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Introdução Para falarmos sobre o que é o Direito precisamos primeiramente perceber a nossa

essência como seres humanos. O Ser Humano é um Ser Social, e para satisfazer as suas
necessidades materiais e espirituais o Homem precisa do Outro, da associação com outros
homens. A privação desta associação leva a desiquilibrios tanto a nivel do corpo como da «
Alma ».

A necessidade política, ou seja, de um governo. A Vida em sociedade trouxe ao homem a


possibilidade de satisfazer as suas necessidades de bens, de serviços, de solidariedade entre si.
A noção de um Bem maior advinda da individualidade precisaria ser regulada, controlada de
alguma forma, para evitar possíveis conflitos de interesses, pelo que seriam necessárias regras
que definissem de uma forma clara e inequívoca a contribuição que cada um pode dar em
benefício de uma Vida em Sociedade. Desta forma, é inerente a uma Vida em Sociedade a
existência de Normas que definam como cada Homem se deve comportar com os demais, que
estabeleçam limites às liberdades individuais para que a vivência em comum seja assim
possível. Antigamente e de acordo com a teoria Teológica, o Direito estava associado à
vontade de Deus, chamado de Direito natural, em que os homens deviam obediência.
Correspondia a um ideal de Justiça superior, independente do Direito Positivo cujas normas se
originam no Estado, ou seja, elaborado pelo Homem. O Direito Natural era associado à
Natureza, ou à vontade de Deus, ou à racionalidade dos seres humanos. Pressupunha o
correcto, justo e universal, não necessitavam de leis escritas. De acordo com Santo Agostinho,
Deus tinha um plano para os homens, e as suas leis eram de três tipos : Lei Eterna – De acordo
com o Principio do Código de Deus. Lei Natural – Significava a adequação à Lei de Deus. Lei
Humana – Correspondia à Lei dos Homens. Introdução ao Estudo do Direito São Tomás de
Aquino veio acrescentar às três leis anteriores mais uma Lei : Lei Divina – A Lei que Deus ditou.
Acrescentou que o Homem é livre de fazer o que quiser, ou seja, tem o livre-arbítrio. Com o
Renascimento, o Homem tornou-se o Centro do Mundo, é um optimista, tem tudo pela frente.
Deus não existe, existe sim um Racionalismo Ateu baseado na Lei Natural racional. E o que era
racional ? « Faz o Bem e não o Mal ». Qual a razão do Bem ? É a razão do Estado, segundo
Maquiavel. Com o surgimento do Direito Positivo, através do Estado, surgem normas jurídicas
com uma formulação, com Estrutura e natureza culturalmente construídas. De acordo com
Aristóteles, o Homem é um « Animal Social », não vive de forma isolada, mas sim em
convivência com outros homens, e portanto estabelecer-se regras de conduta é uma forma de
garantir a segurança entre os homens e tornar previsível as suas acções, e isto, é uma
segurança para a sociedade, a previsibilidade. Contudo, a existência de Normas não garante a
sua execução, e por isso se criaram meios a que nos permitem recorrer por forma a ver
cumpridas as normas em causa, e ver tutelados os seus Direitos e interesses, através dos
Tribunais, Forças policiais, ou militares. Quando falamos de Normas de Conduta, estas podem
ser várias, como as Morais, as Religiosas, as convencionadas socialmente, as de Clubes,
Associações, ou até entre criminosos. Aqui o que procuramos indicar e esclarecer são as
Normas Jurídicas que regulam as sociedades modernas. As Normas Jurídicas distinguem-se das
outras Normas pelo seu carácter coercivo, por exemplo, se alguém não paga as suas dívidas a
outrem, pode ver os seus bens penhorados, assim como se alguém mata outro é punido com
pena de prisão. Assim as Normas Jurídicas asseguram a protecção do Direito, pela sua coação
exercida sobre os homens. Podemos concluir que dentro de um grupo social organizado
podemos encontrar uma Ordem, Regras e Sanções em caso de violação, definindo assim três
tipos de Poder : o Poder Normativo (Regras), O Poder Decisório (Quem decide), e o Poder
Sancionário (A punição). É certo que muito do que fazemos na nossa sociedade não se rege
por leis escritas, seguindo consoante as circunstâncias uma ordem religiosa, ou de cortesia, ou
até mesmo moral, devido à educação que nos passaram e nos condiciona no meio onde
estamos inseridos. Estas não se referem a Ordens Jurídicas, mas sim a outras, que importa
distinguir : Ordem Religiosa. Ordem Social. Ordem de Trato Social. Ordem Moral. Introdução
ao Estudo do Direito Ordem Religiosa Antigamente, a religião tinha imenso poder sobre o povo
e sobretudo sobre o poder político. Aqui o Direito e a religião eram como que a mesma coisa,
não se distinguiam. Só mais tarde, com a separação do poder politico e a Religião, é que se
tornou mais clara as duas dimensões, sendo que a religião estaria ligada ao Divino, e o Direito
aos Homens, algo terreno. É claro que apesar desta separação, não podemos renunciar à
influência que ambas tem sobre uma e outra. Por exemplo, quando uma pessoa se casa,
obrigatoriamente precisam que esse « contrato » seja registado, numa instituição chamada de
Registo Civil. Este tipo de Instituição remonta à Idade Média, tendo surgido por acção da Igreja
católica, para criar um registo dos fiéis, do estado civil das pessoas, baptismo e matrimónio,
sob a forma de assentos paroquiais. Na verdade, este registo não englobava todo o povo, mas
sim uma elite de pessoas consideradas importantes na sociedade. Só mais tarde, e segundo a
óptica do Estado, em que o registo de todas as pessoas possibilitaria ao Estado exercer um
domínio sobre a educação nacional, sobre o Serviço Militar obrigatório, a Segurança nacional,
para a sua organização interna e externa, e para a aplicação de impostos. Foi com a
Implementação da República em 1910 que o Estado decidiu romper a excessiva intervenção da
Igreja na vida pública. Este é um quadro representativo deste rompimento em 1910.
Introdução ao Estudo do Direito.

As normas religiosas não podem sancionar juridicamente, mas partilham de ordem jurídica,
como é o caso dos mandamentos « Não matarás », « Não roubarás », não se podendo impôr
ao Estado. Ordem de Trato Social Estas referem-se às regras de Boa Educação, de cortesia, de
etiqueta, às tradições, àsboas maneiras e urbanidade, às formas de vestir, às normas
deontológicas de cada profissão, que variam consoante a sociedade onde se insere a pessoa.
Destinam-se a uma convivência agradável entre as pessoas. De certa forma, podem influenciar
o Direito. ARTIGO 3º 1 – Os usos que não forem contrários aos princípios da boa fé são
juridicamente atendíveis quando a lei o determine. (Código Civil, Livro I, Parte Geral, Título I
das Leis, sua interpretação e aplicação, Capítulo I, Fontes do direito) ARTIGO 487.º 1. É ao
lesado que incumbe provar a culpa do autor da lesão, salvo havendo presunção legal de culpa.
2. A culpa é apreciada, na falta de outro critério legal, pela diligência de um bom pai de família,
em face das circunstâncias de cada caso. Ordem Social Ao longo da história várias foram as
doutrinas que justificaram a origem do Estado. Autores como Aristóteles, Cícero, S. Tomás de
Aquino acreditavam na origem natural da sociedade, na tendência do homem conviver de
forma natural com os demais, por forma a satisfazer as suas necessidades e obter a sua
realização. Esta é uma concepção naturalista da sociedade. Entre os séculos XVII e XIX surgem
as ideias de uma concepção contratualista da sociedade em que se destacaram os seguintes
autores : Thomas Hobbes surge como um defensor do homem que tem como sua natureza o
animal, sem justiça, vivendo de guerras entre si, em constante necessidade de auto-
sobrevivência, mas que devido à sua racionalidade passa por um processo de estado de
sociedade. John Locke não nega o estado natureza do homem, mas considera-o apenas como
um gerador de incertezas. Jean Jackes Rousseau não defende o mesmo, alegando que o
Homem nasce com bondade natural, e que o estado de sociedade serve para impor regras
capazes da sua protecção e para defesa da sua propriedade, regulando assim a vida em
sociedade. Segundo estes autores a origem da sociedade baseia-se no contrato social.Não se
trata de uma concepção naturalista da vida em sociedade, mas sim de uma vivência baseada
num acordo de vontades entre homens. As suas teorias apontam para uma vida solitária e
errante do homem antes da vida em sociedade, uma vez Introdução ao Estudo do Direito 7

8. que não havia leis, não havia autoridade, pelo que a passagem a um contrato social só iria
beneficiar o bem comum, sob a forma de Estado. Ordem Moral Tanto o Direito como a Moral
servem-se de normas de conduta com sanções, mas ambos são independentes. Enquanto o
direito regula a actividade e convivência dos homens em sociedade, sanciona materialmente
ou fisicamente quem viola as regras, a moral reflecte-se nos comportamentos de cada um,
baseado no seu interior, ou seja, nas suas crenças, numa consciencialização que influencia e
molda o comportamento do Homem em função daquilo que considera ser o Bem ou o Mal, e
as suas sanções são do foro psicológico. Ordem Jurídica São constituídas pelas normas mais
importantes da vida em sociedade, representadas pela figura do Estado. Pertencem aos
objectivos do Estado a manutenção da paz social, da justiça e da segurança. Sanciona quem
não cumpre as regras de conduta social, obrigatórias para todos os membros dessa sociedade,
e é nesta Ordem que o Direito surge imperativamente para defender o ideal do Estado. São
várias as tarefas do Estado, conforme Artigo 9º da constituição da República Portuguesa. O
que têm em comum todas estas Ordens na sociedade ? O facto de serem gerais, abstractas e
obrigatórias.E o que as diferencia da Ordem Jurídica ? a Coercibilidade da Ordem Jurídica, no
caso do não cumprimento voluntário das suas normas. Conceito de Direito Então como
podemos definir o que é o Direito ? De acordo com Kant, “Direito é o conjunto de condições
pelas quais o arbítrio de um pode conciliar-se com o arbítrio do outro, segundo uma lei geral
de liberdade”. O Direito surge assim como « Osistema de regras de conduta social, obrigatórias
para todos os membros de uma certa comunidade, a fim de garantir no seu seio a Justiça, a
segurança, os direitos humanos, sob ameaça de sanções estabelecidas para quem violar tais
regras » (Amaral, 2004). É um Sistema de Normas orientado a um fim, ao princípio da
plenitude da ordem jurídica que garante que os cidadãos reconhecem um sistema unificador,
coerente, devendo ser interpretado com critérios lógicos, técnicos, e com harmonia.
Pertendem aos objectivos do Direitoos seguintes valores fundamentais : Jústiça – Propondo o
Estado uma ordem de convivência justa, equilibrada. Tal como referiu Aristóteles, a Justiça « é
uma ideia de proporção, de equilíbrio e de hábito, é uma tendência de comportamento
permanente, de dar a cada um o que é seu, não no sentido subjectivo, mas sim dentro de uma
realidade objectiva, ou seja, do indivíduo dentro da sociedade». Introdução ao Estudo do
Direito 8

9. Equidade – Ao promover a Justiça tem em conta as desigualdades sociais, pelo que


demanda um tratamento diferenciado a situações que sejam desiguais, dentro o que é
legalmente aceitável. Segurança – Para que os cidadão sintam confiança no Estado, as suas
normas jurídicas não podem ser alteradas sempre que lhes apeteça, sendo que essas normas
são orientadoras em termos de conduta de cada indivíduo, e funcionam pelo princípio da
irrectroactividade, ou seja, as leis dispõem para o futuro e não para o passado. Certeza Jurídica
– Para que os cidadãos possam ter um conhecimento claro e orientador da sua conduta, é-lhes
facultada a publicação das normas jurídicas, de uma forma clara, rigorosa e objectiva. O Direito
pode ser Objectivo assim como Subjectivo, ou seja : Direito Objetivo – É o conjunto de normas
jurídicas, gerais e abstractas, num determinado momento e lugar, que regem as relações
humanas e são impostas de forma coerciva a todos os cidadãos. Funciona como uma norma de
agir. Ex : Código Penal. Direito Subjetivo – É o que resulta, para um indivíduo concreto, da
aplicação do direito subjetivo, faculdade esta que as normas de direito objectivo atribuem por
forma a salvaguardar os interesses do particular, ou seja, o indivíduo pode invocar a lei na
defesa dos seus interesses. Funciona como um poder agir. Ex : Direito à Vida, ao bom nome, à
privacidade, ao matrimónio, etc Para exemplificar o Direito Subjectivo, segue o artigo
publicado : Artigo 1305.º - Conteúdo do direito de propriedade « O proprietário goza de modo
pleno e exclusivo dos direitos de uso, fruição e disposição das coisas que lhe pertencem,
dentro dos limites da lei e com observância das restrições por ela impostas ». Esta norma
jurídica é um direito objectivo e concede ao proprietário os direitos de poder usar, fruir e
dispor das coisas que lhe pertencem, direitos estes subjectivos. Podemos dizer desta forma,
que o direito objectivo prevê o direito subjectivo. O Direito Objectivo divide-se em dois tipos :
o Direito Público e o Direito Privado. Direito Público – É o direito legislado, ou seja, o conjunto
de normas jurídicas que regulam as condutas dos Homens. É o direito visto na perspectiva da
ordem jurídica. Direito Privado – Consiste no poder ou faculdade atribuído pelo direito a uma
pessoa de livremente exigir de outrem um comportamento positivo (acção) ou negativo
(omissão). É o direito visto na perspectiva do sujeito. Ex : Direito Civil. As Normas Jurídicas
podem ser estruturadas da seguinte forma : 1. Previsão – A Norma Jurídica prevê casos
hipotéticos da vida em sociedade. 2. Estatuição – A Norma Jurídica impõe uma determinada
conduta quando os casos acontecem. 3. Sanção – A Norma Jurídica de forma coerciva impões
o cumprimento das regras. Introdução ao Estudo do Direito 9

10. Coercibilidade do Direito O Direito é coercivo e usa as funções de soberania do Estado para
garantir essa coercibilidade, tais como : Defesa Nacional Polícia Segurança Justiça dos
Tribunais Representação Externa Capacidade de impressão da moeda Ou seja, o poder da
Força coersiva está repartido, seguindo de acordo com o Princípio da Ecuidade, característica
do Direito. Conceito de Norma Jurídica Referido anteriormente que a Ordem Jurídica
manifesta-se através de Normas Jurídicas, ou seja, « regras de conduta social gerais, abstractas
e imperativas, adoptadas e impostas de forma coercitiva pelo Estado, através de orgãos ou
autoridades competentes. » (Varela, 2011) A Norma Jurídica surge assim como a expressão do
Direito, e reunem determinadas características. Características da Norma Jurídica : 1)
Bilateralidade – Contém sempre dois lados, o lado do titular do direito e o sujeito do dever. 2)
Sistemática – É organizada de forma sistemática, tendo em conta princípios, normas, regras
jurídicas, critérios para a sua interpretação e assegurando a sua execução através de recursos
próprios. 3) Imperatividade – Exprime uma ordem, seja para proibir, seja para permitir. A
ordem Jurídica é objectiva e assume um carácter obrigatório para todos os cidadãos. 4)
Violabilidade – Sendo dirigida a pessoas livres, condiciona as suas escolhas, decisões e
comportamentos, ou seja, pode ser violada. 5) Generalidade–Perante a Lei os cidadãos são
todos iguais, e por isso as normas jurídicas se aplicam a todas as pessoas. 6) Abstracção –
Traduz-se em regras de conduta para uma generalidade de situações hipotéticas e não
resumido a um indivíduo ou facto concreto na vida social. 7) Coercibilidade – As normas
jurídicas podem recorrer ao emprego de meios coercivos, ou até a força pelos orgãos
competentes designados para esse efeito, em caso do não cumprimento voluntário. Mas onde
vamos buscar essas normas jurídicas ? Se perguntássemos a qualquer pessoa comum, aonde
iriamos buscar as normas jurídicas, a resposta seria « na Lei ». É certo. Mas e se a Lei for «
matar quem não seja de uma determinada religião », é esta uma regra Introdução ao Estudo
do Direito 10

11. de Direito? Não. Porque a Lei para ser de Direito deve ser justa, deve ser fundamentada
por princípios fundamentais de Direito, a que associamos as ideias de Jústiça e de Direito.
Atenção que aquilo que é hoje um Princípio Justo, pode amanhã já não o ser. Sabemos então
que, as normas jurídicas são normas de Direito ideais à convivência na sociedade. As normas
tem de se fundamentar em Princípios Normativos, que constituem os valores certos e errados
em dado momento. As Normas jurídicas formam-se a partir defontes Directas (Imediatas)
eIndirectas (Mediatas), as directas são as que criam normas jurídicas, e as indirectas
contribuem para a sua formação. Ramos do Direito Devido à complexidade dos problemas e
necessidades dos cidadãos, o Direito precisou especializar-se de forma a garantir uma maior
eficácia na resolução dos problemas e fenómenos da vida em sociedade, há medida que
fossem surgindo. Criaram-se domínios diferentes na regulação do Direito, apresentando-se
como Ramos específicos. O Direito pode ser distinguido em vários âmbitos : Direito
Internacional – Referem-se às normas aplicadas entre Países. Direito Nacional – Refere-se ao
que existe dentro das fronteiras de um País. O Direito Nacional pode ser : Público – Refere-se
aos interesses da colectividade.O Estado exerce o seu poder de autoridade ou poder soberano.
Privado – Incide-se nas relações entre os indivíduos, e desde que não vá contra o previsto na
Lei Por exemplo : A Lei estipulou que o salário mínimo nacional para 2012 fosse na quantia de
485 €. Uma empresa contrata alguns trabalhadores e decide que um trabalhador não casado e
sem filhos deve ganhar 2/3 do salário mínimo, em detrimento do trabalhador com agregado
familiar. É válido ? Não. Porque uma vez que se trata de uma ordem de direito público, esta
protege o trabalhador, e assim sendo, a empresa é obrigada a pagar de acordo com a lei.
Fontes do Direito O Código Civil estabelece assim as Fontes do Direito : CAPÍTULO I - Fontes do
direito ARTIGO 1º (Fontes imediatas) 1. São fontes imediatas do direito as leis e as normas
corporativas. 2. Consideram-se leis todas as disposições genéricas provindas dos órgãos
estaduais competentes; são normas Introdução ao Estudo do Direito 11

12. corporativas as regras ditadas pelos organismos representativos das diferentes categorias
morais, culturais, económicas ou profissionais, no domínio das suas atribuições, bem como os
respectivos estatutos e regulamentos internos. 3. As normas corporativas não podem
contrariar as disposições legais de carácter imperativo. ARTIGO 2º - Revogado pelo Dec.-Lei
329-A/95, de 12-12 (Assentos) Nos casos declarados na lei, podem os tribunais fixar, por meio
de assentos, doutrina com força obrigatória geral. ARTIGO 3º (Valor jurídico dos usos) 1. Os
usos que não forem contrários aos princípios da boa fé são juridicamente atendíveis quando a
lei o determine. 2. As normas corporativas prevalecem sobre os usos. ARTIGO 4º (Valor da
equidade) Os tribunais só podem resolver segundo a equidade: a) Quando haja disposição
legal que o permita; b) Quando haja acordo das partes e a relação jurídica não seja
indisponível; c) Quando as partes tenham previamente convencionado o recurso à equidade,
nos termos aplicáveis à cláusula compromissória. O Código Civil estabelece nos artigos 1.º a 4.º
disposições sobre quais as fontes do direito, considerando a Lei como única fonte imediata do
direito em contraposição às fontes mediatas, aos usos (art.º 3º) e equidade(artº4º) que só têm
relevância jurídica, quando a lei assim o determine. Contudo, nos vários artigos o termoLei
pode assumir vários sentidos: Lei em sentido amplo Referem-e às normas jurídicas emanadas
dos órgãos estatais competentes, pela Assembleia da República, pelo Governo, pela
Assembleia Legislativa Regional dos Açores e da Madeira. Lei em sentido restrito Refere-se aos
diplomas emanados pela Assembleia da República. Lei Lei- refere-se a um diploma emanado
pela Assembleia da República (Cód.Civil, artº 1º). Decreto-Lei Decreto-Lei–é o diploma
emanado pelo Governo. Lei Constitucional e a Constitucional derivada Introdução ao Estudo
do Direito 12

13. L. Constitucional - é a lei que cria a constituição. L. Constitucional derivada – é a lei que
altera a constituição. Lei Ordinária Correspondem a todos os restantes diplomas emanados
pelo poder legislativo. A Lei pode assumir várias formas, uma hierarquia, devido ao facto de
que nem todas as normas têm o mesmo valor jurídico. As normas de hierarquia superior
prevalecem sobre as inferiores, caso contrário, poderão ser consideradas inconstitucionais
relativamente à Constituição da República Portuguesa ou outra lei. Assim sendo, as leis
especiais tem prioridade sobre as leis gerais. A hierarquia das leis tem a seguinte configuração
em forma de pirâmide: Hierarquia das Leis: >>>Constituição da República Portuguesa.
>>>Direito Internacional geral e convencional. >>>Lei : >>Leis da Assembleia da República.
>>Decretos-Lei do Governo. >>>Regulamentos do Governo : >>Decretos Legislativos Regionais
– são de órgãos com poder normativo sectorial, como é o caso das Assembleias Legislativas
Regionais dos Açores e Madeira. >>Decretos Regulamentares - são diplomas emanados pelo
Governo e promulgados pelo Presidente da República. >>Resoluções do Conselho de Ministros
- provêm do Conselho de Ministros e não têm de ser promulgados pelo PR. >>Portarias - são
ordens do Governo, dadas por um ou mais ministros e que também não têm de ser
promulgadas pelo PR. >>Despachos Normativos - são diplomas que têm apenas como
destinatários os subordinados do ministro (s) signatário (s) e valem unicamente nesse (s)
ministério (s). >>Posturas - são regulamentos autónomos locais, provindos dos corpos
administrativos competentes. A Constituição da República Portuguesa data de 1976 e é o
orgão com maior poder do Estado. Os princípios fundamentais são aqueles que fazem parte da
consciência jurídica da sociedade portuguesa, existindo como valores, em regra aceites por
todos e em definidos em consenso. Tem como princípios fundamentais : Introdução ao Estudo
do Direito 13

14. Direitos e Deveres fundamentais – Estão previstos na CRP como o direito à vida, à
integridade pessoal, à identidade pessoal e ao desenvolvimento da personalidade, à cidadania,
ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e
familiar, à protecção contra a discriminação, à liberdade e segurança, à inviolabilidade do
domicílio e da correspondência, à liberdade de expressão e de informação, à liberdade de
consciência, de religião e de culto, à liberdade de criação cultural, de aprender e de ensinar, à
deslocação e emigração, à reunião e manifestação, associação e acesso à função pública.
Descrevem-se abaixo os artigos conforme CRP : TÍTULO II Direitos, liberdades e garantias
CAPÍTULO I Direitos, liberdades e garantias pessoais Artigo 24.º (Direito à vida) 1. A vida
humana é inviolável. 2. Em caso algum haverá pena de morte. Artigo 25.º (Direito à
integridade pessoal) 1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável. 2. Ninguém pode
ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos. Artigo 26.º
(Outros direitos pessoais) 1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao
desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação,
à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal
contra quaisquer formas de discriminação. 2. A lei estabelecerá garantias efectivas contra a
obtenção e utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de informações relativas às
pessoas e famílias. 3. A lei garantirá a dignidade pessoal e a identidade genética do ser
humano, nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na
experimentação científica. 4. A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só
podem efectuar-se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento

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