornecedores não isentará o FORNECEDOR de sua total


responsabilidade pelo fornecimento da unidade completa e montada, bem como pelo
desempenho e eficiência dos componentes, acessórios e da unidade como um todo.

O projeto e a fabricação das partes estruturais dos mecanismos deverão estar de acordo com
os requisitos das especificações mais recentes da ABNT e da AWWA (American Water Works
Association), ou normas internacionais equivalentes.

Todos os materiais empregados deverão ser apropriados para as finalidades previstas e serão
padronizados segundo normas internacionais reconhecidas.

O projeto deverá ser desenvolvido de modo a proporcionar a máxima economia e o mínimo


dispêndio de tempo na montagem, em eventuais substituições e na manutenção geral.

As especificações seguintes aplicar-se-ão a equipamentos completos, conforme indicado a


seguir no item 3 – Fornecimento. Caso o equipamento proposto apresente especificações
diferentes, o FORNECEDOR apresentará suas especificações, com justificativas técnicas
detalhadas das diferenças apresentadas. Sua utilização dependerá de aprovação da

108
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

FISCALIZAÇÃO e obrigará o FORNECEDOR a arcar com todos os ônus direta ou


indiretamente derivados da modificação proposta.

Esta especificação é complementada pelas Especificações Técnicas Gerais nos itens que
sejam pertinentes a este fornecimento.

8.3 FORNECIMENTO

A CONTRATADA deverá fornecer à AUTARQUIA MUNICIPAL a montagem e o fornecimento do


equipamento completo, equipado com todo o material necessário ao seu perfeito
funcionamento e com a finalidade para qual foi previsto.

O fornecimento constará do equipamento discriminado no Item 5, o qual será instalado no local


respectivamente referenciado.

As cotas de implantação dos equipamentos deverão ser obtidas à partir dos desenhos do
projeto.

Fazem parte ainda deste fornecimento os seguintes materiais e serviços:

 Projeto;

 Fabricação e montagem na fábrica;

 Proteção ou pintura básica;

 Montagem de subconjuntos na fábrica;

 Todas as tintas de retoque na obra;

 Todos os óleos e graxas do primeiro enchimento, com adicional suficiente para atender
a um período de 6 (seis) meses de operação do equipamento fornecido;

 Todos os cabos elétricos e eletrodos eventualmente necessários à montagem na obra;

 Todos os insumos necessários à completa montagem dos equipamentos na obra;

 Todas as ferramentas e/ou dispositivos especiais exigidos para transporte, montagem,


desmontagem e ensaios e testes do equipamento;

 Um jogo de ferramentas especiais de manutenção, se necessário;

 Peças sobressalentes;

 Embalagem para transportes dos componentes;

 Adicional de montagem, correspondente a uma quantidade suplementar de 10% (dez


por cento) dos parafusos, chumbadores, porcas, arruelas, pinos, etc., que serão
utilizados para a montagem na obra;

109
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Em caráter provisório, todos os materiais e aparelhos de medição necessários para a


realização dos ensaios na fábrica e na obra;

 Os serviços de montagem dos componentes fornecidos, bem como, os correspondentes


aos testes e a partida do sistema;

 Supervisão e aprovação pela moldagem final de superfícies de apoio, se as


características destas forem relevantes para o desempenho ou para o desgaste do
equipamento;

 Guia civil, acompanhamento e recomendações de acabamento das estruturas de


assentamento e apoio de equipamentos.

8.4 MONTAGEM

As montagens serão feitas de acordo com os termos das Especificações Técnicas, Normas de
segurança e medicina do trabalho, conforme projetos de implantação, ou procedimentos de
montagem, ficando a Contratada responsável pelo fornecimento de mão-de-obra especializada,
ferramentas, máquinas, equipamentos de apoio e todos os recursos necessários para a
montagem dos acessórios constantes da relação de materiais, ou definidos como de sua
competência. A Contratada deverá submeter à aprovação da AUTARQUIA MUNICIPAL, os
procedimentos de montagem, comissionamentos, e procedimentos para execução dos ensaios
e testes de fábrica e de campo. As montagens deverão ser executadas por profissionais
qualificados, equipamentos e ferramentas adequadas, atendendo às condições de segurança
requeridas e aos prazos estabelecidos no contrato.

A AUTARQUIA MUNICIPAL poderá, a qualquer momento que julgar que os cronogramas estão
comprometidos, exigir o aumento substancial da mão-de-obra de forma a atender os prazos
estabelecidos em contrato. A CONTRATADA deverá manter todos os seus empregados, bem
como os de terceiros uniformizados com identificação e usando todos os equipamentos de
proteção individual e coletiva. É de responsabilidade da Contratada o fornecimento de todo o
ferramental, equipamentos, veículos, guindastes, guinchos, elevadores, andaimes, geradores,
compressores, marteletes, furadeiras, equipamentos de corte de solda, bombas de
esgotamento, etc., que se fizerem necessários para carga, descarga, transporte, estocagem,
assentamentos, fixações, montagens, construção civil e tudo aquilo que for objeto da presente
contratação.

8.5 GARANTIA

A CONTRATADA deverá fornecer os termos de garantia contra defeitos de funcionamento e


desempenho, critérios de aplicação e metodologia de instalação e montagem para os
equipamentos e materiais fornecidos de acordo com as condições abaixo: 1. Garantia de 12

110
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

(doze) meses fornecido em nome da CONTRATADA, com inicio de validade a partir da data do
recebimento provisório do equipamento, unidade de processo, obra ou serviço pela
AUTARQUIA MUNICIPAL, o que ocorrerá com a conclusão do item “Pré-operação”, se não
houver qualquer pendência por parte da CONTRATADA; 2. Garantia de 18 (dezoito) meses
para o equipamento e material, cuja validade se iniciará a partir da data do recebimento em
fábrica ou na obra.

Os equipamentos deverão ter garantia de desempenho e eficiência, quando operando nas


condições de projeto especificadas e recebendo as manutenções recomendadas pelos
fabricantes. Qualquer equipamento que não apresente a performance requerida deverá ser
substituído, sem ônus para a AUTARQUIA MUNICIPAL, no prazo máximo de 90 dias, contados
a partir da solicitação da CONTRATANTE, desde que se comprove através de testes
operacionais realizados com a presença da CONTRATADA e do respectivo fabricante a
responsabilidade dos mesmos.

8.6 ENSAIOS E INSPEÇÕES

1.1.88 Ensaios e inspeções na fábrica

Os ensaios e inspeções, conforme indicados Especificações Técnicas Gerais, deverão ser


formalizados pela AUTARQUIA MUNICIPAL, segundo um roteiro de inspeção a ser elaborado
de comum acordo com a CONTRATADA.

1.1.89 Ensaios e inspeções na fábrica

Após a instalação final, quando todos os componentes estiverem adequadamente montados e


alinhados, todo o equipamento deverá receber um ensaio completo de funcionamento, quando
deverá demonstrar sua capacidade de operação sem vibrações ou superaquecimento,
provando além de qualquer dúvida, sua adequação ao serviço proposto. Durante os ensaios,
serão verificados os principais parâmetros de eficiência e desempenho.

1.1.90 Garantia

A CONTRATADA deverá fornecer os termos de garantia contra defeitos de funcionamento e


desempenho, critérios de aplicação e metodologia de instalação e montagem para os
equipamentos e materiais fornecidos de acordo com as condições abaixo: 1. Garantia de 12
(doze) meses fornecido em nome da CONTRATADA, com inicio de validade a partir da data do
recebimento provisório do equipamento, unidade de processo, obra ou serviço pela
AUTARQUIA MUNICIPAL, o que ocorrerá com a conclusão do item “Pré-operação”, se não
houver qualquer pendência por parte da CONTRATADA; 2. Garantia de 18 (dezoito) meses
para o equipamento e material, cuja validade se iniciará a partir da data do recebimento em
fábrica ou na obra.

111
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

Os equipamentos deverão ter garantia de desempenho e eficiência, quando operando nas


condições de projeto especificadas e recebendo as manutenções recomendadas pelos
fabricantes. Qualquer equipamento que não apresente a performance requerida deverá ser
substituído, sem ônus para a AUTARQUIA MUNICIPAL, no prazo máximo de 90 dias, contados
a partir da solicitação da CONTRATANTE, desde que se comprove através de testes
operacionais realizados com a presença da CONTRATADA e do respectivo fabricante a
responsabilidade dos mesmos.

112
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

9 ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR PARA SISTEMA DE MEDIÇÃO E


QUEIMA DE BIOGÁS

Especificação particular destinada ao fornecimento e montagem do queimador de biogás do


sistema de esgotamento sanitário da cidade de Viçosa - MG.

9.1 OBJETIVO

O objetivo da presente Especificação é fixar diretrizes e procedimentos básicos a serem


observados na fabricação, execução de testes de fábrica, transporte, manuseio, montagem e
execução de testes de campo, com fornecimento de equipamentos, materiais, mão-de-obra, e
serviços necessários para execução do Sistema de Medição e Queima do Biogás da Estação
de Tratamento de Esgotos do Sistema de Viçosa.

9.2 GENERALIDADES

A concepção e o arranjo geral do sistema de biogás desta estação de tratamento estão


indicados nos desenhos do projeto.

A CONTRATADA deverá fornecer o sistema de medição e queima de biogás completo,


podendo adquirir os acessórios necessários de fabricantes ou subfornecedores renomados,
assumindo responsabilidade total pelo fornecimento da unidade completa.

A utilização de eventuais subfornecedores não isentará o FORNECEDOR de sua total


responsabilidade pelo fornecimento da unidade completa e montada, bem como pelo
desempenho e eficiência dos componentes, acessórios e da unidade como um todo.

O projeto e a fabricação das partes estruturais dos mecanismos deverão estar de acordo com
os requisitos das especificações mais recentes da ABNT e da AWWA (American Water Works
Association), ou normas internacionais equivalentes.

Todos os materiais empregados deverão ser apropriados para as finalidades previstas e serão
padronizados segundo normas internacionais reconhecidas.

O projeto deverá ser desenvolvido de modo a proporcionar a máxima economia e o mínimo


dispêndio de tempo na montagem, em eventuais substituições e na manutenção geral.

As especificações seguintes aplicar-se-ão a equipamentos completos, conforme indicado a


seguir no item 3 – Fornecimento. Caso o equipamento proposto apresente especificações
diferentes, o FORNECEDOR apresentará suas especificações, com justificativas técnicas
detalhadas das diferenças apresentadas. Sua utilização dependerá de aprovação da

113
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

FISCALIZAÇÃO e obrigará o FORNECEDOR a arcar com todos os ônus direta ou


indiretamente derivados da modificação proposta.

Esta especificação é complementada pelas Especificações Técnicas Gerais nos itens que
sejam pertinentes a este fornecimento.

9.3 FORNECIMENTO

A CONTRATADA deverá fornecer à AUTARQUIA MUNICIPAL a montagem e o fornecimento do


equipamento completo, equipado com todo o material necessário ao seu perfeito
funcionamento e com a finalidade para qual foi previsto.

O fornecimento constará do equipamento discriminado no Item 5, o qual será instalado no local


respectivamente referenciado.

As cotas de implantação do sistema de queima de biogás, bem como os níveis de líquido nas
unidades de montante e no próprio sistema de queima de biogás deverão ser obtidas à partir
dos desenhos do projeto.

Fazem parte ainda deste fornecimento os seguintes materiais e serviços:

 Projeto;

 Fabricação e montagem na fábrica;

 Proteção ou pintura básica;

 Montagem de subconjuntos na fábrica;

 Todas as tintas de retoque na obra;

 Todos os óleos e graxas do primeiro enchimento, com adicional suficiente para atender
a um período de 6 (seis) meses de operação do equipamento fornecido;

 Todos os cabos elétricos e eletrodos eventualmente necessários à montagem na obra;

 Todos os insumos necessários à completa montagem dos equipamentos na obra;

 Todas as ferramentas e/ou dispositivos especiais exigidos para transporte, montagem,


desmontagem e ensaios e testes do equipamento;

 Um jogo de ferramentas especiais de manutenção, se necessário;

 Peças sobressalentes;

 Embalagem para transportes dos componentes;

 Adicional de montagem, correspondente a uma quantidade suplementar de 10% (dez


por cento) dos parafusos, chumbadores, porcas, arruelas, pinos, etc., que serão
utilizados para a montagem na obra;

114
VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

 Em caráter provisório, todos os materiais e aparelhos de medição necessários para a


realização dos ensaios na fábrica e na obra;

 Os serviços de montagem dos componentes fornecidos, bem como, os correspondentes


aos testes e a partida do sistema;

 Supervisão e aprovação pela moldagem final de superfícies de apoio, se as


características destas forem relevantes para o desempenho ou para o desgaste do
equipamento;

 Guia civil, acompanhamento e recomendações de acabamento das estruturas de


assentamento e apoio de equipamentos.

9.4 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO E DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS COMPONENTES


MECÂNICOS
1.1.91 Condições de operação

O biogás produzido nos reatores anaeróbios durante o processo de digestão anaeróbia da


matéria orgânica, constituído principalmente por metano e dióxido de carbono, é recolhido
diretamente nas aberturas inferiores das coifas ou desviadas para estas por meio de anteparos
(defletores). Esse biogás deve ser coletado, medido e posteriormente queimado.

Em sua trajetória retilínea e ascendente, o biogás sobe para o topo das coifas existentes em
cada uma das câmeras dos reatores UASB. Em cada uma dessas coifas, há uma saída para o
biogás, constituída por tubulações em aço carbono que formam um barrilete conduzindo o
biogás para o sistema de medição e queima.

O sistema de medição e queima de biogás será composto por tubulação de coleta, dreno de
sedimentos, compartimento hermético com selo hídrico e purga de gás, medidor e queimador
de biogás.

Para a avaliação do volume de metano produzido foi calculada a produção de biogás a partir
da carga orgânica aplicada e da produção de lodo. A produção de metano no biogás foi
estimada considerando-se um teor de metano de 70%.
1.1.92 Descrição técnica dos componentes do sistema

O sistema de medição e queima de biogás é basicamente constituído pelos seguintes itens:


separador de sedimentos, medidor de vazão, tanque de lastro e câmara de queima.

O conjunto deverá ser responsável pelo controle da pressão no interior dos reatores e em toda
a tubulação de coleta, através do nível do tanque de lastro, em operação automática, que
monitore os níveis máximo e mínimo do tanque de lastro. O sistema deverá monitorar ainda, de

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

forma automática, a presença de chama piloto, a presença de chama principal, o medidor de


vazão, o sistema economizador de GLP e o sistema de reacendimento automático.

O dreno de sedimentos é destinado à separação de água e resíduos arrastados pela corrente


de biogás, possibilitando a drenagem da linha e impedindo que a água e sedimentos sejam
conduzidos para os outros componentes do sistema causando mau funcionamento. Deverá ser
instalado no ponto baixo situado à montante do medidor de vazão e ser equipado com corta-
chamas.

O sistema deverá ser provido de válvula de alívio de pressão projetada para permitir o escape
do biogás para a atmosfera em caso de aumento acidental da pressão interna do reator, ou
admissão de ar externo, em caso de formação de vácuo no interior do mesmo. A válvula deverá
ser provida de corta-chamas para proteção do sistema.

Deverá ser fornecido um medidor de vazão do tipo turbina para o biogás

O medidor de vazão do tipo turbina consiste basicamente de um rotor, montado entre buchas
em um eixo, que gira a uma velocidade proporcional à do fluido dentro do corpo do medidor.

Um sensor eletromagnético detecta a velocidade de giro do rotor gerando um trem de pulsos


que são transmitidos a um indicador eletrônico que fornece a leitura da vazão instantânea e de
sua totalização.

O acabamento do medidor deverá suportar as condições climáticas locais, já que ficará


exposto ao tempo. Os mancais deverão ser rolamentos tipo esfera blindados em AI440C, o
corpo, rotor e demais componentes internos deverão ser em aço inox AISI 304. Os flanges
deverão ser em aço carbono ou aço inox.

O medidor deverá ser instalado em um “by-pass”, de maneira a permitir a manutenção do


sensor, se necessário.

Através do medidor de vazão projetado, será possível medir o biogás produzido no reator
anaeróbio, e correlacionar o volume de biogás produzido com a vazão de esgoto tratado.

O conjunto deverá ser dotado de sistema vertical de descarga de biogás, a ser utilizado caso
haja necessidade de retirar de operação o flare para a realização de eventuais procedimentos
de manutenção. O sistema vertical de descarga deverá permitir a descarga segura do biogás,
sendo provido de um corta-chamas, uma válvula de bloqueio do tipo esfera de atuação manual
(corpo em aço carbono, internos em AISI 304), tubulação de interligação e conjunto de
conexões.

O queimador consiste em um conjunto formado pelo tanque de lastro, pelo painel principal e
pela câmara de queima.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

No tanque de lastro, o biogás é forçado a vencer o diferencial de nível de água responsável


pela manutenção da pressão no sistema. Deverá ter controle automático do nível do lastro
através de sensores instalados no tanque e de controlador eletrônico instalado no painel. A
pressão no sistema deverá variar de 0,05 a 0,30 mca, a ser determinado e fixado na fase de
projeto do equipamento.

O painel de comando local deverá ser montado em uma proteção de aço inoxidável, podendo
ficar exposto ao tempo. Esse painel será responsável pelo controle de nível do tanque de
lastro, pelo controle de chama e pela sinalização local e remota do “status” do sistema. O
painel de comando desempenha ainda as funções de detecção da presença de chama (piloto e
principal) o reacendimento automático da chama piloto, e o controle do economizador de GLP.

A câmara de queima deverá ser projetada para garantir a manutenção da chama mesmo em
condições climáticas adversas sob vento e chuva, e deverá ser construída em aço inoxidável
AISI 304.

A câmara de queima deverá possuir dois pilotos: um piloto alimentado por GLP, monitorado
pelo painel de controle e um piloto alimentado pelo próprio biogás, sem monitoramento, para
ser usado como reserva. Além dos pilotos, existem na câmara de queima um eletrodo de
ignição de alta voltagem, um sensor da chama do piloto de GLP e um sensor da chama
principal.

Deverá ser previsto válvula corta-chama para a linha de GLP.

O sistema economizador de GLP consiste em dispositivo que apaga o piloto quando a chama
principal estiver estável, tornando a acendê-lo quando houver extinção da chama principal ou
esta estiver instável, devido à variação da vazão de biogás.

O sistema de reacendimento automático deverá ser acionado caso a chama se apague,


fazendo automaticamente três tentativas de reacendimento e dando sinal de alarme, caso a
chama não se restabeleça.

O fornecimento deverá incluir a tubulação de interligação e os seus respectivos acessórios


(conexões, instrumentação e válvulas) a partir da junção da tubulação que vem dos reatores
UASB localizada na plataforma do sistema de medição e queima de biogás.

1.1.93 Montagem dos equipamentos

A montagem do equipamento será feita de acordo com os termos das Especificações Técnicas
Gerais. A CONTRATADA será responsável pelo fornecimento e a montagem dos equipamentos
e materiais constantes da Relação de Materiais e Equipamentos, nas listagens definidas como
de sua competência.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

9.5 PINTURA E PROTEÇÃO

1.1.94 Preparação das superfícies

As superfícies externas deverão ser devidamente preparadas para receber pintura anti-
corrosiva. Deverão ser isentas de todos os vestígios de carepas de laminação, ferrugem,
respingos de solda, óleos, graxas, sujeiras e demais substâncias estranhas, objetivando-se
obter superfícies totalmente limpas e secas.

As superfícies de aço deverão ser jateadas com areia ao grau de metal quase branco,
conforme a norma SSPC-SP10-68 T (SIS Sa 2,5), do “The Steel Structures Painting Council”.

1.1.95 Pintura

A pintura básica, para proteção anticorrosiva das superfícies, será de acordo com a Norma
SSPC-PS-11-68 T, conforme resumo a seguir:

 Material: revestimento epóxi / alcatrão de hulha em dois componentes;

 Número de demãos: 01 (uma) de cada componente;

 Espessura seca por demão: 200 m;

 Espessura final do sistema: 400 m.

Os equipamentos mecânicos e elétricos, normalmente fornecidos com acabamento de fábrica,


deverão receber do FABRICANTE tratamento superficial adequado para serviço sujeito às
intempéries e/ou à agressividade do ambiente onde irá operar.

1.1.96 Demais proteções

As superfícies, que obviamente não devam ser pintadas, tais como pontas de eixos e
engrenagens, deverão ser protegidas contra corrosão por meio de recobrimento apropriado, tal
como graxa ou esmalte removível. Esta proteção deverá ser mantida durante todo o período de
montagem na obra e removida apenas quando da entrada do equipamento em operação.

Parafusos, porcas e arruelas, previstos nos equipamentos sujeitos a intempéries, deverão ser
zincados a quente, de acordo com a norma ASTM A-153, Classe C.

9.6 ENSAIOS E INSPEÇÕES

1.1.97 Ensaios e Inspeções na fábrica


Os ensaios e inspeções na fábrica deverão ser programados e formalizados pela AUTARQUIA
MUNICIPAL, segundo um Roteiro de Inspeções a ser elaborado de comum acordo com o
FORNECEDOR.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

1.1.98 Ensaios e inspeções na obra

9.6.1.1 Ensaios de recebimento provisório – Testes


Após a instalação final, quando todos os componentes estiverem adequadamente montados e
alinhados, todo o equipamento deverá receber um ensaio completo de funcionamento, onde
deverá demonstrar sua capacidade de operação sem vibrações ou superaquecimento,
provando, sem nenhuma dúvida, sua adequação ao serviço proposto. Durante os ensaios,
serão verificados os principais parâmetros de eficiência e desempenho.
Eventuais defeitos detectados deverão ser corrigidos pelo FORNECEDOR, repetindo-se os
ensaios até que sejam obtidos resultados satisfatórios.
Se o FORNECEDOR não for capaz de demonstrar à AUTARQUIA MUNICIPAL que o
equipamento desempenhará satisfatoriamente o serviço para o qual foi projetado, este
equipamento deverá ser rejeitado e o FORNECEDOR deverá então desmontar e retirar o
equipamento, às suas próprias custas, e reparar ou substituir os componentes defeituosos.
Após os reparos e remontagem, nova série de ensaios será executada, até que o equipamento
esteja em condições de ser aceito.

9.6.1.2 Pré-operação do equipamento e recebimento provisório

O FORNECEDOR deverá supervisionar a operação do equipamento em condições reais de


funcionamento. Quaisquer deficiências observadas deverão ser por ele reparadas, e o
equipamento só será considerado como recebido para operação quando seu desempenho for
inteiramente satisfatório pela FISCALIZAÇÃO e de acordo com os termos desta Especificação
Técnica.

9.6.1.3 Recebimento definitivo

Os ensaios de recebimento definitivo deverão ser realizados ao final do prazo de garantia.


Esses ensaios comprovarão, de forma definitiva, a qualidade e desempenho dos equipamentos
fornecidos

O equipamento só será recebido definitivamente após três meses consecutivos de


funcionamento, prazo julgado satisfatório pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com os termos desta
Especificação Técnica.

9.7 PEÇAS SOBRESSALENTES

O CONTRATADO deverá propor, para cada unidade instalada, peças sobressalentes que
deverão ser fornecidas para um período de operação de 2 (dois) anos. As peças
sobressalentes deverão ser cotadas em separado na proposta.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

9.8 GARANTIAS

Os equipamentos deverão apresentar garantia de desempenho e eficiência, devendo o


CONTRATADO apresentar esta garantia na sua proposta, quando operando nas condições
especificadas. Os termos das garantias deverão abranger um período de 24 meses, contados a
partir do início da operação do equipamento.

9.9 PINTURA E PROTEÇÃO

1.1.99 Preparação das superfícies

As superfícies externas deverão ser devidamente preparadas para receber pintura anti-
corrosiva. Deverão ser isentas de todos os vestígios de carepas de laminação, ferrugem,
respingos de solda, óleos, graxas, sujeiras e demais substâncias estranhas, objetivando-se
obter superfícies totalmente limpas e secas.

As superfícies de aço deverão ser jateadas com areia ao grau de metal quase branco,
conforme a norma SSPC-SP10-68T (SIS Sa 2,5), do “The Steel Structures Painting Council”.

1.1.100 Pintura

A pintura básica, para proteção anticorrosiva das superfícies, será de acordo com a Norma
SSPC-PS-11-68 T, conforme resumo a seguir:

 Material: revestimento epóxi / alcatrão de hulha em dois componentes;

 Número de demãos: 01 (uma) de cada componente;

 Espessura seca por demão: 200 m;

 Espessura final do sistema: 400 m.

Os equipamentos mecânicos e elétricos, normalmente fornecidos com acabamento de fábrica,


deverão receber do FABRICANTE tratamento superficial adequado para serviço sujeito às
intempéries e/ou à agressividade do ambiente onde irá operar.

1.1.101 Demais proteções

As superfícies, que obviamente não devam ser pintadas, tais como pontas de eixos e
engrenagens, deverão ser protegidas contra corrosão por meio de recobrimento apropriado, tal
como graxa ou esmalte removível. Esta proteção deverá ser mantida durante todo o período de
montagem na obra e removida apenas quando da entrada do equipamento em operação.

Parafusos, porcas e arruelas, previstos nos equipamentos sujeitos a intempéries, deverão ser
zincados a quente, de acordo com a norma ASTM A-153, Classe C.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

9.10 ENSAIOS E INSPEÇÕES

1.1.102 Ensaios e Inspeções na fábrica

Os ensaios e inspeções na fábrica deverão ser programados e formalizados pela AUTARQUIA


MUNICIPAL, segundo um Roteiro de Inspeções a ser elaborado de comum acordo com o
FORNECEDOR.
1.1.103 Ensaios e inspeções na obra
1.1.104 Ensaios de recebimento provisório – Testes

Após a instalação final, quando todos os componentes estiverem adequadamente montados e


alinhados, todo o equipamento deverá receber um ensaio completo de funcionamento, onde
deverá demonstrar sua capacidade de operação sem vibrações ou superaquecimento,
provando, sem nenhuma dúvida, sua adequação ao serviço proposto. Durante os ensaios,
serão verificados os principais parâmetros de eficiência e desempenho.

Eventuais defeitos detectados deverão ser corrigidos pelo FORNECEDOR, repetindo-se os


ensaios até que sejam obtidos resultados satisfatórios.

Se o FORNECEDOR não for capaz de demonstrar à AUTARQUIA MUNICIPAL que o


equipamento desempenhará satisfatoriamente o serviço para o qual foi projetado, este
equipamento deverá ser rejeitado e o FORNECEDOR deverá então desmontar e retirar o
equipamento, às suas próprias custas, e reparar ou substituir os componentes defeituosos.
Após os reparos e remontagem, nova série de ensaios será executada, até que o equipamento
esteja em condições de ser aceito.

1.1.105 Pré-operação do equipamento e recebimento provisório

O FORNECEDOR deverá supervisionar a operação do equipamento em condições reais de


funcionamento. Quaisquer deficiências observadas deverão ser por ele reparadas, e o
equipamento só será considerado como recebido para operação quando seu desempenho for
inteiramente satisfatório pela FISCALIZAÇÃO e de acordo com os termos desta Especificação
Técnica.

1.1.106 Recebimento definitivo

Os ensaios de recebimento definitivo deverão ser realizados ao final do prazo de garantia.


Esses ensaios comprovarão, de forma definitiva, a qualidade e desempenho dos equipamentos
fornecidos

O equipamento só será recebido definitivamente após três meses consecutivos de


funcionamento, prazo julgado satisfatório pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com os termos desta
Especificação Técnica.

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VOLUME V – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE OBRAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.

9.11 PEÇAS SOBRESSALENTES

O CONTRATADO deverá propor, para cada unidade instalada, peças sobressalentes que
deverão ser fornecidas para um período de operação de 2 (dois) anos. As peças
sobressalentes deverão ser cotadas em separado na proposta.

9.12 GARANTIAS

Os equipamentos deverão apresentar garantia de desempenho e eficiência, devendo o


CONTRATADO apresentar esta garantia na sua proposta, quando operando nas condições
especificadas. Os termos das garantias deverão abranger um período de 24 meses, contados a
partir do início da operação do equipamento.

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