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AS POTENCIALIDADES DO JOGO
"AVANÇANDO COM O RESTO" PARA O
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE
MÚLTIPLOS E DIVISORES
LAVRAS - MG
2014
THAÍS FELÍCIO ARAUJO
LAVRAS - MG
2014
THAÍS FELÍCIO ARAUJO
_____________________________________
LAVRAS – MG
2014
Primeiramente a Deus que me deu forças para continuar lutando e buscando
meus sonhos.
Aos meus pais, Antonio Edson e Vania, por todo apoio e incentivo.
A minha irmã, Tatiane, pela motivação e inspiração.
Ao meu noivo, Wilmar, pelo carinho e compreensão.
A todos os professores que fizeram parte do meu processo de formação e da
realização do meu sonho.
A todos os amigos que torceram por mim.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Paulo Freire
RESUMO
INTRODUÇÃO ...................................................................................... 12
CAPÍTULO I: O JOGO ......................................................................... 15
CAPÍTULO II: PERCURSO METODOLÓGICO ............................. 21
2.1 A pesquisa ................................................................................................ 21
2.2 Ambiente escolar e os sujeitos da pesquisa ........................................... 22
2.3 A escolha e a exploração do jogo ........................................................... 24
2.4 Constituição dos dados ........................................................................... 31
2.5 A constituição dos dados: os momentos de jogo ................................... 34
CAPÍTULO III: RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ............ 43
3.1 Apresentação e análise dos dados .......................................................... 43
3.2 1ª seção: familiarização dos alunos com o material do jogo;
reconhecimento das regras do jogo; o “Jogo pelo Jogo”: jogar para
garantir regras ........................................................................................ 44
3.3 2ª seção: Intervenção Pedagógica Verbal .............................................. 56
3.4 3ª seção: Intervenção Escrita ................................................................. 72
3.5 4ª seção: Aula Ministrada....................................................................... 89
3.6 5ª seção: Jogar com “Competência”...................................................... 89
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 97
REFERÊNCIAS.................................................................................... 100
ANEXOS................................................................................................ 102
12
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I: O JOGO
Assim, o jogo não perde o seu aspecto lúdico, desde que o professor
saiba selecioná-lo para que os alunos consigam a construção do conceito.
O jogo na escola pode desenvolver o raciocínio, o interesse pela
aprendizagem, e com ele também resgata-se a cultura em que o aluno vive.
Portanto, para usar o jogo na concepção de Grando (1995, 2000, 2004) usaremos
o jogo na perspectiva de resolução de problema que Grando e Marco (2007)
trazem.
O jogo na perspectiva de Resolução de Problemas
potencialidades para evitar uma derrota futura. O jogo, por fazer um papel
pedagógico, pode tornar-se um instrumento produtivo para o professor,
possibilitando a aprendizagem de conceitos matemáticos, muitas vezes de difícil
compreensão por parte do aluno e, a partir disso, o mesmo desenvolver sua
capacidade de pensar, agir, analisar, refletir e raciocinar.
A partir das considerações apresentadas nesse tópico tivemos o objetivo
de visar à inserção de Jogos na Educação Matemática.
21
2.1 A pesquisa
1
Em anexo, o modelo do documento.
24
mesmo lugar, caso contrário andaríamos apenas uma casa. Dessa forma
percebemos que além de trabalhar os conceitos de Múltiplos e Divisores, o jogo
contribuiria para a mobilização e apropriação dos Critérios de Divisibilidade. Ao
analisar o jogo, fazendo essas explorações percebemos que os alunos poderiam
compreender outros conceitos Matemáticos, não apenas os Múltiplos, Divisores
e Critérios de Divisibilidade, mas também a questão do que é número par, ímpar,
números primos e constituição de números, devido à estrutura do jogo. Além de
acreditarmos ser mais desafiador e interessante para os alunos.
Outro fator importante desse jogo é que ele tem um baixo custo,
podendo ser confeccionado em E.V.A, cartolina, ou mesmo impresso, o que
facilita a sua utilização.
Após a pesquisadora jogar com parceiro escolhido para o teste, resolveu
jogar também com um aluno de aula particular que estava no nono ano, e ver
qual seria a reação do mesmo. Esse usou lápis e papel para resolver os cálculos.
Ao iniciar o jogo os peões ficavam na primeira casa do tabuleiro e o número é o
quarenta e três. Quando jogou o dado e foi fazer a conta, percebeu que o número
era primo e perguntou se todos os números que estavam no tabuleiro eram
números primos. Ao invés de reparar o tabuleiro, viu também que o resultado
não era importante já que usaria somente o resto.
Conforme os critérios de divisibilidade, o aluno percebeu que quando
estava na casa dos números que terminavam em zero e cinco e saía no dado o
número cinco, logo não andaria, pois o resto dava zero. Viu que quando caia na
casa de número vinte e quatro era muito difícil de sair, como dito anteriormente.
Percebeu que se caísse na casa de número zero teria que voltar ao início do
tabuleiro, pois zero divisível por qualquer número é zero, sendo assim, não teria
nenhum número do dado que o faria prosseguir.
Depois de todas essas explorações o jogo foi analisado no grupo de
estudos “Ludens: Grupo de Estudos e Pesquisas com Jogos na Educação
30
2
Disponível em http://www.baixaki.com.br/download/windows-media-player-11.htm
33
1. ((fala)): “cinco”.
2. João: quarenta e três dividido por cinco.
3. ...
4. Rick: oito.
5. Priscilla: Mais tem que deixar resto.
6. Rick: anda oito.
7. Priscilla: Não Rick.
8. João: não Rick, mais não tem que sobrar o resto?
9. Rick: Tem :: dá oito ponto seis.
10. [...]
11. Priscilla: não, você tem que ver quanto que vai sobrar de resto.
12. Rick: quarenta e oito::
13. Priscilla: Ai você anda uma casa.
14. Rick: quarenta e oito ponto seis.
15. Priscilla: vou chamar a moça.
16. Rick: Olha aqui, olha aqui oh... quarenta e três dividido por...
17. Priscilla: não, você tem que andar a casa.
18. Rick: quarenta e três dividido por cinco, igual oito ponto seis, esse
é o resto.
19. João: mas não é isso gente, dá o resultado.
20. Rick: há entendi, entendi, entendi.
21. Priscilla: é o resto final.
22. Rick: é o resultado não...Entendi, entendi, entendi...Há não... tem
que fazer conta aoa [Expressão falada pelo aluno mostrando seu
sentimento em relação à precisão de fazer a conta].
46
O aluno achou ótimo que era para a divisão sobrar resto, (fala 32), pois
não precisava dividir decimais, que é uma dificuldade, sendo que a maioria
demonstra falta de interesse e motivação por aprender.
Percebemos que no G7 os alunos compreenderam as regras, pois pelo
diálogo ficou claro que sabiam quantas casas deviam deslocar no tabuleiro de
jogo.
dava exato, por conta disso, identificaram a questão do um. Uma propriedade
matemática, que qualquer número natural é divisível por um, assim o número
um é divisor de todos os números naturais, portanto a divisão sempre será exata
e o quociente é o próprio dividendo. Mesmo que não explicitaram, estavam
referindo a isso, conheciam a propriedade de divisibilidade por um, mobilizando
o conceito de divisão por um, um conceito trabalhado. Eles realizaram
mostrando um potencial do jogo.
Houve momentos de mobilização de conceitos matemáticos, sem
intervenção inclusive, da pesquisadora. Enquanto entendia as regras eles foram
desenvolvendo os conceitos matemáticos.
Pudemos perceber que os alunos desse grupo ficaram atentos à outra
regra do jogo, a que quando um jogador errasse a conta, perderia a vez (falas 9 a
11). Assim, a dupla ficava torcendo para que os adversários cometessem erros
nos cálculos (falas 9 a 11).
[...]
10. Flion: setenta e sete dividido por três ... sete por três é dois, seis,
abaixa um... mesma coisa, dois abaixa um onze por três... nove menos
onze, dois...
11. Poirot: vamos ver... sete...
12. Flion: que número feio.
13. Flion: que quinze filho?
14. Poirot: Depois do quinze é dezoito não dá?...Você já errou a conta.
49
18. Poirot: aqui [mostra na folha, (figura 6)]... haha já errou a conta,
perdeu a vez... agora quero ver quanto dá, pera ai onde eu estava?
19. Flion: dezessete por três.
20. Poirot: Tá sobra dezessete, cinco... dá quinze.
21. Flion: quatorze fio.
22. Poirot: quinze.
23. Flion: quinze não.
24. Poirot: três, seis, nove, doze, quinze.
25. Flion: Que doze é onze.
26. Poirot: três, seis, nove, doze, quinze... Que onze? Quanto é nove
mais três?
27. Poirot: Tá sobra... dois, tem que andar duas casas.
50
28. Flion: Tá, eu falei que eu ia andar duas casas, mais eu falei que ia
andar.
29. Poirot: mais você errou a conta... quando erra a conta não perde a
vez?
Verificamos nesse trecho que o Flion e seu colega perderam a vez por
terem errado a conta (falas 10 a 18), pois Poirot estava sempre atento aos
cálculos do adversário. Poirot deixa Flion errar, porém logo que erra explicou
como pensou, isso mostra o potencial inclusive neste jogo, nesta turma, dentre
eles compartilhando os conhecimentos na socialização, apesar de ser uma
competição, não seguem isso a risca, colaboram um com o outro. Assim,
percebemos que o jogo não traz apenas potencialidades na matemática, pois a
socialização também é um potencial do jogo, mesmo estando em posição de
adversários. No processo de socialização do jogo, “a criança ouve o colega e
discute, identificando diferentes perspectivas e se justificando. Ao se justificar,
argumenta e reflete sobre os seus próprios procedimentos em um processo de
abstração reflexiva” (GRANDO, 2000, p. 29).
À medida que Poirot vai explicando a divisão a Flion, a divisão que este
teve dificuldade de resolver, como mostra na (figura 6), Poirot apropria-se dos
fatos fundamentais da multiplicação por três, ou seja, do resultado quando
utilizou a estratégia do três, seis, nove, doze, quinze, pois percebeu que estava
fazendo uma conta com o três, uma vez que era necessário dividir dezessete por
três, assim percebeu que iria até o quinze, pois o dezoito passaria.
Nesse diálogo constatamos que Flion achava que era onze, ao invés de
doze, como foi apontado (fala 25), porém Poirot utilizou a adição mostrando ao
mesmo tempo que realmente é doze, pois nove mais três é doze (fala 26). Ele
está consciente da situação que indo de três em três, chegaria à resolução do
problema, como mostrou que para chegar ao outro era preciso de mais três,
51
30. Flion: quarenta e cinco por seis, seis, doze, dezoito, ... vinte e
quatro,... trinta e dois,... trinta e oito...
31. Poirot: só vocês não errarem que vocês vão...
32. Flion: Dá exato.
33. Poirot: dá exato?
34. Flion: seis, doze, dezoito, vinte e quatro.
35. Poirot: han?
52
36. Flion: seis, doze, dezoito, vinte e quatro, trinta e dois, trinta e oito...
quarenta e cinco, dá exato, dá sete. Sete vezes seis quarenta e cinco.
37. Poirot: Você tem que confirmar isso pra gente.
38. Flion: sete vezes seis, quarenta e cinco.
39. Poirot: Você confirma isso para gente? Fala assim, eu confirmo.
40. Flion: Não, eu vou andar uma casa.
41. Poirot: você confirma isso também?
42. Flion: Confirmo.
43. Poirot: haha você ia andar três, perdeu.
44. Flion: Que ia andar três, fio.
45. Poirot: seis, doze, dezoito, vinte e quatro, trinta, trinta e seis,
quarenta e dois... passa a vez.
(fala 2), mas lembrou da regra da casa zero, (fala 8) torcendo para que os
adversários “caíssem” para voltar ao início do tabuleiro.
Ainda no G6, os alunos utilizam o conceito de par, para realização da
situação de jogo, como podemos ver no trecho abaixo.
1. ((fala)): “dois”.
2. Jamilly: cinquenta e quatro por dois!
3. Veronica: Ih! Eu mereço... vamos minha filha...
4. Jamilly: cinco por dois, dois...
5. Veronica: quatorze por dois, sete.
6. Jamilly: Zero.
1. Poirot: quarenta e três por três [faz o algoritmo no papel e anda uma
casa no tabuleiro].
2. Flion: Faz essa, faz essa... [quarenta e três dividido por cinco].
3. T: como que vocês sabem se é divisível ou não por cinco?
4. Poirot: quando termina com zero ou cinco.
5. T: isso... quanto que passou ai?... tem quarenta e três... um número
antes para ser divisível por cinco seria quanto?
6. Poirot: quarenta.
7. T: quarenta... então está sobrando quanto?
8. Poirot: três.
9. T: vocês não precisam trabalhar com o quociente é só saber o resto.
57
10. [...]
11. T: entendeu?
12. Poirot: pode jogar?... cinco... [ vinte e quatro dividido por cinco] dá
quatro e eu ando quatro casas... ou, não é isso mesmo.
17. T: pensa num número perto... [do noventa e um] qual que você
acha?
18. Flion: noventa... vai sobrar um.
19. Poirot: deixa eu acabar de fazer a conta.
20. Flion: eu falei.
21. Poirot: você falou na ~.
22. Flion: que ~.
23. Poirot: faz o de vocês ai.
24. Flion: sessenta e cinco por cinco.
25. Poirot: deu exato... [joga o dado] “três”.
26. Poirot: doze por três dá exato também... vai, pega o dado.
27. Flion: joga o dado eu faço a conta. [Flion fala a seu parceiro].
28. ((fala)) seis [sessenta e cinco por seis]
29. Poirot: deu exato... não..[risadas].
30. Flion: uma.
31. Poirot: uma?? está certo, vai.
32. T: uma?
33. Poirot: Por que uma?
59
[...]
37. Flion: “dois”...
38. Poirot: um.
39. Flion: sessenta e cinco por dois.[Andou cinco casas]
40. Poirot: essa você ia andar uma... vocês tão fazendo confusão... pera
ai.
41. Poirot: trinta e dois mais trinta e dois?
42. Flion: sessenta e quatro.
43. Poirot: sessenta e quatro... vocês iam andar uma... era para vocês ta
aqui já ...[aponta o número sessenta e dois do tabuleiro].
44. Poirot: “um”:: vai [passa o dado para o adversário].
45. Flion: dois...se é doido faz a conta ai haha [ele andou um].
46. Poirot: quatro [doze dividido por quatro].
47. Flion: já foi filho.
48. Poirot: quatro dá exato também.
49. Flion: da não.
50. Poirot: três, seis, nove...
51. Poirot: três.
61
[...]
90. T: vocês não querem jogar?
91. Poirot: vocês não querem jogar não?
92. T: querem jogar não?... não é obrigado... jogam se vocês quiserem
só.
[...]
93. Poirot: [quarenta e cinco por três] trinta, depois trinta e três, trinta
e seis, trinta e nove... a é nós vamos andar duas, não, vamos andar
três.
94. Flion: não, duas, duas.
95. Poirot: quarenta e dois, quarenta e dois mais... quarenta e cinco
menos quarenta e dois?
96. Flion: está certo, está certo.
97. Poirot: desculpa ai [anda três casas].
98. T: calma::... está certo disso?
99. Poirot: calma, trinta, trinta e seis.
100. Flion: é dois, perdeu a vez.
101. Flion: já perdeu.
102. Poirot: trinta, trinta e seis, trinta e nove, quarenta e dois... depois
sobra três de quarenta e cinco.
103. T: qual é o que você tem que dividir?
104. Flion: dava exato.
105. Poirot: quarenta e cinco, ai anda três. [A pesquisadora deixa que o
aluno vê o erro]
106. Flion: dá exato cara.
107. Poirot: que dá exato...
108. Flion: dava exato ou não dava?
109. Poirot: dava exato?
110. T: qual que você tem que dividir? Se sobra três.
111. Poirot: nossa tinha mais três.
65
[...]
113. [quarenta e cinco por quatro, andaram uma casa]
114. Flion: cinquenta e quatro por três.
115. Poirot: dá exato.
116. Flion: cinquenta e quatro por três não da não...
117. Poirot: por três...
[...]
118. Poirot: cinquenta e quatro vai dar exato cara... quarenta e cinco é
exato, mais três, quarenta e cinco mais três?
119. Flion: quarenta e oito.
120. Poirot: quarenta e oito mais três?
121. Flion: que?
122. Poirot: quarenta e oito mais três?
123. Flion: quarenta e oito mais três, cinquenta e um.
124. Poirot: cinquenta e um mais três.
125. Flion: cinquenta e quatro, exato...
126. Poirot: “cinco”, [sessenta e sete por cinco] vou andar duas.
127. T: por quê?
128. Poirot: sessenta e cinco é o mais próximo [aponta para o
sessenta e sete].
129. [...]
130. Poirot: cinco, [noventa e quatro dividido por cinco] vou andar
quatro a é:: porque é mais próximo de noventa.
contas, mais não precisa das contas não, você conseguiu fazer...
porque ai joga mais rápido...
8. Jessyca: cinquenta e dois por um.
9. R: qualquer número por um né... dá ele mesmo...
10. R: trinta e seis por?
11. Jamilly: três.
12. R: vocês lembram da regra de divisibilidade por três?... vocês
aprenderam isso...como que dá para saber se um número da exato
ou não? Divisível... o do três, você somando os dois aqui,[aponta
para o número trinta e seis no tabuleiro] se for divisível por três, ele
é divisível por três ... seis mais três.
13. Jamilly: nove.
14. R: nove não é divisível por três?... então trinta e seis vai ser
divisível por três, vai dar zero... passa para outra.
15. Sophia Susany: cinquenta e dois por quatro.
16. R: o do quatro... esse ai a gente tem que fazer... ah?
17. Jessyca: não vai sobrar nada.
18. R: por quatro é quando os dois últimos números forem divisíveis...
por quatro, ele é , ou quando termina em zero, zero.
19. Sophia Susany: seis.
20. Veronica: não vai sobrar nada.
21. R: deu exato também...
22. R: que número que deu? Cinquenta e nove? Não ne... cinquenta e
dois...
23. R: então vamo lá cinquenta e dois é por dois, por seis e por quatro
ne...
24. Jessyca: cinco... [cinquenta e dois por cinco] anda três.
25. R: como que você chama?
69
[...]
36. Sophia Susany: trinta e seis por cinco?
37. Veronica: vai dar um... viu
38. R: que você pensou... você fez? trinta e cinco?
39. Veronica: trinta e seis por cinco... ai eu pensei que... sete vezes
cinco é trinta e cinco, ai vai sobrar um.
[...]
40. Jamilly: sessenta e cinco por?
41. R: “quatro.”...
42. Veronica: vai andar uma casa.
43. R: pera ai... sessenta e cinco por quatro... quarenta, sobra vinte e
cinco, vichi está espertinha, qual é seu nome mesmo? Eu sou ruim
para guardar nome.
[...]
44. Sophia Susany: sessenta e sete por cinco.
71
45. Veronica: dá dois, dois... sessenta e sete por cinco, ai você vai
pegar sessenta e cinco menos sessenta e sete, que vai dar dois.
46. R: isso...
47. Jessyca: eu não entendi...
48. R: ela está fazendo igual a gente estava pensando, sessenta, sessenta
e cinco, ai o próximo é setenta, sessenta e cinco, sessenta e sete
menos sessenta e cinco, dois.
49. Jessyca: dois... legal
50. Jessyca: cinco... setenta e seis por cinco...
51. Jessyca: vai fazer a mesma... que a outra?
52. R: isso.
Situação-Problema 1
3
As situações-problema com o jogo “Avançando com o Resto” estão no Anexo B.
74
Figura 9 Situação-problema 1
Sim, pois e um meio mais fácil e simples de se pensar, sem precisar fazer contas.
Reescrita da resposta de Veronica e Jamilly.
Sim,
Reescrita da resposta de Sophia Susany e Jessyca.
76
Situação-Problema 2
2 - Pedro e Júlia estavam jogando. Júlia jogou o dado. Ao ver qual
número havia saído comentou, sem fazer nenhuma conta, que avançaria apenas
77
uma casa e que sempre seria assim toda vez que estivesse em uma casa com um
número ímpar e tirasse aquele número no dado. Pedro concordou e acrescentou
que se estivesse em uma casa com número par o resultado sempre seria zero e
não avançaria nenhuma casa. Que número saiu no dado? Justifique por que isso
acontece?
Figura 12 Situação-problema 2
Número 2. Porque toda vez que sai esse número com número ímpar, restará 1
pois não se divide número ímpar pela metade para o resultado ser um número
inteiro.
Reescrita da resposta de Poirot e seu parceiro.
Situação-Problema 3
3- Maria, ao avançar no tabuleiro, ficou na casa de número 12 e ficou
muito chateada, pois logo pensou que precisaria de um único número no dado
para poder avançar. Qual o número Maria precisaria tirar no dado? Por quê?
Existe(m) outro(s) número(s) no tabuleiro que isto acontece? Se sim, qual(is)?
Figura 15 Situação-problema 3
Situação-Problema 4
4- Francisco, ao mover seu peão, caiu na casa de número zero e
conforme a regra do jogo teve que voltar para o início do tabuleiro. Seu colega
de jogo disse que ele não precisaria fazer isto se utilizasse a regra do jogo para
ficar no lugar. Que regra seria esta?
84
Figura 18 Situação-problema 4
Ficar uma rodada sem jogar. Assim o amigo dela poderia dar mais uma chance
para ele.
Reescrita da resposta de Flion e seu parceiro.
Situação-problema 5
5- Marta jogou o dado e ao avançar caiu na casa de número 17. Ela ficou
eufórica e comemorou falando OBA! Marcos perguntou por que ficara tão feliz
e ela respondeu que só haveria um número do dado que não permitiria que
avançasse nenhuma casa. Que número era esse? Por que isto ocorre? Justifique
sua resposta.
87
Figura 21 Situação-problema 5
Jamilly: se sair “quatro”, vai dar dois... se nós tirarmos quatro, vai dar
dois, porque ai vai dar vinte e oito... tem que sair quatro, cadê o dado?
Nesse último momento não tivemos como objetivo realizar nenhum tipo
de interferência no jogo, como nas outras seções, mas sim deixar que jogassem
de forma lúdica, na qual o interesse da pesquisadora era comparar as estratégias
de jogo anterior com as realizadas após as mediações, a fim de observar se o
jogo “Avançando com o Resto” contribui para investigar as estratégias de
resolução de problemas gerados pelo jogo “Avançando com o Resto” para
mobilização e apropriação de conceitos de Múltiplos e Divisores.
Para observarmos se houve o desenvolvimento da competência na forma
de jogar, os alunos voltaram à situação de jogo. Como podemos perceber
durante o jogo os grupos mostraram que compreenderam o critério de
divisibilidade, assim contribuiu para que jogo procedesse mais rápido.
é sempre. Percebemos que para esse aluno que desde antes das intervenções já
sabia, para ele que já conhece, houve a mobilização dos conceitos, não precisou
aprender, pois já sabia. O jogo apenas permitiu que mobilizasse esses
conhecimentos, mostrando a potencialidade do jogo para mobilização dos
conceitos de Múltiplos e Divisores.
Porém, entendemos que no outro grupo evidenciado no excerto abaixo,
as alunas apropriaram da explicação da pesquisadora, pois como visto no
diálogo da primeira seção, utilizaram dos algoritmos. Nesse momento,
compreenderam a questão dos números pares, serem divisíveis por dois.
3. Veronica: “seis”.
4. Jamilly: cinquenta e quatro.
5. Veronica: vai dar exato... sessenta menos seis.
6. [...]
7. [Noventa e cinco por seis].
8. Veronica: sessenta e seis, setenta e dois, setenta e oito, oitenta... e
quatro, noventa, anda cinco de novo.
[...]
[quarenta e um dividido por seis].
4. Rick: nós vamos andar cinco casas... trinta e seis... trinta e sete,
trinta e oito, trinta e nove, quarenta, quarenta e um, vamos andar
cinco casas.
5. Isabel: vocês vão cair no zero, no zero.
6. Rick: eu sei não cair no zero.
[...]
9. ((fala)): “quatro”.
10. Flion: oitenta e seis.
11. Poirot: vocês vão andar duas... Eu estou ajudando vocês, parei.
[risadas] vocês iam perder para nós.
95
[...]
15. [setenta e um por seis].
16. Flion: seis... dezessete, doze... a gente anda cinco casas, um, dois,
três, quatro, cinco. Ganhamos...
17. Poirot: tem que passar no FIM.
18. Flion: han han.
19. Flion: o S, S, ganhei aqui, acabei.
20. Flion: o que que adianta o cara ser bom e perder o jogo.
21. Poirot: é sorte.
22. S: quem ganhou?
23. Flion: eu ganhei, tira esse negócio.
24. Poirot: todo mundo ganhou.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
____________________________________________________
Local/data
___________________________________________________
Nome:___________________________________________________________
II - OBJETIVOS
III - JUSTIFICATIVA
IV - PROCEDIMENTOS DO EXPERIMENTO
AMOSTRA
Este trabalho será desenvolvido por meio de observações e constituição
dos dados nas aulas de Matemática, com alunos de 9° ano de uma Escola
Municipal, localizada na cidade de Lavras/MG.
EXAMES
Para a coleta de dados da pesquisa será usado áudio gravação, em que
denotaremos os sujeitos da pesquisa com nomes fictícios e também utilizaremos
recurso visual para gravarmos apenas as jogadas do tabuleiro, em momento
algum será exposto a imagem dos sujeitos da pesquisa.
V - RISCOS ESPERADOS
VI – BENEFÍCIOS
IX - CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
Nome: Série: