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Fato juridico, ato juridico, classificação contratos, negócio unilateral, gestão de negocios
Sitografia
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1. Fato jurídico lato sensu (sentido amplo), ou apenas fato jurídico, é todo
acontecimento, natural ou humano, que gera efeitos jurídicos. Encontram-se três
ramificações para ele: fato jurídico stricto sensu (sentido estrito; pertinente às causas
naturais); ato jurídico (à ação humana); e ato-fato jurídico (conta com uma ação
humana involuntária).
1.1. Ato jurídico é quando os efeitos judiciais são provocados por ação humana e é
composto por atos jurídicos stricto sensu e negócios jurídicos.
1.1.1. O ato jurídico stricto sensu, ou de senso estrito, é toda ação humana,
voluntária e consciente que acarreta consequências jurídicas pré-
determinadas por lei. O efeito jurídico, pois, é automático e inevitável, não
podendo o indivíduo evadir-se dele. Por exemplo: se um pai reconhece
legalmente um filho, ele não pode excluir as consequências legais de tal ato,
1.1.1.1. Já o negócio jurídico gera efeitos jurídicos mediante negociação
entre as partes. Tais efeitos são organizados no ato da negociação e
dispostos, de maneira objetiva, presumindo-se sempre a boa fé dos
envolvidos, em um documento com valor legal. Assim, o negócio
jurídico evidencia a liberdade negocial, ou autonomia privada, dos
indivíduos, como se vê na assinatura de acordos, contratos ou
testamentos. Seus elementos essenciais são existência (deve haver
vontade manifesta das partes O conceito de negócio jurídico relaciona-
se com o princípio da autonomia privada, segundo o qual, cada
indivíduo tem a faculdade de estabelecer relações jurídicas com os
demais, de acordo com a sua vontade, na medida dos interesses das
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partes envolvidas. É, portanto, o instrumento jurídico capaz de
expressar a vontade de cada, nos limites de seus respetivos interesses,
gerando direitos e obrigações juridicamente exigíveis e ou exercitáveis.
1.1.1.2. Exemplos de negócios jurídicos são: contrato de compra e venda,
a doação, o testamento, contrato de locação e etc.
Negócio jurídico unilateral – É aquele que exige apenas uma manifestação de vontade
para sua constituição. Exemplo: Testamento, Promessa de Recompensa, Confissão de
Dívida.
Negócio jurídico bilateral – É aquele que exige duas manifestações de vontade para se
constituir. Exemplo: A doação é um negócio jurídico bilateral, pois exige a manifestação
de vontade do doador e do donatário para se constituir. A locação é um negócio jurídico
bilateral. Negócio Jurídico Plurilateral – É aquele que exige mais de duas manifestações
de vontade para se constituir. Exemplo: Contrato de sociedade; Contrato de consórcio.
Contrato Gratuito é aquele que gera vantagens para apenas uma das partes e
desvantagens para outra. Exemplo: Doação é um contrato gratuito. O donatário só aufere
vantagens ao passo que o doador só aufere vantagens.
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Contratos Onerosos – É aquele que gera vantagens e desvantagens para ambas as partes.
Em todos os contratos onerosos, cabe a evicção. Exemplo: Contrato de compra e venda.
Contrato Comutativo (Aplica-se os vícios redibitórios somente aos contratos
comutativos) Contratos Onerosos (Evicção – Aplica-se a todos os onerosos) Contrato
Aleatório Contrato Comutativo – É aquele em que as partes sabem exatamente no
momento da constituir o contrato qual a vantagem ou desvantagem que terão em razão
do contrato. Exemplo: Compra e Venda Simples. Contrato Aleatório – É aquele em que
as partes não sabem exatamente no momento de constituir o contrato qual a vantagem ou
desvantagem que terão em razão do contrato, pois as consequências do contrato
dependem de fato eventual, do acaso, da sorte. Exemplo: Contrato de Seguro, Jogo e
Aposta, Compra de Compra e Venda de Coisa Futura. acordo de vontade, não sendo
necessária a entrega da coisa. Exemplo: Contrato de Compra e Venda
Assim, temos duas fontes de obrigações: o fato humano (contrato, declaração unilateral
de vontade e ato ilícito) e a lei, manifestação do poder estatal que regula o comportamento
humano e a manifestação das vontades.
ATOS UNILATERAIS
Os atos unilaterais são formas de declaração unilateral de vontade que, por sua vez, é
uma das fontes obrigacionais.
Para que o ato unilateral produza efeitos é necessário que o emitente realmente tenha a
intenção de obrigar-se, ou seja, não pode em hipótese alguma haver reserva mental. A
segunda condição é que o receptor da oferta seja pessoa determinada ou determinável e
que a mensagem chegue ao seu conhecimento.
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Negócios Unilaterais – 457º cc
É que o dever de prestação e o poder de exigir, dora dos casos em que a obrigação nasce
da própria lei (como é o caso de gestão de negócios) é necessário o acordo entre o devedor
e o credor- isto é o vinculo obrigacional assente na vontade das partes – é principio do
contrato. No negocio unilateral há apenas a declaração unilateral.
Como regra o negócio unilateral não é fonte das obrigações, salvo as exceções previstas
na lei
E isto resulta do nº 2 deste artº ao estabelecer que o promitente fica obrigado mesmo em
relação às pessoas que tenham praticado o fato sem mesmo conhecer a promessa.
Tratar de assunto alheio e dizemos assunto porque embora a lei refira negócio, mas na
verdade, a atuação do gestor de negócio tanto pode ser através de negócios jurídico
(celebração de contrato de empreitada), como de ato jurídico não negocial (Ex: aceitação
de pagamento) e de ato matérias (reparação e um muro).
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de negócios é a administração oficiosa de interesses alheios. A conduta do gestor reveste-
se de espontaneidade. Se tal conduta for contra a vontade manifesta ou presumível do
dono, o gestor responderá até mesmo pelas perdas decorrentes de caso fortuito, salvo se
provar que teriam sobrevindo independentemente de sua atividade. É o disposto no art.
862.
Não há relação contratual, por faltar o prévio acordo de vontades entre o gestor e o dono
do negócio. Não há negócio jurídico, mas ato jurídico. Apenas atende-se à vontade
presumida do dono.
2º) Inexistência de proibição ou oposição por parte do dono do negócio, ante o fato da
gestão de negócios constituir, o exercício de um ato pelo gestor segundo o interesse e a
vontade real ou presumível de seu dono. Deve haver, em regra, vontade presumida do
dono do negócio – artº 465/a)
3º) Vontade do gestor de gerir negócio alheio, quer se trate de um ou de vários assuntos,
comportando-se como tal com o firme propósito de obrigar o “dominus”, não tendo,
portanto, intenção de fazer pura liberalidade. Se o negócio for de interesse do gestor e não
do dono do negócio, ter-se-á administração de negócio próprio. Pode ocorrer que os
negócios nos quais o gestor interveio não sejam inteiramente alheios, mas conexos aos
seus, de tal sorte que não possam ser geridos separadamente; haver-se-á, então, o gestor
por sócio daquele cujos interesses agenciar de envolta com os seus. Prevalecerão, desta
feita, as normas inerentes ao contrato de sociedade, e, neste caso, aquele em cujo
benefício interveio o gestor só será obrigado na razão das vantagens que lograr .Se houver
dano e nenhum proveito, o gestor suportará os encargos.
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agindo em proveito e no interesse dele, procurando fazer precisamente o que ele faria se
não estivesse ausente.
5º) Licitude e fungibilidade do objeto de negócios, pois além de ser lícito deverá ser
fungível, ou seja, deverá tratar-se de negócio suscetível de ser realizado por terceiro, uma
vez que a gestão de negócios não se coaduna com atos personalíssimos, que só podem ser
praticados pelo dono do negócio.
legal poderes de representação conferidos por lei – Ex: casos de incapacidade: artº 134
que remete para o 137º.
A gestão de negócios não há autorização- o gestor de negócio não está habilitado a atuar
nem por contrato (mandato),nem por ato unilateral (procuração) e nem por força da lei
(Ex representação legal).
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Contrato a favor de terceiro.
O terceiro não é parte. Ele está fora do contrato mesmo depois da aceitação. Após a
aceitação, o terceiro passa a ser um permanente beneficiário.
Regime da Gestão:
I. a atividade do gestor é iniciada por sua livre iniciativa dele. Uma vez iniciada, o
gestor já não é livre de interromper a intervenção iniciada. A lei não impõe ao
gestor de modo direto este dever, mas responsabiliza-o pelos danos que
resultarem da injustificada interrupção da atuação - nº 1 do artº 466º . Ex: se o
gestor tiver comprado sementes para utilizar em terreno vizinho (que está doente)
deve fazer a plantação.
II. Dever de fidelidade ao interesse e à vontade (real ou presumida) do dono do
negócio. o gestor de negócio reponde pelos danos que, por culpa sua, causar ao
dono do negócio, no exercício da gestão e a sua atuação é culposa sempre que
agir em desconformidade com o interesse ou a vontade real ou presumível do
dono do negócio . é a concretização do disposto na alínea a) do artº 465º. Em caso
de dúvida, o gestor optará pela solução que melhor sirva os interesses em causa.
III. Deve de entregar tudo o que tenha recebido em terceiros no exercício da gestão
– e) do artº 465º.
IV. Dever de informar ao dono do negócio de que assumiu a gestão para que o dono
possa agir como melhor entender (por ex: fazer cessão a gestão, converter o gestor
em mandatário
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cessa a responsabilidade do gestor e nasce o direito a ser reembolsado das despesas que
fez e de ser indemnizado do prejuízo que sofreu poe causa da gestão. Para garantia dos
seus direitos, o gestor goza do direto de retenção sobre as coisa que tenha em seu poder
para a execução da gestão (artº 754º). É preciso distinguir a aprovação da ratificação.
Somente o dono do negócio, ou seu representante legal, ou com poderes especiais, pode
ratificar a gestão. Se o dono é pessoa jurídica, a ratificação deve ser formalizada pelo
órgão que a represente.
Se o gestor tiver agido de acordo com o interesse e a vontade do dono do negócio, apesar
de a gestão não ter sido aprovada, ele tem os mesmos direitos que no caso de a gestão ter
sido aprovada.
Por ex: não se atende ao desfalque que a gestão causou no património do gestor, apenas
se atende ao valor que a gestão acrescentou ao património do outro interessado.
Qual a posição do dono do negócio em relação aos atos jurídicos praticado pelo gestor?
Se ele tiver realizado qualquer ato jurídico no exercício da gestão (Ex: contrato de
trabalho, de locação) como se repercutem na esfera jurídica do interessado?
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Se o gestor agiu em nome de outrem – tratasse de uma gestão representativa. E neste
caso aplica-se o regime da representação sem poderes - 471º e 268º: o gestor de
negócios concede um para a ratificação do negócio:
O negócio será eficaz se for ratificado pela pessoa em cujo nome foi celebrado
Se dentro do prazo o negócio não for ratificado, considerada recusada a ratificação, sendo
ineficaz em relação ao dono do negócio.