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MECÂNICO

CORREIO
Ano XIII - Edição nº 151 - Dezembro 2014 - Distribuição gratuita - www.correiomecanico.com.br

Nesta edição nos unimos às homenagens prestadas por


anunciantes e clientes para também expressar nossa ad-
miração àqueles profissionais que dignificam seu
ofício e que são a razão primordial desta publicação existir.
Equipe do correio mecânico

20/12 - DIA DO MECÂNICO

A maior loja online de


Máquinas e Ferramentas do Brasil

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 1


EDITORIAL
MECÂNICO
CORREIO

MECÂNICOS E MANUTENÇÃO Publicação exclusiva


para o setor automotivo

M
Av. Gen. Barreto Vianna, 1175 - conj. 1104
uito se tem falado em manutenção preventiva em- Não faltam usuários no Brasil. O país tem uma imensa Bairro Chácara das Pedras
bora sua obrigatoriedade ainda esbarre em legisla- frota composta por carros, motos, vans e caminhões que Fone/Fax: 51-33285876
CEP 91330-630 Porto Alegre - RS
ções estaduais e na falta de vontade para que pro- circulam diariamente por suas ruas e estradas. De acordo www.correiomecanico.com.br
grida, se torne efetiva e ágil em todas as unidades com projeções do mercado um número que tende a au-
da federação. mentar se houver uma retomada do crescimento de con- DIRETORAS EXECUTIVAS
Márcia Lemos Mensch
Campanhas como Balada Segura, Se Beber Não Dirija, sumo. Fone: (51) 3328-5876
e outras, servem para inibir (e ajuda a punir) motoristas O que o futuro reserva para mecânicos e a manuten- Berenice Correa Ravanello
que dirigem sob o efeito do álcool e são muito benvin- ção? Em que pese as diferenças tecnológicas entre países, Fone: (51) 3328-7842

das. Mas nada adianta punir indivíduos se as máquinas a manutenção continua sendo importante e fundamental EDITORIA E REDAÇÃO
que conduzem não funcionam dentro das condições ideais. em qualquer deles. A matéria da página 43, por exemplo, Berenice Correa Ravanello Mtb 4010
berenice@correiomecanico.com.br
A maior parte dos acidentes são oriundos de fatores hu- mostra que o Japão se prepara para comercializar carros
COMERCIAL
manos somados à má -conservação, falta de revisão, falta superavançados o que serve de alerta aos profissionais da- Márcia Lemos Mensch
de troca de peças e itens desgastados que, por desleixo e qui pois, mesmo sem a conjuntura adequada para abrigar marcia@correiomecanico.com.br

imprudência, não foram substituídos devidamente e a tem- este tipo de veículos , o Brasil fatalmente abraçará estas Carla Alves - Fone: (51) 9867-7184
carla@correiomecanico.com.br
po. É o caso das pastilhas e lonas de freio, velas, óleo do novidades mais dia, menos dia.
motor, pneus , lanternas e tantos outros. O ofício dos mecânicos ainda tem um longo futuro pela MARKETING
Márcia Lemos Mensch
Tão importante quanto realizar a manutenção é a qua- frente o que só faz aumentar a importância e a responsabi-
lificação dos profissionais que realizam estas tarefas. O lidade da tarefa que exercem. DIAGRAMAÇÃO/PROD. GRÁFICA
Vera Barbosa
mercado hoje dispõe de inúmeros bons cursos de capaci- O Dia do Mecânico, comemorado dia 20 de dezembro, veradigital@hotmail.com
tação para aqueles que desejam atuar no ramo e outros é merecedor de diversas homenagens nesta edição. O CONSULTOR JURÍDICO
tantos de atualização para que profissionais já atuantes Correio Mecânico se junta a elas e parabeniza os pro- Bernardo M. Almeida

desenvolvam habilidades e saibam manejar com eficiência fissionais que, com seu trabalho, contribuem de forma IMPRESSÃO
Zero Hora
e conhecimento as novas tecnologias presentes nos veícu- muito efetiva para a segurança e a qualidade de vida de
los atuais. milhares de pedestres e motoristas brasileiros. TIRAGEM
25.000 exemplares

NOVO DIRETOR DE
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

NOVO DIRETOR
Via Correios - entrega direta

ENGENHARIA NA
ASSUME O SAE BRASIL
O Correio Mecânico é um veículo exclusivo para o setor
automotivo, com público-alvo nos setores de autopeças

AMÉRICA LATINA - distribuidores e atacadistas - centros automotivos,


concessionárias, oficinas, frotistas e retíficas de motores,
com foco total nos compradores.
Com periodicidade mensal e distribuição via Correios
O engenheiro Otaci- A FPT Industrial nomeou Alexandre Xavier como novo Di- Entrega Direta, tem abrangência nacional, sendo a maior
lio Gomes assumiu em retor de Engenharia para as suas operações na América Latina,
concentração na região sul. A orientação editorial do
Correio Mecânico privilegia atualidades do segmento e
outubro as operações da que passa a liderar a equipe de engenheiros e técnicos da área matérias técnicas que possam acrescentar conhecimento
aos seus leitores.
SAE BRASIL como di- de Pesquisa e Desenvolvimento, localizada no Centro Técnico Como ponto de referência, o Correio Mecânico é pre-
sença assídua nas principais feiras nacionais do setor:
retor geral da entidade. Industrial em Betim (MG), Brasil, e também a equipe de desen- Automec, Fenatran, Transposul, Autoparts e Autopar,
Autonor e Centromec.
Engenheiro mecânico e volvimento de Córdoba, na Argentina. O jornal pode, também, ser lido através do site www.

de produção pela FEI, Com mais de 18 anos de experiência no setor automotivo, correiomecanico.com.br, com a edição atual e as doze
últimas publicadas. Além disso, o diferencial do Correio

Otacilio Gomes é um Xavier terá a missão de impulsionar o desenvolvimento e a in- Mecânico é a opção de encartes, excelente ação para
pontuais, pois pode ser direcionado para uma região
profissional com grande trodução do diesel de alto desempenho e soluções de combustí- específica e/ou categoria profissional determinada pela
sua necessidade.
conhecimento da institui- veis alternativos na América Latina, mantendo elevados níveis Canais de comunicação com o Correio Mecânico:
de satisfação dos clientes e assegurando a liderança do conjunto Telefones (51) 3328-5876, (51) 9911-7192, (51) 9867-
ção onde integrou o Con- 7184, ou se preferir, através dos nossos endereços
propulsor da empresa eletrônicos:
selho Diretor e atuou em “A FPT Industrial tem um histórico de sucesso no desen-
marcia@correiomecanico.com.br
carla@correiomecanico.com.br
diversas áreas. volvimento de motores que respeitam o meio ambiente, tanto Matérias, artigos assinados e entrevistas são de responsa-
Em sua trajetória no Brasil como em todo o mundo”, disse José Luís Gonçalves, bilidade dos autores e não representam, necessariamente
a opinião do jornal.
profissional, Gomes ocupou posições de destaque em presidente da FPT Industrial na América Latina. “O objetivo de
empresas de grande relevância do setor da mobilidade, Xavier, além de continuar o desenvolvimento da solução ideal NÓS APOIAMOS:
como MWM INTERNATIONAL e Maxion Interna- para fornecer baixos níveis de consumo de combustível e alta
tional Motores, o que lhe permitiu construir uma base potência para nossos clientes, é o de introduzir no mercado pro-
sólida de conhecimento e relacionamentos, a qual certa- dutos prontos, alimentados por energia sustentável, e orientar
mente lhe será importante no desempenho da nova fun- os nossos clientes sobre a sua importância no mercado atual”,
ção na SAE BRASIL. acrescentou Gonçalves.
Otacílio Gomes substitui o engenheiro Mario Farah Xavier é graduado em Engenharia Mecânica pela PUC-MG
Apoio:
(Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) e especia-
que por mais de 10 anos contribuiu para o crescimento
lizado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio
da associação de engenheiros. Vargas (FGV). A FTP é uma empresa vinculada ao Grupo Fiat.

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LANÇAMENTO
1ª Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Automotiva
Impulsionada pelo Programa Inovar-auto, ISSA reunirá montadoras e fornecedores em Joinville, em 2015

A
Hannover Fairs Sulaméri- bricante Original do Equipamento -,

Foto: Marcelo Kupicki


ca (HFSA), subsidiária da que produzirem seus veículos no país.
Deutsche Messe AG, lançou a A ISSA irá reunir OEMs, forne-
primeira edição da ISSA - In- cedores internacionais que tenham
dustrial Supply South America (Feira interesse em investir no mercado bra-
Internacional de Fornecedores da In- sileiro, fornecedores nacionais e for-
dústria Automotiva), que será realiza- necedores em potencial, que tenham
da de 15 a 17 de setembro de 2015, na interesse em coletar informações e
Expoville, em Joinville (SC). Inspira- receber o suporte necessário para que
da na Industrial Supply que acontece seu produto atinja o nível de qualida-
anualmente dentro da Hannover Mes- de exigido pelos padrões da indústria
se, Alemanha, sua versão foi criada automotiva. A visitação não terá custo
para suprir a crescente necessidade da para profissionais do setor. “O obje-
indústria automotiva por fornecedores tivo principal do evento é propiciar a
qualificados. fornecedores e OEMs a oportunidade
O diretor Valério Regente da feira, de conhecerem seus perfis, produ-
apresentou as características inovado- tos e serviços, disponibilizando um
Diretor da feira, Valério Regente, no lançamento em Joinville.
ras deste evento que tem um conceito ambiente adequado para promover a
de “feira reversa”. Ou seja, as monta- tadoras instaladas no Brasil precisam O maior impulso para o lançamen- geração de negócios”, afirma Valério
doras que estarão na feira receberão o ampliar a nacionalização dos compo- to dessa feira foi a criação do progra- Regente.
público qualificado que busca oportu- nentes dos veículos e está na pauta de ma Inovar-auto, que prevê benefícios Uma das grandes atratividades da
nidades para fornecer para estes fabri- todas buscar e qualificar fornecedores fiscais para OEMs – sigla para Origi- região reside, entre outras, na recente
cantes. “Com o Inovar-auto as mon- locais”, diz Regente. nal Equipment Manufacturer, ou Fa- inauguração da fábrica da BMW.

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MODELO DA CATEGORIA STREET
CHEGA NA LINHA 2015

E
stá disponível no mercado a CB ce rápidas respostas do acelerador. Com
300R versão 2015, produto da potência máxima de 26,53 cv abasteci-
categoria street. O modelo está da com gasolina e 26,73 cv abastecida
mais esportivo e sofisticado, com com etanol a 7.500 rpm e torque de 2,82
destaque para as novas rodas de liga kgf.m abastecida com gasolina e 2,86
leve na cor dourada. Uma das inovações kgf.m abastecida com etanol a 6.000
é a disponibilidade da motocicleta na rpm, garante boa agilidade e economia
cor branca com detalhes em vermelho em qualquer condição de uso.
e azul. A CB 300R possui uma excelente
Lançada em 2009, a CB 300R é um ciclística proporcionada pelo chassi
dos modelos de maior sucesso da Honda do tipo berço semiduplo. A suspensão
no Brasil graças a uma combinação de dianteira é do tipo garfo telescópio
economia e segurança aliada a uma pi- com 130 mm de curso, e a traseira é
lotagem confortável e bom desempenho do tipo monoamortecida com curso de
tanto nos deslocamentos diários na cida- 105 mm. As rodas de alumínio contam
de quanto em viagens de lazer. com cinco raios duplos e 17 polegadas,
O conjunto mecânico inclui um mo- equipadas na frente com freios a disco
tor flex (sistema FlexOne) monocilín- de 276 mm de cáliper duplo e triplo na
drico DOHC (Double Over Head Ca- comando de válvulas no cabeçote, qua- pelo sistema de injeção eletrônica PGM- versão ABS. Na traseira, o disco é de
mshaft) de 291,6 cilindradas com duplo tro tempos e arrefecido a ar. Alimentado -FI (Programmed Fuel Injection), ofere- 240 mm de cáliper simples.

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HATCH MÉDIO TEM MELHOR
AVALIAÇÃO NA REVENDA

O
Volkswagen Golf foi eleito o preendendo a robusta estrutura da car-
hatch médio com melhor valor roceria, uma combinação de cintos de
de revenda do mercado nacio- segurança altamente efetiva, bancos
nal em 2014, segundo a Agên- inovadores e sete airbags.
cia Autoinforme. O estudo abrangeu Todas as versões do modelo ainda
os 100 veículos mais vendidos no trazem encosto traseiro assimétrico
mercado nacional, divididos em 15 ca- rebatível, espelhos retrovisores exter-
tegorias. Quanto menor a depreciação nos com ajuste elétrico, aquecimento
(perda de valor) do veículo, melhor. O e função “Tilt down”; vidros elétricos
Golf teve variação de apenas 10,3% nas quatro portas com acionamento
em seu preço no período de um ano. por um toque (“one touch”), coluna
de direção com regulagens de altura
Versões e motor e de distância, regulagem de altura
O veículo é oferecido nas versões no banco do motorista e passagei-
Comfortline, Highline e GTI. Os mo- ro, freios a disco nas quatro rodas e
tores utilizados são exclusivamente apoios de cabeça otimizados para má-
TSI, turbocomprimidos e com injeção xima segurança.
direta (quatro cilindros, com quatro A partir do segundo semestre de
válvulas por cilindro e duplo coman- Primeiro carro a receber cinco ção independente latino-americana de 2015, o modelo será produzido no
do de válvulas no cabeçote). estrelas na proteção para adultos e proteção ao consumidor, o Golf traz Brasil, na Fábrica de São José dos Pi-
Segurança crianças pelo Latin NCAP, organiza- itens de segurança de alto nível, com- nhais (PR)

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CALOR & CUIDADOS

O carro também sofre com o calor


E
m um país como o nosso, onde - Filtro de ar: O ar poeirento que - Palhetas: Quando a chuva che- os pneus frios, logo pela manhã,
as altas temperaturas predomi- estamos vendo prejudica o filtro de gar, estarão ressecadas e duras, pre- rodando a menor distancia possível.
nam na maior parte do tempo, ar. Areia, fuligem e material particu- judicando o potencial de limpeza e a Calibrar os pneus quentes pode levar
alguns cuidados são necessá- lado em suspensão vão acumulando visibilidade. Pode haver vibração da a uma leitura equivocada e conse-
rios para garantir a melhor conserva- no filtro de ar, que perde poder de va- mesma que, no longo prazo, chega a quente a vida útil do pneu. Os pneus
ção do veículo. zão. Com isso o carro perde potên- danificar o vidro, provocando riscos devem ser calibrados semanalmente
O clima é quente em grande parte cia e tem seu consumo aumentado. e ondulações. Além disso, se a palhe- ou no máximo a cada 15 dias.
do país, são semanas de sol forte e Nesse período de seca, é importante ta estiver com areia e pó acumulado, - Óleo: Nos dias quentes é na-
sem chuva. O ar está carregado de verificar o elemento mesmo antes da pode riscar o vidro quando entrar em tural que o motor também trabalhe
partículas de poeira, fuligem e outras troca recomendada pelo manual, ou operação. Solução: Limpar as palhe- em temperaturas mais altas, portan-
substâncias. Assim como as pesso- usar o parâmetro que o manual passa tas com um pano úmido para tirar a to o veículo tende a consumir mais
as, os carros também sofrem com para uso do carro em condições se- sujeira e lavar os vidros manualmen- óleo. Lembre-se de verificar o ní-
as temperaturas elevadas, principal- veras. te (sem usar o esguicho do carro) de vel de óleo semanalmente. Veículos
mente aqueles que ficam estaciona- Filtro de ar condicionado ou vez em quando, removendo todas as submetidos as altas temperaturas em
dos em locais abertos, sem proteção filtro pólen: O ar poluído do perío- impurezas. situação de tráfego urbano podem
do sol, e do ar poluído. O engenheiro do prejudica o filtro de ar condicio- - Pneus: Não que os pneus se- sofrer ainda mais com o consumo de
de serviços da DPaschoal, Leandro nado e também a nossa respiração, jam especialmente penalizados pelo óleo.
Vanni, lista algumas dicas interes- além de reduzir a capacidade de res- tempo seco, mas muita gente só per- - Bateria: Apesar de falarmos
santes de cuidados com o carro. Elas friamento da cabine. Nesse período cebe que o pneu está perdendo sua mais de baterias no inverno, duran-
servem de guia tanto para os usuá- de seca, é importante verificar suas segurança em piso molhado. Mas te o verão a mesma também sofre
rios quanto para os mecânicos orien- condições mesmo antes da troca re- uma dica importante é o momento um desgaste acentuado devido estar
tarem seus clientes especialmente comendada pelo manual, ou usar o da calibragem, para garantir a cali- submetida a altas temperaturas. Uma
aqueles que vivem região Sul quan- parâmetro que o manual passa para bragem ideal utilize a informação in- das dicas é evitar o liga desliga do
do o verão se aproxima. uso do carro em condições severas. dicada pela montadora sempre com veículo em curtas distancias.

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RESTAURAÇÃO
Empresa restaura Cadillac para Museu Paulista
de Antiguidades Mecânicas Roberto Lee
Cadillac Sedan-Fleetwood 1954 é restaurado para museu em SP

A
Phoenix Studio em Curi- na Fazenda Es-
tiba, empresa voltada a perança e estava
restauração de Cadillacs totalmente aban-
e carros clássicos, entre- donado.
gou em novembro, uma relí- O Museu Pau-
quia ao Museu Paulista de An- lista de Antigui-
tiguidades Mecânicas Roberto dades Mecânicas
Lee, de Caçapava (SP). O Ca- foi a primeira co-
dillac Sedan-Fleetwood do ano leção do gênero
de 1954, foi completamente aberta ao públi-
revitalizado pela empresa curi- co e com ela foi
tibana e arrancou suspiros dos criada a cultura
amantes de carros antigos. do antigomobi-
O carro que pertenceu ao lismo no Brasil.
colecionador paulista Roberto O salvamento do
Lee, faz parte de um acervo de foram reformados gratuitamen- Conte. As restaurações fazem que restou da coleção de Lee,
100 veículos do Museu, e além te pelo Studio, que tem à frente parte do projeto de resgate do é algo a ser comemorado pelos
do sedan, outros carros também o empresário Marcus Vinicius Museu que até 1993 funcionou brasileiros.

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ASDAP
DISTRIBUIDORES DE AUTOPEÇAS
CONFRATERNIZAM EM PORTO ALEGRE

A
terceira edição do Jantar de tores tais como concessionárias de
Confraternização da AS- automóveis, setor agrícola, impren-
DAP – Associação Sul Bra- sa, fabricantes de autopeças e asso-
sileira dos Distribuidores de ciados. A Feira de Autopeças, cujas
Auto Peças que ocorreu no dia 21 edições acontecem a cada dois anos,
novembro em Porto Alegre contou é outro evento previsto nas ações da
com a presença expressiva de as- Asdap para 2015. “Em anos ante-
sociados, diretores e representantes riores da feira a presença da Asdap
das principais fabricas de autopeças ocorria apenas como participante.
do setor bem como autoridades de A partir da próxima edição, no ano
entidades representativas do seg- que vem, nossa participação acon-
mento. tecerá como apoiadores oficiais do
O evento já faz parte do calendá- evento. Nosso principal objetivo
rio oficial da ASDAP e mostra que a é aproximar o associado cada vez
cada edição cresce em importância mais da Associação”, finalizou o
constituindo-se num grande encon- presidente da Asdap.
tro entre todos aqueles que ao lon- O jantar servido aos convida-
go do ano são parceiros comerciais Diretoria da entidade brindou a mais um ano de bons resultados dos foi precedido pela apresentação
e ajudam no desenvolvimento do de números de mágica e finalizou
mercado da reposição já possui bem definido as metas que próximo ano”, disse. O planeja- com a entrega de brindes ofereci-
O presidente da ASDAP, Henri- seguirá desenvolvendo para 2015. mento prevê reuniões mensais e um dos pelas empresas parceiras da
que Steffen, declarou que a entidade “Já temos objetivo e foco para o painel anual, que reunirá outros se- entidade aos presentes.

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PROJETO ACADÊMICO

ESTUDANTE DESENVOLVE PROJETO


INOVADOR PARA DISCOS DE FREIO

O
estudante Darcy de Gus- a retífica dos discos de freio de
mão Oliveira, do curso de veículos diretamente no cubo da
Engenharia de Controle e roda, sem a retirada dos discos do
Automação da Faculdade veículo. Utiliza o método de usi-
Anhanguera de Taubaté desenvol- nagem por corte intermitente, o
veu um projeto como conclusão que elimina ranhura única e espi-
de curso que traz uma inovação ral, que é responsável por ruídos
para o setor automobilístico, na na frenagem.
área de discos de freio. O apare- O estudante avalia que com a
lho, denominado ‘Robodisc’, de- utilização do Robodisc, o trabalho
monstra eficiência quando compa- de retífica de discos de freios au-
rado aos métodos convencionais, tomotivos se dá de maneira práti-
assegurando em todas as etapas ca, eficiente e em menos tempo do
as vantagens de uma usinagem que o convencional. E diz: “Isso
com qualidade, segurança e muito facilita o trabalho dos prestadores
mais ágil por não depender da des- de serviços de manutenção auto-
montagem completa dos discos de motiva e seus clientes”.
freio para o processo. O processo produtivo do proje-
O equipamento, compacto e to está em fase de implementação
versátil, tem como característica e deve gerar novos empregos.

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CORREIAS

COMO VERIFICAR PEÇAS VERDADEIRAS

P
roprietários de veículos, pro- exclusivo.
fissionais e varejistas do setor 2. Checar o código
automotivo devem ficar atentos: exclusivo. Determinadas
as autopeças estão em primeiro marcas colocam um có-
lugar no ranking de falsificações, se- digo, uma espécie de QR
gundo a ABCF (Associação Brasilei- Code. Com um smartphone
ra de Combate à Falsificação). Além é possível fazer a leitura do
de afetar o mercado, com prejuízos código. Se o celular não
de R$ 3 bilhões ao ano, essa prática reconhecer, significa que a
coloca vidas em risco, pois produtos peça é falsa.
pirateados não atendem aos padrões pode gerar um alto custo financeiro 3. Comparar os dados. Ao abrir
de engenharia e normas técnicas de para consertar o motor, além dos dias o código no celular, aparecerá uma
segurança. Uma correia dentada ori- sem carro. E, mais grave, se a correia sequência de números. Basta compa-
ginal, por exemplo, é fabricada com quebrar com o veículo em movimen- rar os primeiros dígitos com o núme-
alto nível de tecnologia embarcada e to, o risco de acidente é enorme. ro de série da peça. Eles precisam ser baratas demais devem ser avaliadas.
projetada para resistir às situações de Para evitar problemas a empre- iguais. É importante pesquisar preços e des-
uso mais extremas do motor. sa elenca seis pontos que devem ser 4. Verificar a embalagem. Cor- confiar de produtos cujo valor esteja
Segundo empresa especialista observados ao adquirir uma correia reias dentadas originais de fábrica são muito abaixo do praticado no merca-
mundial em componentes automoti- automotiva. embaladas em caixas lacradas. Nunca do.
vos à base de borracha, a correia fal- 1. Conferir o número de série. vêm soltas, em embalagens plásticas 6. Exigir nota fiscal. Esta é outra
sificada pode causar danos ao motor, Cada peça possui um único e especí- ou presas com fita adesiva. Porém al- forma de comprovar a autenticidade
como empenamento das válvulas de fico número de série. O ideal é com- gumas correias são apenas envolvidas da peça. E mais: com ela, é possível
admissão e escape e desgaste no ca- parar com as demais peças da loja ou por uma embalagem chamada luva. reivindicar a garantia do produto em
beçote. A quebra deste componente oficina, para verificar se o número é 5. Pesquisar os preços. Peças caso de defeito. (Fonte: Contitech)

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CONCURSO

“Carro dos sonhos”


pode levar jovem brasileiro ao Japão

A
s inscrições para a terceira edi- ções. Neste ano, os participantes pode- dos sonhos” objetiva estimular a criati- categoria. Na etapa nacional, os ven-
ção do Toyota Dream Car Art rão entregar seus trabalhos também por vidade e trabalhar a educação no trân- cedores ganharão tablets, iPod®, vídeo
Contest, concurso infantil de correspondência no endereço descrito sito junto aos jovens. O concurso irá games e câmeras fotográficas. Além
desenho, que pode levar vence- no regulamento ou em qualquer con- premiar vencedores em três categorias disso, representarão o Brasil na etapa
dores para o Japão, seguem abertas até cessionária Toyota no Brasil também por faixa etária: de quatro a sete anos, internacional, concorrendo com repre-
15 de dezembro. Os interessados po- até o limite da data de inscrições. de oito a 11 anos e de 12 a 15 anos. sentantes de 84 países em que a Toyota
derão efetuar o cadastro pela internet, Realizada pela Toyota do Brasil, Dividido em duas etapas – nacional está presente. Os vencedores da etapa
acessando o endereço: www.toyotadre- com o apoio da Fundação Toyota do e internacional -, o concurso seleciona- global vão ao Japão conhecer a matriz
amcar.com.br até a data limite de inscri- Brasil, o concurso com o tema “O carro rá os três melhores desenhos de cada da Toyota.

Concurso infantil de desenhos da Estudante de Sorocaba (SP), Samuel Gallo, foi vencedor Maira Del Picchia Saito, de Campo Grande (MS), foi a O paulista de Marília, Leonardo Eidy Oyaizu, conquis-
Toyota pode levar vencedores ao Ja- da categoria de quatro a 7 anos na segunda edição do primeira colocada na categoria de 12 a 15 anos do Dre- tou o primeiro lugar da categoria 8 a 11 anos na segunda
pão concurso no Brasil. am Car Art. edição Dream Car Art.

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LINHA
PESADAFROTISTAS - TRANSPORTES - VEÍCULOS COMERCIAIS

SEGMENTO DE PNEUS
EMPRESA INVESTE NO BRASIL E TEM COMO
DESAFIO A MODERNIZAÇÃO E A EXPANSÃO

O
brasileiro Fabio Fossen assume ainda mais a qualidade do pneu produ- cado brasileiro e estamos investindo em do veículo, eliminando a necessidade de
a presidência da Bridgestone do zido é um dos objetivos da Bridgestone. segmentos importantes”, afirma Fossen. um pneu sobressalente, além da recapa-
Brasil com o desafio de liderar o A empresa está investindo, entre 2014 e gem, a forma mais pura de reciclagem,
processo de expansão e moderni- 2016, US$ 120 milhões na ampliação da Vanguarda tecnológica que proporciona que um pneu de cami-
zação da empresa. produção e na modernização das linhas Nesse ano, a companhia foi escolhi- nhão seja inúmeras vezes reformado,
Formado em Engenharia Mecânica de fabricação de pneus nas fábricas de da pelo Grupo BMW como fornecedor mantendo-se a segurança e a qualidade.
pela Escola Politécnica da Universidade Santo André (SP) e Camaçari (BA). exclusivo de pneus para o revolucioná- A empresa investe também em tecno-
de São Paulo, o executivo tem mestra- Em Santo André (SP), a empresa rio veículo elétrico BMW i3. Usando a logias para criar produtos de borracha
do em Administração de Empresas pela está investindo na modernização das li- tecnologia “ologic”, esses pneus ajuda- mais sustentáveis e encontrar novas
The University of Michigan Ross Scho- nhas de fabricação de pneus de passeio rão a atingir, em longo prazo, a contri- fontes renováveis de borracha natural,
ol of Business, nos Estados Unidos. aros 13 e 14 para atender à demanda buir para o objetivo global de redução como o da planta Guaiule.
Uma das estratégias adotadas pela desse mercado, no qual a concorrência é das emissões de CO2 em 50% até o ano Ainda na questão de produtos ecoló-
fabricante de pneumáticos para ganhar acirrada tanto com os produtores locais, de 2050. gicos, foi uma das primeiras fabricantes
mais espaço no mercado brasileiro será quanto com os importados. Além disso, Durante o Paris Motor Show 2014, a oferecer ao mercado brasileiro pneus
o fortalecimento e expansão dos canais a linha de produção de pneus agrícolas a empresa apresentou sua segunda ge- com menores índices de resistência
de vendas de produtos. A empresa pos- da marca Firestone, os chamados pneus ração de pneus sem ar: a linha Air Free. ao rolamento - segmento “verde”. No
sui mais de 590 pontos de vendas exclu- AGR (Agrícola Radial), está recebendo Esse novo pneu substitui a câmara de ar Brasil, o pneu B250 Ecopia já está em
sivos no varejo, cinco lojas próprias de investimentos para duplicar a capacida- convencional por uma série de bandas comercialização desde 2010. Além de
fábrica e três grandes centros de distri- de produtiva. de resina que absorvem o impacto com contribuir para a redução da poluição
buição para revendas multimarcas, além Na unidade de Camaçari, a empresa o chão. Coloridas, as bandas se asseme- no meio ambiente, através de uma maior
do comércio eletrônico no site oficial da investe na ampliação de cerca de 25% da lham a grossos raios angulados. Já a par- eficiência de energia do veículo, a resis-
marca. produção de pneus de alto desempenho te exterior do Air Free é revestida com tência ao rolamento desses pneus chega
e ultra-alto desempenho para carros de uma banda de rodagem que não move, a ser até 40% menor que a dos pneus
Investimentos passeio e caminhonetes. O término das feita com uma borracha sólida. convencionais, resultando uma econo-
Um amplo projeto de expansão e obras está previsto para maio de 2015. A equipe de engenharia da compa- mia do consumo de combustível de até
modernização em suas unidades brasi- Com esta ampliação, serão criados mais nhia trabalha para criar pneus mais leves 4%, sem colocar em risco a segurança
leiras para atender às demandas, aumen- de 100 empregos diretos. e que usem menos matéria-prima, como e sem comprometer a dirigibilidade em
tar a capacidade de produção e melhorar “Apostamos no crescimento do mer- a tecnologia run-flat, que reduz o peso piso molhado e nas frenagens.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 19


LINHA PESADA
TROCA DE FILTROS AGRÍCOLAS PODE SER
EXECUTADA NO PRÓPRIO CAMPO

U
ma das maiores dificuldades co responsável possa realizar a troca empresa, que permite uma instalação
na manutenção de equipamen- dos filtros sem maiores dificuldades. rápida e confiável sem a necessidade
tos agrícolas, como tratores e “O procedimento é prático, útil e de retrabalho. Segundo Gonçalves “O
colheitadeiras, é a restrição de pode ser executado por qualquer pes- treinamento e suporte técnico presta-
deslocamento. Pela lei, estes veículos soa com um treinamento adequado”, do deixará o profissional responsável
pesados somente podem trafegar por explica André Gonçalves, consultor apto para realizar este tipo de manu-
estradas e vias públicas com empla- técnico da Mann- Filter. tenção sem a necessidade de deslocar
camento, o que significa pagamento Grande parte desta praticidade se o equipamento.
de tributos como o IPVA, ou trans- deve a tecnologia de ponta alemã da Entretanto ele alerta que o manu-
portados em cima de caminhões, o
que aumenta o custo do produtor, que
muitas vezes opta por não emplacar e
arrisca-se a levar uma multa para evi-
tar o gasto com o reboque. al do fabricante deve ser sempre res-
Mas o que uma parte dos produ- peitado. “Devem ser observadas as
tores não leva em consideração, é características dos filtros e o período
que existe a possibilidade de realizar de troca que estiverem indicados no
manutenções básicas no próprio local manual, levando-se em consideração
onde o equipamento opera. Uma das também as condições de trabalho do
grandes fabricante de filtros do mun- equipamento, que na maioria das ve-
do oferece treinamentos e suporte zes é severa por conta do excesso de
para que o próprio dono ou o mecâni- poeira”, completa.

20 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 21
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
A responsabilidade é nossa

A
Iesa Renault localizada na Av. Sertó- te a todas as pessoas, com diferentes pecu-
rio em Porto Alegre, RS, recebeu no liaridades, de forma segura e confortável,
último dia 28 o Selo de Acessibilida- contemplando elementos ou soluções que
de, conferido pela prefeitura de Porto certifiquem a acessibilidade. A Iesa da Ser-
Alegre, através da Secretaria Municipal de tório se destaca por oferecer uma estrutura
Acessibilidade e Inclusão Social. A Iesa é a totalmente adaptada e profissionais treina-
primeira distribuidora de veículos a ser agra- dos para atender qualquer dificuldade.
ciada com esta distinção, em reconhecimen- Para Claudia Silva, gestora de RH do
to ao seu trabalho de adequação ao atendi- Grupo independente do usuário de necessi-
mento de pessoas com deficiência. dades especiais adquirir ou não o veículo a
O Selo de Acessibilidade é o resultado empresa espera que ele se sinta acolhido e
de um Acordo com o Decreto Municipal de veja comprometimento com a solução para
número 15752 de 05 de dezembro de 2007 suas limitações. O reconhecimento foi en-
e tem por finalidade, incentivar a destinação tregue ao diretor do Grupo Ambrósio Pesce
de espaços que visem atender conjuntamen- Neto.

22 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 23
LINHA PESADA

ELÉTRICOS E HÍBRIDOS
Rotas para expansão
dos veículos elétricos
e híbridos
*Por Ronaldo Mazará Júnior

E
mbora sejam mais complexos, Postos de abastecimento distri-
por conta de suas característi- buídos pelos grandes centros urba-
cas tecnológicas, os veículos nos são fundamentais, assim como
híbridos estão certamente em soluções para abastecimento em re-
uma fase mais madura do que os pu- sidências, condomínios, shoppings
ramente elétricos, em razão da pos- e empresas. Algumas tecnologias
sibilidade de funcionamento parcial já existem, porém o investimento
ou total com energia proveniente versus retorno ainda deve ser equa-
de combustíveis. Pode parecer con- cionado, para garantir o necessá-
trassenso, visto que o objetivo é rio retorno financeiro com pontos
justamente a substituição dos com- de abastecimento, considerando a
bustíveis por fontes mais limpas e atual baixa quantidade de veículos
renováveis, porém o desenvolvi- elétricos nas ruas e os cenários de
mento dos híbridos contribui para a curto, médio e longo prazos. Outra
maturidade das baterias com relação questão ainda a ser equacionada diz
ao tempo de recarga e da infraes- respeito às legislações de distribui-
trutura, para que o recarregamento ção e venda de energia.
não seja considerado um impeditivo A falta de incentivos governa-
para a troca de um carro convencio- mentais para compra, desenvolvi-
nal por um elétrico. mento e produção, a meu ver, é o
Os veículos híbridos estão obten- principal obstáculo para a expansão
do uma considerável penetração em dos veículos elétricos e híbridos no
mercados onde os governos incen- Brasil. Mas acredito também que a
tivam fortemente essas tecnologias ausência de empresas automobilís-
por meio de reduções fiscais entre ticas puramente nacionais e a apre-
outros mecanismos. Mesmo no mer- sentação do álcool ou dos motores a
cado nacional, onde não existe estí- álcool como a tecnologia ainda pre-
mulo, é possível verificar acréscimo ferida pelo governo como solução
gradativo no número de modelos para a diminuição da dependência
ofertados. Isso é resultado da ne- do petróleo são fatores que dificul-
cessidade de aumentar os volumes tam bastante essa expansão.
de produção para amortizar investi- Como já exposto, tratam-se de
mentos que, aliás, são altíssimos. Já novas tecnologias que requerem e
os carros puramente elétricos ainda já consumiram grandes investimen-
dependem da superação de desafios tos iniciais que devem ser amortiza-
relacionados à tecnologia e à infra- dos. No geral, os veículos elétricos
estrutura. Continua

24 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


LINHA PESADA

e híbridos possuem preços mais fício de cada componente-chave,


altos do que os convencionais. como baterias, sistemas de con-
São necessários incentivos para a trole e recarregamento e tipos de
compra como bônus diretos ou re- hibridização para cada nível de ve-
duções significativas nos impostos ículo e usuário, a fim de convencer
que incidem nesses produtos. Se- o cliente a trocar de tecnologia na
riam importantes também incenti- próxima compra. A evolução para
vos similares para a instalação de uma popularização mais abrangen-
pontos de abastecimento. te é notória. Considerando a gran-
Ambas as tecnologias estão em de mudança tecnológica e de men-
processo de consolidação, no qual talidade do consumidor comum, o
as empresas ainda buscam o me- avanço observado até o momento é
lhor balanço entre custo e bene- rápido e consistente.

*Ronaldo Mazará Júnior é engenheiro e integrante do SAE Brasil

Entidade abre inscrição


para o IX Prêmio AEA
de Meio Ambiente

A
AEA - Associação Brasi- sabilidade social, que benefi-
leira de Engenharia Au- ciaram o meio ambiente com
tomotiva está com inscri- resultado significativo quanto
ções abertas para envio à qualidade de vida; universi-
dos trabalhos ao IX Prêmio dades, institutos de pesquisa e
AEA de Meio Ambiente. Os in- universitários que priorizaram
teressados podem realizar suas conceitos tecnológicos volta-
inscrições e a inclusão dos pa- dos à redução dos impactos
pers por meio do site da entida- ambientais e trabalhos jorna-
de até o dia 07 de abril de 2015. lísticos, que demonstraram a
São convidadas a participar e evolução e o comprometimen-
concorrer ao prêmio as empre- to das melhorias implementa-
sas ou profissionais das áreas das no setor automotivo, que
técnicas de universidades, ins- beneficiaram ou beneficiarão
titutos de pesquisa e órgãos de ao meio ambiente.
comunicação, sendo que jorna- São seis categorias, como
listas e entidades representati- na edição anterior: Tecnolo-
vas poderão participar somente gia OTTO, Tecnologia Diesel,
da Categoria Jornalística. Acadêmica, Jornalística, Res-
O objetivo do prêmio é dis- ponsabilidade Social e Res-
tinguir e homenagear as empre- ponsabilidade Ambiental. Mais
sas que se destacam por meio informações podem ser obtidas
de desenvolvimento de pro- no endereço -http://www.aea.
jetos de tecnologias e respon- org.br/premio/sistema.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 25


LINHA PESADA

SEPARANDO ÁGUA DO DIESEL

O
mercado brasileiro com água. A presença da água no die- circulação de combustível diesel,
diferentes níveis de qua- sel é prejudicial para os motores o desempenho dos separadores
lidade do Diesel (S10 e dos veículos porque geram corro- de água é reduzido a níveis abai-
S500) possui desafios são nas bombas de combustível, xo do recomendado (menor que
importantes ao longo de toda a sistema de injeção, bicos injeto- 20%).
cadeia produtiva e consumidora. res, válvulas e componentes em Solução: separação em dois
Além disso, há o acréscimo de geral do sistema de alimentação estágios
biodiesel que vem sendo adicio- do motor. O novo conceito de produto
nado ao diesel. O uso do biodie- A presença de água em maior foi desenvolvido considerando
sel amplia a matriz enérgica do quantidade proporciona ataque dois estágios de filtração. Em
Brasil ao trazer uma fonte reno- microbiológico mais intenso ao uma primeira fase ocorre a fil-
vável de origem vegetal ou ani- combustível, aumentado quan- tração do contaminante e pro-
mal para a cadeia produtiva do tidade de sedimentos de origem cesso de coalescência das gotas
diesel, reduzindo a necessidade biológica. Estes sedimentos em microscópicas de água. Estas
de importações e auxiliando no maior quantidade somados à aumentam de tamanho e chegam
processo de redução de níveis de maior instabilidade da mistura com melhor condição de filtra-
enxofre devido a novos níveis de água e diesel devido ao acrésci- ção definitiva no segundo estágio
emissões. mo do biodiesel, representam de- do filtro, onde o processo final
Entretanto, o biodiesel tem safio adicional para o desenvol- de separação da água do diesel
também como característica de vimento de sistemas de filtração. ocorre com menor quantidade de
maior facilidade na absorção de Considerando este cenário de contaminante. Deste modo, o sis-
tema de duplo estágio consegue
manter a sua função primária de
condições extremas, testes foram separação de água mesmo com
realizados pela MAHLE Metal maior presença de sedimentos.
Leve visando avaliar a tecnologia Testes de campo e de labora-
atualmente existente no mercado tório comprovam que este con-
de estágio único de filtração. Na ceito de filtragem em dois está-
condição de contaminação de gios demonstra eficiências acima
campo, principalmente devido a de 96% na condição inicial e
sedimentos de origem orgânica, e mantém eficiência de separação
combustível com maiores níveis de água acima de 70% mesmo
de biodiesel, foram verificadas com a exposição de contami-
limitações deste tipo de tecnolo- nantes ou mistura com biodiesel.
gia visando manter a função de Nessa mesma situação, concor-
separação de água em condições rentes chegaram a níveis de efi-
mínimas. ciência não superiores a 15%.
Testes realizados mostraram Para Fábio Moreira, gerente
que, em um primeiro momen- de desenvolvimento de siste-
to, sistemas de filtração de está- mas de filtração da empresa, o
gio único realizam separação de conceito resguarda o sistema de
água em níveis acima de 96%. alimentação dos motores, reduz
Entretanto, a partir de determina- muito as trocas de filtros e os
da exposição a contaminantes e gastos com manutenção.

O conteúdo desta edição você pode ler acessando


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26 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


LINHA PESADA

FENABRAVE ELEGE NOVO


PRESIDENTE E DIRETORIA
EXECUTIVA

A
Federação Nacional da Distri- Ainda fazem parte da nova Diretoria
buição de Veículos Automotores Executiva para o Triênio 2015-2017, o
– Fenabrave realizou dia 27 de 1º Vice-presidente, Luiz Romero C. Fa-
novembro, na sede da entidade, ria, e o 2º Vice-presidente, José Carneiro
em São Paulo, a eleição da nova direto- de Carvalho Neto, além dos vice-presi-
ria para o triênio 2015-2017 da entida- dentes eleitos.
de. Ala rico Assumpção Jr., empresário Natural da cidade de Araguari, Minas
e concessionário representante das mar- Gerais, e residente em Uberlândia/MG,
cas Volvo, Hyundai e Honda, que assu- o empresário Alarico Assumpção Júnior
me o cargo em 1º. de janeiro de 2015, tem 60 anos, é casado e pai de três fi-
já desempenhou, na entidade, a função lhos.
de Presidente Executivo nos últimos Há 21 anos, o empresário atua na Fe-
triênios, e agora será o novo Presidente nabrave, fazendo parte do Conselho De-
dos Conselhos Deliberativo e Diretor da liberativo, atuando como vice-presiden-
entidade, sucedendo Flavio Meneghetti, te e, nas duas últimas gestões, ocupou a
que esteve à frente da entidade de 2012 presidência executiva da entidade, entre
a 2014. 2009 e 2014.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 27


LINHA PESADA

MOTOR MAIS POTENTE E EFICIENTE


PARA CAMINHÕES DE MÉDIO PORTE

A
FPT Industrial lança o novo suas necessidades relacio-
motor N45, a oferta mais re- nadas aos veículos com
cente para o mercado de ca- 15 a 17 toneladas de PBT
minhões de médio porte no (Peso Bruto Total). Dessa
Brasil, e que passa a equipar o novo forma, para atendermos
Iveco Tector Economy 15 Tonela- às exigências regionais
das. Esse motor é a última versão específicas, desenvolve-
da família NEF da FPT Industrial, mos uma curva de torque
que além de apresentar sua compro- mais plana e ampla para o
vada herança tecnológica, destaca a N45, que é projetada para
tecnologia SCR-Only da empresa. aperfeiçoar as capacida-
Como resultado, garante a confor- des de manobra do veícu-
midade do motor ao atender a legis- lo em velocidades baixas,
lação da PROCONVE P-7. e oferecer um desempe-
Com um aumento da cilindrada nho melhor em terrenos
de 3,9 litros do atual NEF 4 para 4,5 acidentados”, acrescenta
litros, o novo motor é capaz de pro- Xavier.
duzir atualmente uma potência má- do, para, assim, assegurar um gran- traz uma redução no consumo de Com o propósito de alcançar a
xima de 206 cavalos, um torque de de desempenho e excelência em combustível de até 7%, comparada solução ideal às exigências espe-
720 Nm e ainda, simultaneamente, confiabilidade e durabilidade. com o seu predecessor”, diz Ale- cíficas no setor de caminhões de
melhorar o consumo de combus- “Apesar do aumento no des- xandre Xavier, Diretor de Enge- médio porte, foi realizado o de-
tível em 7% (quando comparado locamento e no desempenho, que nharia da FPT Industrial na Amé- senvolvimento do motor no centro
com o motor da geração anterior). geralmente acarretam um impacto rica Latina. de pesquisa e desenvolvimento em
O motor N45 está equipado com negativo nos custos do combustí- “Para atingirmos esse resulta- Betim (MG), no Brasil, onde foram
um sistema de injeção common rail vel, nossos engenheiros consegui- do, não focamos apenas no desen- envolvidos os engenheiros da em-
de segunda geração com 1.600 bar, ram desenvolver um motor que volvimento do motor, mas também presa em um trabalho mútuo com a
um novo turbocompressor com um além de atender à última legisla- trabalhamos próximos aos usuários Iveco, seus clientes e os fornecedo-
rotor em alumínio forjado e usina- ção do PROCONVE P-7, também finais, a fim de compreendermos res parceiros da FPT.

28 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


LINHA PESADA

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 29


LINHA PESADA

ONIBUS ELÉTRICO GASTA 82% MENOS


ENERGIA DO QUE VEÍCULO A DIESEL

O
s testes realizados no E-bus, maram os gastos de combustível E-bus são indiscutíveis. A emissão ainda com um sistema de recarga
primeiro ônibus elétrico bra- em kWh e comprovaram ainda que de poluentes é zero”, ressalta Iêda rápida, que pode ser feito em 5 mi-
sileiro movido 100% a bate- o sistema de frenagem foi respon- Maria Oliveira, gerente comercial nutos, oferecendo mais 11 km de
rias, mostram que o veículo sável pelo suprimento médio de da Eletra. autonomia.
consumiu 82% menos energia do 33% da carga utilizada pelo veícu- O relatório dos testes mostra
que um ônibus movido a diesel uti- lo (confira abaixo funcionamento ainda que sob condições semelhan- Frenagem Regenerativa
lizado como “sombra”. A vantagem do sistema). tes, o E-bus apresentou melhor efici- Conhecido como “frenagem
foi verificada no consumo específi- O consumo médio de energia ência energética (em kWh/km). Ele regenerativa” ou “KERS (Kinetic
co por tonelada. O E-bus é resultado no percurso de 23,6 quilômetros consumiu 72% menos energia para Energy Recovery System – Sistema
da parceria da Eletra com as japo- (ida e volta) foi de 58 kWh, gasto percorrer a mesma distância, ainda de Recuperação de Energia Cinéti-
nesas Mitsubishi Heavy Industries e similar ao de dez chuveiros elétri- que com peso médio em operação ca), como ficou conhecido na Fór-
Mitsubishi Corporation. cos ligados durante 1 hora. Em ter- de 9.175 kg superior ao do sombra. mula 1, o sistema utilizado nos veí-
Durante seis meses, o E-bus mos financeiros, o custo com ener- O veículo tem emissão zero de culos da Eletra permite que quando
transportou passageiros no Cor- gia por tonelada do E-bus foi 56% gases poluentes e a energia vem de o freio é acionado, o motor elétrico
redor ABD da EMTU, na Região inferior ao custo do “sombra”. “O um conjunto de 14 baterias, que pre- vire um gerador e a energia que se-
Metropolitana de São Paulo, acom- relatório aponta que esses dados es- cisa de apenas 3 horas para recarga ria desperdiçada na frenagem é rea-
panhado por um “veículo sombra” tão sujeitos às flutuações de preços total, garantindo autonomia opera- proveitada e armazenada no banco
movido a diesel. Os testes transfor- do mercado, mas as vantagens do cional de 200 km. O veículo conta de baterias.

LIVRO

MGB, ÍCONE DA ESPORTIVIDADE


BRITÂNICA, TEM SUA HISTÓRIA
CONTADA EM LIVRO

P
ara muitos entusiastas do au- aficionados por MGB, o britânico co e da imprensa.
tomobilismo, o MGB é um David Knowles, o livro relata toda São apresentadas
exemplo do típico carro es- a trajetória desse clássico, levando especificações
portivo britânico, pois soma o leitor a uma viagem no tempo completas dos
beleza, preço acessível, linhas por sua longa e fascinante história, modelos, com
clássicas e ainda é uma delícia de passando pela concepção do MGB tabelas compa-
dirigir. Em mais um livro de uma e sua evolução – MGB GT, MGC, rativas de pre-
série que já trouxe Lamborghi- MGB GT V-8 e seu reaparecimen- ços e desempe-
ni, Jaguar E-type e Porsche 911, to nos anos 1990 como MG RV8. nho entre cada
a Editora Alaúde traz um volume As fases dessa viagem são ilustra- um deles e seus concorrentes da
dedicado ao esportivo britânico das com belissimas fotografias e época. carros esportivos britânicos e con-
que, além de ter encantado o pú- raros anúncios da época, além de O livro também fala sobre a fi- tribui para várias publicações es-
blico e a imprensa na época em lindas fotos de estúdio e imagens losofia que guiou a engenharia do pecializadas em automobilismo.
que foi lançado, nos anos 1960, detalhadas de alguns modelos. projeto, que foi, sem dúvida, deci- Para os aficionados por auto-
continua sendo referência de estilo O texto aborda todos os aspec- siva para o sucesso do carro. móveis é uma boa oportunidade de
para admiradores e apaixonados tos da história desse automóvel, Sobre o autor: reunir o prazer de uma boa leitura
por carros. detalhes técnicos, de marketing, David Knowles é um qualifi- com o conhecimento técnico deste
Escrito por um dos maiores as corridas e as reações do públi- cado engenheiro apaixonado por esportivo.

30 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


Obrigado
Agradecemos ao nosso leitor
Ronaldo Bernardes Andrade
pelo lindo cartão de Natal recebido.
Desejamos a você Boas Festas e
ótimas leituras em 2015.
Equipe Correio Mecânico.

COXINS Novo diretor comercial assume em em-


Cuidados para evitar desgaste presa dedicada à segurança automotiva

O
s coxins são peças geralmente feitas de borracha e aço que prendem e suportam
outros itens no veículo absorvendo vibrações. “Os mais comuns são os coxins Pósitron, marca da PST Electronics,
de motor responsáveis por prender o motor ao veículo. Já os coxins de câm- atuante na área de segurança automotiva e
bio ajudam a suportar o câmbio enquanto os coxins de amortecedor fazem o fabricante de som automotivo e desenvol-
encosto da peça na carroceria”, explica Antonio Cesar Costa, consultor Oficina Brasil. vimento de soluções tecnológicas em ras-
A quebra ou desgaste de um coxim é muito comum. Para identificar problemas, o treamento e segurança eletrônica, apresenta
consultor alerta para alguns sintomas que indicam que algo está errado com os coxins. o novo Diretor Comercial Celso Antonio
“Os sintomas são muitos, dependendo do tipo de coxim e onde ele está posiciona- dos Santos. O executivo será responsável
do no veículo. Podemos citar como sendo os indícios mais comuns os barulhos ao se pela coordenação das áreas de Aftermarket,
passar por pistas irregulares, vibrações na alavanca de câmbio e assoalho, dificuldade Montadoras, Varejo/Áudio, Marketing, Ga-
para engatar marchas, peso e volante ‘puxando’”, diz Costa. rantia e Pós Vendas.
Para evitar problemas os motoristas podem evitar trancos ao passar sobre lomba- Formado em engenharia Eletro Eletrô-
das e valetas em velocidade mais alta e alterações na suspensão, principalmente altura nica, pós-graduado em Administração e
do veículo. Isso ajuda a aumentar a vida útil das peças. A cada 30mil quilômetros é Marketing e com especialização em Gestão
recomendável que se revise o estado dos coxins, principalmente os de câmbio/motor Estratégica de Negócios pela FGV, Celso
e os de amortecedores. possui mais de 20 anos de experiência de mercado. Além do comercial, atuou
também nas áreas de negociações e gestão de contratos em grandes companhias
ERRATA: como Osram e Silvaniya Havells.
Pagina 46 (ÓLEOS), Edição 150. - No segundo item da matéria MILI- “É com muita satisfação que encaro a oportunidade de poder atuar em uma
TEC -1 – Condicionador Sintético de Metais onde se le: Motores 4 tem- empresa como a Pósitron. Será um grande desafio e, junto com a minha equipe,
pos aspirados (gasolina, etanol, gás natural ou diesel), ao invés de 160 ml estarei empenhado em fortalecer ainda mais os valores, a marca e a qualidade
de Militec-1 por litro de óleo, leia-se: 60 ml de Militec-1 por litro de óleo. dos produtos e serviços da companhia”, afirma o executivo.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 31


BRONZINAS

BRONZINAS E BUCHAS E
SUAS DIVERSAS APLICAÇÕES

D
ivisão do Grupo KSPG AG, setores industriais e agrícolas.
que atende as principais Exemplos: dobradiça de por-
montadoras do setor auto- ta, cabeçote, bloco e limpador de
motivo, a Bearings é for- para brisa, freio, embreagem e
necedoras de mancais deslizantes. outras aplicações; colheitadeiras
Independente da aplicação, a prin- e máquinas agrícolas no setor de
cipal finalidade de qualquer man- tratores; geladeira e ar-condicio-
cal deslizante, no caso específico nado na linha branca; furadeiras
bronzina ou bucha, é evitar o atrito no segmento de ferramentas, além
entre os metais, evitar os ruídos, o de betoneiras, entre outras diversas
desgaste prematuro das peças, não aplicações.
gerar aquecimento e melhorar o Buchas e bronzinas são linhas
desempenho. de produtos em constante desen-
As bronzinas podem ser aplica- volvimento na Divisão Bearings,
das em motores automotivos ou em produzidas hoje com a mais alta
compressores e possuem um for- tecnologia do setor, sendo que os
mato de ½ cilindro, justamente para produtos se destacam pela alta
facilitar a aplicação. Já as buchas qualidade e performance, como as *A Divisão Bearings, especialista em mancais deslizantes de alta precisão é uma das
são cilíndricas e dispõem de uma apresentadas nas buchas Permagli- divisões do Grupo KSPG. As constantes inovações tecnológicas na produção, desen-
extensa gama de aplicações, tanto de® (material patenteado pela KS) volvimentos inovadores e na orientação especializada aos clientes têm feito da KS
Bearings um dos principais fornecedores mundiais de mancais deslizantes
no segmento automotivo como nos e nas bronzinas sputter.

32 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


NOVIDADES

TOYOTA CELEBRA OS 45 ANOS DA HILUX


COM NOVAS VERSÕES

N
um encontro com jornalistas
gaúchos a Toyota apresen-
tou as novas versões 2015 da
Hilux e SW4, lideranças no
segmento dos SUVs médios. O en-
contro ocorreu na Carhouse, conces-
sionária de Porto Alegre, dia 25 de
novembro.
Ao completar 45 anos de história
desde o seu lançamento, as linhas
Hilux e SW4 trazem novidades entre
as quais a introdução da Limited Edi-
tion na versão diesel e da SRV fle-
lxfuel com transmissão automática e
tração 4X2 e acabamento topo de li-
nha – esta última comercializada por
um preço abaixo de R$100.000,00.
Ao todo são 14 versões da linha
Diesel e Flexfuel que traz em seu
histórico um diferencial que começa
pelo próprio nome. Hilux é a com-
binação de duas palavras em inglês,
“High” e “Luxury” que significam
respectivamente “alto” e “luxo” e e segue na preferência nacional do mos nove anos. 4ª. geração 1983 a 1988: uma
que traduzem as características de homem do campo, trabalhadores e Gerações versão mais robusta ,4Runner,é lan-
um veículo voltado para o trabalho, empresários que precisam de um ve- 1ª. Geração 1969 a 1972 :o veí- çada nos EUA
mas com acabamento de modelo de ículo forte, versátil e confortável. culo é lançado com um design ino- 5ª.geração 1988 a 1997: marcada
passeio. No mercado nacional, a Hilux vador com força de off-road e aceita- pelo novo motor diesel de 2.8 litros
Evolução e tradição chegou em 1993, em sua 4ª. Gera- ção imediata dos consumidores. 6ª.geração 1997 a 2004: o con-
Em 1969 a Toyota lançou mun- ção ,importada do Japão.A partir de 2ª.geração 1972 a 1978: ocorre a forto é prioridade e resulta em maior
dialmente a Hilux em configuração 1997, a picape começou a ser produ- primeira mudança completa da pica- espaço interno
única com a cabine simples, tração zida na planta de Zárate, na Argenti- pe. Eleita a picape do ano nos EUA 7ª.geração 2004: é criada uma
4X2 e motor 1,5L a diesel. Passa- na. Desde então, a Hilux se destacou 3ª. geração 1978 a 1983: primeira via direta para desenvolver um pro-
dos 45 anos o modelo evoluiu, mas no segmento das picapes médias a versão da Hilux com tração 4X4, ca- duto que atenda a demanda do con-
conservou a tradição de durabilidade diesel, liderando as vendas nos últi- bine dupla e motor a diesel. sumidor.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 33


LINHA DO TEMPO

A INAUGURAÇÃO DO RECALL BRASILEIRO

L
ançado em 1969, o Ford Corcel FORD NOVO FUSION MODELO
começou a apresentar um pro- 2013
blema de desgaste prematuro dos Componente envolvido: sistema re-
pneus dianteiros, no lado externo clinador do encosto dos bancos diantei-
da banda de rodagem. A coisa era séria, ros do motorista e do passageiro.
pois com apenas 3.000 km de rodagem FORD NOVO FUSION MODELO
os pneus já estavam gastos. 2013
A empresa, então, decidiu, em 1970, Componente envolvido: caixa de di-
convocar 65.000 proprietários do Corcel reção.
para os devidos reparos nas concessioná- FORD NOVO ECOSPORT MODE-
rias que efetuaram um ajuste no sistema LO 2014
de direção do veículo. Assim, surgiu o Componente envolvido: pneus dian-
primeiro “Recall” da indústria automo- teiros, traseiros e sobressalente (estepe).
bilística brasileira. Nos Estados Unidos a Ford anunciou
Na época, a engenharia da Ford um recall para 160.000 modelos Escape
Willys ficou com medo que a convo- e Focus ST 2013 por uma falha na fiação
cação pudesse prejudicar a imagem do nos dois veículos. Cerca de 133.000 dos
Corcel perante a opinião pública. Mas, veículos convocados estão nos Estados
ao contrário, a estratégia resultou numa Unidos, 25,4 mil no Canadá e 789 no
confiança ainda maior do consumidor fabricante, todas as demais montadoras to- estão: México. Além disso, outras 600 unida-
na marca, com a imprensa aplaudindo maram a mesma decisão, quando surgiam FIESTA ROCAM MODELOS 2013 e des da van Transit 2015 e 1.300 crosso-
a iniciativa, considerada responsável e muitas reclamações sobre determinados 2014 vers Lincoln MKC 2015 também sofre-
honesta. problemas em seus veículos. Componentes envolvidos: válvula e ram recall.
Depois desse comprometimento do Entre os atuais recalls da fabricante tubo do hidrovácuo (servo freio) do veículo. (Fonte: Ford Para Todos)

34 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


AUTOMECHANIKA BUENOS AIRES:
UMA FEIRA QUE CELEBRA O ENCONTRO
DE EXPOSITORES E VISITANTES

O
evento mais importante da
indústria automotiva Ar-
gentina, realizado na meta-
de de novembro em Buenos
Aires, terminou sua 8ª edição com
mais de 300 expositores de 19 paí-
ses e mais de 27.000 visitantes pro-
fissionais de 28 países no Parque
de Palermo.
Nesta última edição a Auto-
mechanika logrou se posicionar
mais uma vez como o evento mais
importante para a indústria. Em
que pese o contexto econômi-
co complexo, a exposição contou
com a presença de 322 empresas
expositoras de 19 países: Argenti-
na, Brasil, Bulgária, Chile, China,
Coréia, EUA, França, Hong Kong,
Índia, Inglaterra, Itália, Lituânia,
Malásia, Polônia, Taiwan, Turquia
e Uruguai. Estiveram presentes
27.064 visitantes profissionais e
empresários de 28 países destacan-
do-se: Argélia, Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, China, Colômbia,
Costa do Marfim, Equador, Eslo-
váquia, Espanha, Estados Unidos,
França, Índia, Itália, Japão, Coréia,
México, Panamá, Paraguai, Peru,
Portugal, Reino Unido, Suíça, Tur-
quia, Uruguai e Venezuela.
A cerimônia de abertura da
Edição de 2014 foi realizada jun-
tamente com o Seminário da As-
sociação Argentina de Fabrican-
tes de Componentes Automotivos
(AFAC) intitulado “Reunião de Destaques da edição 2014
líderes da indústria automotiva • Seminário “Encontro de líderes da indústria automotiva de 2014:” Oportunidades de Investimento e de Desen-
de 2014” onde foram debatidas as volvimento do Setor “
Oportunidades de Investimento e
Desenvolvimento do Setor”. - Conferências de Expositores - Quatro dias com 32 palestras sobre temas de interesse para a indústria de autope-
ças, bem como a apresentação de produtos, serviços e operação de novas tecnologias.
Simultaneamente à exposição
houve uma programação com ex- -Túnel Challenge IV - A transformação integral do carro, equipamentos, interior e mesmo pintar um FORD 150
tensa lista de atividades onde os americano bem como um Can-Am Spyder.
visitantes tiveram a oportunidade
de conhecer e experimentar os - Rodada Autopeças - 5ª edição da Rodada Internacional de compradores de autopeças. Durante dois dias os con-
mais recentes produtos e tecnolo- vidados internacionais do Brasil, Colômbia, Egito, Guatemala, Honduras, Panamá e Peru realizaram reuniões com
empresas argentinas trocando informações e realizando negócios entre si.
gias à mostra.
CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 35
MATÉRIA TECNICA

Manutenção em sistemas de “air bag”


Hélio Cardoso, especialista em perícias envolvendo veículos automotores, Diretor do IBAPE/SP em duas
gestões (2010-2011 e 2012-2013), autor dos Livros Veículos Automotores: Identificação, inspeção, Vistoria,
avaliação, Perícia e Recall e Automóvel Sem Mistérios.

D
esde janeiro de 2014, todos
os veículos fabricados ou
importados para o Brasil
devem ter obrigatoriamen-
te instalados sistemas de “air bag”
para o motorista e para o passagei-
ro do banco da frente.

Como qualquer outro sistema


inserido em um veículo automotor,
também o “air bag” está sujeito a
falhas. Mas como podemos detectar
um problema neste equipamento?

O primeiro indício de anomalia


no sistema de “air bag” é o acen-
dimento da luz piloto relativa ao
componente no painel do veículo.

Convém ressaltar que ao ligar-


mos a chave de contato, as luzes
pilotos do painel acendem para fa- Após um acidente onde o siste- ços que parecem não interferir no Outro ponto importante para
zer um “check” do funcionamento ma de “air bag” seja ativado, todos sistema de “air bag”, mas que po- ressaltar é que o sistema de “air
dos sistemas, apagando-se logo os seus componentes devem ser dem trazer muitos transtornos, por bag” tem vida útil e, portanto, de-
em seguida, caso alguma luz pilo- substituídos, não existe nenhuma exemplo, serviços que necessitem verá ser integralmente substituído
to permaneça acessa, procure um hipótese de reaproveitamento ou a remoção do volante, uma vez que ao final dela. O tempo recomen-
especialista ou concessionária para remanufatura. existem elementos do sistema de dado pelos fabricantes dos veícu-
verificar a causa. Isso vale para “air bag” instalados nele e que po- los normalmente é de 10 anos.
qualquer sistema que tenha luz pi- Os consumidores devem tomar dem simplesmente desativá-lo.
loto no painel, inclusive o “air bag”. especial cuidado ao realizar servi- Muitos veículos que tem este
Recentemente realizei uma sistema instalado e que já tem
Perícia onde ocorreu um acidente mais de dez anos de vida útil es-
com todos os fatores para que o tão por aí rodando, porém, podem
sistema de “air bag” atuasse, po- sequer funcionar, mesmo que to-
rém, isso não se verificou. Ao fi- das as condições técnicas exigidas
nal dos trabalhos detectamos que sejam verificadas em um possível
houve o rompimento da ligação acidente.
entre os sensores e a bolsa devido
à remoção do volante para revesti- Não basta adquirir um veículo
-lo com couro. com tecnologia embarcada de úl-
Serviços de funilaria também tima geração, é necessário atentar
podem interferir, principalmente para possíveis falhas e caso exis-
na porção dianteira do veículo, tam repará-las em locais apropria-
onde estão localizados os senso- dos para evitar dores de cabeça no
res do “air bag”. futuro.

36 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


DESABASTECIMENTO

Montadoras não conseguem atender a reposição


e consumidores sofrem com o desabastecimento

M
esmo que as montado- empresas priorizam a fabricação posição. Precisam se estruturar mercado de reposição e, muito
ras tentem negar, a falta de carros e não o mercado de re- para a produção das montadoras menos, interesse”, ressalta Mon-
de peças de reposição posição”, diz Roberto Monteiro, e as peças que restam não dão teiro.
continua alarmante e os diretor executivo da ANFAPE – conta de suprir a necessidade do
reféns dessa situação são os con- Associação Nacional dos Fabri- mercado”, explica. Apesar da crise, as montado-
sumidores. Muitos ainda aguar- cantes de Autopeças. ras continuam tentando impedir
dam grandes períodos o carro na A falta de uma política ade- a atuação das empresas indepen-
oficina e os prejuízos são incon- Monteiro destaca que a Fiat, quada no pós-venda é outro dentes com o objetivo de acabar
táveis. Ford e Volkswagen deixam em problema enfrentado pelos con- com as alternativas no momento
segundo plano a reparação, o sumidores. “Toda a equipe está de repor a peça avariada do veí-
“O problema decorre da falta que é lamentável para os brasi- direcionada para a linha de mon- culo, inviabilizando a produção
de respeito das montadoras pe- leiros. “Essas empresas sufocam tagem das montadoras, assim e comercialização das similares.
los consumidores. O que aconte- os fornecedores e, com isso, eles como todo o aparato tecnológi- Fonte: Anfape – Associação Nacional
ce é que os fornecedores dessas perdem força para atender a re- co. Não há plano para atender o dos Fabricantes de Autopeças

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 37


PEÇAS AUTOMOTIVAS
*por Rodrigo Lemos

Medição óptica é tendência no setor automotivo

A
metrologia tem relação direta com nam metrologistas e gestores. A medição estão câmara de combustão, engrenagens,
a história da indústria automotiva. de formas e dimensões, nunca antes ve- pistão, biela e válvulas, que necessitam
No princípio, equipamentos eram rificadas, possibilita a obtenção de uma de controle de milésimos de milímetro.
aplicados para suportar o desen- gama incalculável de variações. Isso com A evolução tecnológica atualmente é
volvimento de produtos, a manufatura de facilidade e em velocidade elevada. imprevisível. Quem poderia dizer há 10
veículos e o controle de qualidade. Com Não diria que haverá plena substi- anos que teríamos diversas possibilidades
a evolução das técnicas de desenvolvi- tuição das tecnologias de medição por em um único aparelho na palma da mão?
mento e produção e dos métodos de ge- contato, porém, certamente, o incremento Não conseguimos mais viver sem a evo-
renciamento da qualidade, a ciência da dos equipamentos de medição óptica será lução contínua.
medição se reinventou, especialmente, no expressivo tanto nas montadoras quanto Naturalmente, as bases de medição
que tange à tecnologia. Provou que não na cadeia de suprimentos, nos próximos serão as mesmas – para a tranquilidade
está apenas ligada às atividades de quali- 10 anos. Tecnologias já têm sido aplica- dos profissionais de metrologia – mas os
dade assegurada, mas à conceituação do das em componentes de acabamento fi- métodos sofrerão modificações e certa-
produto e ao gerenciamento da produção. nal, que estão no raio de ação do olhar do mente novos surgirão. Quando falamos
Hoje podemos afirmar – muito em cliente, como faróis e lanternas, e painel de futuro, não consigo deixar de pensar
função da globalização – que o nosso par- de instrumentos. na associação da medição óptica com a
que fabril acompanha de perto os avanços indústrias e têm ocupado cada vez mais o Mas muitas características de medi- realidade virtual. Quando falamos de
tecnológicos das grandes potências. Aqui lugar das tradicionais práticas de medição ção ainda dependem de contato para de- criação de malhas por meio de medição
a medição óptica também é tendência no por contato, especialmente, nos processos finição, a exemplo da rugosidade super- óptica, a metrologia invade, definitiva-
setor automotivo. Graças aos avanços de fabricação, quando peças pequenas e ficial. Peças que requerem maior precisão mente, as disciplinas de prototipagem e
tecnológicos que tornaram os equipamen- de geometria complexa são envolvidas. durante o dimensionamento ainda de- engenharia reversa.
tos mais acessíveis, métodos estão sendo Os ganhos qualitativos e quantitativos mandam medição por contato como com- *Rodrigo Lemos é engenheiro e faz
mais fortemente percebidos dentro das proporcionam resultados que impressio- ponentes usinados do motor. Entre eles parte da SAE Brasil

38 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


INFORMAÇÃO

Principais mitos e verdades


na blindagem automotiva

A
blindagem automotiva tem se 9 mm e de revólveres .44 Magnum, que a blindagem automotiva, que em recebem o reforço de forma personali-
tornado cada vez mais uma uma das mais potentes armas de mão. outros tempos era feita quase que to- zada, já que cada modelo de cada mar-
alternativa de proteção frente O próprio aparato da Segurança Públi- talmente em aço, pudesse ser realizada ca tem curvas e medidas específicas.
ao crescimento da violência ca é municiado com pistolas calibre .40 com o uso de mantas de aramida, teci- Vidros originais são substituídos por
urbana no país, não apenas nos gran- e, com frequência, são apreendidos ar- do formado por fibras muito leves, mas vidros especiais, que garantirão a re-
des centros, como também nas cidades mamentos de uso restrito com calibres de alta resistência e de grande absorção sistência em caso de disparos de arma
litorâneas e do interior. superiores. de energia. de fogo. O uso desse material, somado
O número crescente de demanda Quanto ao peso, o que define o Por ser muito flexível e maleável, à tecnologia que envolve o processo
faz encher os olhos de muitos oportu- nível de blindagem é, justamente, o sua instalação no carro deixa alguns faz da blindagem um procedimento de
nistas que, na busca insana pelo con- número de camadas dos componentes pontos vulneráveis, principalmente nas custo elevado. Por essa razão, ao esco-
sumidor mal informado, faz promessas que constituem a blindagem. Assim, extremidades, onde o fim de uma placa lher uma blindadora, desconfie e fuja
arriscadas, perigosas e até algumas ve- quanto maior o nível, maior a quantida- de manta se junta ao começo de outra, das que oferecem valores muito abai-
zes impossíveis de se cumprir. de de material e, por isso, mais elevado região chamada de “travamento de bor- xo das demais. Para reduzir os custos,
Fábio Rovêdo de Mello, da Con- o peso do veículo. das”. Existem ainda outros pontos de ela pode utilizar material insuficiente
cept Blindagens, revela alguns mitos e 2. Pneus podem ser blindados. vulnerabilidade. Nos modelos “SUV ou de menor qualidade para garantir a
verdades que permeiam o universo da Não existe blindagem de pneus. É e “SW”, por exemplo, a tampa traseira proteção desejada.
blindagem automotiva. possível, porém, que cada roda rece- também requer proteção diferenciada. 5. Garantias “mirabolantes” no
1. A blindagem de nível I, além de ba um sistema de proteção, que pode Para sanar esses pontos, a instalação segmento
agregar muito menos peso ao carro, ser uma cinta de aço ou produzida por de sobreposições de aço é mandatória. Tem surgido no mercado uma onda
consegue suportar disparos de pistolas polímeros especiais. Esses dispositi- O aço também é imprescindível em de garantias estratosféricas, superio-
como a 9 mm. vos permitem que o veículo rode por áreas consideradas complexas, como res até mesmo da data de existência
A blindagem de nível I é permitida alguns quilômetros a certa velocidade maçanetas, espelhos retrovisores e lan- de quem as oferece. Um verdadeiro
pelo Exército Brasileiro, órgão que re- (dependendo do sistema aplicado e das ternas. Somente com a instalação desse contrassenso, assim como blindadoras
gulariza e fiscaliza o setor. Esse nível, características do mesmo), aumentan- material nessas regiões e nos pontos que oferecem prazo de garantias supe-
porém, garante proteção apenas contra do a probabilidade de deslocamento onde houver uma descontinuidade das riores ao do próprio veículo. Desconfie
disparos de armas de calibre 22 e 38, de até uma zona de segurança. Fabrican- mantas é que se garante efetivamente de empresas que oferecem garantias
acordo com a norma de resistência ba- tes de pneus estão investindo em tecno- aproteção. superior a cinco anos, tendo em vista
lística NBR 15000. Até por conta dessa logias nesse segmento. Uma das mais 4. Existe blindagem barata, muito que os melhores e mais tradicionais
capacidade limitada de proteção, não é recentes alternativas desenvolvidas é o abaixo do custo praticado pela maioria fabricantes da aramida (blindagem da
o mais empregado no país. A blinda- “RunOnFlat Technology”, com grande das blindadoras. lataria) não excedem esse período. O
gem mais praticada no mercado é a de grau de eficiência. O processo para se blindar um ve- mesmo cuidado vale para vidros, que
nível IIIA, que acrescenta, sim, mais 3. Com o uso da manta de aramida, ículo é complexo e envolve uma série necessitam o máximo de atenção com
peso ao veículo, mas dá segurança efe- não é preciso mais o uso de aço. de profissionais especializados. O car- formulações mágicas que prometem
tiva, já que suporta até tiros de pistolas O avanço da tecnologia permitiu ro é totalmente desmontado, as peças eternidade.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 39


MERCEDES-BENZ

PROCEDIMENTO PARA SINCRONISMO


Motor Mercedes-Benz OM651 (Sprinter 2012 em diante)

A RAVEN
geração atual do utilitário
Mercedes-Benz Sprinter,
que é fabricada desde mea- 711039 E 711040
dos de 2012 e cujas versões
são a 311 CDI Street, a 415 CDI e
a 515 CDI, é equipada com o motor
2.2 16V biturbo diesel OM651.

Para o sincronismo do OM651,


já estão disponíveis as ferramentas
Raven 711039, para travar em sin- 8 - Remova a tampa metálica lo-
cronismo as árvores de comando de calizada na parte traseira do cabeçote.
válvulas, e 711040, para travar em
sincronismo as árvores compensa- Nesse motor, a desmontagem 9 - Remova o volante do motor
doras de massas desse motor. de um item geralmente requer a (para possibilitar a remoção do cárter).
desmontagem de diversos outros
Confira a seguir o procedimen- itens. Por conta disso, e como esse 10 - Drene o óleo do cárter.
to para a verificação e o ajuste do motor apresenta diversas particula-
sincronismo desse motor, cujo pe- rente (itens verdes na Fig. 2). ridades, recomendamos seguir as 11 - Remova o tubo guia da vare-
culiar sistema de distribuição utiliza orientações do fabricante para exe- ta de nível de óleo.
uma combinação de corrente e en- A mesma bomba de alta pres- cutar os passos 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9,
grenagens. são e os demais componentes são 13 e 14. 12 - Desconecte o conector do
acionados por engrenagens (itens sensor de nível de óleo, localizado
Ferramentas especiais necessárias azuis na Fig. 2). Há duas árvores Devido ao pouco espaço dispo- na parte inferior da seção inferior do
(Fig. 1). compensadoras de massas do tipo nível no cofre do motor, à locali- cárter.
Lanchester, que têm como função zação dos componentes do sis-te-
neutralizar as forças de inércia in- ma de distribuição e às peças que 13 - Remova a seção inferior do
desejadas geradas pelo movimento devem ser removidas para que se cárter. Note que existem duas roscas
da árvore de manivelas, forças que possa ter acesso aos mesmos, re- sem parafusos na seção inferior do
tornam o motor mais ruidoso e com comendamos que o procedimento cárter, cuja função é auxiliar a ex-
funcionamento irregular. Essas seja efetuado com o motor fora do tração do mesmo. Deve-se rosque-
duas árvores são montadas em uma veículo. ar alternadamente parafusos nessas
espécie de sub bloco que comporta roscas, para separar a seção inferior
1 - Remova a caixa do filtro de ar.
também os mancais inferiores da do cárter da seção superior.
árvore de manivelas.
700100/200+700345: Suportar o motor 2 - Remova a cobertura plástica
14 - Remova a seção superior do
711039: Travar em sincronismo as árvores de do motor.
cárter.
comando de válvulas
711040: Travar em sincronismo as árvores 3 - Remova o motor do veículo. Atenção:
compensadoras de massas • remova primeiramente os cin-
711041: Girar a polia da árvore de manivelas. 4 - Instale o motor em um supor- co parafusos localizados na tampa
te Raven 700100 ou 700200 equipa- do sistema de distribuição.
Introdução do com a placa acessória 700345. • assim como a seção inferior, a
seção superior do cárter possui ros-
O sistema de distribuição do 5 - Remova as tubulações que cas (4) para auxiliar a extração do
motor OM651 possui uma arquite- saem do tubo rail em direção aos in- mesmo.
tura peculiar. Primeiramente, todos Procedimento jetores.
os componentes do sistema estão Atenção: 15 - Remova o tubo pescador de
posicionados na parte traseira do Para evitar acidentes, deve-se 6 - Remova os injetores. óleo, juntamente com sua carcaça
motor. As duas árvores de coman- trabalhar com o motor frio, pois a plástica.
do de válvulas são ligadas à bomba linha de alta pressão deverá estar 7 - Remova a tampa de válvulas,
de alta pressão através de uma cor- despressurizada. juntamente com o sensor de fase. 16 - Utilizando a chave 711041,

40 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


MERCEDES-BENZ

gire a polia da árvore de mani- suporte do tensionador da correria capa de mancal da(s) árvore(s) vem entrar sem esforço, porém o
velas, no sentido de rotação do poly-v (Fig. 3b). Feito isso, o pis- desalinhada(s), mantendo a capa encaixe das mesmas nos sextava-
motor, até que a marcação locali- tão do primeiro cilindro estará em no lugar. dos é bem justo.
PMS e as duas travas 711040-00B
zada entre as marcas “20” e “40”
alinhadas. 25 - Remova todas as ferra-
(equivalente a 30o após o PMS) 22 - Trave a árvore através de
fique alinhada com a saliência no seu sextavado e afrouxe o parafu- mentas, dê duas voltas completas
19 - Encaixe os pinos da ré- no motor, e veja se as marcas de
suporte do tensionador da correia so com rosca esquerda da polia.
gua 711040-00C nos orifícios das referência coincidem e se as fer-
poly-v (Fig. 3a). Em seguida, através do sextava-
travas 711040-00B (Fig. 5). Note ramentas se encaixam sem proble-
que há uma marca de referência do, gire a árvore de comando até
17 - Encaixe as duas travas que o canto vivo do sextavado se mas.
711040-00B nas superfícies pla- nas árvores compensadoras que
se alinha entre duas outras mar- alinhe com a marca na capa (Fig. 26 - Remonte os demais itens,
nas das árvores compensadoras 6b).
de massas (Fig.4). cas em alto relevo na “gaiola” das na sequência inversa à da desmon-
mesmas (Fig. 6a). A marca apa- tagem.
renta estar desalinhada na Fig. 6a 23 - Trave a(s) árvore(s) com
devido ao ângulo da mesma. as ferramentas 711039 e aplique
os torques de 55 Nm e 90°, res-
20 - Verifique se a marca de pectivamente, no parafuso com
referência nas capas dos mancais rosca esquerda da(s) polia(s).
das árvores de comando estão ali-
nhadas com o canto vivo dos sex- 24 - Marque a posição das ca-
tavados das árvores de comando pas dos mancais, remova-as e no
de válvulas (Fig. 6b). Somente se lugar destas instale as ferramentas
18 - Gire a polia da árvore de não estiverem, siga os passos 21 711039 (Fig. 7), fixando-as com
manivelas, no sentido contrário os parafusos das capas.
ao rotação do motor, até que a a 23.
marca “OT” presente na mesma
fique alinhada com a saliência no 21 - Remova os parafusos da Atenção: As ferramentas de-

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 41


MELHOR MOTORISTA
Jovens universitários participam de programa para me-
dir o desempenho e os erros mais comuns na direção
Porto Alegre conquistou a melhor nota média de segurança entre as sete capitais analisadas pelo Best Driver
(Melhor Motorista). Curvas e frenagens foram os maiores desafios dos estudantes.

D
epois de percorrer sete capi- autoaprendizado diário da performan-
tas e 15 universidades em três ce no trânsito foi calculada em tempo
meses, o programa Best Dri- real e sintetizada em uma nota média
ver, promovido pela Michelin, de segurança, com o máximo de 100. O
apresentou o motorista mais seguro do monitoramento forneceu dados sobre a
país: Eric Peixoto Barboza, de 23 anos, evolução do comportamento dos can-
aluno de Engenharia Civil na UFBA, didatos durante as quatro semanas da
da Bahia. Ele foi premiado por ter tido competição em cada universidade.
o melhor desempenho na nota média A etapa final do programa contou
de segurança: 100. Para chegar a essa com 15 finalistas, os que alcançaram
marca, um aparelho de telemetria me- a posição de melhor motorista de cada
diu durante 30 dias alguns indicado- universidade. Apesar de o vencedor
res fundamentais para uma condução ser de Salvador, a capital que conse-
segura: aceleração, frenagem, curva, guiu melhor média foi Porto Alegre. A
ultrapassagens e velocidade. O univer- performance dos estudantes da UFR-
sitário ganhou um carro 0 km das mãos GS e PUC RS marcou a nota média
do bicampeão mundial de F1 Emerson de segurança de 94,65, no total de 100
Fittipaldi, durante a realização da tra- pontos.

dicional prova de automobilismo Le As maiores dificuldades encontra-


Mans 6h SP, realizada no último fim de das, eventos característicos da pilota-
semana no Autódromo de Interlagos. gem dos jovens, foram as frenagens e
O programa propôs uma abordagem curvas perigosas. Os dois itens foram
inovadora para a promoção de atitudes responsáveis por diminuir a média de
seguras no trânsito entre jovens univer- desempenho dos participantes em todas
sitários no Brasil, unindo informação à as capitais.
experiência do monitoramento eletrô- O evento foi chancelado pela FIA
nico da direção do carro.Frenagens, e endossado por Emerson Fittipaldi e
curvas, ultrapassagens, excessos de as universidades parceiras foram: USP,
velocidade, acelerações foram mensu- ANHEMBI MORUMBI, MACKEN-
radas de acordo com seu grau de agres- ZIE, UFRS, PUC-RS, UFPR, PUC-PR,
sividade e risco, e mais, georeferencia- UFMG, PUC-MG, UNB, UniCEUB,
das com precisão. A vivência de um UFBA, UNIFACS, PUC-RJ e UFRJ.

42 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014


MERCADO JAPONÊS

TOYOTA LANÇA MIRAI, VEÍCULO MOVIDO A HIDROGÊNIO

O
Mirai chega ao mercado japonês as marcações de faixa brancas ou amarelas
como primeiro veículo híbrido e alerta o condutor quando o veículo está
movido a hidrogênio produzido prestes a se desviar da faixa de rolamento.
em larga escala. As vendas co- • O Drive-start Control limita arran-
meçam a partir de 15 de dezembro com cadas ou acelerações bruscas durante mu-
expectativa de negociar cerca de 400 uni- danças de marcha.
dades até o fim deste ano. • Um Monitor de Pontos Cegos utiliza
O híbrido Mirai marca o início de uma um radar para detectar veículos nas faixas
nova Era, trazendo um carro com zero de rolamento adjacentes e ajuda na con-
emissão de gases poluentes na atmosfera firmação da retrovisão durante mudanças
como o CO2, liberando apenas água ou de faixa.
vapor d’água. O veículo utiliza hidrogênio
como combustível para gerar energia elé- TFCS
trica ao motor. O Mirai utiliza o Sistema de Célula
O mais novo veículo híbrido traz de- Combustível da Toyota (TFCS – Toyota
sign moderno, performance de um carro Fuel Cell System), que incorpora a célula
movido a gasolina, tecnologia embarcada combustível Toyota FC Stack, o gerador
de última geração, alto nível de segurança elétrico e garantem uma capacidade de mas, com base na localização do veículo. elevador de tensão e os tanques de hidro-
e ainda pode servir como gerador em cau- resposta poderosa em todas as velocida- A tecnologia está presente também no gênio de alta pressão. O TFCS tem efici-
sa de falta ou corte de energia. des. Isso proporciona um aumento ime- alto nível de segurança do veículo, a fim ência energética melhor em comparação
diato de torque na primeira pisada no ace- de não permitir o vazamento do hidrogê- com os motores de combustão interna, e
Funcionamento lerador. nio e, na improvável possibilidade desta não emite CO2 ou outras substâncias po-
O Mirai possui um motor elétrico, A estabilidade e o conforto de con- ocorrência, o sistema detecta e contem o tencialmente perigosas quando em uso.
uma bateria, dois tanques de hidrogênio dução são destacados por conta do posi- fluxo de hidrogênio, evitando o seu acú- Sistema de fonte de alimentação ex-
de alta pressão, com capacidade máxima cionamento da célula combustível e dos mulo no interior do veículo. terna
de 70 Mpa, um conversor elevador de ten- tanques de hidrogênio de alta pressão sob • Desenvolvimento de tanques de hi- O Mirai pode servir como gerador de
são, uma central de comando e a célula o assoalho, atingindo um baixo centro de drogênio de alta pressão com excelente energia (aproximadamente 60 kWh) em
combustível a hidrogênio - uma estação gravidade, com distribuição de peso su- desempenho na prevenção da permeação casos de quedas ou cortes da força. Quan-
localizada no centro do assoalho do veí- perior na traseira e frente do veículo. O do hidrogênio, resistência e durabilidade. do uma fonte de alimentação (vendido
culo. É dentro desta estação onde ocorre uso de um corpo de alta rigidez reforça as • Sensores de hidrogênio proporcio- separadamente) for conectada – ligação
a reação química para colocar o carro em estruturas em torno da suspensão traseira. nam alertas e podem desligar as válvulas feita no interior do porta-malas -, o veí-
movimento. principais do tanque. culo pode alimentar um sistema completo
O veículo capta o oxigênio da atmos- Design • Os tanques de hidrogênio e os outros como uma residência, por exemplo. Ele-
fera através de sua entrada de ar frontal Uma nova técnica foi empregada no dispositivos associados ao hidrogênio es- trônicos também podem ser conectados
e o leva até esta estação, para onde o hi- design frontal para enfatizar os gradea- tão localizados na parte exterior da cabine diretamente e usados tendo o Mirai como
drogênio contido nos dois tanques tam- dos à esquerda e à direita que forçam para para garantir que o hidrogênio se dissipe fonte de energia.
bém é direcionado. Dentro dela, a célula dentro o ar para a obtenção de oxigênio e rapidamente em caso de vazamento.
combustível divide o hidrogênio em duas para a refrigeração do sistema de células A estrutura da célula combustível da Hidrogênio
moléculas, gerando uma carga elétrica. Ao combustíveis.A traseira apresenta um per- Toyota é construída com termoplástico O hidrogênio pode ser gerado atra-
mesmo tempo, o oxigênio se une às célu- fil arrojado. Por dentro, o espaço de cabine reforçado com fibras de carbono recen- vés de uma ampla gama de recursos
las de hidrogênio, formando água. A ener- é sofisticado, com estofamento macio nas temente desenvolvido, caracterizado pela naturais e de subprodutos de atividades
gia elétrica é direcionada ao conversor, guarnições das portas e nas outras superfí- leveza, resistência e facilidade de produ- humanas, tais como resíduos de esgoto e
que alimenta o motor do Mirai, e a água cies do interior, com um acabamento pra- ção em massa. Ela protege a célula com- lixo industrial. Ele também pode ser ob-
é expelida pela válvula de escape. O mo- teado de alta luminescência por toda parte. bustível ao absorver impactos e choques tido a partir da água com o uso de fontes
tor também é alimentado diretamente pela Mas as fotos mostram melhor. originados por buracos, ressaltos e outras naturais de energia renovável, tais como
bateria, recarregada por energia cinética interferências na pista. solar e eólica. Quando comprimido, o hi-
gerada pela desaceleração e frenagem do Tecnologia e segurança total Complementarmente, o Mirai conta drogênio tem densidade energética mais
automóvel. O Mirai possui um pacote de conecti- com outros equipamentos de segurança: alta do que as baterias, sendo relativa-
O Mirai possui dois tanques de hidro- vidade, o T-Connect Data Communication • Sistema de Pré-Colisão (com radar mente fácil de armazenar e transportar e,
gênio com autonomia para rodar 650 km Module (DCM), para monitorar os níveis de ondas milimétricas) ajuda a evitar co- portanto, uma potencial fonte de geração
sem necessidade de reabastecimento. de abastecimento e a rede de postos de hi- lisões ou a reduzir suas consequências de energia.
drogênio. Por exemplo, um aplicativo es- através de alertas e controle de frenagem, A tecnologia da célula combustível
Desempenho pecífico utiliza a tela do sistema de nave- caso seja detectada uma alta probabilidade poderá ajudar a transformar em realidade
A alta aceleração da célula combustí- gação para mostrar informações e estado de colisão. uma sociedade com base no hidrogênio,
vel da Toyota, combinado a um controle operacional corrente das três estações de • Um Alerta de Desvio da Faixa de Ro- contribuindo, portanto, para acelerar a di-
de energia da bateria, acionam o motor abastecimento de hidrogênio mais próxi- lamento utiliza uma câmera para detectar versificação das fontes de energia limpa.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 43


ESTACIONAMENTO ESPECIALIZADO

São Paulo ganha o maior complexo de carros antigos

O
maior e melhor complexo de
clássicos do Brasil é a propos-
ta da Box 54, que inaugurou no
meio de novembro, no km 54
da rodovia Castelo Branco, na cidade
de Araçariguama, interior do Estado
de São Paulo, uma área com 15 mil
m2 para abrigar carros antigos. O es-
tacionamento, dividido em 3 galpões
construídos com tecnologia de ponta,
tem capacidade inicial para abrigar 400
veículos, entre carros, motos, caminho-
netes e até tratores antigos.
A Box 54 propõe ser um lugar para
cuidar e guardar com segurança veí-
culos antigos e especiais. Além de ser
uma marina de carros, a empresa irá
manter os carros sempre limpos e em
condições de rodar. Veículos antigos cionamento para carros e motos inclui o adicionais e relacionados a esse univer- veículos antigos. O problema começou
requerem um zelo maior: como pas- acompanhamento completo do veículo, so: embelezamento (polimento de pin- quando já não havia mais espaço na
sam muito tempo parados, a bateria serviço “ready to go”, com carro fun- tura e cromados, aplicação de cera, hi- garagem de casa. Chegou a comprar
perde a carga, os pneus descalibram e cionando, limpeza, pneus cheios e ma- gienização e limpeza de motor); aluguel uma chácara em Itapecerica da Serra,
dificilmente o motor pega na primeira nutenção de fluidos. Além disso, será do espaço para eventos e carros antigos interior de São Paulo, para guardar sua
tentativa. O aluguel das vagas de esta- disponibilizada uma série de serviços para feiras, exposições, filmes, novelas coleção, até que o próprio espaço ficou
e campanhas publicitárias; serviços de apertado e precisou estacionar os car-
compra e venda de automóveis antigos ros em volta da piscina. Para abrigar a
e especiais e transporte de pessoas e ve- coleção, chegou a guardar os carros em
ículos (serviço que leva e traz veículos praças, apartamentos de parentes e ami-
antigos para eventos e passeios no sis- gos e em mais de 3 estacionamentos es-
tema de prancha, com toda a segurança palhados pela cidade. Tudo sempre com
para não danificar o carro),entre outros grandes transtornos, como carros que
benefícios . voltavam riscados, ficavam à mercê de
O estacionamento já conta com um manobristas ou que eram guardados em
acervo de 200 preciosidades. Dentre galpões abertos. Depois de tantas aven-
as raridades, estão um Ford T de 1911; turas, resolveu transformar o hobby em
um Buick verde, de 1923, com inova- negócio. Um dos diferenciais da Box
ções tecnológicas surpreendentes para 54 é contar com 3 galpões próprios para
a época, como, por exemplo, comando carros antigos. Os galpões são cobertos
de válvulas superiores (o que, em outras com estruturas em aço galvanizado de
marcas, aconteceu apenas no final dos alta resistência e material 100% reci-
anos 40); um Dodge, de 1942, usado clável da Systemac, empresa pioneira
como ambulância da Segunda Guerra neste segmento. As estruturas permitem
Mundial; uma jardineira Ford, de 1929, a refrigeração do estacionamento e im-
uma das precursoras do transporte co- pedem qualquer tipo de dano externo
letivo sobre rodas; um Jaguar Mark V, aos veículos.
de 1951, conversível; um inglês Ford “A ideia é oferecer um porto-seguro
Prefect E93A, uma série rara de 1948, para os proprietários que não encon-
o primeiro da marca produzido fora dos tram, em estacionamentos comuns, um
EUA e luxuosas limousines da Ford, local ideal para deixar seus veículos.
Rolls Royce e Cadillac, como a icônica Frequentemente, o carro volta com al-
Limousine Cadillac Verde 1950, ideal gum problema. A ideia é atender a essa
para casamentos. demanda e também comprar e vender
A empresa surgiu de uma experiên- veículos antigos, transformar a empresa
cia pessoal de seu fundador, o empresá- num ponto de encontro de coleciona-
rio Marcos Cardoso, um aficionado por dores e empresários desse segmento”,
carros antigos. Há 48 anos ele coleciona explica Cardoso.
44 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014
Fernando Calmon
fernando@calmon.jor.br | www.twitter.com/fernandocalmon

PACIÊNCIA RECOMPENSADA

A
concessionária do futu- no estande da empresa. Já seu carro em casa ou no es- entrega.
ro está mais próxima do em abril a primeira conces- critório já vai encontrar tudo
que se imagina. Duran- sionária foi inaugurada em disponível e recuperar seus No entanto, há distinções
te um século o ato de Barcelona, Espanha, de um arquivos por senha. Se pre- entre compradores europeus
vender um carro pouco evo- total de 40 previstas naquele ferir, 50 poderosos aplicati- e brasileiros. Aqueles se im-
luiu: salão de venda espaço- país. Objetivo é facilitar ao vos ajudarão nessa tarefa por portam menos com a demo-
so, vários veículos expostos máximo a vida dos clientes meio de equipamentos robus- ra no processo de configurar
e uma equipe de vendedores depois de pesquisas aponta- tos. Um deles utiliza geoloca- e só depois produzir o carro.
solícitos com calhamaços de rem que 80% deles chegam lização e basta se aproximar Tanto que há menor exigên-
catálogos, folhetos e tabelas hoje às concessionárias com do carro exposto para o ta- cia de imobilizar capital em
de preços. ideia exata do que desejam blete mostrar alternativas de estoques. No Brasil, como
comprar e da configuração do rodas, interiores, materiais e nos EUA, os clientes são
No final de 2013 a Audi modelo escolhido. cores disponíveis. Uma tela imediatistas. Não apreciam
inaugurou em Londres a pri- de parede de 50 pol facilita prazos industriais obrigato-
meira de uma rede de lojas Interessante o fato de não a demonstração por imagens riamente longos pela comple-
onde a informática passou a exigir custosas reformas nas e vídeos de várias caracte- xidade de opções e, por fim,
ter mais importância e espaço lojas. Nada de quebrar pa- rísticas dos automóveis mo- acabam por pagar mais pela
do que veículos em exposição. redes ou erguer biombos. O dernos como estacionamento necessidade de estoques ele-
Essa tendência, em princípio leiaute parece bastante com automático, controle ativo de vados para atender diferentes
atraente para marcas premium, a Apple Store: uma grande cruzeiro ou sistemas de info- desejos dos clientes.
é chamada de varejo misto, en- mesa central com vários ta- tretenimento e conectividade.
tre instalações convencionais e bletes e telas táteis ou con- Esse cenário tende a se al-
de recursos on line (clicks and vencionais espalhadas por Graças a esse suporte po- terar. Na Europa, por razões
bricks, em inglês). Havia a ex- ambientes em que estão al- de-se repassar uma massa de culturais, se avança com mais
pectativa de que marcas gene- guns modelos expostos. Não informações de forma sim- rapidez na informatização do
ralistas ainda demorassem um há estantes de leitura de im- ples e rápida. O cliente tem processo comercial. Tudo in-
pouco a aderir. pressos, nem escaninhos, mas menos a ouvir do vendedor dica que aqui os hábitos po-
uns folhetos aqui ou ali ainda e, por outro lado, está pronto dem mudar e se caminhe para
Mas no Salão do Automó- existem para quem gosta ou e deseja interagir com obje- a convergência de soluções.
vel de Genebra, em março úl- deseja levar. tividade. Resta maior tempo Em especial se houver van-
timo, o conceito semelhante para tratativas finais de pre- tagem financeira para quem
Ford Store foi apresentado O cliente que configurou ço, financiamento e prazo de tem paciência de esperar.
CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2014 45
Hermínio Duarte Belo Horizonte / MG (31) 3378.8795
www.militecminas.com.br

Óleo de Caixa - Manual e Automática


Tabela de aplicação
Agile 1.4 Motor EconoFlex Fusion 2.5 e 3.0
Transmissão Manual - Capacidade: 1.6 litros.......... Óleo SAE-75w85 Mineral (cor Transmissão Automática - Capacidade: 8,5 litros..........Óleo Mercon LV-ATF ou Dexron
avermelhada) VI

Camaro 6.2 V8 New Fiesta 1.6 Motor Sigma


Transmissão Automática - Capacidade: 6,3 litros..........Óleo Dexron VI Transmissão Manual - Capacidade: 2,1 litros.........Óleo SAE-75w85 Sintético

Captiva 2.4 Motor EcoTec Ranger 2.2 – 2.5 – 3.2 Motores Duratec e Duratorq Diesel
Transmissão Automática - Capacidade: 5,0 litros..........Óleo Dexron VI Transmissão Manual de 5 velocidades.......Capacidade: 1,7 litros......Óleo Sae-75w90
Sintético
Captiva 3.0 Motor EcoTec Transmissão Manual de 6 velocidades.......Capacidade: 2,6 litros......Óleo GL-4 WSS-
Transmissão Automática - Capacidade: 7,8 Litros.........Óleo Dexron VI -M2C200-D2 Ford
Transmissão Autom. De 6 velocidades.......Capacidade: 10,5 litros......Óleo WSS-
Celta 1.0 – Corsa 1.0 e 1.4 – Cobalt 1.4 – Prisma 1.0 e 1.4 – Onix 1.0 e 1.4 Econo- -M2C938A-ATF ou Dexron VI
Flex - VHCE
Transmissão Manual - Capacidade: 1,6 litros..........Óleo SAE-75w85 mineral (cor aver- Ranger 3.0 Power Stroke Diesel
melhada) Transmissão Manual - Capacidade: 3,0 litros......... Óleo 7045E WSA-M2C195-A Ford

Cruze 1.8 Motor EcoTec 6 Ranger 2.3 Gasolina


Transmissão Manual - Capacidade: 1,9 litros..........Óleo SAE 75w85 mineral (cor aver- Transmissão Manual - Capacidade: 2,65 litros....... Óleo 7045A WSA-M2C195-A Ford
melhada)
EDGE 3.5 V6 Motor Duratec
Cruze 1.8 Motor EcoTec 6 Transmissão Automática - Capacidade: 10,5 litros........Óleo Mercon LV-ATF ou Dexron
Transmissão Automática - Capacidade: 8,5 litros..........Óleo Dexron VI VI

S.10 2.4 FlexPower FIAT


Transmissão Manual - Capacidade: 3,0 litros..........Óleo Dexron III ou Dexron VI
Bravo 1.4 16v T-Jet
S.10 2.8 Motor Duramax-Diesel Transmissão Manual - Capacidade: 2,0 litros.........Óleo SAE-75w80 Base Sintética
Transmissão Manual - Capacidade: 3,0 litros..........Óleo Dexron III ou Dexron VI
Bravo, Doblò, Palio, Strada, Idea, Línea, Gran Siena, Punto (Todos com Motor
S.10 2.8 Motor Duramax-Diesel Etorq 1.6 ou 1.8 16v)
Transmissão Automática - Capacidade: 7,5 litros..........Óleo Dexron VI Transmissão Manual - Capacidade: 2,0 litros........Óleo SAE-75w80 Base Sintética
Transmissão Automática - Capacidade: 7,2 litros........Óleo Tutela Transmission
Sonic 1.6 Motor EcoTec Flex
Transmissão Manual - Capacidade: 1,8 litros..........Óleo SAE-75w90 Sintético Uno, Palio, Strada, Fiorino, Doblò, Siena, Linea, Punto (Todos com Motor Fire 1.0
ou 1.4)
Sonic 1.6 Motor EcoTec Flex Transmissão Manual - Capacidade: 2,0 litros.........Óleo SAE-W 80 Mineral
Transmissão Automática - Capacidade: 7,5 litros..........Óleo Dexron VI
Fiat 500 Cinquencento ( Motor 1.4 8v e 1.4 16v)
Spin 1.8 EconoFlex Transmissão Manual - Capacidade: 2,0 litros......... Óleo SAE-W 80 Mineral
Transmissão Manual - Capacidade: 1,6 litros..........Óleo SAE-75w90 Sintético
Nota: Algumas montadoras de veículos, não aconselham mais a troca do óleo em caixas
Trailblazer 3.6 V6 VVT manuais.
Transmissão Manual - Capacidade: 2,3 litros..........Óleo SAE-75w90 Sintético As caixas automáticas devem obedecer a troca de 40.000 a 60.000 km, dependen-
do do fabricante.
Trailblazer 3.6 V6 VVT
Transmissão Automática - Capacidade: 10,6 litros........Óleo Dexron VI

FORD
À todos que participam deste jornal, direta ou indiretamente,
Fiesta – Ka – Focus – EcoSport - 1.0 e 1.6 (Motores Zetec-Rocam)
Transmissão Manual - Capacidade: 2,3 litros..........Óleo SAE-75w90 Sintético aos leitores amigos e colaboradores, à todos os profissionais
que buscam informações e novas tecnologias, desejo de coração, que o Natal
Focus 2.0 Motor Duratec seja de muito amor, de muita paz e união e que,
Transmissão Automática - Capacidade: 6,7 litros..........Óleo Mercon LV WSS ou De- tenhamos no próximo ano, muitas realizações. Um forte abraço a todos.
xron VI

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