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- Dados de projeto
1. Definição
2. Combinações a serem verificadas
o 2.1. Combinação 1
o 2.2. Combinação 2
Dimensionar os elementos estruturais do galpão abaixo de acordo com a NBR 8800 : 2008
Figura 2a
Perspectiva Galpão_1
Perspectiva Galpão_2
Perspectiva Galpão_3
Dados de projeto
Pé direito = 4,0m
* Para vãos até 15m, para facilitar os cálculos, podemos considerar a carga de vento como
vertical, distribuída pela área da cobertura. Na realidade, o vento produz cargas de pressão e
sucção e seu comportamento real pode ser estudado na NBR 6123.
1) Definição
O professor Yopanan Rebello define a treliça como "um sistema estrutural formado por barras
que se ligam em nós articulados e sujeitas apenas a esforços de tração e compressão simples.
Para isto as cargas devem ser sempre aplicadas nos nós."
2.1. Combinação 1
Obs: Neste caso, a carga com instalações foi considerada como carga acidental principal
2.2. Combinação 2
Obs: Neste caso, a ação do vento foi considerada como carga acidental principal
Figura 2c
Elementos tracionados
Figura 2d
Propriedades Geométricas
Ag = 10,10 cm2
d = 10,16 cm
bf = 4,01 cm
tw = 0,46 cm
Ix = 159,5 cm4
ly = 13,1 cm4
rx = 3,97 cm
ry = 1,14 cm
Determinação de Ae:
Onde:
Então:
Elementos comprimidos
Figura 2e
Propriedades Geométricas
Ag = 10,10 cm2
d = 10,16 cm
bf = 4,01 cm
tw = 0,46 cm
tf = 0,75 cm
Ix = 159,5 cm4
ly = 13,1 cm4
rx = 3,97 cm
ry = 1,14 cm
Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de inércia
O valor de Ne usado é em relação ao eixo central de menor inércia, portanto situação de maior
instabilidade:
O valor do índice de esbeltez reduzido mais desfavorável ficou dentro do limite < 3,
indicando que o valor de pode ser determinado na tabela 4 - Pag. 45 da NBR 8800 : 2008.
Obs: Na prática, o perfil poderia ser utilizado a critério do projetista, visto que o valor da força
resistente é quase o valor da força solicitante e temos coeficientes de ponderação que afastam
as solicitações dos limites de ruptura. Porém, didaticamente iremos testar uma nova seção:
Propriedades Geométricas
Ag = 11,90 cm2
d = 10,16 cm
bf = 4,18 cm
t w = 0,63 cm
t f = 0,75 cm
Ix = 174,4 cm4
Iy = 15,5 cm4
rx = 3,83 cm
ry = 1,14 cm
Elementos AA
Elementos AL
Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de inércia
= 0,664
CONTRAVENTAMENTOS HORIZONTAIS
CONTRAVENTAMENTOS VERTICAIS
Prever contraventamentos entre os pilares também entre TR-1/TR2 e entre TR-5/TR-6, garantindo o
espaçamento máximo recomendado de 20 metros.
Como o pé direito é de 4,0m e o espaçamento entre as treliças de 6,0m teremos peças de 7,2m de
comprimento.
O menor comprimento das peças, se comparadas às de cobertura levaria a um perfil ligeiramente mais
leve, porém podemos utilizar a mesma cantoneira L 90 x 8,32 kg/m simplificando-se assim a lista de
materiais do projeto e diminuindo a possibilidade de engano na montagem da estrutura, sem custos
relevantes.
Observações:
2. Os pilares do galpão são formados pelo mesmo arranjo estrutural das treliças da cobertura.
Como os cálculos demonstram menores solicitações nos pilares, pode-se repetir as seções
calculadas para a formação destes elementos. No caso de o galpão possuir fechamentos
laterais, para se obter as cargas nos pilares, além das reações normais das treliças de
cobertura, consideram-se elementos estruturais horizontais (treliças ou terças com a maior
inércia na direção horizontal) de fechamento transmitindo as cargas laterais de vento para os
nós do arranjo estrutural do pilar.
3. As terças, responsáveis por transmitir as cargas da cobertura para os nós das treliças,
podem ser consideradas como vigas biapoiadas e o procedimento de cálculo é o mesmo já
visto no estudo do mezanino.
Dimensionar os elementos estruturais do galpão abaixo de acordo com a NBR 8800 : 2008
Figura 57 - Perspectiva Isométrica
Dados de projeto
O professor Yopanan Rebello define a treliça como "um sistema estrutural formado por barras
que se ligam em nós articulados e sujeitas apenas a esforços de tração e compressão simples.
Para isto as cargas devem ser sempre aplicadas nos nós."
3. Direção do vento
Neste exemplo, para simplificar os cálculos, consideraremos o vento atuando em uma direção
principal (0º), perpendicular à menor face do galpão, aqui considerada como permeável. As
laterais do galpão são impermeáveis (não possuem aberturas). Lembramos que para o
dimensionamento da estrutura principal adota-se a combinação mais crítica entre as
pressões: externa e interna.
Nota: Estas animações fazem parte do tese de Doutorado da Professora Márcia Veloso de
Menezes, Ensino de Estruturas Metálicas, apresentado na UFOP - Universidade Federal de
Ouro Preto. A terceira animação, sobre deformação na barra, pertence ao mesmo trabalho.
Animação - Vento a 0º
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Dados Geométricos
b = 20,00m
a = 60,00m
h = 6,00m
h1 = 1,76m
ß = 10,00 °
Vo = 45,00 m/s
Categoria III
Classe C Parâmetros retirados da Tabela 2 da NBR6123/88 que relaciona Categoria e Classe
b = 0,93
Fr = 0,95
p = 0,12
S2 = b * Fr *(z/10)p
S2 = 0,86
Grupo 3
S3 = 0,95
Paredes
Vento 0°
Figura 58 a - Vento 0°
Vento 90°
Figura 58 b - Vento 90°
Telhado
Vento 0°
Figura 58 c - Vento a 0°
Vento 90°
Cpi 2 = -0,30
Vk = 36,69 m/s
Pressão Dinâmica
q = 0,613 * Vk²
q = 0,613 * 36,69²
q = 0,83 kN/m²
1º Caso: Ce(0º) + Cpi(+0.2)
Figura 58 e
Esforços Resultantes para o vento a 0º, perpendicular a face permeável Cpi = 0,20
Figura 58 f
Por área de influência determinamos também as outras cargas lineares nos pórticos,
multiplicando as cargas distribuídas "q" pela distância entre os pórticos "d": Carga (kN/m)= q
(kN/m2) x d (m)
Para se obter as cargas concentradas correspondentes nos nós das treliças, basta multiplicar a
carga encontrada pelo espaçamento das terças ou longarinas:
5. Combinações
5.1. Combinação 1 - Vento a 0º - Esta é uma das combinações que, neste caso, resultará em
menores esforços de tração e compressão nas barras componentes do pórtico devido à
sucção. Mesmo assim deve sempre ser verificada, pois o efeito de sucção pode inverter os
esforços podendo causar tração no banzo superior, compressão no banzo inferior e ainda
reação de tração nas fundações.
Horizontais (vento):
Verticais (pp+telhas):
Figura 58 g - "Cargas no pórtico Comb.1"
5.2. Combinação 2 - Sem as cargas de vento - Esta é uma das combinações críticas, que
resultará em maiores esforços de tração e compressão nas barras componentes do pórtico, e
por isso vai comandar o dimensionamento das barras.
Verticais (pp+telhas):
Nota: Como o galpão tem inclinação de 10°, o espaçamento real das terças da cobertura é um
pouco maior (2,03m). Porém adotaremos 2,0m, por questões didáticas.
Figura 58 h - "Cargas no pórtico Comb.2"
6. Dimensionamento
Propriedades Geométricas
Ag = 7,78 cm2
d = 7,62 cm
bf = 3,58 cm
t w = 0,43 cm
Ix = 68,9 cm4
Iy = 8,2 cm4
rx = 2,98 cm
ry = 1,03 cm
Determinação de Ae:
Onde:
- Perfil sem furos
Então:
Sendo que ry=1,03 prevalece na verificação por ser o menor raio de giração da peça, portanto
situação mais propícia à instabilidade.
Propriedades Geométricas
Ag = 7,78 cm2
d = 7,62 cm
bf = 3,58 cm
t w = 0,43 cm
t f = 0,69 cm
Ix = 68,9 cm4
Iy = 8,2 cm4
rx = 2,98 cm
ry = 1,03 cm
h=d-2.t f = 7,62-2.0,69= 6,24 cm
Elementos AA - Possuem duas bordas longitudinais vinculadas (Caso 2, tabela F.1, Anexo F da
Norma)
Elemento AL - Possui uma borda longitudinal vinculada (Caso 4, tabela F.1, Anexo F da
Norma)
Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de inércia
O valor de Ne usado é em relação ao eixo central de menor inércia, portanto situação de maior
instabilidade:
Obs: Observe que o perfil sofreu uma redução de mais de 80% na sua capacidade resistente
em função da grande esbeltez . Como o mesmo perfil passou para o esforço de tração,
seria interessante usá-lo também à compressão, já que a treliça é formada por dois banzos
paralelos e de mesma largura.
Solução: Vamos ver o que acontece diminuindo-se o comprimento de flambagem pela metade.
Na prática esta é uma solução bastante usual e pode ser executada adicionando-se uma
diagonal auxiliar, perpendicular à barra comprimida na direção do menor momento de inércia, e
travando-a na metade do seu comprimento.
Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de inércia,
considerando-se comprimento de flambagem igual a 101cm.
7. Contraventamentos
CONTRAVENTAMENTOS HORIZONTAIS
- Contraventaremos também todas as bordas para garantir a eficiente propagação das cargas
de vento.
- O contraventamento será feito em "X", portanto cada peça será a diagonal do retângulo (4,0 x
6,0m), resultando em 7,2m de comprimento total e 3,6m (metade) de comprimento destravado
(fig. 2g).
CONTRAVENTAMENTOS VERTICAIS
Como a altura do pilar é 6,0m, mesma distância entre os pórticos, teremos peças de 8,5m de
comprimento total e 4,25m destravados.
Obs.:
2. As terças, responsáveis por transmitir as cargas da cobertura para os nós das treliças,
podem ser consideradas como vigas biapoiadas e o procedimento de cálculo é o mesmo já
visto no estudo do mezanino.
Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil - Centro Brasileiro da Construção em Aço, 4ª. Edição
revisada e atualizada - 2010
Autores:
Zacarias M. Chamberlain Pravia (Rev.)
Gilnei Artur Drehmer
Enio Mesacasa Júnior